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Caminhei por uma estrada longa, antiga, amiga, irmã, inimiga, benigna!
Com sabor de romãs e de manhãs! Com sabor de desencantos!
Era a estrada da Vida!
Caminhei e em cada parada encontrei uma charada para desvendar!
Uma de como sobreviver!
Outra de como amar!
Outra de como crescer!
Outra para viver sem razão de ser!
Uma outra ainda plena de perguntas sem respostas!
Noutra cheia de respostas sem perguntas!

Ah! Estrada da vida... caminhei e caminhei!


Sonhei que era rico, pobre, homem e mulher!
Sonhei que era sábio, venturoso, vagabundo e medroso!

Um dia cansei de caminhar! Cansei de sonhar de viver!


Perguntei a um velho passante para quê enfim esta longa estrada que
parece não levar nunca a nada; tudo um dia acaba, só para recomeçar!

Ele me olhou, parou e disse:


- Obrigado!

- Oras, disse eu, o que fiz de bom?

- Você me deu a pista. Encontrei o final da minha estrada!

Zangado fiquei, afinal ele deveria me ajudar!


E continuei a caminhar!
Lá longe vi um homem a cavalo galopando sem parar!
Quando passou por mim, parou, desceu e me deu seu cavalo dizendo:

- Eu terminei minha jornada! Use este cavalo para chegar mais


rapidamente até o final da tua estrada!

Ora, que coisa maluca pensei:


A este nada perguntei e parece que respondeu a pergunta que tenho em
mim!

Cavalguei noites e dias e exausto cheguei à sombra de uma árvore amiga!


Parei e adormeci!
No sonho então me vi cavalgando buscando o fim do horizonte...

Acordei num sobressalto, desamarrei o cavalo e o toquei rumo à liberdade!


- Vai amigo! Você já cumpriu sua parte!
Relaxei depois de muitos mil anos! Entendi a loucura de viver!
É um horizonte sem fim. Tantas razões encontrei e de todas me cansei!

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- Acorda homem!

Com um susto me levantei!


A minha frente um homem estranho me oferecia a mão!

- Não descanse não!


Chegaste ao Vale da Morte!
Precisas atravessá-lo em três dias!
E com muita sorte chegará ao alvorecer do terceiro dia!

- Que vale é este meu estranho amigo?

- O vale onde precisas pegar a outra estrada que nunca acaba!

- Não, obrigado, respondi! Cansei de pegar estrada. Aqui fico. Cheguei ao


final de minha jornada!

- Entendo seu cansaço e desejo de parar, mas o Vale chama por seus
passos, pois senão não poderá fazer florescer a Árvore da Vida que todos
querem encontrar!

- Que conversa sem sentido... Não meu amigo! Não tenho mais metas e
nem desejo novas setas. Aqui ficarei até saber o que farei. E tornei a me
sentar.

O homem então desapareceu e se converteu em uma estrada de luz!

Assustado me levantei e fitei a estrada que surgira do nada...


E curioso pelo ocorrido, decidi dar uns passos, só para saber o que iria
acontecer.
De repente cheguei numa ponte, que tinha a placa de “Inacabada”!
Oras, oras, pensei. Como vou prosseguir?
E fiquei sentado aguardando algum sinal. Ao olhar com mais cuidado, vi um
monte de pessoas ao longe. Surpreso decidi ir até o acampamento e
perguntar quando a ponte ficaria pronta.

- Senhor, pode me informar o que é este lugar e o que fazem aqui?

- Vejo que é novato. De fato, todos estão esperando a ponte ficar pronta
para prosseguir, enquanto isto nos preparamos para merecer o Vale do
Amor que dizem fica depois da ponte.

- Vale do Amor? Mas não era o Vale da Morte Senhor?

- Não. Deve haver algum engano. Esta estrada leva ao Sagrado Vale do
Norte, mas antes disto chegaremos no Vale do Amor para pegar a senha!

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- Senha? Meu Deus! Que coisa maluca!

- Bem, preciso voltar. Pode se acomodar em algum lugar. Sempre tem


algum, pois de tempos em tempos parte algum, cansado de esperar. Como
nunca voltaram, não sabemos o que aconteceu. Preferimos esperar e
enquanto isto cantamos e louvamos a Deus! Alguns preferem meditar,
outros orar, enfim, cada um passa seu tempo e faz o que acha que deve
fazer para merecer chegar ao Vale do Amor.

Então anoiteceu e fiquei alguns dias, mas como não gostava de ficar
esperando, decidi voltar na ponte para ver o que poderia fazer!

A placa ainda continuava lá. E a ponte parecia não ter fim...


Será que no final havia algum abismo celestial?
Fiquei curioso!
Pensei e conclui que ficar ali seria meu fim igual.
Então porque não prosseguir?
E com este pensamento avancei. Andei dias e nada de avistar o final!
O estranho que não me sentia cansado, nem tampouco preocupado!

Na medida em que andava pela ponte comecei a ter pensamentos


diferentes. Perdi a pressa e comecei a observar o céu sempre cheio de
nuvens delicadas e perfumadas, que pareciam sorrir, como a me dizer,
para prosseguir!
Perdi a noção do tempo com o tempo. Não havia noite e nem cansaço,
apenas um crescente pensamento:
- De que deveria prosseguir!

Um dia então avistei um Portal. Parecia de ouro! Fiquei encantado.


Lá deve ser o Portal do Amor que o tal homem falara.

Ao chegar mais perto, vi um ser muito belo e majestoso, que me recebeu


amistoso:

- Seja bem vindo ao Vale da Sabedoria, meu senhor!

- Oras! Que bela surpresa! Estou encantado. Mas me diga. Afinal a ponte
não estava inacabada. Porque aquela placa na entrada?

- Era apenas uma prova, para quem realmente deseja ir mais fundo. E, no
entanto era verdade: a ponte só se completa com a jornada, não com a
espera e preparação artificial!
A jornada é a preparação e sempre de acordo com a alma em questão.

- Sim. Agora entendo porque com o tempo fui me transformando, só de


caminhar, refletir, enfim, sem me esforçar para nada em especial!

- E agora? Onde devo receber a senha?

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- Não há senha, assim como este não é o Vale do Amor.

- Mas e agora? O que farei?

- Agora sim deves esperar e aguardar.

- Aguardar o quê?

- Isto vai depender de você?

- De mim? Mas do quê?

- Vai descobrir. Não sabemos.

Fiquei intrigado e seguindo a sugestão do guardião fui passear pelos


templos de belas colunas e admirar a simetria dos prédios.
Vi muitas pessoas que pareciam sublimes!
Decidi abordar uma das criaturas.

- Por gentileza. Pode me dizer como posso passar meu tempo neste lugar?

- Com certeza. Pode entrar naquele templo (apontando para a direita) e


deixar lá seu registro pessoal.

- Como assim registro?

- Não posso informar. Deve ir e saber.

- Obrigado então.

Caminhei devagar rumo a um templo de colunas brancas e esguias. Senti-


me temeroso de entrar, mas algo me fez continuar, apesar do pequeno
medo.

Entrei no templo mais devagar ainda. Não havia nada por dentro. Apenas
uma fonte no centro. Aproximei-me mais e percebi que a fonte parecia
feita de água e fogo. De um azul-dourado belíssimo!
Que coisa estranha, disse em seus pensamentos!

- Aproxime-se mais!

- Como? Digo: Quem está falando?

- Aproxime-se mais! Repetiu a Fonte!

Aproximei-me e quando me vi refletido em suas águas cintilantes, vi um ser


refletido nas águas...

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- Não pode ser... eu... quer dizer, quem sou eu lá dentro?

- Sou sua face sagrada!

- Face sagrada?

- Perdoe-me... mas como assim?

- O mundo reflete a face humana, a fonte reflete a face divina!

- E agora? O que eu..., digo nós... devemos fazer?

- Deves te aproximar mais... até que nossas faces se toquem e se dissolvam


uma na outra!

- Dissolver?! E depois?

- Depois não haverá mais dois! Seremos UM!

- UM? E depois?

- Depois apenas seremos!

- Seremos?

- Sim. Seremos!

- Mas e qual a finalidade?

- Só saberemos depois!

- Ah! Já sei! É a mesma charada da ponte, estou certo?

- Não é uma charada! Trata-se de SER e SABER!


Sem nossa união, jamais saberemos a conclusão!

Ponderei algum tempo e usando a mesma ousadia ao decidir atravessar a


ponte, pensei que não tinha mais nada a perder... voltar nunca mais
poderia e prosseguir... bem, era isto! Prosseguir era se fundir na fonte.

Aproximei-me lentamente... bem conscientemente... olhando de frente a


face sagrada refletida na fonte encantada!

E então aconteceu...

Ouvi musica suave por toda parte. Seres sem fim. E uma voz:

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- Enfim ousastes!

- Ousei?

- Sim, ousastes te dissolver!

- Oh! Sim! Não tinha outra opção!

- De fato tinhas... era retardar a união!

- Ah! Sim. Não tinha pensado nesta hipótese!

- E agora?

- Agora que sabe que eras a outra face da mesma face, agora que a criação
completou sua obra em ti, deves prosseguir escolhendo em qual fase da
criação desejas servir!

- Ah! Sim! Onde posso me informar sobre as opções?

- Prossegue!

- Por onde?

- Apenas prossegue!

Olhei e vi que meu olhar era de 360 graus e vi inúmeras opções... como se
eu fosse o sol e as opções os raios!
Então um raio me atraiu e fui tragado!

E no instante seguinte encontrava-me em meio a uma reunião!

- Saudamos nosso mais novo servidor! Seja bem vindo Fonte do Eterno.
Filho do Pai que para Casa retornou!
Por longas estradas estivestes caminhando buscando tua outra Face, sem o
saber. Na Terra vivendo como homem buscastes por último a face por meio
do Saber! Por isto fostes encaminhado ao Vale da Sabedoria!

Fiquei maravilhado. Senti-me finalmente em casa. Com seres afins! Que


entendiam minha jornada. Minhas longas caminhadas. Que maravilhoso!

- Sim. Entendemos sua alegria. Alegria genuína. Compartilha-a com outros.


E veja onde queres partilhar tuas longas jornadas e teu saber conquistado
com tantos esforços!

- Caros Companheiros! Sinto-me finalmente em casa. Saciado da busca.


Entendo agora tudo que passei como ser humano: ora como mendigo, ora
como rei. Ora como pessoa normal, ora como um ser especial.

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Vejo tudo com cristal clareza e tudo que desejo é servir aos que buscam e
tateiam no Vale da Incerteza!

E ao pronunciar o nome do Vale, “desapareci” do lugar com a velocidade


de um Raio e quando despertei, estava sentado embaixo de uma grande
árvore, em um parque muito bonito.
O livro caira de minhas mãos! Estava lendo poemas de Tagore...

Esfreguei os olhos e então entendi!

Uma criança veio correndo com uma flor na mão!


Deu-me a flor dizendo:

- Deus pediu para lhe dar esta flor, senhor!

Sorri, agradeci e entendi!

Oras, pensei: então é isto! Isto é voltar a Casa do Pai!

Olhei a volta. Estava anoitecendo. O parque repleto de pessoas


aproveitando os últimos raios do sol. Mas meus olhos viam além da
escuridão; viam apenas a luz em tudo e em todos!

Sim, agora sabia o exato significado das tão conhecidas palavras, frases, e
outras setas deixadas para os que chegam... para saber que chegaram:

Viver no mundo, mas não ser do mundo!


Ser ou não ser, eis a questão!
Deus só vê o Bem, o Bom, o Belo e o Verdadeiro,
pois apenas vê Seu reflexo em tudo e em todos!

Sim! Deus agora usava meus olhos como janelas para ver sua criação e as
criaturas!

“Filho Amado em quem me comprazo, agora que retornastes a Mim


ricamente carregado de tantos tesouros frutos de tuas peregrinações,
reparte-os em Meu Nome junto aos Homens que já começam a crer na
outra face!”

“Explica-lhes da melhor forma possível que não devem temer retornar.


Que o Vale da Morte, na verdade é o Vale da Vida Eterna onde existe
apenas uma Lei: a do Amor! Por Amor a teu Pai e a seus Filhos, teus
Irmãos, Serve no Vale da Incerteza”.

Helena Schaffner 29.8.2010

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