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PAINEL V – PLÁGIO ACADÊMICO

Prof. José Augusto


Começa questionando se a identificação do plágio seria uma
maneira de proteger o autor, mas será que estamos de acordo com isso? É realmente de
interesse do autor? Há dinâmicas de interesse social e econômico. O plágio acadêmico é
algo que afeta de maneira fulminante a maneira de fazer o ensino. O plágio é como uma
cola numa prova, afeta o ensino.
Isso se dá porque se substitui a produção de novos textos por
textos já existentes. Há justificativas no estilo de “estamos escolhendo um inglês melhor”
para os plágios. O professor fez uma propaganda do livro que estava a R$30,00 dizendo
que estava a um bom preço e que faria uma boa presença como presente.
Na acadêmia o autor não tem a menor preocupação se seu
trabalho será plagiado ou não, agora a academia em si tem essa preocupação em prol do
ensino propriamente dito.

Prof. Marcos Wachovicz


O professor inicia falando sobre o livro que reúne as melhores
palestras e artigos que trazem à comunidade acadêmica uma discussão adequada sobre
o tema. Cita o 4º capítulo que cita as modalidades de plágio acadêmico. Ele diz que o
plágio sempre existiu na academia, mas os direitos autorais não. O plágio é anterior ao
direito autoral.
O primeiro plágio remonta a 400 a.C. quando no concurso em
Roma se plagia. Plágio é a usurpação de determinada obra se atribuindo a si mesmo. O
plágio é doloso, nunca culposo. Ele cita o caso do Bruno Mars que teve que pagar 8
milhões de indenização por utilizar um sopro de determinado cantor em sua música,
apesar da música em si ser totalmente diferente.
Ele diz que você escapa do plágio por uma paráfrase. O prof.
cita o Denis Borges Barbosa, que fizeram homenagem ontem, que escreveu a obra
Introdução ao Estudo da propriedade intelectual. Ele diz que o plágio na academia difere
do plágio na música. O direito de autor não protege a ideia, protege o suporte tangível da
exteriorização da ideia.
Existem vários tipos de plágio. Cada autor faz sua classificação,
pois não há classificação legal. Plágio por encomenda: o aluno tem um prazo para
entregar o TCC e encomenda a obra. Não existe direito do autor sem identificação do
autor, sempre há uma personalidade humana.
Plágio invertido: classificação da Sara Lin. Tira-se a autoria de
determinada pessoa e coloca como anônimo.
Autoplágio é quando você diz que seu trabalho é inédito. Nas
academias há indução de plágio, as próprias academias pagam a tradução para
autoplágio, publicação em entidades internacionais.
Plágio consentido: aluna faz o trabalho, o professor coloca seu
nome com a autorização dela e publica. Esse plágio seria um estupro acadêmico,
conforme o professor. É uma violação ao princípio ético do individual para com o coletivo.
Representa todo um sistema de mercado auditorial. Retoma a falar de livro, que surgiu
dentro da academia, após os pergaminhos, nos monastérios. O livro surge para difusão
do conhecimento e ideia, não para enriquecimento.
O livro sobrepõe o pergaminho no século XVIII ou XIX, pois o
livro chancela o conhecimento. Hoje é o inverso, o mercado dita o livro que está dentro da
universidade. Não há nas universidade top 5 de direito alguma que tenha orientações
sobre plágio.

Prof. Adelaide H. P. Silva


Plágio acadêmico: uma questão de estilo
Dois aspectos de uma mesma moeda: identificação de autoria:
baseada em pistas do estilo do autor, ou seja, forma textual de se expressar, suas feições
e escolhas sobre estruturas linguísticas (sotaque do registro escrito).
A professora dá exemplo de um post no facebook que é citado
como de autoria de Machado de Assis, o que não seria verdade. Ela decompõe toda uma
análise textual para desconstruir essa afirmação, contradizendo o estilo do texto citado e
confrontando-o com as reais características das obras, escritas, personagens de
Machado de Assis.
Estilo é uma junção de traços pessoais do autor: exemplos,
cacoetes, escolhas lexicais.
E do plágio, há vários exemplos, que ela pula uma vez que o
prof Marcos já explicou detalhadamente. Ela dá exemplos de plágios. Prosódia, Texto
com plágio contém problemas de coesão, escolhas equivocadas de termos, define
equivocadamente o parâmetro que se propõe a trabalhar.
Resume ao final, que os textos plagiados são menos cuidados,
menos engenhosos, apresentam pistas e estilos diferentes, de outros autores.
PAINEL VI – DIREITO AUTORAL E MÚSICA NA INTERNET –
Streaming / Rádio Web / Gestão Coletiva

Prof. Daniel Campelo Queiroz


O professor inicia rasgando sedas para a prof. Vanisa e para o
cantor Frejat, presentes na mesa. Ele começa falando sobre o cenário de inovações,
concentrado nos EUA e Europa, isso antes da tecnologia. Hoje há grande velocidade de
distribuição de músicas e similares entre os continentes do mundo. Ele diferencia as
músicas em meio físico, digital e streaming. Anteriormente havia uma limitação para
consumo de mídias físicas, hoje com streaming pode haver consumo continuo e ilimitado.
Isso desembocou no aumento no consumo de banda larga e assinaturas de serviços
streaming, que embora ainda pequenos, crescem em larga escala.
Ele cita os problemas enfrentados pelos artistas com o
streaming e diz que isso não está afetando as distribuidoras/gravadoras. Ele questiona se
o mercado é capaz de se autoregular. Diz que não, pois economia não significa Estado
menor. Ele diz que quanto maior o grau de cooperação, maior a integração e menores os
conflitos. Fala sobre a lei 12.853/2013 e traz possíveis soluções.
Ele afirma que as mudanças trazidas pela referida lei, trazem
leveza para as transações econômicas. Termina questionando se streaming é execução
pública? E diz que isso deve ser regulado pelo Legislativo com ajuda de especialista e
não pelo Judiciário, pois este geralmente não tem interesse nos direitos de autor.

Prof. Vanisa Santiago


Ela inicia falando sobre gestão coletiva, traz um conceito, que
diz que é uma coletividade de autores que se reúnem para exercício comum dos seus
direitos. Afirma que existem diversas modalidades, que dependem de vários aspectos
históricos, políticos socioeconômicos, culturais de cada país. Existem também diversas
formas de administrar, as expressões artísticas, formas de exploração e fala também
sobre bureaux.
Diz que servem para assegurar prerrogativas que a lei comina
sobre obras, facilitando os negócios. Servem também para facilitar o acesso e difusão
dessas obras. A organização de gestão coletiva seria uma denominação genérica que
abrange vários tipos de coletividades de titulares associados.
Aduz que o ECAD não é sinônimo de gestão coletiva. Na era
dos usos digitais em alguns países, pouco mudou. Em algumas associações houve
reunião para licenciamento pan-europeu em plataformas específicas (ARMONIA e ICE).
Na América Latina, há o LATINAUTOR, para licenciamento conjunto. No Brasil, os
produtores fonográficos não permitiram ao Ecad a cobrança dos direitos sobre webcasting,
mas utilizam o sistema Ecad para simulcasting.
A professora diz que a lei 12.853/13 institui a necessidade de
homologação de associações. Os produtores fonográficos assinam acordos mundiais com
as plataformas (Global Deal) e recebem das plataformas aproximadamente 86% do total
da verba repassada para titulares de direitos. Ela cita o Resp 1.559.264 interposto pelo
Ecad.
Sobre as disputas Youtube e Ecad. Foi fechado um acordo
entre eles, que acabou vencendo sem renovação por inércia das partes. Ao ser notificado
o Youtube, através do Google, propôs ação e requereu liminar que foi concedida,
depositando os valores em juízo. A professora frisa que não há legislação que determine
uma porcentagem sobre valores a serem pagos por direitos.

Prof. Ricardo Molina


O jurista inicia dando um contexto histórico sobre as mídias
para difusão de músicas. Diz que o mercado se organizou conforme as novas tecnologias,
que o custo de produção antigamente era altíssimo, mas, mesmo assim, as vendas eram
estrondosas, hoje o custo não é tão alto, devido ao streaming, e houve diminuição das
vendas nas mídias físicas.
Cantor Roberto Frejat
Inicia dizendo que não é especialista na parte técnica dos
direitos autorais na área musical, mas tem experiência prática. Fala sobre as
porcentagens recebidas pelos artistas e que a indústria já inicia negociando sobre 90% do
total, embolsando unilateralmente os outros 10%. Fala do início de sua carreira e como a
pirataria ia aumentando gradativamente conforme seu sucesso como cantor.
Alega que o sistema do streaming é ótimo como meio de
consumo, mas péssimo meio de negócio, pois as gravadoras fazem contratos bilionários
com as empresas de streaming, onde estas pagam para aquelas um valor absurdo
fechado e cobram um valor irrisório por música para o artista, prejudicando-o. Ele
diferencia as remunerações pré e pós execução pública, onde o músico acompanhante, o
que efetivamente canta, é excluído dos pagamentos no pós execução pública. Ao final o
cantor clama por justiça para com os envolvidos e responsáveis pela confecção cultural
que é a música. Afirma que a solução não é dar fim ao streaming e similares, mas sim
renegociar os contratos e redirecionar os capitais. O cantor também afirma que o sistema
de pagamento através de quantidade de acessos é uma incógnita, ou seja, a empresa diz
que tem um X valor para pagar e o artista tem que se sujeitar.

PAINEL VII – DIREITO AUTORAL E DESAFIOS


CONTEMPORÂNEOS – Novos modelos / Produção / Criação

Wilson Furtado Roberto


O palestrante trata, inicialmente, sobre exaustão da
propriedade intelectual, sobre alguns aspectos. Inicia falando de sua viagem para o Japão
e disse que lá descobriu que os produtos japoneses eram melhores que os chineses,
devido à qualidade das peças utilizadas. Fala do caso Adams vs Burke e da doutrina da
licença tácita. Percorre os caminhos da limitação da propriedade intelectual, falando, além
dos casos temporários. Fala, em seguida, sobre a doutrina da exaustão, originária da
Alemanha, e classifica os tipos de exaustão.
Essa exaustão poderia ser nacional, internacional ou regional.
Nacional seria no Brasil, no nosso caso, internacional, fora do Brasil e regional poderia ser
nos países do mercosul ou numa região específica. Ele cita o caso Kirtsaeng vs John
Wiley & Sohns, que se deu na Suprema Corte nos Estados Unidos.
O orador traz o caso da empresa Microsoft que combateu, nos
EUA em 2007, a importação paralela. O caso da empresa Usedsoft, decidido no TJUE na
União Europeia. A exaustão, conforme dito, ocorre em três momentos, no primeiro ato
comercial, na primeira venda e na licença tácita. Sobre a distribuição de direitos autorais
em linha, ele diz que deve haver possibilidade de controle na distribuição na internet;
licenciamento de bits e bytes; conceito de download como primeira venda para o princípio
da exaustão; categorias de obras; etc.

Prof. Valentina Delich


A professora trata de direito de propriedade intelectual,
intercalando entre leitura e explanação. Fala que os instrumentos de inovação devem ser
protegidos e que amanhã poderíamos estar discutindo num congresso no Brasil sobre
uma lei Argentina de proteção aos direitos de autor e que a discussão seria a mesma.
Fala sobre o Netflix e sobre o processo de mutação do direito autoral e também sobre
instrumentos oferecidos pelos Estados para suprimir violações a esses direitos. A
professora fala sobre a concentração no mercado de streaming, cita especificamente o
iTunes, serviço da Apple. Fala também sobre não poder atacar com armas, mas atacar
com celulares Samsung que explodem, fazendo menção sobre os incidentes com
produtos Samsung que estavam explodindo ou pegando fogo.
Prof. Pedro Mizukami
O professor inicia tratando do desafio principal de direito
autoral no Brasil: pirataria e enforcement, ou observância, na era das plataformas. Ele fala
que o termo pirataria não é o mais adequado. Fala sobre a diversidade e complexidade do
cenário atual, os problemas de ordem internacional e transjurisdicional, problemas
bastante técnicos, dificuldade em atingir o termo-médio, dificuldades políticas, etc.
Fala sobre pluralidade de temas como proteção a dados
pessoais, criptografia e seus usos, anonimato e navegação anônima, reternção de dados,
bloqueio de sites, neutralidade da rede, modelos de negócios, etc. Ele fala que
acreditava-se que a internet causaria a desintermediação, mas que na verdade ela
causou a reintermediação, dá exemplo da discussão que se deu no painel anterior.
Traz também uma linha do tempo esquematizada dos direitos
autorais no ambiente digital. Diz que o Brasil sofria mais com problemas de pirataria de
rua e nem tanto de internet. Explica sobre o DMCA PLUS, mecanismos de notificação e
retirada de conteúdo, proteção contra violação de TPMs e DRM, tecnologia de
identificação de conteúdo, regimes de governança de plataformas, acordos entre
plataformas e detentores de direitos, acesso direto a sistemas de gestão de direitos,
atuação sobre intermediários, etc.
Cita a classificação proposta pela jurista Bridy, que divide em
dois tipos de enforcement: 1) agentes que encontram-se submetidos às regras do DMCA
e 2) agentes fora dos regimes do DMCA; seis tipos de intermediários e quatro medidas
DMCA-plus.
O professor Staut finaliza falando sobre os 5 direitos
fundamentais sob a visão de um ex-aluno: entre outros, direito de acesso ao facebook,
acesso ao whatsapp e acesso ao netflix.

CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

Na mesa, professores Dr. Wachovicz, Dr. José Augusto, Dr.


Luiz Fernando e Dr. Staut. Professora Vera Karam ausente.

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