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pt) ee } A. DE SAMPAIO DORIA | Como sez Ensmwa 1a Edicao 5 - milheiros ine MONTEIRO LOBATO & CG, i Editores ~ s, PAULO - 1923 i eS | aaa ee Sees ¥ Sl] INDICE PRIMEIRA PARTE METHODOLOGIA DIDACTICA I — Delimitacao do assumpto . II — A concepcao do methodo . iil — Differenca entre methodo de ~ ensino e methodo de investiga- cao scientifica _ IV — Accio do professor e dos alum- MOB 57 “V — As bases do methodo de ensino — O methodo da intuicaéo analy- aieay. ae VII — Praticas aberrativas. I — O verdadeiro caminho . TX — Grados da intuicdo ou _proces- = sos intuitivos. . . be X — A marcha analytica. : XI — A successio das realidades. 13 17 Zo 47 49 53 63 03 83 SEGUNDA PARTE LITERATURA DIDACTICA Cap. I — O seu espirito . II — O curso . Ill — Os fins propostos : TERCEIRA PARTE Um paprAo DE LIVRO DIDACTICO. 97 105 111 119 A. DE SAMPAIO DORIA Como sz ENsINA PRIMEIRA EDICAO DITORES — S. PAULO PRIMEIRA PARTE METHODOLOGIA DIDACTICA CAE aL Delimitacao do assumpto _ Delimitemos, de entrada, 0 nosso assum- pto. Sabeis que a sciencia da educagao envolve numerosos problemas, como, por exemplo, a finalidade educativa, a organizacao das esco- las, a fixagao do que se deve ensinar, a seria- ¢ao das materias, programmas, horarios. Supponhamos, porém, que tudo isto se ache resolvido, Trata-se, agora, do dever que incumbe ao professor em aula, de ensinar de- a materia, em horario ja estabeleci- -alumnos est&o presentes, e ao profes- agir desageitadamente, os seus alum- eitarao; si se houver, porém, Sach ceo "COMO SE ENSINA : 9 agir. O professor que explica ou expée, nas aulas, ou nos livros, si nao se saturar do me- thodo, fara obra de mau quilate, e, 4s mais das vezes, semeara desgracas e ruinas. A literatu- ra didactica, sob o aspecto oral ou escripto, se deve aprimorar das mesmas qualidades da ‘i- teratura commum. O que a extrema desta, é a influencia dominante do methodo, na esco- lha dos assumptos, e na maneira de os enca- deiar e expér. CAP. II A concepcao do methodo Que é, entao, methodo? Diz quasi tudo a etymologia da palavr: méta, para, fim; hodo, caminho. Methodo é caminho para um fim. Mas caminho intelligente. A intelligencia do caminho é a sua sub- stancia, a efficacia para o alcance dos fins. E’ caminho capaz de attingir, com o minimo esforcgo e menor prazo, os fins visados. Dado que, pdra um mesmo fim, haja dois caminhos, um seguro e longo, outro breve e perigoso, é de hom senso que o da seguranga prevalec: Para ir de uma sala 4 rua, ninguem vai pular janellas, a pretexto de ser, por ahi, o caminho mais curto; nao é, evidentemente, o mais se- guro. A brevidade vem depois da seguranga. a A. DE SAMPAIO DORIA P A intelligencia ou idoneidade do caminho é, : em summa, a seguran¢a mais breve, com que se evita o inutil, na consagracao do mais proprio. Sendo esta a nocgao generica do metho- do, qual é o methodo preciso da educacao? Cada cousa tem o seu methodo. Os methodos da guerra, os da administragio publica, os do commercio, nao hao de ser os do ensino. Os meios estao em funcciio dos fins. Variando os fins, hao de os meios va- riar. Na guerra, os fins so a destruicaio do poder militar do inimigo, e os meios, seguros para lograr estes fins, sao a estra- € a tactica dos combates. Na adminis- os fins sé0 o provimento das necessi- °s publicas, ¢ os meios so a previdencia, ‘a € accdo opportuna. E assim por CAP. Ht Differenca entre methodo de ensino e methodo de investigac3o scientifica E os de ensino? Um dos mais graves erros de quem es- tuda a methodologia didactica, é a confusio inexplicavel entre methodos de ensino e me- thodos de investigacio scientifica. E’ a ori- gem de serios malentendidos e damnos irre- paraveis no ensino de cada dia. No entanto, a distince¢ao € facillima. 2 Considerem-se os dois phenomenos: o professor em aula, e o-scientista nas suas observacées. ‘ Que pretende o professor? Fazer-se _ comprehendido. E’ este o seu fim immediato. Véde bem. A finalidade educativa é cousa a A. DE SAMPAIO DORIA differente do objectivo immediato do profes- sor em aula. O que este quer, é produzir, no cerebro dos seus alumnos, 0 phenomeno da comprehensao. O professor intenta ser com- prehendido. Sem duvida, the illumina o espi- rito a finalidade ultima da educacao. Mas, quando ensina, 0 que lhe cumpre, é que os alumnos entendam o que elle explica. E que pretende o scientista nas suas in- vestigagdes ? ‘ Nao é, evidentemente, ser comprehendi- do. Elle nao exerce a missao de transmittir o que sabe, explicar a verdade seja sobre o que for. O que elle deseja, o por que se esforca, é descobrir a verdade. Trata, por exempio, de investigar a transmissao da febre amarella. O scientista observa 0 phenomeno, faz expe- Tiencias, e termina por verificar que a trans- missao se opera por meio de um pernilongo. Confrontae as duas situacdes: o profes- Sor tem deante de si pessoas a quem se dirige Para transmittir verdades; o scientista esta deante de phenomenos cujas leis ignora. Aquelle j4 conhece a verdade e apenas a com- COMO SE ENSINA 15 munica; este nao a conhece e quer saber. O fim immediato do professor é suggerir, ¢ fa- zer saber; o do scientista é investigar. Ora, 0 methodo didactico recae sobre a maneira como o professor ensina, e 0 metho- do logico sobre a maneira como 0 scientista investiga. Os fins de um e outro sao incon- fundiveis. Logo inconfundiveis hao de ser a orientagado de um e a do outro. Methodo de ensino e methodo de inves- tigagao scientifica sd nao serao cousas dis- tinctas, si suppuzerem que descobrir o que se ignora é a mesma cousa que transmittir o que se sabe, ou que, para fins tao differentes, nao differem as maneiras de agir. Ninguem subscrevera estes dois dislates. Logo, methodo de ensino e methodo de investigagao scientifica sao cousas diffe- rentes.

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