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214 A. O método dos resı́duos
z0
z0 z0
Figura A.1: Índice de uma curva fechada em torno de um ponto z0 do plano com-
plexo.
Se uma função complexa f (z) tem um número finito ou uma infinidade nu-
merável de pólos isolados ou singularidades, z0 , z1 , . . ., então diz-se que a função
f (z) é meromorfa no domı́nio aberto considerado e, em torno de cada pólo zm ,
existe um desenvolvimento de Laurent com um raio de convergência finito. Isto é,
em torno de zm , a função f (z) escreve-se na forma,
+∞ +∞
bn
f (z) = ∑ (z − zm )n + ∑ an (z − zm )n
n=1 n=0
em que, �
1 f (z)
an = dz
2πi γ (z − zm )n+1
�
1
bn = f (z)(z − zm )n−1 dz
2πi γ
e γ é uma curva fechada em torno de zm . Em geral, não se pode utilizar a fórmula
de Taylor para a determinação dos an , pois a função f (z) não está bem definida nas
singularidades.
Um pólo zm de uma função meromorfa f é uma singularidade isolada se apenas
um número finito de constantes bn é diferente de zero. Um pólo zm é de ordem k
se bn = 0 para n > k. Um pólo é simples quando se tem apenas b1 �= 0. Uma
singularidade é essencial se existe um número infinito de bk �= 0. O coeficiente b1
do desenvolvimento de Laurent de f designa-se por resı́duo do pólo zm .
Teorema A.2 (Teorema Integral de Cauchy). Se γ é uma curva fechada simples
numa região do plano complexo em que f (z) é meromorfa, e não existem pólos de
f (z) sobre γ, então
�
1 f (z)
f (z0 )I(γ, z0 ) = dz
2πi γ z − z0
Teorema A.3 (Teorema dos Resı́duos). Se f (z) é uma função meromorfa numa
região do plano complexo e se no interior de uma curva fechada γ existem pólos
zm de f (z), então,
�
f (z)dz = 2πi ∑ I(γ, zm )Res( f , zm )
γ m
215
Teorema A.4. Se f (z) não tem pólos sobre o eixo real e se | f (z)| ≤ M/|z2 | para
|z| > R, então
� +∞
−∞
f (x)dx = 2πi ∑ Res( f , zm )
m:Im(zm )>0
= −2πi ∑ Res( f , zm )
m:Im(zm )<0
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218 B. Guia para a resolução dos exercı́cios
5.2) Prolongue a função sin(x) no intervalo [0, π] como uma função par no intervalo
[−π, π]. sin(x) = 2/π − (4/π) ∑∞ 2
n=1 cos(2nx)/(4n − 1).
5.3) a) |x| = π/2 + (2/π) ∑∞ n 2
n=1 ((−1) − 1) cos(nx)/n , para x ∈ [−π, π]. b) x =
∞ n+1 3
∑n=1 (−1) sin(nx)/n, para x ∈ [−π, π]. c) cos x = 3 cos x/4 + cos 3x/4. d) a0 =
2, an = bn = 0 para n ≥ 1. e) a0 = 2, an = bn = 0 para n ≥ 1.
5.4) ∑∞ 4 4 ∞ n
n=1 1/n = π /90, ∑n=0 (−1) /(2n + 1) = π/4. Calcule os desenvolvimen-
tos de Fourier das funçóes f (x) = x4 e f (x) = 1, se 0 < x < π, e f (x) = −1, se
−π < x < 0.
5.5) Use as relações entre as funções trigonométricas e a exponencial.
5.6) Introduza a forma integral dos coeficientes de Fourier em fN e some a série de
potências.
5.7) Resolução análoga ao exercı́cio anterior.
5.8) A(n,m),(m,n) = 1. Nos outros casos, os elementos da matriz são nulos. ||T || = 1.
7.8) Os valores próprios são λn,m = −n2 π 2 /a2 − m2 π 2 /b2 , a que correspondem os
vectores próprios ou modos próprios,
em que n, m ≥ 1.
7.9) A solução geral é,
∞� cπn cπn � πn
ψ(x,t) = ∑ n a cos
L
t + b n sin
L
t sin x
L
n=1
∞
4A 1 π(2n − 1)
+∑ sin(θt) sin x
n=1 ρ(2n − 1)π c 2 (2n−1)2 π 2
2 − θ 2 L
L
� +∞ sin2 x
8.7) −∞ x2
dx = π/2.
8.8) Calcule directamente F 4 f . O operador F tem os valores próprios, λ =
2
1, −1, i, −i. Aos valores próprios λ = 1, −1, corresponde o vector próprio e(−x /2) .
2
Aos valores próprios λ = i, −i, corresponde o vector prṕrio e(x /2) .
8.9) Aplique a transformada de Fourier, na variável espacial, à equação das ondas
e resolva a equação diferencial ordinária.
8.10) ∑∞ 1 π 2
n=0 n2 +a2 = a ( 1−e2πa − 1).
9.1) Integre a equação do calor entre 0 e L e aplique as condições fronteira.
2 n2 t/L2
9.2) a) T (x,t) = a0 /2 + ∑n≥1 an e−k4π cos(2πnx/L). b)
� L
Teq = a0 /2 = (1/L) T (x, 0) dx .
0
[Appel, 2007] W. Appel, Mathematics for Physics and Physicists, Princeton, 2007.
[Strichartz, 2000] R. Strichartz, The way of analysis, Jones and Bartlett Pu-
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