Vous êtes sur la page 1sur 288

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

LINGUAGENS, CÓDIGOS
E SUAS TECNOLOGIAS
Governador do Estado do Amazonas
Omar Aziz

Secretário de Estado de Educação e Qualidade do Ensino


Gedeão Timóteo Amorim

Secretária-Executiva
Sirlei Alves Ferreira Henrique

Secretária-Adjunta da Capital
Ana Maria da Silva Falcão

Secretária-Adjunta do Interior
Magaly Portela Régis

Diretor do Departamento de Políticas e


Programas Educacionais
EDSON SANTOS MELO

Gerente do Ensino Médio


VERA LÚCIA LIMA DA SILVA
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS
E SUAS TECNOLOGIAS

Secretaria de Estado de
Educação e Qualidade do Ensino
Copyright © SEDUC – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012

Editor
Isaac Maciel

Coordenação editorial
Tenório Telles

Capa e Projeto Gráfico


Heitor Costa

Diagramação
Bruno Raphael, Suellen Freitas

Revisão
Núcleo de Editoração Valer

Normalização
Ycaro Verçosa

S729p Proposta Curricular de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias para o Ensino Médio. –
Manaus: Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, 2012.

286 p.­­

ISBN 978-85-87707-49-9

1. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Proposta Curricular


2. Reforma Curricular – Ensino Médio I. Título.

CDD 372.89
22 Ed.

Resolução n.º 114/2011 – CEE/AM, aprovada em 4/11/2011


Resolução n.º 162/2011 – CEE/AM, aprovada em 13/12/2011

2012

Seduc – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino


Rua Waldomiro Lustoza, 250 – Japiim II
CEP – 69076-830 – Manaus/AM
Tel.: Seduc (92) 3614-2200
Gem: (92)3614-2275 / 3613-5481
www.seduc.am.gov.br
SUMÁRIO
Compromisso com a Educação 7

Carta ao Professor 9

Introdução 11

Proposta Curricular do Ensino Médio: Pressupostos Teóricos 13

Currículo Escolar: Aproximações com o Cotidiano 19

Um Conhecimento fundado sobre Competências e Habilidades 21

Áreas de Conhecimento: A Integração dos Saberes 25

As Áreas de Conhecimento ou Macroáreas 27

Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o Ensino Médio 29

1.1 A Língua Portuguesa no Ensino Médio 33

1.2 Quadro Demonstrativo do Componente Curricular 42

1.3 Alternativas Metodológicas para o Ensino de Língua Portuguesa 99

1.3.1 Sugestões de Atividades Didático-Pedagógicas 99

1.3.2 Sugestões para Pesquisa 118

Proposta Curricular de Língua Inglesa para o Ensino Médio 121

1.1 A Língua Inglesa no Ensino Médio 125

1.2 Quadro Demonstrativo do Componente Curricular 133

1.3 Alternativas Metodológicas para o Ensino de Língua Inglesa 159

1.3.1 Sugestões de Atividades Didático-Pedagógicas 159

1.3.2 Sugestões para Pesquisa 171


Proposta Curricular de Língua Espanhola para o Ensino Médio 173

1.1 A Língua Espanhola no Ensino Médio 177

1.2 Quadro Demonstrativo do Componente Curricular 188

1.2.1 Alternativas Metodológicas para o Ensino de Língua Espanhola 203

1.2.2 Sugestões de Atividades Didático-Pedagógicas 205

1.2.3 Sugestões para Pesquisa 214

Proposta Curricular de Arte para o Ensino Médio 217

1.1 A Arte no Ensino Médio 221

1.2 Quadro Demonstrativo do Componente Curricular 225

1.3 Alternativas Metodológicas para o Ensino de Arte 231

1.3.1 Sugestões de Atividades Didático-Pedagógicas 234

1.3.2 Sugestões para Pesquisa 243

Proposta Curricular de Educação Física para o Ensino Médio 245

1.1 A Educação Física no Ensino Médio 249

1.2 Quadro Demonstrativo do Componente Curricular 252

1.3 Alternativas Metodológicas para o Ensino de Educação Física 267

1.3.1 Sugestões de Atividades Didático-Pedagógicas 267

1.3.2 Sugestões para Pesquisa 272

Avaliação: O culminar do Processo Educativo 273

Considerações Finais 277

Referências 279
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 7

COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO

É inquestionável o valor da Educação na mento do mérito dos professores, do acesso


formação do ser humano e na construção de às novas tecnologias, da promoção de forma-
uma sociedade próspera e cidadã. Ao longo ções para melhor qualificar os mestres que
da História, as nações que conquistaram o estão na sala de aula, empenhados na pre-
reconhecimento e ajudaram no processo de paração dos jovens, sem descurar do cuida-
evolução do conhecimento foram aquelas do com a melhoria das condições de trabalho
que dedicaram atenção especial à formação dos profissionais que ajudam a construir uma
da juventude e valorizaram o saber como fa- realidade educacional mais promissora para o
tor de afirmação social e cultural. povo amazonense.
Consciente do significado social da apren- Fruto desse comprometimento que tenho
dizagem e do caráter substantivo do ensino com a Educação, é com satisfação que apre-
como fundamento da própria vida, elegi a sento aos professores e à sociedade em geral
Educação como pressuposto de governo – esta Proposta do Ensino Médio – nascida do
consciente da minha responsabilidade como debate dos educadores e técnicos que fazem
governador do Estado do Amazonas. Tenho parte da rede pública estadual de ensino. Esta
a convicção de que a construção do futuro reestruturação, coordenada pela Secretaria
é uma tarefa do presente – e que o conheci- de Estado da Educação e Qualidade do Ensi-
mento é o substrato do novo tempo que ha- no, objetiva a renovação e atualização do pro-
verá de nascer do trabalho dos professores e cesso da aprendizagem, considerando os Pa-
demais profissionais que se dedicam ao ofício râmetros Curriculares do Ensino Médio, bem
de educar em nossa terra. como as inovações ocorridas com a implan-
Essa é uma missão de todos: não só dos tação do Exame Nacional do Ensino Médio –
educadores, mas igualmente dos pais e dos Enem. Com o aprimoramento da aprendiza-
agentes públicos, bem como de todo aquele gem e com a promoção de uma nova sistemá-
que tem compromisso com o bem comum e a tica de ensino e avaliação, almejamos o avan-
cidadania. Tenho empreendido esforços para ço da Educação e a melhoria da qualidade da
promover a Educação no Amazonas, sobretu- prática educacional no Estado do Amazonas.
do por meio da valorização e do reconheci- Reitero, assim, o meu compromisso com a
Educação.

Omar Aziz
Governador do
Estado do Amazonas

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 9

Carta ao professor

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles

A mudança é o sentido e o fundamento da de Educação, por meio da ação de seus educa-


vida. A verdade é que não há vida sem trans- dores e técnicos, coordenou de forma eficaz os
formação e sem o aprimoramento permanen- trabalhos de discussão e elaboração das pro-
te de nosso modo de pensar e ser e, sobretu- postas curriculares de cada componente que
do, de agir. O poema da professora e escritora integra as quatro áreas de conhecimento do
Cecília Meireles traduz esse entendimento Ensino Médio – norteadoras da prática pedagó-
e essa verdade inquestionável. Por isso, esse gica dos professores no cotidiano escolar neste
tem sido o espírito de nossas ações à frente novo momento do ensino em nossa terra.
da Secretaria de Estado de Educação do Ama-
zonas: buscar novos caminhos para melhorar Acreditamos que os novos referenciais
a aprendizagem de nossas crianças e jovens metodológicos, enriquecidos com sugestões
– motivo pelo qual elegemos a formação dos de Competências, Habilidades e práticas faci-
professores como um dos fundamentos desse litadoras da aprendizagem, estabelecidos nas
propósito. propostas, contribuirão para dinamizar e en-
riquecer o trabalho pedagógico dos professo-
Fruto dessa iniciativa, empreendida com o res, melhorando a compreensão e formação
objetivo de construir um futuro promissor para intelectual e espiritual dos educandos. Vive-
a Educação no Amazonas, apresentamos os re- mos um momento de renovação da prática
sultados do trabalho de reestruturação da Pro- educacional no Amazonas, experiência que
posta Curricular do Ensino Médio. A Secretaria demanda, de todos os envolvidos nesse pro-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
10 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

cesso, novas respostas, novas atitudes e no- de e atenção com a formação educacional dos
vos procedimentos de ensino. Dessa forma, nossos educandos.
com compromisso, entusiasmo e consciência
de nosso papel como educadores, ajudare- Temos consciência do desafio que temos
mos a construir uma nova realidade educacio- pela frente e entendemos que este é o primeiro
nal em nosso Estado, fundada na certeza de passo de uma longa jornada, que dependerá da
que o conhecimento liberta, enriquece a vida participação construtiva, não só dos professo-
dos indivíduos e contribui para a construção res, corpo técnico e educandos, mas também
de uma consciência cidadã. dos pais, agentes públicos e da sociedade.

O chamamento de Cecília Meireles – “Re- Que todos aceitemos o desafio da renova-


nova-te / Renasce em ti mesmo” – é uma sín- ção e do comprometimento com a vida, com
tese do fundamento que orienta o nosso ca- a educação dos nossos jovens e com a busca
minho e norteia as nossas ações. O governa- de novas práticas pedagógicas – capazes de
dor Omar Aziz assumiu a responsabilidade de nos ajudar no forjamento de uma nova consci-
fazer do seu governo um ato de compromisso ência e na construção de uma sociedade fun-
com a educação das crianças e jovens do Ama- dada no conhecimento e na cidadania, ideais
zonas. Os frutos dessa ação, que resultou na que herdamos da cultura clássica e que têm
reestruturação da Proposta Curricular do En- na Paideia Grega (entendida como a verdadei-
sino Médio, são uma prova da sua sensibilida- ra educação) o seu referencial por excelência.

Gedeão Timóteo Amorim


Secretário de Estado de Educação

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 11

INTRODUÇÃO

A Proposta que chega ao Ensino Médio sur- LDB (Lei nº 9.394/96), que requer um homem
giu das necessidades que se verificam não só cidadão, com capacidades para seguir os es-
no campo educacional, mas também nas de- tudos em um Nível Superior ou que seja capaz
mais áreas do saber e dos segmentos sociais. de inserir-se, com capacidades concretas, no
Dito por outras palavras, a vertiginosidade com mundo do trabalho.
que as mudanças ocorrem, inclusive situando- Mas para que esse homem-cidadão possa
-nos em um novo tempo, cognominado pelos ter o arcabouço teórico exigido, ele precisa
filósofos como pós-modernidade, é o que nos conhecer o seu entorno, ou seja, ele precisa
obriga a repensar os atuais paradigmas e a ins- ser e estar no mundo, daí, então, que ele par-
taurar-se, como se faz necessário, novos. tirá para a construção da sua identidade, da
A mudança, na qual somos agentes e pa- sua região, do seu local de origem. Somente
cientes, não só desestabiliza a permanência após a sua inserção na realidade, com suas
do homem no mundo como também requer emoções, afetos e sentimentos outros, é que
novas bases, o que implica novos exercícios ele poderá compreender o seu entorno em
do pensamento. Considerando que é na Esco- uma projeção, compreendendo as suas des-
la, desde a educação infantil, que também se continuidades mais ampliadas, ou seja: so-
estabelecem os princípios e valores que nor- mente assim ele poderá ser e estar no mundo.
tearão toda a vida, é a ela que, incisivamente, As situações referidas são as norteadoras
as novas preocupações se dirigem. desta Proposta, por isso ela reclama a Inter-
É nesse contexto que esta Proposta se ins- disciplinaridade, a Localização do sujeito no
creve. É em meio a essas inquietantes angús- seu mundo, a Formação, no que for possível,
tias e no encontro com inúmeros caminhos, os integral do indivíduo e a Construção da cida-
quais não possuem inscrições, afirmando ou dania. É, portanto, no contexto do novo, do
não o nível de segurança, que ela busca insti- necessário que ela se organizou, que ela mo-
tuir alguma estabilidade e, ainda, a certeza de bilizou a atenção e a preocupação de todos os
que o saber perdurará, de que o homem conti- que, nela, se envolveram.
nuará a produzir outros/novos conhecimentos. Para finalizar, é opinião comum dos cida-
As palavras acima se sustentam na ideia de dãos, que pensam sobre a realidade e fazem
que a Escola ultrapassa a Educação e a Instru- a sua leitura ou interpretação, que o momen-
ção, projetando-se para o campo da garantia, to é de transição. Essa afirmação é plena de
da permanência, da continuidade do conheci- significados e de exigências, inclusive corre-se
mento do homem e do mundo. o risco maior de não se compreender o que
Os caminhos indicadores para a redefini- é essencial. É assim que o passado se funde
ção das funções da Escola seguem, a nosso com o presente, o antigo se funde com o novo,
ver, a direção que é sugerida. É por isso que criando uma dialética essencial à progessão
a Escola e o produto por ela gerado – o Co- da História. A Proposta Curricular do Ensino
nhecimento – instituem um saber fundado Médio, de 2011, resguarda esse movimento e
em Competências e Habilidades, seguindo a o aceita como uma necessidade histórica.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 13

Proposta Curricular do Ensino Médio:


Pressupostos Teóricos

A educação brasileira, nos últimos anos, Ensino Médio desenvolveu ações educacio-
perpassa por transformações educacionais nais para fundamentar as discussões acerca
decorrentes das novas exigências sociais, do currículo vigente.
culturais, políticas e econômicas vigentes no Os professores da Rede Estadual de Ensino
país, resultantes do processo de globalização. Médio receberam orientações, por meio de
Considerando esta nova reconfiguração mun- palestras e de uma jornada pedagógica, que
dial e visando realizar a função formadora da proporcionaram aos professores reflexões so-
escola de explicar, justificar e de transformar bre: O fazer pedagógico, sobre os fundamen-
a realidade, a educação busca oferecer ao tos norteadores do currículo e principalmente
educando maior autonomia intelectual, uma sobre o que se deve ensinar. E o que os edu-
ampliação de conhecimento e de acesso a in- candos precisam apreender para aprender?
formações numa perspectiva integradora do Os trabalhos desenvolvidos tiveram, como
educando com o meio. subsídios, os documentos existentes na Secre-
No contexto educacional de mudanças re- taria de Educação, norteados pela Proposta
lativas à educação como um todo e ao Ensino Curricular do Ensino Médio/2005, pelos PCN,
Médio especificamente a reorganização curri- pelos PCN+ e pelos referenciais nacionais. As
cular, dessa etapa do ensino, faz-se necessária discussões versaram sobre os Componentes
em prol de oferecer novos procedimentos que Curriculares constantes na Matriz Curricular
promovam uma aprendizagem significativa e do Ensino Médio, bem como sobre as refle-
que estimulem a permanência do educando xões acerca da prática pedagógica e do papel
na escola, assegurando a redução da evasão intencional do planejamento e da execução
escolar, da distorção idade/série, como tam- das ações educativas.
bém a degradação social desse cidadão. Os resultados colhidos nessas discussões
A ação política educacional de Reestrutu- estimularam a equipe a elaborar uma versão
ração da Proposta Curricular do Ensino Médio atualizada e ampliada da Proposta Curricular
foi consubstanciada nos enfoques educacio- do Ensino Médio, contemplando em um só
nais que articulam o cenário mundial, bra- documento as orientações que servirão como
sileiro e local, no intuito de refletir sobre os referência para as ações educativas dos profis-
diversos caminhos curriculares percorridos na sionais das quatro Áreas do Conhecimento.
formação do educando da Rede Estadual de Foi a partir dessa premissa que se perce-
Ensino Médio. beu a necessidade de refletir acerca do Currí-
Dessa forma, a fim de assegurar a cons- culo, da organização curricular, dos espaços e
trução democrática e a participação dos pro- dos tempos para que, dessa maneira, fossem
fessores da Rede Estadual de Ensino Médio, privilegiados, como destaques:
na Reestruturação do Currículo, a Gerência de

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
14 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• o foco no processo de ensino-aprendi- divíduos, do corpo social, da comunidade em


zagem; geral, levando em consideração os conceitos,
• os diferentes tipos de aprendizagem e as representações, os saberes oriundos das
de recursos; vivências dos educandos que concretamente
• o desenvolvimento de competências estão envolvidos, e nas experiências que vi-
cognitivas, operativas e afetivas; venciam no cotidiano.
• a autonomia intelectual; A proposta é que os educandos possam
• a reflexão antes, durante e após as posicionar-se de maneira crítica, ética, res-
ações. ponsável e construtiva nas diferentes situa­
ções sociais, utilizando o conhecimento como
É válido ressaltar que os caminhos defi- instrumento para mediar conflitos e tomar
nidos enquadram-se na perspectiva atual do decisões; e, assim, perceberem-se como
projeto filosófico educativo do país que re- agentes transformadores da realidade social
quer a interdisciplinaridade, a transdiscipli- e histórica do país, identificando as caracte-
naridade e a transversalidade, na qualidade rísticas estruturais e conjunturais da realida-
de meios de garantia de um ensino-aprendi- de social e as interações entre elas, a fim de
zagem bem-sucedido. Ou seja, os objetos pri- contribuírem ativamente para a melhoria da
vilegiados nos Componentes Curriculares do qualidade da vida social, institucional e indi-
Ensino Médio deverão ser focados em uma vidual; devem, ainda, conhecer e valorizar a
perspectiva abrangente, na qual eles serão diversidade que caracteriza a sociedade bra-
objetos de estudo do maior número possível sileira, posicionando-se contra quaisquer for-
de Componentes Curriculares. Dessa forma, mas de discriminação baseada em diferenças
entende-se que o educando poderá apreen- culturais, classe social, crença, gênero, orien-
dê-los em toda a sua complexidade. tação sexual, etnia e em outras característi-
É assim que temas como a diferença socio- cas individuais e sociais.
cultural de gênero, de orientação sexual, de Espera-se que esta Proposta seja uma fer-
etnia, de origem e de geração perpassam por ramenta de gestão educacional e pedagógica,
todos os componentes, visando trazer ao de- com ideias e sugestões que possam estimular
bate, nas salas de aula, os valores humanos o raciocínio estratégico-político e didático-
e as questões que estabelecem uma relação -educacional, necessário à reflexão e ao de-
dialógica entre os diversos campos do co- senvolvimento de ações educativas coerentes
nhecimento. Nesse sentido, foi pensado um com princípios estéticos, políticos e éticos,
Currículo amplo e flexível, que expressasse orientados por competências básicas que esti-
os princípios e as metas do projeto educati- mulem os princípios pedagógicos da identida-
vo, possibilitando a promoção de debates, a de, diversidade e autonomia, da interdiscipli-
partir da interação entre os sujeitos que com- naridade e da contextualização enquanto es-
põem o referido processo. truturadores do currículo (DCNEM, 2011,11),
Assim, os processos de desenvolvimento e que todo esse movimento chegue às salas
das ações didático-pedagógicas devem possi- de aula, transformando a ação pedagógica e
bilitar a reflexão crítica sobre as questões que contribuindo para a excelência da formação
emergem ou que resultem das práticas dos in- dos educandos.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 15

Para que se chegasse a essa fundamen- gerais, e colegial, com duração de três anos,
tação pedagógica, filosófica, sociológica da que oferecia os cursos Clássico e Científico.
educação, foram concebidas e aperfeiçoa­das O cenário político brasileiro de 1964, que
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Na- culminou no golpe de Estado, determinou
cional. No contexto legislativo-educacional, novas orientações para a política educacional
destacam-se as Leis nº 4.024/61, 5.692/71 e do país. Foram estabelecidos novos acordos
9.394/96 que instituíram bases legais para a entre o Brasil e os Estados Unidos da Amé-
educação brasileira como normas estrutura- rica, dentre eles o MEC-Usaid. Constava, no
doras da Educação Nacional. referido acordo, que o Brasil receberia recur-
Todavia, o quadro da educação brasileira sos para implantar uma nova reforma que
nem sempre esteve consolidado, pois antes atendesse aos interesses políticos mundiais,
da formulação e da homologação das Leis objetivando vincular o sistema educacional
de Diretrizes e Bases, a educação não era o ao modelo econômico imposto pela política
foco das políticas públicas nacionais, visto norte-americana para a América Latina (ARA-
que não constava como uma das principais NHA, 2010). É no contexto de mudanças sig-
incumbências do Estado garantir escola pú- nificativas para o país, ocasionadas pela nova
blica aos cidadãos. conjuntura política mundial, que é promulga-
O acesso ao conhecimento sistemático, da a nova LDB nº 5.692/71. Essa Lei é gerada
oferecido em instituições educacionais, era no contexto de um regime totalitário, portan-
privilégio daqueles que podiam ingressar em to contrário às aspirações democráticas emer-
escolas particulares, tradicionalmente reli- gentes naquele período.
giosas de linha católica que, buscando seus Nas premissas dessa Lei, o ensino profis-
interesses, defendiam o conservadorismo sionalizante do 2.o grau torna-se obrigatório.
educacional, criticando a ideia do Estado em Dessa forma, ele é tecnicista, baseado no
estabelecer um ensino laico. modelo empresarial, o que leva a educação a
Somente com a Constituição de 1946, o adequar-se às exigências da sociedade indus-
Estado voltou a ser agente principal da ação trial e tecnológica. Foi assim que o Brasil se in-
educativa. A lei orgânica da Educação Primá- seriu no sistema do capitalismo internacional,
ria, do referido ano, legitimou a obrigação do ganhando, em contrapartida, a abertura para
Estado com a educação (Barbosa, 2008). Em o seu crescimento econômico. A implantação
meio a esse processo, e após inúmeras reivin- generalizada da habilitação profissional trou-
dicações dos pioneiros da Educação Nova e xe, entre seus efeitos, sobretudo para o ensino
dos intensos debates que tiveram como pano público, a perda da identidade que o 2.o grau
de fundo o anteprojeto da Lei de Diretrizes passará a ter, seja propedêutica para o Ensino
e Bases, é homologada a primeira LDB, nº Superior, seja a de terminalidade profissional
4.024/61, que levou treze anos para se con- (Parecer CEB 5/2011). A obrigatoriedade do
solidar, entrando em vigor já ultrapassada e ensino profissionalizante tornou-se faculta-
mantendo em sua estrutura a educação de tiva com a Lei nº 7.044/82 que modificou os
grau médio: ginasial, com duração de quatro dispositivos que tratam do referido ensino, no
anos, destinada a fundamentos educacionais 2.o grau.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
16 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Pode-se dizer que o avanço educacional do rização dos Profissionais da Educação – Fun-
país estabeleceu-se com a Lei de Diretrizes e deb, que oferece subsídios a todos os níveis
Bases da Educação nº 9.394/96, que alterou da educação, inclusive ao Ensino Médio.
a estrutura do sistema educacional brasileiro Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
quando no Titulo II – Dos Princípios e Fins da cação, o Ensino Médio tem por finalidade pre-
Educação Nacional – Art. 2.o, declara: A edu- parar o educando para a continuidade dos es-
cação, dever da família e do Estado, inspira- tudos, para o trabalho e para o exercício da ci-
da nos princípios de liberdade e nos ideais de dadania, primando por uma educação escolar
solidariedade humana, tem por finalidade o fundamentada na ética e nos valores de liber-
pleno desenvolvimento do educando, seu pre- dade, justiça social, pluralidade, solidariedade
paro para o exercício da cidadania e sua qua- e sustentabilidade. As prerrogativas da Lei su-
lificação para o trabalho. pracitada acompanham as grandes mudanças
Essa Lei confere legalidade à condição do sociais, sendo, dessa forma, exigido da escola
Ensino Médio como parte integrante da Edu- uma postura educacional responsável, capaz
cação Básica, descrevendo, no artigo 35, os de forjar homens, não somente preparados
princípios norteadores desse nível de ensino: para integrar-se socialmente, como também
de promover o bem comum, concretizando a
O Ensino Médio, etapa final da educação afirmação do homem-cidadão.
básica, com duração mínima de três anos, Norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases
terá como finalidades: I – a consolidação e da Educação, apresentam-se as Diretrizes
o aprofundamento dos conhecimentos ad- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
quiridos no Ensino Fundamental, possibili- (Parecer CEB 5/2011), que tem como pres-
tando o prosseguimento de estudos; II – a supostos e fundamentos: Trabalho, Ciência,
preparação básica para o trabalho e a cida- Tecnologia e Cultura.
dania do educando, para continuar apren- Quando se pensa em uma definição para
dendo, de modo a ser capaz de se adaptar o conceito Trabalho, não se pode deixar de
com flexibilidade a novas condições de ocu- abordar a sua condição ontológica, pois essa é
pação ou aperfeiçoamento posteriores; III – condição imprescindível para a humanização
o aprimoramento do educando como pes- do homem. É por meio dele que se instaura o
soa humana, incluindo a formação ética e o processo cultural, ou seja, é no momento em
desenvolvimento da autonomia intelectual que o homem age sobre a natureza, transfor-
e do pensamento crítico; IV – a compreen- mando-a, que ele se constitui como um ser
são dos fundamentos científico-tecnológi- cultural. Portanto, o Trabalho não pode ser
cos dos processos produtivos, relacionando desvinculado da Cultura, pois estes se com-
a teoria com a prática, no ensino de cada portam como faces da mesma moeda. Sinte-
disciplina. tizando, pode-se dizer que o homem produz
sua realidade, apropria-se dela e a transfor­
Com a incorporação do Ensino Médio à ma, somente porque o Trabalho é uma con-
Educação Básica, entra em vigor, a partir do dição humana/ontológica e a Cultura é o re-
ano de 2007, o Fundo de Manutenção e De- sultado da ação que possibilita ao homem ser
senvolvimento da Educação Básica e de Valo- homem.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 17

Trabalho, Ciência, Tecnologia e Cultura surgem como propiciadoras de um novo mun-


constituem um todo que não se pode disso- do, inclusive, determinando o nível de desen-
ciar, isso porque ao se pensar em Trabalho volvimento socioeconômico de um país.
não se pode deixar de trazer ao pensamento Seguindo as orientações das Diretrizes
o resultado que ele promove, ou seja, a pro- Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, a
dução. Imediatamente, compreende-se que a formação integral do educando deve promo-
Tecnologia não é possível sem um pensamen- ver reflexões críticas sobre modelos culturais
to elaborado, sistemático e cumulativo, daí, pertinentes à comunidade em que ele está
pensar-se em Ciência. Para se ter a ideia do inserido, bem como na sociedade como um
que é referido, pode-se recorrer aos primór- todo. Sob essa ótica, é de fundamental impor-
dios da humanidade, quando o homem trans- tância haver unicidade entre os quatro pres-
formou uma pedra em uma faca, a fim de se supostos educacionais: Trabalho, Ciência,
proteger das feras. Nos dias de hoje, quando a Tecnologia e Cultura que devem estar atrela-
Ciência tornou-se o núcleo fundante das nos- dos entre pensamento e ação e a busca inten-
sas vidas, retirando o homem do seu pedes- cional das convergências entre teoria e práti-
tal, pois foi com o seu triunfo que ele deixou ca na ação humana (Parecer CEB 5/2011).
de ser o centro do universo, as Tecnologias

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 19

Currículo Escolar: Aproximação com o cotidiano

A discussão sobre o Currículo Básico é O excerto em destaque trata da vinculação


hoje um tema presente nos projetos políti- ou da dependência do Currículo ao contexto
co-pedagógicos das escolas, nas pesquisas, no qual ele está inserido. Nele, as várias re-
nas teorias pedagógicas, na formação inicial lações que se estabelecem socialmente estão
e continuada dos professores e gestores, e, incluídas, dado que se trata de uma represen-
ainda, nas propostas dos sistemas de ensino, tação social e, por isso, todas as sensações,
tendo no seu centro a especificidade do co- especulações, conhecimentos e sentimentos,
nhecimento escolar, priorizando o papel da para que ele contemple as necessidades dos
escola como instituição social voltada à tare- educandos, são abordadas. Por outro lado,
fa de garantir a todos o acesso aos saberes não se pode desprezar a produção cognitiva,
científicos e culturais. resultado do acúmulo de conhecimentos que
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacio- garantem a permanência da humanidade.
nais para o Ensino Médio, em seu artigo 8.°: Conforme diversos autores citados por
Sabini (2007), esses fundamentados no texto
O Currículo é organizado em áreas de co- de Sacristán e de Seed (2003), o Currículo é
nhecimento, a saber: um conjunto de conhecimentos ou de maté-
rias a ser apreendido pelo educando dentro
I – Linguagens. de um ciclo-nível educativo ou modalidade
II – Matemática. de ensino; o Currículo é uma experiência re-
III – Ciências da Natureza. criada nos educandos, por meio da qual po-
IV – Ciências Humanas. dem desenvolver-se; o Currículo é uma tarefa
e habilidade a serem dominadas; o Currículo
§1.° – O currículo deve contemplar as qua- é um programa que proporciona conteúdos e
tro áreas do conhecimento, com tratamen- valores, para que os educandos melhorem a
to metodológico que evidencie a contextu- sociedade, podendo até mesmo reconstruí-la.
alização e a interdisciplinaridade ou outras Para Silva (2004), o Currículo é definido,
formas de interação e articulação entre portanto, como lugar, espaço, território, rela-
diferentes campos de saberes específicos. ção de poder. Como sabemos, ele também é
o retrato da nossa vida, tornando-se um do-
§2.° – A organização por área de conheci- cumento de identidade em termos de apren-
mento não dilui nem exclui Componentes dizagem e construção da subjetividade. Isso
Curriculares com especificidades e sabe- serve para mostrar a importância que o Currí-
res próprios construídos e sistematizados, culo pode tomar nas nossas vidas.
mas implica no fortalecimento das relações Considerando a história do Currículo es-
entre eles e a sua contextualização para colar, remetemo-nos ao momento em que se
apreensão e intervenção na realidade, re- iniciam as reflexões sobre o ensino ou quan-
querendo planejamento e execução conju- do ele é considerado como uma ferramenta
gados e cooperativos dos seus professores. pedagógica da sociedade industrial. Assim,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
20 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

partindo do contexto social, o Currículo se faz teo­ria única, mas um conjunto de teorias e
presente em formas de organização da socie- saberes, ou seja, o Currículo, desatrelado do
dade. Dessa forma, podemos compreendê-lo aspecto de simples listagem de conteúdos,
como produto de um processo de conflitos passa a ser um processo constituído por um
culturais dos diferentes grupos de professores encontro cultural, de saberes, de conheci-
que o elaboram (LOPES, 2006). Lopes com- mentos escolares na prática da sala de aula,
preende, ainda, que é necessário conhecer local de interação professor e educando.
as várias formas de conceituação de Currículo Nesse sentido, cabe àqueles que condu-
que são elaboradas para nortear o trabalho zem os destinos do país, e, especificamente,
dos professores em sala de aula. Para Lopes aos que gerem os destinos da Educação no
(idem), o Currículo é elaborado em cada esco- Amazonas encontrar o melhor caminho para
la, com a presença intelectual, cultural, emo- o norteamento do que é necessário, conside-
cional, social e a memória de seus participan- rando a realidade local, a realidade regional
tes. É na cotidianidade, formada por múltiplas e a nacional. E, ainda, sem deixar de conside-
redes de subjetividade, que cada um de nós rar os professores, os gestores, os educandos,
forja nossas histórias de educandos e de pro- os pais e a comunidade em geral. Não basta,
fessores. apenas, a fundamentação teórica bem alicer-
Considerando a complexidade da história çada, mas o seu entendimento e a sua aplica-
do Currículo, não é possível conceber uma ção à realidade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 21

Um conhecimento FUNDADO SOBRE Competências


e Habilidades

A Secretaria de Estado de Educação e Qua- conhecimentos adquiridos em sala de aula e


lidade do Ensino, com base nas Diretrizes Cur- fora dela, o que necessariamente implica um
riculares do Ensino Médio, reitera em sua Pro- trabalho interdisciplinar.
posta Curricular os seguintes pressupostos: Ao falarmos em Interdisciplinaridade no
formação integral dos educandos; o trabalho ensino, é preciso considerar a contribuição
e a pesquisa como princípio educativo e peda- dos PCN. Um olhar mais atento a esse docu-
gógico; a indissociabilidade entre educação e mento revela-nos a opção por uma concep-
prática social, considerando-se a historicidade ção instrumental de Interdisciplinaridade:
dos conhecimentos e dos sujeitos do processo
educativo, bem como entre teoria e prática no Na perspectiva escolar, a interdisciplinari-
processo de ensino-aprendizagem; a integra- dade não tem a pretensão de criar novas
ção de conhecimentos gerais e, quando for o disciplinas ou saberes, mas de utilizar os
caso, de conhecimentos técnico-profissionais. conhecimentos de várias disciplinas para
Os pressupostos garantidos implicam a resolver um problema concreto ou compre-
responsabilidade dos atores perante o pro- ender um fenômeno sob diferentes pontos
cesso educativo na busca constante dos me- de vista. Em suma, a Interdisciplinaridade
canismos que o transformem em ação efetiva. tem uma função instrumental. Trata-se de
Esses mecanismos dizem respeito ao porquê recorrer a um saber útil e utilizável para
e como trabalhar determinados conhecimen- responder às questões e aos problemas
tos de forma a atingir a formação integral do sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p.
cidadão, vivenciando, assim, a dimensão so- 34-36).
ciopolítica da educação, o que define o Cur-
rículo como ferramenta de construção social. Nos PCN+ (2002), o conceito de Interdis-
Nesse sentido, esta Proposta sugere o Ensino ciplinaridade fica mais claro. Neles é destaca-
fundado em Competências e a não fragmen- do que um trabalho interdisciplinar, antes de
tação dos conhecimentos em disciplinas iso- garantir associação temática entre diferentes
ladas, o que exige uma postura interdiscipli- disciplinas – ação possível, mas não impres-
nar do professor. Os Parâmetros Curriculares cindível – deve buscar unidade em termos de
Nacionais do Ensino Médio (PCN +) orientam prática docente, independentemente dos te-
a organização pedagógica da escola em tor- mas/assuntos tratados em cada disciplina iso-
no de três princípios orientadores, a saber: a ladamente. Essa prática docente comum está
Contextualização, a Interdisciplinaridade, as centrada no trabalho permanentemente vol-
Competências e Habilidades. tado para o desenvolvimento de Competên-
Para melhor compreender os pressupos- cias e de Habilidades, apoiado na associação
tos, apresenta-se a definição: contextualizar ensino-pesquisa e no trabalho expresso em
significa localizar um conhecimento determi- diferentes linguagens, que comportem diver-
nado no mundo, relacionando-o aos demais sidades de interpretação sobre os temas/as-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
22 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

suntos abordados em sala de aula. Portanto, Os caminhos na busca da Interdisciplina-


são esses elementos que dão unidade ao de- ridade devem ser percorridos pela equipe
senvolvimento dos diferentes Componentes docente de cada unidade escolar. O ponto de
Curriculares, e não a associação dos mesmos partida é determinado pelos problemas esco-
em torno de temas supostamente comuns a lares compartilhados pelos professores e por
todos eles. sua experiência pedagógica. O destino é de-
Esta proposta é expressiva porque ela terminado pelos objetivos educacionais, ou
promove a mobilização da comunidade es- melhor, pelo projeto político pedagógico da
colar em torno de objetivos educacionais escola. A Interdisciplinaridade, nesse sentido,
mais amplos, que estão acima de quaisquer assume como elemento ou eixo de integração
conteúdos, porém sem descaracterizar os a prática docente comum voltada para o de-
Componentes Curriculares ou romper com senvolvimento de Competências e Habilida-
os mesmos. Sua prática na escola cria, acima des comuns nos educandos.
de tudo, a possibilidade do “encontro”, da No que diz respeito à Competência, cabe
“partilha”, da cooperação e do diálogo e, por dizer que numa sociedade em que o conhe-
isso, traz-se nesta proposta a perspectiva da cimento transformou-se no principal fator
Interdisciplinaridade como ação conjunta dos de produção, um dos conceitos que transita
professores. entre o universo da economia e da educação
Ivani Fazenda (1994, p. 82) fortalece essa é o termo “competência”. A ideia de compe-
ideia, quando fala das atitudes de um “profes- tência surge na economia como a capacidade
sor interdisciplinar”: de transformar uma tecnologia conhecida em
um produto atraente para os consumidores.
Entendemos por atitude interdisciplinar No contexto educacional, o conceito de com-
uma atitude diante de alternativas para petência é mais abrangente. No documento
conhecer mais e melhor; atitude de espera básico do Enem, as competências são associa-
ante os atos consumados, atitude de reci- das às modalidades estruturais da inteligên-
procidade que impele à troca, que impele cia ou às ações e às operações que utilizamos
ao diálogo – ao diálogo com pares idênti- para estabelecer relações com e entre obje-
cos, com pares anônimos ou consigo mes- tos, situações, fenômenos e pessoas.
mo – atitude de humildade diante da limi- Para entendermos o que se pretende, é
tação do próprio saber, atitude de perple- necessário dizer que o ensino fundado em
xidade ante a possibilidade de desvendar Competências tem as suas bases nos vários
novos saberes, atitude de desafio – desafio documentos elaborados, a partir das discus-
perante o novo, desafio em redimensio- sões mundiais e nacionais sobre educação,
nar o velho – atitude de envolvimento e dentre eles a Conferência Mundial de Edu-
comprometimento com os projetos e com cação Para Todos, realizada na Tailândia, em
as pessoas neles envolvidas, atitude, pois, 1990, os “Pilares da Educação para o Século
de compromisso em construir sempre, da XXI”1: aprender a conhecer, a fazer, a viver, a
melhor forma possível, atitude de respon-
sabilidade, mas, sobretudo, de alegria, de 1 Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre
Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques
revelação, de encontro, de vida. Delors. O Relatório está publicado em forma de livro no
Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a Descobrir (São
Paulo: Cortez Editora, Unesco, MEC, 1999).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 23

ser; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais – • Localizar, acessar e usar melhor a infor-
Parâmetros Curriculares Nacionais. Todos es- mação acumulada;
ses documentos enfatizam a necessidade de • Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
centrar o ensino e a aprendizagem no desen-
volvimento de Competências e de Habilidades Concebe-se que uma pessoa é competen-
por parte do educando, em lugar de centrá-lo, te quando tem os recursos para realizar bem
apenas, no conteúdo conceitual. uma determinada tarefa, ou seja, para resol-
Como se pode comprovar, tanto o Ensino ver uma situação complexa. O sujeito está ca-
Fundamental quanto o Ensino Médio têm tra- pacitado para tal quando tem disponíveis os
dição conteudista. Na hora de falar de Com- recursos necessários para serem mobilizados,
petência mais ampla, carrega-se no conteúdo. com vistas a resolver os desafios na hora em
Não estamos conseguindo separar a ideia de que eles se apresentam. Nesse sentido, educar
Competência da ideia de Conteúdos, porque a para Competências é, então, ajudar o sujeito
escola traz para os educandos respostas para a adquirir as condições e/ou recursos que de-
perguntas que eles não fizeram: o resultado é verão ser mobilizados para resolver situações
o desinteresse. As perguntas são mais impor- complexas. Assim, educar alguém para ser um
tantes do que as respostas, por isso o enfo- pianista competente é criar as condições para
que das Diretrizes/Parâmetros nos conteúdos que ele adquira os conhecimentos, as habili-
conceituais, atitudinais e procedimentais, o dades, as linguagens, os valores culturais e os
que converge para a efetivação dos pilares da emocionais relacionados à atividade específica
Educação para o século XXI. Todavia, é hora de tocar piano muito bem (MORETTO, 2002).
de fazer e de construir perspectivas novas. As- Os termos Competências e Habilidades,
sim, todos nós somos chamados a refletir e a por vezes, se confundem; porém fica mais fá-
entender o que é um ensino que tem como cil compreendê-los se a Competência for vista
uma das suas bases as Competências e Habi- como constituída de várias Habilidades. Mas
lidades. uma Habilidade não “pertence” a determina-
O Ministério da Educação determina as da Competência, uma vez que a mesma Ha-
competências essenciais a serem desenvolvi- bilidade pode contribuir para Competências
das pelos educandos do Ensino Fundamental diferentes. É a prática de certas Habilidades
e Médio: que forma a Competência. A Competência é
algo construído e pressupõe a ação intencio-
• Dominar leitura/escrita e outras lingua- nal do professor.
gens; Para finalizar, convém dizer que esta Pro-
• Fazer cálculos e resolver problemas; posta caminha lado a lado com as necessida-
• Analisar, sintetizar e interpretar dados, des educacionais/sociais/econômicas/filosófi-
fatos, situações; cas e políticas do país, que não deixam de ser
• Compreender o seu entorno social e as do mundo global. Assim sendo, é interesse
atuar sobre ele; dos educadores preparar a juventude amazo-
• Receber criticamente os meios de co- nense para enfrentar os desafios que se apre-
municação; sentam no século XXI, daí ao conhecimento
fundado em Competências e Habilidades.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 25

Áreas do conhecimento: A integração dos saberes

A Proposta Curricular do Ensino Médio totalidade. Uma perspectiva, como se pode


compreende as quatro Áreas de Conhecimen- ver, dos novos tempos.
to, constantes da base nacional comum dos Em Matemática e suas Tecnologias abor-
currículos das escolas de Ensino Médio e es- daram-se conhecimentos que destacassem
tabelece, como fundamento pedagógico, con- aspectos do real, cabendo ao educando com-
teúdos os quais devem ser inclusos, fundados preender os princípios científicos nas tecno-
sobre competências, previamente analisados, logias, associando-os aos problemas que se
reagrupados e organizados em conformidade busca resolver de modo contextualizado. E,
com as necessidades dos envolvidos: educan- ainda, trazendo a Matemática para a concre-
dos, professores, gestores, todos os profissio- tude do educando. Com isso, quer-se dizer
nais do processo educativo. que a Matemática abandona o espaço abs-
A organização nas quatro Áreas de Conhe- trato, apenas atingível pelo pensamento, para
cimento tem por base compartilhar o objeto explicar a rea­lidade do educando, por meio
de estudo, considerando as condições para das situações-problema em que se situam o
que a prática escolar seja desenvolvida em homem concreto, real, em um universo ma-
uma perspectiva interdisciplinar, visando à terial, espiritual, emocional. Podendo-se até
transdisciplinaridade. mesmo dizer que a proposta de Matemática
Em Linguagens, Códigos e suas Tecnolo- é feita com as nossas emoções, com as nos-
gias, elencaram-se Competências e Habili- sas paixões, discutindo-se esse conhecimento
dades que permitam ao educando adquirir na sua região de saber, problematizando-se o
domínio das linguagens como instrumentos próprio império da razão.
de comunicação, em uma dinamicidade, e si­ Em Ciências da Natureza e suas Tecnolo-
tuada no espaço e no tempo, considerando as gias, consideraram-se conhecimentos que
relações com as práticas sociais e produtivas, contemplem a investigação científica e tecno-
no intuito de inserir o educando em um mun- lógica, como atividades institucionalizadas de
do letrado e simbólico. Como se sabe, a lin- produção de conhecimento. Mais uma vez,
guagem é instauradora do homem. Sem ela, entende-se que o conhecimento não pode
ele não existe, pois somente assim, quando se mais ser concebido de forma compartimen-
considera que o homem fala, é que se diz que tada, como se cada uma das suas esferas fos-
ele existe, pois é a linguagem que o distingue se de direito e de posse de cada um. Assim,
dos demais animais. Nesse sentido, a lingua- vislumbram-se, sobretudo, a interdisciplina-
gem é ampla, explicitada pela fala, pelo corpo, ridade e a transdisciplinaridade. O momento
pelo gesto, pelas línguas. Aqui, discute-se as em que se constrói um novo conhecimento
Áreas de Conhecimento, superando-se o com- é privilegiado, pois ele retorna a um estágio
partimento das disciplinas, porque somente inaugural, no qual o saber não se comparti-
agora o homem se compreendeu como um menta, mas busca a amplitude, visando com-
ser que poderá ser visto e reconhecido na sua preender o objeto de forma ampla, conside-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
26 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

rando sua complexidade. Por isso, a Física, Para o Ensino Médio do Estado do Amazo-
por exemplo, pode ser expressa em forma de nas, pensou-se em organizar os Componentes
poema, e a Biologia, que trata da vida dos se- Curriculares fundamentados nas diretrizes nor-
res, pode ser expressa em forma de música. teadoras desse nível de ensino, sem desconsi-
Somente assim o homem poderá falar de um derar as questões de cunho filosófico, psicoló-
homem mais humano, em uma perspectiva gico, por exemplo, que as mesmas implicam,
total, integradora. expressas pelo Ministério da Educação, consi-
Em Ciências Humanas e suas Tecnologias, derando a autonomia das instituições escola-
em que se encontra também a Filosofia, con- res e a aprendizagem dos educandos de modo
templam-se consciências críticas e criativas, efetivo. Os conteúdos apresentam-se por meio
com condições de responder de modo ade- de temas, os quais comportam uma bagagem
quado a problemas atuais e a situações novas, de assuntos a serem trabalhados pelos profes-
destacando-se a extensão da cidadania, o uso sores, conforme as especificidades necessárias
e a produção histórica dos direitos e deveres para cada nível de ensino. As Competências e
do cidadão e, ainda, considerando o outro em Habilidades expressam o trabalho a ser pro-
cada decisão e atitude. O importante é que o posto pelo professor quanto ao que é funda-
educando compreenda a sociedade em que mental para a promoção de um educando mais
vive, como construção humana, entendida preparado para atuar na sociedade. E os pro-
como um processo contínuo. Não poderia dei- cedimentos metodológicos, como sugestões,
xar de ser mais problemática a área de Ciên- auxiliam o professor nas atividades a serem
cias Humanas, pois ela trata do homem. Ten- experienciadas pelos educandos, ressaltando-
do o homem como seu objeto, ela traz para -se que se trata de um encaminhamento que
si muitos problemas, pois pergunta-se: Quem norteará a elaboração de um Planejamento
é o homem? Quem é este ser tão complexo Estratégico Escolar.
e enigmático? Estas são questões propostas Ressalta-se, também, que foram acrescen-
pela própria Área de Conhecimento de Ciên- tadas alternativas metodológicas para o ensi-
cias Humanas. Todavia, ela existe porque o ho- no dos Componentes Curriculares constantes
mem existe e é por isso que ela exige a forma- do Ensino Médio, no intuito de concretizar
ção e a atenção de profissionais competentes. esta Proposta, além de propiciar ao profes-
Considerando-se toda a problemática que a sor ferramentas com as quais poderá contar
envolve é que a atenção sobre a mesma é re- como um recurso a mais no encaminhamento
dobrada e que os cuidados são mais exigidos. de seu trabalho em sala de aula.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 27

AS Áreas dE CONHECIMENTO OU MACROÁREAS

A Proposta Curricular para o Ensino Mé- sando a Transdisciplinaridade e outros meios


dio, que vem a público, fundamenta-se nos de compreensão; a Contextualização, quan-
referenciais indicados pelo MEC e no esforço do se pretende o conhecimento como meio
empreendido pelo governo brasileiro com o de oferecer soluções para problemas que se
intuito de transformar o sistema educacional apresentam em situações do cotidiano; a Lo-
vigente. As demandas de um mundo em cons- calização, quando se pretende que o educan-
tante transformação solicitam novos parâme- do, em primeiro lugar, conheça o seu lugar, a
tros de leitura e de interpretação da realidade sua paisagem com todos os seus componentes
e do homem, principalmente considerando os para, a seguir, elaborar formas mais complexas
universos da mídia e dos avanços tecnológicos. de aprendizagens.
Nesse contexto, faz-se necessário que os fun- O conhecimento situado em Áreas de Co-
damentos filosóficos, sociológicos, políticos, nhecimento visa superar a compartimentaliza-
metodológicos da educação sejam reestrutu- ção. Hoje, é necessário e veemente o desejo
rados ou que sejam criados novos. No que diz de conhecer; todavia, é consensual o enten-
respeito ao processo de construção do conhe- dimento de que os instrumentos devem ser
cimento e de humanização, é consenso que o outros, porque a realidade sofreu mudanças e
educando não pode mais nem ser visto e nem os métodos conhecidos já não são suficientes
ser tratado como um receptáculo de informa- para desvendá-la. Assim, o novo projeto edu-
ções, pois, se essa é a prática, estaremos for- cacional da Secretaria de Estado de Educação
jando, apenas, caricaturas de homens, quando e Qualidade do Ensino (Seduc) para o Ensino
o objetivo é preparar homens-cidadãos ca- Médio apresenta a seguinte composição cur-
pazes de enfrentar os desafios que emergem ricular: 1) Linguagens, Códigos e suas Tecno-
com o século. logias, com os Componentes Curriculares:
A equipe responsável pela elaboração des- Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Es-
ta Proposta manteve o diálogo constante com panhola, Arte e Educação Física; 2) Matemá-
a filosofia e com o material disponibilizado tica e suas Tecnologias, cujo componente é
pelo governo, adotando, por exemplo, o mo- Matemática; 3) Ciências da Natureza e suas
delo que traz a divisão por Áreas de Conhe- Tecnologias, com os componentes: Química,
cimento. Ao fazer essa opção, foi necessário Física e Biologia; 4) Ciências Humanas e suas
que a Proposta Curricular para o Ensino Médio Tecnologias, com os componentes: Filosofia,
vigente fosse reestruturada. É assim que se Sociologia, História e Geografia.
apresenta, como seus fundamentos, além da Esta Proposta Curricular abriga não somen-
já mencionada divisão por Áreas de Conheci- te objetos de conhecimento, mas, sobretudo,
mento, a aquisição de Competências básicas e uma compreensão crítica do homem e da re-
o desenvolvimento de Habilidades para a re- alidade. Assim, que ela seja não somente um
ferida aquisição; a Interdisciplinaridade, que instrumento de trabalho, mas que seja prin-
é a forma pela qual se estabelece o diálogo e cipalmente um instrumento para a reflexão e
se constrói o conhecimento nos dias atuais, vi- para a construção de um mundo melhor.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 29

PROPOSTA CURRICULAR DE
LÍNGUA PORTUGUESA PARA O
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 31

O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 33

1.1 A Língua Portuguesa no mente, que se comunique com interlocutores


Ensino Médio a despeito de quaisquer assuntos em diversas
situações.
Um currículo de Língua Portuguesa deve É muito importante que todos os profes-
levar em conta um conjunto de programas sores tenham uma visão geral desse longo
devidamente articulados em progressão, de percurso, do início da escolaridade ao térmi-
uma forma que se pense somente em uma no do Ensino Médio. É preciso perceber que,
sequência lógica de pré-requisitos. A finali- ao longo dos anos, os educandos se transfor-
zação do último segmento, o Ensino Médio, mam, passam por mudanças abruptas. Tais
deve ser o parâmetro geral que fornecerá as mudanças sejam elas resultantes de estados
psicológicos, intelectuais ou sociais requerem
o desenvolvimento intelectual que sustenta-
O educando vive o do pela linguagem prepare o educando para a
conhecimento de forma vida. No campo da linguagem e da aprendiza-
singular, engajando-se não gem da língua materna, as mudanças são no-
em função de um conjunto de táveis e em geral acompanham as corporais,
requisitos para o futuro, mas as psíquicas e, sobretudo, as novas exigências
que o meio social propõe a cada fase da vida,
em busca de um meio para
que acabam culminando com as demandas fi-
encontrar expressão para nais do Ensino Médio (vestibulares, mercado
suas inquietações interiores de trabalho etc.), as quais, de alguma forma,
do momento. também constituem rituais de passagem no
trânsito para a vida adulta.
Aqui se trata de rituais de passagem que
indicações que ajudarão a compor uma visão são observáveis em todas as culturas, como
do sujeito que se pretende formar – entretan- se pode verificar na Psicanálise. Nesse senti-
to, há sempre uma visão de sujeito que deve do, um bom ponto de partida teórico pode
prevalecer em cada série, em cada segmen- ser abstraído dela e da Psicologia contempo-
to, pois o educando vive o conhecimento de râneas e dos estudos de história da escrita e
forma singular, engajando-se não em função da leitura: em relação à linguagem, o conhe-
de um conjunto de requisitos para o futuro, cimento não ocorre, como normalmente se
mas em busca de um meio para encontrar ex- pensa, em uma progressão crescente e em
pressão para suas inquietações interiores do níveis sucessivos. Do mesmo modo que os
momento. Para isso, torna-se de fundamen- mesmos princípios que criaram os pictogra-
tal relevância possibilitar a amplitude da com- mas e ­ideogramas há mais de seis mil anos
petência comunicativa, para que esse sujeito ainda convivem em nosso meio, sobretu-
seja aquele que, subsidiado pela língua, com- do nos complexos códigos contemporâneos
preenda o que ouve, o que lê; que reconheça (basta ver a sinalização de trânsito, a barra de
a importância das variantes linguísticas, quan- ferramenta dos programas de computador e
do do momento de identificar o papel social as linguagens icônicas cada vez mais presen-
que os sujeitos desempenham e, principal- tes na informática e na Internet), também

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
34 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

no psiquismo e na cognição adultas operam uma visão de conjunto de Competências, de


elementos importantes da primeira infância e Habilidades a serem adquiridas e a delimitação
de outras fases. Não é por acaso que poetas, de conteúdos básicos que as permitem para
escritores e outros retornam o tempo todo ao todos os segmentos. Quando o professor ob-
universo infantil para buscar as motivações servar que uma competência não foi adquirida,
básicas de suas criações. O que se aprende necessitará desenvolver novas Habilidades, no-
em uma fase não necessariamente elimina o vas metodologias, ampliando e/ou revendo os
que se aprendeu na infância. recursos utilizados, até que os educandos es-
Sabendo disso, é difícil aceitar a ideia de tejam qualificados e possam, então, progredir
uma sucessão de fases estanques em que a para a aquisição de outras mais complexas.
última apague e supere os traços das anterio- Na nova concepção da educação brasileira
res. Qualquer teoria – neurológica, psicana- e mundial, um dos caminhos que se ambicio-
lítica, psicológica ou linguística – sabe que a na é a descompartimentalização do conheci-
memória e a cognição formam laços dinâmi- mento. Nesse sentido, tenta-se alcançar tal
cos com o passado, e que sem a dinâmica do propósito, utilizando como meio a Interdisci-
desejo tais laços são sempre de curto alcance, plinaridade e, dessa forma, a língua materna
ou seja, ficam sujeitos a um imediatismo pou- assume o centro do processo de comunica-
co criativo. ção e expressão. Isso significa dizer que mais
ainda do que era exigido, os professores e os
educandos precisam não só insistir no do-
Sendo assim, um currículo mínio dos conteúdos de aprendizagem, mas
não pode ser mero conjunto também, como já foi referido acima, promo-
de programas isolados ver a aquisição de Competências e de Habi-
que resultaram dos cortes lidades definidas a priori, o que se constrói a
burocráticos feitos pelos partir do nível cognitivo dos educandos.
Recomenda-se, então, que as escolas pro-
diversos segmentos e séries.
movam discussões interdisciplinares e que as
O ideal é que haja uma visão responsabilidades sejam redistribuídas. Cada
de conjunto de Competências, componente curricular deve assumir respon-
de Habilidades a serem sabilidades em relação aos objetivos de fala,
adquiridas e a delimitação leitura e escrita que competem às suas res-
de conteúdos básicos que pectivas ciências. Certamente, haverá sem-
as permitem para todos os pre a possibilidade de contribuição recíproca,
prevista em planejamentos ou em projetos
segmentos.
interdisciplinares.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Língua Portuguesa, além de representarem
Sendo assim, um currículo não pode ser uma síntese de tendências já colocadas no
mero conjunto de programas isolados que re- ensino da área, contribuíram para desenca-
sultaram dos cortes burocráticos feitos pelos dear novas reflexões entre os professores.
diversos segmentos e séries. O ideal é que haja Nesse processo, o ensino da língua materna,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 35

no nosso caso a Língua Portuguesa, tem um


papel fundamental. Além de ser uma capa- A língua materna ocupa uma
cidade indispensável, fundamental e cons- posição fundamental no
titutiva do humano, a linguagem possui um
campo geral da Linguagem
vasto domínio que se faz presente nos mais
diferentes meios e formas de expressão: e ela só se torna concreta
desde o gesto solitário de um autista, até as por meio de seu uso; tem-
complexas teias de interlocução que enre- se de pensá-la, mesmo com
dam milhões de indivíduos. todas as dificuldades, em sua
De essencial nessas diferentes manifesta- dinâmica de funcionamento.
ções, temos uma polaridade complexa que
dá ao homem condições de expressar-se tan-
to para interlocutores externos como para si Compreende-se a linguagem como uma
mesmo, reflexivamente. Ao dar sentido aos capacidade, ao mesmo tempo psíquica e so-
elementos do mundo e às ações humanas, cial, indispensável ao processo civilizacional.
a linguagem constitutivamente se desdobra O homem, na medida em que se humaniza,
em campos discursivos, em redes ideológicas, simultaneamente, torna-se um sujeito poten-
cujo funcionamento implica em uma dinâmi- cial no campo da linguagem e, consequente-
ca subjetiva que vai muito além de uma cen- mente, assume a possibilidade de intercam-
tralidade lógica. biar sua posição em relação ao outro, saindo
do ensimesmamento para transformar-se em
um ser social, capaz de figurar como um eu e
O homem, na medida em que um tu em um dinâmico processo de interlo-
cução e, ainda, para assumir ou simular um
se humaniza, simultaneamente,
“nós” coletivo.
torna-se um sujeito potencial A linguagem é a mediação entre o homem
no campo da linguagem e a realidade. Ela possibilita a reflexão, a crí-
e, consequentemente, tica e a intervenção, e torna possível a trans-
assume a possibilidade de formação do homem e do mundo em que
intercambiar sua posição vive. Ela articula significados coletivos que
em relação ao outro, saindo são compartilhados socialmente, variando de
acordo com os grupos sociais em seus tempos
do ensimesmamento para
e espaços diferenciados.
transformar-se em um ser Considerando o contexto referenciado, as
social, capaz de figurar como áreas de conhecimento que têm o homem in-
um eu e um tu em um dinâmico serido em sua cultura, na sociedade e na his-
processo de interlocução e tória, propiciam não só a sua inserção como
ainda, para assumir ou simular sujeito atuante nessa sociedade, interferindo
um “nós” coletivo. e atuando em prol do meio ambiente e no res-
peito às diversidades, mas o torna protagonis-
ta de ações de reorganização dessa realidade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
36 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Levando-se em conta, também, que a lín- A Língua Portuguesa, na educação escolar,


gua materna ocupa uma posição fundamental compreende a língua como um objeto histó-
no campo geral da Linguagem e que ela só se rico, irregular, variável, gerenciado por seus
torna concreta por meio de seu uso, tem-se usuários para promover-lhes a interação com
de pensá-la, mesmo com todas as dificulda- outras pessoas. Revela-se, aí, uma concep-
des, em sua dinâmica de funcionamento. ção interacionista da língua, eminentemente
As idas e vindas na trajetória que vai do funcional e contextualizada. Da perspectiva
ambiente familiar ao escolar e ao mundo mais da enunciação, a língua pode ser concebida
amplo constituem, sem dúvida, uma história, como um conjunto de signos utilizados na co-
sujeita aos mais interessantes estudos que di- municação, e a linguagem, a atividade discur-
zem respeito a todos os professores da área siva, a forma de pôr a língua em movimento.
de linguagem, inclusive aos do Ensino Médio. O espaço privilegiado para isso é a interlocu-
Como marco e herança social, a linguagem ção, compreendida como o local de produção
é produto e produção cultural e, tal como o da linguagem e de constituição dos sujeitos.
homem que a manifesta, é criativa, contradi- Pensar a linguagem, a partir do processo de
tória, pluridimensional e singular ao mesmo interlocução significa instaurar o processo
tempo. De natureza transdisciplinar, até mes- educacional sobre a singularidade dos sujei-
mo quando enfocada como área de conheci- tos, em contínua constituição, à medida que
interagem com os outros. Isso significa que
o educando deve ser o sujeito da aprendiza-
Pensar a linguagem, a partir gem e o sujeito de seu texto, porquanto é ele
do processo de interlocução quem realiza a interação e produz o conheci-
significa instaurar o processo mento (ANTUNES, 2003).
educacional sobre a O conhecimento e as relações por ele es-
singularidade dos sujeitos, tabelecidas configuram-se como o pilar de
natureza epistemológica que sustenta a Pro-
em contínua constituição, à
posta Curricular de Língua Portuguesa que
medida que interagem com aqui se apresenta. Distinta é, todavia, a ma-
os outros. neira de considerar o conhecimento, qual
seja, uma interpretação histórico-social e
não um dado objeto. Desse ponto de vista,
mento, os estudos da linguagem têm como toma-se o conhecimento linguístico-cultural
ênfase a produção de sentidos. Nessa pers- como resultado de um processo dinâmico –
pectiva, os sistemas de linguagem envolvem como algo aberto e inacabado – favorecido
as manifestações e os conhecimentos: linguís- pela interação sujeito-objeto, mediado pelo
ticos, musicais, corporais, gestuais, espaciais professor. Ganha tônica, conforme afirma
e plásticos. Tais sistemas compreendem, na Morin (2001), o saber linguístico pertinente,
educação escolar, os Componentes Curricu- que articula e que permite a compreensão
lares: Arte, Educação Física, Literatura, Língua da totalidade do objeto o qual se deseja co-
Portuguesa e Língua Estrangeira. nhecer. Para isso, deverá o educando operar
com o conhecimento produzido da perspec-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 37

tiva de sua incompletude, o que só é possível


por meio de uma rede de relações construída O texto configura-se como uma
em momentos compartilhados com o outro. manifestação, gerada a partir
Para concretizar esta Proposta, deve-se, pois, de elementos linguísticos, cujo
tomar a pesquisa como fundamento da for- objetivo é não somente permitir
mação intelectual.
aos interlocutores, no processo
As condições de gênero, de relações étni-
co-raciais, na formação humana dos modos de interação, a socialização
como se produzem as identidades sociocul- de conteúdos, como também
turais e como nessa construção deve auferir favorecer a própria interlocução,
espaço privilegiado à consciência ambiental, conforme as práticas culturais de
tanto do patrimônio natural quanto do histó- cada contexto social.
rico, configuram-se, também, como princípios
seriamente considerados.
Com relação à concepção de escrita, essa sibilita a realização de alguma atividade socio-
é defendida de modo interativo e dialógico, comunicativa entre as pessoas e estabelece
dinâmico e negociável, quanto à fala. Essa relações com os diversos contextos sociais em
perspectiva supõe encontro, parceria, envol- que essas pessoas atuam. Elaborar um texto
vimento entre sujeitos, para que aconteça a escrito significa empreender uma tarefa cujo
comunhão das ideias, das informações, das sucesso não se completa, simplesmente, pela
intenções pretendidas. Toda escrita que res- codificação das ideias ou das informações,
ponde a um propósito funcional definido pos- por meio de sinais gráficos. Deixa, pois, o tex-
to de ser concebido como uma estrutura aca-
bada para ser compreendido em seu próprio
a concepção de ensino de processo de organização, verbalização e cons-
língua deve criar condições trução (GERALDI, 1991). Essa concepção per-
para que os educandos mite ver o texto como resultado parcial da ati-
construam autonomia, vidade comunicativa humana, a qual engloba
desenvolvendo uma postura processos, operações cognitivas e estratégias
discursivas, que são acionados em situações
investigativa. Para ensinar,
concretas de interação social (KOCH, 1998),
em conformidade a essa de acordo com determinados pressupostos, a
concepção, será preciso partir dos quais a atividade verbal se realiza.
que o professor pesquise, O texto configura-se como uma manifestação,
observe, levante hipóteses, gerada a partir de elementos linguísticos, cujo
reflita, descubra, aprenda objetivo é não somente permitir aos interlo-
e reaprenda não para os cutores, no processo de interação, a sociali-
zação de conteúdos, como também favorecer
educandos, mas com os
a própria interlocução, conforme as práticas
educandos. culturais de cada contexto social. Constitui-
se o texto, assim, no momento em que os in-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
38 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

terlocutores de uma atividade comunicativa A perspectiva não está errada, entretanto,


constroem determinado sentido, o que impli- é preciso uma certa cautela para lidar com
ca pensar que o sentido não está no texto – a diversidade, pois há um conjunto razoável
mas a partir dele se constrói – é indetermina- de gêneros que é de responsabilidade espe-
do e surge como efeito do trabalho realizado cífica da área de Língua Portuguesa, cujo tra-
pelos sujeitos. O texto só fará sentido se seu tamento didático e metodológico já recobre
produtor conhecer a sua finalidade e o seu boa parte do currículo. Há, por exemplo, um
destinatário (KOCH, 1998). campo de gêneros textuais, além dos literá-
Fiel a esse quadro, a concepção de ensino rios, que é muito importante para o exercício
de língua deve criar condições para que os da cidadania - os gêneros da mídia são bons
educandos construam autonomia, desenvol- exemplos: notícia, reportagem, artigo de
vendo uma postura investigativa. Para ensi- opinião, editorial, opinião do leitor, resenha
nar, em conformidade a essa concepção, será crítica etc. Esse campo é objeto de estudo
preciso que o professor pesquise, observe, da área de Língua Portuguesa, mas é preciso
levante hipóteses, reflita, descubra, aprenda reconhecer que sua variação temática exige
e reaprenda não para os educandos, mas com a entrada de outros Componentes Curricula-
os educandos. res. Trata-se de um campo interessante para
O ensino da Língua Portuguesa deve, en- projetos interdisciplinares, portanto, é funda-
tão, possibilitar o desenvolvimento das ações mental que os professores da área assumam
de produção de linguagem, em situações de uma postura crítica em relação à divisão do
interação, e de abordagens interdisciplinares, trabalho na escola, evidenciando a importân-
não se limitando à decodificação e à identifi- cia da participação de todos na abordagem
cação de conteúdos, mas ao desenvolvimento desses gêneros, considerados fundamentais
de letramentos múltiplos, concebendo a lei- para a formação do cidadão crítico (gêneros
tura e a escrita como ferramentas para o exer- da mídia, do campo acadêmico e científico, do
cício da cidadania. campo jurídico e outros).
Se nossas concepções insistem que o uso
A diversidade de gênero e a interdisciplinari- consolida a língua e as linguagens, então, de-
dade no campo da leitura vem-se buscar os lugares e os momentos privi-
legiados de circulação textual, onde estarão os
Com a perspectiva da abordagem dos gê- gêneros essenciais para o exercício da cidada-
neros discursivos na educação, apregoada, nia. Os meios de comunicação são alguns dos
sobretudo, pelos Parâmetros Curriculares constituintes desse lugar, pois o jornal e a revis-
Nacionais, muitos professores passaram a ta são também portadores adequados a trazer
cultivar a diversidade de gêneros. Chegou-se instrumentos para a compreensão do mundo.
a pensar que quanto maior a diversidade, me- Há, sem dúvida, outros gêneros igualmen-
lhor dar-se-ia a formação do leitor, pois estar- te importantes a serem objetos de nossos
se-ia promovendo um amplo acesso ao mun- estudos de leitura, por exemplo, os cartazes
do dos textos pragmáticos, dos textos que es- publicitários, os anúncios, embalagens, rótu-
tão presentes no cotidiano do educando. los, enfim, esse campo dos gêneros que se

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 39

especializaram na técnica de direcionar o ci- e escolhendo as palavras de acordo com um


dadão para o consumo. Aqui fica claro que se modelo que nada tem a ver com os textos que
o professor não souber lidar com esse univer- circulam na sociedade.
so textual, poderá situar o processo de leitura Normalmente, a produção de texto pauta--
na perspectiva do consumo, ou seja, acabará -se pela tradicional divisão do contínuo tex-
pondo seus educandos sob os efeitos persua- tual em descrição, narração e dissertação.
sivos de tais construções. Também é preciso Tais categorias estabelecem poucas relações
entender que a leitura desses gêneros pede significativas com os textos que circulam na
uma análise desconstrutiva, que procura pôr sociedade – rigorosamente, não existe texto
em evidência todas as etapas de seus proces- que circule socialmente e que seja denomi-
sos de produção. nado por um desses três rótulos. Não é uma
A metodologia de abordagem deve levar dissertação que se encontra nos jornais e re-
sempre em conta os conhecimentos prévios dos vistas, mas artigos de opinião, editoriais, rese-
alunos, a função dos textos, o público leitor, as nhas críticas – são gêneros em cujos exemplos
estratégias de persuasão e sua estrutura com- textuais prevalecem a intenção de convencer,
posicional. Deve-se assumir uma leitura analí- formulada a partir de fragmentos ou de se-
tica em que os procedimentos possam ir além quências textuais típicos da habilidade dis-
das evidências imediatas, ou seja, é importante sertativa, com a apresentação de uma tese, o
que a leitura busque um nível inferencial. uso de argumentos persuasivos para sua de-
Ao assumir claramente essas opções, re- fesa, seguidos de uma lógica encadeada para
força-se a perspectiva de que o universo dos a conclusão sempre persuasiva. Do mesmo
textos é, também, o das intenções e das ações modo, no mundo não existe descrição pura,
humanas e que a linguagem, além de se cons- o que se encontra são fragmentos descritivos
tituir como instrumento de luta, também nos em relatórios, memoriais descritivos, reporta-
põe diante dos meios e direitos de tornar pú- gens, textos literários. O mesmo se pode dizer
blico o que se pensa e o que se quer. da habilidade narrativa, pois quando alguém
narra, lança mão dessa habilidade dentro de
A produção textual um gênero específico: conto, romance, crô-
nica, cordel etc. (basta lembrar que há nar-
Dentro da escola engendrou-se uma tradi- rativas em verso e em prosa). Note que, nos
ção de ensino do fazer textual que nem sem- gêneros literários narrativos, os fragmentos
pre leva em consideração os modos de produ- textuais sucedem-se, alternam-se, embora,
ção dos textos que circulam na vida real. em geral, prevaleça o tom geral da narrativa,
Em geral, o processo se concentra em um marcado por elementos típicos da habilidade
tipo de texto a que hoje se chama “redação de contar uma história, um episódio.
escolar”. Do ponto de vista da função social Constituir-se como autor em um deter-
da linguagem, o texto escolar é inócuo, pois é minado gênero ou agrupamento de gêneros
elaborado a partir de uma simulação, em que (campo discursivo) demanda, antes de tudo,
o emissor (o autor) procura se adequar às ex- um envolvimento com o universo real da lei-
pectativas escolares, desenvolvendo o tema tura. Por exemplo, para se escrever um artigo

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
40 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

eficiente, é necessário que o educando assimi- no imaginário. Nesse momento, ele é capaz
le técnicas e conhecimentos indispensáveis, de fazer Literatura.
tanto no que diz respeito ao instrumental teó- Pode-se dizer então, não dispondo de ou-
rico quanto no que diz respeito à língua. Para tras palavras, que o homem, verdadeiramente,
esse fim, é fundamental a leitura dos variados tornou-se homem, pois somente, assim, ele
gêneros textuais: textos informativos, veicula- é capaz de criar um mundo verdadeiramen-
dos pela imprensa ou pela internet, os filmes, te seu. Porque construído, sobretudo, com as
os documentários, as artes visuais, o teatro, a suas possibilidades, sem desprezar, entretanto,
música, a leitura da literatura regional, nacio- o mundo real do qual ele não pode retirar os
nal e mundial. seus pés. É nessa dialética que a Literatura se
liberta, mas, ao mesmo tempo, aprisiona-se.
A Literatura Por isso, nesta Proposta Curricular de
Língua Portuguesa é dado ênfase à Literatu-
Para se falar do ensino de Literatura faz-se ra Regional, à Nacional e à Universal. E tam-
necessário destacar o que a LDB nº 9.394/96 bém, por se reconhecer que a Literatura pode
apresenta como objetivo para o Ensino Mé- transformar a vida do homem, visto que ela
dio, incluso no art. 35, Inciso III o aprimora- lhe oferece um mundo que ultrapassa o tem-
mento do educando como pessoa humana, in- po e o espaço, possibilitando-lhe a compre-
cluindo a formação ética e o desenvolvimento ensão sob várias perspectivas do seu mundo
da autonomia intelectual e do pensamento e de si mesmo. Com isso, pode-se dizer que
crítico. Atende-se, por intermédio da Literatu- aquele que lê, aquele que reflete, aquele ne-
ra a humanização do homem, o que implica cessita conhecer novos mundos, tornar-se-á
na sua formação ética, na sua formação inte- um cidadão.
lectual e na construção de um pensamento Reconhecer-se humano e reconhecer a
crítico, o que constitui um todo, portanto, in- humanidade do outro implica no reconheci-
dissociável. mento de uma comunidade de respeito, de
Todavia, pretende-se esmiuçar, como se valores, onde o ser humano constrói o mundo
disse por intermédio da Literatura, o inciso que poderá realizar o verdadeiramente hu-
referido. Nesse sentido, retorna-se a uma de- mano, ou seja, o mundo ideal no qual todos
finição essencial da linguagem como a única poderiam ser mais felizes, sem as desigualda-
expressão da possibilidade de hominização, o des sociais que estimulam a desumanização
que significa dizer que a linguagem é a pos- do homem e, consequentemente, instalam
sibilitadora de o homem ser homem. Mas o a barbárie. O risco de ter-se uma sociedade
que se pretende centralizar é o processo mais barbarizada é cada vez mais iminente, por
seletivo da linguagem, quando o homem, já isso urge que os professores do Ensino Médio
em um processo posterior, consegue traduzir preo­cupem-se com formas e métodos capa-
o mundo em um código linguístico e oportu- zes de prever o risco referido. O estudo da Li-
nizando-se dele, construir uma camada supe- teratura deve ser incentivada, por propiciar a
rior que requer a criação, o domínio da lín- abertura de mundos ao mundo, a capacidade
gua, o refinamento da sensibilidade, ou seja, de o homem emocionar-se e sensibilizar-se
quando ele recria um novo mundo fundado para as causas humanas e naturais.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 41

Por outro lado, ela também é possibilita- fases que marcaram a cultura local; autores e
dora da construção de uma consciência críti- escolas que marcaram época na construção
ca, tendo em vista que, ao se construir uma do Brasil e do ser brasileiro; da mesma forma,
visão ampliada de mundo, a partir de outros autores universais que ampliam a visão local
mundos, o homem dota-se de mecanismos e ainda sua abrangência, contemplando as ar-
para questionar a si mesmo e o lugar que ocu- tes em geral, promovendo a leitura e a forma-
pa na sociedade. ção integral do educando.
Para tudo isso, é necessário que as bi-
bliotecas sejam um lugar de construção de Objetivo geral do componente curricular
aprendizagens, que os projetos de leitura e de
incentivo à produção de texto sejam criados Proporcionar ao educando o conhecimento
e/ou mantidos, pois somente assim formar- da Língua Portuguesa, de forma a estimular nele
se-ão leitores dialogantes. É para esse fim a curiosidade, o raciocínio e o desenvolvimento
que esta Proposta foi construída. Daí que no da capacidade de autodescoberta e autoexpres-
quadro demonstrativo por série, ela é grada- são, possibilitando a interdisciplinaridade entre
tiva e abrangente, tanto no que diz respeito as diversas áreas do conhecimento, visando
à aquisição de Competências quanto no que atender às Competências e às Habilidades de
diz respeito ao desenvolvimento de Habilida- comunicação e de interpretação, tornando-o
des, para isso privilegiando acontecimentos e capaz de intervir no mundo que o cerca.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
42 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª Série

Objetivos Específicos

• Utilizar os conhecimentos linguísticos e literários, associados às experiências de


vida, na consolidação e na formação proficiente de leitores e de produtores de tex-
tos;
• Compreender a literatura portuguesa, como construção de conhecimento psíquico
e social, como arte que permite ampliar o conhecimento sobre as singularidades
humanas;
• Demonstrar, por meio da leitura e da análise de clássicos da literatura, as diferenças
das características estilísticas e ideológicas no universo da Literatura Portuguesa.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o que é • Reconhecer os conceitos de arte e O Estudo da Literatura • Lendo textos e/ou fragmentos que abordam os assuntos
arte literária, linguagem de linguagem literária; trabalhados;
literária e não literária; • As várias concepções da
• Reconhecer as concepções da Literatura • Respondendo a questões que contemplem os assuntos;
literatura, em diferentes textos;
• A Literatura: das suas • Traçando paralelo entre as características específicas de
origens e dos seus gêneros textos literários e não literários;
• A importância da • Discutindo, em grupo, os conceitos de arte, de linguagem e
Literatura na sociedade de literatura;
• Consultando em dicionários e/ou em outras obras definições
acerca de arte, de linguagem e de literatura;
• Assistindo a filmes que tenham nas suas origens obras

1º BIMESTRE
literárias;
• Pesquisando sobre o assunto em sites na internet;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
43
44

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Analisar, interpretar • Estabelecer relações entre o O Estudo da Literatura • Exercitando os gêneros lírico, épico e dramático;
e aplicar recursos texto literário e o momento de
expressivos das sua produção, situando aspectos • O que é poesia e o que é • Lendo autores que auxiliam na compreensão do texto e do
linguagens, relacionando do contexto histórico, social e poema papel do teatro vicentino na sociedade portuguesa do século
textos com seus político. XVI;
• Os movimentos literários
contextos, mediante • Classificando abordagens sobre a poesia;
a natureza, função, • O Trovadorismo, um estilo
organização, estrutura literário • Exercitando os recursos sonoros do poema;
das manifestações, de • Características das cantigas • Estudando as estruturas fixas de composição poética;
acordo com as condições trovadorescas
de produção e recepção. • Diferençando a linguagem formal da informal;
• As novelas de cavalaria
• Contextualizando a poesia no cotidiano;

1º BIMESTRE
• Dialogando entre as cantigas trovadorescas e a MPB;
• Expressando, por meio da oralidade e da escrita, as
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

experiências de leitura;
• Discutindo sobre a importância da literatura para a
humanidade, realçando-a como arte da palavra;
• Ouvindo a literatura de cordel;
• Produzindo textos de cordel, para apresentar nas festividades
da escola.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a língua • Relacionar a origem e a As linguagens: formas de • Lendo diferentes linguagens;


como fenômeno cultural, mudança da língua portuguesa comunicação
histórico-social variável, às circunstâncias históricas de • Discutindo, em grupos, sobre a importância do estudo da
heterogêneo e sensível formação da nacionalidade • A necessidade da Gramática;
aos contextos de uso; portuguesa e da nacionalidade Linguagem e da Gramática
• Discutindo sobre os assuntos abordados;
brasileira;
• Exercitando a Gramática:
- Fonologia:
- Sons e letras;
- Classificação de fonema;
- Sílaba;

1º BIMESTRE
- Encontros vocálicos;
- Encontro consonantal;
• Lendo e destacando, em textos poéticos, sons, letras,
fonema, sílaba, encontros vocálicos e consonantais;
• Destacando os vários elementos que compõem o poema:
rima, ritmo, sonoridade, métrica etc.;
• Diferenciando a Divisão Silábica da Métrica;
• Destacando, em textos literários, encontros vocálicos e
encontros consonantais;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
45
46

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Conhecer o conjunto • Reconhecer que as formas As linguagens: formas de • Lendo e destacando quadrinhos impressos, jornais ou
de conhecimentos linguísticas (palavras, sintagmas comunicação revistas;
pragmáticos, discursivos, ou frases) podem ter sentidos
semânticos e formais diferentes, dependendo da • O que chamamos • Discutindo sobre os assuntos abordados;
envolvidos no uso da situação comunicativa e dos Linguagem verbal e
Linguagem não verbal • Utilizando a linguagem verbal e não verbal, na confecção de
língua; objetivos da interação; cartazes;
• Interpretando outros sinais não verbais;
• Dramatizando a linguagem não verbal, por meio de mímica;
• Morfologia:
- Palavra e mecanismos de flexão;

1º BIMESTRE
• Nomeando as palavras em textos literários;
• Classificando, gramaticalmente, em textos literários, as
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

palavras em variáveis e em invariáveis;


• Destacando, em textos literários, as palavras flexionadas em
gênero, em número e em grau;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar a norma padrão e as As linguagens: formas de • Refletindo e escrevendo sobre as diferenças entre língua
necessidade da existência variedades linguísticas da língua comunicação falada e língua escrita;
de convenções na língua portuguesa, respeitando-as e
escrita; adequando-as às necessidades • As diferenças entre a • Lendo e destacando tiras que apresentem marcas de
de uso; língua falada e a língua oralidade;
escrita
• Sintaxe:
- Frase, oração e período;
- Sujeito e predicado;
• Classificando os elementos constitutivos da oração;
• Exercitando a distinção entre frase, oração e período;

1º BIMESTRE
• Destacando os diversos tipos de frases, oração e período de
forma conceitual;
• Exercitando, em textos de vários gêneros, a frase, a oração e
o período;
• Exercitando o sujeito e o predicado, por meio de tiras, de
quadrinhos e de textos poéticos;
• Reescrevendo fragmentos de textos literários, destacando os
vários tipos de sujeito;
• Criando novos textos, usando os vários tipos de sujeito.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
47
48

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as • Conhecer a sociedade como As linguagens: formas de • Refletindo e escrevendo sobre as marcas da linguagem oral
variedades linguísticas provedora de variedades comunicação em registros escritos;
como meio de linguísticas, culturais e
inclusão de povos, de intelectuais. • A variação linguística • Lendo e destacando tiras que apresentem marcas de
etnias, de regiões, de oralidade;
• O preconceito linguístico
grupos e de situações • Exercitando, em textos, as variedades linguísticas;
diversas, agregando-
os­na sua formação o • Discutindo, criticamente, os preconceitos linguísticos
enriquecimento cultural, existentes na comunidade;
social e intelectual. • Resolvendo questões sobre variedades linguísticas e
preconceito linguístico;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1º BIMESTRE
• Trabalhando a predicação, em textos literários;
• Destacando verbos significativos em poesias e outros textos;
• Destacando, em textos literários, o sujeito e o predicado;
• Comparando os predicados das orações presentes em
poemas, em tiras, em quadrinhos;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar os diferentes gêneros Comunicação: linguagem e • Lendo, produzindo, interpretando, analisando e discutindo
importância dos textuais: literários e não literários; interação textos literários e não literários, levando em conta elementos
gêneros do discurso, linguísticos, históricos e sociais;
para a comunicação e a • Adaptar textos em diferentes • Gêneros do discurso
interação do homem na linguagens, levando em conta • Coletando, selecionando e organizando informações,
sociedade. aspectos linguísticos, históricos resumindo e expondo opiniões críticas, defendendo pontos
e sociais; de vista e opiniões, de forma oral e escrita;
• Compreender e produzir textos, • Estudando as estruturas discursivas de gênero;
considerando o contexto de
produção, circulação e recepção. • Classificando os tipos de textos;
• Lendo gêneros literários: cordel, conto e romance;
• Discutindo os aspectos sociais, constantes nos gêneros do

1º BIMESTRE
discurso;
• Respondendo a questões sobre o assunto abordado;
• Utilizando cartazes;
• Produzindo um painel dos gêneros discursivos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
49
50

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender, por • Reconhecer a Literatura como A Literatura como • Lendo textos que abordam os assuntos;
meio da Literatura, a uma forma específica de conhecimento do homem
construção humana como comunicação; • Interpretando textos dos períodos trabalhados;
um empreendimento que • A compreensão do
• Identificar as artes visuais como humanismo por meio da • Respondendo a questões acerca dos assuntos abordados;
se desenrola no decorrer
da história; manifestação do fazer e do sentir Literatura • Debatendo, em grupos, a relevância do Humanismo na
humano; História;
• Conhecer as artes • O Classicismo: das Artes
visuais como meio de Plásticas à Literatura • Pesquisando sobre os representantes da literatura
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

compreensão da condição humanista;


humana; • Retirando dos textos as características do Humanismo;
• Destacando as características marcantes do Teatro de Gil

2º BIMESTRE
Vicente;
• Analisando imagens que identifiquem as características do
Classicismo;
• Pesquisando a poesia lírica e épica de Camões;
• Diferenciando a poesia lírica da poesia épica;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Desenvolver, por meio • Diferençar os diversos discursos A Literatura como • Lendo textos que representem o Quinhentismo;
do conhecimento dos literários, no decorrer da história; conhecimento do homem
gêneros literários, • Coletando textos que representem o Quinhentismo;
a capacidade de • Reconhecer que as características • O Quinhentismo: os
dos textos de cada estilo estão, jesuítas e o trabalho • Selecionando textos quinhentistas;
compreender-se e
de compreender o diretamente, ligados ao momento missionário • Comparando textos clássicos com textos quinhentistas;
outro, situados numa histórico.
• Povos não letrados, os • Analisando textos clássicos e textos quinhentistas;
comunidade humana. povos do que hoje se
chama Amazônia • Pesquisando as origens da escrita literária no Brasil;
• Descobrindo, por meio de textos, as características da escrita
literária no Brasil;

2º BIMESTRE
• Organizando informações para exposição de opiniões
críticas;
• Dramatizando textos literários trabalhados;
• Lendo mitos e lendas dos povos amazônicos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
51
52

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Conhecer as funções da A literatura e outros • Exercitando, em textos literários, as funções da linguagem;
relevância das funções linguagem, em textos diversos; discursos
da linguagem, para • Destacando, em textos literários, em artes plásticas,
a construção de • Utilizar-se do conhecimento • As funções da linguagem em quadrinhos, em tiras, em textos jornalísticos etc., a
argumentos e para a acerca das funções da linguagem, na construção do texto finalidade das mensagens, para a identificação das funções
solução de problemas no para expressar argumentos; da linguagem;
cotidiano; • Criando pequenas mensagens, fazendo uso das funções da
linguagem;
• Elaborando tirinhas que contemplem o sentido literal e o
sentido figurado;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Interpretando discursos lidos, escritos, ouvidos e

2º BIMESTRE
visualizados;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Compreender a língua portuguesa A literatura e outros • Destacando, em textos literários, as marcas de coesão e de
língua portuguesa como instrumento de integração discursos coerência;
como instrumento e como mediadora do processo
de integração e como de comunicação. • As características dos • Lendo textos e/ou publicações acerca dos assuntos
mediadora do processo textos literários e dos trabalhados;
de comunicação. textos científicos
• Exercitando os assuntos trabalhados;
• Exercitando a Gramática;
• Morfologia:
- Processos de formação de palavras na construção do texto;

2º BIMESTRE
• Exercitando os processos de formação de palavras mais
comuns em português;
• Sintaxe:
- Processos ligados ao verbo na construção do texto;
• Destacando os termos ligados ao verbo, em textos literários;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
53
54

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o teatro, o • Reconhecer os tipos de textos Outros tipos de textos • Lendo fragmentos de peças teatrais;
cinema e a crônica como como recursos linguísticos;
facilitadores de um olhar • O teatro e o cinema • Transformando poemas em texto teatral;
mais reflexivo acerca do • Identificar, por meio do teatro,
do cinema e da crônica, as • Gênero textual: Crônica • Assistindo a uma peça em cartaz na cidade;
mundo em que se vive.
características marcantes de cada • Elaborando roteiro teatral;
estilo.
• Criando cenas teatrais com base em tema, em notícia e/ou
em elementos de cenário;
• Pesquisando a origem da crônica;
• Lendo acerca de que tratam as crônicas;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Destacando as marcas e os recursos utilizados pelo autor na

2º BIMESTRE
escrita da crônica;
• Debatendo sobre crônicas de ontem e de hoje;
• Escrevendo crônica com base em temas e em notícias atuais;
• Produzindo uma reportagem, associando-a a descrições
de ambientes e de situações, considerando o trabalho dos
cronistas estudados na literatura;
• Expondo, em sala de aula, textos produzidos.
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a arte • Conhecer o estilo barroco, para A Arte Barroca: O homem • Lendo textos que abordem o assunto;
barroca como geradora a compreensão da identidade barroco
de significação do mundo humana; • Respondendo a questões;
e da própria identidade, • O conhecimento do
• Analisar as diversas produções Barroco • Discutindo sobre o barroco na História;
considerando o saber
cultural e estético; barrocas como meio de explicar • Debatendo, em grupos, acerca do Barroco em Portugal e no
os contrastes, os padrões de • As características do
Barroco Brasil;
• Aplicar os recursos beleza e os preconceitos;
expressivos da arte • O Barroco português • Pesquisando sobre o estilo de Aleijadinho;
barroca, relacionando- • Identificar, por meio de recursos
expressivos, as características da e o barroco brasileiro: • Refletindo sobre textos de Gregório de Matos;
os com textos e seus semelhanças e
arte barroca;

3º BIMESTRE
contextos. dessemelhanças • Destacando as características do barroco presentes na obra
• Compreender as especificidades do padre Antônio Vieira;
do barroco português e do • Verificando as características do barroco nas artes plásticas e
barroco brasileiro. no discurso literário;
• Assistindo a filmes que contemplem o período abordado;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos do estilo Barroco.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
55
56

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar • Inferir a origem de palavras do Origem e desenvolvimento • Lendo fragmentos acerca dos assuntos abordados;
a Língua Portuguesa vocabulário da língua portuguesa, da Língua Portuguesa
como língua materna com base em conhecimentos • Estudando a pronúncia de algumas palavras, principalmente
geradora de significação enciclopédicos prévios (dados • Origem da Língua das que não fazem parte do vocabulário cotidiano;
e integradora da histórico-culturais), pistas Portuguesa
• Assistindo a documentários e/ou a filmes que apresentam
organização do mundo e fonéticas, morfossintáticas e diferentes variantes da Língua Portuguesa;
da própria identidade; semânticas;
• Trabalhando, em grupos, trechos de literatura barroca;
• Enumerando vocábulos presentes em vários fragmentos de
literatura barroca;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3º BIMESTRE
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer o processo • Identificar os traços linguísticos Origem e desenvolvimento • Exercitando a gramática:


de formação da língua das diversas regiões do Brasil, da Língua Portuguesa
portuguesa e as associando-os aos povos africanos • Fonologia:
influências linguísticas e aos indígenas, na formação de • Formação do Português
no Brasil - Ortoépia e prosódia;
e culturais exercidas nosso idioma;
pelos povos africanos • Trabalhando a pronúncia e entoação adequada das palavras,
e indígenas sobre a de acordo com a variedade padrão da língua;
formação do português • Morfologia:
falado no Brasil;
- Formação de palavras;
• Destacando os processos de formação das palavras em
textos literários e não literários;
• Sintaxe:
- A pontuação na construção do texto;

3º BIMESTRE
- O predicativo na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
• Utilizando, nos textos, a pontuação;
• Exercitando a pontuação em textos literários;
• Exercitando o predicativo do sujeito e do objeto, em textos
diversos, como tiras, poemas etc;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
57
58

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as culturas • Reconhecer as influências Origem e desenvolvimento • Consultando o dicionário, para conhecer o significado de
africanas e indígenas exteriores como constituintes da da Língua Portuguesa algumas das palavras indígenas e africanas;
como constituintes língua e do ser brasileiro.
da Língua Portuguesa • As culturas africanas • Identificando, em textos oriundos da África e das etnias
e da constituição da e indígenas na Língua indígenas, termos utilizados na língua portuguesa;
brasilidade. Portuguesa
• Semântica:
- Introdução à Semântica;
• Destacando os aspectos tratados pela semântica: sinonímia,
antonímia, campo semântico;

3º BIMESTRE
• Reescrevendo mensagens, utilizando-se dos elementos da
semântica;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Elaborando pequenos textos com imagens sobre os


elementos da semântica, para serem projetados em sala de
aula;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Reconhecer a importância do Pesquisa bibliográfica • Pesquisando os diferentes tipos de relatório;
do estudo acerca de gênero discursivo relatório;
relatório, de resumo e • Gênero discursivo relatório • Exercitando tipos diversos de relatório;
de fichamento para a • Reconhecer o resumo como
sintetizador importante na • Resumo e fichamento • Pesquisando relatos famosos no período da arte barroca;
progressão estudantil.
comunicação escrita; • Produzindo um relatório acerca da arte barroca de Portugal
• Utilizar o fichamento como e do Brasil;
documento sistematizado, para • Pesquisando em sites, o que é um resumo;
busca de informações.
• Exercitando resumo ou síntese de textos;
• Exercitando as três partes principais de um fichamento:

3º BIMESTRE
cabeçalho, referência bibliográfica e corpo ou texto;
• Criando, em parceria com o professor de arte, fichas para o
trabalho de fichamento de textos;
• Elaborando fichas bibliográficas, de citação, de resumo ou de
conteúdo;
• Expondo as produções textuais em mural, varal, revistas,
jornais, sites na internet, blogs etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
59
60

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Arte, comunicação e linguagem

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar e reconhecer as O homem árcade • Lendo textos que abordam os assuntos;
dinamicidade do tempo diferentes produções literárias;
e as suas implicações na • O que denominamos • Respondendo a questões;
produção literária; • Reconhecer a literatura como Arcadismo: características
um meio do conhecimento de • Discutindo sobre o Arcadismo na História;
• Confrontar opiniões e si mesmo e como propiciadora • O Arcadismo português
e o Arcadismo brasileiro: • Pesquisando os representantes da literatura árcade;
pontos de vista sobre de criação de outros
os diferentes estilos comportamentos; semelhanças e • Assistindo a filmes que retratam os assuntos;
literários e manifestações dessemelhanças
• Identificar cada gênero • Estudando os representantes do Arcadismo no Brasil;
artísticas. • O homem pré-romântico
literário nas suas respectivas • Analisando as liras de Tomás Antônio Gonzaga; o Poema, de
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

especificidades. Basílio da Gama;


• Analisando os poetas mineiros mais significativos do tempo

4º BIMESTRE
da Inconfidência;
• Pesquisando sobre modinhas e lundus, dentro do panorama
da música popular brasileira;
• Expondo, oralmente, a pesquisa acerca das modinhas e dos
lundus;
• Lendo textos de Tenreiro Aranha;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos dos assuntos
trabalhados.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Língua • Identificar traços culturais A Língua Portuguesa falada •Destacando os empréstimos linguísticos incorporados ao
Portuguesa falada no específicos da cultura brasileira no Brasil português brasileiro;
Brasil, como transmissora contemporânea;
de valores culturais e • As Características da • Pesquisando na internet as peculiaridades da Língua
instrumento de resgate • Reconhecer a importância Língua Portuguesa falada Portuguesa falada no Brasil, sua recepção no estrangeiro;
do patrimônio cultural de da miscigenação cultural em no Brasil – brasileiro
território brasileiro, para a • Exercitando a gramática:
um povo;
construção da Língua Portuguesa; • Morfologia:
- Processo de formação de palavras;
• Destacando, em poemas, o processo de formação de diversas
palavras;
• Sintaxe:

4º BIMESTRE
- A pontuação na construção do texto;
- O predicado na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
61
62

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Reconhecer a singularidade A Língua Portuguesa falada • Identificando as diferentes práticas da Língua Portuguesa
do estudo da Língua da Língua Portuguesa falada no Brasil fora do Brasil;
Portuguesa falada no no Brasil, a partir do olhar do
Brasil, para a valorização estrangeiro. • A Língua Portuguesa • Utilizando, nos textos, a pontuação;
desta como identidade do brasileira – fora do Brasil
• Exercitando a pontuação em textos literários;
brasileiro.
• Destacando os tipos de predicado em textos diversos;
• Reescrevendo frases substituindo os tipos de predicado;
• Semântica:
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

- Introdução à Semântica;
• Destacando os aspectos tratados pela Semântica: hiponímia,

4º BIMESTRE
hiperonímia e polissemia;
• Reescrevendo pequenas mensagens, utilizando-se dos
elementos da semântica;
• Elaborando pequenos textos com imagens sobre os
elementos da semântica, para serem projetados em sala de
aula;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer posições críticas aos Pontos de vista • Lendo artigos de opinião;
importância do artigo de usos sociais que são feitos das
opinião para a reflexão e linguagens e dos sistemas de • Artigo de opinião • Reproduzindo alguns dos artigos de opinião lidos;
interação do homem no comunicação e informação. • Destacando, em grupos, onde alguns dos artigos lidos
meio. foram publicados, quem o escreveu, que informações foram
expressas, para quem e com que finalidade;

4º BIMESTRE
• Produzindo artigos de opinião sobre um tema com base na
leitura de coletânea de textos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
63
64 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

.2ª Série

Objetivos Específicos

• Sintetizar o estudo da literatura, abordando a realidade e a natureza expressas


no tempo e no espaço;
• Compreender a literatura romântica, como representação do homem no mundo
em um determinando período;
• Compreender a literatura realista, considerando a realidade e a natureza como
princípios;
• Reconhecer a linguagem utilizada na internet e nos veículos de comunicação de
massa e outras mídias como meios de inserção nas comunidades contemporâneas;
• Compreender o autor e a obra de Machado de Assis, como representante da
norma padrão da língua portuguesa;
• Reconhecer as tecnologias de informação, redes sociais, internet como meios de
inclusão e de construção da cidadania.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender, em • Reconhecer, nos textos O homem romântico • Identificando, em textos românticos, a conquista do
diferentes textos, românticos, os traços que pensamento europeu ocidental sobre as culturas indígena e
literários ou não, os constituem a brasilidade; • Um novo estilo literário: negra;
discursos ou mitos O Romantismo –
fundadores da • Reconhecer, em diferentes características • Lendo textos literários, considerando a História e a
brasilidade; contextos históricos e literários, Geografia;
que há determinados discursos de • O Romantismo: herança
• Conhecer os elementos representação e de concepções europeia, trazida pelos • Analisando, nos registros, desde os fundamentos históricos
românticos em sobre o amor, a mulher, os índios, portugueses até suas representações na arte, na música, na pintura, no
manifestações culturais e os negros e os imigrantes; teatro, na prosa e na poesia;
artísticas da atualidade; • Lendo artigos que contemplam a produção literária
oitocentista em Portugal e no Brasil;
• Pesquisando os poetas e os prosadores românticos;

1º BIMESTRE
• Analisando autores e obras do período romântico;
• Identificando e discutindo, em textos apresentados, conflitos
existentes nas diferentes etnias da população brasileira
(índios, negros, brancos);
• Trabalhando, por meio de músicas, as características do
romantismo;
• Discutindo, em grupos, a permanência da tradição romântica
na cultura romântica;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
65
66

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender efeitos • Analisar, em textos literários, os O homem romântico • Discutindo a literatura feita por mulheres no Brasil, em
de sentido do discurso efeitos de sentido do discurso Portugal e nos países africanos de língua portuguesa;
eurocêntrico manifesto europeu. • O Romantismo brasileiro:
em textos da literatura originalidade e imitação • Identificando, em textos, as várias concepções sobre o amor,
brasileira. a mulher, o indígena, o afro-descendente etc.;
• Registrando a discussão acerca da tradição romântica na
cultura contemporânea;
• Assistindo a filmes que contemplem o Romantismo;
• Lendo ensaios diversificados acerca da literatura portuguesa,
focalizando textos produzidos desde a Idade Média;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Pesquisando acerca dos prosadores românticos: urbanos e

1º BIMESTRE
regionalistas;
• Dramatizando personagens romanescos;
• Analisando autores e obras do período romântico;
• Identificando e discutindo, em textos apresentados, conflitos
existentes nas diferentes etnias da população brasileira
(índios, negros, brancos).
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Utilizar as novas • Reconhecer as novas linguagens Linguagem na internet • Debatendo os suportes e os gêneros contemporâneos;
tecnologias como que expressam o mundo
propriciadoras de contemporâneo; • Os jovens e a internet: os • Elaborando vocabulário da internet;
oportunidades no horizontes que se abrem
• Aplicar os conhecimentos • Discutindo a linguagem da internet: internetês;
mercado de trabalho e na • Tecnologias e educação:
compreensão do mundo adquiridos em Língua Portuguesa • Elaborando pequeno dicionário internetês/português;
no contexto contemporâneo da um enlace necessário
contemporâneo; • Exercitando a gramática:
comunicação;
• Fonologia:
- A ortografia na construção do texto;
• Exercitando a ortografia, em diversos tipos de textos;

1º BIMESTRE
• Morfologia:
- Classes Gramaticais I;
• Exercitando as classes gramaticais: Substantivo, Adjetivo,
Artigo e Numeral, na construção do texto;
• Destacando, em textos do período romântico, as classes
gramaticais trabalhadas;
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
67
68

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
• Aplicar as tecnologias • Identificar as diferentes Linguagem na Internet • Sintaxe:
da comunicação e da linguagens e seus recursos
informação na escola, expressivos como elemento de • Suportes de gêneros - A pontuação na construção do texto;
no trabalho e em outros caracterização dos sistemas de contemporâneos
- Os tipos de sujeito na construção do texto;
contextos relevantes para comunicação; • Novas linguagens: as
a sua vida; tecnologias e a emersão • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
• Reconhecer os suportes e os etc., as regras de pontuação;
• Compreender a gêneros disponíveis para a de novos códigos
importância da língua, comunicação; linguísticos • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
em sua constituição total, de um texto;
para a construção de • Utilizar a divisão geral da Língua
Portuguesa, em textos diversos; • Utilizando, nos textos, a pontuação;
textos.
• Aplicar o conhecimento geral • Exercitando a pontuação em textos literários;
da língua, em diversos gêneros • Exercitando os tipos de sujeito, em textos literários;
textuais.
• Semântica:
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1º BIMESTRE
- A ambiguidade como recurso de construção;
• Exercitando a ambiguidade como recurso de expressão em
textos poéticos, publicitários e humorísticos, em quadrinhos
e em anedotas;
• Exercitando a ambiguidade como problema de construção
em diversos textos;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais;
• Analisando a poesia Neoconcretista;
• Estudando poetas brasileiros.
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar as tecnologias da • Relacionar informações geradas Comunicação • Definindo regras que servirão de base para a criação de
informação como meio nos sistemas de comunicação e blogs;
de integração social e informação; • Blog
realização da cidadania. • Criando um blog individual, por meio de orientações;
• Analisar a função social desses • Debate
sistemas. • Alimentando o blog com artigos, imagens, notícias etc.;
• Redes sociais
• Pesquisando sobre blogs em circulação, para verificar sua
qualidade: a confiabilidade das informações, organização e
legibilidade; estética, atualização e linguagem;
• Apresentando os resultados da pesquisa e indicando os
blogs mais interessantes;

1º BIMESTRE
• Utilizando o gênero debate, em sala de aula;
• Pesquisando, em grupo, sobre um tema, previamente,
selecionado;
• Expondo para os colegas, a pesquisa realizada;
• Apresentando pontos de vista sobre a pesquisa;
• Participando de debates em fóruns virtuais, que abordem a
Linguagem e a Literatura.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
69
70

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a literatura • Reconhecer na prosa, na poesia Uma nova literatura: o • Destacando, nos textos, o fazer literário, considerando o
realista e naturalista, e nas artes, de modo geral, o homem, a realidade e a contexto histórico;
considerando os diálogo entre o discurso ficcional natureza
aspectos históricos e e o racional expressivo nas • Lendo trechos de romances;
suas manifestações no ciências; • As descobertas científicas
e a Literatura • Lendo artigos que analisam as relações literárias e
contexto atual; intelectuais entre portugueses e brasileiros;
• Reconhecer na literatura e
nas artes plásticas, as teorias • O que se reconhece por
Realismo • Lendo pinturas realistas e naturalistas;
que sustentavam as crenças
pertinentes ao período realista e • O que se reconhece por • Assistindo a filmes que retratam o Realismo e o Naturalismo;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

naturalista; Naturalismo • Analisando o conjunto da obra do escritor português Eça de


Queirós;

2º BIMESTRE
• Confrontar os gêneros literários
conhecidos com o estilo realista e • Pesquisando outros poetas realistas portugueses;
com o naturalista;
• Analisando textos do Realismo-Naturalismo no Amazonas;
• Pesquisando na internet e em autores da época, as
descobertas científicas e as teorias que despontaram como
revolucionárias;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a produção • Conhecer concepções de autores Uma nova literatura: o • Debatendo, em grupos, sobre os estilos literários trabalhados;
em prosa e poesia, e de fazeres literários, no século homem, a realidade e a
considerando o caráter XIX; natureza • Produzindo pequenos textos;
metalinguístico presente • Trabalhando músicas representativas do período trabalhado;
nos textos de autores do • Confrontar os gêneros literários • O Realismo e o
século XIX. conhecidos com o estilo realista e Naturalismo: a ideia de • Discutindo as implicações do Realismo como reprodução da
com o naturalista. natureza humana realidade;
• A produção realista e • Lendo romances referentes aos estilos trabalhados;
naturalista em Portugal: as
influências europeias • Dramatizando trechos e/ou fragmentos dos estilos literários
trabalhados.
• A produção realista e
naturalista no Brasil:

2º BIMESTRE
herança europeia
• O Realismo e o
Naturalismo no Amazonas
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
71
72

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Conhecer o Novo • Reconhecer o Acordo Ortográfico O Novo Acordo Ortográfico: • Exercitando a gramática:
Acordo Ortográfico, como direcionador da língua Os países da Língua
para compreender as oficial brasileira; Portuguesa • Fonologia:
mudanças na Língua - A acentuação na construção do texto;
Portuguesa falada no • Conhecer a cultura dos países • As discussões em torno do
Brasil; falantes da Língua Portuguesa Acordo Ortográfico • Exercitando, em diversos textos, as regras de acentuação, a
e o processo de unificação partir do Novo Acordo Ortográfico;
• Reconhecer as mudanças proporcionado pelo Novo Acordo • O que muda com o Novo
do Novo Acordo Ortográfico; Acordo para o Brasil • Pesquisando sobre as alterações na Língua Oficial
Ortográfico como uma Portuguesa, a partir do Acordo Ortográfico;
iniciativa de unificação • Morfologia:
dos países falantes da
Língua Portuguesa; - Classes Gramaticais II;
• Exercitando as classes gramaticais: o pronome na construção
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

do texto;

2º BIMESTRE
• Identificando os tipos de pronomes em textos diversos;
• Identificando os pronomes relativos em resenhas;
• Empregando e justificando os pronomes relativos em
pequenos textos;
• Sintaxe:
- A pontuação na construção do texto;
- O adjunto adnominal e o complemento nominal na
construção do texto.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Apropriar-se dos • Utilizar os conhecimentos da O Novo Acordo Ortográfico: • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
conhecimentos língua na comunicação cotidiana os países da Língua etc., as regras de pontuação;
gramaticais com o e na resolução de situações- Portuguesa
fim de utilizá-los na problema. • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
compreensão de • As discussões em torno do de um texto;
discursos, na oralidade e Acordo Ortográfico
• Utilizando nos textos a pontuação;
na escrita. • O que muda com o Novo
Acordo para o Brasil • Exercitando a pontuação em textos literários;
• Exercitando o adjunto adnominal e o complemento nominal
em tiras, em quadrinhos etc.;
• Destacando, em textos, a classe gramatical das palavras que
constituem os adjuntos adnominais;

2º BIMESTRE
• Semântica:
- Introdução à Estilística – Figuras de Linguagem I;
• Exercitando as figuras de linguagem: comparação e
metáfora, metonímia, em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
73
74

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar • Reconhecer a importância de Ponto de vista • Assistindo a filmes que retratem o período realista e/ou
os sistemas simbólicos informações resumidas sobre um naturalista;
das diferentes determinado assunto; • Resenha
linguagens como • Registrando passagens marcantes, pontos que chamaram
meios de organização • Inferir sobre quaisquer assuntos a atenção, trechos que lembraram outras obras, ideias que
cognitiva da realidade de interesse público. possam ser discutidas;
pela constituição de • Escrevendo uma resenha dos filmes assistidos e/ou de um
significados, expressão, livro lido;

2º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

comunicação e
informação. • Discutindo sobre os filmes;
• Elaborando resenhas acerca do período realista e/ou
naturalista;
• Lendo resenhas de autores contemporâneos.
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer as características e as Um autor universal: • Lendo textos que singularizam a obra machadiana;
obra machadiana, especificidades do Romantismo, Machado de Assis
considerando-a como para a compreensão da obra • Discutindo sobre os principais temas que figuram na obra do
expressão significativa da machadiana; • A obra machadiana: escritor Machado de Assis;
Literatura Brasileira; Crônica, Conto, Romance
• Apreender a obra machadiana, • Lendo, por meio da literatura brasileira em quadrinhos,
• Compreender a como expressão da Literatura • O lugar da obra vários textos de Machado de Assis;
universalidade da obra Brasileira; machadiana na Literatura
Universal • Lendo crônicas, contos e romances de Machado de Assis;
machadiana, pela
expressão da condição • Inferir, a partir da obra • Sintetizando crônicas, contos e romances de Machado de
humana. machadiana, o que é a condição Assis;
humana.
• Pesquisando Machado de Assis, como autor universal;

3º BIMESTRE
• Pesquisando outros autores brasileiros contemporâneos de
Machado;
• Discutindo, em grupos, as crônicas, os contos e os romances
lidos;
• Dramatizando trechos da obra de Machado de Assis;
• Escrevendo pequenos textos sobre a vida e a obra de
Machado de Assis.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
75
76

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar, na obra machadiana, A obra machadiana: Texto e • Exercitando a gramática;


obra literária, como os elementos que concorrem para Contexto
propiciadora para a organização e a estruturação do • Morfologia:
a aprendizagem de pensamento; • A construção formal no
texto machadiano - Classes Gramaticais III;
regras gramaticais,
bem como para o • Utilizar os recursos da prosa como • Exercitando as classes gramaticais: Verbo, na construção do
exercício do raciocínio, refinamento da língua; texto;
da compreensão da • Destacando os tipos de verbos em textos machadianos;
realidade e da vinculação
ao cotidiano; • Destacando as formas verbais em textos realistas;
• Lendo textos machadianos que reflitam sobre a noção de
tempo verbal;
• Destacando, nos textos de Machado, os sentidos que se dão
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3º BIMESTRE
com base nos usos dos tempos verbais;
• Sintaxe:
- A pontuação na construção do texto;
- O aposto, o vocativo, período simples e composto por
coordenação e subordinação: orações substantivas, na
construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar a obra • Distinguir a obra machadiana de Um autor universal: • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
machadiana com o obras de sua época. Machado de Assis de um texto;
contexto de sua época.
• Recursos estilísticos, • Utilizando, nos textos, a pontuação;
rigor e renovação na obra
machadiana • Exercitando a pontuação em textos literários;
• Destacando, em textos literários, o aposto e o vocativo;
• Exercitando o período composto por coordenação e orações
coordenadas em textos diversos;
• Exercitando o período composto por subordinação e orações
substantivas em textos literários e não literários;
• Semântica:

3º BIMESTRE
- Introdução à estilística – Figuras de linguagem II;
• Exercitando as figuras de linguagem: antítese, paradoxo,
personificação ou prosopopeia em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
77
78

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a narrativa • Identificar uma notícia, por meio Narrativa Técnica • Pesquisando fatos marcantes no período em que se
técnica notícia, como de uma linguagem clara, concisa desenvolveu a obra de Machado de Assis;
necessária para a e direta. • Notícia
comunicação. • Apresentando os fatos pesquisados como se vivessem na
época em que eles ocorreram;
• Escrevendo notícias sobre esses fatos pesquisados;

3º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Relatando fatos, acontecimentos e informações do dia a dia


que possuem interesse para todos os colegas;
• Elaborando uma notícia.
Eixo Temático: Nos caminhos da Literatura: Ler, Escrever, Refletir

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Entender, por meio dos • Identificar, pela análise dos estilos O retorno aos gregos, • Lendo textos que analisam e interpretam os autores do
estilos literários, a busca literários trabalhados, a perfeição a busca da perfeição / período trabalhado;
pela perfeição retratada e a imperfeição, constituintes da o retorno à realidade
no Parnasianismo condição humana; humana, o encontro com a • Lendo crônicas e poemas de Olavo Bilac;
e o encontro com a imperfeição • Pesquisando a presença feminina no Parnasianismo:
imperfeição retratada • Recorrer aos conhecimentos
acerca do homem pré-moderno, • O que é Parnasianismo: Francisca Júlia;
no Simbolismo, como
proposta expressa no para o entendimento de sua características • Assistindo a filmes que retratam os aspectos da vida da elite
final do século XIX; condição no mundo. carioca no final do século XIX;
• O que é Simbolismo:
• Considerar o contexto características • Discutindo a questão da escravidão no Brasil, enfatizando o
histórico em que se • O contexto europeu e o importante papel desempenhado por Cruz e Sousa;
vislumbra o homem pré- Simbolismo em Portugal • Pesquisando o contexto social em que surge o Simbolismo

4º BIMESTRE
moderno. brasileiro, com base no estudo dos poemas em prosa de
• A presença do Simbolismo
europeu na literatura Cruz e Sousa;
brasileira do final do • Lendo textos de poetas parnasianos e simbolistas do
século XIX Amazonas.
• O Parnasianismo e o
Simbolismo no Amazonas
• O homem pré-moderno e
a realidade brasileira
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
79
80

DO ENSINO MÉDIO
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar conhecimentos • Utilizar a norma padrão em O Predomínio da forma no • Identificando poemas diversos;
linguísticos e das normas diferentes textos literários; poema
de caráter morfológico e • Exercitando a gramática:
sintático, na interpretação • Reconhecer a língua como • O esplendor da palavra
expressão de um tempo; • Morfologia:
e na produção de textos
orais e escritos; - Classes Gramaticais IV;
• Exercitando as classes gramaticais: o advérbio, a preposição,
a conjunção e a interjeição na construção do texto;
• Dialogando sobre as classes gramaticais, partindo de uma
linguagem visual;
• Destacando de tiras, quadrinhos, as locuções adverbiais,
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

preposições e conjunções;

4º BIMESTRE
• Sintaxe:
- A pontuação na construção do texto;
- Período composto por subordinação: orações adjetivas e
adverbiais na construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Utilizar conhecimentos • Reconhecer as singularidades do O predomínio da forma no • Classificando poemas diversos e obras em prosa;
obtidos em estudos poema. poema
sobre poesia, para • Exercitando a pontuação em textos literários;
compreensão da • O efeito da concisão na
construção poética • Exercitando as orações subordinadas adjetivas e adverbiais
gramática. em textos diversos;
• Destacando, em textos literários, em anúncios, em
quadrinhos e em tiras, as orações adverbiais;
• Semântica:
- Os recursos poéticos na construção do texto;
- Introdução à estilística – Figuras de Linguagem III;
• Construindo versos e estrofes;

4º BIMESTRE
• Exercitando a métrica na elaboração de versos;
• Exercitando as figuras de linguagem: hipérbole, eufemismo e
ironia em textos literários;
• Destacando os recursos estilísticos empregados em diversos
gêneros textuais;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
81
82

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Identificar, em reportagens, as Narrativa Técnica • Pesquisando em livros, em revistas e em sites especializados,
reportagem como texto marcas linguísticas. temas previamente selecionados, para a escrita de uma
jornalístico que expressa • Reportagem reportagem;
aspectos relevantes do
cotidiano. • Realizando entrevistas para ampliar os pontos de vista sobre
tópicos previamente abordados;

4º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Elaborando uma reportagem a partir de um roteiro;


• Criando um jornal-mural com textos e com imagens que
tratem de aspectos relevantes do cotidiano.
LÍNGUA PORTUGUESA 83

.3ª Série

Objetivos Específicos

• Analisar a arte do século XX como manisfestação das ocorrências desse século;


• Reconhecer a Semana de Arte Moderna como um marca para os movimentos
artísticos das gerações de 20, 30 e 45;
• Compreender o percurso político, cultural, social da sociedade brasileira que de-
terminou o movimento Pós-modernista;
• Produzir, com consistência, textos que demonstrem conhecimentos gramaticais,
coerência, concisão e objetividade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
84

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Entender a importância • Identificar, nos discursos Novas revoluções: as artes • Lendo textos diversos sobre o período trabalhado;
das revoluções ocorridas literários e artísticos, indicativos no século XX
no início do século XX, das grandes revoluções que • Destacando as ideias principais dos textos abordados;
registradas na Literatura e aconteciam no mundo; • As vanguardas na Europa e
no Mundo • Traçando o panorama histórico, contemplando: futurismo,
nas Artes; cubismo, expressionismo, dadaísmo e surrealismo;
• Conhecer temas e motivos
• Compreender o texto recorrentes na Literatura e nas • O Modernismo Português
• Analisando os textos trabalhados;
literário como lugar artes brasileiras; • A herança europeia no
de manifestação de Modernismo brasileiro • Estudando o conceito de vanguarda;
ideologias; • Associar os temas do
Modernismo às manifestações • Identificando os traços vanguardistas nas artes plásticas;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

político-ideológicas da época; • Assistindo a filmes que retratam o período trabalhado;


• Produzindo textos, considerando a leitura de imagens, de

1º BIMESTRE
música, de poemas etc.;
• Compondo desenhos que retratem as ideias da época;
• Debatendo, em grupos, diferentes opiniões apresentadas em
textos literários;
• Lendo e interpretando poemas de Fernando Pessoa e
heterônimos;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Assumir uma postura • Confrontar diferentes visões a Novas revoluções: as artes • Estudando o contexto da Semana de Arte Moderna;
crítica diante de respeito de posicionamentos no século XX
posicionamentos enunciativos, apresentados em • Pesquisando os artistas e os autores participantes da
enunciativos dos textos textos literários. • A vanguarda brasileira: A Semana de Arte Moderna;
literários. Semana de Arte Moderna
• Organizando um evento cultural que retrate a Semana de
• Primeira Geração Arte Moderna;
Modernista
• Caracterizando os personagens do movimento modernista;
• Lendo revistas e manifestos que destaquem as figuras de
Mário de Andrade, Oswald de Andrade e outros autores
presentes no Modernismo;

1º BIMESTRE
• Destacando pontos em comum entre obras plásticas e
literárias;
• Observando imagens de artistas plásticos da época;
• Destacando, em textos, as características dos autores da
primeira geração modernista;
• Lendo e interpretando autores da primeira geração
modernista.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
85
86

GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender o • Reconhecer os usos da norma A diversidade linguística • Exercitando a gramática:
surgimento de novas padrão da língua portuguesa e a constituição de novas
palavras e novos sentidos, nas diferentes situações de linguagens • Sintaxe:
como necessidade comunicação; - A pontuação na construção do texto;
de representação da • Novos sentidos/Novas
realidade. • Reconhecer novas palavras compreensões - As figuras de sintaxe na construção do texto;
em contexto modernista, nas
situações de comunicação; • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Identificar neologismos nos
novos códigos linguísticos do • Exercitando a pontuação em textos literários;
Modernismo. • Exercitando as figuras de sintaxe em diversos tipos de textos;
• Semântica:
- Sinonímia de frases;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Destacando sinônimos em frases;

1º BIMESTRE
• Substituindo, em frases, determinadas palavras por
sinônimos;
• Reescrevendo frases, com o auxílio de sinônimos;
• Trabalhando o dicionário na substituição de palavras, para a
construção de novos textos;
• Pesquisando palavras que se destacam como neologismo;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a • Reconhecer o seminário como Gênero oral • Lendo orientações de elaboração de seminário;
importância das caminho eficaz para um bom
orientações para a trabalho escolar. • Seminário • Exercitando os princípios estéticos e ideológicos do
apresentação de um movimento de vanguarda;
seminário, no intuito de • Organizando-se, em grupos, para a apresentação de
melhor se expressar em seminários referentes às artes no século XX.

1º BIMESTRE
público sob a exigência de
quaisquer assuntos.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
87
88

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

PROPOSTA CURRICULAR
LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a realidade • Estabelecer relações entre o A Geração de 1930 • Lendo e interpretando poemas de Carlos Drummond de
como passível de ser texto literário e o momento de Andrade, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Cecília Meireles,
apreendida, por meio da sua produção, situando aspectos • Escritores modernistas: Vinicius de Moraes;
Literatura; do contexto histórico, social e Poetas e prosadores
político; • Estudando a poesia de Violeta Branca;
• Compreender a • A produção literária
singularidade de uma • Reconhecer a importância dos amazonense • Relacionando poesia e música;
Literatura local, no autores modernistas da Geração • O olhar modernista sobre • Lendo os autores Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José
contexto global. de 30, para a consolidação da o Amazonas: Presenças Lins do Rego, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Dionélio
nacionalidade.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

de Raul Bopp, Mário de Machado;


Andrade e F. Pereira da
• Dialogando, por meio de desenhos, com os prosadores;

2º BIMESTRE
Silva
• Assistindo a filmes que retratem aspectos da geração de 30;
• Dramatizando trechos e/ou fragmentos de romances da
época;
• Observando as artes plásticas do período trabalhado;
• Comparando letras de música com autores da época.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Reconhecer o • Conhecer textos do Modernismo, A diversidade linguística • Exercitando a gramática:


Modernismo como a fim de destacar novos e a constituição de novas
peça fundamental na elementos na Língua Portuguesa; linguagens II • Sintaxe:
construção do português - Concordância verbal e nominal na construção do texto;
falado no Brasil. • Utilizar-se das informações • Traços distintivos do
estudadas nos períodos português falado no Brasil • Estudando a concordância verbal e nominal e os casos
literários, para enriquecer especiais;
os conhecimentos da Língua
Portuguesa. • Discutindo a concordância popular e seu avanço na língua
falada em todo o país;
• Semântica:

2º BIMESTRE
- Sentido, traços semânticos e relações de sentido;
• Trabalhando as relações de oposição/relações
paradigmáticas e relações de combinação/relações
sintagmáticas;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
89
90

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar os conhecimentos • Identificar as diferentes Narrativa Curta • Lendo narrativas curtas;


acerca do conto, em linguagens e seus recursos
situações do cotidiano. expressivos como elementos de • O gênero conto • Conhecendo as três partes que compõem um conto:
caracterização dos sistemas de situação inicial, complicação ou conflito e resolução ou
comunicação. desfecho;

2º BIMESTRE
• Escrevendo contos.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Geração • Identificar a herança europeia, A Geração de 1945: Aspectos • Lendo os autores do período abordado: João Cabral de
de 45, como expressão principalmente, a vanguarda distintos Melo Neto, Thiago de Mello, João Guimarães Rosa, Clarice
literária e artística de europeia, nos autores Lispector, Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna, Glauber
movimentos globais modernistas brasileiros; • Autores da Geração de 45 Rocha;
que contribuíram para a • O que aproxima e o que
transformação mundial; • Diferençar as gerações • Pesquisando características da geração de 45 e dos
modernistas, para a compreensão afasta as Gerações de 22, respectivos autores;
• Analisar os aspectos das leituras sobre o Brasil; de 30 e de 45
específicos • Relacionando os autores da Geração de 22, de 30 com os da
• Reconhecer as diferentes • Dramaturgia moderna Geração de 45;
correspondentes às três
gerações do modernismo linguagens que se apresentam no • Novas interpretações:
movimento modernista; • Assistindo a filmes que retratem o período ou inspirados em
brasileiro, com o Os olhares do teatro, do obras de autores da época;
fim de reconhecer a • Identificar, nas artes visuais, os cinema, da prosa e da

3º BIMESTRE
complexidade da cultura elementos que caracterizam as poesia • Dramatizando pequenos textos dos autores estudados;
nacional; gerações modernistas; • As ideias estéticas da • Contextualizando o período histórico no mundo e no Brasil;
• Entender a tecnologia • Reconhecer elementos novos Geração de 45: novas
perspectivas sobre o Brasil • Comparando excertos ou trechos do teatro moderno com os
como propiciadora de nos autores da última geração de Gil Vicente ou com os de Anchieta;
novas leituras, novos modernista.
caminhos e como • Lendo os documentos que retratam o Brasil à luz do olhar da
expressão dos valores Geração de 45;
modernistas.
• Lendo e comparando a Literatura anterior com os autores
modernistas.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
91
92

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar a • Identificar e aplicar A Consolidação de uma • Exercitando a Gramática:


língua portuguesa como adequadamente os recursos variedade da Língua
instrumento de acesso expressivos da Língua Portuguesa; Portuguesa • Sintaxe:
aos conhecimentos, - A pontuação na construção do texto;
como meio de • Amplitude da língua e o
expressão, informação e reconhecimento de novas - A regência verbal/nominal e a colocação pronominal na
comunicação; realidades construção do texto;
• Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
etc., as regras de pontuação;
• Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

de um texto;

3º BIMESTRE
• Exercitando a pontuação em textos literários;
• Destacando a regência verbal nos diversos tipos de textos;
• Exercitando a regência nominal em textos literários;
• Exercitando, por meio de textos diversos, os pronomes e a
colocação pronominal;
• Debatendo, em grupos, o uso dos pronomes oblíquos;
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Apreender o novo • Utilizar os novos vocábulos, os A consolidação de uma • Destacando, em textos, os pronomes oblíquos;
vocabulário como meio novos sentidos da língua para variedade da Língua
de reconhecimento do dissertar sobre situações do Portuguesa • Trabalhando com tirinhas que contemplam os pronomes e a
brasileiro e da realidade cotidiano. colocação pronominal;
brasileira. • A dinamicidade da língua:
novas realidades, novos • Estudando as principais regras que regem a colocação
conceitos e novos termos pronominal;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e

3º BIMESTRE
aferidores nacionais;
• Resolvendo as questões constantes em simulados.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
93
94

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a relevância • Utilizar os conhecimentos acerca Um Gênero Didático • Conhecendo a estrutura do texto dissertativo;
da dissertação na vida da dissertação, para defesa de
escolar e profissional do pontos de vista. • Dissertação escolar • Trabalhando coesão e coerência textuais;
homem. • Lendo dissertação objetiva e subjetiva;
• Elaborando um texto dissertativo que contemple a Geração

3º BIMESTRE
de 1945;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Observando obras de arte das Gerações de 22, de 30 e de


45, para expressar opiniões.
Eixo Temático: literatura, interdisciplinaridade e ensino

LITERATURA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as • Conhecer as singularidades em A Literatura na Pós- • Comparando produções artísticas do Concretismo, da Poesia
intenções enunciativas autores do período de maio de Modernidade Práxis, da Poesia Marginal, do Tropicalismo;
dos textos literários que 68;
contemplam a literatura • Maio de 68: repercussões • Lendo autores da Literatura Engajada dos anos 60 e 70;
no mundo, no Brasil e no • Analisar textos literários, na literatura e nas artes no
contextualizando-os ao momento mundo • Pesquisando sobre o Movimento de 68 e suas
Amazonas; consequências;
histórico-cultural;
• A Literatura que nos
• Identificar posições políticas acompanha: prosa e • Analisando romances, contos e poemas de Lígia Fagundes
em autores denominados poesia Telles, Autran Dourado, J.J. Veiga, Raduan Nassar, Moacir
“Engajados”; Scliar, J. Ubaldo Ribeiro, Márcio Souza, Milton Hatoum,
Rubem Fonseca, Cora Coralina, Paulo Leminski, Adélia Prado,
• Analisar as características dos João de Jesus Paes Loureiro;
vários discursos presentes em

4º BIMESTRE
obras da época; • Destacando traços característicos dos romancistas e
contistas analisados;
• Destacando os temas recorrentes na prosa e na poesia nesse
período;
• Pesquisando sobre as obras de José Saramago, Gonçalo
Tavares, Gabriela Llansol, Guimarães Rosa, João Cabral de
Melo Neto, Raduan Nassar, Nélida Piñon, Milton Hatoum,
dentre outros.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
95
96

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer autores do • Relacionar a produção artística A Literatura na Pós- • Pesquisando sobre as manifestações culturais emergidas no
Clube da Madrugada, amazonense com as produções Modernidade Amazonas nesse período;
relacionando-os com brasileiras e internacionais.
o contexto histórico- • A Vanguarda no • Destacando as análises políticas e sociais dos autores
cultural, com o fim Amazonas: amazonenses desse período;
de compreender as Clube da Madrugada • Analisando as singularidades da Vanguarda amazonense;
transformações sociais e
estéticas. • Lendo autores do Clube da Madrugada: Luiz Bacellar, Elson
Farias, Luiz Ruas, Alencar e Silva, Jorge Tufic, Astrid Cabral,
Alcides Werk; Anísio Mello; Max Carphentier, Ernesto

4º BIMESTRE
Penafort, Antísthenes Pinto;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Visitando museus e galerias;


• Analisando obras dos artistas: Moacir Andrade, Hanneman
Bacelar, Anísio Mello, Manoel Borges, Óscar Ramos, Jair
Jacqmont.
GRAMÁTICA CONTEXTUALIZADA

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar opiniões e • Inferir em um texto quais são O conhecimento do entorno • Exercitando a Gramática:
pontos de vista sobre as os objetivos de seu produtor e por meio da Língua
diferentes linguagens quem é seu público-alvo, pela • Sintaxe:
e suas manifestações análise dos procedimentos • O ambiente descrito por
meio da língua - A pontuação na construção do texto;
específicas. argumentativos utilizados;
- O predicado na construção do texto;
• Reconhecer a importância do que
é descrito acerca do entorno, para • Destacando em textos diversos, como cartum, tiras, anúncios
conviver no meio e atuar como etc., as regras de pontuação;
cidadão. • Exercitando como a pontuação pode transformar os sentidos
de um texto;

4º BIMESTRE
• Exercitando a pontuação em textos literários;
• Trabalhando com tirinhas, charges, quadrinhos etc.,
interessantes para o conhecimento da língua;
• Resolvendo questões constantes em norteadores e
aferidores nacionais;
• Resolvendo as questões constantes em simulados.
LÍNGUA PORTUGUESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
97
98

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
PRODUÇÃO TEXTUAL

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar paráfrase • Identificar os elementos que A Dissertação Visual • Exercitando, por meio de charges, de imagens, a indicação
e paródia, em diversos compõem a paráfrase e a paródia; de temas;
gêneros textuais, para • Paráfrase e paródia
a compreensão acerca • Reconhecer o trabalho da • Desenvolvendo uma dissertação, após a indicação de temas;
intertextualidade, como eficaz, • A Intertextualidade no
das ideias sugeridas texto literário • Conhecendo paráfrase e paródia em textos literários;
visualmente; para o entendimento do texto
literário. • Exercitando paráfrase e paródia em textos literários;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

4º BIMESTRE
• Conhecer, analisar e
interpretar as inferências • Destacando, em paródias, a intertextualidade ocorrida;
de um texto em outro, • Criando, por meio de alguns poemas, outro texto.
para a compreensão do
sentido.
LÍNGUA PORTUGUESA 99

1.3 Alternativas metodológicas orientação do professor e discussão sobre o


para o ensino de Língua Portuguesa enredo, os personagens, o cenário, a forma, o
narrador, o estilo literário etc., de um clássico
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Literatura Brasileira ou de outros autores;
(2002) para o Ensino Médio enfatizam a ne- • Exibição de filmes que abordem temas
cessidade do trânsito interdisciplinar entre as de interesse social ou literário e que intertex-
áreas de conhecimento, visando atender às tualizem com conteúdos abordados em sala
competências contidas nos eixos gerais: repre- de aula (adaptação de obras literárias, por
sentação e comunicação, investigação e com- exemplo), a fim de familiarizar o educando
preensão e contextualização sociocultural. com outras linguagens e de estimular a análi-
se e a reflexão por meio de debates;
1.3.1 Sugestões de atividades didático- • Teatralização da leitura de textos narra-
pedagógicas tivos, envolvendo mais de um educando na
leitura, dependendo do número de persona-
Orientações Gerais gens envolvidos, para que cada um possa re-
presentar um personagem;
• Aula extraclasse com visita a museus, • Utilização de mapas para contextualizar
t­ eatros e exposições ou a qualquer outro even- as aulas de literatura, quando for trabalhar
to cultural que venha a acontecer na cidade e com obras como Vidas secas, de Graciliano
que possibilite ao educando ampliação do re- Ramos, para que o educando possa visualizar
pertório cultural e que estabeleça um diá­logo a situação da seca do sertão nordestino;
com os conteúdos abordados em sala de aula; • Utilização das redes sociais (blogs, twit-
• Aulas na biblioteca em benefício aos con- ter, facebook etc.), como espaço de produ-
teúdos abordados; ção, de discussão e de socialização de conhe-
• Exposição de trabalhos dos educandos cimento, publicando as atividades realizadas
em espaço de grande circulação na escola, para em sala de aula por meio de fotos. Para esse
que possa ser socializado com os demais mem- tipo de atividade, pode-se dividir a sala em
bros da comunidade educativa, tomando os grupos e atribuir tarefas de registro com fo-
devidos cuidados com a apresentação estética tos, textos e publicações;
e com a observância da adequação linguística; • Criação de portfólios com as produções
• Formação de grupos de teatro para que escritas dos educandos, para que se possa
os educandos possam apresentar peças de acompanhar o desenvolvimento da escrita
acordo com as Competências desenvolvidas durante o processo.
em sala de aula. Divisão da sala em grupos, a
fim de que cada educando possa adequar-se Pedagogia de Projeto no Ensino
na atividade com o que melhor identificar-se de Língua Portuguesa
nos processos de montagem de uma peça: ro-
teiro, diretores, elenco, cenografia, operado- Os projetos são excelentes situações para
res de som, iluminação, coreógrafos etc.; que os educandos produzam textos de forma
• Leitura compartilhada (leitura em sala contextualizada. Pode ser de curta ou média
de aula de um mesmo texto por todos, sob a duração, envolver ou não outras áreas do co-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
100 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

nhecimento e resultar em diferentes produ- as condições necessárias para que o professor


tos: uma coletânea de textos de um mesmo possa potencializar suas atividades.
gênero (poemas, contos de assombração, len- Propõe-se o projeto “Cantinho da leitura”,
das etc.), um livro sobre um tema pesquisado, onde o professor possa levar seus educandos
uma revista sobre vários temas estudados, para esse ambiente, a partir de um planeja-
um mural, uma cartilha sobre cuidados com a mento multidisciplinar e interdisciplinar, den-
saúde, entre outros. tro de uma programação planejada, a ida dos
Os projetos, além de oferecerem reais con- educandos à sala “Cantinho da leitura” seria
dições de produção de textos escritos, carregam acompanhada pelos professores de outros
exigências de grande valor pedagógico, como, Componentes Curriculares e juntos partici-
por exemplo, podem apontar a necessidade de pariam das atividades de interesse de cada
ler e analisar uma grande variedade de textos. área de conhecimento. Nesse espaço, além
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de das aulas de experimentação, do próprio
Língua Portuguesa (1997) sugerem aos pro- componente de Língua Portuguesa, haveria
fessores que planejem situações de aprendi- a possibilidade de troca de experiências e
zagens. É por isso que se buscam novas me- do compartilhamento de temas e de conteú-
todologias, que já não são tão novas, mas que dos. Faz-se necessário para isso acontecer, de
as próprias exigências da educação brasileira maneira eficaz e eficiente, investimentos em
inviabilizavam. Hoje, com o outro olhar que equipamentos e em recursos humanos, além
se dirige, o caminho que se abre permite que de adequação à proposta curricular.
as metodologias se tornem elementos labo-
ratoriais. É assim que são sugeridas situações Elaboração de Projeto
de aprendizagem que requerem não só novas
metodologias bem como novas posturas. Projeto de Leitura
Assim como no Ensino Fundamental, o En- Introdução
sino Médio permite que as áreas se incorpo-
rem umas às outras e o educando possa ser Esse projeto tem o intuito de sugerir um
o principal agente das relações nas situações roteiro inicial de atividades, que auxilie o pro-
de aprendizagem. Os projetos devem buscar fessor a incentivar os educandos a adquirirem
nexos na seleção dos conteúdos por série, en- ou a reforçarem o hábito saudável da leitura.
quanto as relações entre os distintos conhe- Admitindo-se a não homogeneidade da
cimentos são realizadas pelo educando. Cabe turma, podem-se iniciar as atividades de lei-
à escola, então, oferecer-lhe oportunidade de tura com o conto e com a crônica, por serem
liberdade e de autonomia cognitiva. gêneros literários não muito extensos, de fácil
entendimento e acessíveis em quaisquer bi-
Criação da Sala de Leitura bliotecas. Além de terem todas essas vanta-
gens, eles ainda possuem mais uma, que é a
Para que se possa pôr em prática um tra- possibilidade da alta rotatividade.
balho disciplinar efetivo tendo como um dos O uso de contos e de crônicas pode ser-
alvos o incentivo à leitura, a escola precisa vir em uma etapa inicial como exercício de
criar um ambiente adequado e equipado com leitura. No entanto, outros gêneros literários

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 101

devem ser trabalhados, paulatinamente, de Operacionalização


forma a estimular o educando a ampliar seus
horizontes constantemente. Para que a meta seja alcançada, é impor-
tante que seja seguido um cronograma de ati-
Justificativa vidades.
Em razão do fato do conto e da crônica A intenção é a de que o professor, primeira-
consistirem-se, basicamente, de textos cur- mente, lance mão de textos coletados em jor-
tos, eles são uma boa opção para serem uti- nais e em revistas com esses dois gêneros lite-
lizados em sala de aula ou fora dela. É por rários, trabalhe com eles em sala de aula e que,
sua flexibilidade e facilidade de manipulação em seguida, em um segundo momento, repita
que o professor tem, ao seu dispor, uma im- a mesma operação com livros que contenham
portante ferramenta de incentivo à leitura e ambos os gêneros de forma compilada.
poderá lançar mão dela a qualquer momento. O propósito da utilização de textos coleta-
dos em jornais e em revistas não está somen-
Objetivo geral te na abundância e na facilidade de aquisição
• Estimular os educandos a se habituarem que eles têm, e, sim, na possibilidade da dis-
com o ato de ler, até que atinjam habilidades sipação do medo que alguns educandos pos-
suficientes no trato com a leitura e com a in- suem de estar manipulando um livro, visto
terpretação de textos literários, e sintam o que esse carrega o negativo estigma de ser
desejo natural de seguir adiante na busca de normalmente extenso e enfadonho. Sendo
leituras mais extensas e mais complexas. assim, as chances de desânimo ou ojeriza que
possam afetar alguns, já são, automaticamen-
Objetivos específicos te, suplantadas pela curiosidade.
• Identificar a diferença entre os gêneros O direcionamento do foco da abordagem
conto e crônica; também é outro ponto positivo que vem so-
• Distinguir, dentro de cada modalidade, mar-se à tática de produção do encantamen-
diferentes estilos entre autores; to. No momento em que o educando recebe
• Construir textos, utilizando como mode- a incumbência de ler e refletir sobre um conto
lo os exemplos lidos. ou sobre uma crônica publicados em um veí-
culo de massa, ele já consegue visualizar que
Sugestão de livros que podem fisicamente esses dois gêneros possuem um
ser trabalhados formato curto e que o empreendimento de
esforço de concentração, tempo para a refle-
A critério do professor, em consonância xão e entendimento, não é muito grande.
com a proposta curricular e não esquecendo Vencida essa primeira etapa, o professor
que há materiais de apoio constantes de olim- tem agora a possibilidade de passar para a
píadas que contemplam contos e crônicas, os segunda, que é apresentar as crônicas ou os
quais são concebidos com objetividade, clare- contos compilados no formato de um livro.
za, coerência e coesão. O educando passa de uma etapa a outra
sem quase notar que já está manipulando um

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
102 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

livro em suas mãos, cheio de atrativos iguais É recomendável que, após essa etapa ini-
aos que já havia encontrado na revista ou no cial, o professor dê continuidade nesse proje-
jornal. Daí para passar para a leitura de textos to, trabalhando com conhecimento de outros
mais extensos e complexos é um pulo. estilos de leitura.

Avaliação: Atividades
Indicadores:
a) Verificação do interesse do educando * O conjuto de atividades, a seguir, pode
em sala de aula e extraclasse; ser aplicado às três séries do Ensino Médio.
b) Dedicação e participação nas atividades
propostas; 1. Leia o texto abaixo, levando em conta o ob-
c) Envolvimento nas atividades de grupo; jetivo explícito do narrador: retomar seu pas-
d) Realização efetiva dos trabalhos orais e sado por meio da escrita, na tentativa de en-
escritos. contrar os motivos e os sentidos de suas ações.

Instrumentos: Agora que expliquei o título, passo a es-


a) Coleta e avaliação das dissertações; crever o livro. Antes disso, porém, digamos os
b) Avaliação dos cartazes; motivos que me põem a pena na mão. [...] O
c) Avaliação da apresentação oral; meu fim evidente era atar as duas pontas da
d) Avaliação do desempenho e participa- vida, e restaurar na velhice a adolescência.
ção nos debates em sala de aula. Machado de Assis, Dom Casmurro.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1985, vol. 1, p. 180.
Critérios de avaliação:
a) Pontualidade na entrega das disserta- • O professor deve registrar a síntese
ções e apresentação de cartazes (20%); das respostas.
b) Participação do educando nas ativida- • O professor deve comentar a síntese
des propostas (20%); registrada à luz do seguinte trecho dos
c) Verbalização nas apresentações orais Pcnem:
(20%);
d) Adequação, coesão e coerência nos tra- A principal razão de qualquer ato de lin-
balhos apresentados (30%); guagem é a produção de sentido (p. 125).
e) Capricho na apresentação dos trabalhos
propostos (10%); • O professor também deve levar em
f) Autoavaliação. conta a diferença conceitual entre lin-
guagem e língua.
Considerações finais:
Espera-se que as sugestões ora apresenta- 2. Distribua cópias dos textos abaixo para os
das constituam-se em auxílio para o profes- grupos fazerem a leitura compartilhada.
sor, no momento de elaborar um projeto de
leitura. Caso o professor tenha eventuais proble-
mas de compreensão, peça ajuda do profes-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 103

sor de Língua Estrangeira Moderna (caso seja A organização do espaço social, as ações
adotada a Língua Inglesa na escola). Poderia dos agentes coletivos, normas, costumes, ritu-
ser uma atividade interdisciplinar. ais e comportamentos institucionais influem
e são influ­enciados na e pela linguagem, que
Em termos de linguagem do corpo, nin- se mostra produto e produtora da cultura e da
guém bate os italianos em número de gestos. comunicação social (Pcnem, p. 14).
Eu tenho um livro com aproximadamente cin-
quenta gestos dife­rentes, e olha que isso não Conceitos: arbitrariedade dos sistemas de
inclui a categoria dos gestos obscenos. Mas os comunicação; língua como identidade social e
brasileiros não estão muito atrás. Experimen- individual.
te ver os noticiários brasileiros de televisão... Competências: analisar; sintetizar.
eles não conseguem falar sem usar as mãos.
http://www.maria-brazil.org/gestures. 3. Faça a leitura da fábula abaixo.
Acesso em: 4/7/2011
O leão e o rato
Brazilian Body Language Um rato foi passear sobre um leão ador-
Enthusiastic or Sympathetic Delicious mecido. Quando este acordou, pegou o rato.
Here’s a cute one. Tug at your earlobe like Já estava para devorá-lo, quando o rato pe-
this when you think something is delicious. diu-lhe para deixá-lo ir embora:
Usually accompanied by the expression “é da- – Se me poupares – disse –, ser-te-ei útil.
qui!”. Normally used only with food. E o leão, achando aquilo engraçado, sol-
OK tou-o. Tempos depois, o leão foi salvo pelo
Thumb up: means OK, cool, positive, good- rato agradecido. Ele fora capturado por caça-
luck, like the American expression “thum- dores que o amar­raram a uma árvore. O rato
bs up!”, accompanied by the words “legal”, ouviu-o gemer: foi até lá, roeu as cordas e o
“joia”, or whatever slang of the moment to libertou. E disse ao leão:
signify your approval or enthusiasm. Whate- – Naquele dia zombaste de mim, por-
ver you do, DO NOT do the American OK sign... que não esperavas que eu mostras­
it’s VERY dose to an extremely obscene. se minha gratidão; aprende então que
entre os ratos também se encontra o
Esses textos foram escritos por um obser- reconhecimento.
vador estrangeiro. Leve os grupos a comentá- Quando a sorte muda, os mais fortes têm
los, relacionando com os segmentos do Pc- necessidade dos mais fracos.
nem abaixo.
Caso ninguém comente, chame a atenção Esopo. O leão e o rato. http://www.sitede-
para o fato de que o observador estrangeiro se dicas.com.br. Acesso em: 14/9/2011
equivoca ao atribuir o gesto da expressão “é da-
qui”, exclusivamente à apreciação de comida. Peça para os educandos identificarem,
enumerarem e analisarem cada um dos
A estrutura simbólica da comunicação visu- conhecimentos necessários para compre-
al e/ou gestual, como da ver­bal, constitui siste- ender e interpretar o texto. Escreva a sín-
mas arbitrários de sentido e comunicação. tese no quadro branco.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
104 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Distribua a gravura que ilustra a fábula Faça a síntese oral das respostas à luz do
e pergunte: seguinte trecho dos Pcnem:
A leitura dessa gravura depende de al- Toda linguagem carrega dentro de si uma
gum conhecimento prévio adquirido for- visão de mundo, prenha de significados e sig-
malmente na escola? Essa leitura é pos- nificações que vão além do seu aspecto for-
sível para um indivíduo não alfabetizado? mal (p. 126).

Conceitos: contexto, conhecimento de


mundo, competência pragmática.
Competência: analisar o papel do contex-
to sociocultural nas diferentes leituras de um
mesmo objeto.

Série: 1ª

ATIVIDADE 1

Conceitos: código, competência lin- Exposição artística e uso da palavra; texto


guística, conhecimentos dos gêneros tex- expositivo
tuais, leitura de texto não verbal.
Objetivo: Oportunizar aos educandos es-
Competências: sintetizar, analisar a impor- tabelecer relação entre linguagem verbal e
tância do conhecimento adquirido informal- não verbal com espaços de comunicação e de
mente. interação social formal.

4. Relate a seguinte situação: Competência: Compreender a importân-


cia de atividades que contemplem a lingua-
Dois garotos, um brasileiro e outro norte- gem, relacionando as linguagens verbais e
americano, ambos de 14 anos, sempre estive- não verbais, possibilitando, assim, a transmis-
ram, cada um em seu país, expostos à mídia são de conteúdos que revelem posicionamen-
por tempo equivalente. Os dois assistiram à to crítico e social.
mesma partida de futebol. Entender a parti-
da e ser capaz de comentá-la e analisá-la são Habilidade: Reconhecer atividades que
competências que pressupõem uma leitura possibilitem relacionar textos, visando encon-
correta da mesma. trar entre eles a intertextualidade temática.

Proponha a seguinte questão: Exposição da Atividade


– Os dois garotos farão leituras semelhan-
tes da mesma partida? Por quê? A atividade proposta permite que se es-
tabeleça uma breve e significativa discussão

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 105

sobre o barroco, que poderá ser ampliada Observe que a foto divide o espaço em
pela utilização adequada do livro didático. dois planos: no inferior, sobram sacas de
Observe que os mesmos objetivos permeiam café que, sabemos, são carregadas ma­
a inclusão do soneto “Buscando a Cristo”, de nualmente para caminhões. No plano su-
Gregório de Matos. Finalmente, a análise é perior, trabalhadores braçais realizam seu
polemizada pela comparação com a imagem trabalho. O ambiente é interno e raios de
fotográfica atual; para esse caso, escolhemos sol filtrados incidem sobre eles, conferin-
a de Carol Quintanilha, embora outras ima- do à imagem um ar transcendente, quase
gens possam ser utilizadas. religioso, em que as figuras humanas ga-
nham aspectos de divindade por meio do
Lembramos que o objetivo é “fotografar” trabalho. Nesse caso, Sebastião Salgado
um espaço que possibilite um olhar crítico, diz-nos por imagens que o trabalho dig-
que não aceite as injustiças sociais, especial- nifica o homem. O público, que assiste a
mente aquelas que desvalorizam a riqueza tudo, não participa dessa esfera divina, a
plural da nossa língua. não ser mediatizado pela contemplação.
Para isso, propomos que se parta de uma Entre o plano quase sagrado do trabalho
fotografia jornalística que tenha na “denúncia braçal e duro e o público, sacas de café
social” o seu foco central. separam o trabalho a ser feito não pelos
Sugerimos consultar o site https://muzde- que o veem, mas pelos que estão lá, do
rauli.wordpress.com/2009/07/30/sebastiao- outro lado, longe de nós. Assim, não deixe
salgado/, de Sebastião Salgado, ou outras de perguntar: o que as pessoas na foto es-
opções. tão fazendo? Quais os dois planos em que
se divide a fotografia? O que sugerem os
Exiba a fotografia. raios de sol incidindo sobre o grupo? Qual
é a importância das sacas de café nessa
fotografia?
Peça aos educandos que sugiram como
completar a legenda da foto.

É importante analisar detalhadamente


as características da foto e procurar senti-
do, a partir de seus diferentes elementos.
Outras fotos podem ser usadas. Muitas
são encontradas na Internet, por exem-
Fonte:https://muzderauli.wordpress. plo, em http://www.flickr.com. Sugerimos
com/2009/7/30/sebastiao-salgado, acessado em a Colheita de sisal, de Carol Quintanilha.
31/7/2011.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
106 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1. Leitura e análise de imagem

As reproduções artísticas a seguir tomam


como tema Cristo carregando a cruz, confor-
me interpretado por três grandes mestres da
arte: o holandês Jan Sanders van Hemessen
(1500-1566); o grego Domenikos Theotoko-
poulos, o El Greco (1541-1614), e o brasilei-
ro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
(1793-1814).
Fonte: http://www.flickr.com/photos/quintaca- • Seu objetivo, ao observá-las, é investi-
rol/1714027304/sizes/m/in/photostream/, acessada gar relações de semelhança e diferença entre
em 31/7/2011. elas. Inicialmente, procure saber:
• Em qual delas a cruz parece ser mais di-
fícil de carregar?
Em Colheita de sisal, não deixe de no- • Que dizer dos diversos nas obras?
tar as semelhanças entre o menino (tra- • Em quais delas o cenário é parte impor-
balho infantil) carregando o sisal e a ima- tante da obra?
gem clássica da tradição cristã de Jesus • Depois, avance sua investigação tendo
carregando a cruz. Temas associados ao por base essas questões:
Barroco podem ser desenvolvidos, em es- • O que a obra me diz sobre o tema abor-
pecial, aqueles que abordam o jogo entre dado? Qual me impressiona mais?
contrastes. • De que modo as expressões de Cristo
Lembramos que o objetivo é “fotogra- revelam sentimentos tais como, “dor”, “con-
far” um espaço que possibilite um olhar fiança em Deus”, “desejo de dialogar com a
crítico, que não aceite as injustiças sociais, humanidade”, “dignidade” etc.?
especialmente aquelas que desvalorizam • Discutam, em classe, as diferentes con-
a riqueza plural da nossa língua. clusões a que chegaram.

Jan Sanders van Hemessen Cristo carregando a cruz (1553).


Museu Cristão Esztergon, Hungria. Fonte: //tulacampos.blogs- (Detalhe da imagem ao lado)
pot.com/2011_05_01_archive.html. Acesso em 31/7/2011.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 107

Aleijadinho. Cristo carregando a cruz (1796-1799). El Greco. Cristo carregando a cruz (1590-1595), Museu do
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas (MG). Prado, Madri, Espanha. Fonte: http://www.madrid.com/pho-
Fonte: http://arteseesculturas.vilabol.uol.com.br/ aleijadinho. to_tour/ madrid_art_collection/el_greco_cristo_con_la_cruz.
html. Acesso em 31/7/2011. Acesso em 31/7/2011.

1. Identifique, e escreva em seu caderno, a que 2. Que diferenças e semelhanças você en-
obras se aplicam os seguintes comentários: contra entre as reproduções artísticas analisa-
a) O rosto demonstra dignidade e fé. A das e o poema a seguir (esta atividade pode
cruz parece não pesar: ela é mais acariciada ser lição de casa):
pelas mãos do que carregada. A face ilumina-
da, com o olhar voltado para o alto, parece A vós correndo vou, braços sagrados
estar em oração, falando com Deus. O cenário Nessa cruz sacrossanta descobertos;
reduz-se a um fundo de cor escura, como se Que para receber-me estais abertos,
Jesus, nesta hora, não pertencesse ao nosso E por não castigar-me estais cravados.
mundo, tudo sendo envolto em uma dimen-
são de mistério divino e insensatez humana. A vós, divinos olhos, eclipsados,
b) Os detalhes dão uma forte impressão De tanto sangue e lágrimas cobertos,
de movimento. A obra capta um momento, Pois para perdoar-me estais despertos
como um flash breve da existência de Cris- E por não condenar-me estais fechados.
to, que aparece cansado e sofrido; afinal, ele
carrega em si todo o sofrimento humano. Seu A vós, pregados pés, por não deixar-me,
olhar preocupado parece atravessar-nos – o A vós, sangue vertido, para ingir-me,
público –, perdendo-se em algum ponto do A vós, cabeça baixa, por chamar-me.
espaço para além de nós.
c) O Cristo sereno e cansado olha para A vós, lado patente, quer unir-me,
aquele que vê a cena quase que conversando A vós, cravos preciosos, quero atar-me
com ele. Ao redor, o cenário deixa claro o con- Para ficar unido, atado e firme.
traste entre a superioridade do gesto divino e
a insensatez humana: a multidão se compri- MATOS, Gregório. Buscando a Cristo.
me no espaço físico. Os rostos lembram cari- Gregório de Matos: poesia lírica e satírica. 3. ed.
caturas grotescas, reforçando o contraste com São Paulo: Núcleo, 1996.
a face idealizada do Cristo.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
108 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3. As obras de arte que consideramos, inclusi- Que semelhanças e diferenças você encontra
ve o poema, apresentam traços do momento entre esses trabalhos?
histórico artístico, chamado Barroco. Identifi- b) Ao aproximar o discurso do trabalho,
que as características comuns a essas obras. do discurso religioso, que efeitos de sentido
foram obtidos pela obra de Carol Quitanilha?
a) Preferência pelos contrastes, como, por
exemplo, claro/escuro, digno/grotesco, espíri- Avaliação: Após esta atividade, o edu-
to/matéria etc.; cando poderá produzir um texto expositivo,
b) Gosto por cenas e situações que expres- individual e/ou coletivo, refletindo, assim, o
sem calma e tranquilidade; aprendizado acerca das imagens trabalhadas.
c) Predomínio do emocional sobre o racional;
d) Composição dinâmica e tensa, mesmo
ao procurar a calma; Série: 1ª
e) Valorização da natureza e de temas rela-
cionados ao campo. ATIVIDADE 2

4. Observe agora esta foto. Ao analisá-la, refli- Conceito de gênero, texto teatral, verbo,
ta: o que o garoto da foto está fazendo? Que aspectos estilísticos
lugar ele ocupa no cenário? Que relações há
entre as reproduções artísticas anteriormente Objetivo: Verificar com os educandos o
examinadas e esta foto? O que esta fotografia valor estilístico do pretérito verbal, no modo
comunica a você? indicativo e os reflexos na produção do texto
narrativo e poético.

Competência: Compreender característi-


cas básicas do texto dramático teatral e de-
senvolver estratégias de leitura e produção do
texto literário.

Habilidades: Identificar o valor estilístico


do verbo em textos literários;
Reconhecer a linguagem verbal como rea­
lização cotidiana, em circulação social por
meio de gêneros textuais.
Colheita de sisal. Carol Quintanilha

5. Responda em seu caderno: Exposição da Atividade:


a) Embora não se trate de um tema do
discurso religioso, a foto de Carol Quintanilha Jogo teatral: até logo!
nos faz pensar nas reproduções que exami-
namos com o tema Cristo carregando a cruz.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 109

Um grupo de três ou quatro educandos 6. Peça sempre aos educandos que identi-
desenvolve e representa uma cena curta, de fiquem o verbo de cada frase.
aproximadamente três minutos, e cada um 7. Solicite que anotem as frases no caderno;
deles, em dado momento, usa a expressão 8. Para finalizar, solicite aos demais edu-
“até logo!”. A expressão deve ser dita em candos que se apresentem, dentro das possi-
um ponto culminante da representação. Não bilidades de tempo.
pode ser jogada logo no começo.
Lembrete para você, professor:
1. Divida a classe em grupos. Para cada Esta é uma excelente ocasião para levar
um, determine uma das possibilidades de os educandos ao teatro ou fazer o teatro vir
contextualizar a expressão: à escola.
• Dizer “até logo!” a um amigo que nos Professor dos demais municípios, vocês
ajuda em uma grande necessidade; podem contar com a internet para conhecer
• Dizer “até logo!” a um parente de quem peças teatrais. Assim, nada impede que reali-
não se gosta muito, mas com quem se deve ze atividades teatrais com os seus alunos.
ser gentil para causar boa impressão;
• Dizer “até logo!” a um cliente que acaba Outra sugestão:
de fechar uma compra. Leitura e análise de texto

2. Lembre os educandos de que muitas Encontre no livro didático um exemplo


palavras são repetidas todos os dias, mas em de texto teatral;
contextos completamente diferentes. Se ne- Mostre aos educandos a diferença en-
cessário, recapitule o conceito de contexto. tre o texto principal e as indicações cêni-
De acordo com o contexto, o modo, como tais cas ou texto secundário.
palavras são ditas, muda. Reforce o fato de
que a situação, que resulta do momento e do Observe no texto a seguir, que se trata
lugar em que a ação decorre, é a principal in- do trecho de uma peça teatral e que ele
fluência para formatar como algo é expresso; traz diálogos explícitos, além das indica-
3. Para essa preparação, são necessários ções cênicas.
apenas cinco a dez minutos;
4. Sorteie três grupos, de acordo com as (Jocasta está na entrada do palácio e se
diferentes possibilidades, para que apresen- interpõe entre Édipo e Creonte)
tem o que prepararam;
5. Em seguida, a cada apresentação, peça Jocasta: Por que provocastes, infelizes,
aos educandos que “resumam” as ações que esse imprudente debate? Não vos enver-
presenciaram. Escreva no quadro branco essa gonhais em discutir questões íntimas, no
narrativa, por meio de frases breves. momento em que atroz calamidade cai
Exemplos: sobre o país? (Dirige-se a Édipo) Volta a
Lucas cumprimentou Sara. teu palácio, Édipo; e tu, Creonte, a teus
Sara fez uma expressão de desagrado. aposentos. Não exciteis, com palavras vãs,
Lucas parecia cansado; uma discórdia funesta.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
110 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Creonte: Édipo, teu marido, ó minha sonagens (locutoras) da peça, que suprem
irmã, julga acertado tratar-me cruelmen- a função do narrador. Essas personagens
te, impondo-me ou o desterro para longe são introduzidas pela citação do nome.
da pátria, ou a morte. Convém lembrar que espetáculo é tudo
Édipo: É verdade, minha esposa. Acu- o que se oferece ao olhar. O jogo teatral é
sei-o de conspirar contra a minha pessoa. um texto espetacular, assim como o são o
show de rock, um jogo de futebol, um rito
SÓFOCLES. Édipo Rei. Disponível em: <HTTP:// ou um culto em uma igreja ou uma apre-
www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObra- sentação de teatro, balé ou música clássica.
Form .do?select_action=&co_obra=2255. Acesso em
1.o de agosto de 2011. Como sugestão, em outra atividade:
Pergunte aos educandos de que textos
Oriente os educandos a resolverem as espetaculares eles preferem participar.
questões a seguir: Nessa atividade, tendo em vista as di-
ferentes respostas, pergunte-lhes sempre:
1. Após a leitura dramática do texto, por que consideram esse texto espetacu-
identifique as indicações cênicas; lar? Ouça seriamente as respostas de seus
educandos e comente quando julgar conve-
2. Reescreva a frase a seguir, substituin- niente. Trata-se de uma forma simples de
do o pronome possessivo “teu” por “seu” desenvolver a habilidade de argumentação.
e o pronome pessoal “tu” por “você”. Al-
guns ajustes serão necessários ao compor Avaliação: Ao término da atividade,
a nova frase; poderá propor como avaliação a produ-
ção de um folder. Para executar essa ta-
Volta a teu palácio, Édipo; e tu, Creon- refa, deverá orientar os seus educandos,
te, a teus aposentos. Não exciteis, com pa- dizendo-lhes o que é um folder, inclusive,
lavras vãs, uma discórdia funesta. informando qual o significado da palavra.
A seguir, poderá enumerar as informações
3. Explique a diferença de sentido que a serem trabalhadas.
houver na frase com a mudança que fez;
Série: 2ª
4. Peça ao educando que faça a leitura
dramática do texto. ATIVIDADE 1

Lembrete para você, professor: Na lei- Produção de artigo de opinião, a poesia


tura dramática do texto, faça os educan- contemporânea e o estatuto social do poeta,
dos observarem que, na interpretação, as concatenação de ideias e progressão textual
indicações cênicas desaparecem.
Objetivo: Criar estratégias de sequenciali-
O texto teatral não apresenta um nar- zação dos parágrafos e de uso dos conectores
rador, por isso ele é dividido entre as per- e da repetição.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 111

Competência: Compreender informações a rapariga provou o sangue


relevantes do texto para solucionar determi- o sangue deu fruto
nado problema apresentado.
a mulher semeou o campo
Habilidade: Reconhecer o texto literário o campo amadureceu o vinho
como fator de promoção dos direitos e valo-
res humanos. o homem bebeu o vinho
o vinho cresceu o canto
Exposição da atividade:
o velho começou o círculo
Nesta atividade, pensamos não na litera- o círculo fechou o princípio
tura brasileira, mas na angolana. Literatura
que surge no século XX e que se firma cres- “a zebra feriu-se na pedra
centemente no cenário internacional. Um A pedra produziu lume”
bom exemplo é o nome de Paula Tavares.
Nela confluem não só a poesia de um país TAVARES, Paula. Cerimônia de Passagem. In: Ritos
africano, mas a voz feminina, outra realidade de Passagem. Lisboa: Editorial Caminho, 2007. Dispo-
bem diferente daquela vivida no século XIX. A nível em: http://www.revista.agulha.nom.br/anap02
entrevista com a autora, retirada de um site, .html. Acesso em: 1.o de agosto de 2011.
possibilita que se desenvolvam estratégias de
sequencialização dos parágrafos e de uso dos Ouça a opinião dos educandos sobre o
conectores e da repetição. ­ oema. A seguir, promova um debate em sala
p
de aula em que se destaquem as relações de
1. Leia com os educandos o seguinte poe­ mercado na construção do fenômeno literá-
ma, da poetisa angolana Paula Tavares, que rio, exemplo:
aborda o delicado tema da transição de me- – Em sua opinião, o poema de Paula Tava-
nina para mulher. res agrada facilmente aos leitores? Por quê?
Antes, faça uma discussão oral: – Uma editora pode influenciar um escri-
– O que caracteriza a transição de menina tor sobre como deve ser escrito um livro?
para mulher?
– Como nossa sociedade atual vê essa 2. Complete o texto a seguir, com base nas
transição? (Pense em como as pessoas rea- informações do poema de Paula Tavares. Para
gem diante dessas mudanças e em como essa cada espaço em branco, há três possibilidades
passagem aparece representada na mídia.) de resposta. Escolha a que for mais apropriada.
Na primeira estrofe do poema, a referência
Leitura e análise de texto a ferir, remete a ________(sangue/fera/as-
sassinato), ou lume, que sugere __________
Da menina-zebra à mulher-mãe (fogueira/fogo/alimento), permite a rela-
ção com a chegada da menarca na vida de
“a zebra feriu-se na pedra uma moça, transfigurada nesses versos em
a pedra produziu lume” __________ (zebra/pedra/lume. Em razão de

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
112 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

a __________ (zebra/ferida/menstruação) re- Competência: Compreender o sentido de


presentar uma nova fase da vida da mulher, palavras ou expressões, considerando o con-
na qual ela terá possibilidade de procriar, texto delas no texto.
vê-se, nesse caso, a alusão à __________
(morte/fertilidade/solidão), aspecto bastante Habilidade: Reconhecer diferentes ele-
recorrente na literatura africana de autoria mentos internos e externos que estruturam o
feminina. texto narrativo literário.
Sangue, em virtude de sua ____________
(forma/textura/cor), remete-nos a lume e a Exposição da atividade:
______________ (pedra/vinho/campo). O Para compreensão do aprendizado que
vermelho é a cor da _____________ (paixão/ desejamos, isto é, “como” se lê o texto do sé-
esperança/paz) e faz com que pensemos em culo XIX e como se interage com ele, seguem
atos sensuais e apaixonados entre a mulher algumas sugestões de exercícios. Acreditamos
e o homem. Como diz o poema, “o vinho que essa atividade possibilitará o desenvolvi-
cresceu o canto, o que nos conduz às ideias mento das habilidades necessárias para que
de ___________ (alegria e festa/dor e morte/ os educandos resolvam adequadamente as
sucesso e riqueza). Dar fruto e semear o cam- questões.
po sugere que o ato sexual foi consumado e Discussão oral
culminou em uma gravidez. • Sua vida tem sempre o mesmo ritmo?
Tudo se repete e, na penúltima estrofe, Ou o tempo ora passa rápido, ora corre lento?
“o velho começou o círculo/o círculo fechou • Quando você reflete sobre a vida, o pas-
o princípio”, o que nos faz pensar que o pro- sado, de alguma forma fica associado ao pre-
cesso se repete continuamente e que, a todo sente? Como?
momento, há uma menina, uma pequena e • As pessoas costumam conversar sobre o
alegre zebrinha passando a mulher. seu passado? Por quê?
Avaliação: Ao final da atividade, poderá • E, no caso do estudo da língua, o que o
propor que os educandos elaborem textos so- título “O passado se faz presente” sugere?
bre o papel do poeta na atualidade, sugerindo Depois de discutir sobre os diálogos pos-
poemas com a mesma temática de vários au- síveis entre presente e passado, reflita sobre
tores de nacionalidades diversas. aquele que ocorre, quando lemos textos de
outras épocas e responda em seu caderno:
Série: 2ª 1. Que dificuldades você tem encontrado
ao ler um romance do século XIX?
Atividade 2: O passado se faz presente:
interação entre elementos literários e lin- 2. Como as tem superado?
guísticos; época, contexto e estilo
3. Leia o e-mail que Paulo mandou para Rui,
Objetivo: Rever como se lê o texto do sé- depois da última aula de Língua Portuguesa:
culo XIX e como se interage com ele.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 113

• A vida humana é breve?


Kara, e ae? Td blz? As aulas de ptg taum • O que você pensa da velhice? E da morte?
lokas. Os textos do século XIX saum dure- • “Velhice” e “morte” são temas bons para
za. Eu naum entendo nada. Vc tem se dado escrever literatura? Por quê?
mó bem nas aulas de ptg então vc podia
me ajudar. Tem uns lances que eu naum
entendo quando leio, parece que aqueles 5. Leitura e análise de texto
poemas foram feitos por karas de Marte, Durante a leitura a seguir, pense em como
mew! Superesquisito. Bem por agora é o texto aborda os temas: “a brevidade da
soh. Se cuida ae!
vida” e “a identidade do escritor”.
Abç
Paulo Um velho
– Por que empalideces, Solfieri? – A vida é
assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o ho-
Redija a resposta de Rui, levando em conta mem? É a escuma que ferve hoje na torrente
que todo o texto apresenta um contexto de e amanhã desmaia, alguma coisa de louco e
produção que influencia sua interpretação. movediço como a vaga, de fatal como o se-
Os textos que escrevemos hoje, quando fo- pulcro! O que é a existência? Na mocidade é o
rem lidos daqui a uns duzentos anos, também caleidoscópio da ilusão, vive-se então da sei-
necessitarão de informações da vida no sé- va do futuro. Depois envelhecemos: quando
culo XXI para serem compreendidos. Em seu chegamos aos trinta anos e o suor das ago-
caderno, explique a Paulo por que isso ocorre. nias nos grisalhou os cabelos antes do tempo
4. A palavra “escuma” possui duas acepções e murcharam, como nossas faces, as nossas
no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: esperanças, oscilamos entre o passado visio-
nário e este amanhã do velho, gelado e ermo
Substantivo feminino: 1. Espuma; 2. Gente – despido como um cadáver que se banha an-
de baixa extração social ou moral; ralé. tes de dar à sepultura! Miséria! Loucura!
– Muito bem! Miséria e loucura! – inter-
rompeu uma voz.
Indique, adequadamente, os sentidos de O homem que falara era um velho. A fronte
escuma (1 ou 2) nas frases a seguir. se lhe descalvara, e longas e fundas rugas a sul-
( ) Um absurdo! Neste teatro só trabalha a cavam: eram as ondas que o vento da velhice lhe
escuma dos atores! cavara no mar da vida... Sob espessas sobran-
( ) As escumadas ondas traziam junto mui- celhas grisalhas lampejavam-lhe olhos pardos e
ta sujeira. Que nojo! um espesso bigode lhe cobria parte dos lábios.
( ) A escuma que não conseguiu entrar na Trazia um gibão negro e roto e um manto desbo-
festa fez o maior auê. tado, da mesma cor, lhe caía dos ombros.
( ) Se, na hora de pôr o bife na panela, le- – Quem és, velho? – perguntou o narrador.
vantar muita escuma, abaixe o fogo. – Passava lá fora, a chuva caía a cântaros, a
tempestade era medonha, entrei. Boa noite, se-
Antes da atividade a seguir, faça uma dis- nhores! Se houver mais uma taça na vossa mesa,
cussão oral: enchei-a até as bordas e beberei convosco.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
114 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

– Quem és? trabalho. Escreva com cuidado, utilizando os


– Quem sou? Na verdade fora difícil dizê- conhecimentos que adquiriu.
lo: corri muito mundo, a cada instante mu-
dando de nome e de vida [...] Quem eu sou? Avaliação: Durante esta atividade, poderá
Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos pedir para que os educandos não só leiam em
trinta – sou um vagabundo sem pátria e sem voz alta, com a pontuação e a entoação cor-
crenças aos quarenta. retas, como também digam o que pensam so-
bre a velhice e, finalmente, produzam textos
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/ utilizando as figuras de linguagem.
download/texto/bv000023.pdf, acessado
em 2 de agosto de 2011. Série: 3ª

6. Em seu caderno, faça uma síntese do Atividade 1


texto lido, do jeito que considerar mais apro-
priado, respeitando o limite de seis linhas. A literatura e a construção da modernida-
de; a crítica de valores sociais e culturais no
7. Observe: texto literário
O que é o homem? É a escuma que ferve
hoje na torrente e amanhã desmaia, alguma Objetivo: Confirmar o sentido de palavras
coisa de louco e movediço como a vaga, de fa- e/ou expressões constantes em letras de mú-
tal como o sepulcro! sica.
“[O homem] É a escuma que ferve...” A fi-
gura de estilo presente neste trecho é: Competência: Relacionar o contexto so-
a) Metonímia ciocultural a uma determinada obra literária.
b) Metáfora
c) Antítese Habilidade: Identificar, em textos narra-
d) Sinestesia tivos, elementos culturais de determinados
e) Gradação lugares.

8. Em seu caderno, responda às seguintes Exposição da atividade:


questões: Solicite aos educandos que prestem aten-
De acordo com o texto, em que sentido o ção à letra de música a seguir.
homem é espuma?
Por que a espuma é um bom símbolo da Último pau de arara
brevidade da vida?
Em que sentido a espuma “desmaia”? A vida aqui só ruim
Em seu caderno, elabore uma “frase poéti- Quando não chove no chão
ca” que faça uma reflexão sobre a “brevidade Mas se chover dá de tudo,
da vida” utilizando-se de uma metáfora. Só Fartura tem de montão
não pode comparar a vida humana à escu- Tomara que chova logo,
ma, porque essa é cópia do texto de Álvares Tomara, meu Deus, tomara
de Azevedo prejudicaria a qualidade de seu Só deixo meu Cariri no último

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 115

pau de arara (bis) arara, e anote a letra em seu caderno. Procu-


Enquanto a minha vaquinha re identificar seu tema central.
tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho 4. Faça os exercícios a seguir:
pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui, a) Observe que o dicionário nos fornece di-
que Deus do céu me ajude versas acepções para o termo “pau de arara”.
Quem sai da terra natal
em outros cantos não para
1 suporte de madeira no qual os
Só deixo meu Cariri no
sertanejos conduzem araras, pa-
último pau de arara (bis)
pagaios e outras aves trepadoras,
para vender. 2 instrumento de tor-
Disponível em http://letras.terra.com.br/luiz-gon-
tura que consiste num pau roliço
zaga/688883/, acessado em 4/8/2011 em que o torturado é pendurado
pelos joelhos e cotovelos flexio-
Converse em sala de aula sobre o tema nados; cambau. 3 caminhão que
da seca nordestina e da migração. Discuta os transporta retirantes nordestinos.
problemas enfrentados pelos migrantes, tan- 4 alcunha dada aos nordestinos
to na terra natal quanto na terra de destino. que emigram para outras regiões,
Seja positivo em seus comentários e valorize viajando em grupos nesses cami-
a coragem e a ousadia daqueles que deixaram nhões. 5 Derivação: por extensão
o seu território para aventurar-se em outras de sentido. Uso pejorativo: qual-
terras, a fim de conseguir uma vida melhor quer nordestino
para si e para a família. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa,
versão eletrônica – dezembro de 2001

Essa é uma ótima ocasião para conhecer


melhor as histórias de vidas dos educandos, Qual delas é mais adequada para compre-
que têm na sua origem familiar história de mi- ender o uso do termo na letra da música? Res-
gração do Nordeste para o Estado do Amazo- ponda em seu caderno.
nas ou de outros estados e países. b) Podemos afirmar que a letra da música
gira em torno do tema:
1. Peça para os educandos discutirem com
seus colegas de classe uma letra de música I. A seca e suas consequências para os ha-
bastante conhecida, Último pau de arara, a bitantes da região;
partir de duas questões: II. A falta de amor que o ser humano tem à
2. O que lhes sugere a expressão “pau de sua terra natal e ao seu gado;
arara”? III. A necessidade de fazer a vontade de
3. Você sabe onde se localiza o Cariri? Deus;
IV. O amor que um homem sente pela sua
Com as respostas obtidas na discussão em arara Cariri.
classe, acompanhe a música Último pau de

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
116 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

4. Em grupo, identifique algum dos prin- 7. No caderno, seguindo o modelo apresen-


cipais problemas enfrentados pelos migran- tado nos modelos quatro e cinco, elabore um
tes, tanto na sua terra natal quanto na terra exercício que possibilite uma reflexão maior
de destino. Depois, compartilhe sua resposta sobre o uso da linguagem em Último pau de
com a classe. arara (sugestão de exercício extraclasse).

5. Observe: Avaliação: Nesta atividade poderá pedir


A vida aqui só é ruim quando que os educandos façam paródias. Para isso,
não chove no chão é necessário que eles utilizem o próprio con-
texto. Aproveite esse momento, para desco-
A vida aqui é ruim quando brir talentos e para socializar aprendizagens,
não chove no chão convidando os educandos que cantam, que
tocam violão etc., para este momento de des-
O uso do advérbio no primeiro verso reforça: contração.
a) O lugar onde a vida se mostra difícil e
agonizante por causa da falta de chuva. Série: 3ª
b) As constantes ausências de chuva.
c) A solidão do enunciador que não tem Atividade 2
para quem contar as suas mágoas e dores.
d) A preocupação em valorizar a terra na- Texto argumentativo: dissertação escolar
tal, que apenas faz sofrer quando não chove.
Objetivo: Produzir um texto argumentati-
6. No verso “Enquanto a minha vaquinha vo, considerando a estrutura do gênero dis-
tiver o couro e o osso”, o uso do diminutivo sertativo-argumentativo e outros elementos
reforça: de construção da textualidade.

I. A relação afetiva do enunciador para Competência: Determinar categorias per-


com o seu animal. tinentes para a análise e interpretação do tex-
II. A situação precária em que vive o ani- to literário.
mal.
III. O desprezo do enunciador para com o Habilidade: Comparar as características
animal. de diferentes gêneros na apresentação de um
mesmo tema.
Estão corretas:
Exposição da atividade:
a) Apenas I
b) Apenas II Conceituar a tese a partir de sua estrutura
c) Apenas III sintática; estudar as características do texto
d) Apenas I e II dissertativo escolar, visando aos exames de
e) Apenas II e III acesso ao Ensino Superior; considerar a im-
f) Comente a resposta verdadeira. portância e o método do planejamento das

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 117

atividades escritas, em particular o texto dis- http://professorlourenco-acontecimentos.blogspot.


sertativo escolar. com/2011/05/comunicacao-e-vida.html,
acesso em 1.o ago. 2011
1. Relacione as frases-síntese com cada
parágrafo do texto a seguir. Observe que uma 2. Leia o artigo de opinião a seguir. Pro-
frase vai sobrar: cure identificar a tese e os argumentos que a
I. A linguagem verbal humana representa constituem.
uma capacidade de comunicação muito supe- A leitura e a cidadania
rior às demais encontradas na natureza; Ler, hoje em dia, tornou-se uma forma es-
II. A invenção da escrita é um dos maiores sencial de nos constituirmos como parte da so-
marcos da história da humanidade; ciedade, como cidadãos. Em todos os lugares,
III. Animais e plantas apresentam a capaci- é necessário ler e, portanto, interpretar algo.
dade de comunicação; A necessidade de desvendar caracteres, letrei-
IV. A comunicação faz parte do processo da ros, números faz com que passemos a olhar, a
vida dos seres humanos. questionar, a buscar decifrar o desconhecido
Comunicação é vida para atender às diferentes facetas de nossa
( ) A comunicação faz parte do processo vida. A necessidade de ler transforma o nosso
da vida. Quando nascemos, mesmo antes de olhar e esse novo olhar que a leitura desenvol-
começarmos a falar, já nos comunicamos com ve é uma forma nova e melhor de ser cidadão.
nossos pais. Apenas pelo choro da criança, uma Uma vez que nos tornamos leitores da pa-
mãe pode identificar quais são suas necessida- lavra, invariavelmente, leremos o mundo sob a
des, se ela está com sono, fome ou alguma dor. influência dela. Isso ocorre de modo conscien-
Para cada necessidade, há um choro diferente. te ou não. Em nossa sociedade letrada, mundo
Pelas expressões, gestos e sons emitidos pela e palavra estão de tal modo associados que é
criança, a mãe sabe se ela está bem ou não. impossível separá-los. Ler a palavra é também
( ) Podemos nos comunicar com animais, ler o mundo e passar a vê-lo de outro modo.
ensiná-los, conhecer suas emoções, saber se Mas ler é uma prática que não se reduz às
estão alegres ou agressivos. Também pode- palavras. Antes mesmo de ler a palavra, já le-
mos observar a comunicação entre eles, os mos o universo que nos permeia: um cartaz,
sons que emitem, os sinais físicos de que se uma imagem, um som, um olhar, um gesto.
utilizam para ameaçar ou se proteger, repro- São muitas as razões para a leitura. Todas elas
duzir, marcar e proteger um território. Até permitem que tenhamos uma melhor experi-
uma planta pode emitir sinais que alcançam ência de cidadania. Cada leitor tem a sua ma-
outras plantas por meio de elementos quími- neira de perceber e de atribuir significado ao
cos que liberam no ar. que lê, mas a leitura é essencial para vivermos
( ) O ser humano, contudo, por meio da bem em sociedade.
fala, da linguagem verbal, desenvolveu uma José Luís Landeira, disponível em http://monica-
capacidade de comunicação bem mais comple- schoen.blog.uol.com.br/, acesso em 1º ago. 2011.
xa do que encontramos no resto da natureza.
Texto de Paulo Marcelo Vieira - PAIS - Tecnologias Qual é a tese (posição do enunciador) de-
de comunicação e informação – 2002, disponível em fendida no texto?

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
118 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

a) A leitura melhora nossa experiência de Argumento: bons amigos melhoram o


cidadania. nosso humor, o que nos traz melhor saúde.
b) A leitura é importante.
c) As pessoas que não leem são ignorantes. a) Tese: Desenvolver a leitura amplia a
d) todos aqueles que leem muito se tornam nossa qualidade de vida.
ricos e bem-sucedidos financeiramente. b) Tese: As drogas corrompem a dignidade
humana.
3. Em um texto argumentativo, o autor c) Tese: Todos devem se preocupar com a
procura convencer os leitores com argumen- sua formação cultural.
tos, que sua tese é correta. Identifique, no d) Tese: O lazer diminui o estresse.
artigo de opinião que leu, um argumento
usado para defender a ideia expressa na tese Avaliação: Após esta atividade, os educan-
e explique, no caderno, como ele atende ao dos poderão discutir, argumentando sobre
objetivo do autor. outros temas cotidianos e, a seguir, produzin-
4. Tome uma posição para cada tema a do artigos com as posições defendidas.
seguir e, no caderno, elabore uma tese que
esclareça sua posição para possíveis leitores: Obs.: As atividades sugeridas podem ser
violência; aborto; sexo; leitura; política; pena encontradas nos sites que as acompanham.
de morte; imprensa.
5. Identifique os itens cujas frases mantêm
a seguinte estrutura: 1.3.2 Sugestões para pesquisa

Sujeito + verbo (ou locução verbal) + com- Filme


plementos ou predicativos. Poderosa Afrodite. Comédia com Woody
Allen, Mira Sorvino e Helena Bonham Carter. Di-
a) A comunicação faz parte do processo da reção: Woody Allen. EUA, 1995, 95 min. 14 anos.
vida.
b) Podemos nos comunicar com animais. Shakespeare Apaixonado. Com Joseph
c) Apenas pelo choro da criança. ­Fiennes e Gwyneth Paltrow. Direção: John
d) Uma mãe pode identificar as necessida- Madden. EUA-Inglaterra, 1998. 122 min. 14
des de uma criança. anos.
e) Faz parte do processo e é muito impor-
tante isso. Orgia da Morte. (The masque of the
f) Comunicação é vida. red death). Direção: Roger Corman, 1964.
68 min.
6. Elabore, em seu caderno, um argumento
para justificar as teses a seguir. Siga o modelo. Vidas Secas. Direção: Nelson Pereira
Tese: Boa saúde depende também de bons dos Santos. Brasil, 1963. 103 min.
amigos.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA 119

Sites

Variedades de textos literários e bio- Biblioteca virtual. Disponível em


grafias de autores da literatura em língua <http://futuro.usp.br/portal/website.ef>,
portuguesa. Disponível em: <http://www. acesso em 1.o ago. 2011.
releituras.com/>. Acesso em 1.o ago. 2011.
Informações sobre escritores angola-
Informações sobre a história e a es- nos. Disponível em <http://www.ueango-
trutura de uma crônica. Disponível em la.com/>, acesso em 1.o ago. 2011.
<http://www2.tvcultura.com.br/aloesco-
la/literatura/cronicas/index.htm>, acesso Informações gerais, inclusive literatu-
em 1.o ago. 2011. ra, português e redação. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/literatu-
Informações sobre a língua portugue- ra>, acesso em 1.o ago. 2011.
sa. Disponível em <http://www2.tvcultu-
ra.com.br/aloescola/linguaportuguesa/ portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
index.htm>, Acesso em 1.o ago. 2011. Bibliografia%20B sica-ok.pdf

Informações sobre literatura, autores http://portal.mec.gov.br/seb/arqui-


amazonenses, poesias etc. Disponível em vos/pdf/LinguaPortuguesa.pdf
<http://tvescola.mec.gov.br/>, acesso em
2 ago. 2011. http://portal.mec.gov.br/seb/arqui-
vos/pdf/Jornal%20novo%20ensino%20
Informações para refletir sobre as in- medio4.pdf
justiças presentes na sociedade brasileira.
Disponível em <http://www.reporterbra- http://www.conexaorio.com/biti/lite-
sil.org.br/>, acesso em 2 ago. 2011. ratura/crit_lit.htm

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 121

PROPOSTA CURRICULAR DE
LÍNGUA INGLESA PARA O
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 123

O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 125

1.1 A Língua Inglesa no Ensino Médio quando os havia, o custo os tornava inaces-
síveis a grande parte dos alunos.
O ensino de língua estrangeira em escola
regular é alvo de incompreensões quanto à sua É tal contexto que gera uma abordagem
real finalidade. De acordo com as Ocem (2006, p. de língua estrangeira baseada quase que
90), o propósito do ensino de língua estrangeira totalmente em estrutura gramatical, leitura
em escola regular, além de diferir de cursos e compreensão geral ou específica de textos;
livres, acaba por se limitar apenas a conteúdos um reducionismo que acaba por transformar o
que isolam pontos relevantes como o social, o estudo enfadonho, pouco ou nada significativo
cultural, o político e o ideológico, pois o que se e fonte do alto nível de desmotivação que
apresenta como realidade em nossas escolas acomete professores e educandos no Ensino
é, em geral, um corpo docente que entende Médio de todo o Brasil.
educação como algo conteudista e o alunado
como mero receptor de suas palestras.
Deve-se considerar também o fato de que
as condições na sala de aula da maioria das No mundo atual, não conhecer
escolas brasileiras (carga horária reduzida, uma língua estrangeira é como
classes superlotadas, pouco domínio das desconhecer a escrita em uma
habilidades orais por parte da maioria dos
professores, material didático reduzido ao
sociedade letrada, ou não
giz e livro didático etc.), podem inviabilizar o ter acesso à informação em
ensino das quatro habilidades comunicativas. uma economia baseada no
A realidade do ensino de LEM em nossas conhecimento, apenas mais uma
escolas, segundo os próprios PCN (2000, p. garantia de ser excluído dos
25), é amplamente desfavorável: bens e das oportunidades que
a sociedade produz tanto em
Evidentemente, não se chegou a essa situ-
ação por acaso. Além da carência de do-
termos de trabalho quanto em
centes com formação adequada e o fato termos de lazer.
de que, salvo exceções, a LE predominan-
te no currículo ser o inglês, reduziu  muito
o interesse pela aprendizagem de outras
línguas estrangeiras e a consequente for- Diante de tal quadro, vê-se surgir uma
mação de professores de outros idiomas. outra ameaça, dentre tantas outras a que
Portanto, mesmo quando a escola manifes- está exposta a maioria dos cidadãos em nosso
tava o desejo de incluir a oferta de outra país: a ameaça da exclusão. No mundo atual,
língua estrangeira, esbarrava na grande di- não conhecer uma Língua Estrangeira é como
ficuldade de não contar com profissionais desconhecer a escrita em uma sociedade
qualificados. Agravando esse quadro, o país letrada, ou não ter acesso à informação em
vivenciou a escassez de materiais didáticos uma economia baseada no conhecimento. O
que, de fato, incentivassem o ensino de LE; seu desconhecimento é mais uma garantia

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
126 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

de ser excluído dos bens e das oportunidades acordo com as Orientações Curriculares para
que a sociedade produz tanto em termos de o Ensino Médio (OCEM, 2006), atividades que
trabalho quanto em termos de lazer. envolvam as práticas sociais de leitura e a
escrita contextualizadas, promovendo a leitura
Um ensino de idiomas mais inclusivo e principalmente o letramento são de grande
valia para a conscientização do educando
Tendo em vista as teorias de letramento e como leitor crítico e agente do processo.
de interdisciplinaridade, em cujas abordagens Segundo Schalatter (2009, p. 12):
o conhecimento é visto como ideológico,
e para as quais os significados são criados, A aula de LE deve criar condições para que
a partir do contexto em que o educando o educando possa engajar-se em atividades
se encontra, a função social da escola é de que demandam o uso da língua a partir de
absoluta relevância e seu maior objetivo é temáticas relevantes ao seu contexto e de
cooperar para que o educando seja um agente gêneros discursivos variados. As atividades
de mudança em seu contexto. propostas devem levar em conta o papel da
E como se pode ajudar a transformar e LE na vida do aluno, de que forma ele já se
melhorar o contexto em que se está inserido? relaciona (ou não) com essa língua e o que
Segundo Tomitch (2009, p. 193), a aula de essa LE pode dizer em relação a sua língua
língua inglesa é um momento propício para se e cultura maternas.
buscar novos conhecimentos, novas visões de
mundo, e, a partir disso, praticar a cidadania, Dessa forma e seguindo os PCN, o estudo
tendo como principal ponto a compreensão de uma língua estrangeira deve como ponto
leitora, não subestimando a importância da de partida, considerar no seu núcleo de
gramática e do vocabulário, mas não fazendo preocupações o educando. Dito de outra
destes a sua principal finalidade. maneira, ele deve ser considerado no seu
cotidiano e com todas as suas aprendizagens,
Leitura e Letramento crítico: inclusive as adquiridas fora da escola. Nesse
Uma proposta de ensino de LEM sentido, o educando deve ser crítico e, por
conseguinte, efetivar leituras críticas que
Apesar do crescimento de trabalhos de podem ser caracterizadas como o ato de
pesquisa acerca do ensino de língua estrangeira refletir, concordar ou discordar do autor,
moderna e do incremento dos cursos de analisar seus argumentos, sua autenticidade,
graduação em letras (LEM), em nosso caso, o de
língua inglesa, permanece em nossa sociedade
a crença de que ensinar Língua Inglesa é tarefa Seguindo os PCN, o estudo
dos cursinhos especializados, e não da escola de uma Língua Estrangeira
formal. Por outro lado, os objetivos de ensino
de LEM em escola regular, além da preparação
deve, como ponto de partida,
para o mercado de trabalho e para exames de considerar no seu núcleo de
vestibular são, teoricamente, o de contribuir preocupações o educando.
para a formação integral dos educandos. De

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 127

assim como os pontos fortes e fracos do texto, A leitura como comportamento social vali-
dessa forma interagindo e também excluindo dado pela comunidade coloca em questão
ou incluindo novos argumentos. Segundo o problema da exclusão do leitor, dentro e
Sanches (2009, p. 4): fora da sala de aula. Na sala de aula, o alu-
no é muitas vezes solicitado a ler um texto
Nos dias de hoje, as pessoas precisam lidar que não foi escrito para ele – ou seja, um
frequentemente com complicados assun- texto que exige pré-requisitos que a pró-
tos públicos e políticos, tomar decisões e pria instituição escolar e a sociedade sone-
resolver problemas. Para fazer isto de for- garam a determinados alunos. Na medida
ma eficiente e efetiva, os cidadãos devem em que não têm o domínio das práticas
ser capazes de avaliar criticamente o que sociais previstas pelo discurso hegemônico,
eles veem, ouvem e leem. Ler criticamen- o aluno não tem como se inserir na comu-
te é um processo que vai além da decodi- nidade dos consumidores de texto (leitores
ficação de informações, com finalidade de e escritores) e permanece um excluído,
desenvolver outros níveis de interpretação. geralmente condenado à reprovação e ao
fracasso escolar.
Por outro lado, uma perspectiva ampliada
de leitura crítica se refere ao letramento crítico, A compreensão leitora envolve processos
que podemos caracterizar como dinâmico, como o de decodificação, o de participação, o
amplo e contínuo. Nessa abordagem, o sujeito de usuário e o de análise. No primeiro, o leitor
ao interagir com as práticas de leitura e escrita, trabalha na estrutura do texto aspectos como:
sempre estará promovendo o letramento. grafia, sons, signo linguístico, movimento dos
Segundo Soares (2005 apud Galdino), o olhos, além de ativar o conhecimento prévio.
letramento compreende um sentido mais No segundo, o leitor ativa seu conhecimento
abrangente de alfabetização. Nesse sentido, prévio com as informações no presente texto.
o educando precisa interagir e envolver-se No terceiro, o leitor deve interagir com o texto,
de forma efetiva e isso também depende buscando informações de seu interesse. No
da elaboração de um currículo pensado quarto processo, o leitor deve reconhecer as 
nessas práticas dentro de gêneros textuais ideologias, o que está por trás das informações
diversos do cotidiano, ou seja, expor em sala e a posição do autor (Schallater 2009).
apenas estruturas linguísticas ou apenas De acordo com Garcez (2008, p. 52), o
compreensão geral e específica de textos, em letramento visa preparar o educando para
geral não autênticos, dificilmente promoverá ser um sujeito crítico pronto para enfrentar
a prática de letramento. Os textos devem ser a diversidade da sociedade e suas constantes
significativos e condizentes com a realidade do mudanças, além da pluralidade cultural,
educando. Dessa forma, o letramento crítico é buscando, assim, um enriquecimento por
uma arma poderosa para incluí-lo dentro do meio delas. O letramento crítico vai além
seu processo de transformação. Segundo Leffa do ato de extrair significados do texto,
(1999, p. 10 apud Sanches p. 7): pois cria significados, a partir do texto,
contextualizando-o e buscando trazer

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
128 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

reflexões sobre a heterogeneidade cultural Igualmente, uma nova proposta curricular


e social para a sala por meio de discussões e que se deseje inclusiva não deve perder de
questões norteadoras. Ainda Garcez (2008, vista as cinco premissas apontadas no Relatório
p. 52) propõe questões, como: “Quem sou eu para a Unesco da Comissão Internacional
nesse mundo? Quais são os limites do meu sobre Educação para o século XXI: aprender a
mundo? Quais são as minhas comunidades de conhecer, aprender a fazer, aprender a viver,
atuação? Onde está essa língua? De quem é aprender a ser.
essa língua? Para que serve essa língua? O que E por que há sempre um risco implícito em
é que essa língua tem a ver comigo?” todas as empreitadas que buscam melhorar o
As Ocem (2006, p. 91) também enfatiza mundo e as pessoas, vale lembrar um trecho
as questões norteadoras: “ser cidadão” do parecer CEB (Coordenadoria de Educação
envolve a compreensão sobre que posição/ Básica), feito em Brasília no Conselho Nacional
lugar uma pessoa (o aluno, o cidadão) ocupa de Educação de 1998, por Guiomar Namo de
na sociedade. Ou seja, de que lugar ele fala Mello, que diz: 
na sociedade? Por que essa é a sua posição?
Como veio parar ali? Ele quer estar nela? O drama desse novo humanismo, perma-
Quer mudá-la? Quer sair dela? Essa posição o nentemente ameaçado pela violência e
inclui ou o exclui de quê? Nessa perspectiva, pela segmentação social, é  análogo ao da
no que compete ao ensino de idiomas, a crisálida. Ignorando que será uma borbo-
disciplina língua estrangeira pode incluir o leta, pode ser devorada pelo pássaro antes
desenvolvimento da cidadania. de descobrir-se  transformada.  O mundo
Tomando o letramento como prática socio- vive um momento em que muitos apostam
-cultural, é possível desenvolver o senso crítico no pássaro. O educador não tem escolha:
e ajudar os educandos a compreenderem o aposta na borboleta ou não é educador.
mundo em sua diversidade e amplitude.
O ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil
– Breve Histórico

O ensino de língua estrangeira no Brasil


Igualmente, uma nova proposta sempre teve a finalidade de estreitar as
curricular, que se deseje inclusiva, relações de comércio com o exterior. De
acordo com Guimarães (2005, p. 25), as nações
não deve perder de vista as cinco
e as colônias que negociavam com a Inglaterra
premissas apontadas no relatório necessitavam aprender a comunicar-se em
para a Unesco da Comissão Inglês. Desse modo, todos os interessados na
Internacional sobre Educação aprendizagem do idioma recebiam instruções
para o século XXI: aprender e treinamento.
a conhecer, aprender a fazer, Com a chegada de Dom João VI, em 1808,
aprender a viver, aprender a ser. que consigo trazia ideias para melhorar
educação da época, foram criados cursos
superiores como Engenharia, Medicina e

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 129

Arquitetura. Entretanto, segundo Oliveira destinadas ao ensino de Francês e Inglês 17


(1999, p. 23): horas semanais: nove para o Francês e oito
para o Inglês, da primeira à quarta séries.
Tais empreendimentos pouco modificaram Muitas reformas ainda seriam feitas,  na
a situação do ensino primário e secundário tentativa de definir uma metodologia para
no Brasil, uma vez que o monarca portu- trabalhar o ensino dos idiomas modernos, pois
guês, ao cuidar exclusivamente dos cursos o que até então se fazia era seguir a mesma
superiores, apenas atendia às necessidades abordagem usada no ensino das línguas
do “mercado de trabalho” do seu novo Rei- clássicas, ou seja, interpretação de textos,
no – título dado à colônia em 16 de dezem- tradução e gramática.
bro de 1815 que para desenvolver-se preci-  Em 1890, as ideias positivistas começaram
sava de profissionais qualificados. a ganhar mais espaço, o que influenciou o
currículo que, sob a administração do ministro
O que se pode perceber é o descuido para Benjamin Constant, tomou um caráter mais
com o ensino de Língua Estrangeira no país, científico, limitando o espaço das línguas
pois este estava voltado para a produção estrangeiras, só retomado, dois anos depois,
interna que, por sua vez, atenderia ao sob o ministério de Amaro Cavalcante.
mercado exterior. De fato, o ensino de Língua Em 1931, o ensino progride e uma
Inglesa passou a ser obrigatório em 1837. E é metodologia começa a ser definida, colocando-
nesse ano, segundo Chagas (1976: 105), que se em prática o método direto intuitivo, no qual
se inicia, com a criação do Colégio Pedro II, o as aulas eram ministradas na língua-alvo. Além
ensino oficial de línguas estrangeiras no Brasil. disso, apareciam os primeiros cursos de Inglês.
Diz ele: Em 1942, o então ministro Gustavo
Capanema realiza uma importante reforma no
As línguas modernas ocuparam então, e ensino, ao dividir as antigas modalidades em
pela primeira vez, uma posição análoga a dois ciclos, o ginásio que durava quatro anos,
dos idiomas clássicos, se bem que ainda o clássico e o científico que duravam três anos.
fosse muito clara a preferência que se vol- É importante salientar que, nessa época, as
tava ao latim. Entre aquelas figuravam o línguas estrangeiras tiveram sua carga horária
francês, o inglês e o alemão de estudo obri- reduzida para privilegiar os estudos de caráter
gatório, assim como o italiano, facultativo; científico. Ainda assim, a reforma Capanema
e entre os últimos apareciam o latim e o mantém o prestígio das línguas estrangeiras,
grego, ambos obrigatórios. apesar de designar ao ginásio uma ligeira
vantagem do Francês  em relação ao Inglês,
É então, no ano de 1837, que a Língua posto que a primeira gozava de maior prestígio
Inglesa faz parte do currículo obrigatório e influenciava mais fortemente nossa cultura
nacional, ainda de forma tímida. É ainda e ciência. Somente com a chegada do cinema
Chagas quem relata que, na República, o falado, na década de 20, é que o Inglês inicia
grego foi retirado, a partir de 1915 e que sua inserção em nosso universo cultural.
após a Revolução de 1930, quando se criou o Após a Segunda Guerra Mundial, ocorre
Ministério da Educação e Saúde Pública, foram uma maior dependência econômica e cultural

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
130 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

brasileira em relação aos Estados Unidos e geira, pois um parecer do Conselho Fe-
intensifica-se o interesse em aprender Inglês. deral dizia que a língua estrangeira, seria
Moura relata acerca da década de 40 que: agora ministrada a “título de acréscimo” e
dada de acordo com as condições do esta-
O Brasil foi literalmente invadido por mis- belecimento.
sões de boa vontade americanas, com-
postas de professores universitários, jor- Uma das consequências da referida reforma
nalistas, publicitários, artistas, militares, foi a pequena carga horária que dificulta um
cientistas, diplomatas, empresários etc. ensino eficiente. Além disso, o conceito de
– todos empenhados em estreitar os laços língua como sistema, o excesso de foco na
de cooperação com brasileiros – além das forma, somados a metodologias centradas
múltiplas iniciativas oficiais. no professor impedem o desenvolvimento
de uma aprendizagem mais autônoma e a
Assim sendo, pode-se dizer que, criação de um ambiente de aprendizagem que
efetivamente, a Língua Inglesa é parte permita ao educando utilizar estratégias que
do currículo escolar brasileiro, a partir do privilegiem seu estilo de aprendizagem.
empreendimento do ministro Capanema. Ainda em 1971, sob o regime militar, foi
Com a implantação da  Lei de Diretrizes instituída a Lei nº 5.692, a Lei de Diretrizes e
e Bases (LDB), em 1961, o então ginásio e Bases da Educação Nacional, cuja característica
científico assumem nova nomenclatura, mais marcante foi a de tentar dar à formação
passando a chamar-se de 1º e 2º Graus. educacional um cunho profissionalizante sob
E, contraditoriamente, no momento em uma abordagem tecnicista que torna o ensino
que essa Lei retirava a obrigatoriedade do centrado nos processos, retirando de foco o
ensino de LE do ensino básico, e deixava a educando e o professor.
cargo dos estados a opção pela sua inclusão Mas o que de fato é digno de nota é que
nos currículos, foi que o prestígio da Língua tanto a LDB de 1961 quanto a de 1971 ignoram a
Inglesa aumentou em nossa sociedade. Desde importância das línguas estrangeiras ao deixar
aí, ocorrerá o aumento do interesse pelo de incluí-las dentre as disciplinas obrigatórias:
Inglês e, nos últimos 30 anos, observa-se uma Português, Matemática, Geografia, História e
explosão de cursos particulares, a partir da Ciências. As duas LDB deixaram a cargo dos
intensificação da ideia de “senso comum” de Conselhos Estaduais a decisão sobre o ensino
que não se aprende Língua Estrangeira nas de línguas.
escolas regulares. No final de novembro de 1996 é promovido,
Em 1971, uma reforma feita na LDB no Brasil, o primeiro Encontro Nacional de
estipulou o tempo de estudo em 8 anos para Política de Ensino de Línguas (I ENPLE) pela 
o 1º Grau e em 3 anos para o 2º, reduzindo, Associação de Linguística Aplicada do Brasil
assim, o tempo de estudo. A esse respeito, diz (Alab) e, ao final do evento, é divulgada a
Pereira (2010), Carta de Florianópolis, que propõe um plano
emergencial para o ensino de línguas no país. A
Essa redução dos anos escolares acabou primeira afirmação do documento enfatiza que
prejudicando o ensino de Língua Estran- todo brasileiro tem direito à plena cidadania,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 131

a qual, no mundo globalizado e poliglota escolar, e uma segunda, em caráter optativo,


de hoje, inclui a aprendizagem de línguas dentro das possibilidades da instituição.
estrangeiras, e após outros considerandos, No ano de 1997, são criados os Parâmetros
propõe, entre outros itens, que seja elaborado Curriculares Nacionais os PCN, cuja publicação
um plano emergencial de ação, para garantir em 1998, listou de 5ª à 8ª séries os objetivos
ao educando o acesso ao estudo de línguas do Componente Curricular de LE. Baseado no
estrangeiras, proporcionado por meio de princípio da transversalidade, o documento
um ensino eficiente. O documento defende,
explicitamente, que a aprendizagem de línguas
não visa apenas a objetivos instrumentais,
mas à formação integral do educando. A primeira afirmação do
Um mês depois, em dezembro de 1996, documento enfatiza que todo
enquanto o documento estava sendo divulgado brasileiro tem direito à plena
e enviado a diversas autoridades educacionais cidadania, a qual, no mundo
do país, é promulgada a nova LDB, que torna
o ensino de LE obrigatório, a partir da quinta
globalizado e poliglota de hoje,
série do Ensino Fundamental. O art. 26, § 5º, inclui a aprendizagem de línguas
dispõe que Na parte diversificada do currículo estrangeiras, e após outros
será incluído, obrigatoriamente, a partir da considerandos, propõe, entre
quinta série, o ensino de pelo menos uma outros itens, que seja elaborado
língua estrangeira moderna, cuja escolha um plano emergencial de ação,
ficará a cargo da comunidade escolar, dentro para garantir ao educando o
das possibilidades da instituição.
Quanto ao Ensino Médio, o art. 36,
acesso ao estudo de línguas
inciso III, estabelece que seja inclusa uma estrangeiras, proporcionado por
língua estrangeira moderna, como disciplina meio de um ensino eficiente.
obrigatória, escolhida pela comunidade

sugere uma abordagem sociointeracionista


Quanto ao Ensino Médio, o
baseada, principalmente, nas teorias de
art. 36, inciso III, estabelece Vigotsky e Jean Piaget, para o ensino de
que seja inclusa uma língua Língua Estrangeira. Como complemento da
estrangeira moderna, como LDB, os PCN têm por objetivo complementá-
disciplina obrigatória, escolhida la e sugerir a leitura como abordagem mais
pela comunidade escolar, e uma adequada para o ensino de LE por conta das
segunda, em caráter optativo, condições em que se encontra o ensino.
Em 2000, na edição dos PCN voltados ao
dentro das possibilidades da
Ensino Médio, a Língua Estrangeira assumiu a
instituição. função de um veículo de acesso ao conhecimento
para levar o educando a comunicar-se. 

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
132 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Em 2007, foram desenvolvidas novas para leitura e interpretação textual, tal qual era
orientações ao Ensino Médio na publicação ministrado à época do ensino de línguas clássicas.
dos PCN+, com sugestões de procedimentos Mesmo com um ensino tradicional em
pedagógicos adequados às transformações língua inglesa, é fundamental que a leitura e a
sociais e culturais do mundo contemporâneo. interpretação textual sejam de fato orientadas,
Entretanto, o que se pode depreender da para que o educando seja capaz de reconhecer
realidade do ensino LE em nosso país é que os elementos essenciais que compõem a
apesar das diversas reformas e tentativas de oração, no intuito de que, consequentemente,
melhorá-lo, o que prevalece na maioria das compreenda a estrutura da frase, organize as
escolas é o ensino tradicional voltado apenas ideias e comunique-se melhor.

Objetivo geral do componente curricular


O que se pode depreender da
Compreender o ensino da língua estrangei-
realidade do ensino LE em nosso ra moderna – Inglês, como parte de sua for-
país, é que apesar das diversas mação social e como ferramenta no processo
reformas e tentativas de melhorá- de comunicação com outros povos, na aquisi-
lo, o que prevalece na maioria ção de uma consciência crítica resultante do
das escolas é o ensino tradicional acesso ao conhecimento de outras culturas
voltado apenas para leitura e que possuem o idioma como língua oficial.
interpretação textual.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 133

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª. Série

Objetivos Específicos

• Trabalhar a língua inglesa de modo interdisciplinar;


• Utilizar os conhecimentos adquiridos em Língua Inglesa para a construção da cidadania;
• Utilizar os conhecimentos prévios de Língua Inglesa para a integração no mundo
globalizado;
• Identificar as estruturas gramaticais na produção de textos para melhor compreensão
e apreensão de vocabulário;
• Utilizar textos para refletir sobre a própria existência, contextualizando-os com o meio
social;
• Demonstrar autonomia no aprendizado, por meio de opiniões, pontos de vista e
argumentos, oralmente;
• Organizar ideias, em pequenos textos, com coerência e coesão;
• Elaborar frases concernentes aos conteúdos trabalhados.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
134

Eixo Temático: English in the world

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Conhecer as bases iniciais • Adquirir técnicas de Reading Comprehension/ • Apresentando as técnicas de leitura e sua
para compreensão da Língua leitura em língua inglesa, Writing aplicabilidade, por meio de diferentes gêneros textuais;
Inglesa; para utilizá-las ao longo
do Ensino Médio; • English Language around the • Utilizando também os conhecimentos prévios do
• Analisar, interpretar e world educando, como recurso, durante a leitura dos textos;
aplicar recursos expressivos • Dominar o vocabulário
da Língua Inglesa. necessário para a • Reading techniques: • Exercitando a aprendizagem por meio de imagens;
compreensão de textos; skimming/ scanning/
predicting • Destacando palavras-chave, para a compreensão do
• Associar vocábulos e texto;
expressões de um texto • Identificado situações apresentadas no texto com o
em Língua Inglesa ao seu contexto do educando;
tema;
• Identificando, no texto, pistas tipográficas (formato do
• Identificar o tema geral texto, disposição do texto, imagens, tamanho etc.);

1º BIMESTRE
de um texto (skimming);
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Ampliando o conhecimento vocabular do educando;


• Localizar informações
específicas no texto • Exercitando as classes gramaticais:
(scanning); - Simple present;
• Utilizar o vocabulário - Simple past.
conhecido, para a
compreensão do texto
(predicting).
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Relacionar textos com os • Utilizar o conhecimento • Vocabulary • Idiomatic Expressions:


contextos do educando, de prévio vocabular do
acordo com as condições de educando, para a • Grammar - To get on, to get in, to get off,
produção e de recepção. compreensão do texto -to get up, to get down;
(predicting);
• Compreendendo, por meio dos textos, as funções
• Aplicar as técnicas gramaticais;
de leitura nos textos
trabalhados com os • Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
educandos. estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões

1º BIMESTRE
idiomáticas, inserindo o contexto do educando.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
135
136

Eixo Temático: English in the world

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Língua • Conhecer palavras por Reading Comprehension/ • Apresentando os cognatos e falsos cognatos mais
Inglesa em sua base inicial, associação semântica, de Writing comuns da língua inglesa;
por meio de diferentes semelhança, ou não com
formas textuais e de a língua materna; • Text Typology: • Reconhecendo, nas leituras dos diferentes gêneros
aspectos não verbais textuais, os elementos que compõem as partes do
• Associar os textos lidos • Narration Descriptive Texts texto;
(layout, fotografias,
ilustrações etc.); com a vivência pessoal e • Texts Genre
comunitária; • Elaborando pequenos textos com as estruturas
gramaticais apreendidas;
• Identificar a ideia geral
e específica dos textos • Discutindo, em pares e/ou em grupos, diálogos
trabalhados; produzidos em sala de aula;

• Inferir dos textos • Sugerindo outras soluções para as apresentadas no


os significados, texto;

2º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

argumentando e • Comparando textos produzidos pelos educandos;


acrescentando-lhes
outras ideias; • Verbalizando aspectos não verbais do texto;

• Identificar cognatos e • Elaborando quadrinhos sobre temas do cotidiano;


falsos cognatos, por
meio da leitura e da
interpretação textual;
• Identificar as palavras
mais usadas da língua
inglesa nas diferentes
formas textuais.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar textos, • Identificar as estruturas • Vocabulary • Comparando textos produzidos pelos educandos;
reconhecendo o sentido dos gramaticais na produção
vocábulos e das expressões de textos, para melhor • Grammar • Verbalizando aspectos não verbais do texto;
adquiridas, estabelecendo compreensão e • Elaborando quadrinhos sobre temas do cotidiano;
relações de sentido consigo apreensão de vocabulário
e com o meio. e progressão da língua; • Exercitando, por meio de textos, as classes
gramaticais:
• Analisar aspectos não
verbais do texto; - Simple present;

• Elaborar hipóteses acerca - Simple past;


do texto lido. - Present continuous;
• Idiomatic Expressions:

2º BIMESTRE
- To put on, to put out, to put off, to put in;
- To call up, to call on, to call off;
• Compreendendo, por meio de textos, as funções
gramaticais;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
137
138

Eixo Temático: English in the world

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Conhecer e usar a Língua • Recorrer aos Professions and Careers • Explorando vocabulário e imagens de profissões;
Inglesa nas profissões conhecimentos sobre
e carreiras e em outros profissões e carreiras para • Text Typology • Lendo e interpretando textos com as técnicas skimming
contextos relevantes para a orientar nas escolhas e scanning;
• Narration Descriptive Texts
sua vida; futuras; • Discutindo em Língua Portuguesa sobre o tema, por
• Texts Genre meio de perguntas contextualizadas a serem discutidas
• Compreender a importância • Identificar o gênero,
de planejar a carreira o tema geral e as em duplas e em sala;
profissional. informações específicas • Elaborando, em grupos, cartazes com algumas
dos textos. profissões com as quais se identifiquem;
• Descrevendo, em grupos, cada profissão;
• Interpretando textos publicitários;

3º BIMESTRE
• Pesquisando em jornais, em mídias sobre as novas
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

profissões;
• Exercitando, por meio de textos, as classes gramaticais:
- Present Continuous;
- Future “Be going to”;
• Idiomatic Expressions:
- To turn on, to turn off, to wake up;
- To go on, to go out, to go away;
- At once, at first, at last.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar conceitos, como • Inferir significados sobre • Vocabulary • Compreendendo, nos textos, as funções gramaticais;
status, dinheiro e prazer os textos trabalhados
pela carreira, atualmente; para o fortalecimento • Grammar • Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
de argumentação e estudadas;
• Aplicar recursos expressivos organização de ideias;
da Língua Inglesa, • Respondendo a exercícios escritos, usando as
relacionando textos com • Refletir sobre as aptidões expressões idiomáticas;
seus contextos, função, profissionais, listando- • Produzindo pequenos textos, usando as expressões
organização, conforme as as e associando-as às idiomáticas.
condições do meio. possíveis carreiras.

3º BIMESTRE
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
139
140

Eixo Temático: English in the world

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Refletir sobre as sociedades • Identificar, em textos Consumer Society • Explorando imagens de um vocabulário específico;
de consumo: suas de Língua Inglesa,
características, causas e o que representa • Text Typology: • Explorando diferentes anúncios, por meio de recortes
consequências; uma sociedade de revistas, jornais e mídias;
• Narration Descriptive
contemporânea; • Discutindo, em grupos, os diferentes significados dos
• Compreender as sociedades • Essay
de consumo, como reflexo • Identificar o gênero, mesmos;
do homem contemporâneo. o tema geral do texto • Texts Genre • Anotando opiniões em comum e compartilhando-as
e suas informações com os colegas de sala;
específicas.
• Lendo e interpretando informações gerais e
específicas dos textos;
• Escolhendo e justificando um produto que gostaria de
adquirir;
• Exercitando, por meio de textos, as classes

4º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

gramaticais:
- Possessive adjectives;
Countable/Uncountable;
- Simple past;
- Past continuous;
- Imperative Verbs;
• Idiomatic Expressions:
- To look at, to look for, to look out;
- To pick up;
- To find out.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Refletir sobre o desperdício • Inferir significados sobre • Vocabulary • Preparando e experimentando uma receita, por meio
de alimentos na sociedade os textos trabalhados do reaproveitamento de alimentos;
contemporânea. para o fortalecimento • Grammar
de argumentação e • Utilizando as expressões “How much” e “How many”
organização de ideias; para elaboração de receitas;

• Analisar as características • Utilizando o “Present Continuous”, para identificação


de anúncios publicitários. do vestuário e acessórios;
• Exercitando o “Simple Past” e o “Past Continuous”,
por meio de pequenos textos: biografias, diários,
registros;
• Produzindo anúncios publicitários, por meio
de verbos no imperativo, com temas específicos,
abordados nos textos;

4º BIMESTRE
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
141
142 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

2ª Série

Objetivos Específicos

• Demonstrar a importância da interdisciplinaridade na aquisição do conhecimento em


Língua Inglesa;
• Utilizar os conhecimentos de técnicas de leitura e de interpretação, por meio de
gêneros textuais, em pequenos textos;
• Relacionar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e da
informação com o seu mundo cotidiano;
• Expressar-se com segurança e por meio das tipologias textuais, opiniões e pontos de
vista, coerentes e coesos, acerca das questões abordadas;
• Utilizar os conhecimentos gramaticais de Língua Inglesa na construção de discursos
coerentes;
• Organizar pequenos textos, a partir de expressões idiomáticas, para comunicar-se.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Environment and Information Technology

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Entender os princípios, • Compartilhar experiências Environmental Awareness • Dialogando sobre as experiências vivenciadas;
a natureza, a função e o vividas;
impacto das tecnologias • Text Typology • Identificando o gênero, o tema geral do texto e suas
da comunicação e da • Refletir sobre o respeito informações específicas;
ao outro no que se refere • Narration Descriptive
informação na sua vida • Discutindo e argumentando acerca dos textos
pessoal e social, no a questões ambientais; • Essay trabalhados;
desenvolvimento do • Reconhecer a importância • Texts Genre
conhecimento, associando-o de se preservar o • Acrescentando ideias ao texto;
aos conhecimentos ambiente; • Construindo, em Língua Inglesa, pequenos textos;
científicos, às demais
tecnologias e aos problemas • Construir, por meio de • Lendo e interpretando textos sobre o ambiente;
que se propõem solucionar. textos abordados, uma
concepção acerca do • Trabalhando o conceito de cidadania;
papel do cidadão. • Dialogando sobre a importância e a função social das

1º BIMESTRE
mídias;
• Utilizando os meios tecnológicos disponíveis, para
o envio de mensagens acerca dos temas trabalhados:
ambiente, violência, política, ética etc.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
143
144

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Reconhecer a • Relacionar informações • Vocabulary • Exercitando, por meio de textos, as classes
funcionalidade das oriundas das mídias, gramaticais:
novas tecnologias considerando a função • Grammar
no favorecimento da social das mesmas; - Adjectives: Degrees of Comparison;
aprendizagem. - Verbs:
• Associar vocábulos em
Língua Inglesa ao seu Simple Future;
tema.
• Idiomatic Expressions:
- To burn down, to burn up, to burn out;
- To look into, to look for;
• Utilizando o “Degrees of Comparison” para comparar
o nível tecnológico do passado e o atual;

1º BIMESTRE
• Exercitando o “Simple Future” e o “Future
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Continuous”, por meio de textos ficcionais, sobre o


futuro da tecnologia;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
Eixo Temático: Environment and Information Technology
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender os benefícios • Analisar as diferentes Technology in the Future • Explorando imagens sobre o tema, como: MP3,
e a praticidade que a tecnologias, considerando celulares, câmeras etc.;
tecnologia acrescentou a sua importância no • Text Typology
ao cotidiano moderno, mundo contemporâneo; • Identificando o gênero, o tema geral do texto e suas
• Narration Descriptive informações específicas;
estabelecendo comparações
com o modelo de vida do • Compreender a Língua • Essay
Inglesa como um meio de • Inferindo significados, argumentando e acrescentando
passado; • Texts Genre ideias a partir da leitura do texto;
conhecimento do mundo.
• Refletir sobre a velocidade • Comparando modelos de vida do passado e do
e o excesso de informação presente;
aliado à tecnologia.
•Dialogando sobre a velocidade e o excesso de
informações;
• Argumentando sobre a importância ou os prejuízos

2º BIMESTRE
trazidos pela tecnologia;
• Imaginando e dialogando, em Língua Inglesa, sobre
um mundo sem tecnologia;
• Criando aparelhos imaginários e elaborando, em
Língua Inglesa, propagandas;
• Realizando exposições para escolher o aparelho e a
propaganda mais criativos.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
145
146

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Reconhecer a Língua Inglesa • Compreender as • Vocabulary • Exercitando, por meio de textos, as classes
como um importante línguas, considerando gramaticais:
elemento de comunicação a sua importância na • Grammar
e de integração entre os construção da cidadania. - Verbs:
homens. - Future Continuous;
- Imperative Verbs;
- Possessive Case (Genitive Case);
• Idiomatic Expressions:
- To turn out, to turn down;
- To give up;

2º BIMESTRE
• Exercitando, por meio da expressão “Whose?”,o
“Possessive Case”;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Descrevendo, por meio do “Possessive Case”, objetos


pessoais;
• Produzindo anúncios publicitários, por meio
de verbos no imperativo, com temas específicos,
abordados nos textos;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
Eixo Temático: Environment and Information Technology
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar a cidadania como • Identificar o gênero, Do it yourself! – Things you can • Analisando imagens de ações importantes para
uma atitude capaz de o tema geral do texto do to save the preservar o meio ambiente;
preservar e de salvar o e suas informações
planeta. específicas; • Text Typology • Listando e comparando as ações praticadas em defesa
do ambiente;
• Inferir significados, • Narration Descriptive
argumentar e acrescentar • Dialogando sobre o tema e sobre experiências
• Essay vivenciadas;
ideias a partir da leitura
do texto; • Texts Genre • Dialogando sobre as coisas positivas para a
• Reconhecer a importância preservação do meio ambiente, no passado:
de pequenas atitudes na embalagens retornáveis, sacolas permanentes,
preservação do ambiente; transportes etc.;

• Compreender o ambiente • Produzindo pequenos artigos, com dicas que


contribuam para a preservação do meio ambiente;

3º BIMESTRE
como totalidade.
• Dialogando sobre o conceito “cidadão do mundo”;
• Argumentando sobre a supremacia da Língua Inglesa
no mundo;
• Elaborando pequenos textos sobre a Língua Inglesa e
o mercado de trabalho;
• Visualizando vídeos sobre a Língua inglesa no mundo.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
147
148

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a Língua • Reconhecer a Língua • Vocabulary • Ouvindo canções, em Inglês, sobre o meio ambiente;

DO ENSINO MÉDIO
Inglesa como língua Inglesa como capaz de
universal e integradora do contribuir na construção • Grammar • Exercitando, por meio de textos, as classes

PROPOSTA CURRICULAR
indivíduo no mercado de da cidadania; gramaticais:
trabalho. - Pronouns:
• Reconhecer a Língua
Inglesa como elemento - Relative;
facilitador da inserção do
indivíduo no mercado de - Reflexive;
trabalho. • Idiomatic Expressions:
- To feel like;
- To keep in mind, to keep out, to keep on;
• Exercitando, por meio de construção de textos, os
“Relative Pronouns”;
• Exercitando, por meio de biografias, os “Relative

3º BIMESTRE
Pronouns”;
• Utilizando os “Reflexive Pronouns”, para falar de si
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

mesmo;
• Utilizando os “Reflexive Pronouns”, para encaminhar
soluções compatíveis com a qualidade de vida e
melhoria do ambiente;
• Identificando, em letras de canções, os “Relative
Pronouns” e os “Reflexive Pronouns”;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
Eixo Temático: Environment and Information Technology
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Associar os textos lidos • Reconhecer as Young people and Internet • Pesquisando e analisando reportagens em jornais, em
com a vivência pessoal e informações acerca do revistas etc., sobre os temas voltados para a mídia;
comunitária; mundo globalizado como • Text Typology
fundamentais para a • Exercitando, por meio de textos, as classes
• Analisar as vantagens • Narration Descriptive gramaticais:
construção da identidade;
e as desvantagens da • Essay
comunicação via internet, • Inferir das comunicações - Verbs:
para os adolescentes; diárias as vantagens • Texts Genre - Present Perfect;
e as desvantagens da
• Conscientizar-se da comunicação via internet - Modal Verbs;
importância das ações locais na vida de jovens e
na promoção de influências - Prepositions;
adolescentes.
positivas via internet, no

4º BIMESTRE
• Idiomatic Expressions:
mundo global.
- To take a look at;
- To put up with;
• Exercitando o “Present Perfect”, por meio da
oralidade, comparando ações passadas que continuam
no presente;
• “Modal Verbs”, por meio de textos abordados.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
149
150

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender acerca do • Identificar as estruturas • Vocabulary • Identificando os “Modal Verbs” nos textos e nos
comportamento pessoal gramaticais na produção artigos trabalhados;
e a importância de sua de textos, para • Grammar
contribuição para um melhor compreensão • Identificando as “prepositions” no texto;
mundo melhor. e apreensão de • Respondendo a questões sobre prepositions, por
vocabulário; meio de exercícios escritos;

4º BIMESTRE
• Utilizar o texto • Identificando, em textos, as expressões idiomáticas;
reflexivamente para a
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

própria existência e para


participação no meio expressões idiomáticas;
social. • Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
LÍNGUA INGLESA 151

3ª Série

Objetivos Específicos

• Trabalhar as questões relacionadas à infância e à adolescência, por meio de artigos


em Língua Inglesa, para a construção da cidadania;
• Demonstrar, por meio dos conhecimentos adquiridos, a importância da família, da
escola e dos grupos de amigos na formação do cidadão;
• Aplicar os conhecimentos em língua inglesa em seus tempos básicos por meio de
diferentes formas textuais e de aspectos não verbais (layout, fotografias, ilustrações
etc.);
• Utilizar os conhecimentos oferecidos pelo estudo das classes gramaticais de Língua
Inglesa, na comunicação oral e/ou escrita;
• Utilizar, com segurança, na comunicação oral e/ou escrita, os conhecimentos da
Língua Inglesa.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
152

Eixo Temático: Childhood and Teenager Years

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a família, a • Associar os textos lidos Home, School, Friends and • Dialogando, em Língua Inglesa, sobre os temas:
escola, os amigos, enquanto à vivência pessoal Future família, escola amigos e futuro;
elementos construtivos do e à comunitária,
sujeito, da cidadania e do (contextualizá-los); • Text Typology: • Construindo argumentos em favor da cidadania;
futuro; • Narration Descriptive • Elaborando pequenos textos sobre diversidade
• Interagir, por meio de
• Compreender a Língua textos, significativamente, cultural;
• Essay
Inglesa, como elemento com os diferentes • Discutindo sobre o conceito juventude no mundo
essencial na integração padrões humanos, • Texts Genre atual;
social dos jovens do Ensino culturais, sociais,
Médio. econômicos etc.; • Dialogando sobre a importância da escola na
formação do cidadão;
• Analisar a importância
da Língua Inglesa no • Identificando as ideias gerais e específicas de textos;
contexto mundial.

1º BIMESTRE
• Elaborando textos, para compreender situações
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

diversas.
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar a fase da juventude, • Reconhecer o educando • Vocabulary • Ouvindo canções;


como momento essencial, do Ensino Médio como
na construção do futuro; jovem e em fase de • Grammar • Visualizando vídeos e comentários sobre os temas
preparação para o mundo abordados;
• Reconhecer a escola, como do trabalho;
instituição fundamental, na • Interpretando mensagens sobre os temas
preparação do adolescente; • Utilizar o período escolar trabalhados;
compreendido pelo • Exercitando, por meio de textos, as classes
• Apropriar-se da Língua Ensino Médio como
Inglesa como meio de gramaticais:
preparatório para o
conhecer outras culturas futuro do adolescente. - Verbs
e analisar os seus
componentes. - Tag Questions;
• Idiomatic Expressions:
- To give in, to give up, To give out;
- To look up to;

1º BIMESTRE
• Exercitando a oralidade, por meio de “Tag Questions”;
• Exercitando as “Tag Questions”, por meio de
quadrinhos;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
153
154

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Childhood and Teenager Years

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender os benefícios • Reconhecer as Practicing Sports • Analisando textos sobre a beleza contemporânea;
do esporte para a manifestações corporais
saúde física e mental, de movimento, • Text Typology: • Identificando, na mídia, notícias sobre práticas
considerando a importância como originárias de esportivas;
• Narration Descriptive
na formação da cidadania; necessidades cotidianas; • Dialogando, em Língua Inglesa, sobre a relevância da
• Essay prática desportiva;
• Desenvolver a autonomia • Conhecer outros aspectos
no aprendizado, utilizando relacionados à prática • Texts Genre • Escolhendo, em equipe, o esporte preferido;
estratégias que permitam de esportes, tais como: • Vocabulary
exercitar, avaliar e dar cultural, afetivo e • Escrevendo sobre os benefícios do esporte para a
continuidade à formação; cognitivo; • Grammar saúde e para a integração do indivíduo;

• Utilizar a vivência cotidiana • Reconhecer a • Compartilhando as informações com os colegas;


para expressar-se por meio necessidade de • Elegendo o esporte mais interessante e benéfico para
da Língua Inglesa. transformação de hábitos
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

2º BIMESTRE
a saúde;
corporais em função das
necessidades sinestésicas. • Elaborando folders sobre vários esportes;
• Organizando uma jornada com os professores de
Educação Física.
Eixo Temático: Childhood and Teenager Years
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar textos, • Identificar nos textos o Contemporary Myths • Acrescentando, nos textos, novas palavras e sentidos
reconhecendo o sentido sentido dos vocábulos ao vocabulário pessoal;
dos vocábulos e/ou das e/ou expressões • Text Typology:
expressões apreendidos; apreendidos; • Utilizando, em pequenos diálogos, as palavras
• Narration Descriptive destacadas;
• Compreender os mitos e os • Reconhecer os mitos e os • Essay
fatos contemporâneos como fatos mais significativos • Dialogando, em Língua Inglesa, os mitos e os fatos
representação social. de uma sociedade global. • Texts Genre mais presentes no cotidiano regional;
• Debatendo, em grupos, sobre os problemas que
afetam a juventude;
• Explorando, em Língua Inglesa, anúncios sobre o
tema;
• Elaborando breves discussões sobre os mitos
relacionados ao uso de bebidas alcoólicas e/ou outros
tipos de drogas lícitas e ilícitas;

3º BIMESTRE
• Listando, em duplas, as opiniões e/ou pontos de vista
sobre o alcoolismo;
• Lendo pequenos artigos sobre os vícios mais comuns
na adolescência;
• Participando de campanhas contra o uso de drogas;
• Elaborando, em Língua Inglesa, folders, cartazes,
murais, peças teatrais, júris simulados etc., prevenindo
o uso de drogas;
• Elaborando questionários, em equipes, sobre drogas;
• Pesquisando sobre os malefícios do alcoolismo no
organismo.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
155
156

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Confrontar opiniões e • Analisar as opiniões • Vocabulary • Entrevistando os pais e as pessoas da comunidade

DO ENSINO MÉDIO
pontos de vista sobre de pesquisadores, de sobre o tema: “Drogas e Juventude”;
os temas trabalhados, estudiosos e de cientistas, • Grammar

PROPOSTA CURRICULAR
relacionando-os com o acerca do tema “Mitos • Elaborando tirinhas sobre o tema “Drogas e
cotidiano; Contemporâneos”; Juventude”;

• Analisar a influência dos pais • Analisar a importância da • Exercitando as classes gramaticais:


sobre os filhos em relação educação doméstica na - Reported Speech;
aos temas abordados. construção da cidadania.
- Tag Question;
- Passive Voice;
• Idiomatic Expressions:
- To throw up;
- To dream up;
- To live in;

3º BIMESTRE
• Exercitando o “Reported Speech”, por meio de
pequenos diálogos;
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Transformando discursos diretos em indiretos, por


meio de exercícios escritos;
• Respondendo questões com as expressões
idiomáticas estudadas;
• Substituindo palavras que correspondam às
expressões idiomáticas;
• Identificando, em textos, as expressões idiomáticas
estudadas;
• Respondendo a exercícios escritos, usando as
expressões idiomáticas;
• Produzindo pequenos textos, usando as expressões
idiomáticas.
Eixo Temático: Childhood and Teenager Years
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar os problemas • Identificar a ideia geral Homeless: Current Issues • Interpretando imagens acerca do tema, a fim de
urbanos atuais, por meio de e específica nos textos localizar as ideias gerais e específicas;
textos; trabalhados; • Text Typology:
• Destacando as possíveis causas para o problema dos
• Compreender os motivos • Inferir significados • Narration Descriptive moradores de rua;
econômicos/políticos/ acerca dos vocábulos e • Essay
sociais que levam às expressões apresentados • Discutindo sobre os principais problemas urbanos;
desigualdades; nos textos; • Texts Genre • Refletindo sobre as conclusões alcançadas;
• Confrontar opiniões e • Identificar as estruturas • Vocabulary • Elaborando, em equipes, questionários para
pontos de vista sobre o gramaticais na produção • Grammar entrevistas;
tema abordado; de textos, para
melhor compreensão • Entrevistando moradores de rua;
• Utilizar os conhecimentos e apreensão de
adquiridos para aumentar • Elaborando projetos acerca do tema;
vocabulário;
a capacidade de analisar • Elaborando minidocumentário acerca do tema;
sociedades comteporâneas. • Reconhecer e analisar

4º BIMESTRE
aspectos não verbais do • Propondo, por meio de textos, possíveis
texto; encaminhamentos para os problemas;
• Utilizar o texto • Argumentando e acrescentando ideias aos textos;
reflexivamente para a
• Assistindo a vídeos e a documentários sobre o tema
própria existência e para
trabalhado;
a participação no meio
social. • Respondendo às questões:
What can the goverment and also society do to help
and reduce suffering of all those homeless people? and
What would you do if you had the power?
• Exercitando as classes gramaticais dos anos
anteriores, por meio de textos;
• Revisando as expressões idiomáticas mais frequentes.
LÍNGUA INGLESA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
157
LÍNGUA INGLESA 159

1.3 Alternativas metodológicas Passo a Passo


para o ensino de Língua Inglesa
Esta atividade, com foco na leitura de um
Caro Professor! texto narrativo, contextualiza o educando,
visto que se trata de um tema que envolve
As sugestões que ora se apresentam têm o seu conhecimento de mundo. A Lenda
por objetivo propiciar-lhe algumas atividades da Cobra-grande faz parte do imaginário
como orientadoras para serem experienciadas amazônico, por isso sugerimos que, por meio
em sala de aula, a fim de que você oportunize, dela, os educandos do Ensino Médio adquiram
de uma forma prazerosa, o estudo da Língua conhecimentos da sua realidade cultural. A
Inglesa; é também uma oportunidade para resolução desta atividade permitirá que eles
trabalhar aplicando as tecnologias em sala tenham condições de interpretar textos com a
de aula. Nas sugestões serão oferecidas mesma estrutura em Língua Inglesa.
Competências a serem adquiridas e as  O texto de gênero narrativo foi retirado de
Habilidades propiciadoras. Em todo o caso, um site da internet, disponibilizando-se a fonte
conforme o nível da turma, você poderá do mesmo, de modo que o professor tenha a
formular outras, inclusive, adequando-as ao liberdade de acessar a rede e de utilizar outros
nível de ensino em desenvolvimento. textos relacionados com o tema.
A atividade é considerada como uso
1.3.1 Sugestões de Atividades Didáti- instrumental da língua na qual se pretende
co-Pedagógicas que o educando adquira maior habilidade
em pôr em prática as técnicas de leitura e
Série: 1ª as de compreensão textual. Assim, a partir
das perguntas, ele é instigado a fazer uma
ATIVIDADE 1 releitura do texto e a inferir do mesmo, ideias,
basean­ do-se­também na resposta de cada
Reading, Comprehension and Discussion item solicitado.
Essa atividade pode ser adaptada para as
Objetivo: Utilizar as técnicas de leitura três séries, bastando aumentar ou reduzir o
“skimming”, “scanning” e “inference”, como grau de dificuldade das questões referentes
ferramentas essenciais, para a leitura, a escrita ao texto trabalhado.
e a produção textual.
Competência: Compreender e utilizar as Avaliação
técnicas de leitura em que são priorizadas as
respostas objetivas e discursivas no texto lido. Após a leitura do texto e da discussão
Habilidade: Utilizar as técnicas de leitura, em sala, onde o educando será estimulado
buscando informações gerais e específicas, a utilizar argumentos em favor da sua
testando, deste modo, as possíveis soluções de compreensão, ele será avaliado por meio de
resposta. compreensão textual, de respostas a questões
objetivas e discursivas do texto. Ele também

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
160 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

será estimulado a valorizar a sua cultura e, em the river, thinking that she would drown and
seguida, a fazer uma autoavaliação. never return to hurt anybody else. However,
Before students read/Pre-activity Anhangá, the evil genius, decided not to let
her die and married her, giving her a son. The
1) O que vocês sabem a respeito das lendas father transformed the boy into a snake, so
amazônicas? that it could live in the river. However, soon
2) Quem gostaria de comentar uma lenda the snake started to grow and grow, becoming
que ainda criança ouvia seus pais ou avós bigger and bigger...
contarem? The river became too small to shelter it
3) Agora, vamos observar a imagem e, and the fish were disappearing, eaten by the
voluntariamente, qualquer um poderá explicar snake. During the night, its eyes illuminated
o que está vendo. de que trata o texto? the river like two phosphorescent headlights
and the snake wandered along the rivers and
The Great Snake Legend beaches, stalking animals and humans in order
to eat them. The terrorized tribes gave it the
name Great-Snake.
One day the mother of Great-Snake died.
Its pain showed itself as such a mortal hatred
that its eyes shot arrows of fire against the sky
and into the darkness like sparks. After this
day, the Great-Snake withdrew and it is said
that it lives sleeping underneath the big cities.
It is also said that it only awakens to announce
the summer in the sky in the shape of a Snake
Eagle, or during great storms with bright
lightnings to terrify the tribes.
Arte de Paulo Felipe m. Olimpo http://www.sumauma.net/amazonian/
Ticuna – O Livro das Árvores, 1997 legends/legends-cobragrande.html

This legend is well known by our population. Reading Comprehension


It has been a theme for Amazonian songs,
poems and folklore. Years ago, children 1) “Inference” – Use o seu conhecimento
wondered where in their world, among the prévio e relacione-o com as informações
many growing buildings, the Great-Snake do texto, explicando a partir da leitura e
could be... da imagem, qual é a lenda que está sendo
explorada.
The Legend _____________________________________
A long time ago, a very perverse woman _____________________________________
lived in an Amazonian tribe; she even ate _____________________________________
children. To put an end to the pain she _____________________________________
caused, the tribe decided to throw her in _____________________________________

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 161

_____________________________________ Objetivo: Utilizar as técnicas de leitura


_____________________________________ skimming e scanning, para estimular a
oralidade e a escrita.
2) Skimming the text and answer, what kind Competência: Compreender a importância
of text is this? das técnicas de leitura para a aprendizagem de
a) narration uma Língua Estrangeira.
b) description and dissertation Habilidade: Reconhecer as técnicas
c) description and narration de leitura, buscando informações gerais e
específicas, testando assim, as possíveis
3) Scanning – Retire do texto, pelo menos, soluções de resposta na atividade.
dez cognatos.
_____________________________________ Passo a Passo
_____________________________________
_____________________________________ Da mesma forma que a atividade número
1, a proposta desta atividade consiste em
4) Scanning – According to the text, find the desenvolver no educando potencialidades para
missing words and complete the information: a compreensão textual, para a interpretação
a) The Great Snake lives in a ____________ de textos e para a expressão oral.
_____________________ Esta atividade pode ser adaptada para as
b) The river became to três séries, aumentando ou reduzindo o grau
_______________________ to shelter it. de dificuldade das questões referentes ao
c) The father transformed the boy into a texto trabalhado.
__________________________  
d) the tribe decided to throw her in the Avaliação
___________________________
5) Qual a influência das lendas na cultura O educando será avaliado por meio da
de cada local? Argumente. expressão oral, das respostas às questões e da
elaboração de pequenos textos.
Fonte textual: http://www.sumauma.net/
amazonian/legends/legends-pirarucu.html Before Students Read
Esta atividade foi elaborada e sugerida pela
Professora Maria de Nazaré Nogueira Leite. 1) Você considera necessário estudar as
noguele@bol.com.br lendas da cultura local?

2) Qual a lenda do nosso folclore que você


Série: 2ª mais gosta?

ATIVIDADE 1 3) Agora, vamos observar a figura antes do


texto, e voluntariamente, qualquer um poderá
Reading, Comprehension and Discussion explicar o que está vendo nas imagens. Qual o
objeto abordado no texto?

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
162 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Pirarucu to escape, in vain. Xandoré lightning pierced


his heart. His fellow men hid in the jungle
near-by out of fear. Pirarucu fell into the river
and sank. His body transformed into a gigantic,
dark red fish. The fish was named after him.
Fonte textual: http://www.sumauma.net/
amazonian/legends/legends-pirarucu.html

Reading Comprehension

1) What does pirarucu mean?


a) It is a big snake. b) It is a gigantic fish
c) It is a tall man d) It is a perverse woman.
Fonte: Pág. 65

Pirarucu is a gigantic fish, about two metres 2) Pirarucu fish reveals the story about:
in length. The meat of the fish is consumed a) a pregnant woman
by the people and scales are made into key b) a mani’s mother
chains. Pirarucu reveals the story of a local c) a prince of the uaiás tribe
prince. d) a guaraná legend.
Pirarucu was the name of a prince of the
Uaiás tribe. The tribe was located in South- 3) Where is the tribe?
western Amazon, on the Lábrean plains. _____________________________________
Despite the fact that his father, Pindarô, was a _____________________________________
capable ruler, Pirarucu was an arrogant, self- _____________________________________
centred and merciless.
One day, Pindarô went to a near-by tribe for a 4) How was pirarucu behave when Pindarô
friendly visit, Pirarucu took over the commanding decided to visit the tribe?
position. He killed his fellow tribesmen without a) Pirarucu was very friendly with the tribe.
logical reason and also criticized the gods. b) Pirarucu was arrogant, self-centred and
Tupã, the king of the gods, was angry with merciless.
Pirarucu. One day, Pirarucu went fishing along c) Pirarucu helped his father all the time.
with others along the Tocantins River. Tupã d) Pirarucu was happy because he helped
demanded Polo to spread lightning over the all his brotherhood.
area where Pirarucu was and Iururaruaçu, the
goddess of torrents, to make a downpour over 5) Who did pirarucu kill to take the
the area. Pirarucu knew that the gods were commanding position?
against him but his arrogance made him paid a) he killed his sisters.
no attention to them. Tupã then called upon b) he killed all his family include his parents.
Xandoré, the demon, to attack proud prince c) Pirarucu killed Tupã his God.
with lightning and thunder. It was then that d) Piraruru killed his fellow tribesmen
Pirarucu realized the situation and attempted without logical reason.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 163

6) Why Tupã, the king of the Gods, was _____________________________________


angry with Pirarucu? _____________________________________
a) because he was a friendly man. _____________________________________
b) because Pirarucu took over the
commanding position. 11) Você gostou dessa lenda? Já conhecia?
c) because he killed his fellow tribesmen Em sua opinião, é importante conhecer as
without reason. lendas amazônicas? Comente: try to explain it
d) because he was one of the best in English.
tribesmen in that place. _____________________________________
_____________________________________
7) Retire do texto as palavras que você não _____________________________________
conhece e pelo contexto tente descobrir o
significado: Fonte textual: http://www.sumauma.net/
_____________________________________ amazonian/legends/legends-pirarucu.html
_____________________________________ Esta atividade foi elaborada pela profa. Maria de
_____________________________________ Nazaré Nogueira Leite. noguele@bol.com.br
_____________________________________
Série: 3ª
8) Match the following terms:
a) about 2 metres in length. ATIVIDADE 1
b) The meat of the fish.
c) to make a downpour. Reading, Listening comprehension and
d) to spread lightining over the area. Writing
e) Pierced his heart.
Objetivo: Utilizar a música como recurso
( ) furou o coração dele. para o exercício da audição e para a ampliação
( ) produziu um aguaceiro. de vocabulário.
( ) espalhou relâmpagos, raios na área.
( ) a carne do peixe. Competência: Compreender a música
( ) aproximadamente como instrumento de aprendizagem em Lín-
2 mts de comprimento. gua Estrangeira.

9) Explique quem é o personagem Pindarô, Habilidade: Utilizar as técnicas de leitura,


conforme o texto descreve: para o exercício da oralidade e para a aquisi-
_____________________________________ ção de vocabulário.
_____________________________________
_____________________________________ Passo a Passo
 
10) Retire do texto o 2º período do Você, professor, inicialmente, ouça a músi-
terceiro parágrafo e explique o que você ca a ser trabalhada – Imagine, de John Lennon.
entendeu do referido período: Em seguida, retire o que é mais interessante

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
164 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

a ser explorado na mesma. Em sala de aula, Imagine there’s no countries,


faça com que os educandos ouçam-na quantas It isn’t hard to do,
vezes forem necessárias, pois a atividade tem Nothing to kill or die for,
como núcleo trabalhar a compreensão auditi- And no ____________ too,
va. Após, incentive os educandos a expressa- Imagine all the people
rem a compreensão. living life in ____________
Esta atividade pode ser adaptada para as
três séries, basta aumentar ou reduzir o grau You may I’m a ______________
de dificuldade das questões referentes ao but I’m not the only one,
texto trabalhado. I hope someday you’ll join us,
  And the World will be as one.
Avaliação
Imagine no _______________
Esta atividade exigiu dos educandos o I wonder if you can,
exercício da compreensão auditiva, portanto, No need for _________ or _________
para saber se ela foi significativa, peça aos A _________________ of man,
mesmos que elaborem comentários sobre a Imagine all the people
música trabalhada. sharing all the word.

Before Listening Comprehension/ Pre-lis- http://letras.terra.com.br/john-lenon-


tening activity - Song Imagine and-poul-maccarteney/1603660/

1) Find the opposite words. Reading Comprehension – Using Reading


a) religion ( ) generous strategies: Skimming, scanning, thorough if
b) heaven ( ) abundance necessary.
c) hunger ( ) war
d) peace ( ) atheism 2. The word “brotherhood” in the passage
e) possessions ( ) poverty is closest in meaning to:
f) brotherhood ( ) indifference a) vizinhança
g) greed ( ) Croacker/pessimistic b) irmandade
h) dreamer/optimistic ( ) hell c) familiaridade
d) fraternidade
b) Now, Listen and complete the song with
some words from exercise a and a little more. 3. According to the passage of the song,
Imagine John Lennon what was the historical definition of this song?
Imagine there’s no ___________ a) It was made because of the World War II.
It’s easy if you try, b) It was made because of childhood of
no_________ below us, Beatles group.
Above us only ___________ c) It was made because of John Lennon’s
Imagine all the people dream, he desires to spread the world peace.
living for today... d) It was people’s dream.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 165

4. Read the song letter again and complete você poderá fazer a apresentação geral do
the sentences. Use words from it: filme, seguindo o detalhamento abaixo;
a) Imagine ____________ is no • No segundo momento, poderá trabalhar
_________________. cenas, explorando em Inglês, os detalhes,
b) Imagine all the __________. por exemplo: como estão vestidos os
c)Imagine _________ is no personagens, o que estão fazendo, se estão
________________. felizes ou não etc.;
d)Imagine no _____________. • No terceiro momento, poderá pedir
uma sinopse do filme ou a descrição da cena
5. Write the group of the word that you apresentada.
completed in question 4.
Dicas e sugestões de atividades pedagógicas,
6. Write down four things that you would para o uso do filme em sala de aula.
like to change in the world. Try to use the verbs
and the words from the letter song.

Séire: 1ª, 2ª e 3ª

ATIVIDADE 1

Filme: “Tempos Modernos”

Objetivo: Sintetizar o clássico “Tempos


Modernos”, de Charles Chaplin (1936), que
aborda de forma cômica a mecanização do
homem, para ter uma visão da realidade em
que vive e para o exercício da Língua Inglesa.

Competência: Compreender o cinema


como meio de aprendizagem, visualizando os Ficha técnica do filme
temas abordados, para associar as situações Título original: Modern Times
ficcionais ao cotidiano. Gênero: Comédia
Duração: 1h27min
Habilidade: Identificar, em um filme, ideias Ano de lançamento: 1936
centrais, os personagens e as situações mais Estúdio: United Artists/Charles
importantes. Chaplin Productions
Distribuidora: United Artists
Apresentamos o filme “Tempos Modernos” o Direção: Charles Chaplin
qual poderá ser trabalhado em três momentos: Roteiro: Charles Chaplin
• No primeiro momento, para chamar a Produção: Charles Chaplin
atenção e atrair o interesse dos educandos, Música: Charles Chaplin
Fotografia: Ira H. Morgan e Roland Totheroh

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
166 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Sugestões pedagógicas Coisas simples devem ser substituídas por


1) Contextualização recursos tecnológicos? Onde a tecnologia é
Para a perfeita compreensão do filme, é necessária?
necessário contextualizá-lo com os educandos. Exemplo: Em uma sala de escritório
Época da filmagem X contexto social X trabalham dez funcionários. Eles usam o MSN
condições técnicas de filmagem. para convidarem uns aos outros para tomar
em um cafezinho... Não seria mais fácil falar
2) Depressão Econômica de 1929 com o colega ou ir até a mesa dele?
O filme mostra a vida urbana dos Estados
Unidos após a grande depressão econômica 7) Movimentos Sociais
de 1929. É possível abordar as consequências Agora, promova uma análise dos
sociais que tal crise provocou: desemprego, movimentos sociais dos trabalhadores, como
fome, aumento dos índices de violência. greves e passeatas. Analise com os educandos:
A prisão injusta de Chaplin por estar apenas
3) Impacto da Revolução Industrial segurando a bandeira do manifesto. Como
É possível retratar o impacto da Revolução esses movimentos sociais são vistos pela
Industrial com seus processos mecânicos sociedade contemporânea?
que otimizaram a produção e os lucros, mas
promoveram igualmente o desemprego. 8) Questionamento
Enfoque a cena em que Chaplin fica Você pode questionar seu grupo: Por que
parafusando as coisas, mesmo em horário de Chaplin insiste em voltar para a cadeia?
descanso e quando “parafusa” os botões da
saia da secretária, e a cena antológica em que 9) Ideia de prosperidade
ele é “engolido” pelas engrenagens da fábrica. Depois que encontra a jovem órfã, a vida
do personagem ganha novo sentido. Qual a
4) Substituição homem x máquina ideia de prosperidade que ele manifesta?
É possível questionar os educandos se a
substituição do homem pela máquina ainda 10) Diferenças sociais
acontece nos dias atuais e como isso acontece. O emprego de Chaplin na loja de
departamentos mostra claramente as
5) A Televisão diferenças sociais. Converse com os educandos
Em alguns momentos, o diretor da empresa sobre como isso é mostrado e que outras
se comunica por uma tela de TV. Converse com situações do filme também abordam a mesma
os educandos sobre esse tipo de liderança temática.
e também faça um link com a apologia à TV
(leia-se consumo) que os jovens vivem todos Links complementares
os dias. O filme sustenta os fatos com base em do-
cumentos do Arquivo Nacional Brasileiro. O
6) A Tecnologia site para consulta é: http://www.arquivona-
Uma temática bem atual, as tecnologias cional.gov.br
contemporâneas podem ser abordadas, por
meio da análise da máquina de refeições.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 167

Avaliação aleatoriamente, nas células da cartela. Três


Após a atividade, oriente uma pesquisa verbos ficarão fora.
cujo tema seja “Tempos Modernos” a seguir,
estabeleça um diálogo em que os educandos OBS.: Quando a música for tocada, os
possam expressar o que lhes chamou educandos precisam marcar na cartela
a atenção. Tente fazer com que eles se os verbos que ouviram. Será vencedor o
expressem em Língua Inglesa. educando que conseguir marcar primeiro
quaisquer duas linhas completas da grade,
ATIVIDADE 2 desde que uma horizontal e/ou uma vertical.

Bingo com Palavras da Música Avaliação


Terminada a atividade, você, professor,
Objetivo: Praticar e revisar, em músicas, os poderá sugerir que os educandos troquem
usos dos verbos irregulares em Língua Inglesa, entre si, as cartelas de bingo, para serem
por meio de bingo com palavras. efetuadas as correções. Também, poderão ser
Competência: Compreender a importância conjugados os verbos encontrados.
da oralidade expressa pela música, como
auxiliadora da atenção auditiva, fundamental You’re Beautiful James Blunt
para o aprendizado de uma língua.
Habilidade: Utilizar a audição como meio My life is brilliant.
de compreensão de palavras da Língua Inglesa. My life is brilliant.
My love is pure.
Esta atividade utiliza-se do bingo musical, I saw an angel.
no intuito de possibilitar a prática e a revisão Of that I’m sure.
de conteúdos gramaticais constantes da Língua She smiled at me on the subway.
Inglesa. Como exemplo, escolhemos a música She was with another man.
“You are Beautiful”, de Damien Rice. Vale But I won’t lose no sleep on that,
ressaltar que poderá ser adaptada a mesma Cause I’ve got a plan.
técnica para outras músicas, desde que as
palavras sejam pronunciadas com clareza. You’re beautiful. You’re beautiful.
A título de orientação, para o melhor You’re beautiful, it’s true.
encaminhamento dessa atividade, elencamos I saw your face in a crowded place,
o passo a passo, porém você, professor, não And I don’t know what to do,
precisa segui-lo à risca. Cause I’ll never be with you.
• Selecione 7 verbos no passado que Yes, she caught my eye,
aparecem na letra da música. Misture-os a As we walked on by.
outros 8 verbos, igualmente no passado, e She could see from my face that I was,
escreva a lista de 14 itens no quadro; Flying high,
• Peça aos educandos que façam uma And I don’t think that I’ll see her again,
grade de bingo com 12 células (três linhas But we shared a moment that will
horizontais e quatro verticais). Peça a eles que last ‘till the end.
escolham 12 verbos da lista e os escrevam, You’re beautiful. You’re beautiful.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
168 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

You’re beautiful, it’s true. Esta atividade diz respeito à interpretação


I saw your face in a crowded place, de textos por meio de imagens, pois a ideia é
And I don’t know what to do, a de que a leitura visual possibilite o desenvol-
‘Cause I’ll never be with you. vimento da competência textual, contribuindo,
assim, com a imaginação do educando e favo-
La la la la la la la la la recendo a compreensão dele acerca de situa-
You’re beautiful. You’re beautiful. ções do cotidiano em Língua Inglesa.
You’re beautiful, it’s true. As orientações abaixo auxiliarão você,
There must be an angel with a professor, no encaminhamento desta atividade
smile on her face, em sala de aula e, para exemplificar, fizemos uso
When she thought up that I de cartoons referentes a um dos personagens
should be with you. mais conhecidos dos jovens, o gato Garfield.
But it’s time to face the truth, Essa atividade poderá ser adaptada para
I will never be with you. quaisquer níveis de ensino, mas aconselhamos
http://www.vagalume.com.br/james-blunt/ apenas que as perguntas estejam no idioma
youre-beatiful-traducao.html correspondente ao da compreensão das
turmas com as quais trabalha.
Peça aos educandos que:
ATIVIDADE 3 • observem as imagens nos cartoons,
considerando os personagens, o local, os
Atividades de Interpretação de Texto em gestos etc.;
Língua Inglesa – Cartoons – 2007 • leiam e sublinhem os verbos;
• associem às imagens aos textos;
Objetivo: Interpretar textos, por meio de • expressem, oralmente, o que
imagens, cartons. compreenderam;
• respondam as questões apresentadas.
Competência: Compreender as leituras
visuais (de mundo), para a interpretação de Avaliação
textos em Língua Inglesa, considerando-as Professor, esta avaliação exige que o educando
como acréscimo ao desenvolvimento leitor. visualize, com atenção, os cartoons, que ele se
expresse oralmente, mostrando que fez a inter-
Habilidade: Utilizar-se de imagens, para a relação entre imagem e texto e, ainda, que ele
interpretação de textos. responda, corretamente, as questões propostas.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LíNGUA INGLESA 169

1. Onde eles estão? 2. O que eles estão tentando ver? 3. O por que eles não estão vendo?
Where are they? What they are trying to see? Why they are not seeing?

1. O que Jon está fazendo? 2. Qual o estado emocional do Garfield? 3. Por que você acha? Justifique.
What is Jon doing? What is the emotional state of the Why do you think? Justify.
Garfield?

1. Jon está preparando o almoço ou o jantar? 3. Qual o quadro que confirma sua resposta?
Jon is preparing lunch or dinner? Which confirms the picture that your answer?
2. Jon é um bom cozinheiro? 4. Qual o tempo verbal do primeiro quadro:
Jon is a good cook? What is the tense of the first picture?

Fonte: diariodaprofessora.blogspot.com/...interpretação-de-texto-ingles-cart

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
170 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

ATIVIDADE 4 pequenos textos. Esta atividade também é um


exercício para a ampliação de vocabulário.
Pesquisa de palavras de Língua Inglesa
que usamos no dia a dia ATIVIDADE 5
Correio internacional
Objetivo: Coletar palavras comumente
usadas na Língua Inglesa, em jornais e em Objetivo: Estimular a comunicação
revistas brasileiras. escrita e o relacionamento interpessoal,
Competência: Compreender o significado considerando o contato com diversos países
das palavras mais usadas em Língua Inglesa, para que se expressam em Língua Inglesa.
utilizá-las em ideias e/ou em mensagens diárias. Competência: Compreender a importância
Habilidade: Apropriar-se das palavras mais do intercâmbio com diversos países, para
usadas em Língua Inglesa. o enriquecimento do vocabulário no ato
comunicativo.
Esta atividade consiste em orientar o Habilidade: Utilizar-se de frases e de textos
educando para pesquisas acerca de palavras em cartas e em e-mails, para estabelecer
que fazem parte das estruturas de ideias e/ comunicação em Língua Inglesa.
ou mensagens do cotidiano expressivo em Essa atividade refere-se ao aprimoramento
Língua Inglesa. É importante ressaltar que essa da comunicação em Língua Inglesa, por
atividade promove motivação baseada em meio de cartas e de e-mails, para estimular
conhecimentos prévios e pode ser aplicada em a escrita e o relacionamento interpessoal,
grupos, com tempo previsto de uma semana. considerando o enriquecimento de vocabulário
Peça aos educandos que: a ser apreendido, quando do momento de
• procurem em jornais e em revistas brasi- construção de frases e de textos.
leiras palavras da Língua Inglesa que são nor- É importante que você, professor, oriente
malmente usadas; o educando para o que deve ser explorado
• recortem e colem essas palavras em uma nos primeiros contatos, destacando o
folha de papel e/ou em cartazes, para exposi- que comunicar, além da importância de
ção em sala; estabelecer-se o respeito, a postura e a
• pesquisem o significado dessas palavras; transparência das mensagens a serem
• construam ideias e/ou mensagens com expressas.
essas palavras, considerando os diversos sig- Peça aos educandos que:
nificados; • acessem um destes sites www.bonus.
• apresentem-nas em grupos. com, www.rockhall.com e www.mlsnet.com;
• selecionem pessoa(s) de alguns países,
Avaliação para estabelecer contato inicial;
• selecionem o assunto, previamente,
Ao final desta atividade, professor, peça apresentado, para ser tratado nos primeiros
aos educandos que elenquem as palavras contatos;
que pesquisaram, buscando o seu sentido em • estabeleçam contato, por meio de carta
e/ou de e-mail;

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 171

• compartilhem alguns desses contatos http://wordpress.org


em sala. http://home.spaces.live.com
http://www.livejournal.com
Avaliação http://www.edublogs.org
Caro professor, após esta atividade, tire um http://www.sixapart.com/
momento para conversar com os seus educandos http://blog.terra.com.br
sobre o perfil, o país e se possível, a cultura dos www.criarumblog.com
contatos que eles estabeleceram. Juntamente http://blog.uol.com.br
com os educandos, verifique a escrita, aponte os www.blogspot.com
erros e estimule a comunicação entre eles.
Webquests:
1.3.2 Sugestões para pesquisa http://raleduc.com.br/wq/webquest/
soporte_horizontal_w.php?id_
Sites: actividad=281&id_pagina=1 (Valentine’s Day)
www.yahoo.com.br http://raleduc.com.br/wq/webquest/
www.wikipedia.org soporte_mondrian_w.php?id_
www.google.com actividad=247&id_pagina=1 (Estrangeirismos)
http://raleduc.com.br/wq/webquest/
Chat & penpals: soporte_horizontal_w.php?id_
http://www.spinchat.com actividad=328&id_pagina=1 (Halloween)
http://chatshack.net
http://www.babbel.com/ Sites para hospedar Webquests:
http://www.epals.com http://www. http://www.educationaltechnology.ca/
theteacherscorner.net/penpals/index.php resources/webquest/templates.php
http://eleaston.com/keypal.html http://www.webquestbrasil.org/criador/
http://iteslj.org/links/ESL/Penpals_and_ index.php
Communicating_with_Others/ http://www.zunal.com/

Blog: Recursos para o professor:


http://blog.aprendebrasil.com.br/p_ingles http://iteslj.org/
(Campo Limpo Paulista) http://www.linguaestrangeira.pro.br/
http://teachermanoelcarlos.blogspot. http://www.englishclub.com/
com/ (Professor de Catanduva – SP) http://www.eslcafe.com/
http://english4me.tk/ (Assessor Técnico- http://www.english.sk.com.br/
Pedagógico de Itapeva – SP) www.uiowa.edu/~acadtech/phonetics
HTTP://bluesurya.blogspot.com
http://goinupstream.blogspot.com/ http:// Spell Checker:
blog1.educacional.com.br/arealinguaseartes http://orangoo.com/spellcheck/

Criar blog: English-English dictionary:


www.blogger.com/start www.dictionary.com

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
172 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Recursos centrados nos educandos: baseado na teoria das Inteligências Múltiplas


http://www.manythings.org desenvolvida  pelo Dr. Howard Gardner,
http://englishtown.com professor do Departamento de Educação da
http://www.eflnet.com Faculdade de Harvard nos EUA.  , e vem com
http://eleaston.com/keypal.html material fotocopiável para auxiliar a execução
(emoticons) dos jogos em sala de aula.
http://www.1stopesl.com
http://www.quia.com/pages/ Sites noticiosos:
mathinteractive.html  www.bbclearningenglish.com – Página da
http://www.quia.com/cb/205432.html BBC em que é possível ler notícias, estudar a
http://www.quia.com/rr/188734.html Língua Inglesa, praticar exercícios e assistir a
vídeos.
Este material foi sugerido pela profª Maria  www.pbs.org- O endereço do canal de tv
de Nazaré Nogueira Leite / noguele@bol. norte-americano PBS oferece documentários,
com.br programas, reportagens e vídeos educativos,
www.abc.net.au/news/  Site da ABC News
 Sugestões para pesquisa australiana.
   www.habitat.org/http://www.esldiscus-
* A obra de Carolyn Graham é indispensável sions.com
para os educandos e professores que desejam
uma abordagem lúdica e inovadora no ensino Sites para estudar a Língua Inglesa:
e aprendizagem de Língua Inglesa por meio
da música e do canto.  Seus  livros,  “Jazz  English Made in Brasil – Neste site, Schütz
Chants”  e  “  Let’s Sing, Let’s Chant”, que são & Kanomata disponibiliza sua produção
acompanhados de cD’s, foram publicados pela intelectual. Tudo sobre aprendizado de línguas
Oxford University Press. Graham desenvolveu e materiais de ensino inéditos, baseados em
a técnica de cantar jazz através de sua Linguística Comparada. Centenas de perguntas
experiência de ensino de ESL na Universidade respondidas por equipe internacional de
de Nova York. Ela também lecionou em Harvard professores.
e na Escola de Professores, da Universidade de  www.agendaweb.org
Columbia.  www.englishclub.com
   
* O livro “Jogos divertidos para a sua Dicionários on-line:
aula de inglês”, de Andreza Lago (ed. Disal), http://www.thefreedictionary.com/ 
é uma obra com aproximadamente 70 (dicionário monolingue)
jogos  pedagógicos direcionados para os  http://bab.la (dicionário bilíngue)
diferentes tipos de inteligência. O livro é

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 173

PROPOSTA CURRICULAR DE
LÍNGUA ESPANHOLA PARA O
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA INGLESA 175

O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 177

1.1 A Língua Espanhola no Ensino Médio lidade, de forma que a partir dos pontos apre-
sentados nos tópicos seguintes, o mesmo se
O presente documento reestrutura as sinta amparado em sua prática docente.
ideias que nortearam a edição anterior cons-
tantes na Proposta Curricular para o ensino Abordagem teórica da disciplina
da disciplina de Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol no Ensino Médio. A partir de discus- ¡Hablemos en español!
sões entre docentes ativos no ensino da língua O ensino de uma língua específica é defen-
em escolas públicas, compuseram-se novos dido pelos PCN de Língua Estrangeira e pela
parâmetros para a disciplina, resultando nesta LDB 9.394/96, a partir dos princípios de re-
Proposta, que aborda desde a escolha do con- levância do idioma para a comunidade, seja
teúdo às práticas possíveis em sala de aula, por motivos históricos, geográficos ou comer-
uso e produção de material de apoio e outras ciais. Nesse cenário, a Língua Espanhola vem
reflexões inerentes ao ensino do idioma. ganhando destaque com o crescente avanço
A Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2008, político-econômico do Brasil, com relação aos
tornou obrigatória em horário regular, nas ins- demais países que fazem parte do Mercosul e
tituições de ensino público e privado, a oferta do Extramercosul.
do idioma Espanhol como disciplina de língua Numa reflexão sobre Hall, Assis (2008) ex-
estrangeira moderna para o Ensino Médio e, põe em seu relato de experiência que o ensi-
facultativa, para os estudantes do Ensino Fun- no de uma língua estrangeira em sala de aula
damental (6.o ao 9.o ano). Foram cinco anos de possui mais do que seu caráter social, englo-
adaptação até que a lei ganhasse forma, com bando também um caráter político e histó-
a adoção da língua como disciplina por parte rico. A partir dessa concepção, o educador
das instituições. Entende-se que após a regu- deve compreender a sala de aula como um
lamentação desta lei, a disciplina deva ser tra- espaço para discussão onde tais conhecimen-
tada de forma mais analítica, cabendo às se- tos ganhem relevância.
cretarias de Educação estabelecer ações polí- O ensino de uma língua estrangeira em
ticas que propiciem caminhos para a oferta de sala de aula é importante, no momento em
ensino da Língua Espanhola, em sala de aula, que possibilita ao educando reconhecer-se
tais como: a quantidade de educandos, os re- como um indivíduo que pertence a um grupo,
cursos didáticos e extradidáticos disponíveis, a com características socioculturais próprias,
heterogeneidade de conhecimentos em sala e por meio da comparação e do contraste com
a formação dos profissionais qualificados no outras culturas:
ensino do idioma para escolas regulares.
O intuito desta Proposta Curricular é o de A fim de que os alunos possam compreen-
ampliar os conceitos sobre educação exis- der a aprendizagem da língua de maneira
tentes em cada docente, contribuindo para significativa, o professor, como mediador
a reflexão e a crítica sobre os procedimentos intencional, deve partir do pressuposto de
que serão, ou não, adotados em sala de aula. que a linguagem é que nos constitui como
Somente o professor é capaz de saber qual seres humanos e culturais. Nesse sentido,
procedimento é mais adequado à própria rea- deve deixar claro aos educandos que a

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
178 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

aprendizagem da língua é necessária, pois e na América Latina e o pujante desejo bra-


permite que eles interajam com aqueles sileiro de se acercar ao mercado europeu,
que estão ao seu redor, ao mesmo tem- já que o Brasil se vê mais próximo a esse
po em que podem apropriar-se da cultura mercado que ao dos Estados Unidos. Para
construída historicamente (ZUIN e REYES, tal, como disse o então Ministro da Educa-
2010, p. 122). ção, Tarso Genro, “as relações brasileiras
passam necessariamente pela Espanha”
Entretanto, o processo de escolha de qual (ARIAS, 2006). Desde a abertura do merca-
língua estrangeira será ensinada não se faz de do brasileiro, na década de 1990 pelo go-
maneira aleatória, pois as relações político- verno Collor e com o Tratado de Assunção,
econômicas influenciam na escolha dos idio- visou-se ao desenvolvimento social e eco-
mas que farão parte do currículo. As línguas nômico da região do Mercosul tendo em
estrangeiras, Inglês e Espanhol, a primeira e vista a globalização econômica já experien-
a segunda línguas do mercado mundial, pos- ciada pela União Europeia, da qual o Brasil
suem a prioridade no currículo do educando deseja extrair os modelos para a integração
brasileiro, pelas relações que o Brasil possui e monetária e idiomática, esta última desde
deseja ampliar com as demais nações. O en- há muito vivida pelos países sulistas: “Exis-
sino da Língua Inglesa é um velho conhecido te uma tendência mundial em busca da
do currículo escolar brasileiro, e ganhou força integração econômica, onde o domínio da
com o fim da Guerra Fria, com a valorização língua oficial dos países com os quais nos
do dólar, com o comércio internacional, com relacionamos é muito importante”, afirma
o processo industrial da federação brasileira o Secretário de Educação Básica do MEC,
e com a consolidação nas exportações e nas Francisco das Chagas Fernandes (COSTA,
importações de produtos. 2005 apud REATTO E BISSACO, 2007, s.p).
Atualmente, em consequência da expan-
são do mercado sul-americano, o ensino da A oferta do idioma é direito do educando
Língua Espanhola ganhou expressividade no e forma de inclusão social e étnica, quando
contexto brasileiro: lhe possibilita o contato com outras culturas.
Nesse ponto, a Língua Espanhola é rica, pois
Como afirma Fernández (2005, p.18), “A si- é língua oficial de vinte e um países, e destes
tuação do espanhol no início do século XXI países, seis são fronteiriços do Brasil, o que
no Brasil é de bonança, de auge e de pres- possibilita, em sala de aula, o reconhecimen-
tígio”. Esse cenário nunca foi tão auspicioso to de diversos grupos sociais e a comunicação
quanto agora, pois afirmam que os interes- com pessoas de diferentes culturas:
ses político-econômicos são os que o mo-
vem, ao contrário do que deveria de ser: a No quesito diversidade, o Espanhol é privile-
cultura e a educação. Essa afirmação é cor- giado, pois conta com aproximadamente 400
roborada ao analisarmos as relações eco- milhões de falantes nativos. Citando Goette-
nômicas com os países vizinhos de língua nauer (2005, p. 70), “esses números conver-
espanhola, os tratados bi e multilateriais tem o espanhol num importante instrumen-
firmados, a liderança do Brasil no Mercosul to de comunicação e lhe garantem um status

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 179

precioso: o passaporte para o conhecimento do assim, um caráter de disciplina integradora.


de múltiplas culturas” (ASSIS, 2008, s.p.). Conforme os PCN de Línguas Estrangeiras,

Entretanto, a aprendizagem de uma língua há ainda outro aspecto a ser considerado,


estrangeira moderna, dentro das escolas re- do ponto de vista educacional. É a função
gulares, é consideravelmente marginalizada interdisciplinar que a aprendizagem de Lín-
quando comparada à ideia de aprendê-las em gua Estrangeira pode desempenhar no cur-
cursos livres. Esse preconceito e o desconhe- rículo. O benefício resultante é mútuo. O
cimento dos reais objetivos do ensino do idio- estudo das outras disciplinas, notadamente
ma como disciplina obrigatória aumentam a de História, Geografia, Ciências Naturais,
dificuldade dos professores, que brigam com Arte, passa a ter outro significado se em
o pouco tempo, com a pouca mobilidade (com certos momentos forem proporcionadas
relação aos tipos de atividades que podem ser atividades conjugadas com o ensino de
trabalhadas em sala) e com o pouco interesse Língua Estrangeira, levando-se em consi-
de grande parte dos alunos: deração, é claro, o projeto educacional da
escola. Essa é uma maneira de viabilizar
Muitas vezes os professores são prepara- na prática de sala de aula a relação entre
dos para trabalhar com alunos abstratos, língua estrangeira e o mundo social, isto é,
idealizados, que não existem na realida- como fazer uso da linguagem para agir no
de. Logo ao iniciar seu trabalho, o profes- mundo social (p. 37-38).
sor percebe que seus alunos não formam
uma turma homogênea, mas apresentam Infelizmente, a falta de comunicação entre
muitas diferenças entre si. Verifica também educadores de diferentes Componentes Cur-
que não basta ensinar para que os alunos riculares e a falta de um currículo mais enxu-
aprendam, muito menos quando este en- to e mais próximo da realidade do educando
sino é feito de forma a despejar conheci- (seja no seu convívio social, seja no seu conví-
mentos sobre os alunos, para que estes vio escolar) impede que o professor trabalhe
os devolvam nas provas. Desse modo, ele de forma interdisciplinar em sala de aula.
passa a perceber que o ensino é mais efi- Recapitulando os PCN de Línguas Estran-
ciente quando leva em consideração as di- geiras, encontra-se a seguinte observação:
ferenças entre os alunos – de interesses, de
aspirações, de hábitos de trabalho etc. – e Um dos procedimentos básicos de qual-
quando parte da realidade socioeconômica quer processo de aprendizagem é o rela-
vivida por eles, embora não se limite a ela. cionamento que o aluno faz do que quer
(PILLETI, 2003, p. 156) aprender com aquilo que já sabe. Isso quer
dizer que um dos processos centrais de
Dessa forma, estabelecem-se algumas re- construir conhecimento é baseado no co-
flexões. nhecimento que o aluno já tem: a projeção
A língua estrangeira deve ser vista como dos conhecimentos que já possui no conhe-
interdependente de outros Componentes Cur- cimento novo, na tentativa de se aproximar
riculares presentes no currículo atual, ganhan- do que vai aprender (p. 32)

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
180 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

O idioma espanhol deve ser apresentado terizar a língua, é transformá-la num objeto
em sala de aula de maneira tranquila, sem vazio e, portanto, sem função de ser.
choques, atrelando o conhecimento de mun- Dessa forma, como ensinar todas as varie-
do do educando ao que lhe é diferente, por- dades linguísticas em pouco tempo de aula?
que se não há empatia entre educando e lín- Não é obrigação do educador apresentar
gua, não há aprendizagem. Conforme os estu- todas as variedades linguísticas para o educan-
dos de Schütz (2003), o educando que em sala do, mas é seu dever deixar claro a existência
de aula é indiferente ou até mesmo despreza dessas variedades. O professor traz para a sala
a língua estrangeira estudada, estará desmo- de aula os usos mais comuns e, numa prática
tivado a aprendê-la, devido à falta de infor- de pesquisa, pode incentivar o educando a
mação ou aos estereótipos já estabelecidos procurar outras formas de uso linguístico, dis-
sobre a língua. Qual a missão do professor? poníveis nos livros e na internet, oferecendo,
Corrigi-los. assim, subsídios para a formação do educando.
O ensino do espanhol encontra, ainda, algu- O estudante de língua estrangeira deve sa-
mas características que devem ser resguarda- ber fazer uso da língua em práticas básicas de
das: Pensar o ensino do idioma espanhol em comunicação escrita e oral, mas sua principal
sala sem considerar a diversidade dos vinte atribuição será, após terminar o Ensino Médio,
um países que possuem a língua como idio- utilizar-se corretamente dos diferentes meios
ma oficial; sem considerar as peculiaridades textuais para obter informações específicas no
de cada região, as divergências quanto ao uso idioma estrangeiro. Essa competência é apon-
de certas estruturas e, principalmente, as di- tada nos Parâmetros Curriculares Nacionais
ferentes manifestações culturais, é descarac- de Línguas Estrangeiras onde, segundo eles,
o educando deve ter conhecimento de habili-
dades específicas para leitura e interpretação
Pensar o ensino do idioma como as prioridades para a disciplina já que,
de forma consciente, entende que o ensino
espanhol em sala sem
de outras habilidades, tais como a habilidade
considerar a diversidade dos oral ou a compreensão auditiva se encontram
vinte um países que possuem a prejudicadas pela carga horária reduzida, o
língua como idioma oficial; sem número excessivo de estudantes em sala e a
considerar as peculiaridades descontinuidade da disciplina que sempre en-
de cada região, as divergências contra turmas com conhecimentos do idioma
quanto ao uso de certas em níveis diferentes: educando nivelados pelo
professor no ano anterior em contraste com
estruturas e, principalmente,
educando que ingressam no ano corrente sem
as diferentes manifestações o conhecimento mínimo do idioma. A prática
culturais, é descaracterizar a de leitura e sua respectiva compreensão tex-
língua, é transformá-la num tual será mais acessível à realidade da sala de
objeto vazio e, portanto, sem aula, quando o professor desenvolver ativida-
função de ser. des partindo do conhecimento de mundo do
educando. O que não impede, entretanto, que

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 181

o professor intercale atividades escritas com as atividades ganham novo direcionamento,


atividades orais pontuais, como conversações, atuando na formação do indivíduo ativo, re-
exposições, entre outros. flexivo e crítico, sendo o professor mediador
da aprendizagem.

(...) O aluno não pode continuar sendo pa-


A prática de leitura e sua ciente do processo, mas deve transformar-
respectiva compreensão se em agente. Portanto, cabe substituir os
textual será mais acessível métodos em que o professor apenas ouve,
à realidade da sala de apenas copia, apenas repete. Em seu lugar
aula, quando o professor é preciso utilizar métodos ativos, que levam
desenvolver atividades o aluno a questionar, a procurar respostas
para os problemas, a ser estimulado a ofe-
partindo do conhecimento de
recer soluções para situações concretas,
mundo do educando. vividas no dia a dia (PILLETI, 2003, p. 158)

Almeja-se que o educando de uma língua


estrangeira moderna esteja capacitado no
Os conteúdos ensinados na escola precisam uso das ferramentas necessárias no processo
urgentemente deixar de ser estranhos, dis- de comunicação e na formação de uma cons-
tantes, apresentados numa linguagem que ciência crítica resultante do acesso ao conhe-
os educandos não entendem, para possibi- cimento de outras culturas.
litar o conhecimento da realidade em que
os educandos vivem e, a partir dela, levar Durante el proceso de escritura los alumnos
ao conhecimento da realidade mais ampla, no solo aprenden a escribir en una lengua,
do País e do mundo. Não propomos que a sino que perfeccionan las otras destrezas
escola se limite ao estudo da cultura local, comunicativas al intercambiar y compartir
da comunidade. Propomos apenas que par- ideas y razonamientos con sus compañe-
ta deste estudo, pois só assim o educando ros. Aprender a escribir significa aprender
terá condições de avançar no sentido do a organizar ideas, construir textos con co-
conhecimento de outras culturas, de ou- herencia lógica, adaptar el estilo según el
tros povos (PILLETI, 2003, p. 158). destinatario, el tema tratado y el estilo de
As atividades de leitura e de escrita têm texto. La habilidad de escribir es una vía
essa função, perpetuar e construir o conhe- que apoya el aprendizaje de otros aspectos
cimento, tanto em nível individual como de la actividad verbal, si se orienta debida-
coletivo (ZUIN e REYES, 2010, p. 122). mente y se realiza de forma frecuente en el
aula y no como una actividad independien-
O ensino gramatical é preterido pelo con- te de la clase (GALVÁN, 2009, p. 5).
ceito atual de uso linguístico, em que a função
gramatical é ensinada dentro de um contexto, É, portanto, objetivo principal da dis-
normalmente um texto, uma propaganda im- ciplina Língua Espanhola ofertar o ensi-
pressa, um diálogo, um filme etc. Além disso,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
182 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

no do idioma de forma funcional, com o gua Espanhola na matriz curricular do Ensino


acesso a diferentes gêneros textuais orais Médio, já que o extenso leque cultural pro-
movido pelos vinte um países que a possuem
como idioma oficial possibilita o trabalho em
sala com diversas culturas diferentes.
É, portanto, objetivo principal O estudante deve aprender o idioma espa-
da disciplina Língua Espanhola nhol, a partir da compreensão de que uma lín-
ofertar o ensino do idioma de gua não é um elemento isolado, sendo forma-
forma funcional, com o acesso da por uma cultura, por uma história, por um
a diferentes gêneros textuais espaço, por uma sociedade. No caso da Língua
Espanhola ou Castelhana, o processo de colo-
orais e escritos com temática
nização resultou na formação de vários falares
comum à realidade do com características próprias de cada país, esse
educando, contribuindo para a contexto não pode ser ignorado.
prática do letramento em uma
língua estrangeira. Competências e habilidades

As competências e as habilidades devem


ser elencadas, conforme o contexto de cada
e escritos com temática comum à realida- série e os conteúdos propostos para a mes-
de do educando, contribuindo para a prá- ma. Para isso, devemos considerar que:
tica do letramento em uma língua estran- Na primeira série, o contato inicial com a
geira. Em entrevista à revista nova escola língua espanhola deve propiciar ao educan-
(2004), a consultora Celina Bruniera, de do conhecer culturas diferentes daquela em
São Paulo, afirma: que ele vive, interagindo com outras expres-
sões socioculturais, políticas, climáticas etc.,
Na hora de escolher os textos que serão tra- e que não há divergência nem níveis sociais
balhados, opte primeiramente por aqueles entre a língua de estudo e a língua materna,
com informações familiares à turma. Além mas contrastes. Ele deve saber utilizar-se de
disso, é mais rico ler uma biografia ou uma formas básicas de produções orais e escri-
notícia do que frases soltas, como: “Qual é tas, buscando prioritariamente comunicar-
o seu nome?” ou “Onde você mora? (apud se em língua estrangeira por meio de textos
CAVALCANTE, 2003, p. 55). de uso cotidiano.
Na segunda série, os conteúdos trabalha-
Através de diferentes gêneros textuais, o dos na primeira série deverão ser revistos,
educando também encontrará novas concep- aumentando-se o grau de dificuldade dos tex-
ções socioculturais, provenientes de culturas tos trabalhados e criados em sala de aula, na
diferentes da sua, contato esse oportunizado formação de um aprendiz mais independente
pelo estudo do idioma. Esse “conhecimento e com maior vocabulário. Nesta série, a inser-
de mundo”, assim denominado pelos PCN, ção de conteúdos transversais e culturais se
é outro forte motivo para a inclusão da Lín- faz ainda mais necessária, visto que os edu-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 183

cando já possuem a base (teoricamente) do rado na prática escolar. Ironicamente, o traba-


idioma estudado, podendo participar de ati- lho com leitura e interpretação de textos, em
vidades mais elaboradas onde a capacidade sala de aula, fica comprometido com escassez
argumentativa também possa ser explorada. de recursos e de materiais didáticos: dicioná-
Na terceira série, deve-se considerar o foco rios, livros didáticos, gramáticas, paradidáticos.
diferenciado, a partir do momento que se en-
tende a prioridade de inserção no ensino supe- O objetivo do ensino de Língua Estrangeira
rior. Os objetivos de estudo continuam os mes- é permitir que o aluno leia, escreva, fale e
mos, embora a abordagem, diferente do ano compreenda textos de vários tipos em ou-
anterior, esteja mais focada para atividades tro idioma. Para alcançar esse objetivo, o
individuais, e na compreensão e produção de professor da disciplina deve criar situações
textos escritos em diferentes gêneros textuais. reais de comunicação em que o jovem pos-
As competências elencadas para o edu- sa fazer uso do que aprende: ter contato
cando de Ensino Médio almejam capacitá-lo a com publicações comerciais, canções e
com a Língua Espanhola dentro de um espaço filmes, trocar correspondências, elaborar
social, por meio do uso de textos orais e es- diálogos. Enfim, garantir o máximo de inte-
critos. Entretanto, não se deve ignorar que é ração com as variadas expressões linguís-
preocupação geral para as disciplinas do Ensi- ticas. Infelizmente, essa não é a realidade
no Médio formar um educando apto às avalia- na maioria das escolas brasileiras. O inglês
ções de ingresso ao Ensino Superior. Portanto, (o espanhol, o francês ou qualquer outro
a necessidade de trabalhar adequadamente idioma) é apresentado de forma segmen-
com textos em sala de aula se transforma em tada – e falta material adequado e cursos
debate constante nos estudos atuais sobre que permitam melhorar a formação do
ensino de língua estrangeira em sala de aula. corpo docente. Assim, prender a atenção
Atualmente, o Exame Nacional do Ensino da turma, geralmente formada por adoles-
Médio (Enem) elenca em sua matriz de refe- centes, se torna tarefa difícil (MARAGON,
rência as Competências e as Habilidades apre- 2002, p.40).
endidas pelo educando durante as aulas de
Língua Estrangeira Espanhola. Dessa forma, Se o professor não possui material didáti-
dá prioridade à: co para trabalhar em sala, como ofertar aos
educandos o acesso aos diferentes gêneros
• Leitura e interpretação de textos; textuais em língua estrangeira?
• Comunicação verbal e não verbal (fi- Consideram-se agora os seguintes fatos:
guras, fotos, pinturas);
• Interpretação e formação de consciên- • A maioria dos estudantes inicia o es-
cia crítica sobre os textos apresenta- tudo da disciplina sem conhecimento
dos em língua estrangeira. prévio do idioma;
• O ensino da disciplina não é sequen-
Como principal meio de ascensão ao Ensino cial, em muitas escolas, o que pode
Superior, o Enem não poderia ser desconside- dificultar a aprendizagem tanto dos

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
184 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

estudantes de uma instituição quanto Aliada à temática transversal, a inserção


os de outras os quais são incorporados de elementos culturais dos países de fala his-
a ela durante o Ensino Médio; pânica em atividades pontuais e de contraste
• O terceiro ano do Ensino Médio é di- com a cultura brasileira, possibilita a forma-
recionado às provas de acesso ao En- ção de alunados conscientes e críticos, prin-
sino Superior, mudando o enfoque do cipalmente, se a atividade possuir caráter de
ensino do idioma, tornando-o mais projeto e se o mesmo tema for trabalhado de
restrito à prática de compreensão e in- formas diferentes em textos, em atividades
terpretação de textos e conhecimento lúdicas e em exercícios avaliativos.
sistêmico da língua estrangeira. Obedecendo às competências estabeleci-
das para cada série, estabelecem-se habilida-
Desse modo, a nova Proposta Curricular do des linguístico-sociais. Algumas delas são:
Ensino Médio de Língua Estrangeira Moderna
– Espanhol recapitula os direcionamentos da- 1ª Série do Ensino Médio
dos pelos PCN e prima pela maior frequência
de atividades de compreensão textual em de- Escrever recados curtos e responder men-
trimento do excessivo número de exercícios sagens de e-mail; cumprimentar pessoas,
gramaticais explorados na maioria das cole- pedir informações; fazer compras; descrever
ções didáticas para o idioma. Considerando pessoas e objetos, relatar ações passadas no
também o que é solicitado na proposta da presente e no passado; reconhecer e com-
avaliação do Enem e avaliações de vestibula- preender a importância do ensino da Língua
res anteriores de outras instituições de Ensi- Espanhola como veículo para conhecimen-
no Superior público e particular, o estudo de to de outras culturas e suas especificidades,
um ou mais gêneros textuais, por bimestre, comparando-a com a sua própria cultura.
é uma forma de preparar o educando para a
sua futura formação. 2ª Série do Ensino Médio
Outra proposta pedagógica é o trabalho
com as temáticas transversais enquanto eixos Escrever recados curtos e responder men-
temáticos, também mencionados nos PCN. sagens de e-mails; cumprimentar pessoas,
Através do uso de textos e da realização de pedir informações; fazer compras; descrever
projetos de pesquisa sobre o eixo transversal pessoas e objetos; relatar ações passadas no
trabalhado em sala de aula, o professor pos- presente e no passado; dar instruções; re-
sui autonomia para decidir de que forma e comendar produtos; encontrar informações
a partir de que tema desenvolverá o ensino. dentro do texto e interpretá-las; reconhecer
Dessa forma, contemplar-se-iam os valores e compreender a importância do ensino da
e as atitudes destacados na reestruturação Língua Espanhola como veículo para conheci-
da atual proposta curricular, pois o estudo de mento de outras culturas e suas especificida-
forma contextualizada é o melhor caminho des, comparando-a com a sua própria cultura.
porque oferece novas informações e ideias,
revela elementos da cultura e amplia o voca-
bulário da garotada (MARAGON, 2002, p.41).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 185

3ª Série do Ensino Médio dagem e o que é método. Numa leitura de


Leffa (1988),
Escrever recados curtos e responder men-
sagens de e-mails; cumprimentar pessoas, Abordagem é o termo mais abrangente e
pedir informações; fazer compras; descrever engloba os pressupostos teóricos acerca da
pessoas e objetos; relatar ações passadas no língua e da aprendizagem. As abordagens
presente e no passado; dar instruções; re- variam na medida em que variam esses
comendar produtos; encontrar informações pressupostos. O pressuposto, por exemplo,
dentro do texto e interpretá-las; reconhecer de que a língua é uma resposta automática
e compreender a importância do ensino da a um estímulo e de que a aprendizagem se
Língua Espanhola como veículo para conhe- dá pela automatização dessas respostas vai
cimento de outras culturas e suas especifici- gerar uma determinada abordagem para o
dades, comparando-a com a própria cultura; ensino de línguas – que será diferente da
relacionar o conteúdo estudado com ativida- abordagem gerada pela crença de que a
des de compreensão de textos verbais e não língua é uma habilidade cognitiva e de que
verbais com respostas curtas e objetivas (ves- a aprendizagem se dá pela internalização
tibulares e Enem). das regras que geram essa atividade.
O método tem uma abrangência mais res-
1.1.3 Procedimentos Metodológicos trita e pode estar contido dentro de uma
abordagem. Não trata dos pressupostos
Uma grande dificuldade encontrada pelos teóricos da aprendizagem de línguas, mas
acadêmicos do curso de Letras estrangeiras é de normas de aplicação desses pressu-
compreender a finalidade dos termos Abor- postos. O método, por exemplo, pode en-
dagem e Método. Chegam às salas de aula, volver regras para a seleção, ordenação e
muitas vezes sem conhecimento de qual apresentação dos itens linguísticos, bem
abordagem é defendida pela instituição esco- como normas de avaliação para a elabora-
lar e quais métodos podem ser desenvolvidos ção de um determinado curso (p. 211-2).
em sala. De forma quase instintiva, iniciam
num processo de pesquisa empírica o reco- Cada instituição de ensino, regular ou de
nhecimento das melhores práticas metodo- cursos livres, adota uma abordagem. A abor-
lógicas. As atividades que funcionam em sala dagem está diretamente relacionada aos
são armazenadas para práticas posteriores objetivos gerais da língua para determinado
e intercambiadas com colegas de profissão. grupo. Dentro dessas abordagens, o profes-
As que não obtiveram resposta positiva são sor utilizará os métodos mais adequados
normalmente descartadas. Mas nem sempre para obter resultados que são os objetivos
uma atividade que funciona positivamente específicos da língua para o grupo.
num grupo terá igual resultado em outro, No caso específico do ensino de idiomas
assim como atividades que não obtiveram em escolas de ensino regular, os PCN de Lín-
efeito a princípio poderiam alcançar ótimos gua Estrangeira sugerem a Abordagem Comu-
resultados em outros grupos. Daí, percebe-se nicativa como a mais adequada já que, basi-
a necessidade de compreender o que é abor- camente, o que se espera de um estudante

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
186 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

do Ensino Médio é que ele consiga utilizar, de construir a realidade e o mundo em que
maneira consciente, o idioma em práticas de vivem (2003, p. 158).
leitura, compreensão de textos e situações de
comunicação básica oral e escrita. Entretanto, Reformas no método de ensino e avalia-
o cenário geral em que se encontra o ensino ção, além da criação de materiais próprios
de línguas estrangeiras nas escolas públicas são medidas que podem auxiliar na busca de
brasileiras não coopera com a abordagem resultados mais positivos no ensino de línguas
mencionada. Essa questão sugere uma mu- estrangeiras modernas em sala de aula.
dança, pois, como afirma Piletti,
Para ter sucesso entre a garotada e ser efi-
Os conteúdos escolares não podem conti- ciente pedagogicamente, as atividades não
nuar sendo transmitidos como algo morto, requerem grandes recursos. Elas podem
estático, que favorece a aceitação passiva. ser desenvolvidas em todas as séries, des-
Para que sejam atingidos os objetivos edu- de que você adapte os conteúdos previstos
cacionais é importante que os conteúdos no seu planejamento. Na hora de dar as
sejam vistos como vivos, dinâmicos e, mais coordenadas à classe, vale a dica: alterne o
do que isso, sejam redescobertos e recons- uso do idioma estudado com o português,
truídos pelos próprios alunos que, assim, de acordo com o nível de conhecimento
sentir-se-ão sujeitos da própria educação da turma. Se você falar em outro idioma
e estarão aprendendo a redescobrir e re- o tempo todo, corre o risco de angustiar e
inibir os alunos. O contrário também pre-
judica, pois eles precisam ser expostos à
língua que estão estudando (CAVALCANTE,
No caso específico do ensino 2004, p. 55).
de idiomas em escolas de
ensino regular, os PCN de O professor está livre para criar seu acer-
Língua Estrangeira sugerem vo de materiais didáticos, e esses tipos de re-
a abordagem comunicativa cursos tornam as atividades mais dinâmicas e
significativas, desde que observados os verda-
como a mais adequada já
deiros objetivos dos recursos para a atividade
que, basicamente, o que se trabalhada em sala de aula.
espera de um educando do
ensino médio é que ele consiga É preciso tomar cuidado, no entanto, para
utilizar, de maneira consciente, não valorizar demais os recurso lúdicos e es-
o idioma em práticas de quecer do objetivo principal: ensinar conteú­
leitura, compreensão de textos dos. A professora Sandra Baumel Durazzo, da
Target Teaching, que terceiriza o ensino de
e situações de comunicação
línguas em escolas de São Paulo, explica que
básica oral e escrita. as aulas são produtivas quando as práticas
de linguagem a ser exploradas são definidas

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 187

previamente. E isso se aplica até em uma Para que el alumno desarrolle sus propias
simples leitura (CAVALCANTE, 2004, p. 55). estrategias, es necesario proporcionarle un
input, normalmente la lectura, que posibilita
Transformar a língua estrangeira em algo la interiorización de algunas características
mais atrativo e próximo da realidade do edu- de la organización del texto. De esa manera,
cando através de projetos inter e transdiscipli- desde este enfoque, para la programación de
nares é uma proposta viável, desde que haja actividades de expresión escrita son necesa-
comunicação entre os docentes, na criação de rios los siguientes criterios: contextualización,
projetos e sequência do planejamento. As Lín- finalidad del escrito, motivación e integración
guas Estrangeiras podem a qualquer momento con otras destrezas. Y también hay la necesi-
apropriar-se de outras disciplinas, desde que os dad de proporcionar al alumno documentos
professores entrem em consenso sobre o cur- auténticos, teniendo estos la finalidad “real”
rículo que será seguido e as atividades sejam dentro de la secuencia didáctica programada,
adaptadas ao conteúdo linguístico do período. evitando, así, el tratamiento del texto como
Como cita Vilson J. Leffa, na introdução de mero pretexto (GALVÁN, 2009, p. 7).
seu artigo sobre os diferentes tipos de méto-
dos existentes para o ensino de LEM, a inten- Entretanto, o uso de gêneros textuais nas
ção não é doutrinar o professor no uso de um aulas de língua estrangeira ainda é trabalhado
determinado método, mas informá-lo das op- de forma errônea, muitas vezes sem sentido
ções existentes. Cabe a ele, partindo de sua ex- algum, proporcionando uma áurea de “mule-
periência, das características de seus alunos, e ta” ao trabalho conteudista de sala de aula, ou
das condições existentes, tomar a decisão final seja, a gramática é vista como algo desvincula-
(1988, p. 212). do das situações de contato interpessoal e dos
O acesso à internet amplia as possibilida- textos disponíveis na vida real (livros, revistas,
des do professor, que na falta variedade de internet, canções...) (MARAGÓN, 2002, p.40).
livros didáticos, paradidáticos e de formação, Quando se compreende a diversidade de
pode buscar, na rede, materiais dos quais po- Competências, Habilidades e conteúdos que
derá apropriar-se para o uso em sala de aula. podem ser trabalhados a partir de um texto, a
Inicialmente, a possibilidade de gêneros tex- aula flui de forma mais tranquila e mais atra-
tuais extraídos da internet propicia a varieda- tiva que a execução de exercícios gramaticais
de das aulas, se o professor utiliza adequada- dentro de orações isoladas e a leitura de peque-
mente o texto, as Competências e as Habilida- nos textos apenas com a intenção de introduzir
des estabelecidas para tal conteúdo. um conteúdo gramatical. A prática de leitura e
O texto deve ser trabalhado a partir de práti- escrita em língua estrangeira, segundo Galván
cas de leitura, onde o educando deve observar (2009), admite a criação de atividades vincu-
características que já conhecia empiricamente ladas a propostas no campo lúdico, no mundo
dos textos que são veiculados na sociedade. A literário e no contexto social, onde o primeiro
partir dessa percepção, o educando aprende a estaria relacionado à motivação e à novidade,
sua organização e logo a sua reconstrução, des- proporcionando ao grupo un aprendizaje ace-
sa vez na língua estrangeira estudada. lerado, desinhibido, donde se estimula la crea-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
188 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

tividad, el trabajo en grupos y logran la autor- Desse modo, observa-se a necessidade de


realización (p. 5); o segundo ofrece numerosas uma readaptação do ensino da língua estrangeira
variantes de escritura según el estilo, el género em sala de aula, priorizando as Competências ad-
literario a tratar, desarrolla la capacidad lecto- quiridas em relação aos conteúdos trabalhados.
ra, la comprensión, descubren nuevos conteni-
dos gramaticales, se logra además la fusión de Objetivo geral do componente curricular
las destrezas comunicativas. (p. 5); e o tercei-
ro aponta la dimensión social del hombre está Compreender o ensino da Língua Estran-
presente en la constante situacionalidad en la geira Moderna – Espanhol, como parte de sua
que se encuentra, en la interrelación estrecha formação social e ferramenta no processo de
de la persona con la comunidad de la cual es comunicação com outros povos, na aquisição
miembro (p. 6). de uma consciência crítica resultante do aces-
so ao conhecimento de outras culturas que
possuem o idioma como língua oficial.

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª Série

Objetivos Específicos

• Utilizar os conhecimentos adquiridos em Língua Espanhola para a construção


da cidadania;
• Utilizar os conhecimentos prévios de Língua Espanhola para a integração no
mundo globalizado;
• Expressar-se, oralmente e/ou por escrito, por meio da Língua Espanhola;
• Identificar as estruturas gramaticais na produção de textos para melhor com-
preensão e apreensão de vocabulário;
• Organizar ideias, em pequenos textos, com coerência e coesão;
• Inferir pontos de vista acerca de situações e contextos.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: A Língua Espanhola no mundo

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer e usar a língua • Conhecer as especificidades La Lengua Española: La • Realizando dinâmicas em grupos para integração dos
espanhola, enquanto da língua espanhola: origem, Escrita, la Comprensión y la educandos;
instrumento de acesso a aspectos histórico-geográficos, Lectura
informações e a outras sociais e culturais; • Analisando mapas e/ou globos;
culturas, interagindo, • Géneros Textuales
• Utilizar-se das informações sobre • Utilizando cartazes ou slides com figuras de substantivos
assim, de forma simples • Vocabulario comuns nas duas línguas, mas com significados diferentes;
com o professor e os culturas hispânicas, aproximando-
colegas de sala de aula; se da língua; • Gramática • Trabalhando com vídeos sobre os países de língua
• Utilizar estruturas específicas espanhola;
• Compreender o conceito
de línguas parentes e o para apresentação: saudações, • Exercitando o vocabulário, por meio de jogos didáticos;
intermédio entre as duas despedidas e cortesia;
• Contrastando vocábulos e/ou expressões nas línguas
(portunhol), detectando • Detectar semelhanças e portuguesa e espanhola, exercitando as classes gramaticais:

1º BIMESTRE
diferenças básicas entre a diferenças entre a língua
língua materna e a língua espanhola e a língua portuguesa, - Artigos (classificação, gênero, número e suas contrações);
estudada. por meio de palavras, frases - Substantivos (classificação, gênero e número);
e/ou pequenos textos com
heterossemânticos; - Pronomes (pessoais- contraste entre uso formal e informal
da língua; interrogativos; demonstrativos);
• Conhecer o alfabeto da Língua
Espanhola: som, grafia e - Verbo: SER e ESTAR- Presente do Indicativo, verbos
pronúncia; irregulares;

• Utilizar vocabulário em Língua • Apresentando as regras de acentuação de substantivos


Espanhola em situações do pronomes interrogativos.
cotidiano.
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
189
190

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: A Língua Espanhola no mundo

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Conhecer a estrutura • Utilizar os elementos estruturais Lengua Española: Tiempo • Exercitando os elementos estruturais na oralidade e
organizacional da descrição; da descrição; y Espacio na escrita;
• Compreender os • Reconhecer as variações do meio • Tipología textual: • Identificando as cores dos objetos por meio de jogos
fenômenos, no tempo e no no tempo e no espaço; Descripción didáticos;
espaço, relevantes para a
própria vida, integradora • Utilizar vocábulos e/ou • Géneros textuales • Identificando os meses e as estações do ano por meio
social e formadora da expressões da língua espanhola, de imagens;
para significar situações • Vocabulario
identidade. • Manipulando instrumentos de contagem do tempo;
cotidianas; • Gramática
• Quantificar e qualificar os • Construindo agendas diárias;
fenômenos, classificando-os; • Destacando vocábulos e/ou expressões novas em

2º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Associar os vocábulos e/ou textos descritivos;


expressões apreendidas à • Exercitando as classes gramaticais:
constituição da identidade de
um povo; - Adjetivos (gênero e número);

• Identificar os elementos que - Pronomes Reflexivos;


compõem o texto descritivo. - Numerais (cardinais e ordinais);
- Advérbios (muy y mucho);
- Verbos (SER e ESTAR com adjetivos);
- Verbos Regulares- Presente do Indicativo; Verbos de
ação habitual: despertarse, ducharse, desayunar etc.
Eixo Temático: A Língua Espanhola no mundo

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a importância da • Recorrer aos conhecimentos La Salud y el Bienestar • Dialogando sobre a importância da saúde e do bem-
saúde e do bem-estar na vida referentes à saúde e ao bem- estar para a aquisição de uma nova postura diante da
do homem; estar, enquanto fundamentais • Tipología Textual: vida;
para a vida do homem; Narración
• Compreender a estrutura • Relatando, por meio da Língua Espanhola, os pontos
organizacional das narrativas, • Utilizar os elementos • Géneros Textuales de vista assimilados, sobre a saúde e o bem-estar;
enquanto reveladoras de estruturais da narração, • Vocabulario
situações-problema; enquanto meios para • Construindo diálogos com novos vocábulos;
comunicar-se; • Gramática • Expressando oralmente as suas preferências e gostos
• Construir diálogos, por meio dos
gêneros textuais trabalhados, • Utilizar-se do vocabulário no lazer, na gastronomia e nos esportes;
utilizando a Língua Espanhola, adquirido para construção de • Narrando fatos do cotidiano;

3º BIMESTRE
enquanto meio de integração textos orais e escritos;
social. • Manifestando os sentimentos e expressando ideias,
• Recorrer aos elementos pensamentos e emoções;
gramaticais para formular
pensamentos coerentes • Exercitando as classes gramaticais:
e coesivos, ao referir-se a - Verbos no presente do indicativo (conjugação de
assuntos do cotidiano. verbos regulares e irregulares);
- Uso dos verbos gustar, parecer, doler etc.
- Uso de los pronombres complemento directo e
indirecto.
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
191
192

Eixo Temático: A Língua Espanhola no mundo


COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

DO ENSINO MÉDIO
• Compreender a importância • Recorrer aos conhecimentos Las instituciones: La sociedad • Exercitando os elementos estruturadores do parágrafo

PROPOSTA CURRICULAR
das instituições na adquiridos nos bimestres y la familia argumentativo;
organização das sociedades; anteriores para a aquisição
de novos saberes; • Tipología Textual • Exercitando as ferramentas de coesão textual em textos
• Compreender a importância coerentes e incoerentes;
da argumentação para a • Conhecer as instituições • Exposición Argumentación
resolução de situações- estruturantes de uma • Selecionando argumentos para defender um ponto de
• Géneros textuales vista;
problema. sociedade;
• Publicidad • Organizando as ideias para a escrita de um parágrafo
• Empregar em diferentes
contextos o conteúdo • Vocabulario argumentativo;
comunicativo e linguístico • Gramática • Expressando, com segurança, pontos de vistas e
apreendido; opiniões sobre determinada situação por meio de
• Operacionalizar a linguagem debates, de seminários etc., que contemplem:
como meio de expressão, - Estabelecimentos de uma cidade e seus produtos e /ou
de informação e de serviços;
comunicação;
- Tipos de residências e partes da casa;

4º BIMESTRE
• Utilizar a linguagem como
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

suporte na construção e na - Integrantes de uma família;


participação do cidadão no - Diferentes religiões e costumes;
mundo;
- Costumes típicos de famílias hispano-americanas e
• Criar situações de brasileiras.
comunicação oral;
• Exercitando as classes gramaticais, utilização do modo
• Utilizar os instrumentos Imperativo para:
adequados da língua na
comunicação oral e/ou - A compreensão de um texto propagandístico: a sua
escrita intencionalidade e os seus destinatários;
- A leitura de uma receita culinária;
- A produção de textos orais e/ou escritos;
- A leitura de manuais de uso de um objeto;
- A recomendação de algo a (o) companheiro (a).
LÍNGUA ESPANHOLA 193

2ª Série

Objetivos Específicos:

• Utilizar os conhecimentos assimilados em Língua Espanhola para a compreensão


de outras culturas;
• Identificar as estruturas gramaticais na produção de textos para a compreensão e
a apreensão de vocabulário;
• Refletir sobre os temas transversais relacionados aos textos trabalhados;
• Ressaltar a importância do cuidado com o corpo na sociedade contemporânea;
• Relacionar a beleza física com a capacidade intelectual.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
194

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: O Homem em contexto
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Aplicar os conhecimentos adquiridos • Utilizar textos em diferentes Perfeccionando la • Revisando os gêneros textuais
em Língua Espanhola em contextos gêneros, para recapitular as Lengua trabalhados: descrição, narração e
relevantes para a sua vida; aprendizagens do ano anterior; argumentação;
• Géneros Textuales
• Entender a importância da Língua • Relacionar um texto em Língua • Exercitando as classes gramaticais, por
Espanhola, como meio de compreensão Espanhola às estruturas linguísticas, • Descripción, Narración meio de:
de outras culturas; sua função e seu uso social; y Argumentación
- Revisão dos verbos regulares e
• Conhecer as tecnologias, como veículo • Reconhecer a importância do • Vocabulario irregulares (modo indicativo);
propiciador de maior entendimento de aperfeiçoamento em Língua • Gramática
si mesmo e da realidade; Espanhola para uma comunicação - Emprego das conjunções y/e/o/u;
mais eficaz; - Regras gerais de acentuação II (agudas,

1º BIMESTRE
• Analisar, interpretar e aplicar os
graves, esdrújulas y sobresdrújulas);
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

elementos estruturadores da descrição, • Reconhecer a língua espanhola,


da narração e da argumentação, enquanto meio de compreensão - Perífrasis de acciones en andamiento en
relacionando-os com textos, mediante do homem num contexto hispano- Presente (ESTAR+GERUNDIO);
a natureza, função, organização, americano.
estrutura das manifestações, de acordo - Perífrasis con idea de Futuro (IR +
com as condições de produção de A +INFINITIVO); PENSAR/ QUERER +
recepção. INIFINITIVO.
Eixo Temático: O Homem em contexto
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o • Reconhecer os elementos • Apresentando guias de saúde, desportivos, agendas sociais etc.;
El cuerpo humano
corpo humano, sob a propiciadores para uma
perspectiva de uma vida saudável; • Debatendo sobre os materiais apresentados acerca de saúde, esportes,
• Géneros textuales
vida saudável, a fim de lazer, sociedade etc.;
o homem equilibrar-se • Avaliar a importância de • Vocabulario
uma vida saudável no • Elaborando pequenos textos narrativos e/ou descritivos;
no mundo; • Gramática
desenvolvimento das • Lendo, em sala de aula, os textos produzidos;
• Construir pequenos tarefas, na apreensão
textos, utilizando- de conhecimento e no • Apresentando apócope de numerais, adjetivos e advérbios;
se dos elementos desenvolvimento de • Exercitando apócope de numerais, adjetivos e advérbios em pequenos
estruturadores relações sociais; textos;
da narração e da
• Utilizar os elementos

2º BIMESTRE
descrição, para ler a • Exercitando as classes gramaticais, por meio de verbos no:
realidade. estruturadores da
narração e da descrição - Pretérito indefinido (regulares e irregulares);
para comunicar-se na
- Pretérito perfeito (particípios regulares e irregulares);
oralidade e na escrita.
- Contraste entre pretérito indefinido e pretérito perfeito, por meio
de expressões temporais (hoy,esta semana, este mes, ayer, semana
pasada etc.);
• Exercitando em textos as regras gerais de acentuação II, considerando
los acentos diacríticos, los acentos interrogativos/ exclamativos y los
hiatos.
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
195
196

DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: O Homem em contexto

PROPOSTA CURRICULAR
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e usar • Reconhecer a Contando historias • Lendo mitos e lendas que constituem a identidade de povos de Língua
os sistemas simbólicos importância Espanhola;
das diferentes da tradição na • Géneros
linguagens, como constituição de Textuales: • Comparando mitos e lendas da Língua Espanhola com os de sua própria cultura;
meios de organização identidades; Narraciones
cortas • Pesquisando outros mitos e lendas de povos de Língua espanhola para
cognitiva da realidade apresentá-los em sala;
pela constituição de • Conhecer mitos e
lendas da tradição • Vocabulario
significados, expressão, • Criando dramatizações sobre os mitos e as lendas abordados;
comunicação e espanhola e hispano- • Gramática
americana; • Representando, para os colegas, as dramatizações, por meio da Língua
informação; Espanhola;
• Compreender as • Associar vocábulos
e/ou expressões de • Exercitando a língua, por meio de narrativas curtas;
expressões idiomáticas,
um texto em Língua

3º BIMESTRE
enquanto elementos • Lendo charges, textos propagandísticos etc., para destacar expressões
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

fundamentais na Espanhola aos temas idiomáticas;


compreensão de uma trabalhados;
• Exercitando as expressões idiomáticas apreendidas;
cultura. • Recorrer às
expressões • Exercitando as classes gramaticais, por meio de verbos no:
idiomáticas para
- Pretérito Imperfecto (regulares e irregulares);
comunicar ideias.
- Pluscuamperfecto;
- Futuro Imperfecto de Indicativo (Regulares e Irregulares);
• Exercitando os pronomes relativos, simples e compostos em orações.
Eixo Temático: O Homem em contexto
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender o ser humano • Recorrer a pequenos Lo que deseo en mi vida • Lendo pequenos textos literários;
enquanto agente e paciente textos literários, que
de emoções, de desejos, de permitam compreender • Géneros Textuales • Elaborando pequenas resenhas, paródias, sínteses etc.;
vontades e de projetos; a dimensão espiritual do • Disertación • Exercitando as classes gramaticais, por meio do:
homem;
• Aplicar as tecnologias da • Vocabulario - Presente do subjuntivo (regulares e irregulares);
comunicação e da informação • Recorrer aos
no trabalho em Língua conhecimentos sobre as • Gramática - Utilizando as expressões idiomáticas, para exprimir
Espanhola e em outros linguagens dos sistemas de desejos e probabilidades;

4º BIMESTRE
contextos relevantes para a comunicação e informação - Contraste entre presente de indicativo e de subjuntivo,
sua vida. para resolver problemas por meio de situações problemas;
em sala de aula;
• Apresentando as regras das orações condicionais (Si llego
• Relacionar informações temprano, te llamo, cuando llegues, hablaremos etc );
geradas no sistema
de comunicação, • Utilizando as orações condicionais para expressar desejos
considerando a função e probabilidades;
social desse sistema.
• Utilizando as perífrasis hay que y tener que para
aconselhar a outrem.
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
197
198 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3ª Série

Objetivos Específicos:

• Utilizar os recursos expressivos da Língua Espanhola para falar do cotidiano e das


relações sociais;
• Comparar textos com seus contextos;
• Trabalhar as questões relacionadas ao aperfeiçoamento da Língua Espanhola por
meio de textos e de imagens;
• Demonstrar, por meio dos conhecimentos adquiridos, a importância do conheci-
mento de uma língua estrangeira moderna na formação do cidadão;
• Organizar pequenos textos, a partir de recursos linguísticos, para comunicar-se;
• Aplicar os conhecimentos em Língua Espanhola em seus tempos básicos por
meio de diferentes formas textuais e de aspectos não verbais (layout, fotogra-
fias, ilustrações etc.).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: A comunicação em Língua Espanhola

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar, interpretar e • Identificar os recursos Perfeccionamiento de la Lengua • Destacando, nos textos, os recursos expressivos da
aplicar recursos expressivos expressivos da Língua Española: lectura, comprensión língua;
da Língua Espanhola, Espanhola, por meio de y escrita
relacionando textos com textos; • Elaborando pequenos textos: contos, fábulas,
seus contextos, mediante • Tipología textual mensagens, emails etc., em Língua Espanhola;
a natureza, função, • Confrontar textos com
seus contextos; • Descripción • Utilizando os recursos tecnológicos para comunicar-se;
organização, estrutura das
manifestações, de acordo • Reconhecer as condições • Narración • Revisando textos descritivos;
com as condições de de produção e de • Géneros Textuales • Descrevendo, fisicamente e/ou psicologicamente,
produção e recepção. recepção de textos. personagens reais e/ou fictícios;
• Vocabulario
• Empregando, adequadamente, os conectores textuais:
• Gramática pronomes relativos, conjunções e preposições, nas
orações coordenadas e subordinadas;

1º BIMESTRE
• Exercitando, nos textos, as classes gramaticais:
- Artigos;
- Substantivos;
- Adjetivos;
- Numerais;
Verbos no:
- Tempo Presente - Modo indicativo e subjuntivo - usos
e contrastes;
- Condicional de indicativo (regulares e irregulares).
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
199
200

Eixo Temático: A comunicação em Língua Espanhola

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender a Língua • Identificar os recursos Conociendo el • Destacando, nos textos, os recursos expressivos da língua;
Espanhola como possibilidade expressivos da Língua hombre en su vida
de melhor compreender Espanhola por meio diaria • Elaborando pequenos textos, mensagens, emails etc., em Língua
a realidade, destacando o de textos; Espanhola;
homem no seu contexto. • Tipología textual
• Apropriar-se de • Relatando experiências de vida, de viagem;
conhecimento da • Narración-
descriptiva • Relatando fatos, testemunhos, anedotas ou casos etc.;
Língua Espanhola
para compreender • Géneros Textuales • Elaborando curriculum vitae, carta de apresentação, autobiografia etc.;
mensagens em textos • Utilizando os recursos tecnológicos para comunicar-se;
diversos, dialogar com • Vocabulario
falantes da língua e • Gramática • Revisando textos narrativo-descritivos;
produzir texto;
• Empregando, adequadamente, os conectores textuais: pronomes
• Reconhecer texto de relativos, conjunções e preposições, nas orações coordenadas e
diferentes estruturas; subordinadas ;

2º BIMESTRE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• Associar diferentes • Exercitando as classes gramaticais, por meio de:


textos ao contidiano,
- Advérbios;
aprendendo situações
variadas. - Verbos de cambio;
- Verbos no pretérito de Indicativo:
Indefinido;
Perfecto;
Imperfecto;
Pluscuamperfecto;
- Verbos no futuro Imperfecto de Indicativo.
Eixo Temático: A comunicação em Língua Espanhola

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Analisar, interpretar e • Identificar os recursos La vida en su movimiento • Destacando, nos textos, os recursos expressivos da
aplicar recursos expressivos expressivos da Língua • Tipología textual língua;
da Língua Espanhola, Espanhola por meio de • Revisando textos narrativos e argumentativos;
relacionando textos com textos; • Narración
seus contextos, mediante • Argumentación • Elaborando lendas, história engraçada, crônica,
• Confrontar textos com adivinha, piada, narrativas de aventura, de ficção
a natureza, função, seus contextos; • Géneros Textuales
organização, estrutura das científica etc.;
• Reconhecer as condições • Vocabulario • Elaborando textos de opinião carta de leitor, resenha
manifestações, de acordo
com as condições de de produção e de • Gramática crítica etc.;
produção e recepção; recepção de textos.
• Construindo diálogos argumentativos;
• Compreender e usar os • Organizando debates, para defesa de ideias e de
sistemas simbólicos das opiniões;
diferentes linguagens

3º BIMESTRE
• Empregando, adequadamente, os conectores textuais:
enquanto meios de
pronomes relativos, conjunções e preposições, nas
organização cognitiva da
orações coordenadas e subordinadas;
realidade pela constituição
de significados, expressão, • Exercitando as classes gramaticais, por meio de verbos
comunicação e informação. no:
Pretérito de subjuntivo:
Perfecto;
Imperfecto;
Pluscuamperfecto;
• Empregando a voz ativa, passiva e impessoal em
pequenas orações;
• Transformando discursos diretos em indiretos.
LÍNGUA ESPANHOLA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
201
202

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: A comunicação em Língua Espanhola

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Relacionar os conhecimentos obtidos nos • Identificar os recursos El decir y El hacer • Destacando, nos textos, os recursos
estudos da Língua Espanhola com a vida expressivos da Língua expressivos da língua;
diária, destacando situações simples, nas Espanhola por meio de • Tipología textual
quais seja necessário bem expressar-se textos; • Defendendo argumentos em Língua
• Argumentación Espanhola;
para ser compreendido;
• Confrontar textos com • Exposición
• Compreender e usar os sistemas seus contextos; • Criando discursos para defesa de ideias;
simbólicos das diferentes linguagens, • Descripción • Utilizando dispositivos da língua, para
• Reconhecer as condições
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

enquanto meios de organização cognitiva • Géneros Textuales persuadir, convencer e ordenar;


da realidade pela constituição de de produção e de

4º BIMESTRE
significados, expressão, comunicação e recepção de textos. • Vocabulario • Empregando, adequadamente, os
informação. conectores textuais: pronomes relativos,
• Gramática conjunções e preposições, nas orações
coordenadas e subordinadas;
• Exercitando, por meio de imagens, as
interjeições em Língua Espanhola.
LÍNGUA ESPANHOLA 203

1.3 Alternativas metodológicas auditivas, mas a compreensão das falas, por


para o ensino de Língua Espanhola meio do contexto em que se inserem. Para
isso, deve-se entender que o educando en-
Os métodos que podem ser trabalhados contrará empecilhos com o vocabulário, com
em sala de aula são inúmeros e relacionam- a fonética, com a velocidade do discurso etc.,
se diretamente com o objetivo do professor cabendo ao professor repetir os diálogos e,
para uma atividade, com os recursos que lhe se possível, ilustrá-lo para maior compreen-
são disponibilizados e com o público para o são. Normalmente, os próprios livros didáti-
qual a mesma se destina. Considerando-se cos são acompanhados por CDs que possuem
tais fatores, destacam-se aqui, alguns méto- textos em formato auditivo. Interessa que o
dos para trabalhar a Língua Espanhola em educando não apenas ouça e compreenda,
sala de aula, a partir dos seguintes recursos. mas que reproduza o diálogo, por meio de
atividades de produção oral, em duplas ou
Livros Didáticos em grupos, na sala de aula.

Sendo o recurso mais acessível ao profes- Reportagens, Revistas Estrangeiras e Ou-


sor, autores se preocupam em atender às ne- tros Textos Impressos
cessidades de ensino, englobando o máximo
de informações dentro do mesmo. O proces- As reportagens são textos atuais e acessí-
so de escolha do material didático pela escola veis nos meios eletrônicos, trazendo a possi-
é de suma importância, visto que a partir dele bilidade de trabalhar a estrutura do texto, os
o professor trabalhará as Competências, as conteúdos linguísticos e os conteúdos trans-
Habilidades e os conteúdos explicitados nes- versais. As revistas estrangeiras envolvem o
ta Proposta. A ideia é que, mais que trabalhar educando em um novo contexto, e ele ob-
conteúdos no livro didático, o professor pos- servará a organização do material e qual o
sa trabalhar gêneros textuais diversificados, seu enfoque. Além disso, com outros gêne-
orientando o educando, para a compreen- ros de textos impressos, é possível praticar a
são de aspectos culturais próprios dos povos leitura e a compreensão textual; identificar
hispânicos, a fim de aplicar o conhecimento elementos léxicos e linguísticos nos gêneros
dos conteúdos linguísticos e comunicativos estudados; identificar diferentes gêneros
em suas atividades. Entretanto, ser um dos textuais e reproduzir gêneros textuais, ade-
principais recursos não significa ser o único. quadamente.
É necessário diversificar as atividades em sala As formas de trabalho são as mais varia-
de aula. das. E vão desde uma leitura individual silen-
ciosa às rodas de leitura; desde a resolução
Gravações de Diálogos de questionários à produção dissertativo-
argumentativa sobre o tema trabalhado. Os
Escutar, decodificar e compreender diá­ educandos, além de saberem reconhecer o
logos em Língua Espanhola. Esse é o prin- texto, devem saber reproduzi-lo e isso pode
cipal intuito das gravações. Não se adota o obter-se, a partir de atividades individuais ou
método áudio-lingual de repetição de frases em grupos, tais como: escrever contos, fábu-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
204 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

las, criar uma receita culinária, confeccionar do à execução de atividades regradas. Podem
um manual de instrução, um guia turístico, ser executados em grupos ou individualmen-
um curta-metragem etc. te, como atividade de fixação de conteúdo.
Receita culinária em sala de aula: a pre-
Letras de Músicas paração de salada de fruta. Além de utili-
zar o vocabulário de frutas e utensílios de
As letras de músicas em sala de aula são cozinha, trabalha o uso de imperativos e
controversas. Alguns professores são a favor, a habilidade de dar e de seguir instruções
pois as consideram uma maneira lúdica de adequadamente.
apresentar ou fixar um conteúdo em sala de
aula. Outros são contra, quando afirmam que Imagens
as músicas desviam a atenção do educando
do conteúdo estudado. As imagens são as palavras não ditas e não
Realmente, uma música mal trabalhada, escritas. Estão presentes nas revistas, nos fil-
em sala de aula, leva a perder todo o obje- mes, nos produtos que o educando consome
tivo da atividade, mas, quando bem traba- etc. E, obviamente, devem ser contempladas
lhada, pode trazer benefícios que um texto nas aulas de língua estrangeira. O educando
isolado não conseguiria. A música pode re- deve saber relacionar conteúdos específicos
forçar a habilidade de compreensão auditiva com imagens, para fixação do tema e o pro-
do educando e a atividade proposta para a fessor pode usar figuras divertidas que cha-
canção pode contemplar a identificação de mam a atenção dos mesmos para a leitura.
elementos estruturais, sociais, culturais e lin-
guísticos dentro de composições musicais de Dramatizações
países hispano-americanos, como ferramen-
ta motivadora de introdução ou de fixação As dramatizações, além de seu caráter
do tema estudado. lúdico, são excelentes para consolidar a ca-
pacidade de síntese e de aplicação dos co-
Cartazes e Slides nhecimentos adquiridos em atividades do
cotidiano do educando, incentivando o espí-
Os cartazes aliam o conteúdo estudado à rito de independência, o trabalho em grupo
fixação e à síntese. Ilustram o conteúdo es- e a criatividade. Exemplo: Criar um produto e
tudado, relacionando-o com figuras ou com a propaganda do mesmo, para vendê-lo em
frases curtas. Chamam a atenção dos educan- sala de aula.
dos sobre determinado assunto e o profes-
sor ainda pode incentivá-los a produzir seus Debates
próprios cartazes sobre o conteúdo estudado,
trabalhando assim, a síntese. Exercita a capacidade do educando de for-
mular enunciados e de defender pontos de
Jogos Lúdicos e Dinâmicas de Grupo vista sobre determinado tema. O recurso do
debate, em sala de aula, propicia a prática de
Os jogos lúdicos trabalham as capacidades conversação e de uso do vocabulário apre-
cognitiva e sensório-motoras, aliando conteú- endido. Deve ser direcionado pelo professor

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 205

para que os educandos não fujam do tema, Essa atividade torna-se familiar ao educan-
nem dispensem o vocabulário apreendido. do, quando ela se aproxima do seu contexto,
Observa-se agora, alguns exemplos de ativi- por exemplo, ao utilizar como tema um can-
dades, para serem trabalhadas em sala de aula. tor brasileiro, com o qual o educando, mesmo
que indiretamente, estabelece algum tipo de
contato. Assim, o tema da canção traz infor-
1.3.1 Sugestões de atividades didáti- mações externas, fazendo a ponte entre a fa-
co-pedagógicas miliaridade do cantor brasileiro com a cultura
estrangeira, ao falar dos países que têm a lín-
Série: 1ª gua espanhola como oficial.
O texto abaixo foi retirado de uma reporta-
ATIVIDADE 1 gem da internet, de forma que o professor pos-
sa acessar a rede e utilizar outros textos dispo-
Objetivo: Encontrar informações específi- níveis, dando prioridade para os temas atuais.
cas no texto. Esse tipo de exercício pode ser adaptado
para níveis mais avançados, aumentando o
Competência: Compreender as técnicas grau de dificuldade da atividade e inserindo
de leitura dinâmica em que são priorizadas as questões discursivas sobre o texto.
respostas objetivas e visíveis no texto lido.

Habilidade: Reconhecer as técnicas de lei-


tura, buscando informações específicas e tes-
tando as possíveis soluções.

Conceitos: Compreensão de textos

Materiais: Textos contemporâneos de fácil


compreensão e com extensão apropriada ao
nível de leitura dos educandos.

Tempo previsto: Um tempo de aula Avaliação: Compreensão textual


através de questionário.
Considerações: A atividade é considera-
da como uso instrumental do idioma, onde o La carrera del cantante Alexandre
educando aprende técnicas de como encon- Pires ganó nueva dimensión en agos-
trar informações rápidas e visíveis no texto to de 2001. Una carrera internacio-
lido. A partir das perguntas, o educando é nal que ya ha sobrepasado fronteras,
obrigado a fazer uma releitura do texto e a con el samba pop que Alexandre Pires
construir uma sequência de fatos, a partir da siempre ha cantado junto al exitoso
resposta de cada atividade. grupo Só pra Contrariar .

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
206 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Su primer proyecto como solista, el ¿Cuál es el nombre del cantante de la foto?


álbum “Alexandre Pires”, será editado a) Alexandre Pires.
simultáneamente en España, Portugal, b) Netinho.
México, Costa Rica, Centroamérica, c) Alexandre Pinheiro.
Sudamérica, y en el mercado latino de d) Alexandre Martins.
Estados Unidos y Canadá. Esto es el re-
sultado directo de la creciente popula- ¿Cuál fue el grupo musical que tocaba con
ridad del artista en el exterior, algo que Alexandre Pires?
se ha ido construyendo desde hace tres
años, cuando, junto a SPC, grabó algu- a) Soweto.
nos de sus mayores éxitos en español. b) Terra Samba.
c) Os Travessos.
Un poquito de historia d) Só Pra Contrariar.

La historia por detrás del trabajo de ¿Dónde será editado el álbum “Alexandre
este álbum solista empieza en el año Pires”?
de 1997. En este año, el grupo Só Pra
Contrariar lanzó un disco que rompió a) España, Francia, Argentina y Estados Uni-
record de ventas en toda la historia de dos.
la industria fonográfica brasileña. Más b) España, México, Costa Rica, Centro Amé-
de 3 MILLONES DE UNIDADES VENDI- rica, Sudamérica y en el mercado latino de Esta-
DAS (solo en Brasil ), presentando al dos Unidos y Canadá.
publico mega-éxitos como “Mineiri- c) Francia y Argentina.
nho” e “Depois do Prazer”.
El éxito ha sido tan grande que llevó En1997, ¿cuántos CDs fueron vendidos sólo
el grupo a grabar un álbum en español en Brasil?
(con versiones de los temas más exito-
sos, como “Cuando Acaba el Placer” a) Mas de 3 millones de unidades.
y “Amor Verdadero”), titulado simple- b) Más de 3 mil unidades.
mente “Só Pra Contrariar”, especial- c) Más de 2 millones de unidades.
mente para el mercado latino. En su to- d) 500 mil unidades.
tal, fueron cerca de 700 mil unidades del
álbum vendidas internacionalmente.(...) ¿Cuáles fueron las dos músicas grabadas en
Desde entonces , SPC y Alexandre el álbum en español?
Pires han conquistado un lugar cautivo
en el corazón de los fans latinoameri- a) “Cuando Acaba el Placer” y “Amor
canos. Y ahora, Alexandre regresa, esta Verdadero”.
vez sin el grupo, para llevar su voz y su b) “Cuando Acaba el Placer” y “Mineirinho”.
talento a todo el mundo! c) “Mineirinho” y “Gracias a la Vida”.
d) “Mineirinho” y “Amor Verdadero”.
Sitio :http://www.terra.com.uy/especiales/pires/default.shtml

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 207

Fonte: Atividade proposta pela educadora gens, com o fim de possibilitar alternativas
Luciene Bassols Brisolara (endereço do site que vão além do texto verbal. A atividade
nas referências bibliográficas): é uma ferramenta para a compreensão do
idioma, com a qual o educando aprende
Série: 1ª técnicas para retirar informações rápidas e
visíveis do texto. Por meio das perguntas, o
ATIVIDADE 2 educando é obrigado a fazer uma releitura
do texto e construir uma sequência de fatos,
Objetivo: Encontrar informações específi- a partir da resposta de cada atividade.
cas no texto. Nesse caso, o uso de tiras é uma forma
descontraída de integrar a cultura estrangei-
Competência: Compreender as técnicas ra, em sala de aula, e pode vir acompanhada
de leitura dinâmica, em que são priorizadas de um breve relato sobre a origem da tira e
as respostas objetivas e visíveis no texto ver- do seu país de origem. A tira escolhida foi a
bal e não verbal. Mafalda de Quino, uma garotinha argentina
extremamente inquiridora. Vale a pena co-
Habilidade: Reconhecer técnicas de lei- mentar o porquê disso.
tura, buscando informações específicas e Esse tipo de exercício pode ser adaptado
nomeando as possíveis soluções. para níveis mais avançados, aumentando o
grau de dificuldade da atividade e inserindo
Conceitos: Compreensão de textos e de questões discursivas sobre o texto.
imagens Uma alternativa de atividade com tiras
pode ainda suprimir os textos, permitindo
Materiais: Tirinhas cômicas de países de que os próprios educandos criem as falas.
fala hispânica e questionário.
Avaliação: Compreensão textual atra-
Tempo previsto: Um tempo de aula vés de questionário; produção escrita; ex-
pressão oral (comentar as histórias ou apre-
Considerações: É uma variação da ati- sentar histórias criadas por eles a partir dos
vidade anterior, dessa vez, utilizando ima- quadrinhos).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
208 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Mira el comic de Mafalda:

BRUNO, F. C. et alii. Hacia el español. Nivel Intermedio. São Paulo: Saraiva, 1999. p.54

1. ¿Qué Susanita tiene que hacer? b) No sabía que el deber era para mañana.
c) Perdió el cuaderno.
a) los deberes d) Se olvidó que tenía deber.
b) un diálogo
c) un dibujo 5. ¿Qué significa “maestra”?
d) un juego a) Madre
b) Amiga
2. ¿Cuál es el nombre de la amiga de Susa­nita? c) Profesora
d) Tía
a) Carmen
b) Fernanda Fonte: Atividade proposta pela educadora
c) Mafalda Luciene Bassols Brisolara*
d) Rosa
Série: 2ª
3. ¿Cuándo Susanita y Mafalda tienen que
entregar los deberes? ATIVIDADE 1

a) Mañana Objetivo: Encontrar informações específi-


b) Hoy cas em textos orais.
c) Ayer
d) Hoy por la noche Competência: Assimilar informações, a
partir de textos auditivos.
4. ¿Cuál fue la justificativa dada por Susa-
nita porque no hizo el deber? Habilidade: Reconhecer técnicas de leitu-
ra, buscando informações específicas e nome-
a) Desgraciadamente, la gente no quiere ando as possíveis soluções.
trabajar y Susanita hace parte de este grupo.
Conceitos: Compreensão de textos orais.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 209

Materiais: Vídeos curtos com temas espe- Esse tipo de exercício pode ser adaptado
cíficos e de fácil compreensão e questionário. para níveis mais avançados, aumentando o
grau de dificuldade da atividade e inserindo
Tempo previsto: Um tempo de aula questões discursivas sobre o texto. Não tra-
balhar com filmes ou com trechos de filmes
Considerações: A atividade com vídeos, somente, até porque é preciso repetir a gra-
em sala de aula, apresenta-se como um di- vação para que todos os educandos consigam
ferencial em aulas de compreensão auditiva. compreender a fala dos personagens.
Além de ouvir, os educandos podem ver a si-
tuação e, por meio da imagem, podem ter um Avaliação: Compreensão auditivo-visual
bom auxiliar no processo cognitivo. por meio de questionário.
É desaconselhável para nível inicial. Opta-
se por trabalhá-lo com grupos que já tenham Fonte: Atividade extraída do site: http://www.
algum conhecimento estrutural da língua. bomespanhol.com.br/filmes/siete-minutos

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
210 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Série: 2ª Série: 2ª

ATIVIDADE 2 ATIVIDADE 3

Objetivo: Conhecer diferentes grupos Objetivo: Utilizar corretamente os sinais


de léxicos. de Pontuação.

Competência: Apreender o vocabulário Competência: Analisar textos escritos


em diversos temas (alimentação, vestuário, sobre diferentes temas.
animais etc.).
Habilidade: Conhecer as ferramentas ne-
Habilidade: Reconhecer as classes gra- cessárias para pontuar corretamente textos
maticais: Classificação. em Língua Espanhola.

Conceitos: Compreensão acerca das Conceitos: Compreensão acerca dos si-


Classes Gramaticais. nais de pontuação.

Materiais: Tabelas de bingo. Materiais: Textos contemporâneos de fácil


compreensão e com extensão apropriada ao
Tempo previsto: Um tempo de aula nível de leitura dos educandos.

Considerações: Esta atividade de nível Tempo previsto: Um tempo de aula


básico, para a aquisição de vocabulário, se-
gue a regra do bingo tradicional. Como in- Considerações: Esta atividade testa a ca-
centivo, o professor poderá programar ou pacidade do educando de expressar-se, clara-
oferecer pequenas premiações. É aconse- mente, por meio do idioma espanhol e, ainda,
lhável como atividade para fixação de con- propicia conhecer os diferentes sentidos de
teúdo. um texto, conforme a pontuação.

Avaliação: Com esta atividade, observar Avaliação: Correção de cada texto de forma
como os educandos apreenderam o vocabu- individual ou em sala de forma expositiva (reco-
lário; observar as dificuldades dos educan- mendável), sempre dizendo o porquê das altera-
dos, repetindo palavras mal-pronunciadas e ções e não comparando um grupo a outro. Pode
instigando-os a repeti-las; corrigir a relação ser utilizado em testes ou em atividades escritas
FALADO X ESCRITO ou PALAVRA X IMAGEM. individuais, devido a sua finalidade.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 211

BINGO DE NACIONALIDADES – Español 1

estadounidense colombiano / colombiana venezolano / venezolana

español / española portugués / portuguesa alemán / alemana

italiano / italiana mejicano/a mexicano/a finlandés / finlandesa

Autor do Texto: Desconhecido

¿Un hombre millonario estaba muy mal. 3) El panadero pidió copia del
Pidió papel y pluma. Escribió así: original. Y puntuó a su manera:  
¿Dejo mis bienes a mi hermana? ¡No! ¿A mi
Dejo mis bienes a mi hermana no a mi so- sobrino? ¡Jamás! Será paga la cuenta del pa-
brino jamás será paga la cuenta del panade- nadero. Nada doy a los pobres.
ro nada doy a los pobres.
4) Dentro un rato llegaron los des-
Murió antes de hacer la puntuación gráfi- camisados de la ciudad. Uno de ellos,
ca. ¿A quién dejó la fortuna? Eran cuatro con- muy vivo, hizo la interpretación:  
currentes. ¿Dejo mis bienes a mi hermana? ¡No! ¿A mi
sobrino? ¡Jamás! ¿Será paga la cuenta del
1) El sobrino hizo la siguiente puntuación: panadero? ¡Nada! Doy a los pobres.
¿Dejo mis bienes a mi hermana? ¡No! A
mi sobrino. Jamás será paga la cuenta del pa- Série: 3ª
nadero. Nada doy a los pobres.
ATIVIDADE 1
2) La hermana llegó luego. Puntuó así el
escrito: Objetivo: Assistir a um curta metragem, a
Dejo mis bienes a mi hermana. No a mi fim de interpretá-lo.
sobrino. Jamás será paga la cuenta del pana-
dero. Nada doy a los pobres. Competência: Compreender histórias,
considerando a sequência e a iniciativa de
produção textual.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
212 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Habilidade: Reconhecer os conteúdos lin- Ejercicios


guísticos e os pragmáticos na produção de textos 1) Ahora, escriban un final para la situación
orais, como sequência dos filmes apresentados. y lo dramaticen para los compañeros de clase.
Conceitos: Compreensão auditiva e am-
pliação dos conceitos socioculturais. Série: 1ª, 2ª e 3ª

Materiais: Filmes curtos com enredo um ATIVIDADE 1


pouco mais elaborado e trechos de filmes.
Objetivo: Assimilar as classes gramaticais.
Tempo previsto: Um tempo de aula
Competência: Compreender os elemen-
Considerações: Como meta para a 3ª Sé- tos linguísticos culturais, presentes em uma
rie, o intuito será o de que os educandos não composição musical.
assistam ao filme inteiro, cabendo-lhes a tarefa
de concluírem a história. Após a apresentação Habilidade: Utilizar o conteúdo apreendi-
em grupos, acerca das propostas, que pode in- do em textos mais amplos.
clusive desencadear em um projeto os educan-
do poderão assistir ao final original do filme. Conceitos: Aplicação de verbos em diferen-
tes tempos e modos em uma letra de música.
Avaliação: Essa atividade permitirá que o
final do filme seja feito por meio de um texto Materiais: Letra da música impressa , gra-
escrito, de uma dramatização para os cole- vador e CD.
gas e, até mesmo, de uma filmagem para ser
apresentada no final do bimestre. Avaliar-se-á Tempo previsto: Um tempo de aula
a capacidade de organização, o trabalho em
equipe, a criatividade, a coesão e a coerência Considerações: Esta atividade poderá ser
textual e o desenvolvimento do texto. aplicada, a partir do nível básico, consideran-
do as classes gramaticais.
Vale ressaltar que, a partir do nível in-
termediário, já poderão ser acrescentadas
questões dissertativas sobre o conteúdo, tra-
balhando em forma de textos escritos ou de
debates em sala de aula.
As atividades com música, normalmen-
te, são prazerosas e dispersivas. O professor
deverá selecionar o tipo de música mais ade-
quado. Analisar o ritmo, a letra, o nível dos
educandos, para o tipo de audição, para a re-
“Esa la pago yo”_ do seriado Splunge, ex- levância da atividade para o conteúdo propos-
traído do youtube. to, e para a possível aceitação da música pelo
público-alvo.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 213

Avaliação: Esta é uma atividade de fixa- Ay, pero a fuego lento.


ção de conteúdo e, até mesmo, um exercício ______________ y moja por igual
para a atribuição de nota. Poderá ser avaliada Ya no sé lo que pensar,
a compreensão do educando sobre o tema e Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal.
sobre a sua capacidade de observar o conteú- A veces gris, a veces blanco,
do gramatical estudado. Todo depende del lugar
Que tú te __________, eso es pasado,
Vamos a escuchar la música Tu recuerdo, Yo sé que te tengo que _____________.
del cantante puertorriqueño Ricky Martin con Yo le puse una velita pa’mi santo
Y ahí está, pa’que pienses mucho en mí
No _____________ de pensar en mí
Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero
QUERER (1) TENER (1) _____________ el fuego sobre mí,
OLVIDAR (1) SENTIR (1) Ay, pero a fuego lento.
DEJAR (1) IR (1) _____________ y moja por igual
ROMPER (3) QUEMAR (3)
PENSAR (1) Ya no sé lo que pensar,
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal.

___________en mí
participación de la cantante española María ____________________ tu veneno al
de Chambao. Luego, contesten las actividades corazón
propuestas. Completa la música con los ver- ¡Me hace bien!
bos de recuadro conjugados adecuadamente: Quema y moja, viene y va
Tu recuerdo ¿Por dónde estás?
(Ricky Martin y María de Chambao) Atrapado entre los besos y el adiós

Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero de
_____________ el fuego sobre mí, mayo
Ay, pero a fuego lento. Rompe el fuego sobre mí,
_____________ y moja por igual Y es tan fuerte que hasta… me quema hasta
Ya no sé lo que pensar, la piel
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal. Quema y moja por igual
Ya no sé lo que pensar,
Un beso gris, un beso blanco, Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal.
Todo depende del lugar
Que yo me fui, esto es tan claro Tu recuerdo sigue aquí…
Pero tu recuerdo no se va Rompe el fuego sobre mí,
Siento tus labios en las noches de verano Ay, pero que rompe, que rompe… el corazón
Y ahí están, curándome mi soledad Quema y moja por igual
Pero a veces me _____________matar Sé que te _______________ que olvidar
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal.
Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero
______________ el fuego sobre mí,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
214 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1) Sobre la música (respondan oralmente): Biografias em Espanhol


http://www.biografiasyvidas.com.Dicio-
a) ¿La música nos cuenta qué situa nário biográfico em espanhol com mais de
ción? ¿Te parece que los dos están felices 25.000 personalidades históricas e atuais.
con la decisión que han tomado?
b) ¿Te parece que la decisión de rom- Dicionários
pimiento ha partido de quién? ¿Las inten- http://www.diccionarios.com/ – O site Dic-
ciones de ella son las mismas que las de cionarios.com é uma ferramenta muito com-
él? Ejemplifica tu respuesta con partes de pleta para professores e educandos de espa-
la música. nhol. Além do dicionário espanhol - espanhol,
c) El habla de ella está en itálico y la de há os dicionários do espanhol para diversas
él en negrita/ itálico).¿Has observado que outras línguas e um conjugador de verbos.
hay diferencias en el acento de los cantan-
tes? ¿Qué diferencias has podido percibir Exercícios de Língua Espanhola
en sus hablas? Coméntalas en clase. www.bomespanhol.com.br – O Bom Espa-
nhol. Excelentes conteúdos gratuitos de qua-
lidade, como dicionário ilustrado com arquivo
1.3.2 Sugestões para pesquisa de aúdio, jogos etc.
http://cvc.cervantes.es/portada.htm – Na
Neste tópico estão disponveis links que seção Aula de Lengua do site do Centro Vir-
possuem materiais disponíveis para ilustrar tual Cervantes pode-se encontrar jogos com
as aulas de Língua Espanhola. Educadores exercícios organizados por assunto ou por ní-
encontrarão desde atividades de vocabulário vel e um extenso material de leitura.
até textos mais complexos, inclusive textos http://www.soespanhol.com.br/ – Imensa
para ouvir. gama de materiais para sala de aula.

Atividades de Compreensão Textual: Jornais


http://www.leffa.pro.br/elo/espanhola/ini- http://www.elpais.es/ – Portal do jornal
ciante/Duda/menu.html – Site com exercícios espanhol El Mundo.
de compreensão textual para todos os níveis. http://www.elpais.com.uy/ – Portal do jor-
nal uruguaio El Mundo.
Contos Infantis em Língua Espanhola http://www.clarin.com/ – Portal do jornal
Sitio: www.leemeuncuento.com.ar – argentino El Clarín.
Site argentino com vários contos em lín- http://www.emol.com/ – Portal do jornal
gua espanhola para utilizar em sala para chileno El Mercurio.
construção de atividades de compreensão http://elcomercio.pe/ – Portal do jornal
textual e atividades lúdicas. peruano El comercio.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA ESPANHOLA 215

Sites Relacionados: só preencher um formulário com a sua dúvida,


http://www.rae.es/rae.html – O site da que estudiosos do assunto irão se debruçar so-
Real Academia Espanhola traz, além de um bre ela, mandando a resposta por e-mail.
dicionário completíssimo do idioma espanhol, http://www.hispanista.com.br/linksesp.
informações sobre conjugação verbal, links htm – Para uma lista mais ampla de links rela-
para outras associações voltadas à lexicogra- cionados ao ensino e aprendizagem de espa-
fia, e uma seção para consultas linguísticas. É nhol, visite a página de links do site Hispanista.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 217

PROPOSTA CURRICULAR DE
ARTE PARA O ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO
220 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 221

1.1 A Arte no Ensino Médio imprescindível à apreciação artística e à frui-


ção estética.
Chegar ao Ensino de Arte ideal talvez seja
Existem dois níveis na experiência artís- utópico. É preciso definitivamente, pelo me-
tica: o lúdico e a obra de arte. No primeiro, nos, encontrar alternativas para propiciar o
há o jogo, a atividade artística espontânea, reconhecimento do aspecto educativo da
despreo­cupada, onde não há uma relação atividade artística e, baseado nele, perceber
rigorosa, no sentido estético, entre o artista e difundir a dimensão sociocultural da arte,
e a obra, ou seja, não há um diálogo efetivo além de vê-la como manifestação sensitiva
entre obra e apreciador, porque, a rigor, eles e expressiva dos anseios do ser humano e
não existem. No segundo, a produção artísti- respeitá-la como forma de conhecimento do
ca, propriamente dita, configura-se na relação mundo. Nesse sentido, o papel da escola e o
entre o artista, a obra de arte e o apreciador, compromisso social do professor de arte é, de
dentro de um processo comunicativo e ex- fato, ensinar a ver como se ensina a ler, de en-
pressivo com códigos próprios de interação. sinar a sentir como se ensina a pensar, da mes-
Nos dois níveis da experiência artística há um ma forma que a educação será incompleta e
sentido educativo e uma construção de valo- inócua, caso não esteja pautada nos princípios
res estéticos que se traduzem tanto no pro- democráticos da liberdade de expressão.
cesso educativo informal quanto no formal.
Partindo desse pressuposto e, consideran-
do que o Ensino Fundamental deve contem- o papel da escola e o compromisso
plar as experiências artísticas lúdicas como social do educador de arte é, de
fator educativo nas diversas fases do desen- fato, ensinar a ver como se ensina
volvimento infantil, cabe ao Ensino Médio a ler, de ensinar a sentir como se
oportunizar as experiências voltadas para a ensina a pensar, da mesma forma
produção artística, visando ao reconhecimen-
que a educação será incompleta e
to da identidade cultural, ao aprimoramento
da percepção estética e ao desenvolvimento
inócua, caso não esteja pautada nos
da sensibilidade, por meio da pesquisa, da princípios democráticos da liberdade de
relação interdisciplinar e do aguçamento do expressão.
senso crítico.
A arte é constituída de quatro elementos
os quais podem ser considerados como sua A arte precisa ser entendida como um
matéria-prima: o movimento, a cor, o som e a componente curricular que visa contribuir
forma. Mas, neste caso, a matéria-prima pre- para a formação integral do educando, con-
cisa ser entendida como percepção sensorial siderando suas competências, os aspectos so-
primeira. Relaciona-se, principalmente, a três ciointerativos, o conhecimento, a ciência, os
sentidos básicos: visão, audição e tato (pare- fatores cognitivos e, principalmente, a educa-
ce um paradoxo afirmar que se pode produzir ção dos sentidos. Formar artistas, portanto,
ou perceber arte por meio do olfato e do pa- não deve ser a preocupação da escola em to-
ladar). Essa percepção sensorial é essencial e dos os níveis da Educação Básica. No caso do

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
222 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

5. A pesquisa como procedimento de cria-


Formar artistas, portanto, não deve ção artística e de acesso aos bens cultu-
ser a preocupação da escola em todos rais;
os níveis da Educação Básica. No caso 6. O mundo natural e o cultural como fon-
do Ensino Médio, a produção artística te de experiências sensíveis, cognitivas,
deve ser encarada como meio e não perceptivas e imaginativas;
7. As fontes de documentação, preserva-
como fim.
ção e difusão da arte;
8. A diversidade de manifestações artísti-
cas;
Ensino Médio, a produção artística deve ser 9. O valor da arte na sociedade, em dife-
encarada como meio e não como fim. rentes culturas e na vida dos indivíduos;
Assim, o professor de arte precisa, em 10. As interfaces da arte com os demais co-
primeiro lugar, ter consciência de sua impor- nhecimentos.
tância na condução de seu ofício e na teia
construtiva da educação nacional. Não raro,
percebe-se a subutilização do professor de arte é linguagem e, como tal, precisa
arte no ambiente escolar, denotando a forma ser compreendida como código em
secundária como o Ensino de Arte é tratado. E suas diversas representações. Nesse
em segundo lugar, mobilizar-se, ter ciência do
sentido, o educando precisa reconhecer
compromisso social e ter conhecimento dos
instrumentos de mudança e de transforma-
os códigos, o texto, o canal e o
ção. Esta proposta apresenta-se como um dos contexto.
instrumentos de busca de melhoria na quali-
dade do ensino.
Nesse sentido, os Parâmetros Curricula- As Orientações Curriculares para o Ensi-
res Nacionais para o Ensino Médio (2006) se no Médio (2006) partem da premissa de que
constituem num bom começo. É mister lem- arte é “um tipo particular de narrativa sobre
brar as diretrizes de conteúdo e de procedi- o mundo, diferente da narrativa científica,
mentos metodológicos sugeridos: da filosófica, da religiosa e dos usos cotidia-
nos da linguagem”. O documento enfatiza
1. A arte como expressão, comunicação e que arte é linguagem e, como tal, precisa ser
representação individual; compreendida como código em suas diversas
2. A compreensão e a utilização de técni- representações. Nesse sentido, o educando
cas, procedimentos e materiais artísti- precisa reconhecer os códigos, o texto, o ca-
cos; nal e o contexto.
3. Os elementos das linguagens da arte e É preciso lembrar ainda que, segundo os
suas dimensões: técnicas, formais, ma- Parâmetros Curriculares Nacionais para o En-
teriais e sensíveis; sino Médio, o Ensino de Arte está situado no
4. A apreciação na compreensão e na in- âmbito interno da área de Linguagens, Códi-
terpretação da arte; gos e suas Tecnologias. Pela natureza das dis-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 223

ciplinas que a compõem, a convergência das culturas, de diferentes épocas e locais – in-
competências gerais dá-se no eixo Represen- cluindo sempre a contemporaneidade, a
tação e Comunicação. Isso não quer dizer que arte brasileira, e apresentando, de forma
os eixos Investigação e Compreensão da área sistemática, produções artísticas de quali-
de Ciências da Natureza, Matemática e suas dade de cada um desses contextos.
Tecnologias e o eixo Contextualização Socio-
cultural, da área de Ciências Humanas e suas As Orientações Curriculares Nacionais
Tecnologias, não se comuniquem. (2006) apresentam ao professor de Arte:
O que se espera é que de forma interdis-
ciplinar haja interação de conteúdos, Compe- ...um conjunto geral de conteúdos, visando
tências e Habilidades, a fim de que se possa atender às diversas modalidades artísticas
alcançar o objetivo maior de formar o edu- – artes visuais, audiovisuais, dança, músi-
cando para o trabalho, para o exercício pleno ca, teatro. Fizemos a seleção com base nos
da cidadania, para o reconhecimento de sua critérios expostos, considerando a continui-
identidade cultural e para a crítica social. dade e aprofundamento dos conhecimen-
Esta proposta curricular, portanto, pautou- tos desenvolvidos no ensino fundamental,
-se no trabalho de seleção e de organização e sua organização procura possibilitar a
de conteúdos constantes nas premissas apre- articulação de três instâncias: o fazer artís-
sentadas nos PCNEM. Seguem-se os objetivos tico; a apreciação da arte; a reflexão sobre
que norteiam os conteúdos: o valor da arte na sociedade e na vida dos
indivíduos. Essa articulação deve incluir
• favoreçam o desenvolvimento e o exercício tanto o ponto de vista do aprendiz quanto
das Competências da área e a possibilidade a compreensão dessas instâncias no estudo
de continuar aprendendo mesmo depois e no desfrute da arte nas práticas sociais.
de completada a escolaridade básica;
• possam colaborar na produção de traba- Indiscutivelmente, firma-se, nas Orienta-
lhos de arte pelos estudantes, aproximan- ções Curriculares, o compromisso do profes-
do-os dos modos de produção e apreciação sor de arte em articular as três instâncias de
artística de distintas culturas e épocas e conteúdos no processo de escolha das Com-
familiarizando-os com esses modos;
• favoreçam a compreensão da produção so-
cial e histórica da arte, identificando o pro- Na reflexão sobre o valor da arte na
dutor e o receptor de produtos artísticos sociedade e na vida dos indivíduos,
como partícipes de ações socioculturais; ele constrói junto com o educando
• possibilitem aos alunos a produção e a todas as possibilidades possíveis de
apreciação de trabalhos de arte, reconhe- conhecer, de representar e de ter uma
cendo-se como protagonistas sensíveis,
visão crítica do mundo, aumentando a
críticos, reflexivos e imaginativos nessas
ações;
bagagem cultural, tanto do educando
• representem e valorizem as manifestações quanto do professor.
artísticas e estéticas de distintos povos e

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
224 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

em orientar os professores para um plane-


jamento pedagógico eficiente e eficaz. Cabe
ao professor selecionar os conteúdos de sua
Todo o conjunto de informações disciplina, definir as Competências e as Habili-
sugeridas nesta Proposta Curricular dades que se espera despertar em cada etapa
precisa ser entendido como base de do desenvolvimento do educando, além de
orientação para a reflexão, para o encontrar os meios e as formas necessárias
planejamento e para a execução das para o alcance dos objetivos educacionais
ações pedagógicas do professor e da propostos no processo ensino/aprendizagem.
escola. Todo o conjunto de informações sugeridas
nesta Proposta Curricular precisa ser entendi-
do como base de orientação para a reflexão,
para o planejamento e para a execução das
ações pedagógicas do professor e da escola.
petências e das Habilidades que se pretende A atitude do professor de arte diante desses
atingir no Componente Ensino de Arte. No desafios será fundamental para a melhoria
fazer artístico, ele possibilita a experiência e da qualidade do ensino e para a superação
o enriquecimento do repertório do educando paulatina das dificuldades apresentadas. O
na produção artística. Na apreciação da arte, currículo é uma ferramenta, não uma lista de
ele favorece a formação do gosto e o entendi- procedimentos pragmáticos. O educador é
mento da arte como linguagem. Na reflexão um articulador/mediador, não um reprodutor
sobre o valor da arte na sociedade e na vida de conhecimentos estanques e cristalizados.
dos indivíduos, ele constrói junto com o edu- A escola é o ambiente da ciência, da produção
cando todas as possibilidades possíveis de co- e da práxis do conhecimento, não um cartório
nhecer, de representar e de ter uma visão crí- de expedição de títulos.
tica do mundo, aumentando a bagagem cul-
tural, tanto do educando quanto do educador.
Nessa direção, as Orientações Curriculares Objetivo geral do componente curricular
para o Ensino Médio (2006) destacam que
essa discussão possibilita um entendimen- Favorecer a interpretação e a represen-
to mais acurado das relações transversais e tação do mundo, fortalecendo processos de
interdisciplinares que a arte estabelece com identidade e de cidadania, por meio das lin-
outros campos do conhecimento e com a rea- guagens artísticas visuais, musicais, coreo-
lidade, ao mesmo tempo em que também res- gráficas, cênicas e literárias, possibilitando a
gata sua identidade como forma específica de relação interdisciplinar entre as diversas áreas
conhecimento, de mediação e de construção do conhecimento, visando atender às Compe-
de sentido. tências e às Habilidades de representação e
Como se pode perceber, a preocupação do comunicação; de investigação e compreen-
Ministério de Educação (MEC) se concentra são; e de contextualização sociocultural.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 225

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª Série

Objetivos específicos:

• Conhecer as premissas e os pressupostos inerentes ao conceito de arte, favorecendo


a compreensão da arte como cultura, comunicação, expressão e experiência estética,
visando ao entendimento de sua função social e sua relação com a identidade cultural;
• Refletir sobre o folclore, a cultura popular e sobre a preservação do patrimônio histó-
rico e cultural, material e imaterial;
• Refletir sobre o fenômeno artístico nas diversas culturas, em especial, na cultura bra-
sileira, na africana e na indígena;
• Refletir sobre a importância das novas tecnologias para a produção e para a aprecia-
ção da arte.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: A Arte e o Homem: expressão e comunicação
226

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a arte como • Reconhecer diferentes funções da A concepção de arte • Realizando leitura e discussão, em grupo,
saber cultural e estético, arte, do trabalho da produção dos • A arte como linguagem apresentando de forma escrita o conceito de arte;
gerador de significação e artistas em seus meios culturais; • Refletindo sobre os processos que envolvem a
integrador da organização • Arte como expressão simbólica
• Distinguir a linguagem artística de percepção da beleza nas artes visuais;
do mundo e da própria outras formas de comunicação; • Arte e experiência estética
• Realizando leitura textual e apreciando obra de

DO ENSINO MÉDIO
identidade; • A arte como forma de
• Reconhecer a representação arte;
• Entender a relação entre da realidade no processo de conhecimento

PROPOSTA CURRICULAR
• Confeccionando objetos de arte nas diversas
arte, comunicação, construção do objeto artístico; • Arte, cultura e sociedade linguagens artísticas, buscando representar a
estética, conhecimento
• Relacionar as experiências • As principais linguagens artísticas identidade cultural;
e cultura, reconhecendo
artísticas e estéticas, analisando a (Artes Visuais, Música, Dança, • Apreciando tipos de obra de arte e discutindo, em
a sua função social e
concepção de beleza; Teatro e Artes Literárias) grupo, os diversos sentidos de beleza;
as diversas formas de
linguagem; • Reconhecer a arte como condição • As artes visuais como forma de • Pesquisando os artistas locais e o papel dos
de identidade cultural e como linguagem mesmos na consolidação da identidade cultural;
• Compreender o objeto de
arte como parte integrante meio de transformação social; • A história das Artes Visuais • Realizando leitura de textos e elaborando painéis
do imaginário e da • Diferençar as diversas linguagens (Pré-história, Antiga, Medieval, sobre cada linguagem artística;
transcendência inerente ao artísticas, analisando o processo Moderna e Contemporânea)
criativo da obra, o papel do artista • Utilizando desenho como forma de comunicação
ser humano. • Artes Visuais – artes plásticas
e a forma de apreciação; entre grupos;
(desenho, pintura, escultura,
• Distinguir signos visuais, gravura, cerâmica, grafite, • Realizando leitura e interpretação de textos
audiovisuais e de mídias instalações contemporâneas etc.) históricos;
eletrônicas, percebendo o • Artes Visuais – fotografia, cinema • Pesquisando a vida e a obra de artistas;

1º BIMESTRE
potencial comunicativo das artes e audiovisuais • Utilizando as diversas técnicas em artes plásticas,
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

visuais; com materiais variados e expondo os resultados;


• Artes Visuais – arte, computador e
• Utilizar os diversos tipos de multimídia • Analisando fotos, filmes e escrevendo sobre a
artes plásticas como forma de importância dessas mídias para o mundo atual;
• A forma nas artes visuais (a
expressão;
imagem, o olho e o olhar) • Pesquisando os artistas produtores de arte no
• Associar as técnicas de fotografia computador;
• A concepção estética das artes
com as do cinema;
visuais • Percebendo imagens com mensagens
• Compreender a evolução histórica subliminares, por meio de jogos;
das artes visuais, os signos
• Utilizando o computador como nova ferramenta
representativos e os diversos tipos
para a produção artística;
de artes plásticas;
• Analisando as configurações do processo de
• Compreender a importância
captação da imagem pelo olho e pelo olhar do
da fotografia, do cinema e dos
apreciador;
diversos recursos artísticos
audiovisuais para o contexto da • Contextualizando o processo histórico das
sociedade atual, incluindo as novas artes visuais, considerando sua importância
formas de arte advindas da era do sociocultural;
computador; • Realizando leitura sobre as técnicas de cinema e de
• Distinguir as experiências estéticas fotografia;
advindas da apreciação dos • Determinando, em grupo, o belo e o feio, na obra
diversos tipos de artes visuais. de arte visual, por meio de jogos sobre o juízo
estético.
Eixo Temático: A Arte e o Homem: expressão e comunicação
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a evolução • Distinguir signos sonoros e o A música como forma de • Utilizando a música popular brasileira como forma de
histórica, os signos potencial comunicativo dos sons linguagem comunicação entre grupos;
representativos, os e da música; • A história da música • Contextualizando o processo histórico da música e da
processos que envolvem • Reconhecer a diferença entre o dança, considerando sua importância sociocultural;
a percepção da beleza na • Música – o som e a música
som e a música; • Identificando os elementos componentes da expressão
música, e a importância • Música – os elementos da
do som como fonte de • Distinguir as experiências música musical;
produção musical; estéticas advindas da apreciação • Percebendo as configurações do processo de captação
dos vários tipos de gêneros • A forma na música (os sons, os
• Compreender os signos gêneros e os estilos) do som pela audição e pela sensibilidade musical do
musicais; apreciador;
representativos, a evolução • A concepção estética da música
histórica e a importância do • Distinguir signos gestuais e • Refletindo sobre os processos que envolvem a
o potencial comunicativo do • A dança como forma de percepção da beleza na música e na dança;
corpo e do movimento para
movimento e da dança; linguagem
a produção coreográfica. • Analisando, como apreciador, o processo de
• Relacionar a música ao • A história da dança reconhecimento da forma na dança e na música;
movimento; • Dança – o corpo e o • Utilizando os elementos da música como forma de
• Utilizar os elementos da dança movimento expressão;
como forma de expressão; • Dança – os elementos da dança • Realizando leitura, interpretação de textos históricos e
• Perceber as configurações do • A forma na dança (o corpo, o pesquisando sobre vida e obra de artistas;
processo de captação da música movimento e o ritmo)
e do movimento pela visão e • Pesquisando a sonoridade de ruídos e sons musicais,
• A concepção estética da dança pretendendo transformá-los em música;
pela sensibilidade gestual e
coreográfica do apreciador; • A dança no Brasil • Experimentando as diversas técnicas de música, com

2º BIMESTRE
• Distinguir as experiências • A música brasileira (folclórica, materiais variados e expondo os resultados;
estéticas advindas da apreciação popular e erudita) • Trabalhando jogos de percepção sonora por meio de
dos diversos tipos e gêneros de instrumentos musicais;
dança; • Determinando, em grupo, o belo e o feio, na obra de
• Reconhecer, na música e na arte musical, por meio de jogos sobre o juízo estético;
dança brasileira, as dimensões • Cantando músicas folclóricas, populares e eruditas;
folclórica, popular e erudita.
• Utilizando a expressão corporal como forma de
comunicação entre grupos;
• Expressando-se por meio da dança de forma livre e de
forma coreográfica;
• Experimentando as várias técnicas de dança, com
materiais variados e expondo os resultados;
• Trabalhando jogos de percepção do som e do
movimento, por meio da livre expressão do corpo;
• Determinando, em grupo, o belo e o feio, na expressão
da dança, por meio de jogos sobre o juízo estético;
ARTE

• Expressando-se por meio de danças folclóricas,

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
populares e eruditas.
227
228

Eixo Temático: A Arte e o Homem: expressão e comunicação

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender a evolução • Relacionar o corpo ao processo de O teatro como forma de linguagem • Utilizando jogos dramáticos como forma de
histórica, os signos composição cênica da personagem; universal comunicação entre grupos;
representativos do teatro, e • Distinguir as experiências estéticas • A história do teatro • Realizando leitura e interpretação de textos
a importância da expressão advindas da apreciação dos diversos históricos e pesquisando sobre vida e obra de
corporal para a produção • Teatro: o corpo e a expressão, os
tipos e gêneros de peças teatrais; elementos do teatro artistas;
de peças, reconhecendo
os elementos que • Conhecer o teatro produzido no • A forma no teatro (o corpo, a palavra • Compondo personagens que utilizem apenas
distinguem a expressão e o Brasil, valorizando-o; e o palco) os gestos como recurso;
potencial comunicativo da • Reconhecer, no teatro brasileiro, • A concepção estética do teatro • Experimentando as técnicas de teatro, com
dramaturgia e do teatro. as dimensões folclórica, popular e materiais diversos e expondo os resultados;
erudita; • O teatro no Brasil
• Trabalhando jogos de percepção do corpo e
• Reconhecer, no teatro brasileiro, da palavra, por meio de técnicas teatrais;
seu engajamento nas questões • Analisando, enquanto apreciador, o processo
sociais. de reconhecimento da forma no teatro;
• Percebendo as configurações do processo de
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3º BIMESTRE
captação da expressão corporal, da voz e da
cenografia pela sensibilidade visual e gestual
do apreciador;
• Utilizando os elementos do teatro como
forma de expressão;
• Contextualizando o processo histórico
do teatro, considerando sua importância
sociocultural;
• Refletindo sobre os processos que envolvem
a percepção de beleza no teatro;
• Determinando, em grupo, o belo e o feio, na
expressão teatral, por meio de jogos sobre o
juízo estético;
• Produzindo pequenas peças teatrais sobre
temas sociais.
Eixo Temático: A Arte e o Homem: expressão e comunicação
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender os signos • Distinguir signos verbais e o A literatura como linguagem artística • Contextualizando o processo histórico das
representativos e a potencial comunicativo da • A história da literatura artes literárias, considerando sua importância
evolução histórica das artes construção poética nas artes sociocultural;
literárias, associando-os literárias; • As artes literárias (poesia, poema,
conto, romance, novela, dramaturgia • Relacionando o conceito de folclore e de
aos movimentos artístico- • Compreender os conceitos de cultura popular ao objeto artístico;
literários ocorridos no Brasil; etc.)
folclore e de cultura popular; • Utilizando a poesia como forma de
• Identificar as expressões • Os movimentos artístico-literários
• Identificar os vários tipos de arte no Brasil comunicação entre grupos;
artísticas advindas da literária;
cultura africana e indígena, • Arte, folclore e cultura popular • Realizando leitura e interpretação de textos
considerando a influência • Distinguir os principais movimentos históricos e pesquisando sobre vida e obra de
literários ocorridos no Brasil; • Arte e cultura brasileira artistas e de escritores brasileiros;
dessas na consolidação da

4º BIMESTRE
• Identificar a origem e as • Arte e cultura africana • Experimentando as diversas técnicas de
cultura brasileira;
características da cultura brasileira; • Arte e cultura indígena produção literária e expondo os resultados;
• Compreender a contribuição
das novas tecnologias para • Reconhecer a identidade e a • Arte, novas tecnologias e • Pesquisando as manifestações folclóricas que
a difusão, a apreciação diversidade cultural africana e cibercultura envolvam as expressões artísticas;
e a produção artística, indígena no Brasil; • Realizando audição de música brasileira e
considerando o contexto da • Identificar as características recitando textos de poetas brasileiros;
cibercultura. da cibercultura e as formas de • Apreciando vídeos da internet, do cinema, de
inserção da arte no mundo virtual. documentários e de telejornais;
• Produzindo arte por meio do computador.
ARTE

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
229
ARTE 231

1.3 Alternativas metodológicas para o


ensino de Arte o professor de arte precisa ser alertado
de que a atividade artística é um dos
Propostas e pressupostos de Ação: meios mais eficazes de promoção
As atividades interdisciplinares por meio da de um trabalho interdisciplinar
arte envolvendo todas as áreas de
conhecimento, por meio de métodos
Não há como negar que qualquer proposta
de educação que vise à qualidade pressupõe e de planejamentos integrados, onde
uma ação pedagógica interdisciplinar. Infeliz- todas as disciplinas podem dispor deste
mente, ainda persiste o entendimento de que recurso didático privilegiado que é a
cada educador é dono de um determinado arte.
ramo do saber e que a educação do indivíduo
deve ser construída em partes separadas. Da
mesma forma, ainda persiste a ideia de que o recurso didático privilegiado que é a arte. O
professor de arte é um ser “sobrenatural” que movimento, a forma, o gesto, o som, as cores,
domina todas as expressões artísticas, poden- a poesia, o rabisco o reconhecimento do pa-
do ser, ao mesmo tempo, dançarino, poeta, trimônio histórico e artístico e a própria iden-
pintor, músico, ator e até crítico de arte. No tidade cultural do educando são, ao mesmo
sistema educacional, o professor de arte é vis- tempo, conteúdo e recurso no processo ensi-
to como um profissional polivalente, quando no/aprendizagem.
na verdade seu ofício exige que ele seja um Os Parâmetros Curriculares Nacionais para
profissional interdisciplinar. Como a escola o Ensino Médio enfatizam a necessidade do
continua promovendo uma prática educacio- trânsito interdisciplinar entre as áreas de
nal setorial e pragmática, o professor de arte conhecimento: Linguagens, Códigos e suas
precisa ser alertado de que a atividade artísti- Tecnologias, Ciências da Natureza e suas
ca é um dos meios mais eficazes de promoção Tecnologias, Ciências da Matemática e suas
de um trabalho interdisciplinar, envolvendo Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tec-
todas as áreas de conhecimento, por meio nologias, visando atender às competências
de métodos e de planejamentos integrados, contidas nos eixos gerais: Representação e
onde todas as disciplinas podem dispor desse Comunicação, Investigação e Compreensão e
Contextualização Sociocultural.
Sendo a arte parte integrante dos pro-
O movimento, a forma, o gesto, o
cessos simbólicos inerentes ao ser humano,
som, as cores, a poesia, o rabisco, ela precisa ser vista como meio e fim, assim
o reconhecimento do patrimônio como precisa ser apreendida e compreendida
histórico e artístico e a própria de forma contextualizada. O trabalho inter-
identidade cultural do educando, são, disciplinar, por meio da arte, precisa ser ca-
ao mesmo tempo, conteúdo e recurso paz de orientar o educando a contextualizar
no processo ensino/aprendizagem. o mundo à sua volta, considerando toda a sua
construção histórica. Isso porque, segundo os

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
232 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PCNEM, o objetivo último e fundamental da • estimulador do olhar crítico dos alunos


educação – e da presença da arte nos currí- com relação às formas produzidas por eles,
culos como uma forma particular de conheci- pelos colegas e pelos artistas e temas es-
mento – é capacitar o educando a interpretar tudados, bem como as formas da natureza
e a representar o mundo à sua volta, fortale- e das que estão produzidas pelas culturais;
cendo processos de identidade e cidadania. • formulador de um destino para os traba-
lhos dos alunos (pastas de trabalhos, expo-
A importância da pesquisa nas atividades ar- sições, apresentações etc.);
tísticas • descobridor de propostas de trabalho que
visam sugerir procedimentos e atividades
A tradição pedagógica brasileira vem de- que os alunos podem concretizar para de-
monstrando que o professor tem se limitado senvolver seu processo de criação, de refle-
a repassar conteúdos programáticos e a ava- xão ou de apreciação de obras de arte;
liar de forma pragmática se houve aprendi- • analisador dos trabalhos produzidos pelos
zagem ou não. Esse perfil “conteudista” do alunos junto com eles, para que a aprendi-
professor não é apenas culpa dele. O próprio zagem também possa ocorrer a partir des-
sistema educacional nem sempre oportuniza sa análise, na apreciação que cada aluno
tempo para a pesquisa e, consequentemen- faz por si do seu trabalho com relação aos
te, o professor tem dificuldade de preparar demais.
o educando-pesquisador. Nesse sentido, o
professor precisa ter um comportamento de Esse papel pedagógico jamais poderá ser
pesquisador, estimulando os educandos a vivenciado sem que o educador pesquise.
buscar novas respostas a cada situação que É preciso encontrar tempo, procedimentos
lhes aparecerem, para que de forma crítica e metodológicos e motivação para o desenvol-
vimento de pesquisa no ambiente escolar. O
principal objetivo da pesquisa como forma
o professor precisa ter um didática é despertar no educando o espírito
comportamento de pesquisador, científico: a curiosidade. O conhecimento é
estimulando os educandos a sempre consequência dessa atitude.
buscar novas respostas a cada situação
que lhes aparecerem, para que de A pedagogia de projetos no Ensino de Arte
forma crítica e contextualizada, possam
O professor de arte precisa ter em suas
posicionar-se diante da realidade mãos o maior número possível de estratégias
sociocultural. didáticas para possibilitar a aprendizagem.
Dentre esses instrumentos, o projeto (conhe-
cido no contexto didático como projeto cul-
contextualizada possam posicionar-se diante tural, projeto de ação, projeto de trabalho ou
da realidade sociocultural. pedagogia de projetos) cada vez mais se torna
Segundo os Parâmetros Curriculares Na- indispensável. Saber lidar com projetos edu-
cionais de Arte (1997), o professor de arte é: cacionais, tanto no nível de criação quanto no

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 233

transversais também são favoráveis para o


Os projetos devem buscar nexos na
trabalho com projetos em Arte.
seleção dos conteúdos por série, Assim como no Ensino Fundamental, o En-
enquanto as relações entre os distintos sino Médio permite que as áreas se incorpo-
conhecimentos são realizados pelo rem umas às outras e o educando possa ser o
educando. principal agente das relações entre as diversas
disciplinas. Os projetos devem buscar nexos
na seleção dos conteúdos por série, enquanto
nível técnico, científico e de execução é o ca- as relações entre os distintos conhecimentos
minho do crescimento didático/pedagógico e, são realizados pelo educando. Cabe à escola
ainda, uma alternativa eficaz na condução dos lhe proporcionar oportunidade de liberdade e
conteúdos e nas práticas interdisciplinares. de autonomia cognitiva.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de
Arte (1997) sugerem aos professores que pla- A formação de grupos de produção artística
nejem situações de aprendizagem para o gru-
po, seguindo alguns critérios: É muito propícia, no Ensino Médio, a cria-
ção de grupos de produção artística. A própria
• eleição de projetos em conjunto com os maturidade cronológica, afetiva e cognitiva
alunos; do educando desse nível favorece o desen-
• participação ativa dos educandos em pes- volvimento das atividades artísticas de inte-
quisas e produções de referenciais ao longo gração e de interação. Grupos de teatro, de
do projeto em formas de registro que todos música, de dança, de artes visuais e de litera-
possam compartilhar; tura devem ser incentivados como produção
• práticas de simulação de ações em sala educativa, visando ao desenvolvimento da
de aula que criam correspondência com capacidade criadora, de socialização, de auto-
situações sociais de aplicação dos temas conhecimento e da percepção estética, além
abordados, por exemplo, dar um seminá- de propiciar o reconhecimento da identidade
rio como se fosse um crítico de arte, opinar cultural. É evidente que alguns cuidados de-
sobre uma peça apresentada como se esti- vem ser tomados para não transformar esse
vesse falando para uma emissora de TV em recurso didático em compromisso profissional
programa de notícias culturais; ou em comprometimento que não seja edu-
• eleição de projetos relacionados aos conte- cacional. A exposição dos resultados da pro-
údos trabalhados, com o objetivo de estru- dução artística deve obedecer aos limites dos
turar um produto concreto, como um livro
de arte, um filme, a apresentação de um
grupo de música. A formação artística oferecida pela
escola visa à formação integral do
Na prática, os projetos podem envolver educando, por meio do aguçamento de
ações entre disciplinas, como, por exemplo, Competências e de Habilidades voltadas
Língua Portuguesa e Arte, Matemática e Arte à representação e à comunicação.
e, assim, por diante. Os conteúdos dos temas

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
234 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

objetivos de aprendizagem e não aos capri- As atividades interdisciplinares, exempli-


chos e vaidades de gestores, professores ou ficadas nas sugestões de atividades abaixo,
educandos. É muito perigoso o entendimento poderão ser realizadas plenamente na sala de
de que arte na escola obedece a requintes, a arte da escola.
procedimentos e a critérios de produção ar-
tística profissional. A formação artística ofe-
recida pela escola, como dito anteriormente, 1.3.1 Sugestões de atividades didático-peda-
visa à formação integral do educando, por gógicas
meio do aguçamento de Competências e de
Habilidades voltadas à representação e à co- Atividade 1
municação.
Exemplo de atividade
A criação da sala de arte na escola interdisciplinar

Para que se possa pôr em prática um tra- Objetivo: Possibilitar alternativas didáticas
balho interdisciplinar efetivo por meio da ati- interdisciplinares no Ensino Médio, visando
vidade artística, a escola precisa criar um am- relacionar os conteúdos da área de Arte aos
biente adequado e equipado com as condi- demais Componentes do Currículo.
ções necessárias para que o professor de arte Competência: Compreender a importân-
possa potencializar suas atividades. Trata-se cia da relação entre os conteúdos do ensino
de um espaço amplo, equipado com recursos de arte e os conhecimentos gerais necessá-
audiovisuais, instrumentos musicais, pia, ban- rios à formação para o trabalho e para a ci-
cadas e carteiras apropriadas para as artes dadania.
visuais e espaço cênico. Propõe-se o projeto Habilidade: Perceber o valor das ativida-
“sala de arte”, onde, ao invés do professor des interdisciplinares como meio didático de
de arte se dirigir à sala, os educandos seriam interação entre os diversos conteúdos do en-
deslocados para ela, a partir de um planeja- sino de arte.
mento multidisciplinar e interdisciplinar. Den- Tema: Meio ambiente e sustentabilidade
tro de uma programação planejada, a ida dos Linguagem artística: Teatro
educandos à sala de arte seria acompanha- Componentes envolvidos: Língua Portu-
da pelos professores das outras disciplinas e guesa, História e Biologia
juntos participariam das atividades artísticas Atividade: A representação do meio am-
de interesse de cada área de conhecimento. biente e seus problemas pela linguagem teatral.
Nesse espaço, além das aulas e experimenta- Descrição da atividade: a linguagem tea­
ções do próprio componente de arte, haveria tral auxilia no processo de sensibilidade do
a possibilidade da troca de experiências e do corpo e como elemento de grande dinamiza-
compartilhamento de temas e de conteúdos. ção das aulas e das tarefas escolares. Nesta
Para isso, faz-se necessário investimento em atividade, o teatro proporcionará a reflexão
equipamentos e em recursos humanos, além sobre os problemas relacionados ao meio am-
de uma equilibrada adequação das propostas biente e servirá como suporte para o entendi-
curriculares. mento das técnicas de produção de texto, do

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 235

contexto sociocultural que envolve a questão tar uma história, valorizando, assim, os
ambiental e de seus contornos bioéticos. seus elementos e a sua forma escrita;
• Leve o educando a entender o contexto
Atividades: da história criada. Por fim, leve o edu-
cando a discutir sobre o contexto ético
a) Escreva uma história sobre qualquer inerente à reflexão sobre o meio am-
tema, envolvendo o meio ambiente. biente;
Destaque três personagens, cada um • Lembre-se: não se trata de uma ativi-
bem diferente do outro. Por exemplo, dade exclusiva de uma aula. É preciso
um velho, um menino, uma mulher. Pri- determinar no planejamento o tempo,
meiro, leia em voz alta a sua história. a metodologia, os recursos e a forma de
Segundo, divida a turma para que cada avaliação. Os professores das disciplinas
grupo represente a mesma história, que envolvidas devem participar de todo o
poderá ser selecionada por todos da processo de criação, de exposição e de
turma (a melhor história, na opinião da reflexão. Esta atividade também poderá
turma, será a escolhida para ser ence- ser desenvolvida em forma de projeto
nada). Cada grupo representará à sua didático extraclasse, onde a turma terá
maneira a história, sendo que, na pri- a oportunidade de visitar um parque
meira vez, será encenada sem o uso de ambiental da cidade.
palavras, só com gestos e, depois, com a
utilização de palavras, de acordo com o Fonte: adaptado do Livro Arte na Educação
texto escolhido; Infantil, Capítulo: "Teatro e Educação", de Jorge
Bandeira (p. 150)
b) Peça aos grupos que realizem a cena em
três velocidades diferentes: com movi-
mentos normais, bem lentos e muito rá- Atividade 2
pidos. Observe a reação dos educandos
e comente sobre espaço e tempo; Exemplo de atividade
c) Ao final, peça para os educandos reco- de pesquisa em arte
lherem antigas histórias sobre a relação
entre o homem e a natureza (do tempo Objetivo: Possibilitar o exercício da pes-
da vovó!) e criarem representações tea- quisa por meio de atividades práticas e pro-
trais simples, com poucos personagens gramadas, favorecendo a reflexão sobre os
sobre a degradação e a preservação dos conteúdos de arte, a partir do reconhecimen-
bens naturais; to do meio.
d) Discuta e reflita sobre os conteúdos re- Competência: Compreender a dimensão
lacionados ao tema. da pesquisa como recurso didático no ensino
de arte.
Procedimentos: Habilidade: Perceber as possibilidades
que a pesquisa oferece na condução prática
• Leve o educando a observar, agora, de conteúdos teóricos no contexto das artes.
como é importante a maneira de con-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
236 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Título: A poesia da natureza: subsídios busque os parâmetros práticos e visíveis de


para o entendimento da relação entre a expe- compreensão.
riência estética e a experiência artística. Diante desse contexto, este projeto preten-
Objetivos de propiciar além da vivência, a construção de
Geral: Propiciar a compreensão do concei- parâmetros lógicos que respeitem as referên-
to de estética por meio da percepção sensível cias socioculturais do educando. Busca-se per-
da natureza, visando identificar na flora, na mitir a visibilidade do discurso filosófico sobre
fauna e nos demais elementos naturais subsí- estética na práxis da experiência estética, como
dios para relacionar arte à experiência estéti- forma de compreender sua relação com a arte.
ca por meio do poema. Por meio dos sentidos, a percepção da na-
Específicos: tureza será o grande laboratório de aprendi-
• Conhecer o conceito de beleza, por meio zagem e o principal filtro da discussão sobre
dos diversos elementos naturais; beleza, sobre fruição e gosto. As experiências
• Refletir, por vivência, sobre a relatividade adquiridas servirão como fonte e subsídio
entre o conceito de beleza e de fealdade; para a reflexão sobre a produção artística na
• Exercitar os sentidos, identificando formas, linguagem poética.
cores, texturas, simetria e assimetria, som, Esse laboratório permitirá a autonomia de
cheiro, sabor etc.; aprendizagem e o fomento criativo necessário
• Identificar subsídios e elementos da natu- à compreensão filosófica do belo e de seus
reza que possam ser aplicados à produção desdobramentos no contexto do produto ar-
artística literária; tístico, considerando a percepção da fauna, da
• Traduzir a expressão de beleza da natureza flora, dos elementos naturais como a água, o
na linguagem poética. sol, a chuva, os minerais, a natureza morta e a
influência do homem em seu meio ambiente.
Justificativa:
O estudo sobre estética é eminentemen- Conteúdos:
te filosófico, denso e de apelo racional. Isso • Os elementos da natureza como subsídios
exige do educando uma forte dose de dedi- para os produtos culturais;
cação às leituras e de muito exercício reflexi- • A beleza e a fealdade: uma questão relativa;
vo para que tenha êxito na aquisição do co- • A experiência estética advinda da natureza;
nhecimento necessário à autonomia em suas • A natureza e o estético no objeto de arte;
formulações. • A linguagem poética.
Percebe-se que o excesso teórico do con-
teúdo sobre estética nas aulas de arte vem Metodologia:
causando certo desconforto e até a fadiga O projeto está dividido em duas etapas
dos educandos, especialmente quando estes que se complementam no processo de orga-
buscam as referências práticas dos conteúdos nização e de aprendizagem:
contidos no discurso do professor. Não basta
ilustração, exemplos e comparações. É nor- 1. Atividade prática: visita, de um dia, ao
mal que, em conteúdos teóricos, o educando sítio Portal da Esperança, na estrada do Pa-
ricatuba, km 21, no município de Iranduba,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 237

ou a outro lugar que se destaque pela bele- • Aula expositiva e dialogada sobre o proces-
za natural, onde serão realizadas as seguin- so criativo de elaboração da obra de arte;
tes atividades: • Preparação da exposição artística, resulta-
do final da pesquisa;
• Passeio nas trilhas da propriedade, vi- • Seminário de avaliação dos resultados da
sando à observação da natureza em exposição artística e reflexão sobre os con-
toda a sua plenitude; teúdos propostos na atividade.
• Identificação dos elementos naturais
que agradam e desagradam (o bonito e Avaliação:
o feio e sua relatividade); A avaliação e o acompanhamento da ati-
• Exercícios de percepção pelos cinco sen- vidade de pesquisa serão feitos obedecendo
tidos (identificação de formas, cores, aos seguintes critérios:
texturas, simetria e assimetria, som,
cheiro, sabor etc.); • participação em todas as etapas do traba-
• Registro audiovisual das percepções sig- lho, considerando a frequência e o engaja-
nificativas durante o passeio; mento individual e coletivo;
• Reunião de todo o grupo para refletir • qualidade do relato de experiências vividas
sobre o que fora percebido no passeio; durante a atividade prática;
• Reunião de pequenos grupos para ela- • impressões sobre a pesquisa no seminário
boração de um poema sobre a expres- de avaliação da mesma;
são de beleza percebida no contato com • qualidade da compreensão dos conteúdos
a natureza; da pesquisa e da exposição artística, por
• Confraternização com um almoço; meio de avaliação escrita.
• Hora do lazer (sem perder de vista as
percepções sensíveis e a fruição desse Atividade 3
momento de encontro com a natureza);
• Elaboração de um pequeno relato de Exemplo de projeto didático em Arte
experiências vividas, durante a atividade
prática. Objetivo: Possibilitar o planejamento de
atividades programadas dentro do contexto
2. Atividade teórica: em sala de aula – ela- da pedagogia de projetos, visando enriquecer
boração de um produto artístico, a partir as aulas de arte.
das informações, imagens, percepções Competência: Compreender a excelência
sensíveis e do poema composto pelos gru- do projeto didático como forma e como meio
pos, tendo nos produtos da natureza os de desenvolver atividades artísticas na escola.
parâmetros estéticos concebidos e vividos Habilidade: Perceber que as respostas às
durante a atividade prática. reflexões propostas nos conteúdos artísticos
estão no universo da vivência e da experiência.
Atividades complementares:
• Aula expositiva e dialogada sobre a estrutu- Título: “Música e movimento: os alicerces
ra do projeto de construção artística; da dança”

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
238 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Aprendizes: Educandos da 1ª série do En- c) O educando será incentivado a traduzir


sino Médio da Escola Estadual (definir) os ritmos em forma de movimentos co-
Educador: Professor (definir) reografados;
Justificativa: descrever sobre a relevância d) Ao final da atividade prática e expressiva,
do projeto, dando um diagnóstico da realida- o grupo será reunido para conversar so-
de da turma, pontuando as vantagens didáti- bre as experiências vividas pelos educan-
cas e as aprendizagens do conteúdo específi- dos, individualmente. Serão estimulados
co. Observe o exemplo anterior. a refletir sobre as seguintes questões:

Objetivos • Qual o ambiente musical que nos rodeia?


Geral: Identificar a música e o movimento • Qual a relação entre música e movimento
como os meios básicos para a dança, criando na expressão humana?
um ambiente propício para a expressão es- • Como a música contribui para a expressão
pontânea do corpo e do gesto. corporal e gestual?
Específicos: • Qual o significado da expressão da dança?
• Perceber o ritmo musical e sua divisão fra- • A dança precisa da coreografia?
cionária de tempo; • De que forma a dança nos permite expres-
• Perceber o movimento corporal por meio sar nossa visão de mundo?
da livre expressão; • Como entender a linguagem da dança?
• Distinguir os movimentos coreográficos da
dança, a partir dos ritmos musicais. Ao final da atividade, os educandos farão
um relatório das tarefas, destacando sua per-
Conteúdos: cepção particular sobre o universo da dança.
a) Percepção do corpo; A avaliação da atividade se dará pela parti-
b) Percepção do ritmo musical e suas divi- cipação e pela qualidade das ideias expostas.
sões; O projeto didático poderá ser utilizado, es-
c) A expressão da dança; pecialmente nas atividades extraclasses, uma
d) As técnicas coreográficas relacionadas vez que seu objetivo é proporcionar a novida-
ao ritmo musical. de, novas possibilidades. O professor precisa
fugir da rotina didática. Na medida do possí-
Relato da situação de Aprendizagem (Me- vel, é preciso propor novos caminhos, partin-
todologia): do do anseio dos educandos.
a) A partir da audição de música popular,
em seus diversos ritmos, o educando Fonte: adaptado do Livro Didática do
buscará dar sentido corporal a essas ex- Ensino de Arte: a Língua do Mundo – Po-
periências; etizar, Fruir e Conhecer Arte de Mirian
b) O educando será incentivado a traduzir Celeste Martins e Outros (p. 179-180).
os ritmos em forma de movimentos es-
pontâneos;

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 239

Atividade 4 • Promover a socialização dos educandos


pelo aguçamento da apreciação musical.
Exemplo de atividade de formação de grupos
de produção artística Beneficiários
Educandos da 1ª série do Ensino Médio da
Objetivo: Possibilitar as técnicas e os pro- Escola Estadual (a definir) e membros da co-
cedimentos necessários para a formação de munidade do bairro (a definir).
grupos de produção artística na escola.
Justificativa
Competência: Compreender a dimensão A música sempre esteve presente na vida
do fomento à criação artística por meio da dos indivíduos e de certa forma está associa-
formação de grupos de produção. da às tradições e às culturas de cada época.
Habilidade: Perceber que o processo de Atualmente, o desenvolvimento tecnológico
socialização na escola pode ser incentivado aplicado às comunicações vem modificando
por meio da arte e da formação artística. consideravelmente as referências musicais
concebidas pela sociedade por meio da es-
Formato: Projeto cultural de formação cuta simultânea de vários elementos da pro-
Atividade: Criação do grupo de canto coral dução musical como o CD, o DVD, o rádio, a
e de prática de conjunto musical da escola. televisão, o computador etc.
No que diz respeito ao aprendizado de mú-
Objetivos sica na escola e ao ensino de instrumentos
Geral: Desenvolver a educação musical musicais, são notórios os benefícios encontra-
por meio do canto coral, bem como da prá- dos tanto na melhoria do desempenho esco-
tica instrumental, visando criar um ambiente lar quanto na realização pessoal de cada edu-
favorável à percepção musical e ao gosto es- cando. Cabe à escola, portanto, propiciar uma
tético pela música. reflexão sobre a importância da música na
Específicos: formação cultural de jovens, oferecendo-lhes
• Conhecer, por meio de instrumentos musi- toda a possibilidade de contato com a riqueza
cais (violão, flauta-doce e teclado), os ele- e com a profusão que tal estudo oferece.
mentos que compõem a música (melodia, Por isso, considerando a carência de estu-
harmonia e ritmo), utilizando a leitura mu- dos da produção musical no meio escolar e,
sical e a prática de conjunto como elemen- principalmente, as experiências musicais dos
tos de percepção musical; indivíduos no cotidiano, é que se faz necessá-
• Criar, no ambiente escolar, o espaço para rio o projeto “Música na Escola”, no sentido
apresentação de grupos musicais, tais de conduzir os educandos a desenvolverem a
como: duetos, trios, quartetos; percepção musical, o gosto estético e, primor-
• Incentivar o gosto pelo canto, propiciando dialmente, levando-os a perceber a importân-
a formação de grupos de canto coral; cia da música na sociedade e no meio no qual
• Reconhecer, por meio da música instru- estão inseridos.
mental e do canto coral, a identidade cul- É importante lembrar que na aprendiza-
tural nacional e regional; gem da música, a escola pode contribuir para

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
240 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

que os educandos se tornem ouvintes sensí- Conteúdos da formação:


veis, amadores talentosos ou músicos profis- a) Leitura rítmica, Escala de valores rítmi-
sionais, proporcionando condições para uma cos, Compasso e Células rítmicas;
apreciação rica e ampla, onde o indivíduo b) Harmonia funcional, Estudo de Escalas,
aprenda a valorizar os momentos em que a Campo harmônico, Função harmônica,
música se inscreve no tempo e na história. Cifras, Progressão harmônica e Reper-
tório;
Metodologia: explicar como será feita cada c) Prática instrumental;
etapa, usando o mesmo padrão de escrita e de d) Técnica vocal;
organização de tópicos e de subtópicos. e) Exercícios de canto.

Etapas:
• Divulgação e inscrição; Cronograma
• Seleção;
• Formação;
Dez

X
• Apresentações;
• Avaliação de rendimento:
Nov

X
1. As turmas de violão deverão ser com-
Out

postas por 12 educandos;

X
2. Os educandos serão selecionados por
Set

níveis;

X
3. Os educandos deverão, em princípio,
Ago

X
ter o seu instrumento;
4. A permanência do educando no projeto
Jul

estará sujeita à/ao: X


Jun

• Rendimento escolar;
X

• Comportamento;
Mai

• Rendimento nas aulas de seu instru-


mento;
Abr

• Frequência no projeto (será uma


aula semanal).
Mar

5. A turma de teclado será composta por 6


educandos;
Fev
X

6. A turma de flauta será composta por 15


Jan

educandos;
7. Os educandos deverão estar cientes da
Apresentações

encerramento
Divulgação do

prática de conjunto e estar disponíveis,


Inscrição dos

Aplicação do

Avaliação do
Processo de
Ações

educandos

Formação

Evento de

se necessário, para apresentações em


Início do

projeto:
seleção

Ensaios
projeto

projeto
Projeto

eventos dentro e/ou fora da escola.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 241

Orçamento Anexos e Apêndices (caso haja).


Recursos materiais: resolver o que é preciso
de material, inclusive de consumo. Definir preço. Fonte: adaptado do Projeto “Musicalizando” da
Recursos humanos: Os profissionais neces- Escola Estadual Brigadeiro João Camarão, de
criação e responsabilidade do Professor Izaías
sários para a execução do projeto poderão tra-
Farias.
balhar no mesmo, por meio de convênio com
outras instituições. A demanda será a seguinte: Obs: Você, professor, poderá desenvolver outros pro-
• Dois professores de música; jetos, inclusive adaptando instrumentos existentes
• Dois estagiários; na sua localidade e cultura.
• Dois educandos colaboradores.

Gerenciamento Atividade 5
A equipe de trabalho responsável pelo
projeto será constituída pelas seguintes fun- Exemplo de atividade extraclasse na área de
ções e pessoas (todos deverão ser definidos educação patrimonial e identidade cultural
no projeto):
Objetivo: Possibilitar as técnicas e os pro-
• Coordenador Geral; cedimentos necessários ao desenvolvimento
• Coordenador Pedagógico; de atividades extraclasse na área de arte.
• Coordenação Artística; Competência: Compreender a cultura e o
• Professor de música; patrimônio como partes integrantes dos con-
• Professor de prática instrumental; teúdos de arte.
• Professor de canto coral; Habilidade: Perceber os processos didáti-
• Estagiário de curso superior de prática ins- cos de reconhecimento da identidade cultural
trumental; por meio de visitas, passeios e viagens.
• Estagiário de curso superior de canto coral;
• Educandos colaboradores: a definir (edu- Atividade:
candos da escola que contribuirão na exe- Visita ao Museu de Arqueologia do Centro
cução do projeto). Cultural “Palacete Provincial” da Secretaria de
Cultura do Amazonas, ou a qualquer outro pa-
Acompanhamento trimônio cultural da sua cidade.
O projeto será avaliado, durante sua exe- Nesta atividade poderá ser escolhido ou-
cução, por meio dos seguintes instrumentos tro ambiente, conforme as condições da sua
de acompanhamento: localidade.
• Reuniões semanais com equipe de trabalho;
• Seminário trimestral com educandos, pais Objetivos
e equipe do projeto; Geral:
• Relatórios parciais mensais; Oportunizar aos educandos da 1ª série do
• Relatório final. Ensino Médio, da disciplina Ensino de Arte da
Escola Estadual (definir), a percepção empíri-
Referências: citar referências de autores ca da dimensão e do valor da cultura material
mencionados no texto do projeto. como objeto de investigação antropológica,

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
242 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

especialmente referente à preservação da objetos artísticos ou arqueológicos poderão


identidade cultural amazônica, visando re- ser uma nova descoberta para os educandos.
fletir sobre a contribuição e a influência das
artes visuais, no processo de registro desses Situação e Expectativa de Aprendizagem:
contornos históricos e arqueológicos. • Espera-se que o educando seja capaz de
identificar e reconhecer a Praça da Polícia
Específicos: como um referencial de informações sobre
• Identificar a cultura material dos povos da a história da cidade de Manaus e do Estado
Amazônia; do Amazonas, por meio de seus monumen-
• Relacionar os conteúdos da disciplina Ensi- tos históricos e artísticos, inclusive, obser-
no de Arte aos objetos e artefatos encon- vando o próprio “Palacete Provincial” que
trados; abriga o Museu de Arqueologia;
• Reconhecer a importância da arqueologia, • Espera-se que o educando seja capaz de
da linguística e da etnologia como ciências identificar e reconhecer os objetos e arte-
auxiliares da reflexão antropológica, estéti- fatos, seu tempo e sua história. Pretende-
ca e artística nas artes visuais; -se permitir que as peças arqueológicas
• Refletir sobre a importância da antropolo- nos expliquem o tipo de ser humano que
gia para os conteúdos das artes visuais no as projetou e a evolução cultural e tecno-
Ensino de Arte. lógica que fazem parte da construção an-
tropológica presente nessa linha do tempo;
Metodologia: • Espera-se que o educando seja capaz de
A atividade será realizada às (definir) ho- compreender a importância das artes vi-
ras, do dia (definir) e será desenvolvida em suais na construção da cultura material, na
quatro etapas: diversidade cultural e no compromisso do
• Reunião com o grupo na Praça da Polícia, artista com a identidade cultural e com as
onde serão expostos os objetivos e os pas- transformações sociais.
sos da atividade;
• Passeio na Praça da Polícia, para observar Avaliação:
os monumentos históricos e artísticos; A atividade será avaliada pela observação
• Visita ao Museu de Arqueologia, para ob- do envolvimento dos indivíduos do grupo,
servar os objetos e os artefatos, ouvindo o pela qualidade das ideias expostas no grupo
contexto explicativo dos guias do museu; e pelo estímulo à autoavaliação. Esta ativida-
• Reunião final com o grupo, visando à re- de compõe o leque de situações de aprendi-
flexão sobre o que fora observado e re- zagem propostas no decorrer da disciplina e
lacionando todas as experiências vividas que se enquadram no critério avaliativo de
aos conteúdos pertinentes à educação pa- participação acadêmica do educando.
trimonial e cultural, de interesse às artes
visuais.
A atividade poderá ser desenvolvida em
outros ambientes, conforme a localidade. E os

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
ARTE 243

1.3.2 Sugestões para pesquisa FERRAZ, Maria Heloísa; FUSARI, Maria F. R.


Metodologia do ensino da arte. São Paulo:
Pesquisas bibliográficas Cortez, 1993.
FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. Rio
ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura de Janeiro: Ed. Zahar, 1967.
popular. São Paulo: Editora Brasliense S/A. 3. PANOFSKY, Erwin. O Significado das Artes Vi-
ed., 1998. suais. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1978.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações no ensino PORCHER, Louis (Organizador). Educação Ar-
da Arte. São Paulo: Cortez, 2002. tística: Luxo ou Necessidade? 3. ed. São Pau-
BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Teoria e lo: Summus, 1982.
Prática da Educação Artística. São Paulo: Cul- READ, Herbert. A Redenção do Robô: Meu
trix, 1988. Encontro com a Educação Através da Arte.
BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte no São Paulo: Summus, 1986.
Brasil: Das Origens ao Modernismo. São Pau-
lo: Perspectiva, 1978. Pesquisas em sites
BARRETT, Maurice. Educação em Arte. Lisboa:
Editorial Presença Ltd., 1979. http://www.sitedasartes.hpg.com.br
BOSI, Alfredo. Reflexões Sobre a Arte. 2 ed. http://www.mundosites.net/artesplasticas
São Paulo: Ática, 1986. http://www.planetasites.com/artes-cultura.
CARAMELLA, Elaine. História da Arte. Fun- html
damentos Semióticos. Florianópolis: Editora http://www.siteseartes.com/modules/mas-
Edusc, 1998. top_publish
COLI, Jorge. O que é Arte. 3 ed. São Paulo: http://www.historiadaarte.com.br/
Brasiliense, 1983. http://www.arteducacao.pro.br
CROSS, Jack. O Ensino de Arte nas Escolas. http://www.artesbr.hpg.ig.com.br/Educa-
São Paulo: Cultrix, 1983. cao/11/index_hpg.html
DOS SANTOS, Maria das Graças Vieira Proen- http://www.spiner.com.br
ça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, http://www.portalartes.com.br/
2005. http://www.suapesquisa.com/artesliteratu-
DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. O que é Be- ra/artemoderna
leza. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. http://www.dominiopublico.gov.br
DUARTE JÚNIOR, João-Francisco. Por que Ar- http://www.tvescola.mec.gov.br
te-educação? Campinas: Papirus, 1983. http://www.louvre.fr/llv/commun/home.jsp
DUARTE JUNIOR, João-Francisco. Fundamen-
tos Estéticos da Educação. São Paulo: Cortez,
1981.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 245

PROPOSTA CURRICULAR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 247

O COMPONENTE CURRICULAR
INTEGRADOR DA MATRIZ DO
ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
248 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 249

1.1 A Educação Física no Ensino Médio do método sueco de ginástica, desencadean-


do resistências ao método alemão, bastante
Na atualidade, compreende-se a Educação influente e presente nos primórdios da Edu-
Física como disciplina obrigatória do Currículo cação Física nacional.
Escolar a partir da LDB nº 9.394/96, que deve Seu conceito de História estava ligado a
tratar da cultura corporal num sentido amplo, uma discussão sobre a busca das origens, da
cuja finalidade é a de inserir e a de envolver o evolução da Educação Física e dos esportes.
educando na realidade proposta, formando-o Tais preocupações explicitam bem uma vi-
enquanto cidadão que irá produzir e também são dos acontecimentos históricos, os quais,
transformar essa cultura no seu ambiente. Es- encarados como um progresso linear, servi-
ses avanços e compreensões surgiram a par- ram para legitimar e explicar plenamente o
tir da análise histórica da Educação Física no presente.
Brasil. A segunda fase é marcada pelo início de
O desenvolvimento dos estudos da Edu- uma produção e preocupação maior com os
cação Física brasileira está dividido em três estudos históricos, tanto nos aspectos quali-
fases, marcadas, além de diferentes aspectos, tativos quanto nos quantitativos. Nesse perío­
por autores que se destacam e, de alguma do, tem-se de ressaltar a magnífica obra His-
forma, sintetizam em suas obras as caracterís- tória Geral da Educação Física do Brasil, publi-
ticas das referidas fases. cada em 1980, de Inezil Penna Marinho, com
A primeira fase é marcada pelo caráter os seus estudos sobre a história da Educação
embrionário de desenvolvimento dos estudos. Física e do esporte no Brasil. Sua influência foi
Nessa fase, quando a produção nacional era tão relevante que chegou a homogeneizar as
pequena, a utilização de livros importados era abordagens no trato para com essa disciplina.
notável. Destacam-se as obras de Bonorino et Segundo Castellani Filho (1988), a obra
al (1931), a primeira publicação específica do de Marinho apresenta uma qualidade teóri-
gênero, escrita no Brasil, por Fernando Azeve- ca e metodológica destacável, tornando-se
do. Eles tinham suas preocupações mais vol- um exemplo de estudo histórico bem desen-
tadas para os aspectos históricos da ginástica volvido nos padrões da história documental-
como forma de ”educação do físico”, com ên- -factual. As diferenças começam na sua pre-
fase nas compreensões e nas abordagens de ocupação central com a história da Educação
caráter mundial. Física e do esporte no Brasil, até então pou-
“É importante entender que a preocupa- co abordada em estudos que preferiam uma
ção básica de Azevedo, para com a História, abordagem mundial.
estava em utilizá-la como forma de apresen- Não é possível afirmar que houve uma mu-
tar os métodos e os sistemas europeus de dança completa, tampouco que Marinho te-
Educação Física, vislumbrando definir aquele nha promovido todas as mudanças que anun-
a ser considerado o mais adequado a ser ado- ciou, porém as propostas, sem dúvida, são de
tado no Brasil” (PAGNI, 1995, p. 19). Isto é, caráter marcante e de grande importância no
­Azevedo buscava subsídios na história da Edu- aprofundar e no valorizar dos estudos histó-
cação Física, assunto que manifestadamente ricos no contexto da Educação Física brasilei-
era de seu gosto, para defender a utilização ra. Além de Marinho, é necessário lembrar o

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
250 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

nome de Jayr Jordão Ramos (1983). A obra tacando o estudo de Castellani Filho (1988),
desse autor possui características semelhan- hoje uma das obras mais lidas na área que
tes, todavia suas abordagens se voltam mais nortearam as discussões peculiares à Educa-
para a Educação Física mundial. ção Física da década de 80. O autor, funda-
Deve-se ressaltar que na obra desses au- mentalmente, objetivou recontar a história da
tores os aspectos históricos dos esportes já Educação Física no Brasil, dando ênfase aos
dividiam espaço com os mesmos aspectos aspectos ideológicos que estiveram por trás
ligados à Educação Física. Com certeza, isso de tal desenvolvimento e percurso.
é um reflexo do crescimento da importância Embora as obras dessa fase tenham repre-
do esporte no âmbito do futuro da Educação sentado uma importante mudança de enfo-
Física e da influência esportiva na sociedade, que, alguns problemas das fases anteriores
onde se observa, na atualidade, o fitness, a continuariam persistindo, por exemplo: as ati-
Educação Física e os esportes, em suma, a lin- vidades calistênicas (exercícios mecanizados,
guagem adotada por meio da cultura corporal repetitivos e técnicos). Com a modernização
da sociedade contemporânea. e a democratização do país, surgem novas
necessidades da sociedade moderna que sus-
citam outras abordagens metodológicas e pe-
dagógicas da Educação Física.
Visto que nas visões anteriores havia Sob esse olhar, o educando deverá se
apenas preocupação com a repetição apropriar do instrumental teórico necessário
gestual dos segmentos corporais, sem para se utilizar de jogos, de esportes, de dan-
que houvesse a compreensão do corpo. ças, de lutas e de ginásticas, para o exercício
crítico da cidadania, promovendo a melhoria
da Qualidade de Vida. Visto que nas visões
anteriores havia apenas preocupação com a
Poder-se-ia abordar nesse contexto obras repetição gestual dos segmentos corporais,
de outros autores que descreveram suas preo­ sem que houvesse a compreensão do corpo.
cupações de forma mais específica acerca da A Educação Física no Ensino Médio possui
Educação Física, mas, como esses autores em características próprias que devem considerar
seus estudos apenas focavam aspectos téc- a fase vivenciada pelos educandos, as novas
nicos de esportes, tais como: o futebol, a gi- propostas de educação e, sobretudo, a inter-
nástica e a capoeira, isso delimitava bastante face que se deseja para a disciplina na fase fi-
a abrangência do que deveria ser a Educação nal da formação básica dos jovens.
Física. Portanto, os conceitos estruturantes e as
A terceira fase dos estudos históricos e Competências em Educação Física direciona-
metodológicos ligados à Educação Física e ao dos a cada um deles podem traduzir-se de
esporte é marcada pela busca do redimensio- acordo com os três eixos que organizam a dis-
namento das características dos estudos até ciplina, que expostamente são: representação
então desenvolvidos, a partir, fundamental- e comunicação; investigação e compreensão;
mente, de uma crítica à obra de Marinho, por contextualização sociocultural.
apresentar uma abordagem marxista, des-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 251

Os gestos e os movimentos fazem parte mento das interpretações e das expressões


dos recursos de comunicação que o ser hu- humanas.
mano utiliza para expressar emoções, perso- Essas reflexões orientam o professor a se
nalidade e também comunicar atitudes e in- posicionar acerca da interpretação da nova
formações. educação que se quer para o nosso Estado. É
Para que os educandos compreendam responsabilidade do poder público propiciar
mais apropriadamente o discurso da mídia em o espaço para a construção de uma Educação
relação à cultura corporal, é necessário ofere- Física superadora, em que o papel da escola
cer condições, a fim de que se estabeleçam é o de ajustar as necessidades individuais ao
correlações entre diferentes linguagens. A in- meio social, priorizando o comportamento e
terpretação de lances do futebol, de artigos procurando integrar as diferentes formas de
esportivos nos jornais e na internet tornam adaptação. Assim, a escola estimula o proces-
a Educação Física um campo interdisciplinar so ativo de construção e re-construção do ob-
importantíssimo na construção, na aprendiza- jeto de estudo entre estruturas cognitivas do
gem e na educação dos jovens. indivíduo e estruturas do ambiente.
No decorrer do tempo, as teorias sobre o Nesse sentido, apresenta-se um norteador
corpo e as expressões corporais foram criadas com orientações teórico-práticas dessa disci-
e recriadas, algumas perdidas, não identifi- plina, para a reestruturação da Proposta Pe-
cadas ou relatadas pela sociedade. As regras dagógica Curricular da Educação Física para o
esportivas, os movimentos e os gestos espe- Ensino Médio no Estado do Amazonas.
cíficos dos esportes são meios de processa-
Objetivo geral do componente curricular

Compreender a corporeidade, por meio de


os três eixos que organizam a
estudos e discussões, oportunizando práticas
disciplina, que expostamente são: de conhecimento e de domínio do próprio
representação e comunicação; corpo, atendendo as necessidades de trans-
investigação e compreensão; formações do mundo globalizado, conside-
contextualização sociocultural. rando questões de cidadania, de cooperação
e de inclusão social.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
252 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1.2 Quadro demonstrativo do Componente Curricular

1ª SÉRIE

Objetivos específicos:

• Identificar o próprio corpo e as modificações decorrentes do trabalho de suas ha-


bilidades;
• Expressar, por meio de atos e atitudes, um comportamento social satisfatório na
sua formação integral;
• Construir a formação de valores e de atitudes baseados na cooperação e na inclu-
são social;
• Executar, com desenvoltura, os gestos técnicos das modalidades esportivas;
• Identificar as diferentes linguagens corporais oriundas das diversas ramificações da
Educação Física;
• Utilizar as atividades de Educação Física, valorizando o corpo humano na sua tota-
lidade;
• Utilizar a integração desportiva, dando ênfase às próprias potencialidades físicas;
• Identificar os riscos que ameaçam os adolescentes, considerando os temas transver-
sais, considerando temas como Aids, drogas, gravidez precoce, tendo como pressu-
posto o do conhecimento do corpo.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: O homem no ambiente: Saúde, Esporte e Educação

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender as dimensões • Identificar os conceitos teóricos O corpo humano • Realizando leitura de jornais, de periódicos,
antropométricas, por meio de e práticos da biometria e da • Dimensões antropométricas de artigos etc., a fim de ressaltar a
uma postura ativa na prática antropometria, no sentido de (aferição da massa corpórea; importância da atividade física;
das atividades promovidas pela interpretá-las e de compreendê- estatura, classificação e • Identificando a vulnerabilidade social do
disciplina; las, para a melhoria da qualidade perímetros) corpo e de suas interações, por meio de
• Conscientizar-se da importância de vida; leituras de texto;
• Medidas e avaliação (IMC)
do estudo da antropometria • Promover ações permanentes • Praticando rotinas de hábitos de higiene,
no cotidiano, considerando as de higiene, para a melhoria da • Higiene corporal e qualidade de
vida: como: escovação, hidratação da derme
atividades físicas como um dos qualidade de vida; e do cabelo; repouso fisiológico e jejum
principais meios de prevenção e de • Reconhecer a importância da – Atividade Física e Meio balanceado;
promoção da saúde; preservação da natureza, por Ambiente: praças, parques,
praias, entornos e rios • Realizando passeios e visitas nos espaços
• Conhecer os malefícios causados meio da educação ambiental; de lazer de atividades físicas e culturais
pela não prática de hábitos • Valorizar e respeitar as diferenças • Cuidado com o corpo: DST, AIDS, (museus);

1º BIMESTRE
saudáveis de higiene física e étnicas e as religiosas existentes gravidez precoce etc
mental; • Participando de eventos multiculturais;
na sociedade contemporânea. • O jogo de Xadrez: a sua
• Relacionar a prática da Educação importância e peculiaridade • Trabalhando em grupos, para discussão
Física, respeitando o meio sobre os temas abordados;
• Atletismo: iniciação
ambiente na promoção do lazer e • Pesquisando os vários espaços culturais de
do trabalho; atividades físicas da cidade;
• Reconhecer a importância das • Conhecendo as peças e seus movimentos no
manifestações socioculturais e tabuleiro do xadrez;
afetivas dos diferentes grupos; • Praticando os gestos fundamentais do
• Compreender a importância atletismo.
do xadrez na construção do
raciocínio lógico, da disciplina e da
concentração, para a formação do
indivíduo.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
253
254

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: O homem no ambiente: Saúde, Esporte e Educação
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Relacionar o estudo da dança e o • Identificar a relação existente Escola e Comunidade • Vivenciando atividades de dança e de teatro,
do teatro com a expressão e com a entre dança e teatro, com a • Temas interdisciplinares por meio de oficinas;
consciência corporal; expressão e com a consciência • Realizando eventos que visem à preservação
corporal; – Dança na escola
• Valorizar os elementos da do ambiente;
natureza, para preservação do • Conhecer os efeitos das drogas – Teatro na escola
• Participando de palestras, de seminários, de
ambiente; no organismo; • Estudo histórico/evolutivo do oficinas etc., sobre os malefícios causados
• Compreender os malefícios do uso • Dominar os fundamentos Futsal pela droga;
de drogas para a saúde; técnicos e táticos do Futsal, • Estudo histórico/evolutivo do

2º BIMESTRE
• Estudando o desporto, observando suas
• Compreender a importância da aplicando seus conhecimentos, Futebol regras oficiais;
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

prática desportiva na formação do por meio do esporte, no


cotidiano; • Treinando as práticas desportivas
homem; trabalhadas;
• Compreender as atitudes • Executar, com desenvoltura, os
fundamentos técnicos e táticos • Participando de torneios e de campeonatos;
esportistas como importantes nas
relações sociais. do Futebol, ampliando seus • Lendo os fundamentos de defesa e de
conceitos e suas qualidades ataque; os sistemas e as regras oficiais do
específicas. Futsal e do Futebol.
Eixo Temático: O homem no ambiente: Saúde, Esporte e Educação
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a prática desportiva • Valorizar conceitos e capacidades Desporto: Uma opção de vida • Praticando o desporto, por meio de
como fonte de desenvolvimento físicas adquiridas no dia a dia do • Estudo histórico/evolutivo do treinamentos sistemáticos e técnico-táticos;
intelectual e de crescimento físico; homem moderno; Voleibol • Participando em campeonatos escolares;
• Organizar os elementos técnicos • Reconhecer os valores morais, éticos • Estudo histórico/evolutivo do • Lendo sobre os fundamentos técnicos de
desenvolvidos na prática desportiva e sociais, adquiridos por meio da Handebol defesa e de ataque do Voleibol;
educacional; prática desportiva;
• Estudo histórico/evolutivo do • Analisando os sistemas de jogo: 6x0; 3x3;
• Compreender os efeitos e os • Demonstrar compreensão dos Basquetebol 4x2 e 5x1 do voleibol;
benefícios da prática desportiva na estudos teóricos e práticos da prática
melhoria das qualidades físicas e desportiva. • Estudando as regras de jogo do Voleibol;
cognitivas. • Lendo sobre os fundamentos de defesa e
de ataque do Handebol;

3º BIMESTRE
• Analisando os sistemas de jogo ofensivos e
defensivos: 6x0; 5x1; 4x2; 3x3; 5x1; 3x2x1;
1x5 e 2x4 do Handebol;
• Estudando as regras oficiais do Handebol;
• Lendo sobre os fundamentos de defesa e
ataque do Basquetebol;
• Analisando os sistemas de jogo: 2-2-1; 3-2;
5x0; 1-2-2 e 2-3 do Basquetebol;
• Estudando as regras oficiais do
Basquetebol.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
255
256

Eixo Temático: O homem no ambiente: Saúde, Esporte e Educação

DO ENSINO MÉDIO
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

PROPOSTA CURRICULAR
• Compreender, por meio da • Reconhecer a prática desportiva Educação física: A harmonia entre o • Utilizando as estratégias táticas,
prática desportiva, a vida como como necessária para a vida corpo e a mente transformando-as em benefícios pessoais e
sistema complexo de soluções e cotidiana; • Estudo histórico/evolutivo da de grupo;
de tomadas de decisões; • Aplicar, com destreza, os Queimada • Identificando, por meio de exercícios
• Desenvolver raciocínio lógico movimentos de técnica da • O Voleibol de praia físicos, os movimentos característicos
e abstrato, concentração, Queimada; e as movimentações técnicas próprias
pensamento antecipatório, • Handebol de areia da Queimada, do Voleibol de praia e do
• Conhecer as organizações das
memória, planejamento, diferentes provas do atletismo, • Aspectos históricos, pedagógicos e Handebol de areia
hábitos de estudo, criatividade, priorizando a contextualização técnicos do Atletismo • Praticando dinâmicas de jogo;
empatia, elevada autoestima, dos acontecimentos históricos • A história e a lenda do Xadrez
que concorrem para o • Analisando as regras oficiais das práticas
e sua relação com os desportivas trabalhadas;
desenvolvimento da inteligência eventos e com as tecnologias
global; contemporâneas; • Estudando os tipos de corridas com as
• Compreender o jogo como respectivas regras;
• Reconhecer os jogos como
forma de harmonizar a relação propiciadores de atividades • Praticando saltos horizontais e verticais;

4 º BIMESTRE
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

entre corpo e mente, para uma mentais necessárias para o • Praticando Arremessos e lançamentos;
vida equilibrada e saudável. desenvolvimento da inteligência. • Identificando os procedimentos necessários
para a prática do Xadrez;
• Estudando as regras específicas do Xadrez;
• Construindo materiais alternativos, para a
prática dos jogos trabalhados;
• Ensaiando e treinando jogadas básicas;
• Confeccionando tabuleiros e peças para a
prática do Xadrez;
• Pesquisando informações vinculadas ao
Xadrez;
• Realizando leitura crítica sobre reportagens e
revistas enxadrísticas virtuais.
EDUCAÇÃO FÍSICA 257

2ª SÉRIE

Objetivos específicos:

• Definir o corpo, considerando a sua dinamicidade e as modificações decorrentes


de exercícios físicos;
• Expressar-se, por meio de atos e de atitudes, valorizando o comportamento e a
integração social como elementos fundamentais para a formação do indivíduo;
• Praticar, com eficiência, os gestos técnicos dos esportes;
• Utilizar-se da criatividade, da responsabilidade e do pensamento crítico, por meio
do planejamento e discussão coletivos, adquiridos nas práticas desportivas, com o
fim de propiciar a inclusão racial;
• Utilizar métodos de condicionamento físico, visando à compleição física do aluno;
• Reconhecer o desempenho do outro, como subsídio para a própria aprendizagem
no processo de construção da consciência.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
258

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Educação Física: Corpo, Movimento e Inclusão
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Reconhecer o uso dos recursos • Conhecer a relação orgânica e Corpo, saúde e tecnologias • Utilizando materiais e mídias, como
tecnológicos na prática da funcional do corpo e seus aspectos • Análise corporal e de saúde do efetivação teórica e prática da Educação
Educação Física, como meio cognitivos; organismo humano Física, na mensuração orgânico-funcional;
de facilitar o resultado de seus • Conhecer as ações permanentes de • Criando hábitos de higiene pessoal;
objetivos; • Recursos tecnológicos para
higiene que promovam a melhoria aferição e composição do corpo • Utilizando uniformes e calçados adequados
• Compreender a importância da qualidade de vida; para a prática desportiva;
da saúde corpórea e do uso • Estruturas anatômicas: músculos
• Conhecer os diversos discursos e articulações • Seguindo, de modo apropriado, as regras de
de produtos que promovam a apresentados pela mídia,
assepsia do organismo; • Perímetros, diâmetros e dobras higiene social;
considerando a importância do
• Compreender a importância da esporte, da saúde e do lazer; cutâneas • Praticando as regras para o cuidado com o
prática da atividade física, no • Higiene corporal, estilo e corpo;
• Estimular a preservação da natureza,
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

meio ambiente, na promoção por meio dos propósitos da qualidade de vida • Pesquisando sobre as horas de sono, as
do lazer e na saúde. educação ambiental. • Formas de mídias que diversões e a alimentação adequadas para
a manutenção de uma boa saúde mental e

1º BIMESTRE
• Identificar os recursos tecnológicos, possibilitam o pensamento
crítico-construtivo física;
considerando a qualidade dos
serviços apresentados pela prática • Praticando, por meio do esporte, a inclusão
desportiva, para obtenção de social;
resultados. • Analisando os conteúdos produzidos pelos
vários tipos de mídias;
• Participando de atividades físicas ao ar livre;
• Discutindo os temas abordados, por meio da
leitura de textos, em forma de seminários,
debates, gincana cultural e palestras;
• Visitando praças, reservas ambientais e
pontos turísticos;
• Exercitando a organização de eventos
esportivos.
Eixo Temático: Educação Física: Corpo, Movimento e Inclusão
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a importância das • Reconhecer as diferenças étnicas e Atividades Desportivas, • Participando de eventos culturais promovidos na
manifestações socioculturais e religiosas existentes na sociedade Artísticas e Culturais escola, por meio de projetos;
afetivas dos diferentes grupos; contemporânea; – Danças folclóricas • Elaborando projetos, com a participação de
• Valorizar aspectos da pessoa • Conhecer, por meio do esporte, os – Coreografias regionais vários grupos sociais;
humana, respondendo valores morais essenciais para a • Praticando, com desenvoltura, os fundamentos
com atitudes esportistas e convivência social; • Estudo histórico/evolutivo do
Futebol no Brasil e no mundo do Futebol, por meio de processos, aplicando
respeitando o aprendizado

2º BIMESTRE
• Reconhecer o esporte como conceitos e qualidades específicas;
conquistado por meio do fundamental para a identificação de • Jogos populares
esporte. • Exercitando os fundamentos de defesa e de
outras culturas e para a aproximação ataque, os sistemas de jogo combinado e de
entre os povos. regras oficiais do Futebol;
• Participando de atividades inclusivas e
educacionais, no âmbito da escola e da
comunidade.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
259
260

Eixo Temático: Educação Física: Corpo, Movimento e Inclusão


COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a importância da • Dominar os fundamentos técnico- Estudo Histórico e • Praticando o desporto, os sistemas de jogo,
prática desportiva na formação táticos do Futsal, aplicando seus aprofundamento das por meio de treinamentos intensivos e de

DO ENSINO MÉDIO
do homem íntegro; conhecimentos, por meio do esporte, modalidades participação em programações esportivas;
• Compreender a prática do no cotidiano; • Futsal – Um desporto em • Exercitando os fundamentos de defesa e de

PROPOSTA CURRICULAR
Futsal, Voleibol, Handebol • Identificar conceitos e capacidades expansão ataque, de sistemas de jogo combinado e de
e Basquetebol, como físicas utilizadas no dia a dia do • Voleibol – Um esporte de regras oficiais;
desenvolvimento intelectual e homem moderno; tradição • Pesquisando sobre os fundamentos técnicos de
de crescimento físico; • Reconhecer a importância dos defesa e de ataque do Futsal;
• Handebol – Um desporto
• Compreender os valores conteúdos teóricos e práticos do escolar • Lendo sobre os fundamentos técnicos de defesa
culturais, as regras e as normas, Futsal, do Voleibol, do Handebol e e de ataque do Voleibol;
que auxiliem na construção e no do Basquetebol, para a prática dos • Basquetebol – Um desporto
resgate de valores morais. mesmos. que conquistou o Brasil • Interpretando os sistemas de jogo: 6x0; 3x3; 4x2
e 5x1 do Voleibol;
• Estudando as regras de jogo do Voleibol;
fundamentos técnicos pedagógicos, sistemas de
defesa e de ataque; sistemas de jogo: 4x2; 5x1;
sistemas combinados; regras oficiais;
• Compreender os elementos técnicos
desenvolvidos na prática do jogo do Handebol;

3º BIMESTRE
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

• fundamentos de defesa e de ataque; sistemas


de jogo ofensivo e defensivo: 6x0; 5x1; 4x2; 3x3;
5x1; 3x2x1; 1x5; 2x4; regras oficiais;
• fundamentos de defesa e de ataque;
• Sistemas defensivos: 2-1-2; 2 2-1 e 2-3;
individuais e combinados;
• Regras oficiais;
• Interpretando o desenvolvimento técnico-tático
do jogo, por meio de treinamentos sistemáticos
e de participação em eventos esportivos oficiais
e escolares;
• Realizando a prática desportiva, por meio de
treinamentos sistemáticos de aplicação técnico-
tática e de participação em eventos escolares e
oficiais;
• Participando de competições escolares e oficiais,
realizando a prática do desporto, por meio de
treinamento sistemático, técnico e tático.
Eixo Temático: Educação Física: Corpo, Movimento e Inclusão
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Desenvolver melhorias • Aplicar com destreza os Estudo Histórico: Algumas • Praticando os gestos específicos, dinâmicas
nas condições orgânicas e movimentos de técnica da Modalidades técnico-táticas das ações de jogo, em
funcionais, por meio da prática Queimada, assim como • Queimada – Uma abordagem treinamentos e na participação de eventos
dos exercícios físicos; as estratégias táticas, prática escolares;
• Compreender os movimentos transformando-as em benefícios • Praticando as regras oficiais da Queimada;
pessoais e de grupo; • Atletismo – Um desporto de
produzidos pelo corpo, por meio sucesso • Construindo na Queimada jogadas mais
da prática gestual; • Conhecer as organizações das elaboradas;
diferentes provas do Atletismo, • A história e a lenda do Xadrez.
• Compreender a vida como • Praticando corridas rasas, com barreiras e com
sistema complexo de soluções e priorizando a contextualização
dos acontecimentos históricos e a obstáculos, revezamentos e provas combinadas;
de tomadas de decisão;
sua relação com os eventos e com • Treinando saltos horizontais e verticais;
• Aprender a ser, aprender a as tecnologias contemporâneas;
conviver, aprender a conhecer • Praticando arremessos e lançamentos;
e aprender a fazer, por meio • Desenvolver raciocínio lógico • Exercitando os conhecimentos adquiridos, para
da apropriação dos elementos e abstrato, concentração, construir materiais alternativos; para realizar
pensamento antecipatório,

4º BIMESTRE
básicos do Xadrez. visitas técnicas a espaços oficiais; para participar
memória, planejamento, hábitos de eventos esportivos, escolares e oficiais;
de estudo, criatividade, empatia,
• Ensaiando e treinando jogadas básicas do
elevada autoestima, que em
Xadrez;
última análise concorrem para o
desenvolvimento da inteligência • Construindo peças e tabuleiro por divisões
global. sucessivas e coordenadas;
• Confeccionando tabuleiros e peças para a
prática do Xadrez;
• Organizando as peças no tabuleiro;
• Analisando o valor absoluto e relativo das peças;
• Pesquisando informações vinculadas ao Xadrez;
• Realizando leitura crítica sobre reportagens e
revistas enxadrísticas virtuais.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
261
262 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

3ª SÉRIE

Objetivos específicos:

• Reconhecer as modificações corporais, por meio das práticas desportivas;


• Demonstrar, por meio de atos e de atitudes, um comportamento integrado na so-
ciedade;
• Aplicar, por meio das práticas desportivas, a cooperação e inclusão social;
• Demonstrar, durante as práticas desportivas, com precisão e objetividade, os ges-
tos técnicos dos esportes;
• Atuar com criatividade, com responsabilidade e com pensamento crítico nas situ-
ações cotidianas.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
Eixo Temático: Ciências do Esporte: Saúde, Educação e Tecnologias
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Usar recursos tecnológicos • Entender aspectos funcionais Análise antropométrica e • Avaliando segmentos do corpo, por meio de
específicos na prática da Educação e cognitivos do organismo Simétrica do corpo humano instrumentos de medidas e comparando-os
Física, como ferramenta facilitadora humano; • Estruturas Anatômicas com resultados anteriores;
de seus objetivos; • Compreender os benefícios e os • Realizando movimentos específicos, para o
• Higiene corporal e pessoal, estilo
• Desenvolver hábitos que malefícios resultantes da higiene e qualidade de vida alinhamento e para o equilíbrio corporal;
apresentem cuidados especiais corporal; • Avaliando a tonificação dos músculos e
relacionados à saúde corporal; • Mídias: digital e escrita
• Analisar as informações percentuais de gordura;
• Interpretar e assimilar a relação oriundas da mídia com senso • Cultura corporal e inclusão:
conteúdos da Educação Física • Registrando perímetros, diâmetros e dobras
existente entre a Educação Física e construtivo; cutâneas;
o produto construído pelos veículos • Reconhecer os recursos • Registrando os desvios posturais;

1º BIMESTRE
de comunicação; tecnológicos como
• Compreender e usar a linguagem instrumentos indispensáveis • Praticando regras de higiene, como:
corporal como relevante para a para o conhecimento, vestimenta, calçado, alimentação e repouso;
própria vida, integradora social e o monitoramento e o • Discutindo as informações produzidas pela
formadora da identidade. acompanhamento da saúde mídia (internet), por meio da leitura de textos
corporal; em: jornais, periódicos, revistas, artigos etc.;
• Relacionar as tecnologias de • Utilizando recursos tecnológicos para
comunicação e informação ao mensuração antropométrica;
desenvolvimento das sociedades • Destacando a mídia, como facilitadora da
e ao conhecimento que elas inclusão social, corporal e digital.
produzem.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
263
264

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Ciências do Esporte: Saúde, Educação e Tecnologias
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender a prática da atividade • Estimular a preservação Educação Ambiental e Atividade • Visitando praças, reservas ambientais e pontos
física, no ambiente, para promoção da natureza, por meio dos Física turísticos;
da preservação ambiental, do lazer propósitos da educação • Preservação da natureza – • Participando de eventos esportivos voltados
e do esporte; ambiental; Esportes Naturais para a natureza;
• Compreender a importância das • Facilitar a vivência das • Festivais de danças regionais e • Participando de corrida de orientação, corrida
manifestações socioculturais dos diferenças étnicas e religiosas expressões artísticas de aventura e de remo;
diferentes grupos étnicos; existentes na sociedade
globalizada; • Participando de concursos, de gincanas, de
• Compreender a importância do festivais culturais na escola;
Projetos interdisciplinares

2º BIMESTRE
trabalho, por meio de projetos • Reconhecer a importância
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

interdisciplinares. da interdisciplinaridade na • Lixo e reciclagem • Realizando atividades inclusivas e


formação do educando. educacionais, no âmbito da escola e da
• Água e o Planeta comunidade;
• Elaborando e realizando projetos que
envolvam grupos sociais;
• Realizando projetos interdisciplinares,
envolvendo ações sociais e culturais;
• Praticando ações em defesa do ambiente.
Eixo Temático: Ciências do Esporte: Saúde, Educação e Tecnologias
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Compreender e reconhecer a • Dominar os fundamentos técnicos Desportos: A Prática • Promovendo o desporto, os sistemas de jogo, por
importância da prática desportiva e táticos do Futsal, aplicando seus • Futsal meio de treinamento;
na formação do homem ético; conhecimentos obtidos, por meio • Organizando programações esportivas;
do esporte no cotidiano; • Futebol
• Valorizar e responder com atitudes • Utilizando o esporte, como meio de inclusão
esportistas, obediência e respeito • Realizar com desenvoltura os • Voleibol
entre os grupos;
ao aprendizado conquistado, por fundamentos técnicos táticos do • Handebol
meio do esporte; Futebol, ampliando seus conceitos • Praticando o desporto, pelo uso do treinamento
• Basquetebol sistemático e técnico-tático;
• Analisar os benefícios de e suas qualidades específicas;
• Queimada • Participando de campeonatos oficiais e escolares;
coletividade e de inclusão • Realizar, com eficiência técnica, os
proporcionados pela prática do fundamentos adquiridos por meio • Exercitando os fundamentos de defesa e de
Voleibol; da prática e das discussões; ataque de todos os desportos;
• Organizar os elementos técnicos • Reconhecer os valores morais, • Exercitando os sistemas de jogo; os sistemas
desenvolvidos na prática do jogo éticos e sociais, adquiridos por combinados; as regras de jogo de todos os
do Handebol educacional; meio da prática do esporte; desportos;
• Avaliar os efeitos e os benefícios • Demonstrar compreensão dos • Exercitando os fundamentos de defesa e de
da praticidade desportiva, na estudos teóricos e práticos dos ataque; os sistemas de jogo: 4-4-2; 3-4-3; 3-5-2;

3º BIMESTRE
melhoria das qualidades físicas e esportes desenvolvidos; as regras de jogo, do Futebol;
cognitivas; • Aplicar com destreza os • Exercitando os fundamentos de defesa e de
• Desenvolver melhorias nas movimentos de técnica da ataque; os sistemas de jogo: 6x0; 5x1; 4x2;
condições orgânicas e funcionais Queimada, assim como as 3x3; 5x1; 3x2x1; 1x5; 2x4; as regras oficiais do
por meio da prática dos exercícios estratégias táticas, transformando- Handebol;
físicos. as em benefícios pessoais e de • Exercitando os fundamentos de defesa e de
grupo. ataque; os sistemas de jogo: 2-2-1; 3-2; 5x0; 1-2-
2; 2-3; as regras oficiais do Basquetebol;
• Praticando as técnicas, a dinâmica do jogo e as
regras de jogo da Queimada;
• Discutindo a importância da disciplina, do
cumprimento das regras e de um referencial ético
na formação do indivíduo;
• Praticando os gestos específicos de cada
desporto; dinâmicas técnico-táticas das ações de
jogo, em treinamento.
EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
265
266

DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR
Eixo Temático: Ciências do Esporte: Saúde, Educação e Tecnologias
COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

• Interpretar os valores culturais, • Conhecer as organizações das Aspectos históricos, pedagógicos e • Apresentando os fundamentos teóricos do
de regras e normas, auxiliando diferentes provas do Atletismo, técnicos Atletismo;
o educando na construção e no priorizando a contextualização • Atletismo • Participando de diferentes provas do Atletismo;
resgate de seus valores morais; dos acontecimentos históricos
e sua relação com os eventos e • A construção coletiva de • Construindo materiais alternativos;
• Compreender e reproduzir conhecimento e a desmistificação
os movimentos do corpo, por tecnologias contemporâneas; • Visitando espaços oficiais para a prática do
do Xadrez egocêntrico Atletismo;
meio da prática gestual; • Desenvolver raciocínio lógico
• Compreender a vida como e abstrato, concentração, • Elaborando relatórios das visitas técnicas aos
sistema complexo de solução e pensamento antecipatório, espaços oficiais;
de tomada de decisões; memória, planejamento, hábitos • Participando de campeonatos oficiais e
de estudo, criatividade, empatia, escolares;

4º BIMESTRE
• Aprender a ser, aprender a
LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

elevada auto estima; que em


conviver, aprender a conhecer • Confeccionando tabuleiros e peças para a prática
última análise concorram para o
e aprender a fazer, por meio do Xadrez;
desenvolvimento da inteligência
da apropriação dos elementos global; • Identificando a função das peças, no jogo de
básicos do Xadrez. Xadrez;
• Reconhecer a prática esportiva
como veículo de valorização e de • Exercitando as regras do jogo de Xadrez: posição
reconhecimento dos povos. correta, número de casas, linhas e coordenadas;
• Utilizando o espaço virtual para a prática do
Xadrez;
• Discutindo acerca das dificuldades e da
mitificação do jogo de Xadrez.
EDUCAÇÃO FÍSICA 267

1.3 Alternativas metodológicas para o caminhadas, passeios ciclísticos, o desporto


ensino de Educação Física ecológico para todas as idades. Daí que as
atividades aqui sugeridas visam harmonizar a
O movimento é intrínseco ao ser humano: vida citadina e a vida ao ar livre, projetos pe-
o caminhar, o correr, o subir em uma árvore, dagógicos e atividades que têm como tarefa
o dançar são potencialidades que se tornam desenvolver a disciplina, a concentração e o
efetivas, à medida que se alcança maturidade cuidado com o corpo e com a mente.
física e mental. Assim sendo, são ações que
fazem do animal homem um ser humano.
Todavia, o movimento pode ser racionali- 1.3.1 Sugestões de atividades didático-peda-
zado, por meio de atividades sistemáticas que gógicas:
exigem conhecimentos teóricos e práticos.
Por meio destes, o correr transforma-se em Série: 1ª, 2ª e 3ª
um esporte; o dançar, além de ser uma ati-
vidade prazerosa, torna-se um desporto, ou Atividade 1
ainda, pode gerar os movimentos graciosos Projeto Atletismo Escolar
da Ginástica, e assim por diante.
Considerando o processo de racionaliza- Poderá ser desenvolvida em todas as sé-
ção, por meio do qual o homem humaniza ries, de modo sequencial, considerando os
gestos, movimentos e linguagens, a Educa- níveis de complexidade.
ção Física empenha-se em sintetizar, cada vez
mais com maior propriedade, teoria e prática, Objetivo: Propor, por meio da prática do
com o fim de criar, de aperfeiçoar e de for- Atletismo, um projeto que envolva a escola e
jar novos atletas e de realizar a máxima uma a comunidade, possibilitando, assim, não só a
mente sã num corpo são. prática da interdisciplinaridade, mas também
Ainda não se pode deixar de considerar o a integração dos adolescentes no esporte.
seu aspecto inclusivo. Como se pode verificar,
grande parte de atletas brasileiros foram sal- Competência: Compreender o Atletismo
vos pela prática esportiva, pela qual puderam, como um dos esportes mais favoráveis à inte-
hoje, defender a camisa de grandes equipes gração de crianças e de adolescentes no mun-
nacionais e mundiais, assim como grandes do esportivo, considerando-o como uma for-
personalidades da dança nacional e mundial ma de combater quaisquer tipos de desvios
têm o mesmo lugar de origem: as favelas das comportamentais.
grandes metrópoles ou de regiões até desco-
nhecidas por grande número de brasileiros. Habilidades: Praticar, sistematicamente,
É por não desconhecer a importância do exercícios físicos;
esporte e do desporto na vida do ser humano Conhecer as necessidades de sua comuni-
que a Educação Física, cada vez mais, aproxi- dade, com o intuito de prestar serviços fun-
ma-se de todos, levando as atividades físicas: damentais para o crescimento harmonioso da
mesma.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
268 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

1 Justificativa • Solicitar atestado médico, autorizando


O Atletismo é o esporte o qual apresenta a realização de atividade física;
maior variabilidade de movimentos, porque • Iniciar as atividades (treinamento sis-
se correlaciona com as capacidades funcio- temático).
nais inerentes ao homem. Enquanto prática,
nele, o educando pratica saltos, corrida rasa 3 Avaliação
(cíclica), corrida com barreiras e obstáculos As avaliações poderão ser semestrais ou
(movimentos acíclicos), lançamentos e arre- anuais, devendo contar com a presença da
messos. Essas modalidades podem ser desen- Comissão Pedagógica da Escola e do Gestor.
volvidas de forma adaptada (adequada) e al- Nessa oportunidade, o professor irá expor as
ternativa (recorrente a materiais não oficiais). demandas, as perspectivas do projeto e os be-
nefícios.
2 Desenvolvimento Após essa exposição, o professor fará a ava-
liação do projeto desenvolvido, considerando
1ª fase: a frequência, o quantitativo e os resultados,
Nas aulas, o professor poderá expor carta- sobretudo, ele apresentará o rendimento e a
zes, solicitando materiais como: cano de PVC participação dos educandos, destacando se
de meia polegada e 40 mm, garrafas pet, caixa foi bem recebido ou não pela comunidade.
de papelão, latas com resto de tinta, pincéis, Quanto aos educandos, por meio de observa-
rolo para pintar, fita gomada transparente, ção direta, o professor fará anotações sobre
pneus velhos. Outros materiais poderão ser as mudanças comportamentais dos mesmos.
fornecidos pela Escola.

2ª Fase: Série: 1ª, 2ª e 3ª


• Divulgar o projeto na Escola e na co-
munidade; Atividade 2
• Estipular prazos para inscrições; Projeto Xadrez na Escola
• Estabelecer dias e horários dos treinos;
• Criar normas e critérios para participa- Poderá ser desenvolvida em todas as Sé-
ção no projeto; ries, de modo sequencial, considerando os
• informar as categorias e os gêneros de níveis de complexidade.
desenvolvimento no projeto;
• Enviar comunicado de confirmação de Objetivo: Entender o jogo de Xadrez como
inscrição, documento de normas e cri- instrumento para a desenvoltura do pensa-
térios, para conhecimento dos pais; mento cognitivo, considerando as demandas
• Reunir com os pais dos alunos inscritos da informática e o aprimoramento do racio-
e com os educandos da comunidade. cínio lógico.

3ª Fase: Competência: Conhecer as regras do jogo


• Realizar testes motores e funcionais; de Xadrez, correlacionando-as com as regras

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 269

sociais, à disciplina e à boa condução do in- • Estabelecendo dias e horários das au-
divíduo. las;
Habilidade: Identificar a função das peças • Criando normas e critérios para parti-
do jogo de Xadrez, correlacionando-as com as cipação no projeto;
normas sociais e a disciplina; • Informando as categorias e os gêneros
Apreender os vários tipos de jogadas, de desenvolvimento no projeto;
como prática para desenvolver o raciocínio • Enviando comunicado de confirmação
lógico. de inscrição, documento de normas
e critérios, para o conhecimento dos
1 Justificativa pais;
O Xadrez é utilizado na educação como • Reunindo com os pais dos educandos
instrumento inter, multi e pluridisciplinar, pois inscritos e com os demais da comuni-
auxilia no desenvolvimento de algumas ca- dade;
racterísticas do pensamento cognitivo, como • Realizando testes de adequação de ní-
abstração, memorização, raciocínio lógico, vel nas categorias (faixa etária);
dedução, indução e estabelece vínculo com • Solicitando o encaminhamento do ser-
a informática e com as novas tecnologias de viço de orientação e de supervisão es-
informação, permitindo aumentar o espectro colar, à equipe pedagógica;
de sua utilização. • Realizando aulas sistemáticas.
Como o educando realiza práticas motoras
por meio da Educação Física, e sendo esta um 3 Avaliação
instrumento que desenvolve (estimula) o QM As avaliações poderão ser realizadas no
(quociente motor), o Xadrez poderá ser usado momento dos campeonatos, devendo con-
no auxílio do QI (quociente de inteligência), tar com a presença da Comissão Pedagógica
complementando e estimulando o desenvol- da Escola e do Gestor. Nessa oportunidade, o
vimento das capacidades cognitivas do edu- professor irá expor as potencialidades do Xa-
cando. drez e a necessidade de serem desenvolvidas,
nos educandos, as capacidades cognitivas.
2 Desenvolvimento Após essa exposição, o professor fará a ava-
Poderá ser desenvolvido, por meio de reu- liação do projeto desenvolvido, considerando
niões com os pais daqueles que obtiveram o desempenho, o quantitativo e os resultados
notas inferiores (análise do boletim escolar) e concretos de habilidades na resolução de cál-
com aqueles que possuem problemas de con- culos, na compreensão de problemas, na arti-
centração e de raciocínio lógico nas discipli- culação de ideias e na concentração. Quanto
nas (análise da supervisão pedagógica). Para aos educandos, por meio de autoavaliação e
isso, o professor apropriar-se-á dos seguintes da observação direta, o professor fará anota-
procedimentos: ções sobre as mudanças comportamentais e
intelectuais dos mesmos.
• Divulgando o projeto na Escola e na
comunidade;
• Estipulando prazos para inscrições;

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
270 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Série: 1ª, 2ª e 3ª – Desloca-se até a posição inicial;


– Segue a mesma atividade, até que o últi-
Atividade 3 mo chegue à posição inicial.
Jogos pré-desportivos
Obs.: A bola poderá ser passada pelo lado
Poderá ser desenvolvida em todas as sé- direito ou pelo lado esquerdo, por entre as
ries, de modo sequencial, considerando os pernas, por sobre a cabeça, de forma sinuosa,
níveis de complexidade. por cima e por baixo etc.

Objetivo: Entender as práticas pré-despor- 4 Avaliação


tivas, como preparação inicial, como fomen- Ao final das atividades, o professor obser-
tadoras do espírito desportivo e do interesse vará a reação física dos educandos, apontan-
do educando pelo desporto. do-as no relatório que constará no dossiê de
cada educando.
Competência: Utilizar as práticas pré-des-
portivas, não só como brincadeiras de crianças
ou de rua, mas também como condições ne- Série: 1ª, 2ª e 3ª
cessárias à iniciação do desporto.
Atividade 4
Habilidades: Reconhecer a importância de Jogos de iniciação ao minibasquetebol
brincadeiras para o desenvolvimento inicial
da prática desportiva; Poderá ser desenvolvida em todas as sé-
Associar as brincadeiras de rua como inte- ries, de modo sequencial, considerando os
gradoras sociais. níveis de complexidade.

1. Alongamento de membros inferiores, Objetivo: Demonstrar, por meio do mini-


superiores e do tronco. basquetebol, aptidões, preferências e segu-
rança, não só no arremesso, mas também nas
2. Brincadeira de manja da corrente decisões do cotidiano.
Começa com um educando, que deverá
tocar os demais, até formar uma grande Competência: Compreender o minibas-
corrente. quetebol como treinamento preparatório
para o jogo oficial de basquetebol e enquan-
3. Realização do jogo to liberador de energia e de desprendimento
– Dividir a turma em números iguais; que pode influenciar no comportamento do
– Orientar cada grupo, ficando a posse de cotidiano.
uma bola com o primeiro de cada coluna.
Habilidades: Identificar as regras do Mini-
Ao sinal do professor, o educando: basquetebol, para a compreensão do Basque-
– Passa a bola para o que estiver atrás, até tebol;
que esta chegue ao último de sua coluna;

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO FÍSICA 271

Associar as regras do desporto às regras Objetivo: Compreender as dimensões, os


sociais. detalhes e os requisitos necessários, em uma
quadra, para a prática do Handebol, relacio-
1 Alongamentos dos segmentos corporais nando-os com conhecimentos da Matemática.
e aquecimentos das estruturas funcionais.
Competência: Utilizar os conhecimentos
2 Realização do jogo: da Educação Física, promovendo a interdis-
– Distribuição dos grupos em números ciplinaridade com os conhecimentos da Ma-
iguais de componentes e em colunas na linha temática, a fim de garantir ao educando uma
central. educação de qualidade, preparando-o para os
exames nacionais.
Ao sinal do professor:
Habilidades: Reconhecer a Matemática
– Dirigir-se em direção à área restritiva como propiciadora de elementos para o co-
(garrafão), de onde deverão arremessar a nhecimento teórico da Educação Física;
bola com as duas mãos até a conversão de Associar os conhecimentos adquiridos na
uma “cesta”; Educação Física e na Matemática, como ne-
– Pegar a bola e retornar ao ponto inicial; cessários para a obtenção de bons resultados,
– Entregar para o próximo componente de nos exames nacionais.
sua coluna;
– Dirigir-se para o final da mesma. 1 Aquecimento: explicações preliminares
do objetivo e do conteúdo da aula.
3 Avaliação
Ao final das atividades, o professor testará 2 Realização do jogo:
a capacidade dos educandos, observando a
agilidade, o espírito coletivo, a obediência às Entregar a cada educando uma folha em
regras do jogo e a eficiência nos arremessos. branco, para fazer o diagrama de uma qua-
As suas anotações sobre cada um dos educan- dra oficial, de acordo com a orientação do
dos constará no dossiê individual. professor;
Traçar um retângulo, com 20 m para as li-
nhas finais (fundo) e 40 m para as linhas la-
Série: 1ª, 2ª e 3ª terais;
Dividir o retângulo em partes iguais, por
Atividade 5 meio de uma linha central;
Conhecimento espacial da quadra de Hande- Desenhar uma área de gol, à frente das
bol: dimensões, linha e estrutura. balizas (traves), com medida igual a 6 m de
distância da linha de fundo;
Poderá ser desenvolvida em todas as sé- Demarcar linha de marcação dos 7 m (pê-
ries, de modo sequencial, considerando os nalti);
níveis de complexidade. Traçar linha de marcação do goleiro – 4 m;

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
272 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Construir a baliza (traves), com 2 m de al- http://www.rachao.com


tura por 3 m de largura; http:/www.tenisdecampo.com/site/ftg/sa-
Desenhar as linhas de redes, do banco de que.php
reservas e da mesa do anotador; http://www.saudeemmovimento.com.br
Conhecer os tipos de bolas: H1L; H2L e H3L; www.abeso.org
Demarcar a linha de tiro livre – 9 m (linha
pontilhada); Filmes
Conhecer as categorias: mirim, infantil, ca-
dete, juvenil e adulto (feminino e masculino). A luta pela esperança. Direção de Ron Ho-
ward, 2005.
3 Avaliação
A avaliação poderá ser feita na própria Campeões! (Televisón de Catalunya, Espanha,
quadra, em parceria com o professor de Ma- 1990) – veiculado pela TV Escola.
temática. Serão avaliados o desenho, a exati-
dão das medidas, os cálculos, o espaço físico, Honey: no ritmo dos seus sonhos. Direção de
as figuras geométricas etc. Bille Woodruff, 2003.
Ao final será atribuída uma nota individual.
Jogadas de tênis – Disponível em: HTTP://
webvideos.kboing.com.br/show-video.php?
1.3.2 Sugestões para pesquisa id=18379bc50d894eed6e1c7617292346e3.
Duração: 9 minutos.
Sites
Murderball: paixão e glória (2006, documen-
regional.bvsalud.org/ tário, 85 minutos).
www.dominiopublico.gov.br/
lilacs.bvsalud.org/ Touro indomável. Martin Scorcese, 1980.
www.nlm.nih.gov/medlineplus/
http://www.cbtenis.com.br/historia Wimbledon – o jogo do amor (Wimbledon).
www.cbb.org.br Direção de Richard Loncraine, 2004.
http://www.jmfbrasil.com.br http//www.oscar14.com..br

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 273

Avaliação: O culminar do processo educativo

A avaliação é a parte culminante do pro- aprendizagem. As avaliações a que o professor


cesso que envolve o ensino e a aprendizagem. procede enquadram-se em três grandes tipos:
Benvenutti (2002) afirma que avaliar é mediar avaliação diagnóstica, formativa e somativa.
o processo ensino-aprendizagem, é oferecer Em se tratando da função diagnóstica, de
recuperação imediata, é promover cada ser acordo com Miras e Solé (1996, p. 381), esta
humano, é vibrar junto a cada educando em é a que proporciona informações acerca das
seus lentos ou rápidos progressos. capacidades do educando antes de iniciar um
E pensando assim, acredita-se que o gran- processo de ensino-aprendizagem, ou ainda,
de desafio para construir novos caminhos, segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975),
inclusive, no contexto educacional brasileiro, busca a determinação da presença ou ausên-
está em verificar cada lugar nas suas especi- cia de habilidades e pré-requisitos, bem como
ficidades e nas suas necessidades. Segundo a identificação das causas de repetidas dificul-
Ramos (2001), uma avaliação com critérios de dades na aprendizagem.
entendimento reflexivo, conectado, compar- Em termos gerais, a avaliação diagnóstica
tilhado e autonomizador no processo ensino- pretende averiguar a posição do educando
-aprendizagem é o que se exigiria. Somente em face das novas aprendizagens que lhe vão
assim serão formados cidadãos conscientes, ser propostas e as aprendizagens anteriores
críticos, criativos, solidários e autônomos. que servem de base àquelas, no sentido de
Com isso, a avaliação ganha novo caráter, evidenciar as dificuldades futuras e, em cer-
devendo ser a expressão dos conhecimentos, tos casos, de resolver situações presentes.
das atitudes ou das aptidões que os educan- No que se refere à função formativa, esta,
dos adquiriram, ou seja, que objetivos do en- conforme Haydt (1995, p. 17), permite cons-
sino já atingiram em um determinado ponto tatar se os educandos estão, de fato, atin-
de percurso e que dificuldades estão a revelar gindo os objetivos pretendidos, verificando
relativamente a outros. a compatibilidade entre tais objetivos e os
Essa informação é necessária ao professor resultados, efetivamente alcançados durante
para procurar meios e estratégias que auxi- o desenvolvimento das atividades propostas.
liem os educandos a resolver essas dificulda- Representa o principal meio pelo qual o edu-
des, bem como é necessária aos educandos cando passa a conhecer seus erros e acertos,
para se aperceberem delas (não podem os propiciando, assim, maior estímulo para um
educandos identificar claramente as suas di- estudo sistemático dos conteúdos. Um outro
ficuldades em um campo que desconhecem), aspecto a destacar é o da orientação forneci-
e, assim, tentarem ultrapassá-las com a aju- da por esse tipo de avaliação, tanto ao estudo
da do professor e com o próprio esforço. Por do educando quanto ao trabalho do profes-
isso, a avaliação tem uma intenção formativa. sor, principalmente por meio de mecanismos
A avaliação proporciona também o apoio de feedback. Esses mecanismos permitem
a um processo que é contínuo, contribuindo que o professor detecte e identifique defici-
para a obtenção de resultados positivos na ências na forma de ensinar, possibilitando re-

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
274 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

formulações no seu trabalho didático, visando cador e mediador do processo, na execução


aperfeiçoá-lo. Para Bloom, Hastings e Madaus dos processos pedagógicos da escola e, ainda,
(1975), a avaliação formativa visa informar o professores que compreendam o processo de
professor e o educando sobre o rendimento sua disciplina na superação dos obstáculos
da aprendizagem no decorrer das atividades epistemológicos da aprendizagem.
escolares e à localização das deficiências na A abordagem para o processo avaliativo
organização do ensino para possibilitar corre- se dá por meio de tópicos específicos que en-
ção e recuperação. volvem aspectos relacionados à busca do re-
Em suma, a avaliação formativa pretende sultado de trabalho: que educandos devem
determinar a posição do educando ao lon- ser aprovados; como planejar suas provas,
go de uma unidade de ensino, no sentido de bem como qual será a reação dos educandos
identificar dificuldades e de lhes dar solução. e como está o ensino em diferentes áreas do
E quanto à função somativa, esta tem conhecimento que envolvem o Ensino Médio
como objetivo, segundo Miras e Solé (1996, (Krasilchik, 2008).
p. 378), determinar o grau de domínio do Assim, a avaliação ocupa papel central em
educando em uma área de aprendizagem, o todo processo escolar, sendo necessário, des-
que permite outorgar uma qualificação que, sa forma, um planejamento adequado. Para
por sua vez, pode ser utilizada como um sinal isso, vários parâmetros são sugeridos como
de credibilidade da aprendizagem realizada. ponto de partida:
Pode ser chamada também de função credi-
tativa. Também tem o propósito de classifi- • Servem para classificar os educandos
car os educandos ao final de um período de “bons” ou “maus”, para decidir se vão
aprendizagem, de acordo com os níveis de ou não passar;
aproveitamento. • Informam os educandos do que o pro-
Essa avaliação pretende ajuizar o progres- fessor realmente considera importante;
so realizado pelo educando, no final de uma • Informam o professor sobre o resultado
unidade de aprendizagem, no sentido de afe- do seu trabalho;
rir resultados já colhidos por avaliações do • Informam os pais sobre o conceito que
tipo formativa e obter indicadores que permi- a escola tem do trabalho de seus filhos;
tem aperfeiçoar o processo de ensino. • Estimulam o educando a estudar.
Diante do que foi visto, entende-se que
é necessário compreender que as diferentes Essas reflexões, remetem-nos a uma maior
áreas do conhecimento precisam se articular responsabilidade e cautela, para decidir sobre
de modo a construir uma unidade com vistas o processo avaliativo a respeito da construção
à superação da dicotomia entre as disciplinas e aplicação dos instrumentos de verificação
das diferentes ciências. Essa superação se dá do aprendizado e sobre a análise dos seus re-
com o intuito de partilhar linguagens, pro- sultados. Devemos tomar cuidado, ainda, em
cedimentos e contextos de modo que possa relação aos instrumentos avaliativos escolhi-
convergir para o trabalho educativo na escola. dos, para que esses estejam coerentes com
Para isso, é necessária a participação do os objetivos propostos pelo professor em seu
professor, consciente do seu papel de edu- planejamento curricular (Krasilchik, idem).

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 275

A avaliação, dessa forma, assume impor- quais teorias nos embasamos para chegar a
tância fundamental, a partir dos seus instru- uma avaliação mais próxima da realidade.
mentos e o professor, por sua vez, precisa estar Além do postulado pedagógico referido,
atento aos objetivos propostos para que a ava- é necessário debruçarmo-nos sobre as novas
liação não destoe daquilo que ele pretende. avaliações que se apresentam, quais os seus
Assim sendo, a avaliação não é neutra no fundamentos, qual a sua forma e quais as
contexto educacional, pois está centrada em suas exigências. É nesse contexto que o Enem
um alicerce político educacional que envol- (Exame Nacional do Ensino Médio), criado em
ve a escola. Assim, para Caldeira (2000 apud 1988, e que tem por objetivo avaliar o desem-
Chueiri, 2008): penho do educando ao término da escolarida-
de básica, apresenta-se como uma proposta
A avaliação escolar é um meio e não um de avaliação digna de ser analisada e assimila-
fim em si mesmo; está delimitada por uma da em seus fundamentos.
determinada teoria e por uma determina- O Enem tomou um formato de “avaliação
da prática pedagógica. Ela não ocorre num nacional”. Isso significa dizer que ele tornou-
vazio conceitual, mas está dimensionada -se o modelo que vem sendo adotado no
por um modelo teórico de sociedade, de país, de norte a sul. Nesse sentido, a ques-
homem, de educação e, consequentemen- tão é saber o motivo pelo qual ele assumiu
te, de ensino e de aprendizagem, expresso o lugar que ocupa. Para compreendê-lo, um
na teoria e na prática pedagógica (p. 122). meio interessante é conhecer a sua “engre-
nagem” e pressupostos. Assim, é necessário
Para contemplar a visão de Caldeira, o pro- decompô-lo nas suas partes, saber o que cada
fessor necessita estar atento aos processos de uma significa, qual a sua relevância e em que
transformação da sociedade, pois estes aca- o todo muda a realidade avaliativa nacional,
bam por influenciar também o espaço da esco- pois ele apresenta-se como algo para além de
la como um todo. Essa constatação é evidente, um mero aferidor de aprendizagens.
quando percebemos o total descompasso da Esse exame constitui-se em quatro pro-
escola com as atuais tecnologias e que, ao que vas objetivas, contendo cada uma quarenta
tudo indica, não estão sendo usadas na sua de- e cinco questões de múltipla escolha e uma
vida dimensão. Por outro lado, quando o pro- proposta para a redação. As quatro provas
fessor não acompanha as transformações re- objetivas avaliam as seguintes áreas de co-
feridas, a avaliação corre o risco, muitas vezes, nhecimento do Ensino Médio e respectivos
de cair em um vazio conceitual. Infelizmente, Componentes Curriculares: Prova I – lingua-
é o que vem ocorrendo em grande parte das gens, Códigos e suas Tecnologias e Redação:
escolas brasileiras. É nesse sentido que cabe a Língua Portuguesa, Língua Estrangeira (Inglês
todos nós repensarmos nossa prática, apren- ou Espanhol), Arte e Educação Física; Prova
dizado e aspirações em termos pedagógicos e, II – Matemática e suas Tecnologias: Mate-
sobretudo, como sujeitos em construção. mática; Prova III – Ciências Humanas e suas
Diante disso, precisamos ter claro o que Tecnologias: História, Geografia, Filosofia e
significa avaliar no atual contexto, que edu- Sociologia; Prova IV – Ciências da Natureza e
candos queremos, baseados em qual ou em suas Tecnologias: Química, Física e Biologia.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
276 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

É por meio da avaliação das Áreas de Co- mos, a sua formulação e o modo como um
nhecimento que se tem o nível dos educan- item é transformado em um aval para o pros-
dos brasileiros e que lhes é permitido ingres- seguimento dos estudos. E não só isso deve
sar no ensino de Nível Superior. Nesse sen- ser levado em consideração, pois alcançar
tido, o Enem não deve ser desprezado; ao um nível de aprovação exige uma formação
contrário, é obrigatório que os professores que inicia desde que uma criança ingressa na
do Ensino Médio conheçam os seus mecanis- Educação Infantil.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 277

Considerações Finais

Após um trabalho intenso, que mobilizou a nossa ação pedagógica. Por isso, os seus
especialistas na área, professores e técnicos, elaboradores foram preparados, por meio de
vê-se concluída a Proposta Curricular para seminários, oficinas e de discussões nos gru-
o Ensino Médio. Esta Proposta justifica um pos que se organizaram, para concretizar os
anseio da comunidade educacional, da qual objetivos definidos.
se espera uma boa receptividade. Inclusive, A Proposta consta de treze Componentes
espera-se que ela exponha com clareza as Curriculares. Todos eles são vistos de forma
ideias, a filosofia que moveu os seus autores. que os professores tenham em suas mãos os
Ela propõe-se a seguir as novas orienta- objetos de conhecimento, assim como uma
ções, a nova filosofia, pedagogia, psicologia forma de trabalhá-los em sala de aula, reali-
da Educação brasileira, daí que ela tem no seu zando a interdisciplinaridade, a transversalida-
cerne o educando, ao mesmo tempo em que de, contextualizando os conhecimentos e os
visa envolver a comunidade, dotando de sig- referenciais sociais e culturais.
nificado tudo o que a envolve. Essa nova pers- E, ainda, ela pretendeu dar respostas às
pectiva da Educação brasileira, que evidencia determinações da LDB que requer um ho-
a quebra ou a mudança de paradigmas, exigiu mem-cidadão, capaz de uma vida plena em
que as leis, as propostas em curso para a Edu- sociedade. Ao se discutir sobre essa Lei e a
cação brasileira fossem reconsideradas. tentativa, via Proposta Curricular do Ensino
Durante o período da sua elaboração, mui- Médio, de concretizá-la, a Proposta sustenta-
tas coisas se modificaram, muitos congressos -se na aquisição e no desenvolvimento de
e debates foram realizados e todos mostra- Competências e Habilidades.
ram que, nesse momento, nada é seguro, É assim que esta Proposta chega ao Ensino
que, quando se trata de Educação, o campo Médio, como resultado de um grande esforço,
é sempre complexo, inconstante, o que nos da atenção e do respeito ao país, aos profes-
estimula a procurar um caminho que nos per- sores do Ensino Médio, aos pais dos educan-
mita realizar de forma consequente e segura dos e à comunidade em geral.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 279

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol BENVENUTTI, D. B. “Avaliação, sua história e


iniciação. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. seus paradigmas educativos”. In: Pedagogia: a
Revista do Curso. Brasileira de Contabilidade.
AMARAL, Jorge Bandeira. “Teatro e Educa- São Miguel do Oeste – Santa Catarina: ano 1,
ção”. In: SAMPAIO, Maria do Céu de Souza no 1, p. 47-51, janeiro, 2002.
(Coord.). Arte na Educação Infantil. Manaus:
Universidade do Estado do Amazonas, 2006. BLOOM, B. S., HASTINGS, J. T., MADAUS, G.
F., Evaluación del aprendizaje. Buenos Aires:
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encon- Troquel, 1975.
tro e interação. São Paulo: Parábola, 2003.
BOHN, H. I. “Avaliação de materiais”. In:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da BOHN, H. I.; VANDRESSEN, P. (Orgs.). Tópicos
Educação e da pedagogia. 3. ed. São Paulo: de Linguística Aplicada. Florianópolis: UFSC,
Moderna 2006. 1988.

ARARIPE JÚNIOR, Tristão de Alencar. Teoria, BORDINI, Maria da Glória. Guia de leituras para
crítica e história literária. Seleção e apresen- alunos de 1º e 2º graus. Centro de Pesquisas Li-
tação de Alfredo Bosi. Rio de Janeiro: Livros terárias. Porto Alegre: PUCRS/Cortez, 1989.
Técnicos e Científicos. São Paulo: Edusp, 1978.
BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Tei-
ARAÚJO, P.F; CALEGARI, D. R; GORLA, J. I. Han- xeira de. Literatura – a formação do leitor: al-
debol em cadeira de rodas: regras e treina- ternativas metodológicas. Porto Alegre: Mer-
mento. São Paulo: Phorte Editora, 2005. cado Aberto, 1988.

ASSIS, Josiane Ferraz de. “A cultura na aula de BOSI, Alfredo. História concisa da literatura
espanhol como língua estrangeira: relato de brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.
experiência”. In: Educação em destaque. Juiz
de Fora, v. 1, n.o 2, p. 102-113, 2. Sem. 2008. BRASIL, Assis. História crítica da literatura
brasileira. São Paulo: Cultrix, 1984.
ASTRAND, P. O. Crianças e adolescentes: de-
sempenho, mensurações e educação. Porto BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacio-
Alegre: Editora Artmed, 1999. nais / Volumes de História e Geografia, MEC,
1998
BARBOSA, Walmir de Albuquerque (Coord.).
Políticas Públicas e Educação. Manaus: UEA BRASIL, MEC. PCN + Ensino Médio: Orien-
Edições / Editora Valer, 2008. tações Educacionais Complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília:
BASERMAN, Charles. Gêneros textuais, tipifi- Secretaria de Educação Média e Tecnológica,
cação e interação. São Paulo: Cortez, 2005. 2002.

BATISTA, A. A. G. Aula de Português: Discurso BRASIL. Ministério da Educação e Desporto,


e Saberes Escolares. São Paulo: Martins Fon- Secretaria da Educação Básica. Orientações
tes, 2003.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
280 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Curriculares para o Ensino Médio. Lingua- CAVALCANTE, Meire. “11 maneiras divertidas
gens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília: de ensinar uma língua estrangeira”. In: Nova
MEC, v.1, 2006. Escola, ano XIX, n. 177, novembro de 2004,
pp. 54-57.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Ensino Médio. Ministério da Educação. Secre- CHAGAS, R.V.C. Didática especial de línguas
taria de Educação Média e Tecnológica – Brasí- modernas. São Paulo: Companhia Editora Na-
lia: Ministério da Educação, 1999. 364p. cional, 1976. produção textual; Alternativas de
renovação. Pelotas: Educat, 1999.  
BRASIL. Linguagens, códigos e suas tecnolo-
gias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: CHAVES, Eduardo. Competências e Habilida-
Ministério da Educação, Secretaria de Educa- des. Disponível em: http://cefaprotga.blogs-
ção Básica, 2006. 239p. pot.com/2008/03/competncias-e-habilida-
des.html.
BRASIL. Ciências da Natureza, Matemática e
suas tecnologias / Secretaria de Educação Bá- CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São
sica. Brasília: Ministério da Educação, Secreta- Paulo: Ática, 1988.
ria de Educação Básica, 2006. 135p.
_____________. O texto argumentativo. São
BRASIL. Diretrizes Curriculares do Ensino Mé- Paulo: Scipione, 1994.
dio. Resolução CEB Nº 3, DE 26 DE JUNHO DE
1998. COICEIRO, G. M. 1000 exercícios e jogos para
o atletismo. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.
BRASIL. Diretrizes Curriculares do Ensino Mé-
dio. Parecer CNE/CEB Nº: 5, de 04 de maio de COSTA, Adilson Donizete da. Voleibol. Fun-
2011. damentos e aprimoramento técnico. Rio de
Janeiro: Sprint, 2001.
BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares Nacio-
nais (Ensino Médio). Brasília, 2000. CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Competên-
cias e Habilidades: da Proposta à Prática. Co-
BRASIL, MEC/SEF. Parâmetros Curriculares leção Fazer e Transformar. São Paulo: Edições
Nacionais – Arte (5ª a 8ª séries). Brasília, Loyola, 2001.
1997.
DIONISIO, A. P. MACHADO, A. R. BEZERRA, M.
CALLADO, C. V. Educação para a paz: promo- A. (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de
vendo valores humanos na escola através da Janeiro: Lucena, 2002.
Educação Física e dos jogos cooperativos. São
Paulo: Projeto Cooperação, 2004. ___________. Ministério da Educação e Des-
porto, Secretaria da Educação Média e Tec-
CARLOS, Jairo Gonçalves. Interdisciplinari- nológica. Parâmetros Curriculares Nacionais:
dade no Ensino Médio: desafios e potencia- Ensino Médio. Secretaria de Educação Média
lidades. Disponível em: <http://vsites.unb. e Tecnológica. Brasília: MEC, 1999.
br/ppgec/dissertacoes/proposicoes/proposi-
cao_jairocarlos.pdf> Acesso em 26/02/2011. __________. Ministério da Educação e Des-
porto. Orientações educacionais comple-
CASTELLANI FILHO, LINO. Educação Física no mentares aos Parâmetros Curriculares Na-
Brasil: a história que não se conta. Campinas: cionais. Brasília: Secretaria de Educação Mé-
Papirus, 1988. dia e Tecnológica, 2002.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 281

FARIAS, Elias Souza. “Ensino de Arte: uma Ati- GOTLIB, Nádia Battella. A teoria do conto. Sé-
tude Pedagógica”. In: SAMPAIO, Maria do Céu rie Princípios. 2. Ed. São Paulo: Ática, 1985.
de Souza (Coord.). Arte na Educação Infantil.
Manaus: Universidade do Estado do Amazo- GUARIZI, Mário Roberto. Basquetebol: da ini-
nas, 2006. ciação ao jogo. Jundiaí: Fontoura, 2007.

FAZENDA, Ivani. A interdisciplinaridade: his- GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto.


tória, teoria e pesquisa. 4. ed. Campinas: Pa- São Paulo: Cortez, 2002
pirus, 1994.
GUIMARÃES, N. A. D.  O ensino de inglês como
FERNANDES, J. L. Atletismo: arremessos. São língua estrangeira: um estudo de caso sobre a
Paulo: Edusp, 2003. competência desenvolvida nos alunos de ensi-
no médio. 2005.
_____________. Atletismo: corridas São Pau-
lo: Edusp, 2003. JOUVE, V. A leitura. São Paulo: UNESP, 2002.

_____________. Atletismo: Saltos. São Pau- JÚNIOR BELLO, Nicolino. A Ciência do espor-
lo: Edusp, 2003. te aplicada ao futsal. Rio de Janeiro: Sprint,
1998.
FERREIRA NETO, Amarílio et al. As ciências do
esporte no Brasil. Campinas: Autores Associa- KASPAROV, Garry. Xeque-mate: a vida é um
dos, 1995. jogo de xadrez. São Paulo: Campus/Elsevier,
2007.
FOUCAMBERT, J. A. A Leitura em Questão.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. KISSHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brinca-
deira e educação. São Paulo: Cortez, 2001.
FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: aula
inaugural do Collége de France, pronunciada KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do
em 02 de dezembro de 1970. São Paulo: Loyo- texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
la, 1996.
___________. O texto e a construção dos
GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desen- sentidos. São Paulo: Contexto, 1998
volvimento motor. São Paulo: Phorte Editora,
2001. ___________. A Coesão Textual. São Paulo:
Contexto, 2001.
GALVÁN, Cláudia B.; ALONSO, María Cibele G.
P.; NUÑEZ, María Sagrario F. La escritura crea- KURY, A. G. Novas lições de Análise Sintática.
tiva en E/LE. Série Didáctica, Colección Com- São Paulo: Ática, 2006.
plementos. Embajada de España en Brasil_
Consejería de Educación. 2009. LAJOLO, Marisa. Como e porque ler o roman-
ce brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.
GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de re-
dação – o que é preciso saber para bem escre- LAJOLO, M.; ZILBERMAN, R. A Formação da
ver. 2. ed./2ª tiragem. São Paulo: Martins Fontes. Leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 2000.

GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Pau- LEFFA, Vilson J. “Metodologia do Ensino de


lo: Martins Fontes, 1991. Línguas”. In: BOHN, I.; VANDRESEN, P. (Orgs.).
Tópicos de Linguística Aplicada. Florianópo-
lis: UFSC, 1988.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
282 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

LEITE, L. C. M. Invasão da Catedral: literatura MOISÉS, Lúcia. O desafio de saber ensinar.


e ensino em debate. Porto Alegre: Mercado Campinas: UFF/Papirus, 1995.
das Letras, 1993.
MOREIRA, Antônio Flávio B. (Org.). Currículo
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Es- na contemporaneidade: incertezas e desafios.
colar: estudos e proposições. 14. ed. São Pau- São Paulo: Cortez Editora, 2003, p. 159-188.
lo: Cortez, 2002.
MOREIRA, M. A. P.; FONSECA, C. R. Basque-
MAGILL, Richard A. Aprendizagem motora. tebol. Aspectos pedagógicos e técnicos. Ma-
Conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard naus: UEA Edições, 2009.
Blücher, 2000.
MORETTO, Vasco. Construtivismo, a produ-
MAGNANI, M. R. M. Leitura, literatura e es- ção do conhecimento em aula. Rio de Janeiro:
cola: subsídio para uma reflexão sobre a for- DP&A, 2002.
mação do gosto. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2001. MORIN, Edgard. Os sete saberes necessários
à educação do futuro. São Paulo: Cortês, Bra-
MALLAARD, L. Ensino e literatura no 2º grau: sília: UNESCO, 2001.
problemas e perspectivas. Porto Alegre: Mer-
cado Aberto, 1985. MOTA, V. do S. Espaços públicos de lazer em
Manaus: o papel das políticas públicas. Ma-
MANZANO, Antonio López; VILA, Joan Segu- naus: Valer, 2008.
ra. Iniciação ao Xadrez. Porto Alegre: Artmed,
2002. MOURA, G. Tio Sam chega ao Brasil: a pene-
tração cultural americana. São Paulo: Brasi-
MARANGON, Cristiane: “A língua que se liense, 1988.
aprende. Mesmo”. In: Nova escola, ano XVII,
nº 151, abril de 2002, pp. 40 e 41. OLIVEIRA, L.E.M. A historiografia brasileira da
literatura inglesa: uma história do ensino de
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma inglês no Brasil (1809 – 1951). Campinas, SP.
introdução. Campinas: Autores Associados, 1999.
2001.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO
MARTINS, Míriam; PICOSQUI, Gisa; GUERRA, MÉDIO (OCEM). 2006. Linguagens, códigos e
Maria. Didática do ensino da arte: a língua do suas tecnologias/Secretaria de Educação Bá-
mundo – poetizar, fruir e conhecer arte. São sica. Brasília, Ministério da Educação, Secre-
Paulo: FTD, 1998. taria de Educação Básica. Conhecimentos de
línguas estrangeiras, vol. 1, p. 87-123.
MATTOS, M. G. de; NEIRA, M. G. Educação
Física na adolescência: construindo o conhe- PAGNI, PEDRO. História da Educação Física no
cimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, Brasil. Notas para uma avaliação. In: PINHEI-
2000. RO, R. F.; MONTEIRO JÚNIOR, J. Atletismo as-
pectos pedagógicos e técnicos. Manaus: UEA
MIRAS, M.; SOLÉ, I. “A Evolução da Aprendi- edições, 2009.
zagem e a Evolução do Processo de Ensino
e Aprendizagem”. In: COLL, C., PALACIOS, I., PEREIRA, M. R. F. O surgimento do in-
MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico glês nas escolas do Brasil. Publicado em
e educação: Psicologia da educação. Porto 17/11/2010 por Maria Raquel Fernandes Pe-
Alegre: Artes Médicas, 1996.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 283

reira em http://www.webartigos.com. Acessa- reign language teaching in public schools.Cali-


do em 22/2/2010. doscópio Vol. 7, nº 1, p. 11-23, jan/abr 2009.

PILETTI, Nelson (Org.). “Professores e alunos”. SCHÜTZ, Ricardo. Motivação e Desmotivação


In: PILETTI, Nelson. História da Educação no no Aprendizado de Línguas: English Made in
Brasil. Série educação, editora Ática. 7 ed. Brazil. 10 de novembro de 2003. Disponível
2003.(pp.156 e 157) em: <http://www.sk.com.br/sk-motiv.html>.
Acesso em 25 de novembro de 2010.
______________. História da Educação no
Brasil. Série Educação. 7. ed. São Paulo: Edi- SHENK, David. O Jogo Imortal: o que o xadrez
tora Ática, 2003, p. 157-158. nos revela sobre a guerra, a arte, a ciência e o
cérebro humano. Rio de Janeiro : Jorge Zahar
PINHEIRO, R. F.; MONTEIRO JÚNIOR, J. Atle- Editor, 2007.
tismo: aspectos pedagógicos e técnicos. Ma-
naus: UEA Edições, 2009. SILVA, Tomaz Tadeu da. “Quem escondeu o
currículo oculto”. In: Documento e identida-
RAMOS, P. Os pilares para educação e avalia- de: uma introdução às teorias do currículo.
ção. Blumenau – Santa Catarina: Acadêmica, Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p. 77-152.
2001.
SIMON, Mário. O conto é um balaço. Mundo
REATTO, Diogo; BISSACO, Cristiane Maga- Jovem, Porto Alegre, ano XXXIX, n. 320, set.
lhães. O ensino do espanhol como língua 2001.
estrangeira: uma discussão sociopolítica e
educacional. Revista Letra Magna. Revista SIMÕES, Antônio Carlos. Handebol defensivo:
Eletrônica de Divulgação Científica em Língua conceitos técnicos e táticos. São Paulo: Phorte
Portuguesa, Linguística e Literatura – Ano 04 Editora, 2003.
n.07 - 2º Semestre de 2007 ISSN 1807-5193.
SOARES, Magda B.(29/8/2003) As diferen-
RIBEIRO, Paulo. “A crônica: Realidade ou fic- ças entre letramento e alfabetização. Jor-
ção?”. Coletânea cultura e saber. Caxias do nal Diário do Grande ABC. Fonte:  O que é
Sul, v.2, n. 4, p. 53-55, dez. 1998. Letramento?Publicado em 20/2/2010 por
Luciana Galdino http://www.webartigos.
ROSA NETO, F. Manual de avaliação motora. com/articles/33006/1/O-que-e-Letramento/
Porto Alegre: Artmed, 2002 pagina1.html#ixzz1GVY7yxrL. Acessado em
22/2/2010.
SACRISTÁN, J. Gimeno e Gómez; PEREZ, A. I.
O currículo: os conteúdos do ensino ou uma TEIXEIRA, Hudson. Educação Física e Desporto
análise prática? Compreender e transformar o na Escola. São Paulo: Saraiva, 2001.
ensino. Porto Alegre: Armed, 2000, p. 119-148.
TOMITCH, Clara Carolina Souza Santos per-
SANTANA, Wilton Carlos. Futsal: apontamen- gunta/ Leda Maria Braga Tomicht responde:
tos pedagógicos na iniciação e na especializa- “Aquisição de leitura em língua inglesa”. In:
ção. Campinas, 2004. LIMA, D. C. (Org.). Ensino e aprendizagem de
língua inglesa: conversas com especialistas.
SCHLATTER, M. O ensino de leitura em língua São Paulo: Parábola, p. 191-20, 2009.
estrangeira na escola: uma proposta de letra-
mento Literacy development as the goal of fo- VIEIRA, A. O prazer do Texto: perspectiva para
o ensino de literatura. São Paulo: EPU, 1999.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
284 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

WILLIAMS. Robin. Design para quem não é ZUIN, Poliana Bruno; REYES, Claudia Raimun-
designer: noções básicas de planejamento vi- do. O Ensino da Língua Materna: Dialogando
sual. São Paulo: Callis, 2005. com Vygotsky, Bakthin e Freire. Aparecida, SP.
Ideias & Letras, 2010.
ZILBERMAN, R. A Leitura e o Ensino da Litera-
tura. São Paulo: Contexto, 2001.

PROPOSTA CURRICULAR
DO ENSINO MÉDIO
PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO PARA A REDE
PÚBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS

Gerência do Ensino Médio


Vera Lúcia Lima da Silva
 
Coordenação Geral
Tenório Telles

Coordenação Pedagógica
Lafranckia Saraiva Paz
Neiza Teixeira

Consultoria Pedagógica
Evandro Ghedin
HELOISA DA SILVA BORGES

Assessoria Pedagógica
Maria Goreth Gadelha de Aragão

Coordenação da Área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias   


José Almerindo A. da Rosa
Karol Regina Soares Benfica
 
Coordenação da Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias
Sheyla Regina Jafra Cordeiro
 
Coordenação da Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
João Marcelo Silva Lima
 
Coordenação da Área de Matemática e suas Tecnologias
José de Alcântara FILHO
 
Organização dos Componentes Curriculares

Língua Portuguesa: karol regina soares benfica


suely barros bernardino da silva
Língua Inglesa: edith santos corrêa
maria de nazaré nogueira leite
Língua Espanhola: FIORELLA PEROTTI CHALCO
fernanda reis CINTRA
Arte: ELIAS SOUZA FARIAS
Educação Física: Moacir Átila Pinto Moreira
Rildo Figueiredo Pinheiro
Equipe do Ensino Médio Elisângela Litaiff Praia
Ana Lúcia Mendes dos Santos Eulhiana de Macedo Medeiros
Antônio José Braga de Menezes Filomeno Maia de Lima Júnior
Cileda Nogueira de Oliveira Francisca Mendonça R. dos Santos
Dayson José Jardim Lima
Ivan Sales dos Santos
João Marcelo Silva Lima
Jailson M. Passos
Jeordane Oliveira de Andrade
Kátia Cilene dos Santos Menezes Jandson Alcântara de Lima
Karol Regina Soares Benfica Jeane Lima Oliveira
Lafranckia Saraiva Paz João Azevedo Saraiva Junior
Manuel Arruda da Silva João Batista de Souza Filho
Nancy Pinto do Vale Josefa Lourenço de Amorim
Rita Mara Garcia Avelino Josivaldo de Oliveira
Sheyla Regina Jafra Cordeiro Kádio José de Souza Silva
Karla Maria S. Guimarães
PROFESSORES COLABORADORES Kátia Regina Martins Paredes
Kenedy Magalhães de Souza
Língua Portuguesa Kenny do Val Mota
Liliane Costa da Gama
Abrahão Menezes da Silva Lucilene Pinheiro Serroya
Alessandra Diniz da Costa Maria Alcilene Barbosa de Sousa
Ana de Souza Pereira Maria Angelina O. de Vasconcelos
Ana LÚcia Alves da Silva Maria Bezerra da Silva
Ana Maria Andrade Peixoto Ma ria Elcinide Santos de Oliveira
Ana Maria Feitosa dos Santos Maria Elcy O. Soares
Ana Maria Pinho Cavalcante Maria Joecy Auzier Vinhote
Ana Paula da Silva Fernandes Maria José de Mello
Ana Paula L. Viana Maria Luísa Fonte nele de Paula
Anne Ingrid Santana de Albuquerque Maria Luiza Cardoso Fonseca
Augusto Costa Gonçalves Maria Nilce Ferreira Couto
Bárbara Maria Silva Maria Wilma Lima Cabral
Brenno Emmanuel Rêgo da Silva Mirlane Rodrigues Mota
Claudia Serrão Trindade Nágila Maria B. de Queiroz
Cornélio Araújo da Veiga Nária Núbia de L. Fernandes
Cristiane T. da Silva Neida da Rocha Cidade
Dário Augusto Lima Ocilene Viana Machado
Dulcilândia Belém da Silva Olívia das Chagas Lima
Edna Azevedo do Nascimento Osimiro Souza Leite
Eliane Magalhães de Figueiredo Priscila Oliveira
Eliezer Figueiredo Rego Raimundo Nonato de França
Elionay Vasconcelos Pinto Rosilene Guimarães Belichar
Sadraque Medeiros Ribeiro Victor Nelson B. Ferreira
Sângela Maria Santana Silva Walter Costa de Moraes
Selmira Cruz de Andrade Wanda Maria Campelo dos S.
Shirley Monteiro da Silva Rodrigues
Sidney Pereira de Paula
Sileny dos Santos e. Santos Língua Espanhola
Sonja NÚbia de Amorim Queiroz
Stael Martins Menezes Carlos Albe rto da Silva Cavalca nte
Valéria Lêda de Moura Liliane Joyce Moreira Reina
Valcelina de Oliveira Maia Luciana Oliveira Matos
Vilma de Jesus de Almeida Serra Lucimara Salomão de Oliveira Lima
Wellingto n. Miranda Mesquita Raimunda Mota dos Santos
Wilcilene Paula de Sá Rosenilso n. Saraiva de Morais
Yolanda Braga Marinho
Arte
Língua Inglesa
Ana Claudia Gama de Queiroz
Alciléia Carlos Augusto Ana Cleide da Cruz Marques
Ana Cleide Monte Ribeiro Carvalho
Ana Cristina R. Auzier Da nielly Siqueira Cavalcante
Claudia Crist ina de Me nezes Borges Elani Maria de Negreiros Góes
Elcimone Patricia de O. Novo Elienildes Rocha de Souza
Eliete Sena Lima Gaspa r. Vieira Neto
Flávia Ribeiro da Gama Greice da Costa Moreira
Ivana Luísa de Souza Gomes Janete Viana Castro
Jakeline da Costa Brito Juliana de R. Luperdiga Saad
Josué S. da Silva Maria do Socorro Souza da Silva
Juarez de A. Machado Neusa da Conceição Neves da Costa
Kátia Siqueira de Souza Raimunda Auxiliadora T. Arrais
Lindalva Araújo de Souza Gon çalves Vanderly Fidelis Lopes
Magaly Batista dos Santos
Má rcia Azevedo de Paula Oliveira Educação Física
Márcio Dennys M. Rosas
Maria Cilene Silva Medeiros Bento Adilene Maria Rocha Serrão
Maria de Fátima Oliveira da Silva Antônio Roberto Carvalho Araújo
Carlos Simões Silva
Maria de Nazaré Nogueira Leite
Cíntia Bernadeth de Oliveira
Maria Jocilene Alho Mascarenhas
Denise Vasconcelos da Silva
Marilene de Souza Ferreira Ernane Da masceno Costa
Paulo Sérgio M. de Jesus Eulália Alderinda A. Almeida
Ricardo Costa de Oliveira Euler Mário Nunes de Oliveira
Francisco José de S. Ventilari Nicifran Santos Monteiro
Francisco Emiliano Moraes Filho Ohsuiarina N. Conceição
Jancer Wagner Pinto da Silva Paulo Sérgio da Silva Ribeiro
Jorge Lelis Ricardo Viana de Melo
Luciana Macellaro Guimarães Robe rto Fernandes Bezerra
Marcello da Silva Soares Simone Gomes Carmim
Maria das Graças Rodrigues Simone Lemos de Souza
Moisés Fabiano da Costa Soraya Lima Pimentel

Vous aimerez peut-être aussi