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SUMÁRIO PÁGINA
Observações sobre a aula 01
Imunidades 02
Espécies de Imunidades Tributárias 08
Outras Espécies de Imunidades Tributárias 28
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 31
Está pronto para mais uma aula? O assunto a ser tratado hoje é
continuidade do que vimos na aula anterior. Dando prosseguimento ao estudo
das limitações ao poder de tributar, estudaremos as imunidades tributárias.
Fiz o máximo possível para tornar o conteúdo bastante claro, sem exigir
conhecimento prévio de outros temas do Direito Tributário. Quando isso se
fizer necessário, fazemos uma breve explicação do assunto.
1 - IMUNIDADES
• A pessoa política não faz uso da competência tributária que lhe foi conferida.
Podemos dizer que seria o caso de um tributo instituído “pela metade”, em que
o ente não prevê todas as hipóteses de incidência capazes de gerar a
tributação;
Por fim, cabe destacar o conceito de alíquota zero, que é mais uma
hipótese em que o tributo acaba não sendo cobrado. Nesse caso, ocorre
o fato gerador, contudo, o valor do tributo é nulo, já que a alíquota é zero.
Isso ocorreria, por exemplo, se o Governo Federal decidisse reduzir a alíquota
de Imposto de Importação a zero sobre determinados produtos essenciais ao
País.
Cabe observar que a imunidade subjetiva não exime as pessoas por ela
abrangidas da responsabilidade pela retenção de tributos, caso estejam
designadas pela lei. Sendo assim, a União fica, a título de exemplo,
responsável pela retenção do imposto de renda incidente sobre os
rendimentos de seus servidores, pois estes não são imunes.
Perceba que podemos fazer uma interligação entre o que foi visto aqui e
o que vimos na classificação quanto à origem das imunidades. As imunidades
políticas são sempre explícitas, pois necessariamente devem estar
previstas no texto da Constituição.
Por outro lado, vimos que as imunidades ontológicas, ainda que não
fossem previstas na CF, existiriam. Desta maneira, podemos afirmar que
tais imunidades podem ser tanto explícitas como implícitas.
A princípio, você poderia pensar que isso seria proibido pelo art. 173, §
2°, da CF/88, segundo o qual “as empresas públicas e as sociedades de
economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do
setor privado”.
Patrimônio Extensiva a
IMUNIDADE
Impostos Renda autarquias e
RECÍRPOCA fundações públicas
Serviços
Gabarito: Letra D
Gabarito: Letra D
Comentário:
Gabarito: Letra A
Gabarito: Letra D
Gabarito: Letra D
O art. 150, VI, b, da CF/88 veda que todos os entes federativos cobrem
impostos sobre os templos de qualquer culto. Levando em consideração o
disposto no art. 5°, VI, da CF/88, podemos dizer que a liberdade de culto é
um direito individual, o que faz com que a imunidade ora analisada se
configure uma cláusula pétrea.
Patrimônio
IMUNIDADE Alcança Imóveis
Impostos Renda Alugados a
RELIGIOSA
Serviços Terceiros
Perceba que, quando uma lei for fixar normas sobre a constituição e o
funcionamento das referidas entidades, basta que se edite uma lei ordinária.
Outra pergunta pertinente seria qual lei cumpre com esse papel? Ora,
trata-se de uma lei muito conhecida por nós (ou que ainda o será), que é o
CTN. Em seu art. 14, a Lei 5.172/66 elenca os requisitos para que as já
mencionadas entidades gozem da imunidade:
“Art. 14 – (...)
Perceba que, ao lermos na CF/88 que tais entidades não podem ter fins
lucrativos, não quer dizer que elas não podem obter resultado financeiro
positivo, pois isso é essencial para que qualquer entidade se desenvolva. No
entanto, o que é vedado pelo CTN é que haja distribuição de seu
patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título, inclusive aos sócios,
gerentes etc.
Vale ressaltar que, da mesma forma como tem ocorrido com a imunidade
religiosa, o STF tem sido bastante flexível na análise da vinculação
asseverada na CF. Nesse sentido, vamos citar, a partir de agora, alguns
julgados, da própria Corte, que já foram ou que há grandes chances de serem
cobrados em prova. Portanto, atenção total!
Além disso, de acordo com a mesma Corte (RE 144.900), são imunes os
serviços não relacionados às finalidades essenciais das entidades, desde que
a receita deles destine-se ao financiamento de tais finalidades. No caso
concreto, foi considerado imune de ISS o serviço de estacionamento de
veículos prestado por hospital em pátio interno.
Outro ponto digno de nota é o que foi disposto no art. 202, § 3°, da
CF/88, como vemos a seguir:
Fazendo uma relação, portanto, com o que acabamos de ver, não será
possível que uma entidade tenha patrocinadores públicos e, ao mesmo tempo,
goze da imunidade do art. 150, VI, c.
Partidos Políticos
IMUNIDADE Patrimônio
Sindicato Trab.
Art. 150, VI, Impostos Renda
“c” Serviços
Inst. Educacionais
SEM FINS
LUCRATIVOS
Inst. Assistenciais
Abrange IOF
Requisitos em LC
Esquematizando:
Não Abrange: Tinta/Encartes de
propag./Serv. Composição Gráfica
Gabarito: Letra B
Antes que você se desespere, pensando que não vai conseguir decorar
tudo isso, posso garantir que durante o curso veremos todas as principais
imunidades que são cobradas nas provas de Direito Tributário (as que
foram inseridas dentro do capítulo que se dedica ao trato do Sistema Tributário
Nacional.