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Universidade federal do Espirito Santo – UFES

Odontologia

Sistema Endócrino

Disciplina: Histologia e embriologia


Docente: Noberto Francisco Lubiana
Discente: Luana da Silva Paiva
O sistema endócrino engloba as glândulas endócrinas que são formadas de tecidos
epiteliais de secreção. Essas glândulas, que apresentam vasos sanguíneos e nervos,
levam nutrientes e inervação à formação dos hormônios, que são as substâncias
secretadas; estes, por sua vez, são lançados na corrente sanguínea e atuam no
metabolismo corporal, controlando ou auxiliando a atuação destes nos órgãos-alvo,
sendo de supra importância no processo de homeostase. Então, diferentemente das
glândulas exócrinas (que secretam substâncias através de ductos excretores para o
exterior do corpo ou outros órgãos), as glândulas endócrinas apresentam meios de
controle dos hormônios, que agem em sua própria célula – sendo esta a célula-
alvo(controle autócrino), podendo agir em células vizinhas em relação ao qual o
hormônio foi secretado (controle parácrino) e ainda agindo nas células próximas, mas
não vizinhas em relação à célula que a secretou (controle justácrino). Geralmente, o
sistema endócrino com suas glândulas apresenta funções associadas ao sistema
nervoso, que forma mecanismos reguladores precisos na atuação dos hormônios nos
mais diversos tecidos e órgãos. Por exemplo, fornecer ao sistema endócrino que
produza uma secreção devido a um estímulo sensitivo externo identificado pelo
sistema nervoso; assim, o sistema endócrino elabora uma resposta interna ao
organismo em relação à informação processada. Portanto, esses dois sistemas andam
em conjunto, atuando na coordenação e regulação das funções corporais. As
principais glândulas endócrinas são a hipófise, adrenal, tireóide e paratireóides, além
de outras que agem no pâncreas, nas gônadas, no hipotálamo etc. Elas, em conjunto
atuam, como explicitado anteriormente, no controle e auxílio das atividades
metabólicas do organismo, induzindo respostas ao mesmo numa relação como
sistema nervoso. Neste trabalho, serão abordadas as principais características
histológicas das glândulas endócrinas.

Hipófise
A hipófise é um pequeno órgão que se localiza em uma cavidade do
osso esfenoide. Ela se liga ao hipotálamo que é situado na base do cérebro
através de um pedículo que liga a hipófise ao SNC. Esse órgão possui dupla
origem embrionária, sendo elas ectodérmica e nervosa, em que a nervosa é
desenvolvida pelo crescimento do assoalho do diencéfalo, e, a ectodérmica é
desenvolvida a partir de uma parte ectodérmica da boca primitiva que forma a
bolsa de Rathke. Em função de sua dupla origem embrionária, a hipófise é
dividida em duas glândulas: neuro-hipófise e a adeno-hipófise, em que as duas
são unidas anatomicamente, porém possuem funções diferentes que são
relacionadas entre si. A neuro-hipófise é constituída por uma porção volumosa
chamada de pars nervosa, e seu pedículo de fixação conhecido como
infundíbulo que é contínuo com o hipotálamo. A adeno-hipófise não é
conectada ao sistema nervoso e é subdividida em três partes: a primeira em
que é a mais volumosa chamada de pars distalis, a segunda é a porção cranial
que se situa junto com o infundíbulo conhecida como pars tuberalis, e a terceira
que é denominada de pars intermedia. Essa glândula é revestida por uma
capsula de tec. conjuntivo.
Adeno-hipófise
- Pars distalis
Representa mais da metade da massa da hipófise. É formada por cordões e
ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônios.
Estes são produzidos pelas células secretoras e são armazenados em grânulos
de secreção. Há também nessa estrutura um tipo de célula cuja função ainda
não foi conhecida, mas, sabe-se que elas constituem 10% das células dessa
região, possuem muitos prologamentos que se comunicam entre sim por
junções intercelulares. Essas células são chamadas de células
foliculoestelares. As células secretoras da pars distalis são as somatotrópicas
que produzem o hormônio de crescimento (GH), a lactotrópica que secretam
prolactina, a gonadotrópica que produz o FSH e o LH, a tireotrópica que
produzem o hormônio estimulante da tireoide (TSH), e a corticotrópica que
secretam POMC, ACTH E alfa-MSH.

As atividades das células da pars distalis são controladas por varias


estruturas. Uma delas são os hormônios hipofisiotrópicos que estimulam e
inibem a liberação de hormônios na pars distalis. Similarmente, as moléculas
chamadas de inibina e activina que são produzidos nas gônadas e controlam a
secreção de FSH.

- Pars tuberalis
É uma região em forma de funil que cerca o infundíbulo da neuro-
hipófise. Essa região é importante em animais que mudam seus hábitos de
acordo com as estações do ano.
- Pars intermedia
Se localiza na porção dorsal da antiga boca de Rathke, é uma região
composta de células fracamente basófilas constituídas de pequenos grânulos
de secreção.
Neuro-hipófise
É constituída pela pars nervosa e no infundíbulo. A pars nervosa,
diferentemente da adeno-hipófise, não possui células secretoras. Essa possui
um tipo específico de célula glial muito ramificada denominada de pituícito. O
componente mais importante da pars nervosa é formado por cerca de cem mil
axônios não mielinizados de neurônios secretores. Os hormônios liberados na
pars são o ADH e a Ocitocina, em que este promove a contração do útero e
das glândulas mamárias, e aquele aumenta a absorção de H20 nos rins.

Adrenal
Também denominadas de supra-renais, se localizam nos pólos
superiores de cada rim. Seu tamanho varia de acordo com a idade e condições
fisiológicas da pessoa, mas apresenta em média no adulto 8g. As glândulas
supra-renais são encapsuladas e constituídas de duas camadas concêntricas:
uma mais periférica, amarelada, denominada córtex da adrenal ou camada
cortical; e outra mais central, acinzentada, que é a medula da adrenal ou
camada medular.
Assim como a hipófise, a adrenal possui duas origens embriológicas
distintas, portanto, duas camadas (regiões). A região cortical é de origem
mesodérmica (epitéliocelomático) e a região medular, neuroectodérmica
(cristas neurais). Embora de origens diferentes e funções diferentes, por
encontrarem-se justapostas, apresentam capilares sanguíneos cercados por
seus cordões endócrinos. As glândulas adrenais são recobertas por uma
cápsula de tecido conjuntivo denso e seu estroma é devido a uma rede de
fibras reticulares.
Para receber a nutrição necessária para que haja uma produção
adequada de hormônios, no caso corticotrópicos, sua circulação sanguínea
baseia-se em três artérias que irrigam a área da cápsula, do córtex e da
medula. Assim, os capilares da medula junto aos capilares provenientes do
córtex formam em seu conjunto as veias medulares que se unem para
constituir a veia supra-renal ou adrenal.
A região cortical da glândula adrenal apresenta estruturas que são
tipicamente células secretoras de esteróides, que logo após a secreção, elas
são sintetizadas por estímulos e transportadas para a corrente sanguínea, não
se acumulando. Difundem-se facilmente pela membrana celular sem sofrer
exocitose devido ao baixo peso molecular.
O córtex adrenal, que corresponde à periferia da glândula supra-renal,
pode-se ainda subdividir-se em três camadas concêntricas – esta divisão é
devido à disposição das diferentes células que o compõe, classificadas em
zonas. Estas zonas são:
- Zona Glomerulosa
A mais superficial, corresponde a 15% do volume total da glândula
adrenal, apresentando células piramidais ou colunares organizadas em
cordões em forma de arco.
- Zona Fasciculada
Mediana do córtex, correspondendo a 65% do volume total da glândula
adrenal, onde suas células que são poliédricas, também denominadas
enpongiócitos, formam cordões em paralelo;
- Zona Reticulada
A mais interna, já próxima à região medular da adrenal, corresponde a
7% do seu volume, apresentando suas células mais irregulares em forma de
cordões.
Os principais hormônios secretados pela região cortical da adrenal são
tipos de esteróides, que são os glicocorticóides, mineralocorticóides e
andrógenos. Os glicocorticóides são produzidos pelas zonas fasciculada e
reticulada e são representados pelo cortisol e cortisona; eles regulam o
metabolismo de carboidratos, proteínas elipídeos do corpo, além de poder
atuar na supressão de respostas imunes pelo sistema linfático. Os
mineralocorticóides são produzidos pela zona glomerulosa, sintetizando
aldosterona, e atuam principalmente no equilíbrio de eletrólitos (como sais),
água e pressão arterial do organismo. Os andrógenos são produzidos pelas
zonas fasciculada e reticulada e atuam na produção de hormônios sexuais,
como a testosterona, androstenediona e a deidroepiandrosterona (DHEA).
Os hormônios secretados por essa região passam pelo processo de liberação
do hormônio CRH (hormônio liberador da corticotropina) na hipófise, que segue
para a pars distalis da adeno- hipófise estimulando as células corticotróficas a
secretarem o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), ou corticotropina, dando
início a estimulação da síntese e secreção de hormônios corticais. Uma
curiosidade acerca das regiões da adrenal de um feto seria que este possui
durante o período de desenvolvimento uma região a mais além do córtex e
medula, o córtex provisório. Ele atua na secreção de sais andrógenos presente
na placenta para serem convertidos em andrógenos ativos e estrógenos,
entrando na circulação materna. A região medular da adrenal é composta por
células poliédricas que formam cordões ou aglomerados arredondados,
envolvidos por muitos capilares sanguíneos. São células sustentadas por fibras
reticulares e suas secreções são constituídas de grânulos ricos em
catecolaminas (epinefrina/adrenalina ou norepinefrina/noradrenalina), além de
quantidades de ATP, cromograninas – proteínas que ligam adrenalina à
noradrenalina. As células da medula adrenal armazenam seus hormônios em
grânulos –produzidos pela epinefrina e norepinefrina – e em seguida são
secretados em grandes quantidades a respostas de reações emocionais,
mediadas por fibras nervosas que inervam as células medulares da adrenal.
Assim, a adrenalina produz a contração dos vasos sanguíneos, aumentando a
pressão arterial e frequência cardíaca e a noreadrenalina atua manutenção da
pressão sanguínea. Em conjunto, as catecolaminas deixam o organismo pronto
para reagir em situações de susto, fortes emoções, raiva, medo ou fuga.

Ilhotas de Langerhans
São micro órgãos endócrinos localizados no pâncreas. São constituídas
por células poligonais dispostas em cordões em volta dos quais existe uma
abundante rede de capilares sanguíneos com céls. endoteliais fenestradas.
Existe uma fina camada de tecido conjuntivo que envolve essa ilhota e a
separa do tecido pancreático. As células alfa, produzem o glucagon que
aumenta a taxa de glicose no sangue pois promove a glicogenólise do
glicogênio. As células beta produzem a insulina que promove a entrada de
glicose nas células. As células delta produzem somatostatina que regula a
liberação de hormônios de outras células das ilhotas.
Tireóide
A tireóide é uma glândula endócrina folicular, possuindo origem endodérmica
(porção cefálica do tubo digestivo), localizada na porção anterior do pescoço,
sobre os primeiros anéis da traquéia. Possui como função sintetizar os
hormônios triIodotironina (T3) e tiroxina (T4), que atuam diretamente sobre o
metabolismo do organismo, no controle de suas taxas. A glândula tireóide é
constituída de dois lóbulos unidos por um istmo. É envolvida por uma cápsula
de tecido conjuntivo frouxo que emite septos para o interior.
É um órgão composto pelos chamados folículos tireoidianos, que são
glândulas endócrinas vesiculares revestidas por epitélio cúbico ou pavimentoso
(grandes folículos) e por epitélio colunar (pequenos folículos); em sua cavidade
contém uma substância gelatinosa, o colóide (contém tireoglobulina,que é
utilizado para a fabricação dos hormônios tireoidianos). Esses folículos
tireoidianos são separados por fibras reticulares.
Esta glândula endócrina é uma glândula extremamente vascularizada
por capilares sanguíneos e linfáticos, que permite, por suas fenestrações, o
transporte de substâncias entre este órgão e o sangue.
Entre os folículos tireoidianos são encontrados agrupamentos de células,
chamadas células parafoliculares ou células C, que secretam a calcitonina,
hormônio que estimula o depósito de cálcio nos ossos e a redução dele no
plasma sanguíneo. A ativação da secreção de calcitonina é ativada por um
aumento da concentração de cálcio no plasma.
. A tireóide é uma glândula endócrina capaz de acumular o seu produto
de secreção em uma boa quantidade antes de secretá-lo. Isso se dá pelo
armazenamento desta secreção nos colóides dos folículos tireoidianos. O
colóide tireoidiano é constituído principalmente por tireoglobulina, uma
glicoproteína que contém os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
A síntese e o acúmulo de hormônios tireoidianos ocorrem em quatro etapas
principais:
I)SÍNTESE DE TIREOGLOBULINA;
II) CAPTAÇÃO DE IODETO CIRCULANTE;
III) ATIVAÇÃO DE IODETO AO SER OXIDADO;
IV) IODAÇÃO DE MOLÉCULAS DE TIROSINA.
As células foliculares tireoidianas captam colóides por endocitose; este
colóide captado é digerido por enzimas lisossômicas e as ligações entre as
porções iodinadas e o restante da molécula de tireoglobulina são quebradas
por proteases, dando origem a T3, T4, diiodotirosina (DIT) e
monoiodotirosina (MIT). Os hormônios T3 e T4 atravessam a membrana
baso-lateral das células e migram para a corrente sanguínea através dos
capilares enquanto o DIT e MIT não são secretados, estas possuem seu
iodo removido por enzimas e seu produto é reaproveitado pelas células
foliculares. A ação da T3 é mais rápida e potente, em contrapartida, a T4
constitui cerca de 90% do hormônio circulante da tireóide.
A tiroxina (T4) contém iodo e regula o índice de oxidação celular. Os
hormônios tireoidianos aumentam a absorção de carboidratos no intestino e
regulam o metabolismo de lipídeos, além de influenciar no crescimento do
corpo e desenvolvimento do sistema nervoso durante o período fetal.
Os principais reguladores da estrutura e função das glândulas tireóides
são o teor de iodo no organismo e o hormônio tireotrópico – ou tireotropina
(TSH), secretado pela pars distalis da hipófise. A presença de receptores na
membrana basal das células foliculares ricos em tireotropina permite que o
hormônio liberador de tireotropina (TRH) promova a secreção de 10.
tireotropina (TSH), que estimula a síntese e a secreção de hormônios
tireoidianos T3 eT4. Esses hormônios agem sobre tecidos e órgãos-alvo, e,
além disso, inibem a secreção de TRH e TSH, mantendo o organismo com
quantidades adequadas de triiodotironina e tiroxina. Este evento está
explicitado na última figura da página antecessora a esta.
Existem algumas doenças relacionadas à deficiência ou produção das
taxas tireoidianas no organismo, além de doenças que envolvem a carência
do iodo. O hipotireoidismo, por exemplo, é decorrente da deficiência na
produção de T3 e T4 gerando consequências como frequências cardíacas
abaixo do normal, aumento de peso, intolerância ao frio e apatia. Quando
ocorre na criança, afeta o seu desenvolvimento físico e mental, produzindo
o nanismo e cretinismo (retardamento mental).
O hipertireoidismo, por conseguinte se classifica pela produção
excessiva de T3 e T4, aumentando a taxa metabólica e apesar de ingerir
grandes quantidades de alimentos a pessoa sofre perda de peso,
diminuindo o volume muscular e o volume do tecido cutâneo, podendo
sentir muito calor e transpirar muito; a circulação e a pulsação ficam muito
rápidas, a tireóide pode ficar levemente crescida e os olhos ficam muito
arregalados. O bócio ocorre quando a alimentação é deficiente em iodo ou
quando o iodo não é absorvido normalmente; nesse caso a tireóide cresce
demasiadamente.
Paratireóides
As paratireóides são quatro pequenas glândulas, situadas na parte
posterior da tireóide (em seus pólos superiores e inferiores). É revestida por
uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite trabéculas para o interior da
glândula, sendo contínua com as fibras reticulares que permitem a
sustentação da mesma.
Este órgão é composto de células epiteliais que formam cordões
glandulares separados por vasos sanguíneos. Existem dois tipos de células
que constitui essa glândula: as células principais (em forma de cordões) e
as células oxifílicas. Os cordões celulares e seus capilares sanguíneos
podem ser vistos na figura ao lado. As células principais, portanto são
predominantes, embora menores que as oxifílicas, poligonais e citoplasma
mais claro. Elas são responsáveis pela produção do paratormônio (PTH),
uma proteína que se liga aos oteoblastos, que induz cascatas de
sinalização, retirando o cálcio dos ossos, e aumentando o nível desse
elemento no sangue. Em conjunto com a calcitonina, mantém o nível de
cálcio equilibrado no sangue. A deficiência de paratormônio produz uma
queda no teor de cálcio no sangue, conduzindo a um quadro de convulsões
que pode levar à morte. As células oxifílicas são maiores que as células
principais, mas também poligonais, possuem citoplasma com muitos
grânulos acidófilos de função desconhecida.
Glândula Pineal
Também conhecida como epífise, é localizada na extremidade posterior
do terceiro ventrículo sobre o teto do diencéfalo. Ela é revestida
externamente pela pia-máter, da qual partem septos de tecido conjuntivo
que penetram a glândula, dividindo-a em lóbulos de formas irregulares.
Predomina-se dois tipos celulares, pinealócitos e astrócitos, os quais
constituem 95% das células da pineal. Essas células produzem melatonina,
um derivado da serotonina. A pineal é importante no controle do
desencadeamento da puberdade, dentre outras coisas.
BIBLIOGRAFIA
Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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