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19/11/2017

As Demonstrações
Financeiras

SUSANA JORGE
Faculdade de Economia
Universidade de Coimbra
susjor@fe.uc.pt

Licenciaturas em Economia e Gestão 1ºsem 2017/2018

Sumário
 NCRF 1 – Estrutura e conteúdo das
demonstrações financeiras
• Balanço
• Demonstrações dos Resultados (por naturezas e
por funções)
• Demonstração das Alterações no Capital Próprio
• Anexo

 NCRF 2 – Demonstração dos Fluxos de Caixa


Licenciaturas em Economia e Gestão 1ºsem 2017/2018

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NCRF 1 – Objetivo, âmbito e


considerações gerais §1-5 (1)
Base:
• IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras, adotada
pela UE pelo texto original do Regulamento (CE) nº 1126/2008 da
Comissão, de 3/11

Objetivo:
• Prescrever as bases quanto à estrutura e conteúdo do Balanço, da
Demonstração dos Resultados, da Demonstração das
Alterações do Capital Próprio e do Anexo
• A Demonstração dos Fluxos de Caixa é desenvolvida na NCRF 2

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NCRF 1 – Objetivo, âmbito e


considerações gerais §1-5 (2)

Âmbito:
• Aplica-se a todas as DFs de finalidades gerais preparadas e
apresentadas de acordo com as NCRFs

Considerações gerais:
• Exige determinadas divulgações nas DFs e divulgação de outras
linhas de itens ou nessas demonstrações ou no anexo
• “Divulgação” em sentido lato

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NCRF 1 – Identificação das DFs §6-8


 As DFs devem ser identificadas claramente
 As NCRFs aplicam-se apenas às DFs e não a outra informação
apresentada num relatório anual ou noutro documento
 Cada componente das DFs deve ser identificado claramente:
– O nome da entidade que relata ou outros meios de identificação, e
qualquer alteração nessa informação desde a data do balanço anterior
– Se as DFs abrangem a entidade individual ou um grupo de entidades
– A data do balanço ou o período abrangido pelas DFs
– A moeda de apresentação
– O nível de arredondamento usado na apresentação de quantias nas DFs

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NCRF 1 – Período de Relato DFs §9


 As DFs devem ser apresentadas, pelo menos, anualmente
 Quando se altera a data do balanço e as DFs anuais sejam
apresentadas para um período mais longo ou mais curto do
que um ano, a entidade deve divulgar:
– Período abrangido pelas DFs
– A razão para usar um período mais longo ou mais curto
– O facto de que não são inteiramente comparáveis quantias
comparativas da DR, da DACP, da DFC e das notas do Anexo

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Balanço (1)
Distinção corrente/não corrente (§10-12):
• Ativos/passivos correntes:
 Quantias que se espera sejam recuperadas ou liquidadas até 12
meses após data do balanço
• Ativos/passivos não correntes:
 Quantias que se espera sejam recuperadas ou liquidadas após 12
meses após a data do balanço
• Esta classificação proporciona informação útil ao distinguir:
 Os ativos líquidos em circulação (capital circulante) dos usados
nas operações de longo prazo
 Os ativos que se espera sejam realizados dentro do ciclo
operacional corrente, bem como os passivos que devam ser
liquidados dentro do mesmo período

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Balanço (2)
• A informação acerca das datas previstas para a realização
de ativos e liquidação de passivos é útil (§13):
 Na avaliação da liquidez e da solvabilidade da entidade
 Para alguns instrumentos financeiros é exigida a divulgação
das datas de maturidade de ativos e passivos financeiros
 Alguns ativos não monetários (inventários), sendo
classificados como correntes, é exigida divulgação se a sua
recuperação for superior a 12 meses
 Alguns passivos não monetários (provisões), sendo
classificados como não correntes, é exigida divulgação se a
sua liquidação prevista for inferior a 12 meses

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Balanço (3)
Ativos correntes/não correntes (§14-16):
• Expressão ”não corrente” inclui ativos tangíveis, intangíveis e
financeiros cuja natureza seja de longo prazo
• O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de
ativos para processamento e sua realização em caixa ou
equivalentes. Quando o ciclo operacional não for claramente
identificável, pressupõe-se que é de 12 meses.
• Os ativos correntes incluem ativos (inventários e dívidas a receber
comerciais) que são vendidos, consumidos ou realizados como parte
do ciclo operacional mesmo quando não se espere que sejam
realizados num período até 12 meses
• Os ativos correntes também incluem ativos essencialmente detidos
para a finalidade de serem negociados e a parte corrente de ativos
não correntes
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Balanço (4)
Passivos correntes/não correntes (§17-24):
São de considerar como passivos correntes (§17-19):
• Alguns passivos que sejam parte do capital circulante usado no ciclo
normal da entidade (dívidas a pagar comerciais, acréscimos de
gastos relativos a empregados e outros gastos operacionais), mesmo
que estejam para ser liquidados a mais de 12 meses após a data do
balanço
• Outros passivos que não são liquidados como parte do ciclo
operacional normal, mas está prevista a sua liquidação para um
período até 12 meses após a data do balanço. Exemplos:
 Passivos financeiros classificados como detidos para negociação
 Descobertos em bancos
 Dividendos a pagar
 Impostos sobre o rendimento
 Outras dívidas a pagar não comerciais

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Balanço (4)
São de considerar como passivos correntes (§20-23):
• Os passivos financeiros quando a sua liquidação estiver prevista para
um período até 12 meses após a data do balanço, mesmo que:
 O prazo original tenha sido por um período superior a 12 meses; e
 Um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de
pagamentos, numa base de longo prazo seja completado após a
data do balanço e antes das DFs serem emitidas
• Os passivos financeiros de longo prazo em incumprimento à data do
balanço, inclusive com o efeito de o passivo se tornar pagável à ordem,
mesmo que o mutuante tenha concordado, após a data do balanço e
antes da emissão das DFs, em não exigir o pagamento como
consequência do incumprimento
• Contudo, se o mutuante tiver concordado, até à data do balanço, em
proporcionar um “período de graça” (pode retificar o incumprimento) a
terminar pelo menos 12 meses após a data do balanço, o passivo é
classificado como não corrente
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Balanço (5)
Empréstimos classificados como passivos correntes (§24):
• Se os acontecimentos abaixo indicados ocorrerem entre a data
do balanço e a data da emissão das DFs, esses acontecimentos
qualificam-se para divulgação como acontecimentos que não
dão lugar a ajustamentos, de acordo com a NCRF 24 –
Acontecimentos após a Data do Balanço:
 Refinanciamento numa base de longo prazo
 Retificação de um incumprimento de acordo de empréstimo de
longo prazo
 A receção, da parte do mutuante, de um “período de graça” para
retificar um incumprimento de acordo de empréstimo de longo
prazo que termine pelo menos 12 meses após a data do balanço

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Balanço (6)
Informação a ser apresentada na face do balanço (§25-28):
• A informação mínima é a que consta do modelo publicado
• Podem ser apresentadas linhas de itens adicionais quando tal
apresentação for relevante para uma melhor compreensão
da posição financeira da entidade
• Pode-se divulgar, no balanço ou no Anexo, outras
subclassificações das linhas de itens apresentados
• O detalhe das divulgações variam em função das NCRF e da
dimensão, natureza e função das quantias envolvidas;
também variam para cada item

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Balanço (7)
Informação a ser apresentada no Anexo (§29):
• O número e o valor nominal (na falta de valor nominal, o valor contabilístico) das
ações ou quotas subscritas durante o período dentro dos limites do capital autorizado;
• Se existirem várias categorias de ações ou quotas, o número e o valor nominal (na falta
de valor nominal, o valor contabilístico) de cada uma das categorias;
• A existência de partes de capital beneficiárias, obrigações convertíveis, títulos de
subscrição, opções ou títulos ou direitos similares, com indicação do seu número e do
âmbito dos direitos que conferem;
• A denominação ou firma, a sede social ou a sede estatutária e a forma jurídica de cada
uma das entidades de que a entidade seja sócia de responsabilidade ilimitada;
• A proposta de aplicação de resultados ou, se aplicável, a aplicação dos resultados; e
• f) A natureza e o objetivo comercial das operações da entidade não incluídas no
balanço e o respetivo impacto financeiro na entidade, desde que os riscos ou os
benefícios resultantes de tais operações sejam materiais e na medida em que a
divulgação de tais riscos ou benefícios seja necessária para efeitos da avaliação da
posição financeira da entidade

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Balanço (8) 15
Sociedade ABC, Lda
Sede: …………………
NIPC, Matrícula CRC……….
Balanço Individual em 31 de Dezembro Unidade monetária: Euros
RUBRICAS NOTAS DATAS
31 DEZ N 31 DEZ N-1
ACTIVO
Activo não corrente
…….
…….
Activo corrente
…….
…….
Total do activo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
…….
…….
Total do capital próprio
Passivo
Passivo não corrente
…….
…….
Passivo corrente
…….
…….
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
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Balanço (9) 16

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Balanço (10) 17

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Balanço (11) 18

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Balanço (12) 19

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Balanço (13) 20

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Demonstração dos Resultados (1)


• Resultados do período: Todos os itens de rendimentos e de gastos
reconhecidos num período devem ser incluídos nos resultados, exceto se
uma norma o exija de outro modo (§30)
Informação a ser apresentada na demonstração dos resultados (§31-35):
• A informação mínima é a que consta do modelo publicado
• Podem ser apresentados linhas de itens adicionais quando tal
apresentação for relevante para uma melhor compreensão do
desempenho da entidade
• Não devem ser apresentados itens de rendimento e gasto como itens
extraordinários, quer na DR quer no Anexo
• Os itens a apresentar devem basear-se numa classificação por natureza,
podendo apresentar-se outra DR em que a classificação seja por funções
• Evidenciar resultado por ação básico

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Demonstração dos Resultados (2)


Informação a ser apresentada no Anexo (§36-37]:
• Quando os itens de rendimentos e gastos são materiais, a sua natureza e quantia
devem ser divulgadas separadamente
• Circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de rendimentos
e de gastos incluem:
 Reestruturações das atividades de uma entidade e reversões de quaisquer
provisões para os custos de reestruturação
 Alienações de itens de ativos fixos tangíveis
 Alienações de investimentos
 Unidades operacionais descontinuadas
 Resolução de litígios
 Outras reversões de provisões
• Quando as entidades emitam DR por funções, devem divulgar a natureza dos
gastos, incluindo os gastos de depreciação e de amortização e os gastos com o
pessoal
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Demonstração dos Resultados (3) 23

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Demonstração dos Resultados (4) 24

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Demonstração das Alterações no Capital Próprio §38-41 (1)

• As rubricas a incluir na DACP constam no modelo publicado


• As alterações no capital próprio entre duas datas de balanço, refletem o
aumento ou a redução nos seus ativos líquidos durante o período e incluem:
 A quantia total de rendimentos e gastos (incluindo ganhos e perdas), gerada
pelas atividades da entidade durante esse período, quer os rendimentos e
gastos tenham sido reconhecidos nos resultados ou diretamente como
alterações no capital próprio
 As alterações resultantes de transações com detentores de capital próprio
agindo na sua capacidade de detentores de capital próprio (contribuições de
capital, reaquisição de instrumentos de capital próprio e dividendos) e dos
respetivos custos de transação
• Introduz o conceito de RESULTADO INTEGRAL, que resulta da
agregação direta do RLP com todas as variações ocorridas em capitais
próprios não diretamente relacionadas com os detentores de capital, agindo
como tal

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Demonstração das Alterações no Capital Próprio §38-41 (2)

• A NCRF 4 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas


Contabilísticas e Erros, exige:
 Ajustamentos retrospetivos para efetuar alterações nas políticas
contabilísticas, até ao ponto em que seja praticável
 Que as reexpressões para corrigir erros sejam feitas
retrospetivamente, até ao ponto em que seja praticável
• Quer os ajustamentos quer as reexpressões são feitos no saldo dos
resultados transitados, exceto quando uma Norma exija noutro
componente do capital próprio
• A divulgação na DACP dos ajustamentos é feita separadamente das
alterações nas políticas contabilísticas e de correções de erros
• Estes ajustamentos são divulgados para cada período anterior e no início
do período

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Estrutura da
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
• Alterações no CP têm origem em três espécies de acontecimentos:
a) Alterações com os detentores de capital
b) Alterações de outras situações (e.g. revalorizações)
c) Alterações de situações que não passaram pela DR
• Somatório de b) e c) – RESULTADO INTEGRAL:
Soma do resultado apresentado na DR, mais ou menos as alterações
verificadas no CP, devidamente explicadas, em cada uma das
rubricas
• Algumas situações que merecem atenção mais cuidada e melhor
explicação da DACP:
 Revalorizações livres ou legais/fiscais
 Aplicação do método de equivalência patrimonial
 Subsídios para investimentos
 Gastos e rendimentos de exercícios anteriores

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Anexo (1)
Estrutura (§42-44):
• O Anexo deve:
 Apresentar informação acerca das bases de preparação das DFs
e das políticas contabilísticas usadas
 Divulgar informação exigida pelas NCRFs que não seja
apresentada no Balanço, na DR, na DACP ou na DFC
 Proporcionar informação adicional que não seja apresentada
nas DFs, mas que seja relevante para uma melhor compreensão
de qualquer uma das DFs
• As notas do Anexo devem ser apresentadas de uma forma
sistemática. Cada item das DFs que tenham merecido uma nota
no Anexo, deve ter uma referência cruzada

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Anexo (2)
Estrutura (§44):
• As notas do Anexo devem ser apresentadas pela seguinte ordem:
 Nota Introdutória: Identificação da entidade, incluindo domicílio,
natureza da atividade, nome e sede da empresa-mãe, se aplicável
 Nota 1: Referencial contabilístico de preparação das DFs
 Nota 2: Resumo das principais políticas contabilísticas adotadas
 Nota 3: Fluxos de caixa
 Informação de suporte de itens apresentados no Balanço, na DR, na
DACP e na DFC, pela ordem em que cada demonstração e cada linha
de item seja apresentada
 Passivos contingentes e compromissos contratuais não reconhecidos
 Divulgações exigidas por diplomas legais
 Informações de carácter ambiental

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Anexo – exemplos

Nota 1 – Referencial contabilístico de preparação das


DFs:
• Indicação e justificação das disposições do SNC que
tenham sido derrogadas e dos respetivos efeitos nas DFs
• Indicação e comentário das contas do balanço e da DR
cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do
exercício anterior

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Anexo – exemplos
Nota 2 – Divulgação de políticas contabilísticas (§45-46):
• Resumo das principais políticas contabilísticas, designadamente:
 Bases de mensuração usadas na preparação das DFs;
 Outras políticas contabilísticas usadas que sejam relevantes para uma
compreensão das DFs
• No resumo das políticas contabilísticas significativas, deve divulgar, os
juízos de valor, com exceção dos que envolvem estimativas, que o órgão de
gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas da entidade
e que tenham maior impacto nas quantias reconhecidas nas DFs
• Deve ainda divulgar, as principais fontes de incerteza nas estimativas:
 Informação acerca dos principais pressupostos relativos ao futuro
 Outras principais fontes de incerteza das estimativas à data do
balanço, que tenham um risco significativo de provocar um
ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos
durante o período contabilístico seguinte
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NCRF 2 – Demonstração de Fluxos


de Caixa – Objetivo e âmbito (§1-2)

Base:
• IAS 7 – Demonstrações de Fluxos de Caixa, pela UE
pelo texto original do Regulamento (CE) nº 1126/2008
da Comissão, de 3/11
Objetivo:
• Exigir informação acerca das alterações históricas de
caixa e seus equivalentes de uma entidade, classificando
os fluxos de caixa durante o período em operacionais, de
investimento e de financiamento

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NCRF 2 – Definições (§3-6) (1)


Atividades operacionais:
• São as principais atividades produtoras de rédito e outras
atividades que não sejam de investimento ou de financiamento
Atividades de investimento:
• São a aquisição e alienação de ativos a longo prazo e de outros
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa
Atividades de financiamento:
• São as atividades que têm como consequência alterações na
dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos
empréstimos obtidos

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NCRF 2 – Definições (§3-6) (2)


Caixa:
• Compreende dinheiro em caixa e depósitos à ordem
Equivalentes de caixa:
• Investimentos financeiros a curto prazo ( ≤ 3 meses), altamente
líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias
conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco
insignificante de alterações de valor
Fluxos de caixa:
• São influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos,
saídas) de caixa e seus equivalentes
• Excluem movimentos entre itens de caixa e seus equivalentes –
parte da gestão de caixa de uma entidade
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NCRF 2 – Apresentação de uma DFC


Classificação por atividades (§7-8):
• Permite aos utentes determinar o impacto dessas atividades na
posição financeira e nas quantias de caixa e seus equivalentes
• Pode também ser utilizada para avaliar as relações entre estas
atividades
Fluxos das atividades operacionais (§9):
• É um indicador chave da medida que estas atividades geraram
fluxos de caixa suficientes para pagar empréstimos, manter a
capacidade operacional, pagar dividendos e fazer novos
investimentos, sem recurso a fontes externas de financiamento
(histórico é útil para previsão)
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NCRF 2 – Fluxos das Atividades Operacionais (1)


• Consequência das operações e outros acontecimentos que entram na
determinação dos resultados (derivam das principais atividades geradoras de
rédito)
• Exemplos (§10):
 Recebimentos de caixa provenientes da venda de bens e da prestação de serviços
(clientes)
 Recebimentos de caixa provenientes de royalties, honorários, comissões e outros
réditos
 Pagamentos de caixa a fornecedores de bens e serviços (fornecedores)
 Pagamentos de caixa a e por conta de empregados (pessoal)
 Pagamentos ou recebimentos de caixa por restituições de impostos sobre o
rendimento, a menos que estes se relacionem com outras atividades
 Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos detidos com a finalidade do
negócio
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NCRF 2 – Fluxos das Atividades Operacionais (2)

• (§11) Os fluxos de caixa provenientes da compra e venda


de títulos para negociar ou comercializar são
classificados como atividades operacionais
• (§11) Os adiantamentos de caixa e empréstimos feitos
por instituições financeiras são classificados como
atividades operacionais, desde que se relacionem com as
principais atividades geradoras de rédito

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NCRF 2 – Fluxos das Atividades de Investimento


• Representam a extensão pela qual os dispêndios foram feitos relativamente
a recursos destinados a gerar rendimento e fluxos de caixa futuros
• Exemplos (§12):
 Pagamentos/recebimentos de caixa para aquisição/venda de ativos fixos
tangíveis, intangíveis e outros ativos de longo prazo
 Pagamentos/recebimentos de caixa para aquisição/venda de instrumentos de
capital próprio ou de dívida de outras entidades e de interesses em
empreendimentos conjuntos
 Adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a outras entidades
 Recebimentos de caixa provenientes do reembolso de adiantamentos e de
empréstimos feitos a outras entidades
 Pagamentos/recebimentos de caixa de contratos de futuros, contratos de
forward, contratos de opção, contratos de swap, exceto se classificados como
atividades operacionais ou de financiamento

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NCRF 2 – Fluxos das Atividades de Financiamento


• Útil na predição de reivindicações futuras de fluxos de caixa pelos
fornecedores de capitais
• Exemplos (§13):
 Recebimentos de caixa referentes à emissão de ações ou outros
instrumentos de capital próprio
 Pagamentos de caixa por aquisição de ações (quotas) próprias,
redução do capital ou amortização de ações (quotas)
 Recebimentos provenientes da emissão de certificados de dívida,
empréstimos, livranças, obrigações, hipotecas e outros empréstimos
obtidos a curto ou longo prazo
 Desembolsos de caixa de quantias de empréstimos obtidos
 Pagamentos de caixa por um locatário para a redução de uma dívida
em aberto relacionada com uma locação financeira

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NCRF 2 – Relato de Fluxos das Atividades


Operacionais (1)
Método direto:
• São divulgadas as principais classes dos recebimentos e dos
pagamentos brutos de caixa
Método indireto:
• Os resultados são ajustados pelos efeitos de transações de natureza
que não sejam por caixa, de quaisquer diferimentos ou acréscimos
de recebimentos e pagamentos de caixa operacionais, passados ou
futuros, e itens de rédito ou gasto associados com fluxos de caixa
de investimento ou de financiamento
• As entidades devem privilegiar o MÉTODO DIRETO

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NCRF 2 – Relato de Fluxos das Atividades


Operacionais (2)
A informação acerca das classes de recebimentos brutos e de
pagamentos brutos pode ser obtida de duas formas (§15):
 A partir dos registos contabilísticos da entidade – MÉTODO DIRETO
 Pelo ajustamento dos resultados (vendas, custo das vendas e outros
itens da DR) – MÉTODO INDIRETO – relativamente aos efeitos de:
ᅳ Alterações, durante o período, em inventários e em contas a
receber e a pagar, relacionadas com a atividade operacional
ᅳ Outros itens que não sejam caixa, tais como depreciações,
ajustamentos, amortizações, impostos diferidos, perdas e ganhos
não realizados de moeda estrangeira, lucros de associadas não
distribuídos e interesses minoritários
ᅳ Todos os outros itens pelos quais os efeitos de caixa sejam fluxos
de caixa de investimento ou de financiamento

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DFC – Atividades Operacionais, MÉTODO DIRETO 42

Sociedade ABC, Lda


Sede: …………………
NIPC, Matrícula CRC……….
Demonstração Individual de Fluxos de Caixa
Período findo em 31 de Dezembro de 200N
Montantes expressos em: Euros
PERÍODOS
Rubricas NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo
Recebimentos de clientes + +
Pagamentos a fornecedores - -
Pagamentos ao pessoal - -
Caixa gerada pelas operações +/- +/-
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -/+ -/+
Outros recebimentos/pagamentos +/- +/-
Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) +/- +/-

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DFC – Atividades Operacionais, MÉTODO INDIRETO 43

S o c ie d a d e A B C , L d a
Sede: … … … … … … …
N IP C , M a tríc u la C R C … … … .
D e m o n s tra ç ã o In d iv id u a l d e F lu x o s d e C a ix a
P e r ío d o f in d o e m 3 1 d e D e z e m b r o d e 2 0 0 N
M o n ta n te s e x p re s s o s e m : E u ro s
P E R ÍO D O S
R u b ric a s N O TA S
N N -1
F lu x o s d e c a ix a d a s a c tiv id a d e s o p e ra c io n a is - m é to d o in d ir e c to
R e s u lta d o líq u id o d o p e r ío d o
A ju s ta m e n to s :
D e p re c ia ç õ e s e a m o rtiz a ç õ e s + +
Im p a rid a d e (p e rd a s /re v e rs õ e s ) + /- + / -
J u s to v a lo r (re d u ç õ e s /a u m e n to s ) + /- + / -
P ro v is õ e s (a u m e n to s /re d u ç õ e s ) + /- + / -
D ife re n ç a s d e c â m b io n ã o re a liz a d a s (g a n h o s /p e rd a s ) + /- + / -
J u ro s e re n d im e n t o s s im ila re s o b tid o s + +
J u ro s e re n d im e n t o s s im ila re s s u p o rta d o s - -
A lie n a ç ã o d e a c tiv o s fix o s ta n g ív e is (g a n h o s /p e rd a s ) + /- + / -
O u tro s g a s to s e re n d im e n to s + /- + / -
A c tiv o s b io ló g ic o s (a u m e n to /d im in u iç ã o ) + /- + / -
In v e n tá rio s (a u m e n to /d im in u iç ã o ) + /- + / -
C o n ta s a re c e b e r (a u m e n to s /d im in u iç õ e s ) + /- + / -
G a s to s d ife rid o s (a u m e n to s /d im in u iç õ e s ) + /- + / -
C o n ta s a p a g a r (a u m e n t o s /d im in u iç õ e s ) -/+ -/+
R e n d im e n to s d ife rid o s (a u m e n t o s /d im in u iç õ e s ) -/+ -/+
O u tro s a c tiv o s c o rre n te s (a u m e n to s /d im in u iç õ e s ) + /- + / -
O u tro s p a s s iv o s c o rre n te s (a u m e n to s /d im in u iç õ e s ) -/+ -/+
F lu x o s d e c a ix a d a s a c tiv id a d e s o p e ra c io n a is (1 ) + /- + / -

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NCRF 2 – Relato de Fluxos das Atividades de


Investimento e de Financiamento
• (§16) Uma entidade deve relatar separadamente as principais
classes dos recebimentos/pagamentos brutos de caixa
provenientes das atividades de investimento e de
financiamento, exceto até ao ponto em que sejam relatados
numa base líquida
• (§17) Fluxos de caixa (operacionais, investimento e
financiamento) podem ser relatados numa base líquida se:
 Forem por conta de clientes quando o fluxo reflita as atividades
do cliente e não os da entidade
 Respeitarem a itens de rotação rápida, quantias grandes e
vencimentos curtos

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19/11/2017

DFC – Atividades de Investimento 45

Sociedade ABC, Lda


Sede: …………………
NIPC, Matrícula CRC……….
Demonstração Individual de Fluxos de Caixa
Período findo em 31 de Dezembro de 200N
Montantes expressos em: Euros
PERÍODOS
Rubricas NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis - -
Activos intangíveis - -
Investimentos financeiros - -
Outros activos - -
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis + +
Activos intangíveis + +
Investimentos financeiros + +
Outros activos + +
Subsídios ao investimento + +
Juros e rendimentos similares + +
Dividendos + +
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) +/- +/-

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DFC – Atividades de Financiamento 46

S o c ied ade A B C , L da
S e de: … … … … … … …
N IP C , M atríc ula C R C … … … .
D e m o n s tra ç ã o In d iv id u a l d e F lu x o s d e C a ix a
P erío d o fin d o em 3 1 d e D ez e m b ro d e 20 0N
M ontantes e xpres s os em : E uros
P E R ÍO D O S
R u b ric a s N O TA S
N N -1
F lu x o s d e c a ix a d a s a c tiv id a d e s d e fin a n c ia m e n to
R eceb im entos p roven ien te s d e:
F inanc iam entos obtidos + +
R ealiz aç ões de capital e de outros ins trum e ntos de c apital próprio + +
C obertura de prejuíz os + +
D oaç ões + +
O utras operaç ões de financ ia m ento + +
P ag am en tos r esp eitan tes a:
F inanc iam entos obtidos - -
J uros e gas tos s im ilares - -
D ividendos - -
R eduç ões de c apita l e de outros instrum entos de cap ital próprio - -
O utras operaç ões de financ ia m ento - -
F lu xos d e ca ixa da s a ctivid a d e s d e fin a ncia m e n to (3 ) + /- +/-

V ar iação d e caixa e seu s eq u iva len tes (1 + 2 + 3) + /- +/-


E feito d as d ifer en ças d e câm b io + /- +/-
C aix a e seu s equ ivalen te s n o ínicio do p er íod o
C aix a e seu s equ ivalen te s n o fim d o p eríod o

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19/11/2017

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NCRF 2 – Relato de Fluxos das Atividades de


Investimento e de Financiamento
• (§18) Os fluxos de caixa resultantes de transações em moeda estrangeira
devem ser registados na moeda funcional de uma entidade mediante a
aplicação, à quantia em moeda estrangeira, da taxa de câmbio entre a
moeda funcional e a moeda estrangeira na data do fluxo de caixa (NCRF
23)
• (§21) Os ganhos e as perdas não realizados provenientes de alterações de
taxas de câmbio de moeda estrangeira não são fluxos de caixa. Porém:
 O efeito das alterações das taxas de câmbio sobre caixa e seus
equivalentes detidos ou devidos numa moeda estrangeira é relatado na
demonstração dos fluxos de caixa a fim de reconciliar caixa e seus
equivalentes no início e no fim do período.
 Esta quantia é apresentada separadamente da dos fluxos de caixa das
atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as
diferenças, se as houver, caso esses fluxos de caixa tivessem sido relatados
às taxas de câmbio do fim do período

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NCRF 2 – Relato de Fluxos das Atividades de


Investimento e de Financiamento
• (§22) Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividendos recebidos e
pagos deve ser separadamente divulgado. Cada um deve ser
classificado de maneira consistente de período para período como
atividade operacional, de investimento ou de financiamento
• (§26) Os fluxos de caixa provenientes de impostos sobre o
rendimento devem ser divulgados separadamente devendo ser
classificados como fluxos de caixa de atividades operacionais
• (§34) As transações de investimento e de financiamento que não
exijam o uso de caixa ou seus equivalentes devem ser excluídas
da demonstração de fluxos de caixa. E.g.:
 A aquisição de ativos pela assunção de passivos diretamente
relacionados ou por meio de uma locação financeira;
 A aquisição de uma entidade por meio de uma emissão de capital; e
 A conversão de dívidas em capital.
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Documentos complementares das


contas anuais

• Relatório de Gestão
• Relatório e Parecer do Conselho Fiscal ou Fiscal Único
• Certificação Legal de Contas (CLC)
• Relatório Anual da Fiscalização Efetuada (RAFE)
• Relatório do Auditor Externo

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Relatório de Gestão
• Elaborado pelos membros da administração, direção ou
gerência
• Dever de relatar a gestão e apresentação das contas
• Prazo de 3 meses a partir da data de encerramento do
exercício
• Prazo de 5 meses (contas consolidadas ou utilização do
método da equivalência patrimonial)
• Relatório de Gestão e Documentos de Prestação de Contas
devem ser assinados por todos os Gerentes/Administradores
que estiveram em exercício à data da apresentação

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Bibliografia
 Aviso nº 8256/2015, de 29 de julho
– NCRF 1 – Estrutura e Conteúdo das Demonstração
Financeiras
– NCFR 2 – Demonstração de Fluxos de Caixa
 Portaria nº220/2015, de 24 de julho – Modelos de
Demonstrações Financeiras
 BORGES, António, Azevedo Rodrigues, Rogério
Rodrigues, Elementos de Contabilidade Geral, 25ª ed.,
Lisboa, Áreas Editora, 2010.
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