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A Ontologia da Linguagem

As bases para o que hoje se chama Ontologia da Linguagem


foram desenvolvidas na década de 80 na costa oeste dos EUA por
Fernando Flores, Rafael Echeverría e Julio Olaya. A Ontologia
corresponde ao segmento da Filosofia voltado ao estudo do que
seja “ser”.
O que aqui chamamos linguagem diz respeito à totalidade dos
meios de que cada um dispõe para interagir com os demais,
buscando a geração de conhecimento organizacional. Isto inclui,
para além da língua (vocabulário), fatores mais subjetivos
como por exemplo: saber ouvir, saber expressar-se, ter
sensibilidade para reconhecer os pontos de vista alheios, saber
criticar construtivamente, e saber lidar com os inevitáveis conflitos.

Exemplificando um pouco melhor, o mundo do pessoal de


marketing não é o mesmo mundo dos engenheiros, o qual por sua
vez não é o mesmo mundo do pessoal da contabilidade. Mesmo
quando estas pessoas usam as mesmas palavras em seus
diferentes mundos, eles frequentemente não estão falando das
mesmas coisas. Gente treinada para ser engenheiro interpreta
pessoas buscando definir padrões, e estabelecer verdades. Já
gente oriunda da tradição de marketing costuma ver pessoas
enquanto conjuntos de preferências. São padrões de interpretação
diferentes, que levam à construção de “mundos” diferentes.

Não temos como saber como as coisas realmente são,


apenas sabemos como as observamos, e como as interpretamos.
Disto resulta vivermos em um mundo de interpretações, com o que
o conceito de conhecimento desloca-se de “conhecer o objeto sobre
o qual se está falando” (isto é, conhecer a sua essência) para
“conhecer o observador que está falando sobre o objeto” (isto é,
conhecer o ser humano que observa, e sua interpretação a respeito
do observado): “Em cada observação sobre um fato ou objeto se
desvenda [se dá a conhecer] a alma [entendida como a forma
particular de ser] de quem fala. Quando falamos, revelamos o
observador que somos”.
Enfim, muito além de apenas descrever a realidade, a
linguagem é o que nos permite criar a realidade. Em outras
palavras, linguagem é ação. Quando convidamos alguém
para almoçar, não estamos descrevendo nada, estamos abrindo
uma possibilidade, de fazer acontecer algo que não existia antes.
Quando dizemos a alguém “olá, bom dia”, não estamos
descrevendo uma saudação, estamos fazendo-a. Quando falamos,
não estamos apenas discursando sobre ações possíveis, estamos
agindo, estamos fazendo as coisas acontecerem. Quando falamos,
estabelecemos compromissos para conosco e para com nossos
ouvintes, compromissos que abrem determinadas possibilidades de
ações, enquanto que ao mesmo tempo fecham outras.
Segundo K. Schubert, um dos introdutores desta metodologia
no Brasil: “A Ontologia da Linguagem nos convida a tornarmo-nos
plenamente responsáveis pelas nossas vidas. Propõe-nos eleger as
ações que nos levarão a ser aquela pessoa (ser) que tenhamos
escolhido ser. Propõe contribuir para uma compreensão que nos
permita observar e aceitar nossas diferenças, e desenhar as
melhores formas para superá-las e viver juntos.”

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