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BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MACAPÁ
2016
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FACULDADE DE MACAPÁ-FAMA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MACAPÁ
2016
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO (INTRODUÇÃO)................................................................04
2. IDENTIFICAÇÃO DA MANTENEDORA........................................................05
5. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................,13
6. APRESENTAÇÃO DE CASO............................................................................18
7. ATENDIMENTO NA TCC..................................................................................19
8. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA...............................................................................22
11. REFERÊNCIAS..................................................................................................30
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APRESENTAÇÃO
I. Período de Estágio.
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FACULDADE DE MACAPÁ-FAMA
• Cidade: Macapá
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HISTÓRICO DA MANTENEDORA
1. Atuar no ensino superior, para formar recursos humanos aptos para a inserção em setores
profissionais e para a participação no desenvolvimento regional e nacional;
Objetivos Estratégicos
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4. Manter um quadro de docentes compatível com as exigências lega is de titulação e com
experiência no exercício profissional do curso em que atua;
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CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA-FAMA
Histórico
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VI- ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO:
A triagem é um serviço que consiste em uma série de entrevistas psicológicas, com o
objetivo de traçar uma hipótese diagnóstica, visando o encaminhamento para serviços
psicológicos. A triagem é feita da seguinte forma, receber a pessoa que busca o atendimento
na recepção e se apresentar. Verificar se ela está com a documentação solicitada – cópia de
RG, CPF, comprovante de endereço. Assim sendo, conduzi- la à sala de triagem. Explicar a
pessoa atendida que você vai preencher alguns dados e, em instantes, ouvirá sua queixa. Com
os documentos em mãos, preencher os campos respectivos e adquirir informações sobre os
dados da identificação do usuário que não estão nos documentos – endereço, telefone e
outros. Após esse procedimento volta-se para o cliente, perguntando qual o motivo da
consulta (queixa ou necessidade do atendimento psicológico).
Contudo, é importante procurar olhar o paciente nos olhos, evitando muitas anotações,
apenas aquelas que podem ser esquecidas. Deixar para fazer o resumo da escuta após a saída
do cliente ou ao término do processo. Coletar informações que possam auxiliar na
investigação do motivo e que sirvam de base para a formulação da hipótese diagnóstica.
Procurar conhecer de forma resumida a problemática trazida e o contexto da pessoa atendida
(familiar, social e educacional). Investigar se a pessoa apresenta alguma enfermidade, se faz
uso de alguma medicação.
É importante ainda verificar as possibilidades de atender o paciente na clínica-escola –
se é um caso para atendimento pelos estagiários, ou se é um caso para encaminhamento. Se o
estagiário identificar que o caso não pode ser atendido na clínica-escola, ele agendará um
novo encontro junto à recepção, onde o supervisor de triagem fará o devido encaminhamento
ou, orientará o estagiário para a realização do mesmo. É importante ressaltar que
determinadas problemáticas são contraindicadas para o tratamento oferecido na clínica-escola.
Desse modo, casos como psicose, deficiência mental, dependência química,
transtornos de personalidade e presença de ideação suicida não são indicados para
atendimento no serviço. No entanto, é possível a tomada de decisão no caso-a-caso, tendo
cada supervisor autonomia para aceitar determinado cliente que possa não se encaixar
estritamente nesses critérios, após uma discussão clínica com o serviço de triagem. Por isso
também, o encaminhamento não será feito no mesmo encontro, deixando um tempo para
análise dos casos. Além disso, era explicado ao paciente como funciona a Clínica-Escola,
deixar bem claro para o cliente que é estagiário que fazem atendimento com supervisão, os
serviços oferecidos, como funciona um psicodiagnóstico ou uma psicoterapia, a
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disponibilidade de horários e frequências nas sessões por parte do cliente, a disponibilidade de
vagas para o atendimento (espera) e demais esclarecimentos que se fizerem necessários. Os
dias de triagem na Clínica-Escola de Psicologia da FAMA ocorriam sempre as segundas-
feiras nos horários de 08:00 às 11:00 da manhã, e das 14:00 às 17:00 da tarde. Os
atendimentos Psicológicos ocorriam nos dias de terças e sextas- feiras dentro do
funcionamento da Clínica, com 45 minutos de tempo por sessão.
Supervisão
A supervisão de estágios é atividade fundamental para a formação de psicólogos. Os
estágios supervisionados representam para os estudantes a oportunidade de inserção e
transição em novos ambientes e estados de identidade - momentos de articulação e integração
teórico-prática, experiência indispensável para desenvolvimento e consolidação de diversas
competências esperadas de um formando em Psicologia. Os supervisores de estágio são
membros do corpo docente dos cursos de Psicologia e deles se espera conhecimento integrado
teórico e prático. Entretanto, uma vez credenciado como supervisor, salvo em casos
excepcionais, não há revisão desse credenciamento ao longo do tempo, e o
supervisor/professor realiza seu trabalho praticamente sem uma avaliação externa além
daquela de seus alunos/supervisionados, que, quando ocorre, é de forma assistemática. As
relações entre alunos/estagiários e professores/supervisores são diferentes daquelas de alunos
e professores - as práticas e os processos de ensino-aprendizagem no âmbito da supervisão
são estruturados para além da dinâmica de relações professor/aluno, tomando formas de
outras díades como tutor/aprendiz, mestre/discípulo - que são relações mais próximas,
marcadas pelo acompanhamento e por avaliações multifacetadas do desenvolvimento das
competências do supervisionando.
Abertura de pasta
Após a triagem, depois de o supervisor fazer a análise do caso, é passado para o
estagiário à autorização para a abertura da pasta, montando o prontuário do cliente onde
contem ficha da triagem, folha de evolução e as Xerox dos documentos necessário e
principalmente quando for menor de idade.
Encerramento de caso
O encerramento é feito em três momentos, quando o cliente pede alta, quando ele
comunica que não quer mais continuar com os atendimentos ou por abandono, caso esse o
mesmo não justifique e três faltas consecutivas. É feito um relato no prontuário co m o motivo
do desligamento que em seguida é arquivado.
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ANALISE DE ATIVIDADES
Quadro de atividades realizadas
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REFERENCIAL TEÓRICO
Ainda para Caballo (1996), a Terapia Comportamental coloca sua ênfase nos
determinantes atuais, não ignorando os determinantes históricos, refletindo um enfoque de
tratamento da disfunção clínica e do comportamento desadaptativo. Ela é um enfoque de
solução de problemas, caracterizada por ser válida e confiável, visto que se baseia na ciência e
nas investigações de laboratório, e, onde a mescla entre avaliação e intervenção possibilita seu
progresso. É aplicável a todas as classes de transtornos de indivíduos, de situações ou lugares,
mas não se pode considerar, de maneira alguma, que ela seja tida como um remédio total.
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Ressaltando as ideias de BECK et al. (1997), em que nossos pensamentos agem
diretamente na forma como nos sentimos e agimos, dessa forma, um dos modelos de
melhorarmos nosso estado de humor é controlarmos nossos pensamentos, de maneira que
exerçam um efeito realista sobre a forma como nos sentimos perante a nós mesmos, ao mundo
e a nosso futuro (tríade cognitiva). A tríade cognitiva consiste na visão negativa de si mesmo,
na visão negativa do mundo e na visão negativa do futuro. O que determinará a forma como
iremos nos sentir e consequentemente agir perante esses acontecimentos, é como percebemos
e avaliamos os acontecimentos externos e internos. Descrevendo as emoções que sentimos, e
fazendo uma conexão entre o que sentimos, e o que previamente a esses sentimentos,
pensamos, podemos buscar fazer uma avaliação realística de nossos pensamentos, para que
assim confrontemos nossos pensamentos distorcidos e sentimentos desagradáveis gratuitos, e
os substituímos por pensamentos condizentes com a realidade. Sendo que, as distorções
cognitivas são compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de
informações através de uma série de distorções como: inferência arbitrária, abstração seletiva,
pensamento absolutista, supergeneralização, personalização, maximização e minimização.
De acordo, com Beck (2013) foi no final da década de 1960 e início da década de
1970, que iniciou uma revolução no campo da saúde mental introduzida Aaron T. Beck um
psicanalista de formação, professor e pesquisador da Universidade da Filadélfia, nos Estados
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Unidos, juntamente com seus colaboradores desenvolveu e sistematizou o modelo da Terapia
Cognitiva, dando início aos seus experimentos pela psicanalise em busca de validação
empírica para que fossem aceitas as suas teorias, sendo assim, seus experimentos o levaram
para outros indícios relacionados aos resultados de seus experimentos em busca de
explicações para o processo psicológico central envolvidos na depressão.
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que a psicologia fosse compreendida sob o enfoque científico e definida como ciência do
comportamento humano, ao invés de ciência da mente ou da consciência.
As primeira aplicações clínicas, foram desenvolvidas por Wolpe nos anos de 1940,
sendo o precursor do uso das técnicas interventivas em terapia comportamental que incluíam
relaxamento muscular, dessensibilidade sistemática, treinamento da assertividade e parada do
pensamento. Essas técnicas, estudadas e aprimoradas em laboratórios e em diferentes
contextos desde seu início, são utilizadas, em combinação isoladamente, no tratamento de
diferentes transtornos psicológicos e psiquiátricos. Dentre as principais aplicações clínicas
iniciais as técnicas de relaxamento e redução de ansiedade induzem a atuação do Sistema
Nervoso Autônomo Parassimpático (SNAP) e levam o organismo a um estado de conforto e
bem-estar (RANGÉ, 2011).
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APRESENTAÇÃO DE CASO
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relacionamento familiar, sua genitora teve depressão após o término de um relacionamento
amoroso e apresenta um quadro clínico de depressão comprovado por laudo médico.
Mencionou que não consegue realizar atividades diárias por falta de interesse, sente-se
ansioso quando não está na igreja, só manifesta interesse às questões relacionadas aos
encontros religiosos que participa desde a infância. Foi vítima de abuso sexual na infância e
posteriormente já na fase da adolescência tentou abusar de uma criança. Atualmente apresenta
um laudo médico prescrito pelo Psiquiatra como portador de transtorno psiquiátrico
classificado no código F31 (CID-10), foi diagnosticado a 1 ano decorrente as crises de humor.
ATENDIMENTO NA TCC
O paciente do sexo masculino, 21 anos, filho único, solteiro, ensino médio completo,
desempregado, religião Adventista. Iniciou a terapia cognitivo-comportamental em Março de
2016, chegou para o atendimento terapêutico acompanhado por sua genitora. As queixas
situacionais de Brilhante (nome fictício) estão voltadas para ansiedade frente à realização de
atividades diárias e falta de interesse em alguns momentos, porém, sente-se motivado para as
situações que envolvem a sua dinâmica religiosa em que participa desde a infância como
passeios, estudos bíblicos e retiros/acampamentos. Há 7 anos faz acompanhamento
psiquiátrico no HCAL, e os psicofármacos utilizados por Brilhante são: Risperidona,
Oxcarbazepina e Melleril.
Brilhante relatou sobre os episódios de suas crises de humor que caracterizaram o seu
atual diagnóstico, e consequente ao registro dessas vivências o paciente menciona
pensamentos automáticos referentes ao sentimento atual de bem estar. Diante deste fato, a
terapeuta utilizou durante o processo terapêutico as intervenções de psicoeducação voltadas
para ensinar o paciente sobre o TAB e a importância dos psicofármacos como estabilizadores
de humor para o seu controle emocional. “Eu já estou bem, faz tempo que não tenho crise,
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então estou curado e não preciso mais tomar os meus remédios” (Sic). Para Whight; Basco;
Thase (2008), a técnica de psicoeducação oferece a divulgação de informações sobre o
transtorno em questão no intuito de envolver o paciente e promover a educação sobre o
mesmo na terapia.
Brilhante mencionou que alguns pensamentos por muito tempo lhe causaram
sofrimentos psicológicos interferindo significativamente na sua rotina, nos estudos, no sonho
de cursar Direito e em suas atividades sociais. "Eu sou capaz de alcançar minha meta de ser
um Desembargador, mas pra isso eu preciso voltar a estudar, me ocupar e parar de pensar
no que sofri na infância” (Sic). Perante o relato, a crença central do paciente estabelece
influências significativas em várias áreas da sua vida, o mesmo associa o evento pós-
traumático como o causador do seu transtorno psiquiátrico, assim a intervenção terapêutica
voltou-se para a reestruturação cognitiva do paciente juntamente com outras técnicas da TCC.
Para Whight; Basco; Thase (2008), a tática geral de reestruturação cognitiva é identificar
pensamentos automáticos e esquemas nas sessões, através do ensino de habilidades para
mudar cognições. Assim sendo, os pensamentos automáticos privativos ocorrem de forma
rápida à medida que avaliamos o significado dos acontecimentos em nossa vida. “Deus me
curou de certa forma” (Sic).
Brilhante relatou que buscou a terapia por insistência de sua genitora, mas que o
processo terapêutico lhe fazia bem devido ajudá- lo a compreender e lidar com determinados
fatores. Posteriormente, citou que um emprego seria uma forma de se distrair, ocupar o seu
tempo e parar de pensar que foi por causa do trauma da infância que atualmente apresenta o
transtorno mental, pois precisa ajudar sua genitora financeiramente devido ao custo dos seus
medicamentos. Diante desta situação, a terapeuta utilizou a psicoeducação e a ressignificação
para identificar e amenizar a ansiedade e a preocupação do paciente em solucionar os
problemas em questões, criando assim alternativas para modificar esses pensamentos.
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Rangé (2011), as crenças centrais compõem o nível mais profundo da estrutura cognitiva e
são compostas por ideias absolutistas, rígidas e regras globais que um indivíduo tem sobre si
mesmo para interpretar as informações ambientais relativas à autoestima.
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como portador de TAB, o paciente deve apresentar um conjunto de sintomas que representem
um desvio proporcional na sua forma habitual, acompanhado por danos no convívio social,
profissional e em outras áreas importantes da sua vida (SOARES et al.,2013).
Os transtornos do humor (afetivos) são os transtornos nos quais a perturbação
fundamental é uma alteração do humor ou afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem
ansiedade) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma
modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são secundários a
estas alterações do humor e da atividade, facilmente compreensíveis no contexto dessas
alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e a ocorrência dos episódios
individuais pode frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes (CID-
10, 2000).
Conforme Cordioli e Cols (2008), o transtorno bipolar (TB) tem em sua origem
alterações biológicas, sendo influenciado por fatores ambientais e sociais, e sua expressão é
psicológica. Da mesma forma, o tratamento do TB inclui intervenções biológicas, como o uso
de medicamentos, bem como o uso de psicoterapias e estratégicas de intervenção psicossocial.
Dentre as estratégias desenvolvidas no tratamento desse transtorno, o uso da psicoeducação
tem sido particularmente enfatizado. Esse dado, é consistente com as característica do
transtorno, que é crônico e pode ter seu curso alterado favorável mente pelo uso de
estabilizadores de humor.
Para Cordioli e Cols (2008), o uso de terapias especifica ajuda os pacientes a utilizares
os estabilizadores de humor de maneira adequada, melhorando o curso da doença. Sendo
assim, a psicoterapia para transtorno bipolar tem quatros objetivos que são: a melhora na
adesão à farmacoterapia, prevenção de ocorrências nos episódios de humor, reduzir sintomas
subsindrômicos e auxiliar no manejo de estressores psicossociais.
É válido ressaltar sobre a razão de que no início dos atendimentos o paciente trouxe
como queixa principal tonturas com e sem o uso dos medicamentos estabilizadores de humor,
e foi diagnosticado por um profissional da área psiquiátrica, após ocorrências de alguns
acontecimentos na vida do paciente. No proceder dos atendimentos psicológicos realizados na
Clínica, foram trabalhadas através de psicoeducação as questões sobre o uso dos
medicamentos e como reconhecer seus pensamentos automáticos e disfuncionais, podendo
assim amenizar o desconforto causado pelo TAB, para que pudesse lidar com os eventos do
dia-a-dia e com o uso dos medicamentos antidepressivos. A psicoeducação consiste em, num
primeiro momento, fornecer ao paciente informação sobre o transtorno, o tratamento
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farmacológico, os efeitos colaterais da medicação, as dificuldades associadas à doença e a
importância de hábitos regulares de vida. A partir do fato expresso pelo paciente, foi realizado
uma conceitualização de caso para o procedimentos das técnicas utilizados como o
questionamento socrático, estruturação cognitiva e psicoeducação, além de questio nários
como o inventário de Beck que foram aplicadas no decorrer das sessões.
A TCC tem seu papel estabelecido nos transtornos psiquiátricos e recentemente no
tratamento de transtorno bipolar utilizando programas fechados de tópicos versando sobre o
curso e o tratamento da doença, na prevenção de recaídas por meio de aquisição de ritmos
biossociais regulares e estáveis, além da identificação e do manejo de pródromos, de eventos
estressantes e de pensamentos automáticos disfuncionais (CORDIOLI & COLS, 2008).
Sendo assim, vale ressaltar que segundo Whight, Basco, Thase (2008), utilizamos de
metas da terapia cognitivo-comportamental para o tratamento em transtorno bipolar que
consiste em: educar o paciente e a família sobre o transtorno, desenvolver estratégias de
prevenção de recaídas, intensificar a adesão aos tratamentos medicamentosos, avaliar os
sintomas por meio de métodos cognitivos e comportamentais e desenvolver um plano para o
controle de longo prazo do transtorno bipolar.
Contudo, diante do processo terapêutico realizado obtivemos êxito no andamento das
sessões no período de atendimentos psicológicos na Clínica- Escola de Psicologia da FAMA,
houve o procedimento de desligamento parcial do paciente para o semestre seguinte devido o
período de recesso da Clínica. Contudo, a continuação dos atendimentos terapêuticos foi
realizada após o período de recesso, de tal modo, os procedimentos e planos de ação
investigativo de pontos que precisaram ser explorados foram em relação aos indícios de
fanatismo religioso, crença nuclear e esquemas diante dos pensamentos automáticos e
disfuncionais frequentes. O sistema colaborativo para o tratamento no processo terapêutico foi
fundamental para a aprendizagem do paciente em identificar e a analisar as mudanças
cognitivas que ocorrem nos períodos de oscilações humor.
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Psicoeducação
Reestruturação cognitiva
Questionamento socrático
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sendo um método sistemático para praticar a identificação de pensamentos automáticos e
frequentemente estimula a indagação sobre a validade dos padrões de pensamento. Esses
pensamentos automáticos são normalmente privativos ou não-declarados, e sucedem de forma
rápida à medida que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas causadas
pela relação entre os eventos e emoções que presenciamos, desenvolvendo assim os
pensamentos automáticos. Além disso, o fato de ver os pensamentos escritos no papel
geralmente inicia o empenho espontâneo de rever e corrigir cognições desadaptativas, a fim
de o terapeuta realizar intervenções especificas através do registro para modificar os
pensamentos automáticos (WHIGHT; BASCO; THASE, 2008).
Contudo, em suas formulações iniciais Aaron T. Beck teorizou que existem equívocos
característicos na lógica dos pensamentos automáticos e outras cognições de pessoas com
transtornos emocionais. Pesquisas subsequentes confirmaram a importância de erros
cognitivos em estilos patológicos de processamento de informações. Beck e seus
colaboradores descreveram seis categorias principais de erros cognitivos: abstração seletiva,
inferência arbitrária, supergeneralização, maximização e minimização, personalização e
pensamento absolutista (dicotômico ou do tipo “tudo-ou-nada”). Ao praticar os métodos da
TCC para reduzir erros cognitivos, os terapeutas normalmente ensinam os pacientes que o
objetivos é simplesmente reconhecer que se está cometendo erros cognitivos – e não
identificar todo e qualquer erro de lógica que esteja ocorrendo. Desse modo, podem haver
várias oportunidade para ajudar os pacientes na aprendizagem de identificar erros cognitivos e
reduzirem a frequência e intensidade dessas distorções lógicas. Reconhecer qualquer erro
cognitivo pode ajudá-los a pensar de forma mais lógica e lidar melhor com seus problemas
(WHIGHT; BASCO; THASE, 2008).
Treino de respiração
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Relaxamento muscular progressivo
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termos de como as coisas deveriam ser, em vez de considerar como as coisas são);
Vitimização (considerar-se injustiçado ou não entendido, a fonte dos sentimentos negativos é
algo ou alguém); e a Questionalização (“ E se?” – focar o evento naquilo que poderia ter sido
e não foi).
Prevenção de recaída
A Terapia cognitiva (TC) trabalha explicitamente na preparação do paciente para
possíveis problemas na fase final do tratamento. A prevenção de recaída em ajudar o paciente
a tornar-se ciente perante as situações de riscos, identificar sinais prodrômicos de recaída e a
desenvolver planos explícitos para lidar com as situações de riscos. Sendo, importante
explorar com o paciente as expectativas relacionadas com futuros problemas e trabalhar
quaisquer expectativas irrealistas. Conforme Knapp & Cols (2007), frequentemente os
pacientes que superaram seus problemas por meio de terapia têm expectativa de nunca mais
encontrarem dificuldades, pois se o paciente tem alta do tratamento sem que essas
expectativas de “imunidade existencial” tenham sido abordadas, o paciente interpretará
equivocadamente futuras dificuldades e poderá reagir com ideias de que “o tratamento foi um
fracasso”, por culpa dele e/ou do terapeuta. O paciente deve adotar a visão mais realista de
que todos encontramos problemas de tempos em tempos, pois a TC equipou-o com as
habilidades necessárias para lidar eficazmente com os problemas, porém, isso não significa
imunidade a problemas futuros.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Cristiane Figueiredo; SHINOHARA, Helena. Interação e m Psicologia:
Avaliação e Diagnóstico em Terapia Cognitivo-Comportamental. Rio de Janeiro: Revista,
2002.
BECK, Aaron T. [et al.]. Terapia Cognitiva da Depressão. Ed. 1. Porto Alegre: Artmed,
1997.
KNAPP, Paulo [et al.]. Terapia Cognitivo-Comportame ntal na Prática Psiquiátrica. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
MUSSI, Samir Vidal; SOARES, Maria Rita Zoéga; GROSSI Renata. Transtorno Bipolar:
Avaliação de um Programa de Psicoeducação sob o Enfoque da Análise do
Comportamento. Rev. Bras. de Terapia Comportamental e Cognitiva. São Paulo, 2013.
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RANGÉ, Bernard. Psicoterapias Cognitivo-Comportame ntal: Um Diálogo com a
Psiquiatria. Ed. 2. Porto Alegre: Artmed, 2011.
WHIGHT, Jesse H.; BASCO, Monica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a Te rapia
Cognitivo-Comportamental: Um Guia Ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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