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FACULDADE DE MACAPÁ

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

JULIANA MONTEIRO MELO DE ALMEIDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FINAL EM PSICOLOGIA I


ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

MACAPÁ
2016

1
FACULDADE DE MACAPÁ-FAMA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

JULIANA MONTEIRO MELO DE ALMEIDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FINAL EM PSICOLOGIA I


ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Relatório apresentado à disciplina Estágio


Profissional em Psicologia I na clínica como
requisito avaliativo para obtenção de nota do
curso de Bacharelado em Psicologia do 10°
semestre da Faculdade de Macapá.
Orientadora: Msc. Prof.ª Maria das Graças Teles
Martins

MACAPÁ
2016
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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO (INTRODUÇÃO)................................................................04

2. IDENTIFICAÇÃO DA MANTENEDORA........................................................05

3. IDENTIFICAÇÃO DA CLÍNICA PSICOLÓGICA FAMA..............................09

4. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..................................10

5. REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................,13

6. APRESENTAÇÃO DE CASO............................................................................18

7. ATENDIMENTO NA TCC..................................................................................19

8. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA...............................................................................22

9. TÉCNICAS UTILIZADAS NO ATENDIMENTO EM FOCO...........................24

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................29

11. REFERÊNCIAS..................................................................................................30

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APRESENTAÇÃO

O relatório apresenta os registros das atividades que foram desenvolvidas durante o


primeiro estágio profissional I em Psicologia clínica com ênfase na Abordagem Cognitivo-
Comportamental cursado no décimo (10º) semestre, referente ao ano 2016, do curso de
graduação em Psicologia da Faculdade FAMA, durante o período do estágio foi possível
vivenciar a prática clínica através dos atendimentos psicoterápicos e as variáveis envolvidas
como ética, pontualidade e responsabilidade, tendo em vista a relação entre a prática e o saber
científico construída, desconstruída e reconstruída no ambiente acadêmico.
As triagens e atendimentos foram realizados na Clínica-Escola de Psicologia da
Faculdade de Macapá-FAMA, sob a supervisão da professora mestre Maria das Graças Teles
Martins, com supervisões grupais, abrangendo assim as demais participantes do estágio em
encontros de quatro horas semanais, para análise e discussão dos casos, para assim se fazer a
elaboração dos relatórios de atendimento, durante esse período foi possível fazer a leitura dos
textos e observação das discussões de casos nas supervisões, com os relatos de situações
vivenciadas no setting terapêutico com o paciente, servindo de ilustração clínica sobre os
modos de atuar nos atendimentos acompanhados da supervisão.
Portanto, a supervisão individual e em grupo é de fundamental importância, pois
possibilita aos acadêmicos do curso de Psicologia, escutar diversos relatos e observar a
supervisora atuar frente aos diferentes casos, além, de possibilitar aos mesmos ver em ação
uma diversidade em abordar o mesmo material para utilização clínica, através de registros que
formam um enriquecimento intelectual para um futuro profissional, propiciando assim um
profissional capacitado e com habilidades devidas para atender as demandas e necessidades
da nossa sociedade, sendo que a realidade atual é vivenciada por um momento global,
momento esse que está diretamente vinculado as informações e acontecimentos especialmente
no que diz respeito às demandas do ser humano.

I. Período de Estágio.

O estágio teve início no dia 15 (quinze) de Fevereiro em uma segunda-feira de 2016, e


foi até o dia 05 (cinco) de Dezembro de 2016.

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FACULDADE DE MACAPÁ-FAMA

Dados de identificação Mantenedora


UNIÃO DE FACULDADES DO AMAPÁ – LTDA
• CNPJ/MF nº 04.492.733/0001-41

• Portaria Credenciamento: portaria do MEC n.º 2076, de 18/07/2002.

• Rod. Duca Serra, Km 05, S/N, Bairro Cabralzinho.

• Cidade: Macapá

• CEP: 68.906-720 - Macapá - AP

• Fone: (096) 2101-0400

• Home page: www.faculdadedemacapa.com.br

Principais Dirigentes Executivos

• Presidente (CEO): Rodrigo Galindo

• Diretor Ensino Superior (VP Ensino Presencial): Rodrigo Galindo

• Diretora Desenvolvimento Institucional (DDI): Gislaine Moreno

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HISTÓRICO DA MANTENEDORA

Em 2002, o professor Valdir Alves Godoy instala a Faculdade de Macapá - FAMA


inicialmente nas dependências do Colégio Santa Bartoloméa Capitâneo, ofertando no primeiro
momento cursos de pós-graduação latu senso. Em seguida, recebe as primeiras autorizações
do MEC para os cursos de graduação de Administração de Empresas e Ciências Contábeis.
No mesmo ano, com visão de crescimento, inicia as obras para a construção do Campus
Lagoa, preparando assim uma estrutura ampla e moderna, um grande investimento na
Educação que marcaria com grandeza o mercado educacional no Amapá.
No ano de 2002, o MEC autoriza o funcionamento dos cursos de bacharelado em
Ciências Contábeis e bacharelado em Administração tendo como Portarias de autorização sob
os números 2077 e 2078 respectivamente. Sendo este o primeiro movimento que oficializou a
extensão das atividades da Faculdade de Macapá - Fama para o Ensino Superior dentro do
Estado do Amapá.
Atualmente, a FAMA oferta 13 cursos nas diversas áreas do conhecimento, sendo
todos autorizados pelo Ministério da Educação - MEC. Além de ser a melhor estrutura para o
Ensino Superior do Estado, tem o diferencial de ter como ferramenta o Portal Universitário. A
Faculdade oferece regularmente para a comunidade acadêmica e mercado, vários cur sos de
Pós-graduação, projetos de pesquisa e extensão com foco na realidade local.

Dados de Identificação da Mantida

FACULDADE DE MACAPÁ - FAMA

• Portaria Credenciamento: portaria do MEC n.º 2076, de 18/07/2002


• Rod. Duca Serra, Km 05, S/N, Bairro Cabralzinho
• Cidade: Macapá
• CEP: 68.906-720 - Macapá - AP
• Fone: (096) 2101-0400
• Home page: www.faculdadedemacapa.com.br
Dirigente da Mantida
Diretor Unidade Macapá/ AP: Marcilia Feitosa
E-mail: marcilia.feitosa@kroton.com.br
Coordenação Acadêmica: Rachel Jones dos Santos
E-mail: rachel.santos@krotoniuni.com.br
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Missão
A Missão da FAMA se constitui em "Melhorar a vida das pessoas por meio da
educação responsável, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, gerando
valor de forma sustentável". Nesse sentido, busca centrar seus esforços no desenvolvimento
de estratégias que visem formar cidadãos críticos, éticos e com capacidade de julgar e agir
corretamente. Para que assim, se possa melhorar a vida das pessoas por meio da Educação
Superior com responsabilidade social.
Visão
Ser referência em educação como a melhor escolha para estudar, trabalhar e investir,
líder nas localidades onde atua.
Área de atuação
A Faculdade de Macapá - FAMA tem como área de atuação:

1. Atuar no ensino superior, para formar recursos humanos aptos para a inserção em setores
profissionais e para a participação no desenvolvimento regional e nacional;

2. Atuar na formação continuada de seus egressos através da oferta de cursos de Pós-


Graduação;

3. Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas


e benefícios da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição;

4. Incentivar a investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia;

5. Atuar na difusão e divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que


constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações
ou de outras formas de comunicação.

Objetivos Estratégicos

São objetivos estratégicos da FAMA:

1. Oferecer ensino de graduação e de pós-graduação de qualidade reconhecida, expandindo os


seus cursos em consonância com as necessidades e desejos da sociedade;

2. Implantar e consolidar um programa de educação continuada e extensão universitária;

3. Estruturar um sistema de orientação acadêmica, que busque favorecer a empregabilidade e


a capacidade empreendedora dos acadêmicos;

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4. Manter um quadro de docentes compatível com as exigências lega is de titulação e com
experiência no exercício profissional do curso em que atua;

5. Disponibilizar infraestrutura física e tecnológica adequadas ao funcionamento das


atividades acadêmicas;

6. Desenvolver e manter um modelo de organização e gestão com altos padrões de eficácia,


confiabilidade e capacidade de reação;

7. Fazer da qualidade, flexibilidade e acesso de atendimento à comunidade, destacadamente


aos alunos, um fator de diferenciação e reconhecimento da Faculdade.

Esses objetivos são plenamente factíveis com o empenho acadêmico e administrativo


da Instituição e estão em sintonia com as condições acadêmicas, administrativas, financeiras e
institucionais oferecidas e programadas pela mantenedora.

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CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA-FAMA

Histórico

Atendendo ao disposto no Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em


Psicologia, a Clínica-Escola de Psicologia da Faculdade de Macapá – FAMA tem por
finalidade apoio acadêmico, integrando as funções de ensino, estágio, supervisão, extensão e
pesquisa, com atendimento na área clínica, escolar, organizacional e saúde, proporcionando
orientação e supervisão do acadêmico do curso de Psicologia da FAMA. Implementada em 26
de março de 2014, a Clínica- Escola de Psicologia da Fama, reuniu na ocasião um quadro
profissional de 1 (uma) docente responsável técnica, 3 (três) docentes-supervisores, das
respectivas abordagens teóricas (Centrada, Psicanálise e Cognitivo-comportamental) e 30
terapeutas-estagiários do 10° semestre.
Em relação a sua infraestrutura, Clínica-Escola de Psicologia da Faculdade de Macapá
– FAMA, estar localizada no bloco A da fama. É constituída de 4 consultórios para Jovens e
adultos e 1 apara atendimento infantil. Além disso, contém uma sala de supervisão; uma sala
de observação de comportamento e uma sala de recepção. Os consultórios medem
aproximadamente 2m de largura e 1,5 de comprimento. Faz-se dizer ainda que os mesmos
contêm: duas cadeiras, um poof, central de ar, tapetes e boa iluminação, bem como acústica.
Disponibiliza à comunidade em geral, a prestação de serviço gratuito de Psicologia,
em âmbito escolar, organizacional e saúde. Atende clientes de todas as faixas etárias, em
diferentes modalidades, entre as quais: Triagem – Atendimento da clientela e respectivos
familiares e encaminhamento a especialistas de áreas afins 12 quando necessário; Avaliação
psicológica, psicoterapia individual. Funcionado de segunda a quinta- feira no horário de 8:00
às 12:00 e das 14: 00 às 18:00h, e na sexta- feira o funcionamento somente pelo horário da
manhã. No período correspondente ao 1° e 2º semestre de 2016, no calendário acadêmico –
meses de fevereiro a novembro, foi registrado um total de 1544 atendimentos, entre
procedimentos de triagem e acompanhamento psicoterápico infanto-juvenil e adulto.
Além das ações de ensino e extensão universitária são também realizadas atividades de
produção científica, como construção de estudos de casos, papper/resumos para apresentação
em eventos científicos.

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VI- ATIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO:
A triagem é um serviço que consiste em uma série de entrevistas psicológicas, com o
objetivo de traçar uma hipótese diagnóstica, visando o encaminhamento para serviços
psicológicos. A triagem é feita da seguinte forma, receber a pessoa que busca o atendimento
na recepção e se apresentar. Verificar se ela está com a documentação solicitada – cópia de
RG, CPF, comprovante de endereço. Assim sendo, conduzi- la à sala de triagem. Explicar a
pessoa atendida que você vai preencher alguns dados e, em instantes, ouvirá sua queixa. Com
os documentos em mãos, preencher os campos respectivos e adquirir informações sobre os
dados da identificação do usuário que não estão nos documentos – endereço, telefone e
outros. Após esse procedimento volta-se para o cliente, perguntando qual o motivo da
consulta (queixa ou necessidade do atendimento psicológico).
Contudo, é importante procurar olhar o paciente nos olhos, evitando muitas anotações,
apenas aquelas que podem ser esquecidas. Deixar para fazer o resumo da escuta após a saída
do cliente ou ao término do processo. Coletar informações que possam auxiliar na
investigação do motivo e que sirvam de base para a formulação da hipótese diagnóstica.
Procurar conhecer de forma resumida a problemática trazida e o contexto da pessoa atendida
(familiar, social e educacional). Investigar se a pessoa apresenta alguma enfermidade, se faz
uso de alguma medicação.
É importante ainda verificar as possibilidades de atender o paciente na clínica-escola –
se é um caso para atendimento pelos estagiários, ou se é um caso para encaminhamento. Se o
estagiário identificar que o caso não pode ser atendido na clínica-escola, ele agendará um
novo encontro junto à recepção, onde o supervisor de triagem fará o devido encaminhamento
ou, orientará o estagiário para a realização do mesmo. É importante ressaltar que
determinadas problemáticas são contraindicadas para o tratamento oferecido na clínica-escola.
Desse modo, casos como psicose, deficiência mental, dependência química,
transtornos de personalidade e presença de ideação suicida não são indicados para
atendimento no serviço. No entanto, é possível a tomada de decisão no caso-a-caso, tendo
cada supervisor autonomia para aceitar determinado cliente que possa não se encaixar
estritamente nesses critérios, após uma discussão clínica com o serviço de triagem. Por isso
também, o encaminhamento não será feito no mesmo encontro, deixando um tempo para
análise dos casos. Além disso, era explicado ao paciente como funciona a Clínica-Escola,
deixar bem claro para o cliente que é estagiário que fazem atendimento com supervisão, os
serviços oferecidos, como funciona um psicodiagnóstico ou uma psicoterapia, a

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disponibilidade de horários e frequências nas sessões por parte do cliente, a disponibilidade de
vagas para o atendimento (espera) e demais esclarecimentos que se fizerem necessários. Os
dias de triagem na Clínica-Escola de Psicologia da FAMA ocorriam sempre as segundas-
feiras nos horários de 08:00 às 11:00 da manhã, e das 14:00 às 17:00 da tarde. Os
atendimentos Psicológicos ocorriam nos dias de terças e sextas- feiras dentro do
funcionamento da Clínica, com 45 minutos de tempo por sessão.
Supervisão
A supervisão de estágios é atividade fundamental para a formação de psicólogos. Os
estágios supervisionados representam para os estudantes a oportunidade de inserção e
transição em novos ambientes e estados de identidade - momentos de articulação e integração
teórico-prática, experiência indispensável para desenvolvimento e consolidação de diversas
competências esperadas de um formando em Psicologia. Os supervisores de estágio são
membros do corpo docente dos cursos de Psicologia e deles se espera conhecimento integrado
teórico e prático. Entretanto, uma vez credenciado como supervisor, salvo em casos
excepcionais, não há revisão desse credenciamento ao longo do tempo, e o
supervisor/professor realiza seu trabalho praticamente sem uma avaliação externa além
daquela de seus alunos/supervisionados, que, quando ocorre, é de forma assistemática. As
relações entre alunos/estagiários e professores/supervisores são diferentes daquelas de alunos
e professores - as práticas e os processos de ensino-aprendizagem no âmbito da supervisão
são estruturados para além da dinâmica de relações professor/aluno, tomando formas de
outras díades como tutor/aprendiz, mestre/discípulo - que são relações mais próximas,
marcadas pelo acompanhamento e por avaliações multifacetadas do desenvolvimento das
competências do supervisionando.
Abertura de pasta
Após a triagem, depois de o supervisor fazer a análise do caso, é passado para o
estagiário à autorização para a abertura da pasta, montando o prontuário do cliente onde
contem ficha da triagem, folha de evolução e as Xerox dos documentos necessário e
principalmente quando for menor de idade.
Encerramento de caso
O encerramento é feito em três momentos, quando o cliente pede alta, quando ele
comunica que não quer mais continuar com os atendimentos ou por abandono, caso esse o
mesmo não justifique e três faltas consecutivas. É feito um relato no prontuário co m o motivo
do desligamento que em seguida é arquivado.

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ANALISE DE ATIVIDADES
 Quadro de atividades realizadas

ATIVIDADES REALIZADO NÃO REALIZADO


ATENDIMENTO PSICOLÓGICO X
SUPERVISÃO X
TRIAGEM X

As atividades realizadas durante o período de estágio na Clínica-Escola de Psicologia


da Faculdade de Macapá FAMA consistem em atendimentos psicológicos, triagens e
supervisões. Foram desenvolvidos, 13 (treze) atendimentos psicológicos e 6 (seis) triagens,
com supervisão de quatro horas semanais. No decorrer do estágio houve supervisões
individuais que foram importantes, em razão dos feriados e de duas ausências da supervisora
por motivos de viagens.

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REFERENCIAL TEÓRICO

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC)

No que se refere, especificamente a Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC,


Rangé (1998), enfatiza que é uma prática de ajuda psicológica que se baseia em uma ciência e
uma filosofia do comportamento caracterizada por uma concepção naturalista e determinista
do comportamento humano, pela adesão a um empirismo e a uma metodologia experimental
como suporte do conhecimento e por uma atitude pragmática quanto aos problemas
psicológicos.

Várias formas de psicoterapia que compartilham pressupostos comuns em relação à


mediação da cognição, sua acessibilidade e influência sobre o comportamento passaram a ser
consideradas como terapias cognitivo-comportamentais (ARAÚJO & SHINOHARA, 2002).

A ideia principal da Teoria Comportamental está relacionado com o comportamento


disfuncional que foi aprendido e que pode ser desencadeado por sinais internos e externos
ligados a ele. Esta, auxilia o indivíduo a modificar a relação entre a situação que está criando
barreiras e a consequente reação emocional e comportamental que o sujeito tem naquela
situação, mediante a aprendizagem de uma nova modalidade de reação, sendo esta
aprendizagem conseguida através de técnicas adequadas a cada caso. Segundo Caballo
(1996), as características mais sobressalentes dos terapeutas comportamentais são:

1) Uma ênfase nos determinantes atuais do comportamento, em vez de nos


determinantes históricos; 2) Uma ênfase na mudança do co mportamento manifesto
como o principal critério pelo qual se avalia o tratamento; 3) Especificação do
tratamento em termos objetivos, de modo que seja possível a rép lica do mes mo; 4)
Confiança na investigação básica em Psicologia, co m o objet ivo de gerar hipóteses
gerais sobre o tratamento e as técnicas terapêuticas específicas; 5) Especificidade
nas definições e explicações no tratamento e na medição. (CABALLO, 1996, p.13)

Ainda para Caballo (1996), a Terapia Comportamental coloca sua ênfase nos
determinantes atuais, não ignorando os determinantes históricos, refletindo um enfoque de
tratamento da disfunção clínica e do comportamento desadaptativo. Ela é um enfoque de
solução de problemas, caracterizada por ser válida e confiável, visto que se baseia na ciência e
nas investigações de laboratório, e, onde a mescla entre avaliação e intervenção possibilita seu
progresso. É aplicável a todas as classes de transtornos de indivíduos, de situações ou lugares,
mas não se pode considerar, de maneira alguma, que ela seja tida como um remédio total.
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Ressaltando as ideias de BECK et al. (1997), em que nossos pensamentos agem
diretamente na forma como nos sentimos e agimos, dessa forma, um dos modelos de
melhorarmos nosso estado de humor é controlarmos nossos pensamentos, de maneira que
exerçam um efeito realista sobre a forma como nos sentimos perante a nós mesmos, ao mundo
e a nosso futuro (tríade cognitiva). A tríade cognitiva consiste na visão negativa de si mesmo,
na visão negativa do mundo e na visão negativa do futuro. O que determinará a forma como
iremos nos sentir e consequentemente agir perante esses acontecimentos, é como percebemos
e avaliamos os acontecimentos externos e internos. Descrevendo as emoções que sentimos, e
fazendo uma conexão entre o que sentimos, e o que previamente a esses sentimentos,
pensamos, podemos buscar fazer uma avaliação realística de nossos pensamentos, para que
assim confrontemos nossos pensamentos distorcidos e sentimentos desagradáveis gratuitos, e
os substituímos por pensamentos condizentes com a realidade. Sendo que, as distorções
cognitivas são compreendidas como erros sistemáticos na percepção e no processamento de
informações através de uma série de distorções como: inferência arbitrária, abstração seletiva,
pensamento absolutista, supergeneralização, personalização, maximização e minimização.

Sobre a Teoria Cognitiva que emergiu na década de 1960, trata-se de um termo


amplo que se refere ao conteúdo dos pensamentos e aos processos envolvidos no ato de
pensar. Assim, são aspectos da cognição as maneiras de perceber e processar as informações,
os mecanismos e conteúdo de memórias e lembranças, estratégicas e atitudes na resolução de
problemas. Segundo Araújo & Shinohara (2002):

Beck caracteriza-se por ser u ma abordagem psicoterapêutica estruturada, de


participação ativa entre terapeuta e cliente, voltada para o presente, que se baseia no
Modelo Cognitivo e na utilização de técnicas específicas, predo minantemente
cognitivas e comportamentais, que visam à mod ificação dos padrões de
pensamentos e crenças disfuncionais que causam ou mantêm sofrimento e mocional
e/ou distúrbios psicológicos no indivíduo. Fundamenta-se no pressuposto de que as
emoções, comportamentos e reações fisiológicas estão diretamente ligados à forma
como o indiv íduo avalia suas experiências no mundo. Ou seja, o modo co mo as
pessoas interpretam as situações será determinante da maneira co mo ela irá se sentir,
afetiva e fisio logicamente, e de co mo ela irá se co mportar. (A RAÚJO &
SHINOHARA, 2002, p.37).

De acordo, com Beck (2013) foi no final da década de 1960 e início da década de
1970, que iniciou uma revolução no campo da saúde mental introduzida Aaron T. Beck um
psicanalista de formação, professor e pesquisador da Universidade da Filadélfia, nos Estados

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Unidos, juntamente com seus colaboradores desenvolveu e sistematizou o modelo da Terapia
Cognitiva, dando início aos seus experimentos pela psicanalise em busca de validação
empírica para que fossem aceitas as suas teorias, sendo assim, seus experimentos o levaram
para outros indícios relacionados aos resultados de seus experimentos em busca de
explicações para o processo psicológico central envolvidos na depressão.

Assim, Aaron T. Beck desenvolveu as formas de psicoterapias no qual denominou


originalmente como Terapia cognitiva (TC), e atualmente utilizado como Terapia cognitivo-
comportamental (TCC), de modo que o tratamento da depressão baseia-se no modelo de
Beck, que consiste em uma psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente,
direcionadas para os problemas atuais e para a modificação de pensamentos e
comportamentos disfuncionais (inadequados). O tratamento fundamenta-se na
conceitualização ou compreensão de cada paciente (crenças especificas e padrões de
comportamentos), para que o terapeuta possa conduzir de várias formas uma mudança
cognitiva – modificação do pensamento e no sistema de crenças do paciente – para uma
mudança duradoura nas emoções e nos comportamentos. Desse modo, Beck lançou inúmeras
e diferentes fontes ao desenvolver formas de psicoterapia, abrangendo o trabalho dos
primeiros filósofos, como Epiteto, e teóricos como Richard Lazarus, George Kelly, Karen
Horney, Alfred Adler, Albert Bandura e Albert Ellis, que compartilham as características do
modelo de Beck, que foi ampliada por pesquisadores e teóricos dos Estados Unidos e do
exterior (BECK, 2013).

Para Wright; Basco; Thase (2008), os elementos cognitivos foram reconhecidos


pelos filósofos estóicos Epíteto, Cícero, Sêneca, dentre outros, 2 mil anos antes da introdução
da TCC, tendo como nas tradições filosóficas o taoísmo e o budismo, desse modo considerada
a cognição como uma força primária na determinação do comportamento humano. Sendo,
Aaron T. Beck o primeiro que desenvolveu completamente teorias e métodos para aplicação
de intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos emocionais, além disso, as
primeiras formulações de Beck para o processamento de informações desadaptativo em
transtorno de depressão e ansiedade, foram descrita por uma conceitualização cognitiva no
qual os sintomas são relacionados a um estilo negativo de pensamentos em três domínios
chamado de Tríade cognitiva negativa: de si mesmo, do mundo e do futuro.

Segundo Rangé (2011), a teoria comportamentalista ganhou espaço na década de


1930 e, a partir dos trabalhos clássicos de Pavlov, Thorndike, Hull e Skinner, colabora para

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que a psicologia fosse compreendida sob o enfoque científico e definida como ciência do
comportamento humano, ao invés de ciência da mente ou da consciência.

As primeira aplicações clínicas, foram desenvolvidas por Wolpe nos anos de 1940,
sendo o precursor do uso das técnicas interventivas em terapia comportamental que incluíam
relaxamento muscular, dessensibilidade sistemática, treinamento da assertividade e parada do
pensamento. Essas técnicas, estudadas e aprimoradas em laboratórios e em diferentes
contextos desde seu início, são utilizadas, em combinação isoladamente, no tratamento de
diferentes transtornos psicológicos e psiquiátricos. Dentre as principais aplicações clínicas
iniciais as técnicas de relaxamento e redução de ansiedade induzem a atuação do Sistema
Nervoso Autônomo Parassimpático (SNAP) e levam o organismo a um estado de conforto e
bem-estar (RANGÉ, 2011).

No entanto, as teorias e métodos da TCC tem como objetivo reverter cognições


disfuncionais e comportamentos que englobam uma grande variedade de quadros clínicos de
transtornos psiquiátricos como depressão, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares,
transtorno bipolar, dor crônica, transtorno de personalidade, esquizofrenia e abuso de
substâncias, entre outros estudos testados e controlados pela TCC para uma série de
transtornos psiquiátricos. Os componentes comportamentais do modelo de terapia cognitivo-
comportamental tiveram início nos anos de 1950 e 1960 quando os pesquisadores da área
clínica começam a aplicar os experimentos de Pavlov, Skinner e de outros behavioristas
experimentais que contribuíram para o modelo cognitivo de Beck (WRIGHT; BASCO;
THASE, 2008).

Para Cabalo (1996), a chamada revolução cognitiva, constituiu um grande marco na


terapia comportamental, que deu início à Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), em certo
sentido, uma junção entre a Terapia Comportamental e a Terapia Cognitiva. A partir de seu
surgimento, a TCC tem evoluído e, atualmente encontra-se como uma das abordagens centrais
em diversas áreas de atuação da Psicologia, tendo conquistado sua aceitação e admiração
pelas práticas e resultados que produz, e pela singularidade de seu enfoque.

Segundo Rangé (2011), as TCCs derivam do modelo cognitivo e compartilham dos


pressupostos básicos:

1. A atividade cognitiva influencia o comportamento;


2. As cognições podem ser monitoradas e alteradas;
3. As mudanças na cognição determinam mudanças no comportamento.
16
Portanto, a TCC é uma psicoterapia focal, fundamentada no modelo cognitivo que
pressupõe nos transtornos mentais o pensamento disfuncional como um elemento importante,
sendo que, a modificação do pensamento eleva a melhora sintomática dos transtornos. Em
resumo, a terapia cognitiva observa a identificação de pensamentos distorcidos, sua
averiguação na realidade e a correção dos mesmos com um objetivo de maior magnitude, ou
seja, a mudança de crenças disfuncionais que se encontram implícitos a estes pensamentos
distorcidos. Utiliza-se a expressão terapia cognitivo-comportamental (TCC), para se designar
a junção da terapia cognitiva e da terapia comportamental. Na linha do modelo cognitivo-
comportamental, a psicoterapia atuará sobre os pensamentos deflagrados por uma dada
situação estimulante, uma vez que tais pensamentos geram os sentimentos e os
comportamentos que caracterizam a relação do indivíduo com o ambiente que o cerca.

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APRESENTAÇÃO DE CASO

Neste relatório busca-se descrever os dados dos atendimentos psicoterápico, efetivado


em situação de estágio, em Psicologia Clínica realizado na Clínica-Escola da Faculdade de
Macapá. Para coletar os dados do paciente, foram realizados 13 atendimentos psicológicos, o
paciente teve 6 faltas justificadas alternadas durante o processo psicoterápico. Estas foram
semanais e com a duração de 50 minutos. As sessões eram anotadas manualmente, com
supervisão semanalmente individual e em grupo para serem discutidas, posteriormente
registradas e digitadas para comporem o acervo para a construção deste relatório.
5.1-IDENTIFICAÇÃO:
Identificação do Paciente: Brilhante (nome fictício), sexo Masculino, 21 anos, solteiro.
5.2-PERÍODO DE ATENDIMENTO:
21 de Março de 2016 a 10 de Novembro de 2016.
5.3 - QUEIXA INICIAL:
O paciente de 21 anos, sexo masculino, solteiro, ensino médio completo,
desempregado, religião Adventista. Apresentou incialmente a queixa de tonturas com e sem o
uso de medicamentos antidepressivos e oscilação de humor, relatou que após um evento
traumático na infância teve que procurar atendimento psicológico e psiquiátrico, atualmente,
foi diagnosticado com Transtorno Afetivo Bipolar classificado no código F31 (CID-10), como
parte de seu tratamento passou a fazer uso dos medicamentos como: Melleril, Risperidona,
Oxcarbazepina. Conforme relato, com o uso da medicação o paciente sentiu uma grande
melhora em relação as suas crises de humor. Relatou o fato relacionado à manifestação das
crises em que envolve um grande desconforto por sentir-se nervoso, inquieto e ansioso. O
mesmo referiu apresentar algumas dificuldades de se relacionar com a sua genitora devido à
oscilação de humor.
5.4-HISTORIA DE VIDA:
A investigação da história de vida mostra os seguintes pontos: O paciente relatou que
na infância após um evento traumático aos 9 (nove) anos e uma perda familiar significativa,
deu início aos momentos difíceis com alguns comportamentos desadaptativos sendo
diagnosticado com depressão infantil. Posteriormente, na adolescência recebeu um suposto
diagnóstico de Esquizofrenia. Ao informar sobre as relações familiares relatou que seus pais
são separados desde os seus 3 anos de idade, o pai mora em Belém/PA, o re lacionamento
entre ambos é somente por telefonemas, mora com sua genitora e tem um bom

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relacionamento familiar, sua genitora teve depressão após o término de um relacionamento
amoroso e apresenta um quadro clínico de depressão comprovado por laudo médico.
Mencionou que não consegue realizar atividades diárias por falta de interesse, sente-se
ansioso quando não está na igreja, só manifesta interesse às questões relacionadas aos
encontros religiosos que participa desde a infância. Foi vítima de abuso sexual na infância e
posteriormente já na fase da adolescência tentou abusar de uma criança. Atualmente apresenta
um laudo médico prescrito pelo Psiquiatra como portador de transtorno psiquiátrico
classificado no código F31 (CID-10), foi diagnosticado a 1 ano decorrente as crises de humor.

ATENDIMENTO NA TCC

O paciente do sexo masculino, 21 anos, filho único, solteiro, ensino médio completo,
desempregado, religião Adventista. Iniciou a terapia cognitivo-comportamental em Março de
2016, chegou para o atendimento terapêutico acompanhado por sua genitora. As queixas
situacionais de Brilhante (nome fictício) estão voltadas para ansiedade frente à realização de
atividades diárias e falta de interesse em alguns momentos, porém, sente-se motivado para as
situações que envolvem a sua dinâmica religiosa em que participa desde a infância como
passeios, estudos bíblicos e retiros/acampamentos. Há 7 anos faz acompanhamento
psiquiátrico no HCAL, e os psicofármacos utilizados por Brilhante são: Risperidona,
Oxcarbazepina e Melleril.

O paciente foi diagnosticado como portador de transtorno afetivo bipolar no ano de


2015, apresentando o período das crises mais frequentes no ano de 2013 e 2014. Segundo o
paciente após o falecimento do seu tio quando tinha 13 anos, com quem tinha um forte laço
afetivo, começou a desenvolver alguns comportamentos desadaptativos como fugir de casa e
da escola, sendo que na infância foi diagnosticado com depressão infantil, fez
acompanhamento psicológico e parou por vontade própria, já em sua adolescência foi dado
um suposto diagnóstico de Esquizofrenia.

Brilhante relatou sobre os episódios de suas crises de humor que caracterizaram o seu
atual diagnóstico, e consequente ao registro dessas vivências o paciente menciona
pensamentos automáticos referentes ao sentimento atual de bem estar. Diante deste fato, a
terapeuta utilizou durante o processo terapêutico as intervenções de psicoeducação voltadas
para ensinar o paciente sobre o TAB e a importância dos psicofármacos como estabilizadores
de humor para o seu controle emocional. “Eu já estou bem, faz tempo que não tenho crise,
19
então estou curado e não preciso mais tomar os meus remédios” (Sic). Para Whight; Basco;
Thase (2008), a técnica de psicoeducação oferece a divulgação de informações sobre o
transtorno em questão no intuito de envolver o paciente e promover a educação sobre o
mesmo na terapia.

Brilhante mencionou que alguns pensamentos por muito tempo lhe causaram
sofrimentos psicológicos interferindo significativamente na sua rotina, nos estudos, no sonho
de cursar Direito e em suas atividades sociais. "Eu sou capaz de alcançar minha meta de ser
um Desembargador, mas pra isso eu preciso voltar a estudar, me ocupar e parar de pensar
no que sofri na infância” (Sic). Perante o relato, a crença central do paciente estabelece
influências significativas em várias áreas da sua vida, o mesmo associa o evento pós-
traumático como o causador do seu transtorno psiquiátrico, assim a intervenção terapêutica
voltou-se para a reestruturação cognitiva do paciente juntamente com outras técnicas da TCC.
Para Whight; Basco; Thase (2008), a tática geral de reestruturação cognitiva é identificar
pensamentos automáticos e esquemas nas sessões, através do ensino de habilidades para
mudar cognições. Assim sendo, os pensamentos automáticos privativos ocorrem de forma
rápida à medida que avaliamos o significado dos acontecimentos em nossa vida. “Deus me
curou de certa forma” (Sic).

Brilhante relatou que buscou a terapia por insistência de sua genitora, mas que o
processo terapêutico lhe fazia bem devido ajudá- lo a compreender e lidar com determinados
fatores. Posteriormente, citou que um emprego seria uma forma de se distrair, ocupar o seu
tempo e parar de pensar que foi por causa do trauma da infância que atualmente apresenta o
transtorno mental, pois precisa ajudar sua genitora financeiramente devido ao custo dos seus
medicamentos. Diante desta situação, a terapeuta utilizou a psicoeducação e a ressignificação
para identificar e amenizar a ansiedade e a preocupação do paciente em solucionar os
problemas em questões, criando assim alternativas para modificar esses pensamentos.

Ao longo da terapia o paciente expôs a situação do abuso sexual e que pensamentos


frequentes sobre o trauma na infância influenciam na sua vida, assim, associando o evento
como causador do seu transtorno: “Se não tivesse sofrido o abuso sexual não estava com
esse transtorno” (Sic). Dessa forma, a estratégia geral de reestruturação cognitiva foi
utilizada para identificar a crença central e os pensamentos automáticos: “No passado, eu
tentei abusar de uma criança devido terem feito o mesmo comigo” (Sic). De acordo com

20
Rangé (2011), as crenças centrais compõem o nível mais profundo da estrutura cognitiva e
são compostas por ideias absolutistas, rígidas e regras globais que um indivíduo tem sobre si
mesmo para interpretar as informações ambientais relativas à autoestima.

As primeiras evidências dos comportamentos desadaptativos segundo o paciente


surgiram após o evento traumático na infância quando Brilhante tinha 9 (nove) anos,
referindo-se ao abuso sexual que sofreu na infância. Relatou que naquele momento teve medo
e receio de contar para sua genitora, porém, aos 12 anos tentou abusar sexualmente de uma
criança do sexo masculino. Desde então, Brilhante estabeleceu uma crença central em que
associa o trauma como o causador do seu atual diagnóstico.

No decorrer do processo psicológico as disfunções cognitivas do paciente foram


identificadas por pensamento absolutista de tudo ou nada, que pôde ser observado em vários
momentos nos relatos a sua insatisfação quando relaciona o bem-estar somente aos encontros
religiosos e que o fato o remetia a uma ansiedade frente a não realização dessas atividades.
“Só me sinto bem quando estou nos encontros da igreja, quando não tem por algum motivo
fico ansioso e zangado o dia todo” (Sic). Normalmente as distorções cognitivas têm
intersecções e coincidências, por isso o indivíduo provavelmente apresenta, ao mesmo tempo,
mais de uma distorção numa mesma situação.
Dessa forma, o registro de pensamentos automáticos foi utilizado para chamar a
atenção do paciente para as cognições mais importantes, sendo um método sistemático para
praticar a identificação de pensamentos automáticos e frequentemente estimula ndo a
indagação sobre a validade dos padrões de pensamento do paciente em relação ao suposto
fanatismo religioso. “Deus é a salvação e a cura”; “Só Deus é capaz de tudo em minha
vida”; “Sem a presença de Deus em minha vida eu não sou nada” (Sic). Pois, à medida que
o paciente aprende a identificar e nomear essas distorções cognitivas através do sistema
colaborativo entre terapeuta e paciente se desenvolve respostas alternativas para contrapor o
impacto negativo das interpretações disfuncionais. Após aprender a modificar os pensamentos
na sessão o paciente começa a desenvolver e a incrementar habilidades entre as sessões, por
meio do automonitoramento e da autopercepção.
O paciente apresenta um diagnóstico médico de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), é
considerada uma doença mental severa. Geralmente caracterizada por episódios alternados de
mania e depressão. Por meio da avaliação observacional e funcional dos comportamentos e
sentimentos foram possíveis ter acesso aos aspectos relevantes do transtorno, pois, a doença
mental tem suas alterações biológicas, sendo influenciado por fatores ambientais e sociais, por
21
isso ocorre à elevação do humor juntamente com os pensamentos disfuncionais que provocam
o sofrimento psíquico no paciente envolvendo fatores situacionais do passado e do presente,
as relações afetivas têm suas contribuições para o andamento da melhora progressiva do
paciente em longo prazo. De modo, que o processo terapêutico para o tratamento incluiu
intervenções para o uso continuo dos medicamentos por meio da psicoeducação para obter o
controle emocional equilibrando essa oscilação de humor e educar o paciente sobre o TAB
para manter a autopercepção e a autoanálise. Dentre as estratégias desenvolvidas no
tratamento, o uso da psicoeducação particularmente foi enfatizado para o uso de
estabilizadores de humor e para a modificação de crenças instauradas no paciente. Assim, foi
estabelecida a prevenção de recaídas, a intensificação na adesão ao tratamento
medicamentoso, à avaliação dos sintomas por meio de métodos cognitivos e
comportamentais. O processo terapêutico focou em ensinar o paciente a identificar e a
analisar as mudanças cognitivas que ocorrem nos períodos de oscilações, sendo treinado para
a identificação dos seus pensamentos automáticos e as distorções dos pensamentos negativos
para poder modificá- los durante e após a terapia.

HIPÓTESE DIAGNÓSTICA – Transtorno Afetivo Bipolar F31 (CID-10)

É importante salientar que foram realizados 13 atendimentos psicológicos. No entanto,


durante o processo de atendimentos terapêuticos o paciente relatou ser portador de transtorno
psiquiátrico com a comprovação do laudo médico classificado no código F31 CID-10
(Transtorno Afetivo Bipolar). Diante dos relatos apresentados no decorrer das sessões pôde-se
perceber a ocorrência na oscilação de humor, a frequência de pensamentos religiosos e a
crença nuclear instaurada no paciente que caracterizam o seu estado emocional e
comportamental, através de determinados eventos causado na infância. Assim, a importância
da colaboração do paciente no processo terapêutico na investigação de informações relevantes
consistiu em avaliar as evidências para a compreensão do diagnóstico atual do mesmo.
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) faz parte dos Transtornos de Humor e pode ser
localizado no CID-10 caracterizado por dois tipos. Tipo I, tipo do episódio atual ou mais
recente, quando há pelo menos um episódio de mania, e tipo II, quando há pelo menos um
episódio hipomaníaco. É um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável, aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração de
pelo menos quatro dias consecutivo e presente na maior parte do dia. Para ser diagnosticado

22
como portador de TAB, o paciente deve apresentar um conjunto de sintomas que representem
um desvio proporcional na sua forma habitual, acompanhado por danos no convívio social,
profissional e em outras áreas importantes da sua vida (SOARES et al.,2013).
Os transtornos do humor (afetivos) são os transtornos nos quais a perturbação
fundamental é uma alteração do humor ou afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem
ansiedade) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se acompanha de uma
modificação do nível global de atividade, e a maioria dos outros sintomas são secundários a
estas alterações do humor e da atividade, facilmente compreensíveis no contexto dessas
alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e a ocorrência dos episódios
individuais pode frequentemente estar relacionada com situações ou fatos estressantes (CID-
10, 2000).
Conforme Cordioli e Cols (2008), o transtorno bipolar (TB) tem em sua origem
alterações biológicas, sendo influenciado por fatores ambientais e sociais, e sua expressão é
psicológica. Da mesma forma, o tratamento do TB inclui intervenções biológicas, como o uso
de medicamentos, bem como o uso de psicoterapias e estratégicas de intervenção psicossocial.
Dentre as estratégias desenvolvidas no tratamento desse transtorno, o uso da psicoeducação
tem sido particularmente enfatizado. Esse dado, é consistente com as característica do
transtorno, que é crônico e pode ter seu curso alterado favorável mente pelo uso de
estabilizadores de humor.
Para Cordioli e Cols (2008), o uso de terapias especifica ajuda os pacientes a utilizares
os estabilizadores de humor de maneira adequada, melhorando o curso da doença. Sendo
assim, a psicoterapia para transtorno bipolar tem quatros objetivos que são: a melhora na
adesão à farmacoterapia, prevenção de ocorrências nos episódios de humor, reduzir sintomas
subsindrômicos e auxiliar no manejo de estressores psicossociais.
É válido ressaltar sobre a razão de que no início dos atendimentos o paciente trouxe
como queixa principal tonturas com e sem o uso dos medicamentos estabilizadores de humor,
e foi diagnosticado por um profissional da área psiquiátrica, após ocorrências de alguns
acontecimentos na vida do paciente. No proceder dos atendimentos psicológicos realizados na
Clínica, foram trabalhadas através de psicoeducação as questões sobre o uso dos
medicamentos e como reconhecer seus pensamentos automáticos e disfuncionais, podendo
assim amenizar o desconforto causado pelo TAB, para que pudesse lidar com os eventos do
dia-a-dia e com o uso dos medicamentos antidepressivos. A psicoeducação consiste em, num
primeiro momento, fornecer ao paciente informação sobre o transtorno, o tratamento

23
farmacológico, os efeitos colaterais da medicação, as dificuldades associadas à doença e a
importância de hábitos regulares de vida. A partir do fato expresso pelo paciente, foi realizado
uma conceitualização de caso para o procedimentos das técnicas utilizados como o
questionamento socrático, estruturação cognitiva e psicoeducação, além de questio nários
como o inventário de Beck que foram aplicadas no decorrer das sessões.
A TCC tem seu papel estabelecido nos transtornos psiquiátricos e recentemente no
tratamento de transtorno bipolar utilizando programas fechados de tópicos versando sobre o
curso e o tratamento da doença, na prevenção de recaídas por meio de aquisição de ritmos
biossociais regulares e estáveis, além da identificação e do manejo de pródromos, de eventos
estressantes e de pensamentos automáticos disfuncionais (CORDIOLI & COLS, 2008).
Sendo assim, vale ressaltar que segundo Whight, Basco, Thase (2008), utilizamos de
metas da terapia cognitivo-comportamental para o tratamento em transtorno bipolar que
consiste em: educar o paciente e a família sobre o transtorno, desenvolver estratégias de
prevenção de recaídas, intensificar a adesão aos tratamentos medicamentosos, avaliar os
sintomas por meio de métodos cognitivos e comportamentais e desenvolver um plano para o
controle de longo prazo do transtorno bipolar.
Contudo, diante do processo terapêutico realizado obtivemos êxito no andamento das
sessões no período de atendimentos psicológicos na Clínica- Escola de Psicologia da FAMA,
houve o procedimento de desligamento parcial do paciente para o semestre seguinte devido o
período de recesso da Clínica. Contudo, a continuação dos atendimentos terapêuticos foi
realizada após o período de recesso, de tal modo, os procedimentos e planos de ação
investigativo de pontos que precisaram ser explorados foram em relação aos indícios de
fanatismo religioso, crença nuclear e esquemas diante dos pensamentos automáticos e
disfuncionais frequentes. O sistema colaborativo para o tratamento no processo terapêutico foi
fundamental para a aprendizagem do paciente em identificar e a analisar as mudanças
cognitivas que ocorrem nos períodos de oscilações humor.

TÉCNICAS UTILIZADAS NO ATENDIMENTO EM FOCO

Entre as aplicações clínicas, consiste às técnicas interventivas em terapia cognitivo-


comportamental utilizado no processo terapêutico: a Psicoeducação, Reestruturação cognitiva,
Questionamento socrático, Registro de pensamentos automáticos, Erros cognitivos, Prevenção
de recaída, Treino respiratório, Relaxamento muscular progressivo e como instrumento
complementar o Inventário de Ansiedade de Beck.

24
Psicoeducação

Na Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), são utilizados vários métodos


psicoeducativos. As experiências de ensino nas sessões de terapia normalmente envolvem
usar situações da vida do paciente para ilustra os conceitos, comumente, o terapeuta dá breves
explicações e as acompanha com perguntas que promovam o envolvimento do paciente no
processo de aprendizagem. Vários instrumentos estão disponíveis para auxiliar os terapeutas a
promover a psicoeducação, através de livros de leitura de autoajuda, apostilas, questionários
de avaliação e programas de computador. Assim sendo, a psicoeducação eficaz durante todo o
processo de terapia deve instrumentalizar os pacientes com conhecimento que o ajudará a
reduzir o risco de recaída. É preciso educar os pacientes sobre como continuar a utilizar os
métodos de autoajuda cognitivos e comportamentais após a conclusão da terapia (WHIGHT;
BASCO; THASE, 2008).

Reestruturação cognitiva

A estratégia geral de reestruturação cognitiva é identificar pensamentos automáticos e


esquemas nas sessões de terapias, através do ensino de habilidades para mudar cognições e,
posteriormente fazer o paciente realizar uma série de exercícios de mediações planejadas para
expandir os aprendizados na terapia às situações do mundo real (WHIGHT; BASCO;
THASE, 2008).

Questionamento socrático

Segundo Whight; Basco; Thase (2008), o questionamento usado na TCC baseia-se em


uma relação empírica colaborativa com o objetivo de ajudar os pacientes a reconhecer e
modificar os pensamentos desadaptativo. Portanto, o questionamento socrático consiste em
fazer perguntas ao paciente que estimulem a curiosidade e o desejo de inquerir, envolvendo o
paciente no processo de aprendizagem. Uma forma especial de questionamento socrático é
chamado de descoberta guiada, que é a técnica mais frequentemente usada para identificar
pensamentos automáticos durante as sessões de terapia por meio do qual o terapeuta faz uma
série de perguntas indutivas para revelar padrões disfuncionais de pensamentos e
comportamentos.

Registro de pensamentos automáticos

O registro de pensamentos automáticos é uma das técnicas da TCC bastante utilizado


no processo terapêutico, chamando atenção do paciente para as cognições mais importantes,

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sendo um método sistemático para praticar a identificação de pensamentos automáticos e
frequentemente estimula a indagação sobre a validade dos padrões de pensamento. Esses
pensamentos automáticos são normalmente privativos ou não-declarados, e sucedem de forma
rápida à medida que avaliamos o significado de acontecimentos em nossas vidas causadas
pela relação entre os eventos e emoções que presenciamos, desenvolvendo assim os
pensamentos automáticos. Além disso, o fato de ver os pensamentos escritos no papel
geralmente inicia o empenho espontâneo de rever e corrigir cognições desadaptativas, a fim
de o terapeuta realizar intervenções especificas através do registro para modificar os
pensamentos automáticos (WHIGHT; BASCO; THASE, 2008).

Contudo, em suas formulações iniciais Aaron T. Beck teorizou que existem equívocos
característicos na lógica dos pensamentos automáticos e outras cognições de pessoas com
transtornos emocionais. Pesquisas subsequentes confirmaram a importância de erros
cognitivos em estilos patológicos de processamento de informações. Beck e seus
colaboradores descreveram seis categorias principais de erros cognitivos: abstração seletiva,
inferência arbitrária, supergeneralização, maximização e minimização, personalização e
pensamento absolutista (dicotômico ou do tipo “tudo-ou-nada”). Ao praticar os métodos da
TCC para reduzir erros cognitivos, os terapeutas normalmente ensinam os pacientes que o
objetivos é simplesmente reconhecer que se está cometendo erros cognitivos – e não
identificar todo e qualquer erro de lógica que esteja ocorrendo. Desse modo, podem haver
várias oportunidade para ajudar os pacientes na aprendizagem de identificar erros cognitivos e
reduzirem a frequência e intensidade dessas distorções lógicas. Reconhecer qualquer erro
cognitivo pode ajudá-los a pensar de forma mais lógica e lidar melhor com seus problemas
(WHIGHT; BASCO; THASE, 2008).

Treino de respiração

De acordo com Rangé (2011), as técnicas de relaxamento é um processo


psicofisiológico que envolve respostas somáticas e autônomas, informes verbais de
tranquilidade e bem estar e estado de aquiescência motora. É um processo de aprendizagem
que inclui o controle da respiração em situações estressantes e o reconhecimento e posterior
relaxamento da tensão muscular. O treino de respiração é utilizado como etapa preliminar ao
treino em relaxamento ou como pratica única, que distrai o paciente e dá um senso de controle
sobre o próprio organismo. O paciente aprende padrões de baixas taxas de respiração;
inspiração e expiração profundas amplas e respiração diafragmática.

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Relaxamento muscular progressivo

A técnica de relaxamento mais utilizada na clínica comportamental, como técnica


única ou associada, é o relaxamento muscular progressivo desenvolvido por Jacobson em
1924, adaptada e integrado aos procedimentos e técnicas psicológicas por Wolpe (WOLPE,
1980). O relaxamento progressivo consiste em tensionar e relaxar diferentes grupos
musculares, para alcançar um estado de conforto e bem estar. O terapeuta guia o paciente
durante os exercícios para que ele venha aprender os movimentos, o ritmo e a sequência.
Posteriormente, é orientado a fazer o exercício em casa, utilizando um roteiro escrito ou
gravado em áudio, e manter a prática do relaxamento como rotina do processo terapêutico
(RANGÉ, 2011).

Distorções Cognitivas (Erros cognitivos)


Para Knapp & Cols (2007), normalmente as distorções cognitivas têm intersecções e
sobreposições, por isso o indivíduo provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais
de uma distorção numa mesma situação. Pois, à medida que o paciente aprende a identificar e
nomear as distorções cognitivas, a dupla terapêutica trabalha no desenvolvimento de respostas
alternativas para contrapor o impacto negativo dessas interpre tações disfuncionais. Após
aprender a modificar os pensamentos na sessão o paciente começa a desenvolver e
incrementar essa habilidade entre as sessões, por meio de automonitoramento e de outras
tarefas prescrita.
Knapp & Cols (2007), destacam que as distorções cognitivas são descritos em
categorias como: Catastrofização (pensar que o pior de uma situação irá acontecer, sem levar
em consideração a possibilidade de outros desfechos); Raciocínio Emocional
(emocionalização); Polarização (pensamento de tudo-ou- nada, dicotômico); Abstração
Seletiva (visão em túnel, filtro mental, filtro negativo); Adivinhação (prever o futuro,
antecipar problemas, expectativa negativa); Leitura mental (presumir, sem evidências que
sabe o que os outros estão pensando); Rotulação (colocar um rotulo global, rígido em si
mesmo, numa pessoa ou situação); Desqualificação do positivo (experiências positivas e
qualidades que conflituam com a visão negativa são desvalorizadas); Minimização e
Maximização (experiências positivas em si mesmo, no outro ou nas situações são
minimizadas, enquanto o negativo e maximizado); Personalização (assumir a culpa ou
responsabilidade por acontecimentos negativos); Hipergeneralização (perceber num evento
especifico um padrão universal); Imperativos ( “deveria” e “tenho que” interpretar eventos em

27
termos de como as coisas deveriam ser, em vez de considerar como as coisas são);
Vitimização (considerar-se injustiçado ou não entendido, a fonte dos sentimentos negativos é
algo ou alguém); e a Questionalização (“ E se?” – focar o evento naquilo que poderia ter sido
e não foi).
Prevenção de recaída
A Terapia cognitiva (TC) trabalha explicitamente na preparação do paciente para
possíveis problemas na fase final do tratamento. A prevenção de recaída em ajudar o paciente
a tornar-se ciente perante as situações de riscos, identificar sinais prodrômicos de recaída e a
desenvolver planos explícitos para lidar com as situações de riscos. Sendo, importante
explorar com o paciente as expectativas relacionadas com futuros problemas e trabalhar
quaisquer expectativas irrealistas. Conforme Knapp & Cols (2007), frequentemente os
pacientes que superaram seus problemas por meio de terapia têm expectativa de nunca mais
encontrarem dificuldades, pois se o paciente tem alta do tratamento sem que essas
expectativas de “imunidade existencial” tenham sido abordadas, o paciente interpretará
equivocadamente futuras dificuldades e poderá reagir com ideias de que “o tratamento foi um
fracasso”, por culpa dele e/ou do terapeuta. O paciente deve adotar a visão mais realista de
que todos encontramos problemas de tempos em tempos, pois a TC equipou-o com as
habilidades necessárias para lidar eficazmente com os problemas, porém, isso não significa
imunidade a problemas futuros.

Técnica: Análise de Custo-benefício


A análise de custo-benefício é utilizada para confrontar a procrastinação, a esquiva ou
os pressupostos subjacentes do paciente, realizada por meio de Formulário. O propósito da
análise de custo-benefício é confrontar o paciente com a questão de escolher entre alternativas
e se concentrar na motivação de mudar avaliando as consequências tanto positivas quanto
negativas de manter determinada crença. No qual consiste na análise identificar os
pensamentos ou escolhas através das vantagens e desvantagens, com o intuito de levar o
paciente a escolher em mantê-lo ou substituí- lo (LEAHY, 2016).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio na Clínica-Escola de Psicologia da Faculdade FAMA, é de fundamental


valia para formação acadêmica, pois nos proporciona oportunidades de conhecimentos
técnicos e práticos, que nos permitem informações imprescindíveis em atuar na área da
psicologia clínica e vivenciar as experiências no contato como o “mundo do outro” que vai
além de conhecimentos do senso comum, assim corresponder ao conhecimentos científicos
que envolve o ser humano, por tanto afirmo o quão extraordinário é o papel do psicólogo na
área clínica para atuar diante das demandas existentes.
Diante dos conhecimentos adquiridos para a nossa formação exercemos nossa
capacidade de humanização e sociabilidade, e ao colocar em prática os conhecimentos
apreendido mesmo que de forma dificultosa, em razão da falta da disciplina no semestre
antecedente que nos orientaria para a pratica clínica, pude estabelecer nessa experiência
uma visão sistêmica e explorar os saberes que a psicologia clínica juntamente com as técnicas
e métodos da abordagem Terapia cognitivo-comportamental (TCC), que proporcionou a
atuação que nos permite acolher, orientar, ouvir, ajudar e amenizar uma situação de
desconforto nos pacientes através de psicoterapias estruturadas e focada para um
planejamento de ação investigativo, para atender a demanda vinda do cliente, obtendo assim,
a experiência e a importância no sentido de auxiliar este paciente a estabelecer um equilíbrio
psíquico, em compreender o seu agravo, as suas angústias e seus desconfortos. Portanto, todo
atendimento psicológico realizado aos pacientes requer conhecimentos específicos e técnicas
adequadas em lidar com as situações emocionais e comportamentais que fazem parte de
nossas vidas.
Em síntese posso afirmar que o desenvolvimento na prática clínica é relevante para se
trabalhar com ética profissional e com discernimento em adquirir o conhecimento individual e
grupal, fazendo com que o processo psicológico seja importante e válido para o paciente,
sendo realizado com êxito e precisão.

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REFERÊNCIAS
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Avaliação e Diagnóstico em Terapia Cognitivo-Comportamental. Rio de Janeiro: Revista,
2002.

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1997.

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Alegre: Artmed, 2013.

CABALLO, Vicente E. Manual de Técnicas de Terapia e Modificação do


Comportamento. São Paulo: Livraria Santos Editora Com. Imp. Ltda., 1996.

CID-10/Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças


e Proble mas relacionados à saúde-Manual de Instruções. Ed. 8. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2000.

CORDIOLI, Aristides Volpato (Cols). Psicoterapias: Abordagens Atuais. Ed.3. Porto


Alegre: Artmed, 2008.

KNAPP, Paulo [et al.]. Terapia Cognitivo-Comportame ntal na Prática Psiquiátrica. Porto
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LEARY, Robert. L. Técnica de Terapia Cognitiva: Manual do Terapeuta. Por Alegre:


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MUSSI, Samir Vidal; SOARES, Maria Rita Zoéga; GROSSI Renata. Transtorno Bipolar:
Avaliação de um Programa de Psicoeducação sob o Enfoque da Análise do
Comportamento. Rev. Bras. de Terapia Comportamental e Cognitiva. São Paulo, 2013.

RANGÉ, Bernard (Org). Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: Pesquisa, Prática,


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30
RANGÉ, Bernard. Psicoterapias Cognitivo-Comportame ntal: Um Diálogo com a
Psiquiatria. Ed. 2. Porto Alegre: Artmed, 2011.

WHIGHT, Jesse H.; BASCO, Monica R.; THASE, Michael E. Aprendendo a Te rapia
Cognitivo-Comportamental: Um Guia Ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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