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Aprendizagem

6667-Mundo Atual

Formadora: Sónia Palma Nobre

Políticas Públicas de Inclusão

Ao longo do século XX, Portugal foi uma terra de emigrantes. O país tinha tão pouco para oferecer
que quase metade da população ativa partiu à procura de melhores salários. A economia nacional
sobreviveu durante décadas graças aos envios de dinheiro destes emigrantes. Alguns anos após
a integração de Portugal na Comunidade Europeia, a situação inverteu-se...Cerca de um milhão
de imigrantes chegaram a Lisboa em pouco mais de uma década. Uma parte importante destes
imigrantes veio da Europa de Leste e tem um nível de instrução mais elevado do que a média
portuguesa. Mas também brasileiros, chineses, indianos, africanos...Será que vão mudar Lisboa
e Portugal (que ainda é um dos países mais pobres da Europa)? Será que se vão deixar resignar
pela resignada indolência do país?

Imigração e Políticas públicas de inclusão

Enquanto realidade étnico-cultural, Portugal tem sofrido nas últimas décadas alterações
importantes. Desde logo, vivemos no final do séc. XX a transição de um país essencialmente de
emigração para um de acolhimento de imigração. Com a descolonização e o pós-1975, para além
do regresso de quase meio milhão de portugueses que viviam nas antigas Colónias, o nosso país
foi escolhido por muitos africanos dos novos países de expressão portuguesa que, fugindo à
guerra ou procurando melhores condições de vida, se instalaram em Portugal. Nessa fase
(1975/1980), a população estrangeira cresceu à taxa média anual de 12,7%. Escolhendo
sobretudo as periferias das grandes cidades como Lisboa ou Setúbal, instalaram-se, muitas vezes
em condições precárias e, com baixas qualificações, foram arrastados para empregos
indiferenciados. Fixaram-se e poucos regressaram aos seus países de origem. Os seus
descendentes, na 2ª e 3ª geração, constituem uma realidade socialmente muito distinta dos pais,
órfãos de uma identidade clara, que não encontram nem no país de acolhimento, nem no país dos
seus antepassados. Este é um dos maiores desafios a uma política de gestão da diversidade
étnico-cultural em Portugal, com particular destaque para o tema da aquisição de nacionalidade
portuguesa que se rege por princípios muito restritivos, deixando de fora muitos destes jovens.
Nos anos 80 e 90, Portugal continuou a receber imigrantes, embora se tenha diversificado a
origens, chegando a 400.000 imigrantes legais em 2002 (4% da população). Assim, ao ciclo
africano, seguiu-se um ciclo brasileiro, que não colocou grandes questões em termos de choque
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cultural e, finalmente, entre 95 e 2002 o ciclo de imigração de Leste. Esta última coloca, ao nível
cultural, questões novas, como o facto de não terem com Portugal qualquer laço histórico-cultural,
não partilharem da mesma língua e serem portadores, em média, de um nível cultural superior ao
da sociedade de acolhimento.

Em trinta anos, Portugal passou a ter que gerir uma diversidade étnico-cultural dentro das suas
fronteiras “metropolitanas” e precisou de se adaptar - e continua a precisar – a esta nova
configuração.

www.oi.acidi.gov.pt/docs/rm/multiculturalismo.pdf (adaptado)- 2001 do Programa Portugal Acolhe, dinamizado pelo Instituto de Emprego e
Formação Profissional, visando o ensino do Português e a introdução à cidadania, claramente desenhado a pensar nos imigrantes de leste.

Proposta de Trabalho

1. Faça um comentário pessoal sobre o filme SAMBA. (Deve para além de outras situações,
apresentar as dificuldades no processo de acolhimento dos imigrantes).

2. Já viveu noutro país ou tem algum familiar ou amigo que seja emigrante? O que motivou
essa decisão? Como foi a adaptação a um país diferente? Houve algum fator facilitador
da integração? E enfrentou algum obstáculo?

3. Faça uma pesquisa sobre diferentes organismos que existem de apoio e acolhimento aos
imigrantes no nosso país. Explique o papel/função dos organismos que enunciou (3
organismos).

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