A Filosofia é um dos campos de estudos mais antigos (pois surgiu no século VI
a.C.), mas não se resume à discussão das ideias da Antiguidade. Na verdade, a
filosofia está mais viva do que nunca: em nenhum tempo houve tantos filósofos produzindo Filosofia inovadora e de qualidade quanto em nossa época. Deve haver uma boa razão para a Filosofia ser praticada ininterruptamente há vinte e cinco séculos. Nenhuma atividade humana permanece por tanto tempo, a não ser que tenha alguma utilidade na vida das pessoas. Mas aparentemente a Filosofia não tem utilidade: com ela, não fazemos casas, barcos ou roupas; não produzimos alimentos nem remédios para o corpo; não criamos poemas, não pintamos quadros para nosso deleite. A Filosofia é útil para os que querem conhecer a si mesmos e entender de onde surgem as ideias que estão em sua mente; para os que têm interesse em questionar os fundamentos das ciências, da política, da arte, da religião…; para os que têm necessidade de encontrar uma resposta às perguntas: “qual o sentido da vida?”, “qual o sentido do universo?”, “qual o sentido de tudo?”. E a Filosofia tem respostas para essas questões? Mais do que fornecer respostas prontas, a Filosofia sugere caminhos possíveis e coerentes: caminhos que podem ser seguidos por qualquer um, desde que se disponha a utilizar a sua razão, e que conduzem a uma análise crítica das atitudes e das práticas adotadas em sua própria vida. Não há momento mais propício para se engajar na prática filosófica do que a juventude. A partir do questionamento e da redefinição do que é realmente importante em sua vida, o jovem pode adquirir maturidade e planejar, com mais clareza, o seu próprio amanhã