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PRATICA: y VEYA COMO TRABALHAMOS JUNTOS! | s aprom EDITORA EMARK ELETRONICA Diretores Carlos Walter Malagoh 5 Jairo P. Marques ‘Wison Malagoli Diretor Técnico ‘Beda Marques Colaboradores José A.Sousa (Desenho Tecnico} Joao Pacheco (quadrinhos}) Publicidade KAPROM PROPAGANDA LTDA (011) 223-2037 ‘Composigao KAPROM, Fotolitos de Capa DELIN Tel. 35.7515 Fotolito de Miolo FOTOTRAGO LTDA Impressao_ Editora Parma Lida, Distribuigao Nacional ¢/ Exclusividade FERNANDO CHINAGLIA DISTR S/A Rua Teodoro da Siva, 907 = R.de Janeiro (021) 268-9112 ABCDA ELETRONICA Kaprom Editora, Distre Propa ganda Lida - Emark Eletronica Comercial Ltda) - Redacao,Admi- ristragao e Pubicidade: Gal Osono, 157 CEP 01213 - Sao Paulo-SP. Fone: (011)220-2037 1 EQUTORIAL CONVERSANDO ‘Agora as “Aulas" do ARC entram defintivamerta na sua pimira fase “apleav conde os LeiresiAlunos comagarn 2 "perceber”e Hxay, arauds ge Hares e simples expl- a0bes, aigm das elucidaivas EXPERIENCIAS, MONTAGENS PRATICAS, "DICAS" 8 'N FORMACOES TECNICAS, camo os pracpais componentes da moderna tecnologia Ele- ltonica iteragem, de que manera “les” vabalnam conjuntamente para detonninados fins imaginados pelos projeistas dos ctcuis, aparlhos e apices! Contorme muito bem ienticou um Lei/Aluno, em va Cath, 0 métoso de ABC se parece muito como sisioms do APRENDER & NADAR DENTRO DIAGUA... Agu nin {qué ca fazendo um monte de exerciios “chatos” fora da piscina, para, $4 se 901s ce v3 ‘las méses, "hat os ps. Logo de cara, jogames toda a turma dentro dSgua: 26 aue no cameo, @ agua é rasa, para que ninguém se alogue, mesmo que tenha mega ou naa tena "pogo" dito a Kervca das Orapatae @ “ale pA. Lentamonta, comtoda a sagu ranga, mas de lorma inexoravel, vamos “enchendo” a paca, NO meso exal leno em que a tua assimia as éencas.. De repente, sem perceber, 0"Aluna”esth radando, em -4gua profunda, sem neahum medo e sem ternotado que sua Wcnica evolu, naturamen we essa forma, nem bem comecamos @ jé tom LeitriAluno tenlando desenvolver ‘seus préprios projetinnos ¢ “iéias elevncas” (as carasrecebidas atest gs... NB Sepio FEIRA DE PROJETOS do TROCA: TROCA, nas primeias “Aulas",niidamer'e as colaborapdes ram inspredas ou "aprovetadas” ge intoracdes tonicase peas co {428 em outas fontes (ainda assim véldas, para estmuar a tuna... vis presentomerie, otamos que miias dos Leiares/Alunos comegaram a "radar sem béla, com cescents ‘ontianga! E ISSO que nos c& a ceneza de que 0 "eso" da ABC nao dove nada imut> pelo contro.) a guts métocos ou cronegraras cursclares agolados em Cursos Re agulares de Elev nica! “Também os Hobbystas, que jf eram “bans de montagem”, mas “races” de emba ssamentoteerieo rapidamente perceberam que ABC ngo val, ror nguanto, publest pole ‘03 60 “mero-computadores, "videogames ou "rangi s80tes Laser’. sso ocorrerd, Se ‘ovorter, no tempo e na Hora ém que 0 andarento do Asso Curso nos propercionar a er ‘ema de que a urna "est pron” para “nadat em oorreceras.. (E esse tempo val he ‘ar, enham ceneza..). (© eto “livre @ instigador do raciocnio prépro, acolado aqui em ABC para 2 \vansrssdo das bases ledrico/prdicas da EleOnica, a nossa opno supreperstamente 2 aparente diicuidaie de se ter apenas ura "Aula" por més, com o que, em cerca do ano, as relatvamente poucas “Aulas” do ABC podem “alcancar” quase que omesm0 "p ‘que de muitos Cursos por equéncia! O prdgra "Aluno” preenche os "buraaos" ou apa~ Tenies lagunas, com a sua iniciatva, bom senso eracicinic' Wes, aqui, ACREDITAMOS EM VOCES! Danas as bases, com ioda a confiangae ciareza, certos ce que rwoca, ne hum “Lerto/Aluno”ita"'se aogar, mesma na auséncia do insrutcr ou "sa va-vdels oeDITOR E vadada & reproducao total ou parcial do textos, ares ou fos aue commpon Exigdo, sem a autorzagdo exposes des Autores o Edtores, Os proelas elec €@ creuiios aqui descitos, desinam-se uricamente 20 aprendizado. ov a aplcacac lazer ou uso pessoal, endo proibida a sua comerealzagao ou ndustralzapaa Gem & auionaagse ‘expresses dos Auores, Ediores e evenuais deteniores de Dteiose Palentes. Embora ABC DA ELETRONICA tanha torado todo o cuidado na pre-verileagso dos ass.nos leco‘aratcos aq. voioulagos, a Revista nao se casponsabliza por quaisquerfalhas, deletes, lapsos nos enunciados learcoe ou pratcos aqui comidos. Anda sue ABC DA ELETRONICA agsuma a lorma eo contelco de uma "Revsla. Curso", fea claro que sem a Revita, nam a Eatora, Dem os Autores. obngar se a concessio de qusisquertpos de "Diplgmas", “Cerficados” ou "Comorovantes” de aprendi- 2200 ave, Dot Lei, apenas podem ser fomecides or Cursos Fegulares. cevidarerie eq'strados, aurizados ¢ homologadas pelo Governd, } a presente experénnas EU ESTAREI NA ESSES TRES, Taos EXERCEM QUASE 090.0 TRABALHO EM sf WODIEA THON g® / LA NA CAPR OR REVISTA PAGINA 3-0 TRANSISTOR (2? PARTE) TEORIA — 20 -TROCA-TROCA rr NKo EIA TONTO, QuEIMAPINHOT VOCE. NEM TEM NOGKO 00 QUE SEA UM TRABALHO EM EQUIPE! p= 29 -TRUQUES & DICAS Cumronmacoes _/ 36 - ARQUIVO TECNICO 42 - BARREIRA OTICA a) DE SEGURANGA (Cin 49. J0GD DA MAO BOA SSE OUEINADNHO IK TK \“EMBACANDO” DEMAIS / Queg| QUE Edi DE UMA“APERTADA| s Ned OTransistor (2! PARTE) VAS" E DAS - A POLARIZAGAO. Na “Aula” anterior (ABC n? 6), vios a introdugéo a0 TRANSISTOR, componente que foi abordado em seus aspectos de estrutura interna, funcionamento bisico, “‘caminhos” ¢ intensidades relativas das CORRENTES no dito cujo, além de importantes EXPE- RIENCIAS — comprobatérias_ ini- ciais... Agora chegou a hora de fa- larmos de aspectos mais préticos da utilizagio desse importante compo- nente, que € 0 TRANSISTOR BI- POLAR ou “comum” (foturamente falaremos dos outros transfstores, Unijuncéo, feito de Campo, Cte ade Nessa 2* Parte da “‘Ligéo”, que traz. as ““Teorias Aplicativas”, € importante que 0 Leitor! Aluno jé traga bem entendidos os conceitos mostrados em ABC n° 6... Assim, quem estiver “‘chegando agora” 3 turma, tem que providenciar a ime- diata" aquisico. dos Exempla- res/Aula anteriores, sem 0 que 0 entendimento ficaré grandemente prejudicado (em algum lugar da presente ABC, 0 Leitor/Aluno en- contraré um Cupom e Instrugées para a solicitagdo de ‘“Autas” ante- riores - “Coram”, antes que se es- gotem...) AS explicagdes da presente “Ligdo” serio extremamente dire- tas ¢ objetivas, lastreadas basica- mente nas figuras, que assim devem ser acompanhadas com 0 méximo de atenco (e sempre pressupondo que © Leitor/Aluno #6 compreendeu © teor das “‘Aulas” passadas. © TRANSISTOR COMO AMPLIFICADOR (C. " “REGIOES” DE FUNCIONAMENTO - AS CONFIGURAGOES CIRCUTTA'S - © ARRANJO DARLINGTON - (EXPERIENCIA) - 0 ACO- PLAMENTO ENTRE ETAPAS AMPLIFICADORAS TRANSISTORIZA- - FIG, 1-A - Utilizando diretamente (© “cruamente”) as. propriedades fundamentais de um TRANSIS- TOR BIPOLAR (daqui pra frente chamado sempre apenas de transfstor...) que ‘“dizem”: uma pequena corrente de base, gera uma grande corrente de coletor, 0 circuito utilizador mais simples que se pode obter com 0 compo- nnente, € aquele com a funcdo tini- ca de “chave” eletrénica, cujo esqueminha vemos na figura. Su- pondo que na Entrada (esquerda) do arranjo apliquemos uma ‘Tensio entre 3 © 1SV (valores tf picos para aplicagdes transistori- zadas “universais”...), observa~ ‘mos que a presenca do transistor fo _“‘ramo" positive dessa linha, [EXISTEM MANEIRAS OEM SIMPLES DE SE USAR UM TRANSISTOR 4 TEORIA 7- 0 TRANSISTOR (2! PARTE) Dlogucia @ passagem de corrente quase que completamente, até que apliquemos a0 ponto de controle “T"" uma forte polarizacio positi- vva (lembrando que © componente do exemplo um transfstor NPN...). Ao ser aplicada tal pola- rizaglo, a tensio limitada pelo re- sistor de base Rb determinaré uma corrente de base na intensidade tal que (obviamente dependendo do valor calculado para Rb, que depende do ganho ou fator hFE do tranststor...) permitiré a satu- ragio" (condugio plena de cor- rente entre coletor © emissor) do transfstor.,, A “‘chave fecharé permitinds' a (quase) livre passa ‘gem da energia aplicada, para 0s terminais direita do diggrama. Embora muito simples e directa, ‘essa aplicacio pritica do transis- for € mmito usada em circuitos reais, com 0s quais o Leitor/Ali- no iré se deparar a0 longo da sua vida “Eletrénica”... - FIG, 1-B - Redesenhando o arran- Jo mostrado em I-A, podemos in- tercalar um interruptor de pressio (push-button PB) entre o resistor de base (Rb) ¢ a linha da conve~ niente polarizago (positive da alimentacio) e, a0 mesmo tempo, sar como “carga” de coletor do transistor um resistor (Ro), 80- bre 0 qual se desenvolverd a cor rente considerada “de Safda” do sistema, Tornando a lembrar que © componente do exemplo € de polaridade NPN, temos que a cor ente de base (Ib) € fungi da tenso geral de alimentacao ¢ do prdprio valor éhmico de Rb (ver a “velha” Lei de Ohm, em ABC n? 1... Essa corrente, “‘multiplica- da” pelo ganho (hFE) do transfs- tor, se manifestaré na forme de uma corrente de eoletor (Ic) muito mais intensa, desenvolvendo-se sobre Re. Notar ainda que, na configuragio exemplificada, a corrente de emissor (Ie) nada mais € do que a soma das correntes de base (Ib) ¢ de coletor (Ic), uma vez que 0 emissor € 0 terminal que promove o “‘retoro comum’”? da energia a0 “outro polo” da alimentacao.... Chamamos essa configuracéo, tecnicamente, de EMISSOR COMUM | (detalhes mais adiante...), Observar que, s¢ calcularmos 0 valor de Rb em fungo da Tensio graf de ali- mentago, ganho (hFE) do tranststor, ¢ maxima corrente de coletor (tim dos parimetros/limi- tes do transistor, como vimos na “Aula” anterior’ - ¢ também na presente...), podemos facilmente “saturar” 0 trans{stor. Isso nos permite utilizar © componente , como um auténtico “relé eletrOni- co”, onde uma pequena aplicacéo de energia (minéscula corrente Tb) pode controlar uma grande dose de energia (grande corrente Ic). Essa configuraco esquematiza também um das mais simples uti- lizagées préticas do transfstor... E uma espécie de “‘amplificacio tu- do ou nada”, ou seja: com o push-button PB “aberto”, ndo hd Corrente Ib, 0 transfstor permane- ce “cortado”, € nao hé corrente Ic... Jé com PB “apertado” (fe- chado), desenvolve-se a corrente Tb, que, pela ago do trans{stor, proporciona a intensa corrente Ic sobre a “carga” (resistor Re). Se a “carga” (Rc) for representada, na pritica, por uma lampada, um motor, etc. (sempre respeitados 05 parémetros/limites do transfstor), verifica-se que podemos controlar © funcionamento, na base do “li- ga-desliga”, dessa “carga”, a par- tir de baixissima corrente de base (Ib). - FIG. 1-C - Num transfstor PNP a “coisa” funciona exatamente da mesma maneira, porém , devido as polaridades invertidas dos ma- teriais semicondutores intrinsecos (ver “Aula” anterior...) temos que “re-arrumar"” 0 circuito, li- Bando 0 emissor agora 40 positive da alimentaco, 0 coletor - através da “carga” Re - a0 negativo, € Proporcionar polarizacdo.de base agora negativa (vio push-button PB ¢ resistor Rb...). No mais, 0 funcionamento geral é idéntico a0 mostrado pelo arranjo I-B (com transfstor NPN). Também nese caso, a fe constitui a soma de Tb € Tc, uma vez que € pelo emissor que “entra” (sentido convencio- nal da corrente ~ ver “Aula” n? 3...) a totalidade da corrente ma- nejada pelo transfstor € “‘usada”” Pela “carga” Re... Até agora falamos muito em CORRENTE... Nao é “de graga”. Basicamente um transistor ¢ ‘um dispositive AMPLIFICADOR DE CORRENTE (uma pequena corren- te na Entrada do bloco, determina a circulagio de uma grande corrente na Safda...). Entretanto, se levar- mos em conta que todo e qualquer dispositivo ou circuito € também resistivo e que (conforme vimos na 1 “Aula” do ABC...) CORREN- TE, TENSAO ¢ RESISTENCIA RESISTENCIA ENTRE CHE. Rou RESISTENCIA ENTRE c-€ ed TEORIA 7 - 0 TRANSISTOR (2! PARTE) séo rigida e proporcionalmente de- pendentes, fendmenos quanto & TENSAO também se verificam no funcionamento bisico de um transfstor, conforme veremos nas figuras ¢ exemplos a seguir: - FIG, 2-A - Se, no arranjo bésico com um transistor, aplicarmos & entrada do sistema (ponto E) uma tenséo baixa on mula (ligando momentaneamente - por exemplo = 0 ponto E a0 negative da ali- mentagdo...), teremos um transfs- tor “‘cortado”, mostrando uma clevada resisténcia entre coletor € emissor. Essa “dificultagio” & corrente é tho grande que, para todos 0s efeitos, 0 coletor encon- trasse sob 0 mesmo potencial da linha do positivo da alimentagao (principalmente _considerando-se que 0 valor de Re é, normalmen- te, moderado...). _ Manifesta-se, entio, no ponto de Safda B ( cole- tor do trans{stor), uma tensio cle- vada (muito préxima do valor presente em A ou linha do positi- vo da alimentacéo. Assim, nota-se gue um transistor, na sua configu- raglo amplificadora mais simples direta (em emissor comum, ¢ na base do “tudo ou nada”...) fun- ciona como um INVERSOR da tensGo aplicada ao seu terminal de base (se ‘tomarmos” como Safda © coletor do dito cujo. - FIG, 2B - Para confirmar essa propriedade —“‘inversora” de tenso do trans(stor na configu- aco circuital mais simples, basta Ievarmos 4 Entrada E, momenta- neamente a uma tenso elevada (ligando tal ponto - por exemplo - 20 positivo da _alimentacio. Nesse caso, 0 transfstor entra em “saturagdo” (sempre pressupondo que 0 valor de Rb foi calculado Previamente para tal...), pratica- mente “curto-circuitando” 0 pon- to B de Salda (correspondente 20 coletor do componente...) com a linha do negativo da alimentacio. Em outras palavras: manifesta-s na Safda (B), uma tensio muito baixa (praticamente mula, extre- mamente préxima do negative Presente na linha C...). Compa- rando as duas figuras (2-A ¢ 2-B) € 05 grificos de Tensio nos res- pectivos pontos de Entrada ¢ Saf- SATURADO | REoIKo oe {aaercini VUNEAR da, 6 ffcil notar e comprovar a funcdo inversora do transfstor, quanto a Tensio, ¢ nessa configu- racio basica! Até 0 momento vimos o uansfstor em “trabalhos radicais”, tipo “tudo ou nada”... Entretanto, ara utilizarmos 0 componente co” mo um AMPLIFICADOR DE SI- NAIS, ou seja: funcionando como uma espécie de “lente de aumento” para a corrente, mostrando no seu coletor uma corrente amplificada, porém linearmente proporcional 2 + corrente de base, temos que levar ‘em conta outros importantes fatores e fenémenos inerentes ao transistor bipolar. - FIG. 3-A - Para que um trans{stor possa trabalhar como amplificador “‘proporcional”” das pequenas va- Rages de tensio (e, consequen- temente, de comrente “ otha a“‘ve~ tha” Lei de Ohm...) aplicadas a0 seu terminal de base, esta deve “DESCE-soae* ser previamente polarizada sob uma tensao tal que leve 0 com- ponente a um “ponto” médio (nem “saturado”, nem “‘corta- do”...). Esse “ponto de funcio- namento” situa-se na chamada Regido Linear da curva que refe- rencia a corrente de coletor em fungéo da corrente de base. O grifico (simplificado...) da fig. 3-A mostra a tal “Regio Linear” da curva... E bom lembrar desde 4 que a juncio base/emissor (por enquante estamos falando apenas nos transfstores NPN, com as de- vidas “inversées” nas polarida- des, tudo 0 que for explicado vale também para 0s do tipo PNP, nao se esquesam...), conforme vimos na “Aula” anterior, pode ser ine terpretada como um simples diodo Gungao P-N...) e que assim tem a sua ‘barreira’ de potencial (ver “Ligo” sobre os Diodos, em ABC n? 3...) a ser “‘vencida”! Num trans{stor bipolar tipico, esse “degrau” situa-se em aproxima- TEORIA 7-0 TRANSISTOR (2 PARTE) damente 0,6V. Entio, no existiré corrente de base a menos que ele- vemos a tenséo, a esse terminal aplicada, a um valor igual ou su- petior a 0,6V! Esse valor € uma “Tenséo Chave’” para a base de qualquer transfstor, que permane- ceré “‘incapacitado” enquanto tal valor minimo nao Ihe for apresen- tadp no dito terminal...! FIG, 3B - Calculando-se 0 valor do resistor de polarizagao de base Rb de modo a situar 0 transistor na sua “Regio Linear” (tensio de base superior a 0,6V, mas sob cortente “*néo tao grande” a pon- to de saturar o componente - 0 que levaria a corrente de coletor a estabilizar-se num plato maximo ~ ver fig. 3-A...), podemos eto fazé-loamplificar proporcional- ‘mente 0s sinais ou variagées de tensio aplicadas A base. Nessa condigéo ideal de funcionamento linear, mantem-se a propriedade inversora (quanto A Tensio) j4 explicada: se a variaglo da Tensio do sinal aplicado’ & base for “para cima”, a Tensio mani- festada no coletor variars “para baixo”” (€ vice-versa...), © isso mantendo rigorosamente © “dese- ho" da curva de tensdo aplicada 2 Entrada! FIG, 3.C - Notem que até agora mostramos todos 0s esquemas ou configuragdes como se 0s sinais, tenses € correntes aplicadas a base do transfstor, fossem do tipo continuo (de polaridade tinica...). Mas e quanto a Corrente Alterna- da (gue, como j4 sabemos, “in verte” sua propria polaridade, de acordo com um ritmo que chama- mos de FREQUENCIA...)? Um transistor comum pode, perfeita- mente, manejar também sinais em Corrente Alternada, a partir de alguns cuidados simples: costu- meiramente intercalamos, na linha de Entrada E ¢ de Safda S, capa- citores (que isolam 0 tans{stor dos demais blocos, quanto a C.C. porém permitem o tansito da C.A.). A carga/descarga desses capacitores “‘acompanha” as va riagdes de tensfo e polaridade dos sinais aplicados (ou “emergen- ) permitindo assim ae transfstor realizar @ sua amplifi- cago proporcional (linear), da mesma forma que 0 faria com si- nais ou teasGes de polaridade continua...! Observem ainda que a propriedade “‘inversora” da con- figuragdo se mantém , ocorrendo © que chamamos de “‘inversio de fase”, ou seja: quando se manifes- ta na’Entrada um semi-ciclo posi- tivo (pra “cima”, apresenta-se na Safda um semi-ciclo, de igual “desenho”, porém negative (para “baixo”) © vice-versa! E justa~ mente gracas a essas propriedades fe “arranjos”” —circuitais, que transfstores podem ser (€ sao) usados nos amplificadores de éu- dio de alta-fidelidade, por exem- plo... . AS CONFIGURACOES CIRCUITAIS Em todas os esquemas/exem- plos mostrados até aqui, conside- ramos a Entrada do sistema ampli- ficador transistorizado, como 0 “percurso” base/emissor, —reco- Iendo-se a Saida no “percurso”” coletor/emissar. F fécif notar que 0 termina! de emissor, entdo, € “co- mum" a Entrada e a Saida (“‘serve”” as duas fungées...), Essa € a confi- guragdo circuital_ mais comunente adotada para o funcionamento do transfstor como amplificador, muito ‘propriamente chamada de EMIS- SOR COMUM... Existem porém outras maneiras de se aplicar o si- nal a ser amplificado aos terminais do transistor, ¢ de se “recolher” a ‘manifestagdo’ j4 amplificada pelo componente! As configuragées bé- sicas so trés: EMISSOR COMUM, COLETOR COMUM, e BASE COMUM, conforme detalhes nas proximas figuras: “FIG. 4 - EMISSOR COMUM - No esboso simplificado (4-A) fica claro como 0 emissor “serve” tanto & linha de Entrada (E) quan- to a de Safda (S). Na prética, num circuito de amplificagéo de sinais em C.A., 0 arranjo fica conforme mostrado em 4B, incluindo os ‘capacitores de entrada (CE) e saf- da (CS), que podem, no caso de amplificagdo de sinais ou tensées contfnuas, de polaridade nica, serem omitidos... Nessa configu racdo 0 ganho (fator de amplifi- cacdo) € bastante elevado, sendo alta a relado entre a corrente de coletor ¢ a de base, Notar (jd mostrado) que no arranjo em EMISSOR COMUM ocorre a in- versio da fase ou da polaridade do sinal aplicado & entrada. A IMPEDANCIA de entrada, no ca- so, 6 baixa, uma vez que o sinal € aplicado a0 “diodo” diretamente polarizado formado pela jungéo base/emissor. J4 a IMPEDANCIA 0 Ewissor E*coMUN™ A ewTRAOA € A saioa TEORIA 7 - 0 TRANSISTOR (2? PARTE) Pde sala ¢ alla, f gue o sna are plificado é recolhido no “divisor” formado pelo préprio transfstor € sua “‘carga” de coletor (Re). Fala- remos mais sobre esse “‘negécio” de IMPEDANCIA, logo mais... - FIG. 5 - COLETOR COMUM - 0 esbogo do arranjo (5- como © coletor “‘serve” tanto a Entrada (E) quanto a Safda (S) do bloco amplificador. Numa confi- guragdo pritica, a disposigéo do circuito fica como mostrado em 5-B. Notar que nesse caso, é cos- tumeiro recolher-se a Saida no emissor do transfstor, “carrega- do” pelo resistor Re. Observar que os capacitores CE e CS sfio normalmente intercalados (para funcionamento com sinais alter nado) na funcdo de “bloqueio” dk C.C. (ais capacitores podem ser necessérios, em amplificacdo de C.C. ou em certos tipos de acoplamento, detalhados mais adiante, ainda na presente “Aw 1a”...). Pelas formas (gréficos) de onda exemplificadas na figura, verificamos ainda que nessa con- figuracdo no ocorre a “‘inversio de fase” ou polaridade (que se verifica - como vimos ~ na confi- guracdo em EMISSOR COMUM). A IMPEDANCIA de entrada ¢ ak ta, enquanto que a de safda € bak xa (caracterfsticas inversas as ve- rificadas em EMISSOR COMUM, portanto...!. O ganho de corrente € bom, porém o ganho de tenso (a0 contrério do que ocorre em EMISSOR COMUM) & muito baixo (@ resistor de carga de emissor, Re, € normalmente de valor baixo, proporcionando um reduzido “diferencial”” de tensdio com relagéo a linha do negativo), - FIG, 6 - BASE COMUM - Em temos © diagrama_bésico, A configurando a posi nal de base “comum” a Entrada (E) € a Safda (S) (a base “serve”” as duas terminagdes...). A IM- PEDANCIA da entrada € muito baixa, enquanto que a de safda é muito alta. J6 0 ganho (fator de amplificacdo) de corrente € “‘me- nor do que 1”, porém o ganho de tensio € substancial, Em 6-B te- mos um diagrama mais completo da configuracéo, numa utilizagao jo do termi-* © COLETOR e"toMUM" A ENTRADA E A saiDA, ‘UMA "FUNGAO",LEMBRAM.SE.7 ‘CADA UMA DAS MANHAS ;ANAS" TEM UM "NOME" E prética, observando-se a presenca dos capazitores de isolacdo CE e CS, usados na amplificago de C.A. (porém omitidos aa amplifi- cago de C.C. ov dependendo do acoplamento com 0s outros blocos de amplificacao...). AIMPORTANCIA DA IMPEDANCIA... Esse sub-titulo em “versinho”” carrega importantes aspectos para 0 bom funcionamento de qualquer ase E'coMUNTA ENTRADA ED SADA loco amplificador transistorizado (na verdade, como verificaremos a0 Tongo do nosso “Curso”, tem im- porténcia em todo e qualquer aco- plamento de médulos, blocos, com- ponentes ou estigios eletrénicos...). Para que haja uma perfeita “uransferéncia” de energia entre os blocos que formam um cifcuito, € necessério que a impeddncia de Safda de determinado médulo seja “to igual” quanto possivel & im- pedincia de Entrada do bloco se- guinte! Essa “impedincia”” pode ser considerada como a “resistén- TEORIA 7 - O TRANSISTOR (28 PARTE) cia” que um bloco “vé" ou “sen- te”, com relagao a0 outro. Se nao houver um bom “casamento”, 0 conjunto nao funcionaré na sua me= Ihor condigdo! Vamos a uma ana- logia simples, pare Vooés “‘pega- rem” a “coisa”. - Em um trem de carga, com muitos vagdes pesados, so’ aco- pladas duas locomotivas para puxar © comboio (isso € muito comum na ‘vida real” e varios dos Leito- res/Alunos jf devem ter visto...) de modo a somar as suas poténcias no “arrasto” dos vag6es carrega- dos. ~ Se uma das locomotivas ti- ver uma poténcia de, digamos, 5.000 HP, ¢ a outra 10.000 HP, es | ta tiltima teré que exercer dois “es- forgos” simultineos: um para “pu- xar” 0 trem, e outro para “empur- rar a outra locomotiva, que é mais, fraca, em termos de poténcia! Se, entdo, as duas locomotivas tiverem também “‘curvas de velocidade” di- ferentes, o problema toma-se ainda maior, com uma “travando" a ou- tra... Ao invés dos 15,000 HP espe- rados, temos uma sensfvel perda no rendimento de “forea” do sistema! = 14 se forem usadas duas lo- comotivas rigorosamente iguais, em poténcia (digamos, 7.500HP cada uma) e em “curva de velocidade”, elas poderio facitmente sere igualmente aceleradas, somando as suas forgas de deslocamento, total zando os esperados 15,000 HP, com o gue o rendimento do sistema | sitaa-se em ponto stimo! [© mesmo ocorre quanto aos | diversos blocos ou médulos de cir- cuitos eletro-cletrénicos: se nio houver_uma perfeita “identidade” de poténcias, resisténcias, intensi dades, entre a “frente” de ume a “trascira’’ do préximo, eles se “ar rastario”, se atrapalhario um a0 outro, em detrimento do rendimento geral esperado no arranjo... “Pega- TRANSISTORES "EM FILA” ("AUNIAO FAZ A FORGA’ ~ FIG. 7 - 16 entendido que basica- mente um transfstor serve para ampplificar sinais ou estados elé- tricos débeis, elevando (tanto sommNOs 1k SOMOS "FERA” y “wUNTOS, Pane “ORMANOS. ‘UM -TME Pane “radicalmente”, quanto “propor- cionalmente”, | dependendo da aplicagao desejada...) seus niveis de tensfo, corrente ou poténcia, temos que um dos principais pardimetros do componente € jus tamente © seu ganho (fator de amplificagao} que, no que tange & corrente, é denominado hFE (ver “Aula” anterior...). Nem sempre, contudo, um nico transistor apresenta © ganho necessfrio & requerida amplificacdo do sinal, para determinadas aplicacée: que fazer, entio...? Simples: fileirar” mais de um transfstor, dé modo que cada um “reforce” ain- da mais a amplificagdo 4 realiza- da pelo que “esté atris’"! tras palavras: a Entrada de cada bloco amplificador recebe 0 sinal da Safda do bloco anterior. Com isso obtemos uma amplificagao “acumulada" ou “multiplicada"! Observando © diagrama de blocos My, vemos que dois transfstores (no so vistos - para simplifi- cagio - mas ambos, naturalmente, tém seus resistores de polari- zaglo, carga, etc.) estéo “enfilei- rados” numa fungéo amplificado- ra, Notem que 0 ganho total do sistema resulta diretamente do produto dos ganhos individuais dos blocos. Assim, se o primeiro transfstor mostra um hFE de “A” € 0 segundo um hFE de “B", 0 fator de amplificacdo geral do ‘0s pontos (E) € (S) € igual a “A x BY). Se cada um dos dois transfstores, no caso, puder mostrar um ganho (hFE) de “100” (valor muito comum entre 05 transfstores de pequena potén- cia...), podemos esperar um ganho geral de “10.000” (100 x 100). Em termos numéricos, se aplicar- mos & Entrada (E) uma corrente de 100uA (cem microampéres), podemos esperar até 1A (um ampére) na Safda (S)! NAO ES- QUECER, porém, dos outros li- mites dos. transfstores... A con- digdo/exemplo apenas poderé ser obtida, se 0 segundo transistor da “fila” suportar uma le _max. de 1A, caso contrério, nada feito. Finalmente, notar que 0 “truque’ no se limita a dois transfstores! Podemos, na prética, aumentar a “fila”, colocando mais transfsto- res em fungéo amplificadora, até obtermos os desejados nfveis de corrente, tenso, poténcia, etc., na safda final...! EXPERIENCIA (FAZENDO UM “SUPER-TRANSISTOR” A_EXPERIENCIA ilustra € ‘prova” varios conceitos jf vistos €°a seem, abordados em ’segu sendo muito importante a sua real SORIA ‘TRANSISTOR (2* PARTE) zagio, para que © Leitor/Aluno possa verificar, “ao vivo” (como & costume nas “Ligdes” do ABC...) aquilo que esi aprendendo em ‘papo”... Nessa EXPERIENCIA, ‘vamos justamente “enfileirar” dois transfstores, de modo a obter um super-ganho, capaz de, @ partir de uma “minusculinha” ‘corente na Entrada, acionar um LED (que pre- cisa, para acender, de alguns subs- tanciais miliampéres - como vimos na “Aula” n? 5... Assim, 20 mesmo tempo, estaremos compro- vando: - A possibilidade de se “‘enfileirar” 0s transistores para obtermos um fator de amplificagio mais “bra- vo". -O chamado arranjo Darlington (uper-ganho) ~O acoplamento direto (sem a in- terveniéncia de resistores...). A. seguir, a LISTA DE PE- LISTA DE PECAS (EXPERIENCIA) ©2-Transfstores BC548 ‘equivalentes ©1-LED vermelho, redondo, 5 mm (bom rendimento lumi- ‘noso) ©1-Barra de conetores para fuséveis ("*Sindal”) com 7 segmentos (pode ser corta- do de uma barra “inteira”, que tem 12 segmento: © 1- Suporte para 2 pilhas pe- quenas © - Fio para as ligagses ou = NOTA: Quem jé adquiriu_os Componentes, peas € materiais para as EXPERIENCIAS das “Aulas” anteriores do ABC, seguramente 4 possuir tudo 0 que € necessdrio a presente |. EXPERIENCIA, — Entretanto, quem quiser “incrementar” 0 seu estoque de pecas, visando © futuro (isso € sempre bomn.. pode comprar os componentes especfficos, ou até adquirf-los dentro do “Pacote/Aula” refe- rente A presente ABC ~ ver Antincio e condigdes de solici- tagfo, em outra parte da Revis- ta). CAS para a EXPERIENCIA... Os componentes so poucos, de baixo custo, e poderio ser todos reapro- veitados,,fucuramente, em oulzas montagens, Experimentais ou Préti- cas, que surgizem nas “Aulas” do AB = FIG, 8-A - Esqueminha do circui- to da EXPERIENCIA... Confor- me j4 foi dito, nada mais séo do que dois transfstores “‘enfileira- dos” de forma a “‘multipticar”” os seus ganhos (fatores de amplifi- cago). Por enquanto néo daremos detalhes teéricos a respeito (logo adiante falaremos nisso...). © im- portante, principalmente para o “Aluno 'recém-chegante” (e que deve, URGENTEMENTE, provi- denciar a aquisicio das Revis- tas/Aula anteriores, para ndo ficar “boiando”...) € notar que um es- quema nada mais € do que uma espécie de “mapa” do circuito, desenhado a partir das represen” tagées simbdlicas dos componen- tes e suas ligagées... Tanto os twans{stores quanto 0 LED j& fo- ram estudados nesses aspectos (a- Paréncia, s{mbolo, identificagao de terminais...) ¢ assim basta a0 “Aluno” recorrer as informag6es j& mostradas no nosso “Curso”, se persistirem dilvidas... -FIG, &B - Diagrama de monta- gem da EXPERIENCIA (chama- thos de “‘chapeado”” & vista real dos componentes, suas ligagSes e conexdes com 0” “'substrato” do Circuito. No ‘caso, usamos a “ve- Iha" (explicada’ nas primeiras “‘Aulas™) técnica da montagem sem solda, sobre barra de coneto- res parafus4veis, ATENCAO as posig6es dos dois transistores (eA identificagio dos seus terminals) ¢ do LED (idem). Observar também 2 polaridade da alimentacao (io vermeito do suporte de. pilhas comesponde 20 positive, © fio preto 20. negative..). Odservar a fumeragao atribufda 0s segmen. tos da barra, e que serve como re- feréneia para evitar erros, facil tando a identficagao de cada pon- to. de ligaglo. (aqueles nimeros “n8o estao 14", na barra “real, mas todos Vocts sabem contar até 2), So esquecer dos (Gedagos simples de fio interligando segmentos espect- ficos da barra) entre os segmentos 1-5 © 3-6. Finalmente observar {que 0s contatos T1-T2 nada mais sio do que as pontas (devidamen- te “desencapadas”) dos fios res- Pectivos (ligados aos segmentos 2 e7 da barra. FIG, 9 - Quem ainda for muito “tongéo” na interpretagéo dos componentes, s{mbolos ¢ termi- ais, pode recorrer & figura, que mostra os transfstores € 0 LED, cm aparéncia, —representacio simbélica e identificagdo de pinos (esses aspectos ja foram exausti- vamente “malhados" nas 6 ‘Au- las” anteriores do ABC, e jf esté mais do que na hora de Vocés te- rem decorado tudo... Logo, logo, essa “moleza” acaba...). FIG. 10 - Sequéncia da EXPE- KIENCIA - Conforme j4 foi dito, 08 pontos TI e T2 correspondem simplesmente as extremidades, li- vres do isolamento, dos dois fios 10 ‘TEORIA 7 - 0 TRANSISTOR (2# PARTE) tagio (3V) pode penmitir, no mé- ximo, a passagem de uma corrente muito pequena, que pode ser fa- cilmente calculada: ee Vv = 1 3 1.000.000 1 = 0,000003 (trés microampéres) Essa corrente (tés milionésimos de ampére) € absolutamente insufi- ciente para 0 acionamento do LED. Agora vamos nos concen- trar no ganbo dos transfstores: ca- da_um dos BC548 apresenta um RFE de, no mfnimo, “110”. Na configuracio adotada para 0 cir- cuito (fig. 8-A) a corrente de emissor (Ie) do primeiro BC548 constitui a total corrente de base (ib) do segundo transistor, com 0 que 0 “‘fruto” da Safda do primei- ro, “alimenta” a Entrada do se~ gundo, obtendo-se, no conjunto, a multiplicagao dos’ ganhos. indi duais! Vamos, entdo, calcular esse ganho total, “por baixo”.. hFE tot = 110 x 110 Fig. 10 hFE tot = 12.100 (aos segmentos 2 ¢ 7, respectiva- mente, da berra de conetores). A idéia da EXPERIENCIA € sim- pies: fazer acender 0 LED, tocan- do os pontos TI e T2, simulta- neamente, com um dedo,,. Eletri- camente, ‘a0 fazermos isso, esta~ mos intercalando uma '“RE- SISTENCIA" entre Tle 12, ou seja: 0 proprio valor Shmico da pele do dedo (geralmente em tor- no de IM, se 0 dedo estiver limpo € seco ~ sem transpiracio....), Es- sa_relativa “‘condutibilidade” da pele explica-se devido a0 fato dos tecidos orgénicos (material estru- tural do nosso corpo...) serem formados, basicamente de... gua, além de conterem inimeros sais € 4cidos que Ihe conferem essa pos- sibilidade de permitir a passagem (ainda que sob alta resisténcia...) da corrente elétrica... Voltando & parte “elétrica” da “coisa”: essa resisténcia (vamos atribuir-Ihe o valor de 1M, para efeito de céleu- [Esse ganho total (12.100) aplica- do sobre a corrente de Entrada (0,000003A) resulta em até 0,036A (€ s6 fazer a continha: 12.100. x 0,000003...), mais do que suficientes (e, & propésito, dentro dos limites, tanto dos trans(stores quanto” do. préprio LED...) para 0 acendimento do LED! CONCLUSOES DA EXPE. RIENCIA - Deu pra “sentir”...2 “Colocamos"” 3 microampéres a Entrada do bloco e, com #80, pt- demos “‘puxar” cerca de 36 mic liampéres na sua Safda! E uma ‘baita” amplificagao, nao €...? E a “coisa” nao fica por af! Na fig. 10, em primeiro plano, temos a realizagio baésica da EXPERIEN- CIA (dedo tocando simultanea- mente os dois pontos, TI e T2, para que a resisténcia da pele seja imposta ao circuito...), entretanto, se tocarmos com o dedo apenas 0 contato Tl (aquele que - ver es- quema - est diretamente ligado ao terminal de base do primeiro transistor...) 0 LED também acenderé, ainda que fracamente... Como isso terd sido poss{vel?! O nosso corpo, razoavelmente con- dutor, como jé explicamos, fun- ciona’ como um “pedago de fi + na presenca de um campo magné- gerado pela eletricidade lagéo elétrica do local (aquele “monte” de fios que estio dentro das paredes, af da sua casa...). Se lembrarmos da “Ligéo” sobre os EFEITOS MAGNETICOS DA CORRENTE (ABC n® 4) pode- mos entéo entender que 0 corpo de uma pessoa pode (e efetiva- mente funciona...) funcionar co- mo 0 SECUNDARIO de um “transformador", recebendo manifestando, por indugéo, uma certa tensdo” (qe pode até ser medida por aparelhos sensfveis, a superficie da pele...). Pois bem. Essa _pequenfssima tensio, intro- duzida diretamente & base do pri- meiro wans{stor do arranjo (fig. 8-A) determina uma “‘correnti- nha” extremamente fraca que, porém, apés a “bravissima”” am- plificagio proporcionada pelo par de trans{stores “‘enfileirados”, manifesta-se com intensidade su ficiente (no coletor do segundo trans{stor...) para acender 0 LED, ainda que com luz fraquinha! Deu pra sentir o poder de amplificagao de um ‘‘miserdvel” par de transfs- tores...? OS ACOPLAMENTOS - FIG, If - O arranjo mostrado ori- ginalmente para a EXPERIEN- CIA (fig. 8-A) nada mais € do que um acoplamento entre dois blocos de amplificagéo (cada um formado unicamente por um trans{stor...). Essa configuracéo € especificamente chamada de DARLINGTON e na verdade forma, a partir de dois transfsto- res, um “‘super-transistor”, de elevadissimo ganho (produto do FE dos dois componentes aco- plados...). Externamente obser- vando 0 conjunto, os dois coleto- ~rRanssToR" ‘rER-GaNe0 (oaRLnToN! Sg, es, juntos, funcionam como se fossem 0 COLETOR do super- transfstor; a base do primeiro de- les, atua como se fosse a BASE do super-trans{stor e 0 emissor do segundo transfstor age como se fosse 0 EMISSOR do super transistor. Notar ainda que o ‘emissor do primeiro é diretamente: igado & base do segundo, de mo- do a promover 0 acoplamento di- reto, sem intermediag6es ou pola- rizag6es por resistor! Nesse arran: Jo, entéo, os parametros finais serdo os seguintes: =e (max.) - A corrente méxima de coletor “suportada” pelo segundo transfstor, ~ Vee (max.) - A mfxima tensio aplicdvel entre coletor ¢ emissor dos dois transfstores. ~ RFE - © produto do ganho indivi- dual dos dois transfstores. = P (tot. - A poténcia ou dissipacdo méxima manejavel pelo segundo transistor, Assim, se no lugar do primeiro trans{stor colocarmos um compo- nente de peguena poténcia ¢ alto ganbo, e, como segundo trans{s- tor, um de alta poténcia e baixo ganho, teremos como resultado final um “super-componente”, pa- ra alta poténcia e com alto ganho! Na verdade a solugéo € tio boa que muitos fabricantes encapsu- lam arranjos Darlington (ver, na TIP120...) na forma externa de ‘um tinico transfstor! Sio compo- nentes obviamente mais caros do que um transfstor comum, mas fa- cilitam muito certos projetos € montagens, onde os principais re- quisitos sejam a compactacao ¢ a redugio do nifmero de componen- tes (obtemos grande amplificagao © grande poténcia final, a partir de poucas pecas...). Ainda na fig. 11 temos os simbolos adotados para representar o “‘super-transfstor”” Dartington nos diagramas de cir- cuitos... Os dois “‘visuais"” valem, porém em ABC adotamos a norma mostrada a esquerda (um sfmbolo parecido com 0 de wm transistor bipolar comum, com uma letra “D" dentro do cfreulo...). O sim bolo com “trago duplo” no cole- tor (internamente a0 cfrculo) também € adotado por muitos leiautistas... - FIG. 12-A - Com dois transfstores PNP também pode ser “construf- do" um Darlington, © arranjo é absolutamente semelhante ao for- mado por unidades NPN (como nas figs. 8-A e 11), porém sempre considerando que as polarizacdes serdo todas “‘invertidas”... FIG. 12-B - Além do arranjo Dar ington (que é um tipo de acopla- mento DIRETO, ou seja, com um mfnimo de interveniéncia de ‘ter ceiros” componentes...) existem outros arranjos muito usados para “casar” dois transfstores, de mo- 0 a usufruir da amplificagao ‘re forgada”” proporcionada pelo con- junto, © sistema mostrado na fi- gura (um transfstor PNP e¢ um NPN) coloca 0 primeiro compo- nente no “papel” do resistor de polarizagao de base do segundo, de modo que “‘excitando” a base do primeiro, proporcionamos uma alta corrente de base para o se- gundo, que entio se desenvolve sobre a “carga” de coletor deste (Re). O ganho € muito bom (ndo {o alto quanto um Darlington) ¢ © arranjo muito utilizado, na pré- tica... - FIG. 12-C - Podemos, facilmente, “inverter” as posigdes dos transfstores, colocando o NPN em primeiro lugar, e 0 PNP em se- gundo, re-arrumando 0 conjunto na forma indicada. Novamente 0 primeiro trans{stor trabalha como um “resistor variével” de polari- zagfo para a base do segundo, de ‘modo que, aplicando-se um débil . sinal & base do NPN, a base do PNP passa a receber, como sua excitagio, a considerdvel corrente de coletor do primeiro, propor- cionando boa poténcia final a carga (Re), esta alimentada pelo coletor do segundo transistor (PNP, no caso...) Cofno diferenca basica entre as configuracées jf mostradas, no- tem que os diagramas 12-B ¢ 12-C determinam 0 acoplamento direto do coletor do primeiro transfstor & base do segundo, enquanto que no chamado arranjo’ Darlington (figs. 11 e 12-4) € 0 emissor do primeiro que fomece a corrente de base do segundo... Os casos 12-B e 12-C, portanto, exigem transfstores de po- laridade diferente (um NPN e um PNP), enquanto que o sistema Darlington faz uso de transfstores de idéntica polaridade (dois NPN ou dois PNP...) Existe ainda uma terceire ma- neira basica de promover 0 aco- plamento direto entre dois transfs- tores, procurando uma grande am- plificagéo: consiste no uso de dois transistores de idéntica polaridade, porém com 0 coletor do. primeiro ligado a base do segundo. Veja- 12 -FIG. 13-A - Nessa configuragio © resistor R ¢ 0 primeiro trans{stor (PNP) constituem um “divisor” ‘ou “derivador” de tenso, alimen- tando a base do segundo (também PNP). Assim, quanto menos pola- Fizacdo de base o primeiro rece- ber, mais a base do segundo rece- be (via resistor R), energizando proporcionalmente a carga (no co- etor do segundo) representada por Re. - HIG. 13-B - Arranjo equivalente ao da fig. 13-A, porém agora com dois transfstores NPN. O “com portamento” é em tudo igual a0 diagrama da fig. anterior, porém considerando a inevitvel “in versio” das polaridades. De novo (© primeiro transistor mais o resis tor R determinam um divisor de tensio varidvel, que fomece o si- nal para a base do segundo, em proporcio inversa a excitagio de base aplicada ao primeiro. A car- ga Re, no coletor do segundo transfstor, recebe entéo a corrente final, ap6s a dupla amplificacdo. -FIG. 14 - Acoplamento RC (Re- sistor/Capacitor) - Nem sempre € possfvel ou aconselhdvel, depen- dendo do tipo de sinais ‘com os quais 0 conjunto amplificador vai trabalhar, além de outras carac- terfsticas especfficas da “fonte” do sinal, ¢ do médulo que vai ‘u- TEORIA 7 - 0 TRANSISTOR (2* PARTE) ar” o sinal, depois de amplifica- do, 0 ACOPLAMENTO DIRETO (figs, 11-12-13). Em muitos casos circuitais especfficos, toma-se ne- cesséria uma certa isolagio (para C.C.) entre os médulos amplifica- dores. Podemos providenciar isso com a intercalago de CAPACI- TORES entre 0s diversos RESIS- TORES utilizados na POLARI- ZACAOe “CARGA” dos transfstores, Um arranjo tfpico € 0 mostrado na figura, onde 0 aco- plamento do sinal entre os esté- gios de amplificacao é feito, basi- camente, pelo capacitor CA (so- frendo também a influéncia do Rel e Rb2), O resistor Rel, nor- malmente, tem um valor baixo, jd que a corrente de coletor do pri- meiro trans(stor circula toda por ele. 16 Rb2 tem um valor normal- mente mais elevado, uma vez que controla a corrente de polarizagio do segundo transfstor, necesséria 2 base desde, para que ele traba- Ihe na “regido linear” da curva (0 famoso “‘ponto”, do qual j4 fala- mos...). O valor desse capacitor de acoplamento depende de varios fatores (que sero estudados no futuro), porém, basicamente, da FREQUENCIA do sinal que pas- sard pelo sistema... Sinais de alta frequéncia exigem que 0 capacitor de acoplamento tenha uma peque- na constante de tempo (caso con- trério ele nfo “ter tempo” de carregar-se € descarregar-se, a cada ciclo do sinal...), ou seja: um valor também pequeno de capa- citancia... J4 sinais “lentos” (de baixa frequéncia) pedem um ca- pacitor de alto valor, para adequar a sua constante de tempo ao rftmo das variagées do préprio sinal... E muito diffell (devido justamente a presenga do capacitor CA) pro- mover um perfeito “‘casamento” de impedancias entre os estigios, nesse tipo de configuracao... No entanto, as convenigncias “sepe- ram as inconveniéncias (e as per das por “‘descasamento”” podem - em parte ~ ser compensadas por outros “truques” circuitais...) € assim 0 arranjo € muito usado... Notar ainda os capacitores isola- dows de Entrada (CE) © Safda (CS), que permitem, respecti- vamente, 0 acoplamento do con- junto com a “fonte” de sinal e 0 loco que utilizar, “depois” do segundo transistor, o sinal jé bem amplificado. Observar também a necesséria presenca de Rb1 (para polarizar a base do primeiro trans{stor, colocando-o no ““pon- to” de funcionamento...) ¢ Re2, como “carga” de coletor do se gundo transfstor, através da qual se manifesta o sinal amplificado, “recolhido” justamente no coletor do dito transistor... -FIG. 15 - Acoplamento a trans- formador - Na 4# “Aula” do ABC ‘i vimos que num transformador, pelo fenémeno da INDUGAO ele- tromagnética, os sinais ‘elétricos (transigées da tensio e da corren- podem ser “‘transferidos”, enrolamento (primério, ou Para 0 outro (secundério, ou “S”..... Como podemos calcular com preciso as impedancias e re- sisténcias Ohmicas dos dois enro- lamentos, néo € diffeil dimensio- nar a coisa de modo que 0 enro- lamento primério funcione como “carga” de coletor do primeiro transistor, enquanto que 0 se- cundario ‘apresente os sinais nele induzidos, A base do segundo transfstor (via capacitor de aco- plamento € isolagéo CA...). Cir cuitos muito especfficos usam, frequentemente, essa configu- ragdo, j& que através de um cui- dadoso cfleulo do préprio tran: formador, podemos “‘casar” com grande precisio as impedancias, adequando também os valores do cireuito as frequéncias dos sinais ‘TEORIA 7 - O TRANSISTOR (2! PARTE) 13 manipulados (Circuitos de alta frequéncia, normalmente presen- tes nos Rédios e TVs, por exem- plo, “‘usam e abusam’” dessa es- pecial configuragio amplificado- me FIG. 16 - Acoplamento L-C - In- dutor/Capacitor, — p/amplificagao sintonizada - Uma interessante “fusio" dos métodos de acopla- mento RC e 0 transformador, re~ sulta no sistema chamado de LC, onde a “carga” do coletor :do primeiro transfstor € formada jus~ tamente por um INDUTOR (bo- bina), sendo o sinal normalmente acoplado a capacitor (CA) & base do segundo trans{stor (fig. 16-A). Se, em paralelo com o INDUTOR “L" colocarmos um capacitor de valor especialmente calculado (C1), podemos adequar rigida- mente a constante de tempo do conjunto L-C (para, frequéncias mais clevadas, € mais pritico usar, em conjunto com 0 capaci- tor, um indutor, na determinacéo da constante de tempo desejada, caso em que chamamos esse “ca- samento” de RESSONANCIA, ou SINTONIA...) a0 ritmo dos sinais a serem amplificados. Con- seguimos, assim, a otimizacao dos Cee Amemescir “‘casamentos”” (impedincia, faixa de frequéncias “passante”, etc.). © arranjo € assim muito utilizado em circuitos de Radios, TVs, etc. Observem que a polatizago de bbase do segundo trans{stor & obti- da através de Rb2. Ainda na fig. 16, em B, temos uma interessante variagao "do acoplamento LC, agora usando um transformador (como em 15...), porém com seus dois enrolamentos devidamente sintonizados, pelas presencas de Cle C2. Com tal artificio conse- guimos tomar a faixa “passante” de frequéncias to “aguda”, que, na pritica, apenas uma determi nada frequéncia ou “rftmo” de nal pode transitar pelo sistema, cando todas as demais frequéncias severamente atenuadas! No futuro veremos algumas aplicagées pré- ticas dessa configuracdo (est presente, por exemplo, nos ampli- ficadores de Frequéncia Interme- didria - FI - dos aparelhos de Ré- dio...). Como um “gancho” para © préximo tema da presente “Ligdo” tedrica, notem que a po- larizagdo de base do segundo transistor, no caso, ndio é mais fei- ta a partir de um tinico resistor, mas sim por dois deles (Rb2+ € Rb2-), que nos permite determinar # com grande precisio 0 “ponto” de funcionamento. do segundo trans{stor, adequando-o ao melhor desempenho em fungdo dos nfveis de sinais manejados... - FIG. 17 - Transformadores de En- trada ¢ de Safda - Uma vez que com transformadores _especial- mente calculados e enrolados po- demos promover os mais precisos “casamentos” entre estigios, cer- tas “fontes” de sinal e certos “ tilizadores” do sinal final pedem a conexao ao circuito amplifi dor também via transformadores Um perfeito casamento do trans{s- tor em EMISSOR COMUM (ver fig. 4) com uma fonte de sinal de baixa impedncia, pode ser pro- movido por um transformador de Entrada (TE, na figura). Da mes- ma forma, uma adequagao de im- pedincias perfeita na conexdo de Safda do arranjo, com “‘o que vem depois”, as vezes exige a interca- lagéo de um transformador de Safda (TS). Notem que os dois exemplos (transformador de en- trada e transformador de safda) esto “concentrados” numa tinica figura, apenas para simplificar, porém suas aplicagdes podem ‘ocorrer isoladamente, dependendo do circuito.... Verifiquem nova- mente que a polarizacio de base do trans{stor est4 feita com dois resistores, em divisor de tensio, promovendo uma perfeita "‘colo- cago no ponto” do dito transis- tor, conveniente quanto queremos evitar a0 méximo qualquer dis- torgdo nos sinais manejados... © Leitor/Aluno deve conside- rar que - para efeito de simpli cago - muitos dos exemplos aqui dados referem-se a transistores 14 TEORIA 7 - 0 TRANSISTOR (2? PARTE) NPN (também pela razio de que trans{stores dessa polaridade So mais usados nos _circuitos...), porém, lembrando que “basta in- verter as polaridades da alimen- tagdo” para que todos os arranjos e configuragdes possam ser imple- mentados com unidades PNP.. APOLARIZAGAO Existem cflculos razoavel- mente complexos na determinagio “matemdtica” da polarizagio ideal dos transfstores, em funcio “do que” vio fazer num circuito, sob qual frequéncia, tensio, corrente, impedancia, etc. Entretanto, para efeito de conhecimentos basicos (intengio do ABC...) € suficiente 20 Leitor/Aluno, por enquanto, co- nhecer os métodos mais comuns de polarizacao. Primeiro vamos ver “o que 6” POLARIZACAO (um termo muito uusado, quando descrevemos tecni- camente circuitos _transistoriza- dos...): conforme j foi falado, para gue um transistor possa amplificar linearmente, ““proporcionalmente”” os sinais’ ou variagdes de tensfo/corrente apresentadas & sua Entrada (normalmente o terminal de base...), esta deverd estar receben- do previamente um certo nivel de Corrente (que, pela Lei de Ohm, € determinado por uma certa Tensio, vencendo certa Resistencia) e sem- pre sob um potencial maior do que © “‘degrau" de funcionamento de 0,6V... Apenas dessa forma pode- mos colocar © componente na sua “regiéo de amplificagio linear” ou seja: no “ponto” ideal de funcio- namento, para uma amplificagao | sem distorgées (sem que 0 transfs- tor “deforme” o gréfico das formas de onda, conforme j6 vimos em exemplos anteriores, do. sinal...) Uma vez dentro da “regio linear, © ponto exato depende de varios outros fatores, como niveis mini- moe méximo de “excursio” da prépria tensfo do sinal a ser ampl ficado, nivel de poténcia, tensio € corrente que “queremos” na safda do sistema (normalmente no coletor do “bichinho”...), etc. ® Om Oe [i ~ FIG. 18 - Polarizago com um re- istor - No caso do exemplo, um transfstor NPN, a base pre tar “positiva” em rela emissor, para atingir o “‘degrau” de 0,6V, minimo necessério para ‘© componente entrar em trabalhos de amplificacao... Assim, com um Gnico resistor (Rb) entre a dita ‘base ¢ a linha do positive da ali- mentagio, podemos determinar com boa preciso a corrente de base (Ib). Esse vetor (Mb), junta mente com o ganho , mais 0 valor da carga de coletor (Re), nos permite calcular progressivamente a corrente de coletor (Ic) ¢, por Ohm, a tensio de coletor (que, idealmente deve situar-se em me tade do valor da tensio geral da alimentagéo (V), ¢ assim por diante. Com um pouguinho de matemética (e, eventualmente, al- guma experimentacio...) chega- mos a um valor conveniente para Rb. um método simples de. po- larizagéo, muito usado em circui- tos sem muita rigidez de parfime- tos, ou de caracteristicas de fun- cionamento pouco erfticas... Em alguns casos, contudo, apresenta tum certo inconveniente de “insta- bilidade”, que pode ser desenvol- vida a partir de um aquecimento desenvolvido no transistor duran- te © funcionamento (fungio, 8s vvezes, de fatores extenos 30 cir- . Isso farsi com que 0 “ponto” de funcionamento do transfstor dentro da sua “regio linear", “‘ande", destocando to dos 0s pariimettos do arranjo. ‘Sem “‘medos” exagerados, contu: do: sempre que a aplicagio nfo for critica, e que o trans{stor nio esteja_trabalhando “rente” 20s seus limites de tenséo, corrente € poténcia, nada impede (muito pe- Jo contrétio...) que _utilizemos uma polarizagao simples, dese tipo (0s Leitores/Alunos, vero muito esse arranjo bésico, nos & t $05 circuitos das _montagens Experi- mentais ¢ Préticas do ABC...) FIG, 19 - Polarizagao “autométi- ca” com um resistor - Muitos dos inconvenientes do método mais simples (fig. 18) podem ser sana dos, “puxando-se” a polanizagao positiva de base néo da linha ge- ral de alimentaco (—V), ¢ sim do proprio coletor do transistor 1a- través, portanto, do priprio resis tor de “carga” de coletor, Re...). Usando as “vethas” férmulas que inter-relacionam Corrente, Tensio ¢ Resisténcia, mais os parémetros gerais do trans{stor ¢ do circuito, podemos situar com facilidade 0 valor de Rb de modo a colocar 0 trans{stor no ‘‘ponto” desejado. Se fatores externos determinarem ou facilitarem um aquecimento progressivo do transfstor, 0 natu- ral incremento na corrente de co- Tetor Ice causaré uma queda na tensfo de coletor, com 0 que me- nos corrente de base seré forneci- da (via Rb), “trazendo” nova- mente 0 transfstor para 0 “‘ponto”” originalmente_calculado de fun- cionamento! Da mesma forma que ocorre com 0 método mais cle- mentar de polarizagao (fig. 18), regio linear” de funcionamento convém, na maioria dos casos, TEORIA 7 - O TRANSISTOR (2° PARTE) [A-VELHA" Let DE OFM STA SEMPRE PRESENTE NOS ‘CALCULOS! dimensionar os valores de modo que a tensfo “em repouso”, no coletor do dito cujo, fique em tor no da metade do valor da tensio geral de alimentaco (V). - HIG. 20 - Polarizagéo com divisor de tensdo (2 resistores) - E 0 mé- todo “‘composto”, mais complexo, de levar um transistor a0 seu “ponto” ideal de funcionamen- to... Em compensagdo, € também a maneira mais precisa ¢ segura, para 0 componente € para 0 fun- cionamento do circuito, de “1 xar” tal “ponto”... Nesse caso, a base “puxa” a sua polarizagio, a partir da tenso mostrada no “'né” ou centro de um divisor feito com dois resistores, um a0 positivo da alimentagdo (Rb+) © um ao nega tivo (Rb-). Com esse método po- demos fixar a tensio referencial de base num ponto relativamente elevado. Num exemplo: se a tensio geral de alimentagio (V~) for de 9V, com Rb— “valendo 6K8 © Rb- tendo um valor de IKS, verificamos que a tenso resente na intersecgio (ponto P” no pequeno diagrama ane- x0...) seré de 1,6V aproximada- mente, Basta utilizar a formula bisica para um divisor de tensio simples (também mostrada na fi- gura). Acontece que esse nivel um tanto elevado de tenséo, em- bora favoreca 0 “*posicionamen- to” do transistor na localizagdo ideal da sua “regio linear” de funcionamento, induziria a uma corrente de base talvez excessi va... Entretanto, como a corrente de base (Ib) tem como “‘escoadou- ro” natural o préprio emissor do transistor (j4 que Te € a soma de Tb mais Ic...), podemos automat camente limité-Ia também através de uma elevagao (via resister Re) da impedancia de emissor. Com tais providéncias podemos colocar © transfstor numa eficiente polari- zacGo automdtica, muito conve- niente para a amplificagao de si- nais em CA sob tm elevado “pa- tamar” de CC (DETALHES LO- GO ADIANTE), como € muito comum nos circuitos amplificado- res... Finalmente, para que as ré- pidas variagdes do sinal amplif cado ndo encarem como “obsté- culo” 0 resistor de emissor Re, “paralelamos” este com um capa- citor de passagem (Ce) 0 qual, pa- rao sinal CA amplificado, ofere- ce um percurso de baixa im pedincia (embora para C.C. 0 re- sistor Re naturalmente eleve a re- sisténcia de emissor...). Esse ter- ceiro método € relativamente complexo, e exige alguns célculos mais cuidadosos, entretanto, 0 seu excelente “‘automatismo” (0 ar- Fanjo “se controla” sozinho, fren- te a amplas variagdes tanto na tenso de alimentagdo, quanto a0 proprio nfvel do sinal manipula- 0...) mesmo que cometamos al- Buns erros grosseiros nos célculos ou mesmo que estabelegamos um tanto “empiricamente” os valores dos resistores (tendo como tinica “cartilha” os limites naturais do proprio transfstor...), 0 bloco con- tinuaré funcionando adequada- mente (célculos _absolutamente precisos apenas serdo uecessarios em aplicagées muito espectficas, que fogem aos objetivos iniciais do “Curso” do ABC...) v ros O™ A ase Ro - Va(Rb-1 ‘monit o>) SINAIS EMC.C. EEMC.A. Na presente “Aula” (e em to- das as demais, passadas ou futu- ras...) quando nos referimos a “si- nais em C.C.” estamos, obviamen- te, indicando apenas’ nfveis de tensio de polaridade tnica, que podem, contudo, variar (€ essa va riagdo que - na maioria das vezes - | queremos amplificar, para melhor manejé-la, deteté-la, usé-la no co- mando de médulos_ posteriores, etc.). $4 quando mencionamos “si- nal em C,A.” (como € 0 caso de si- nais de Audio - manifestagio “elé- trica”” do Som - ou de RF, - fre- quéncias elevadas, usadas nas transmissées ¢ recepedes de R&dio, TV, etc.), na verdade no estamos nos referindo a uma C.A. “pura”, mas sim a uma variagao altemada de nivel, que ocore “encavalada” sobre uma polarizacéo fixa de C.C. Complicou um pouco o entendi- mento...? Ento vamos & figura, onde tudo fica mais claro: FIG. 21-A - Numa C.A, “pura” | (ver gréfico de representacio) te- mos um “patamar” fixo de “ze 70" volts, com os niveis de tens3o altemnando “para cima” desse pi- tamar (semi-ciclos positivos) ¢ “para baixo” do dito cujo (semi- | ciclos negativos). Em outras pala- vras: com © nivel de tensio no onto X” este estar “mais post | tivo” do que o referencial de “ze- ro” volt; jf com o nivel de tensfio no pont’ “Y", este estard “mais | negativo” do que o referencial de = FIG, 21-B - 6 nos circuitos e componentes eletrénicos (na es 16 ‘TEORIA 7- 0 TRANSISTOR (2! PARTE) magadora maioria das vezes...) 0 “referencial de zero” é, na verda- de, representado pela linha do ne~ gativo da alimentacdo, frequente~ mente chamada de “linha de ter- ra’... Os sinais que transitam, so amplificados ou manejados pelo circuito, situam-se sempre “aci- ma” desse referencial, ou seja tudo se passa como se tivéssemos uma C.A. “encavalada” sobre um nivel ou patamar definido de C.C.! Num arranjo amplificador transistorizado tfpico existe um “patamar”, ou nivel de polari- zagio C.C. (para a base do transfstor) em toro de 0,6V (ou | Seja 0,6 volts positivos, em re- acto & “linha de terra”, 04 nega- tivo geral da alimentagfo...). Esse | patamar, por sua vez, “faz 0 pa- pel” de um ‘'segundo referencial”” | para o sinal de C.A. “encavala- do”, que pode altemar-se - por exemplo, entre 0,5 € 0,7V (ambos esses niveis medidos com relaco 0s zero" volt reais do circuito (aegative da alimentacéo...). As- sim, o pono “X” estaré apenas O.1V “acima” do referencial de polarizacéo, mas 0,7V “acima”” | da “linha de terra”; jd © ponto Fig. 21 “Y"" estard 0,1V “abaixo” do pa- tamar de polarizacéo, porém ainda 0,5V “acima’* da “linha de ter- ra”... Pode parecer um pouco ‘complicado, a principio, mas bas- ta atengéo © uma anélise visual cuidadosa dos gréficos, para en- tender a “coisa”. Uma pequena analogia, para facilitar a intuicso desses elementos: quando a me- teorologista diz que ‘‘as ondas terdo um nfvel de 5 metros”, esse parémetro est4 obviamente refe~ renciado com relacdo a altura mé- dia da tona da gua (chamado “nivel do mar”...) € no & altura que as ondas atingirao com re- lagdo ao fundo do mar (caso em que aquelas mesmas “ondas de 5 metros” teriam que ser denomina- das de “ondas de 105 metros” - se © mar, no local, tiver 100 me- tros de’ profundidade...). Nada complicado, nao é.. FIG. 21-C - Esse conceito da “C.A, encavalada” sobre a C.C., bem como a correta determinacdo dos nfveis de polarizagio do transistor tém muita importéncia quando se exige a absoluta “pre- servagao” da forma de onda ori- ginal do sinal (amplificagéo de “alta fidelidade”). Observando 0 gréfico 21-C vemos que 0 “topo” € 0 “fundo” dos ciclos represen- tados, apresentam um corte ou achatamento (também chamado de “clipagem”...). Se pudéssemos “uaduzir” os sinais elétricos em grificos reais, como os mostrados (na realidade podemos, com o auxilio de um instrumento chama- do OSCILOSCOPIO, que estuda- remos “um belo dia”...), verifi- carfamos que: 1-Se 0 “corte” se d& apenas no topo do sinal (ponto “W"), isso indica que o trans{stor’ estd “sub-polarizado”, ou seja: a corrente de base “em repouso”” esti mais baixa do que devia es- far. 2 Se 0 corte ou “clipagem” se af apenas no fundo do sinal (ponto “Z"), isso ocomre devido a uma “sobre-polarizagio”, ou seja: a corrente “de espera”, na base, estd mais alta do que deveria es- tar. 3 Finalmente, se 0 “achatamento” da forma de onda do sinal se dé tanto “em cima” (ponto “W") quanto “em baixo” (pont “Z"), a polarizacio provavel- mente estaré correta (em termos de corrente), porém a prépria amplitude (diferenca de tenséo entre 0s pontos “W" eZ") do sinal € que estard excessiva. As solugées so Sbvias: No caso (1), modificamos os valores dos re- sistores de polarizagao, de modo a obter uma maior corrente de base “em repouso”. No caso (2) faze~ mos as modificagées nos valores de modo a obter menor corrente de ba- se “em espera’ (sem sinal). Final- mente, no caso (3), recalculamos o divisor de tensio que alimenta a base, de modo a oferecer um “pa- tamar” mais alto, compatfvel com a excursio de nfveis do sinal. Obser- var, contudo, gue tais providéncias apenas séo eXigidas quando a abso- uta fidelidade a0 sinal for necess4- ria... Em muitos casos, essas dis- torgées ou “ciplagens” nao tem as- sim tanta importancia,., (Sem “fa. natismos”, lembram-se...?).. COZINHA bre temas ainda nao abordados. e Leitores/Alunos. bre a “ordem cronol6gica’ ‘A Seco de CARTAS da ABC destina-se, basicamente, a esclarecer pontos, maténias ou conceitos publicados na parte Teérica ou Pratca da Revista, © que, eventualmente, nao tenham sido bern compreendidos pelos Leitores/A- unos. Excepcionalmente, outros assuntos ou temas podem ser aqui abor- ados ou respondidos, a critrio Unico da Equipe que produz ABC... As re- {gras S80 as seguintes: (A) Expor a divida ou consulta com clareza, aterr o-se aos pontos j& pubicados em APE. Nao sero respondidas cartas so- (8) Inevitavelmente as cartas s6 serao Tespondidas apés uma pré-selecdo, cujo crivo basico levara em conta os assuntos mais relevantes, que possam interessar a0 maior numero possivel (C) As cartas, quando respondidas, estarao também ‘submetidas a uma inevitavel “ordem cronolégica’” (as que chegarem primeito serdo respondidas antes, salvo critério de importancia, que prevaleceré so- ). (D) NAO serao respondidas davidas ou con- suitas pessoalmente, por telefone, ou através de correspondéncia drata....O nico canal de comunica¢ao dos Leitores/Alunos com a ABC 6 esta Secao de CARTAS. (E) Demoras (eventualmente grandes...) so absolulamente inevitaveis, portanto nao adianta gemer, ameagar, xingar ou fazer beicinho: {aS respostas s6 aparecerao (se aparecerem...) quando... aparecerem! Enderecar seu envelope assim: KAPROM - EDITORA, DISTRIBUIDORA, Revista ABC DA ELETRONICA Segao de CARTAS E PROPAGANDALTDA. R. General Os6rio, 157 CEP 01213 - Sao Paulo - SP “Eu acho que estou acompanhando bem as “ides” do ABC, e considero a ma: neira que Vocés explicam as coisas ‘muito boa, jd que raramente aparece conceitos “tedricos” profundos e “assus. tadores”, com todas aquelas "matemasi- cas” (como Vocés dizem..). Eu, pes- ssoalmente, ndo tenho dificuldades com ‘as “matemdticas”, pois sou ~ profissio- rnalmente - tecnico em quimica industrial ¢ uso muito edleulo no meu trabalho... Sei, entretanto, 0 que isso representa de dificuldade para a grande maioria dos brasileiros, “‘imas" de wm sistema es- colar obsoleto € de baixa qualidade. Apesar de tals facilidades, sempre sobr tuna coisinha Ou outra, que a minha po- bre “percepsio de quimico” néo me permite “pegar”. ficou (principalmente com respeito 2% “Aula” - CAPACITORES...) & como um CAPACITOR pode ter tempos de CAR- GA e de DESCARGA diferentes, nun circuit real (néo numa simples expe- riéncia demonstrativa, com chaves, etc ama_vez que em qualquer das cir- cunstlincias, os eventuais resistores a ele ligados sao sempre os mesmo.” Sei ‘que tem de haver algum “truque”, if que 4 para perceber que muitos circuitos aplicagées se valem dessas tempori- Uma divida que me" zardes diferenciadas, porém nao conse- ‘gui intuir 0 arranjo real que permite es Aiferenciagao... Poderiam os “Mestres do ABC explicarem isso naquela gostosa ‘maneira simples e objetiva que sempre lusam para nos passar 0 conhecimentos eletranicos...”" » Ernesto DelBiosco -Rio de Janeiro” RI Realmente, Ernesto primeira vista fi ‘a um pouco complicado 0 entendimen- to das diversas temporigagdes que um capacitor pode assumir, num mesmo cit= cult... Se 0 universo. dos components fosse testrito unicamente a CAPACI- TORES ¢ RESISTORES. sria,napra- tia, inevitével que 0 Tempo de CAR- Ga’e'0 Tempo te DESCARGA tives. sem estreitavinewhgé0 ¢inter-de- endéncia (a menos que - sonforme Vooe "citou quanto 38. EXPERIEN- IAS, interealasemos diversas chaves no arranjo. RC, ¢.promovessemos um fcionamento muito precio de tai inter- ruptores, na desejada "Sequencia” ¢ com os delays pretendidos... Se, contudo, le~ varmos em conta. que dificlmente as redes RC estio.“socinhas” nas. aphi cagées, a “coisa” jé no fica to diel de compreender! Os componentes semi- condutores, ativs ((ransistores ¢ cia) COZINHA- CARTAS -7 7 (ou passivos (diedos ¢ cia), ‘mais simples arranjo RC permitem u série de “trugues” priticos. extrem: mente utlizados nos mais diversos cir ccuitos e aplicagées. Veja, por exemplo, 2 fig. 1-A... Nela, 0 arranjo RC bisico trabalha em conjunto com um simples DIODO (ver “Aula” do ABC n° 3...) este intercalado na linha de entrada (E;. correspondente a0 “caminho” de CARGA do capacitor C... Podemes, no caso, aplicar (através do DIODO), um pulo P com a suficiente TENSAO, proveniente de fonte capaz de fornecet a nevessiria CORRENTE, de modo 2 promover a (praticamente) imediata CARGA do capacitor C, Uma ver esta- belecida tal CARGA (“quase” instanta- nea, portanto...), 0 capacitor C nao pode se descarregar via circuito de entrada E, fem virtude do DIODO passar a "ver" tuma polarizagdo reversa... “Sobra” as- sim, ao capaciter C um tnico “caminho” para descarga: via resistor R, em disego 20 circuito de aplicacdo 08 Saida (5) Tudo se passa. entdo, como x 0 capacitor C estivesse ligado unicamente 20 resistor R, e assim o tempo de des carga se desenvolvera pela rampa R. de ‘duragao muito maior do que a apresen tada pelo brevissimo pulso P de carga! Observe que © processo ¢ totalmente automitico, auto-gerido.... Aplicamos ‘um brevissimo pulso P de carga (ou ma rnualmente ou via um pré-bloco de con tole eletrénico do médulo) e 0 “resto” € providenciado pelo proprio arranjo. que passa a efetuar a (relativamente) lenta descarga, em “'rampa’, na diregéo da Saida (S). Portanto, um mesmo ar ranjo_ RC possibilita CARGA_ RA- PIDISSIMA ¢ DESCARGA LENTA. Deu pra "sacar”..” Na prética ccuitagem eletronica, contudo, a “coisa do fica por a.. Observe agora a fig T-B, centrada num stranjo RC idéntico 0 anteriormente visto, porém agora contendo transistores intercalados nos ‘caminhos” de CARGA (TR1) ¢ DE! CARGA (TR2) do capacitor. Considere (Como foi feito no exemple da fig. 1-A) a entrada E como 0 ponto de “apli 8 COZINHA - CARTAS -7 T cago” da CARGA e a Sala S como o ponto de “recolhimento” ou aplicagao 2 DESCARGA... Se a Entrada E for Imantida sob 0 necessério potencial (TENSAO), assim que aplicarmos pola- Fivagdo negativa 20 gatlho de controle GI (base de TRI, devidamente polar Zada por resistot/série), 0. percurso caissor/coletor de TR1 passaré a repre~ sentar, eletricarnente (ver “Aula” n? 6 do ABC.) uma resistencia de valor muito baixo, com 0 que o capacitor C se carregaré, rapidamente. Observar que, mesmo eessando a polarizagao negativa no controle G1, o capacitor C no “eon segue” descarregar-se novamente via TIRI, i que as polarizagbes naturais dos “diodos internes" do dito transistor no permitirio 0 “retorio” da. corrente! "Sabra", entio, 0 capacitor C, 0 cami- nnho de descarga via resistor R transis- tor TR2. Este, porém, apenas se mos- tard plenamente “condutivo", no seu percurso cmissorfeoletor, quando 0 Ponto de ‘controle representado pelo ‘zatlho” G2 for negativamente polari- zado! Assim, em tese, podemos "gua dar” aquela CARGA “RAPIDA" ele tuada fo capacitor, por um “tempao", a0 fim do qual, um pulso negativo dé controle (no ponto G2) “abrir a portei- ra" de DESCARGA, via resistor R, com a inerente temporizagdo determina~ da pelos valores de R e C (mais a baixa resisténcia agora assumida pelo “cami- tho” emissor/ooletor de TR)! Notoa Aue néo $6 pudemos estabelecer tempos nitidamente. diferentes de CARGA © DESCARGA, como lambérn pudemos “reter" a carga em C, por um tempo também — indepeadente, —determinado apenas pelo intervalo entre 0 "gatiha- mento” de Gl e G2... Observe ainda aque 0 comando real de GI e G2 tanto podem ser feitos “manualmente” (por haves) quanto eletronicamente, via pul- S05 fornecidos por outros blocos circ tas, inclusive osciladores (que serdo es tudados na prOxima “Aula” do ABC Percebeu como “nada ocorte solitari mente” nos arranjos citcuitais, Emes- to..2 E isso al... Fique atento, pois com © desenrolar_ das proximas’ “Aula mais e mais Vocé (¢ 08 demais Lei res/Alunos) iré intir, com bastante se- guranca e claeza, o funclonamento de todo e qualquer bloco circuital, por mals complexo que seja “Li, fiz as experiéncias e montagens pré- ticas, tudo com a méxima atencdo (refi- roomed “Aula” n® 6 da ABC...) € posso dizer que dew para aprender as ba- ses do funcionamento do TRANSISTOR, um componente que eu j8 rinha utiliza: do em montagens publicadas em revistas para Hobbysias (inclusive na APE...) ‘mas sem saber “como” 0 componente funcionava... Realmente ABC esté “dan- ‘do wna luz” pra mim (e acredio, também para muitos outros Leitores.) ‘que jd “‘mexia” com Elerrénica, fazendo 4s “coisas” funcionarem, porém sem erceber por qué funcionavam...Na et= plicacao sobre os blacos semicondutores iternos de wn transttor bipolar fco- ‘mu, acompanhei a demonstracdo (e fiz as experiéncias que as comprovarany.. dos "diodas internos” do componente, {fato que eu jd conhecia superfcialmente, ‘mas nunca tinha me dado ao trabalho de Comprovara, Achel interessante ¢ elu: darivo...No entanto, nao consigo perce- ber a razdo de dois diados (diodes mes- mo.) “empilhados” na mesma liga tlétrica que eles apresentam “dentro” de tux transistor, no funciomarem como um transistor (confesso que experimentei, ¢ nada consegui..). Daria para me forne: er (e aos demais Leitores que eventual- Imente tenham a mesma divides.) wma explicagdo mais ampla a respeito..?” « ‘Ariovaldo Brando = Recife ~ PE. Nao é tio dificil assim de entender, Ari... Na verdade, a demonstragéo da ‘estrutura interna de um transistor bipo- lar comum, na forma de “dois diodos”, obedece apenas uma visio das jungoes semicondutores “uma a uma”, € nunca a ‘uma interpretagéo total ds blocos semi- Condutores do. transistor, trabalhando em conjunto. Na fig. 2-A temos 0 “tru- que” interpretativo da estrutura interna do transistor, na forma de dois diodos, porém “realmente feito” com DIODOS, “empilhados”. Nessa configuracéo, 0 conjunto serd sempre, nada mais do que dois diodos, funcionando eletricamente como tal, mesmo porque € fécil notar {ue sio-4 os blocos semicondutores en- volvidos, formando duas jungées P-N completamente independentes... J4 na fig. 2-B temos o transistor bipolar (a- paréncia, simbolo e estrutura ~ vélidos ara um componente NPN..). Notar {que o conjunto interno ¢ formado agora por 3 (endo mais 4) blocos de material semicondutor, estabelecendo, nas suas “confrontagées” também duas juncdes PN, porém no’ mais “independentes” uma da outra, uma vez que o material P “central” € comum, serve aos dois “

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