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CAPÍTULO VI

FAZENDO CONTABILIDADE

ENCERRAMENTO/2001

CONCILIAÇÃO CONTÁBIL

Para iniciarmos o processo de encerramento da movimentação contábil do


ano de 2001 é necessário que os saldos de todas as Contas de nossa
contabilidade estejam com os seus saldos corretos, ou seja, os saldos
contábeis devem corresponder exatamente com os saldos reais existentes
na data de 31/12/2001.

No decorrer da movimentação contábil de uma empresa são realizados


centenas de lançamentos propiciando, com isso, a possibilidade da
ocorrência de alguns erros que se não corrigidos antes do encerramento,
deixarão os saldos das Contas irreais, trazendo reflexos nas
Demonstrações Financeiras da empresa de modo que estas não espelharão
a sua situação patrimonial real.

Os erros mais comuns são: valores lançados a maior ou a menor; troca de


contas; inversão de contas; lançamento em duplicidade; omissão de
lançamento, entre outros.

Os meios de correção mais utilizados são: estorno de lançamento,


lançamento complementar e Lançamento retificativo.

Exemplos de erros e a forma de correção:

a) Depósito no Banco do Brasil, em 05/09/2001, no valor de R$-


10.000,00, o digitador, acaba digitando apenas R$- 1.000,00 - veja a
seguir o lançamento original em 05/09:

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
100.2.1 100.1.1 05 Depósito BB conforme recibo 1.000,00

Poderíamos corrigir estornando o lançamento errado e logo após


efetuando o lançamento correto, - vejam os lançamentos de correção em
31/12/2001;

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Estorno lançamento efetuado em
100.1.1 100.2.1 31 1.000,00
05.09
100.2.1 100.1.1 31 Depósito BB efetuado em 05.09 10.000,00
Poderíamos corrigir também de outra forma: ao invés de estornarmos o
lançamento original, faríamos apenas um lançamento complementar de
R$- 9.000,00, em 31/12, conforme segue:

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Complemento Depósito BB efetuado
100.2.1 100.1.1 31 9.000,00
em 05.09

b) Depósito no Banespa de R$- 7.500,00 em 08/11/2001, e o classificador


contábil em vez de colocar o código da conta do Banespa, coloca o código
da conta da Caixa Econômica Federal - veja a seguir o lançamento original
em 08/11::

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
100.2.2 100.1.1 08 Depósito Banespa conforme recibo 7.500,00

Corrigiremos estornando o lançamento errado e logo após efetuando o


lançamento correto, - vejam os lançamentos de correção em
31/12/2001;

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Estorno lançamento efetuado em
100.1.1 100.2.2 31 7.500,00
08.11
100.2.3 100.1.1 31 Depósito Banespa efetuado em 08.11 7.500,00

c) No pagamento da conta de telefone, no valor de R$ 353,00, debitado na


conta corrente BB em 25/03/2001, o classificador contábil em vez de
debitar a conta de Despesa e creditar a Conta Banco, inverte e debita a
Conta Banco e credita a Conta de Despesa - veja a seguir o lançamento
original em 25/03:

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
100.2.1 300.1.3 25 Pgto conta telefônica - débito BB 353,00

Corrigiremos estornando o lançamento errado e logo após efetuando o


lançamento correto, - vejam os lançamentos de correção em
31/12/2001;

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Estorno lançamento efetuado em
300.1.3 100.2.1 31 353,00
25.03
Pgto conta telefônica - débito BB em
300.1.3 100.2.1 31 353,00
25.03

d) Por descuido do digitador, em 15/04/2001, foi lançado o recebimento


de uma duplicata no valor de R$- 3.280,00 duas vezes, portanto em
duplicidade - veja a seguir o lançamento original em25/03:

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Recebimento duplicata 3765
100.1.1 101.1.1 15 3.280,00
Eduardo Pereira
Recebimento duplicata 3765
100.1.1. 101.1.1 15 3.280,00
Eduardo Pereira

Corrigiremos estornando um dos lançamentos - veja o lançamento de


correção em 31/12/2001;

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Estorno lançamento efetuado em
101.1.1 100.1.1 15 3.280,00
15/04

e) Não foi efetuado o lançamento da despesa com energia elétrica paga em


27/06/2001, no valor de R$- 299,00, pago em dinheiro.

Neste caso não tem lançamento para estornar. Para regularizarmos a


situação faremos em 31/12 o lançamento da despesa ocorrida em 27/06,
da seguinte forma:

Conta Conta DIA


HISTÓRICO VALOR
Débito Crédito
Pgto conta de energia elétrica efetuado
300.1.2 100.1.1 31 299,00
em 27/06

Para chegarmos aos erros, como nos exemplos acima, é necessário fazermos uma
conciliação contábil de todas as contas utilizadas pela contabilidade. Não é difícil.
Vejam por exemplo: Se a conta contábil Caixa tiver em 31/12 um saldo de R$-
697,00, este valor deve coincidir com o saldo existente no controle extra contábil do
caixa em 31/12. Melhor dizendo, o total de dinheiro que tiver no cofre da empresa
em 31/12 deve ser exatamente o saldo da conta contábil Caixa.

Os saldos contábeis das contas bancárias em 31/12 devem coincidir com os saldos
constantes nos extratos das contas bancárias. Exemplo: se o saldo da conta contábil
do Banco do Brasil for, em 31/12, de R$- 2.375,00, este mesmo saldo deve ser o
constante no extrato da conta corrente do Banco do Brasil nesta mesma data. Se
não "bater", é porque tem algum lançamento errado, aí temos que conferir o
extrato bancário com a ficha razão do Banco do Brasil para encontrarmos a
diferença e procedermos os lançamentos de correção.

O saldo contábil da conta de Clientes diversos (duplicatas a receber) deve


corresponder com a soma de todas as duplicatas que a empresa tiver ainda para
receber na data de 31/12/2001.

Os saldos contábeis das Contas: Móveis e Utensílios, Equipamentos de


Informática, Veículos, etc., devem corresponder com os saldos existentes no
controle extra contábil de bens do Ativo Permanente que a empresa deve ter,
inclusive para facilitar os cálculos das depreciações.

Os saldos contábeis das Contas Vendas e Compras de mercadorias devem


corresponder com os totais existentes nos Livros Fiscais exigidos pela Fiscalização
Estadual (ICMS): Livro de Entradas de Mercadorias e Livro de Saída de
Mercadorias, entre outros.

Os saldos contábeis das contas dos fornecedores devem conferir com o total de
duplicatas que a empresa esteja devendo em 31/12.

Os saldos das contas de Impostos e Contribuições a pagar também devem


corresponder exatamente com os impostos que a empresa esteja devendo em 31/12.

Enfim, como já foi dito, é importante checarmos todas as contas utilizadas,


inclusive as contas de resultados (despesas e receitas) de modo que tenhamos a
certeza de que todos os saldos estejam corretos para aí sim partirmos para os
demais procedimentos de encerramento.

O contador da empresa Sucesso tem por norma fazer a conciliação contábil


mensalmente, o que é o correto, pois desta forma não permanece erro de um mês
para outro, e, ao final do ano não se perde tempo com a conciliação de um período
mais longo. Em função dessa conciliação mensal não foi detectado nenhum erro
contábil na escrituração da empresa em 31/12/2001, estando-a, portanto, pronta
para os procedimentos de encerramento da escrituração do ano de 2001.

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A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA CONTABILIDADE

Paulo Henrique Teixeira

Muitas são as formas em que as empresas, seus sócios e administradores podem ser
condenados por leis comerciais, civis e penais pelo fato de não manter em ordem sua
Contabilidade.

Seja pelo motivo de não levar a sério a documentação relativa à transação operacional,
fazer negócios fora do objeto social, misturar ou confundir bens particulares do sócio e
da empresa, cometer desvios, ou até mesmo, efetuar contratação de um profissional
despreparado.
A Contabilidade é a alma da empresa, nela ficam registrados todos os atos e fatos. Se os
atos do administrador são corretos: documentação adequada, transações negociais
dentro do objeto da empresa, o reflexo é imediato: a Contabilidade é transparente. Caso
contrário pode ser utilizada para incriminar a empresa, sócios, administradores e
contador que foram relapsos e desleixados.

No Brasil, principalmente nas médias e pequenas empresas, há o vício dos


administradores não se preocuparem com a Contabilidade: “a Contabilidade é que se
vire”. Essa atitude custa caro: crime fiscal, indisponibilidade dos bens dos sócios e
administradores, pesadas multas, tributos, ingerência, concordata, falência, etc.

É mister aos empresários e contadores conhecerem a definição de crimes, fraudes,


dolos, erros, simulações, arbitramentos fiscais, distribuição de lucros, responsabilidade;
meios e privilégios de manter a escrita contábil saudável, como prova a favor da
empresa nos mais variados embates em que estão sujeitos.

Assim, também, um enfoque da importância da Auditoria como complemento da


Contabilidade nas suas mais variadas áreas.

CONCILIAÇÃO CONTÁBIL – CONTABILIDADE SEM INCORREÇÕES PARA


EVITAR FRAUDES

Não basta que o Contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se
configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a Contabilidade da empresa e
para isso deverá conciliar a Contabilidade com os documentos e os diversos relatórios
dos demais setores que dão suporte aos lançamentos contábeis, bem assim elaborar
planilhas, relatórios e composição dos saldos da contas contábeis, isto é, planilhas
auxiliares que comprovem a correção dos saldos existentes na contabilidade.

Exemplo: Planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os


quais estão em conformidade com a Contabilidade. O objetivo é que as Demonstrações
Contábeis espelhem a realidade da empresa dentro dos Princípios, Convenções e
Postulados Contábeis (Resolução CFC nº 750 de 29 de dezembro de 1993).

O Contabilista, por sua vez, deve ter ciência dos saldos existentes no Balancete ou no
Balanço Patrimonial.

Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e
quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior
será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.

Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa


desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com
seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais,
provando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de
poderes perante terceiros.

Paulo Henrique Teixeira é Contabilista e autor de diversas obras tributárias e


contábeis, entre as quais: Blindagem Contábil e Fiscal, Defesa do Contribuinte,
Manual de Auditoria Tributária , Auditoria Contábil e Gestão Tributária Empresarial.

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