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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Avenida Antônio Carlos, 6627 – Campus Pampulha.
CEP 31270-901 – Belo Horizonte – MG – Brasil
Tel. (31) 3409 5140 – Fax (31) 3443 3783 - www.demec.ufmg.br
SI ST E MA S D E U T I L I D A D E S
Ar Comprimido
Bombeamento
Geração de Vapor
Resfriamento de água
Tubulações
Ventilação
2008
2008
CAPÍTULO I
AR COMPRIMIDO
1
1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA
É a pressão na qual o sistema de ar comprimido irá operar. É indicada pelo índice “g”, após o
dimensional, por exemplo 7,0 kgf / cm2 g.
É a soma da pressão parcial de vapor (Pv) com a pressão parcial de ar seco (Pa). Pb = Pv + Pa.
É a relação entre a pressão parcial de vapor (Pv) e a pressão parcial de ar seco (Pa), definida
pela expressão: W = 0,622 x (Pv / Pa). Representa a razão entre a massa de vapor e a massa de
ar seco.
É a relação entre a pressão parcial de vapor (Pv) e a pressão de saturação do vapor (Pg) à mesma
temperatura, definida pela expressão UR = Pv / Pg, sendo: Pv e Pg dados nas mesmas unidades.
O calor especifico de um gás (Cp) é definido pela relação Cp = dh / dT, onde: h = entalpia e T =
temperatura absoluta do gás. O valor do calor específico do ar seco à pressão constante é de
0,1321 kcal / kg. Engloba tanto o trabalho externo de expansão do gás quanto o trabalho interno
de elevação de temperatura.
2
1.10 CALOR ESPECIFICO A VOLUME CONSTANTE
O calor específico a volume constante é dado pela expressão Cv = du / dT sendo u a energia
interna do gás. Não implica em realização de trabalho externo (expansão) e, portanto será
apenas o trabalho interno de temperatura. Para o ar seco o valor é de 0,0939 kcal / kg.
Quando se comprime um gás pela lei geral dos gases PVn = K, se retirarmos do mesmo a
energia de compressão, de modo que a temperatura se mantenha constante, então a
compressão será chamada isotérmica e a equação será PV = K, isto é, “n” será igual a 1.
Por outro lado, quando se retém toda a energia proveniente da compressão, ou seja, não há
troca de calor com o ambiente, a compressão será adiabática e “n” será a relação entre os
calores específicos à pressão e a volume constantes. Para os dados citados em 1.9 e 1.10,
Cp 0,1321
teremos: n = = = 1,406 que é válido para ar seco.
Cv 0,0939
Normalmente usa-se o valor “n” = 1,4. A equação para as transformações adiabáticas será:
PV1,4=K
densidade 1,214 kg / m3
pressão 1,033 kgf / cm2
temperatura 20 °C
umidade relativa 30%
1.16 AR LIVRE
É o ar nas condições atmosféricas do local de onde será admitido no compressor.
1.17 AR COMPRIMIDO
É o ar nas condições supridas ao usuário.
3
2 COMPRESSORES
A pressão de ar, consideravelmente maior que a pressão atmosférica é gerada por moto
compressores alternativos ou rotativos.
Nos Compressores Alternativos de êmbolo, membrana simples ou duplo estágio o ar é admitido
em uma câmara de compressão. Por meio da redução do volume útil da câmara, processada
pelo deslocamento da peça móvel, realiza-se a compressão.
4
2.2 COMPRESSÃO ADIABÁTICA DO AR
D
1,4 −1 P 0,285
1,4 P 1,4
Pm =
1,4 - 1
× P1 × 2
P
− 1 ou Pm = 3,5 × P1 × 2
P1
− 1
[ ]
ou Pm = 3,5 × P1 × r 0,285 − 1 ,
1
5
Vejamos agora o que acontece quando fazemos a compressão em múltiplos estágios. Se
considerarmos que entre cada um se faça um resfriamento, teremos o seguinte:
temperaturas finais mais baixas;
potência necessária para comprimir menores;
parte da umidade contida no ar eliminada;
eficiência volumétrica aumentada pela diminuição das perdas de expansão do ar
residual.
Para se obter o consumo mínimo de energia de compressão, deve-se dividir o “Trabalho de
Compressão” igualmente entre os vários estágios e procurar obter um resfriamento até a
temperatura inicial do estágio anterior. O diagrama usado para indicar uma compressão
adiabática em dois estágios combinado a um resfriamento intermediário perfeito (“inter cooling”)
tem a forma indicada na figura abaixo:
Aplicando a mesma fórmula usada para compressores de um estágio, a cada estágio de uma
compressão adiabática combinada, teremos:
1,4−1
2 × 1,4
para 2 estágios Pm =
× P1 × r 2 × 1,4
− 1 ou Pm = 7 × P1 × ( r 0,143 − 1)
1,4 - 1
1,4−1
3 × 1,4
para 3 estágios Pm = × P1 × r 3 ×1,4 − 1 ou Pm = 10,5 × P1 × ( r 0,0952 − 1)
1,4 - 1
1,4−1
4 × 1,4
para 4 estágios Pm =
1,4 - 1
× P1 × r 4 ×1,4 − 1
ou (
Pm = 14 × P1 × r0,0714 − 1)
6
2.3 POTÊNCIA DE COMPRESSORES
2.3.1 COMPRESSORES ROTATIVOS
Considerando:
Solução:
Sendo P1 / P2 = 8 vem :
Notas:
1 - As potencias calculadas deverão ser corrigidas em função do rendimento do compressor na
faixa de 75 a 85% para compressores alternativos.
2 - o índice 104 está aplicado para transformar a pressão expressa em Kgf/cm2 para Kgf/m2.
A potencia dos compressores rotativos poderá ser estimada considerando-se que, para se
comprimir 1,0 m3/min de ar atmosférico até a pressão de 7,0bar serão necessários 7,46 Kw.
Considerando:
Solução
3
δ ar =1,0877 kg / m
Temperatura média do ar: (70 + 35) / 2 = 52,5 oC
Cpar = 1,040 kj / kg x oC
3
δ água =997,3 kg / m
Temperatura média da água: (30 + 25) / 2 = 27,5 oC
Cp água = 4,179 kj / kg x oC
. .
m ar =1,065 x 1,0877 = 1,158 kg/min m água=2,50 x 10-3 x 997,3 = 2,49 kg/min
Balanço térmico
. .
m ar x cp ar x ∆Tar = m água x cp água x ∆Tágua
Conclusão
Como o valor calculado da temperatura da água quente na saída do after cooler (tq água)
determina o ∆T de 4,0 oC, próximo ao estimado, podemos manter a vazão.
8
3 UMIDADE DO AR - CONDENSADO
Para se definir o volume condensado, calcula-se a massa de vapor no ar nas condições de admissão
e a massa de vapor no ar nas condições de descarga. A diferença entre a massa de vapor no ar de
admissão e a massa de vapor no ar nas condições da descarga, será o volume condensado.
& ar = Pa V
m & ar = Pa Po Vo T
⇒ m kg de ar seco , onde:
Ra T Ra T To P hora
Pa : pressão parcial do ar seco
Po : pressão barométrica normal
Vo : vazão normal aspirada
Ra : constante do ar
T : temperatura local do ar em K
To : temperatura normal em K
P : Pressão barométrica local
4
& ar = 0,9276 × 10 × 70 × (273 + 34 ) × 1,033 = 87,12
m kgar/ h. O índice 104 corrige a pressão para kgf / m2.
29,27 × (273 + 34 ) × 273 × 0,960
2
Após a compressão, (o ar está saturado a 50°C e 8,5 kgf / cm )
Pg = Pv = 0,1258 kgf / cm2
2 2
Pt : 8,5 + 0,960 kgf / cm = 9,46 kgf / cm .
Pa : 9,46 - 0,1258 = 9,3342 kgf / cm2.
W : 0,622 x ( 0,1258 / 9,3342 ) = 0,0084 kgágua / kgar seco
Serão condensados: 0,0217 - 0,0084 = 0,0133 kgágua / kgar seco
9
3.2 Dispositivos de drenagem.
Purgador de boia
Descrição Funcional
Separadores de Umidades
Descrição Funcional
O ar, em alta velocidade e contendo partículas de condensado em suspensão, entra no separador pela
conexão, e imediatamente sua velocidade é bastante diminuída, sendo obrigado a fazer uma mudança de
direção. Devido à sua baixa inércia, o ar muda facilmente de direção, porém as partículas de condensado
não tem a mesma facilidade, indo chocar-se contra o defletor, percolando no mesmo. Estas gotículas
formarão gotas maiores que, por gravidade, escorrem pela placa defletora, encaminhando-se para a
conexão de drenagem. O ar, isento de umidade encaminha-se para a conexão de saída
Legenda
1- separador de umidade
2- válvula de esfera
3- filtro Y
4- purgador
.
10
4 SECADORES DE AR
O “Secador frogorífico é composto basicamente por dois trocadores de calor, o primeiro “ar / ar” o
segundo “ar / refrigerante”. A secagem do ar processa-se quando o ar úmido e quente vindo do
compressor é admitido no secador, passando pelo trocador “ar/ar” onde é resfriado pelo ar frio e
seco que sai do secador. A seguir o fluxo de ar comprimido parcialmente resfriado é admitido no
trocador “ar/ fluido frigorífico” , onde é resfriado ao ponto de saturação. Ocorre então a
condensação e conseqüente eliminação do fluxo condensado por meio de purgadores. Nesta
condição, isento de umidade o ar frio e seco é então readmitido no trocador de calor “ar /ar”,
onde é aquecido pelo ar quente e úmido que entra no secador, e então descarregado ao
consumo.
11
4.2 SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DO SECADOR FRIGORÍFICO
A seleção visa encontrar um valor de vazão expresso em normais metros cúbicos por hora com o
qual será selecionado o modelo do fabricante escolhido. Exemplificaremos para o caso da
Dominick Hunter, considerando as condições:
Como as condições do projeto não são do tipo “PADRÃO”, (pressão do ar 7,0 kgf/cm2,
temperatura do ar úmido 38°C, temperatura ambiente +35 °C ), faz-se a correção:
C = f ( P ) X f ( Tf ) x f ( Ta ) x V, onde:
3
C capacidade tabelada (em m /h ou pcm)
V vazão do ar comprimido a ser tratado (em m 3/h ou pcm )
P pressão do ar comprimido ao entrar no secador (bar g) 4 5 6 7 8 10
f (P) fator de correção de pressão 1,15 1,08 1,04 1.00 0,97 0,93
o
Tf temperatura do ar comprimido ao entrar no secador ( C) 30 35 38 40 45 50
f (Tf ) fator de correção de temperatura 0,90 0,96 1,00 1,08 1.28 1.52
o
Ta temperatura do ambiente onde será instalado o secador ( C) 25 28 30 35 38 40
f (Ta) fator de correção da temperatura do ambiente 0,88 0,92 0,94 1,00 1.04 1.06
Modelo 005 009 012 021 035 045 060 080 115 140 190 260 380 470 570 750 1150
Capacidade m3/h 20 30 40 75 125 160 215 290 410 500 680 950 1370 1700 2000 2740 4150
∆P bar 0,11 0.11 0.11 0.11 0.21 0.20 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21 0.21
Potência HP 0.17 0.50 0.50 0.75 0.75 0.75 1.00 1.00 1.50 2.50 2.50 2.50 5.00 6.00 6.00 10.00 12.00
12
4.3 TIPO: POR ADSORÇÃO
Normalmente é constituído por duas colunas de secagem (uma em stand-by) filtros para
retenção de partículas e óleo e um aquecedor de ar, como indicado no diagrama abaixo:
FE – filtro de entrada
CS – coluna de secagem
FS – filtro de saída
AQ – aquecedor elétrico
P_ purgador automático
TI – indicador de temperatura
PI – indicador de pressão
TSH – controlador de temperatura
Descrição funcional:
Fase 1 - Secagem e Purificação do ar.
O filtro de ar úmido e eventualmente contaminado é admitido no filtro de entrada (FE) ocorrendo
a retenção de partículas e de óleo. O condensado formado é eliminado pelo purgador. O fluxo de
ar nesta condição é admitido na coluna de adsorção onde se processa a secagem e então
liberado ao usuário.
Fase 2 - Reativação da coluna saturada
Após a saturação do material adsorvente, o ar é desviado para a outra coluna de secagem para
manter a continuidade do tratamento. Inicia-se a reativação da coluna saturada é processado o
aquecimento: 5 a 6% do ar seco e puro é aquecido, flui através da coluna saturada em sentido
contrário ao de operação, arrastando a água adsorvida e então é liberado para a atmosfera.
É processado o resfriamento: o aquecedor é desligado e o ar continua fluindo frio, através da
coluna. Face então a pressurização: a válvula de descarga do ar de reativação é bloqueada e a coluna se
pressuriza com vazão pequena de ar evitando flutuação do leito de material adsorvente, quando da
colocação em operação.
Dados Funcionais:
Ciclo completo de funcionamento: 16,00 horas
Operação contínua até a saturação: 8,00 horas.
Reativação (aquecimento): 6,50 horas.
Resfriamento: 1,00 hora
Pressurização: 0,5 hora.
13
5 RESERVATÓRIOS DE AR
14
5.1 DIMENSIONAMENTO VOLUMETRICO DE RESERVATÓRIOS
Pode ser feito por dois critérios em função da vazão (Q) aspirada pelo compressor.
SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO
arbitrar o volume geométrico do acumulador;
calcular o volume normal correspondente à pressão máxima;
deduzir o volume do primeiro ciclo;
calcular a pressão residual e compará-la com a condição requerida.
67,62 P × 7,5
- Pressão residual após 1° ciclo: 1,03 × = 1
2
⇒ P1 = 9,28 abs(8,25 kgf/cm g)
(273 + 20) (273 + 20)
Este valor é maior que o mínimo operacional com o que se conclui ser o volume arbitrado
suficiente para um ciclo.
Repete-se a mesma seqüência para verificar o atendimento ao 2o ciclo.
15
6 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE AR COMPRIMIDO (QUALIDADE DO AR)
6.1 APLICAÇÕES
Os filtros convencionais trabalham pelo sistema de malha (tela de nylon ou bronze sinterizado),
semelhante a uma peneira. Este sistema apresenta como problemas:
- rápida obstrução.
- granulometria de 5, 10, 25, 50 e 100 mícrons.
- impossibilidade de retenção de pequenas partículas.
- ineficiente para eliminação de condensado e aerossóis de água e óleo.
Invólucro
Elemento filtrante.
Legenda:
17
6.2.2 Filtros de Ar – Capacidade
Capacidade a 7 Elemento
Carcaça 2
Conexões Dimensões em mm Peso
Kgf /cm filtrante
tamanho 3
rosca BSP Kg
Nm / h SCFM A B C D Tipo Qte.
0009 90 54 3/8” 275 Ø 70 180 150 1,5 03/10 1
0012 120 72 ½” 335 Ø80 235 200 1,6 04/20 1
0027 270 162 1” 415 Ø105 295 255 2,2 05/25 1
0048 480 288 1 ½” 580 Ø150 405 345 5 07/30 1
0072 720 432 2” 580 Ø150 405 345 6 10/30 1
0108 1080 648 2” 1016 Ø200 901 450 28 15/30 1
0144 1440 864 2 ½” 1016 Ø200 901 580 33 20/30 1
0192 1920 1152 3” 1316 Ø200 1191 850 40 30/30 1
0288 2880 1728 3” 1351 Ø260 1206 850 54 30/50 1
Notas:
• Filtros tamanhos 0009 – 0072 carcaça em alumínio contendo purgador automático tipo
bóia e manômetro diferencial.
• Filtros tamanhos 0108 – 0288 carcaça em aço carbono contendo purgador automático
tipo termodinâmico e manômetro diferencial.
• Disponíveis para pressões até 16 bar e temperatura até 70ºC.
Filtros esterilizantes
Capacidade a 7 Elemento
Carcaça 2
Conexões Dimensões em mm Peso
Kgf /cm filtrante
tamanho 3
rosca BSP Kg
Nm / h SCFM A B C D Tipo Qte.
0009 90 54 3/8” 216 Ø 110 55 80 1,8 03/10 1
0012 120 72 ½” 244 Ø180 55 110 2,2 04/20 1
0027 270 162 1” 297 Ø125 74 135 3,0 05/25 1
0048 480 288 1 ½” 370 Ø160 81 185 4,9 07/30 1
0072 720 432 2” 452 Ø160 81 260 5,8 10/30 1
0108 1080 648 2” 579 Ø170 81 390 6,7 15/30 1
0144 1440 864 2 ½” 752 Ø200 110 515 18 20/30 1
0192 1920 1152 3” 1005 Ø200 110 770 20 30/30 1
0288 2880 1728 3” 1034 Ø240 125 770 21 30/50 1
Notas:
• Carcaça: totalmente em aço inox
• Disponível para pressões até 16 bar.
18
7 PROJETO
7.1 GERAL
7.3 SIMBOLOGIA
19
SIMBOLOGIA PARA DESENHOS DE FLUXOGRAMAS
20
7.4 FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA
Central de geração com secador frigorífico
21
7.4.1 Fluxograma de engenharia
Sistema Usuário
22
7.4.2 Casa de Máquinas
23
7.4.3 Isométrico Geral
24
7.4.4 Isométrico de rede
25
7.5 COMPONENTES DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO
Válvula Gaveta - Permite uma passagem do fluxo totalmente livre. Deve ser instalada para
condições operacionais ON-OFF.
Válvula Direcional de 2 Vias - Possui duas posições, permitindo ou não à passagem de ar.
Válvula Direcional de 3 Vias - Possui uma entrada de ar, uma saída e um escape para
atmosfera.
Nota: estas válvulas para serem acionadas, requerem um atuador mecânico, elétrico ou
pneumático
Purgador (Item 3.2)- Para drenagem do condensado formado, apontamos o purgador tipo bóia.
O condensado é admitido no corpo do purgador pela conexão de entrada e acumula no fundo
forçando a bóia no sentido ascendente com o que ocorre a abertura de descarga. Uma vez
descarregado o condensado, o purgador tende a ficar pressurizado bloqueando o fluxo do
condensado. Para eliminar tal bloqueio é previsto uma conexão de equilíbrio que deve ser ligada
à rede.
Cilindro (ver Item 8.2) - Pode ser de simples ação quando desenvolve força apenas em uma
direção; quando a força é desenvolvida tanto no avanço como no retorno o cilindro é dito de
dupla ação. Podem ser de eixo simples ou passante com ou sem regulagem de curso e com ou
sem tubo de parada.
Filtros (ver Item 6.2)- Geralmente processam a separação das impurezas pela ação de força
centrífuga, partículas maiores e pela passagem do ar em um elemento filtrante. Podem ainda ser
previstos para remoção de óleo e de vapores ou odores de hidrocarbonetos associados é claro,
ao sistema de ar comprimido.
Mangueira - Emprega-se normalmente um dos tipos construtivos: borracha sintética com reforço
de trançado têxtil e cobertura de borracha sintética; borracha sintética com trançado interno de
fio têxtil, reforço com trançado de aço e cobertura têxtil impregnado com borracha sintética.
26
7.6 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CLASSE: 150 AQUECIMENTO: NÃO PRESSÃO (MPA): 1.05 CORROSÃO: 1.27mm ISOLAMENTO:NÃO
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
DIMENSIONAL NBR 5587
ESPESSURA CLASSE R CLASSE N
CLASSE PN 16 CL 150
CASTELO CPPU PARAFUSADO AO CORPO
V
G HASTE HARI HARE
B A DIMENSIONAL NBR 8465 ABNT EB 141 / I
L
V O TIPO DE CORPO TRIPARTIDO BIPARTIDO
Á Q V
L U E DIMENSIONAL NBR 10284 ABNT EB 141 / II
V E S
U I VEDAÇÃO PTFE
L O
A V DIMENSIONAL -
B -
L VEDAÇÃO
27
8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS
Perda de carga - Entre o ponto de referência e o ponto mais afastado: 0,30 kgf/cm2.
28
8.4 FLUXOGRAMA PNEUMÁTICO – ( CILINDROS / VÁLVULAS DIRECPIONAIS )
ARTICULAÇÃO
DESCRIÇÃO
Temperatura ambiente: 10 a 40 °C
Temperatura de trabalho: -10 a 80 °C
Altitude: 840 m
Força desenvolvida (avanço/retorno): 445 / 427 kgf
Pressão de serviço: 3,60 kgf/cm²
Pressão de projeto: 10 kgf/cm²
Curso: 450 mm
3 Tipo de cilindro: Dupla ação
Diâmetro do cilindro: 5”
Extremidade da haste: Rosca externa ø3/4” 16-UNF-2 A
Diâmetro da haste: 1”
CARATERISTICAS CONSTRUTIVAS
Quantidade: 2 peças
Mangueira de borracha com uma trama de rayon: 10 kgf/cm²
Quantidade: 4 peças
Braçadeira em Aço inox: rosca sem fim
Quantidade: : 4 peças
6 Válvulas reguladoras de vazão - ref. 3250: corpo latão - C vedação em buna-N.
Quantidade : 2 peças
7 Silenciadores : tipo / material simples /alumínio
Diâmetro: compatível com a válv. direcional
Quantidade: 2 peças
30
9 DIMENSIONAMENTO DE REDES
Verificação da velocidade
1,327 3
δ = × P × 16,02 , onde: δ ar peso específico em kg / m
ar 460 + T T temperatura em °F
P pressão de escoamento em polegadas de Hg
Cálculo da perda de carga
Q vazão de projeto em m3/h.
3,25 × a × Q 2 × L × δ L comprimento virtual do trecho em metros ( ver Item 9.1.1)
∆P = ar , onde:
δ
ar
peso específico do ar em kg/m3 na pressão de escoamento
d × 3600
5 2
i
di diâmetro interno em metros
a coeficiente de tubo conforme abaixo
2
∆P perda em kgf / m .
31
9.1.1 COMPRIMENTOS EQUIVALENTES DAS CONEXÕES
32
9.2 CÁLCULO DE DIÂMETRO E PERDA DE CARGA - Exemplo Numérico
Considerando:
vazão normal: 210 Nm3 / h
2
pressão de escoamento: 7,0 kgf /cm
velocidade de escoamento: 8,0 m / s
temperatura de escoamento: 20°C ( 68 º F)
comprimento: 100 m (considerado virtual)
altitude: nível do mar (P = 1,03 kgf/cm2 = 760 mmHg)
9.2.1 Solução
Como o valor nominal 1,3” não é comercial, adotar 1 1/2” e recalcular a velocidade em função
do novo diâmetro interno, neste caso 0,0381 m, considerando a parede do tubo Sch 80.
verificação da velocidade V :
4 × 27,3 = 6,69 m / s
3600 × π × 0,03812
0,00001294
a : 0,000507 + = 0,0008464 m
0,0381
33
CAPÍTULO II
BOMBEAMENTO
34
1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA
É razoável afirmar que todo sistema de bombeamento disponha de uma “casa de máquinas”,
destinada a abrigar os conjuntos moto bombas requeridos para os fins operacionais do processo,
acrescidos de pelo menos um conjunto como reserva, além dos quadros de comando e controle
elétrico. O tanque de acumulação do fluido a ser bombeado, independentemente de sua geometria,
deve ser projetado de modo que a lâmina líquida fique a mais estável possível, sem agitação, o que
poderá causar entrada de ar na sucção da bomba. Deverá dispor de controles para quatro níveis
operacionais: muito alto, alto, baixo e muito baixo.
Nos casos em que a bomba for instalada na condição de “não escorvada”, a tubulação de
sucção deverá ser projetada com caimento no sentido da bomba para o tanque, a fim de evitar a
formação de bolhas. Deverá também dispor de uma tubulação derivada da rede de recalque e
equipada com válvula de bloqueio manual, para escorva da bomba quando necessário. Se o
bombeamento requerer mais de um conjunto moto bomba, cada um deles deverá ser previsto
com sucção independente. Cada rede de sucção, por sua vez, deverá conter no ponto de
tomada do fluido, um conjunto de válvula de pé com crivo, e na conexão de entrada da bomba,
uma redução excêntrica e um amortecedor de vibração.
Considerações
35
2 CASA DE BOMBAS
36
2.2 ARRANJO SUGERIDO PARA CASA DE BOMBAS ESCORVADAS
37
3 FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA
38
4 TIPOS DE BOMBA
Tipo
Altura de
sucção (usual) 4,50 4,50 6,50 6,50
em metros
Fluidos limpos ou limpos ou viscosos limpos
operáveis abrasivos abrasivos e não abrasivos e puros
Pressão
baixa a alta baixa a alta média muito alta
produzida
Vazão
alta muito alta média pequena
recalcada
Se a pressão
demandada aumentar decresce decresce não altera não altera
a vazão
Se a pressão
demandada aumentar decresce decresce cresce cresce
a potência
39
4.1 BOMBAS VOLUMÉTRICAS
Bombas Centrífugas
Horizontal Vertical
Bomba axial
41
4.3 FOLHA DE DADOS DE TURBO BOMBAS (Centrifugas e Axiais)
Acionador
4 Aplicação : Circuito Volts/ciclos/fases: Carcaça.:
5 Serviço : Local : Fator de Serviço : Forma construtiva.:
6 Peso motor (kgf): Bomba (kgf): Proteção IP : Prova de explosão
7 Desenho nº.: 14 Curva proposta
8 Normas aplicáveis : Rotação (rpm) : NPSH req.(mca)
9 Líquido : PH Rendimento (%) nominal Corrigido :
Temperatura de bombeamento - TB (°C) B.H.P. Hidráulico : Proj.:
Performance
Vapor à TB : Rotação vista do lado do acoplamento: Horário. Anti-Horário.
Condição de Operação
11 Caixa da gaxeta D.I.(mm): D.E.(mm): Comp.(mm): Mancal de escora na bomba Sim Não
Tipo: Tipo :
Gaxeta Fabricante: Ajuste (m) :
Tamanho / nº de anéis: Coluna/eixo :
Vedação do eixo /
engaxetamento
Materiais
42
4.4 FOLHA DE DADOS - BOMBAS VOLUMÉTRICAS (Peristálticas)
3.1) Curva 90º Sucção (____) Descarga (____) Curva 45º Sucção (____) Descarga (____)
4.2) Temperatura Ambiente: __ºC Sólidos ___ % Tamanho máximo dos sólidos:_____mm
43
5 PROCEDIMENTOS PARA PARTIDA E PARADA DE BOMBAS
5.1 Partida
Fechar o registro de recalque (no caso da bomba ser do tipo centrífuga) até que a rotação
nominal seja alcançada. Ao abri-lo, faça-o lenta e gradualmente.
5.2 Parada
44
6 CURVAS CARACTERÍSTICAS
Estas curvas se destinam a representar em um par de coordenadas cartesianas onde o eixo das
abscissas e o das ordenadas ao receberem os parâmetros específicos, por exemplo,
vazão/pressão, potência/vazão, rendimento/vazão, traduzem a condição operacional da bomba.
Destas curvas, sem dúvida a mais relevante é a curva vazão/pressão ou H/Q.
Como a vazão teoricamente independe da pressão, a curva se resume numa reta paralela ao
eixo das pressões:
Neste caso a função matemática geradora da curva é a equação de Euler, que resulta a forma
seguinte:
45
6.3 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE BOMBAS CENTRIFUGAS (3500 RPM)
• Dados válidos para densidade de 1 kg/ dm3 e viscosidade cinemática até 20 mm/s.
• Tolerância de performance conforme ISO 9906.
46
6.4 CURVAS DE TORQUE PARA TURBO BOMBAS
O torque (MR) expresso em Kgf x m de uma turbo bomba é determinado em função da potência e
da rotação, pela expressão: MR = (5250 x HP ÷ rpm) x 0,141.
Para se obter a curva de torque a partir do instante “0” até a rotação nominal, há de se
considerar a Constante do conjunto moto bomba (KI), que relaciona a variação da rotação da
bomba com a variação do torque.
2
Esta constante é dada pela expressão: KI = (450 x g x HR x Q) ÷ (I x MR x rpm ), onde:
2
g aceleração da gravidade em m/s
HR altura total de recalque em mca
Q vazão em m3 / h
2
I momento de inércia das partes girantes em kgf / m
MR torque em kgf / m
rpm número de rotações por minuto
7 SELEÇAO DE BOMBAS
47
7.2 SELEÇÃO DE BOMBAS CENTRIFUGAS Campo de aplicação – 60 HZ
48
8 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS
8.1 EM PARALELO
8.2 EM SÉRIE
Esta associação é indicada para atender às alturas manométricas elevadas. Para se obter a
curva característica resultante de duas bombas em série, basta somar as alturas manométricas,
correspondentes aos mesmos valores de vazão, em cada bomba. Quando da associação em
série torna-se necessário verificar se o flange de sucção da segunda bomba é capaz de suportar
a pressão de descarga da primeira, e, se a carcaça da segunda suporta a pressão total da
descarga.
Estes parâmetros: vazão, pressão e potência são características para uma determinada rotação
do motor (n). Caso esta rotação passe a um outro valor (n1), estes parâmetros irão variar segundo a
equação Rateaux, ou seja:
Q Q1 = n n1 H H1 = n2 n12 N / N1 = n3 / n13
49
8.3 CURVA DO SISTEMA
Recalque
Em paralelo:
3, 4, 9, 10 Fechadas
1,2, 5,6,7,8,11,12,13 Abertas
14 Regulada para o ∆P
50
10 GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS
É a diferença entre o nível do eixo da bomba e o nível da superfície livre fluido no tanque de
acumulação. Este valor deve ser comparado com o da “Altura Estática Máxima de Aspiração”
(AMS), suportado pelo conjunto moto bomba.
É a diferença entre o nível onde o fluido é liberado pela rede de recalque, e o nível do eixo da
bomba. Aqui também convém sugerir que esta rede de recalque em sua extremidade de
transbordo, fique sempre “protegida” pelo fluido recalcado. Com isto fica assegurada a não
entrada de ar nesta tubulação.
É a diferença de cotas entre o nível do fluido no tanque de acumulação e o nível em que o fluido
é descarregado. Assim he = ha + hr
51
10.2 GRANDEZAS DINÂMICAS
V2
Ha = ha + + Ja , onde:
2g
Hr = hr + Jr, onde:
Hman = Ha + Hr
V2
Hman = he + Ja + Jr + , onde:
2g
52
11 CAVITAÇÃO
A cavitação é um fenômeno hidráulico que ocorre quando a pressão absoluta no rotor da bomba
atinge um valor que coincide com a pressão de vapor do líquido na temperatura, iniciando o
processo de vaporização do mesmo. É importante conhecer o valor do diferencial entre a
“Energia Total” e a “Pressão de Vapor” do líquido na temperatura em que o mesmo estiver sendo
bombeado. Esta grandeza que representa a disponibilidade energética com a qual o fluido chega
ao rotor, chama-se NPSH, Net Positive Suction Head.
A energia hidráulica total característica do arranjo construtivo da sucção é designada por
NPSHdisponível e aquela com a qual o fluido é admitido no rotor da bomba é designada por
NPSHrequerido.
Considerando:
vazão Q 0,04 m3 / s
altura manométrica Hman 20 mcf
temperatura do fluido T 63 ºC
pressão de vapor a 60 ºC hv 0,231 kgf / cm2
peso especifico do fluido δ 983 kgf / m3
rotação da bomba n 1150 rpm
perda de carga na sucção ∆Ρ 1,30 mcf (assumido)
velocidade de escoamento v 1,50 m / s (recomendado)
2
pressão atmosférica local Pb 0,980 kgf / cm
altura estática de aspiração ha 0,70 mcf (referente ao nível máximo)
fator de Cavitação Fc 0,0011 (vide quadro referencial)
montagem da bomba não escorvada
tipo da bomba centrífuga
aceleração da gravidade g 9,81 m/s2
Nota: Conforme as condições do fluxo de make-up, o nível da superfície livre do fluido pode
variar em relação à linha de centro da bomba. Neste contexto definem-se os níveis: “muito alto”,
“alto”, “baixo” e “muito baixo”.
53
12 COMPONENTES DA REDE
Todo e qualquer sistema de bombeamento, conforme visto na figura ao lado, contempla uma
rede condutora do fluido bombeado, com os seguintes componentes principais:
TUBOS
CONEXÕES curvas
têes
reduções
niples
flanges
luvas
VÁLVULAS
ACESSÓRIOS
54
12.1 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS.
FLUIDO: ÁGUA NORMA BÁSICA: ANSI B31.3
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
ASTM A 234
MATERIAL NBR 6590 NBR 5590 (2) ASTM A 134 (2)
WPB
V
G HASTE HARI HARE
L
DIMENSIONAL NBR 8466 ABNT EB 141 / V
ACABAMENTO GALVANIZADO
ESPESSURA 1,6 mm
NOTAS: 1) CALCULADA CONFORME ANSI B 31.3. - 2) CONEXÕES GOMADAS FABRICADAS DE TUBO OU CHAPA SOLDADOS. -
3) FLANGES DN<65 SÃO USADOS SÓ EM CASOS ONDE A ROSCA NÃO É INDICADA; NESTE CASO USAR FLANGE C/ ENCAIXE. –
4) TIPO WAFER (SEM FLANGES). 5) HARI – HASTE ASCENDENTE ROSCA INTERNA, HARE – HASTE ASCENDENTE ROSCA
INTERNA
55
13 DIMENSIONAMENTO - PERDA DE CARGA
Esta fórmula não deve ser aplicada quando: P / Sh > 0,385 e t > de / 6.
2
Número de Reynolds: Re = v x d i / γ , onde: γ = viscosidade cinemática em m /s
56
13.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A PERDA DE CARGA
Fator de fricção”f” : pode também ser obtido pelo uso do diagrama de Moody, indicado na
página 59, procedendo como indicado.
57
13.3 CÁLCULOS DIMENSIONAIS – Exemplo Numérico
Considerando:
vazão 1320 m3 / h Calcular: diâmetro
velocidade 2,0 m / s velocidade real
tensão admissível 1125 kgf / cm2 espessura da parede
pressão requerida 20 kgf / cm2 Número de Reynolds
temperatura do fluido 20o C; fator de fricção
viscosidade cinemática 1,007 x 10-6 m2 / s; perda de carga
peso especifico do fluido 1000 kg / m3; potência requerida
comprimento linear 50 m; torque
singularidades 01 válvula gaveta / 02 te
rendimento da bomba 92%
rugosidade equivalente 0,2 mm
rotação 1750 rpm
Solução:
4x1320 100
Diâmetro nominal : × = 19 ” . Adotado 18” (d i= 43,81, de = 45,7cm)
π × 2 × 3600 2,54
Considerando para C o valor 2 mm, então a espessura será de 8 mm. Adotar a comercial de 9,53mm.
50,00 2,43 2 2
Perda de carga no tubo: 0,02 × × × 1000 = 687 kgf / m = 0,687mca
0,438 2 × 9,81
A aceitação das bombas passa pela conformidade dos parâmetros conforme Norma API 10.
- pressão de descarga ( pd ) + 2%
- pressão de sucção ( ps ) + 3%
- vazão (q) + 2%
- rotação (n) + 3%
- potência requerida ( bhp ) + 1%
- altura manométrica no ponto de trabalho: ( Hman ) + 10%
- altura manométrica fora do ponto de trabalho se Hman < 150 mca + 5%
se Hman > 150 mca + 3%
58
15 ABACO DE MOODY
59
16 COMPRIMENTOS EQUIVALENTES ( em metros de tubulação )
Curva 90º Curva 90º Curva 90º Curva 90º Curva 90º Te passagem Te saída Te saída
Curva 45º Curva 45º
Diâmetro Raio longo Raio médio Raio curto R/D=1½ R/D=1 direta de lado bilateral
Flangeado Soldada
Flangeado Flangeado Flangeado Soldada Soldada Soldado Soldado Soldado
mm Pol
13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,3 1,0 1,0
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,4 1,4 1,4
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,5 1,7 1,7
32 1 1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,7 2,3 2,3
38 1 1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,9 2,8 2,8
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 1,1 3,5 3,5
63 2 1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 1,3 4,3 4,3
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,6 5,2 5,2
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 2,1 6,7 6,7
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,7 8,4 8,4
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 3,4 10,0 10,0
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 4,3 13,0 13,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 5,5 16,0 16,0
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,6 2,2 6,1 19,0 19,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 7,3 22,0 22,0
Válvula de Retenção
Entrada Entrada de Saída da Válvula Válvula globo Válvula angular Válvula de
Diâmetro Tipo
normal borda canalização gaveta aberto aberta aberto pé e crivo Tipo leve
Pesado
mm pol
13 1/2 0,2 0,4 0,4 0,1 4,9 2,6 3,6 1,1 1,6
19 3/4 0,2 0,5 0,5 0,1 6,7 3,6 5,6 1,6 2,4
25 1 0,3 0,7 0,7 0,2 8,2 4,6 7,3 2,1 3,2
32 1 1/4 0,4 0,9 0,9 0,2 11,3 5,6 10,0 2,7 4,0
38 1 1/2 0,5 1,0 1,0 0,3 13,4 6,7 11,6 3,2 4,5
50 2 0,7 1,5 1,5 0,4 17,4 8,5 14,0 4,2 6,4
63 2 1/2 0,9 1,9 1,9 0,4 21,0 10,0 14,0 5,2 8,1
75 3 1,1 2,2 2,2 0,5 26,0 13,0 20,0 6,3 9,7
100 4 1,6 3,2 3,2 0,7 34,0 17,0 23,0 8,4 12,9
125 5 2,0 4,0 4,0 0,9 43,0 21,0 30,0 10,4 16,1
150 6 2,5 5,0 5,0 1,1 51,0 26,0 39,0 12,5 19,3
200 8 3,5 6,0 6,0 1,4 67,0 34,0 52,0 16,0 25,0
250 10 4,5 7,5 7,5 1,7 85,0 43,0 65,0 20,0 32,0
300 12 5,5 9,0 9,0 2,1 102,0 51,0 78,0 24,0 38,0
350 14 6,2 11,0 11,0 2,4 120,0 60,0 90,0 28,0 45,0
60
17 GOLPE DE ARIETE
17.1 Conceituação
1a etapa: nos primeiros instantes após a interrupção da energia elétrica, a única energia que
permite manter o rotor girando por algum tempo é a energia cinética dos elementos girantes do
conjunto moto-bomba. Esta energia é pequena quando comparada à necessária para manter o
fluxo bombeado sob a altura manométrica prevista para o recalque, de modo que a rotação do
rotor decresce rapidamente. Esta redução diminui a vazão do fluxo bombeado que continua
escoando com velocidade decrescente até que as forças de inércia das partes girantes sejam
equilibradas pela ação da gravidade e do atrito do fluido com a tubulação. Neste momento
ocorrerá uma redução de pressão no interior da tubulação, maior junto a bomba e propagando-
se ao longo da rede no sentido da saída do fluxo. É a fase do chamado golpe de ariete
negativo. Cada componente da tubulação irá se contrair sucessivamente por uma diminuição
elástica do diâmetro, enquanto a onda de depressão se propagar até o reservatório com uma
velocidade (celeridade) “C” (m/s).
Se a distância entre a bomba e o reservatório for “L” (m), o tempo que a onda levará para chegar
ao reservatório, será L / C. Neste momento a tubulação em toda extensão estará submetida a
uma baixa pressão, e o fluxo, imobilizado. (V = 0 m/s)
Os efeitos do golpe de ariete se verificam sob uma forma oscilatória, até que a energia do
líquido seja absorvida pelas forças elásticas do material.
61
17.2.2 Período da linha T (em seg.)
É o tempo gasto pela onda, para fazer o percurso de ida e volta, de uma extremidade a outra da
rede, com a celeridade C, sendo definido pela equação:
2× L
T = Onde: L = Comprimento da rede em m
C
C = Velocidade da onda ou celeridade em m/s
É o numero de “Períodos de Linha” que ocorre desde o instante do desligamento da energia, até
o instante que a vazão se anular, sendo definido pela equação:
C× V
a’ = onde: C Celeridade ou velocidade da onda em m/s
2 × g × Hman
V Velocidade de escoamento em m/s
Hman Altura manométrica em mca
g Aceleração da gravidade em m/s2
É o intervalo de tempo gasto pelo conjunto moto-bomba para atingir a rotação zero, a partir do
momento de desligamento da energia, sendo definido pela equação :
I × rpm 2
Tp = onde: I Momento de inércia das partes girantes em kg x m2
67.500 × P
P Potência no instante To em HP
rpm Número de rotações por minuto
450 × g × H × Q
KI = onde: g aceleração da gravidade em m/s2
I × Mr × rpm 2
H Altura de recalque em m
Q Vazão em m3/h
Mr Torque em kgf x m
I Momento de inércia das partes girantes em kg x m2
62
17.3 Cálculo do Golpe de Ariete
Exemplo numérico
Considerando:
material do tubo: aço
comprimento da linha de recalque L = 950 m
diâmetro externo do tubo d = 590 mm
espessura do tubo e = 4,76 mm
momento de inércia da bomba I = 2,84 kg x m2
momento de inércia do motor da bomba I = 6,66 kg x m2
momento de inércia do conjunto moto da bomba I = 9,50 kg x m2
potência do motor N = 250 Hp
velocidade de escoamento v=2m/s
altura estática de elevação he = 80 m
número de rotações rpm = 1750
aceleração da gravidade g = 9,81 m/s2
Calcular:
Celeridade, Período de linha e o Tempo de Parada do conjunto moto-bomba, Sobrepressão e
Subpressão
Solução:
0,5 × 590
celeridade da onda C: 9900 / 48,3 + =942,80 m/s
4,76
Tempo de Parada do Conjunto moto-Bomba Tp: ( 9,5 x 17502 ) ÷ 67500 x 250 = 1,72 s
63
17.4 Recursos para reduzir os efeitos do golpe de ariete
A depressão que ocorre na fase inicial do golpe de aríete pode provocar o esmagamento do
tubo, se este não possuir espessura suficiente. Uma regra prática indica que o esmagamento
não se produzirá em tubo de aço se a espessura, expressa em mm, for igual ou superior a 8
vezes o diâmetro do tubo expresso em metros. Assim, para um tubo de 1,20m de diâmetro, a
espessura mínima deverá ser de 9,6 mm ≅ 3/8” (sem considerar a margem para atender aos
efeitos da corrosão). Não é possível suprimir totalmente os efeitos do golpe de ariete. Para
reduzi-los a limites aceitáveis, sugere-se:
Neste caso podem ocorrer pressões negativas ocasionando ruptura da coluna bombeada, se,
segundo André Dupont (Hydraulique Urbaine – volume 1) h’ – (he – h) > 8 metros.
Este fenômeno poderá também ser analisado com base na Constante de Linha. Se esta
constante for menor que a unidade, o risco de quebra da coluna será pequeno. Caso contrário
se a constante da linha for maior que a unidade, o risco de quebra se acentua.
64
Verificação da quebra de coluna - Exemplo numérico
Quanto a sobrepressões
65
CAPÍTULO III
GERADORES DE VAPOR
TIRAGEM – CHAMINÉ
REDES DE DISTRIBUIÇÃO
ESTAÇÕES REDUTORAS DE PRESSÃO
BOMBEAMENTO DE CONDENSADO
66
1 INTRODUÇÃO
67
1.2 CASA DE CALDEIRA (Cortes)
68
2 REQUISITOS
Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, contendo os procedimentos para
situação de emergência e parâmetros operacionais de rotina para partidas e paradas da caldeira.
Os instrumentos de controle das caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições
operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente, o emprego de artifícios que
neutralizem os sistemas de controle e segurança da caldeira.
4 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras categorias “B” e “C” devem ser inspecionadas
periodicamente pelo menos uma vez por mês, mediante o acionamento manual da alavanca.
As válvulas de segurança instaladas nas caldeiras categoria “A” devem ser inspecionadas numa
freqüência compatível com exigência operacional da mesma, porém respeitando os prazos acima
mencionados, desmontando e procedendo ao teste em bancada. Adicionalmente a estes testes,
as válvulas de segurança deverão ser submetidas a testes de acumulação, nas seguintes
oportunidades:
69
5 GERADORES DE VAPOR – CALDEIRAS
O Gerador de vapor é um vaso fechado com tubos em seu interior, onde os gases quentes da
combustão escoam dentro destes tubos, cedendo calor à água em seu entorno externo. São as
caldeiras flamo tubulares. Essas caldeiras serão fornecidas com uma placa de identificação e
documentação, conforme a seguir.
Contendo:
fabricante;
número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
ano de fabricação;
pressão máxima de trabalho admissível;
pressão de teste hidrostático;
capacidade de produção de vapor;
área da superfície de aquecimento;
código de projeto e ano de edição.
5.2 DOCUMENTAÇÃO
Contendo:
registro de segurança;
relatórios de inspeção;
projetos de instalação e projetos de alterações ou reparos;
manual da caldeira, incluindo:
- procedimentos utilizados na fabricação;
- montagem, inspeção final e determinação
da PMTA
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais.
70
5.3 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DAS CALDEIRAS
Anel de
reversão
Tubos de Gás
Fornalha
Costado
71
5.4 COMPONENTES CONSTRUTIVOS
Legenda:
72
5.4.3 Sistema automático de bombeamento e aquecimento de óleo (ver figura)
73
5.4.6 Sistema de atomização
5.4.9 Acessórios.
A unidade deve ser colocada e nivelada sobre uma base a 25 cm do piso, a fim de permitir o fácil
acesso aos tampões de limpeza, deve ter também espaço para fazer limpeza dos tubos na parte
traseira.
Se a unidade for alimentada com água fria, use tubo de igual diâmetro nos filtros. Não deixe a
bomba fazer sucção.
Se houver aproveitamento de condensado, o tubo deve ter no mínimo 1,5 (uma vez e meia) a
mais que o diâmetro para água fria e o depósito situado no mínimo, a 4 m de altura, prevendo o
condensado a 80o C.
A alimentação de água do injetor deve ser fria, com gravidade e separada da alimentação da
bomba de água.
Junto com a caldeira segue 1 depósito que deve ser instalado o mais próximo da bomba de óleo,
tendo antes do filtro da bomba, 1 válvula de gaveta e a linha de retorno com instalação livre. A
finalidade deste depósito de serviço é o aproveitamento do retorno quente, facilitando o
aquecimento do óleo.
- As ligações do dreno da coluna de nível devem ser independentes das demais ou poderão ser
conjugadas com a descarga da válvula de fundo, que também é de alta pressão, para fora da
Casa de Caldeira.
- As ligações de descarga das torneiras de prova da coluna e funil do injetor e linha de baixa
pressão, podem ser conjugadas;
- O purgador deve ter descarga visível;
- O dreno do aquecedor de óleo deve ser feito, num recipiente separado, a fim de não entupir a
rede de esgoto.
Esta ligação deve ser feita em tubo de diâmetro igual ao da saída de vapor, quando for usada
em linha curta; ou diâmetro maior quando em linha extensa, ou de pressão inferior, a fim de não
haver perdas na linha geral. Fazer a linha de vapor, se possível, com pequeno aclive com
caimento no sentido da caldeira.
Instalar rede elétrica independente, com a bitola dos fios recomendada, de acordo com o
tamanho da caldeira com chave blindada e fusíveis de 300% sobre o consumo geral da caldeira.
É necessário a ligação do fio terra no chassi da caldeira, a fim de protegê-la contra descargas
elétricas.
75
5.10 CONSIDERAÇÕES SOBRE A CHAMINÉ
Esta deve ter altura necessária apenas para eliminar os gases de combustão do recinto da Casa
de Caldeira. No caso de existirem prédios nas vizinhanças, este comprimento pode ser
aumentado, desde que exista nesta chaminé uma entrada falsa de ar, com borboleta.
Estas devem ter a saída para o exterior da Casa de Caldeira, através de tubos de iguais ou
maiores diâmetros que a saída da válvula e se houver necessidade de curvas, que sejam bem
disfarçadas, a fim de dar livre expansão à descarga.
Devem ser puxadas as alavancas 1 (uma) vez por semana com toda pressão de trabalho da
caldeira, a fim de que não fiquem presas por falta de uso.
Eficiência
Capacidade Consumo Dimensões (mm) Peso (ton)
(%) Consumo Consumo Consumo
com água de de gás
óleo 1A de GLP de diesel Diâmetro
alimentação a natural Comp. Larg Alt
o (nota 1) (kg/h) 3 (kg/h) (kg/h) Chaminé Vazia Oper
20 C (kg/h) (Nm g/h) (mm) (mm) (mm)
(nota 2)
2000 86,6 152 158 130 144 5655 2540 2523 340 9 14,4
2500 89,9 189 197 162 179 5847 2660 2629 340 9,5 16
3200 90,2 241 252 207 228 6044 2860 2834 340 10,5 18,4
4000 90,4 300 314 258 285 6412 2920 3099 500 12,5 11
5000 89,9 378 395 325 378 6962 2970 3052 500 14,5 26
6500 89,9 491 512 421 466 7130 3260 3380 500 16,5 30,2
8000 89,7 606 632 520 575 7389 3340 3430 600 21 38,1
10000 89,9 755 789 648 716 7594 3510 3645 600 26 46,9
12000 90,1 905 944 776 857 8052 3850 3865 600 31 56,7
15000 90,5 1.126 1.175 967 1.066 8780 1390 4010 750 33,6 66,2
17000 90,9 1.270 1.326 1.090 1.202 9350 4370 4290 750 42 82,2
20000 90,5 1.500 1.567 1.288 1.421 8090 5580 4610 1.160 50 97
24000 90,5 1.801 1.880 1.546 1.706 8400 5780 4820 1.160 53 106
30000 90,7 2.246 2.345 1.928 2.127 8900 6020 5140 1.500 66 128
34000 91,1 2.534 2.646 2.175 2.397 9400 6260 5380 1.500 77 154
Nota 1 - Eficiência conforme DIN 1942. Óleo combustível 1 A com PCI = 9.750 kcal/ kg.
Nota 2 - A altura da chaminé deve ser definida em função da pressão do ventilador de ar.
76
7 COMBUSTÍVEIS PARA CALDEIRA
7.1 CONCEITUAÇÃO:
Combustível é toda substância capaz de reagir com o Oxigênio do ar, mediante escorvamento
liberando calor.
7.2 CLASSIFICAÇÃO
Poder Calorífico É a quantidade de calor liberado pela unidade de massa (ou de volume) de
um combustível submetido à combustão completa kcal/ kg ou kcal/ m3 (Nm3).
PC Superior (PCS) É a quantidade total de calor liberado incluindo o do vapor de água.
PC Inferior (PCI) É a quantidade total de calor liberado excluindo o do vapor de água.
O Carbono e o Hidrogênio fornecem a maior parcela de calor, o Enxofre contribui com pequena
parcela. Tem-se para cada kg massa:
7.4 OBSERVAÇÕES
- Quanto à água
A água apresenta-se nos combustíveis em 3 (três) formas:
Acidental: em função das chuvas, pode ser eliminada ou evitada;
Higroscópica: incorporada no combustível, só eliminada durante a queima.
Água de constituição: combinado com sais minerais, não pode ser eliminada.
- Quanto a cinzas
O teor das cinzas constitui fator importante na seleção e escolha do combustível sólido. As
cinzas de baixo ponto de fusão podem causar sérios transtornos obstruindo a entrada do ar de
combustão. Tal fato não ocorre nas cinzas com alto ponto de fusão.
77
7.5 COMBUSTÃO
O inicio de uma combustão sempre ocorre mediante a introdução de uma “mecha” piloto. No
caso de combustíveis gasosos, desde que se proporcione uma mistura adequada entre o gás e o
ar, uma simples faísca é capaz de ignitar a combustão que se manterá pelo próprio calor gerado
na queima, mediante as reações:
CO + 1/2 O2 CO2
H2 + 1/2 O2 H2O
combustível líquido
vapores do combustível
forte calor
O2 compostos hidroxilados
aldeídos
CO2 + H2O
combustível
CO2 C + O2 H2O
H2 + 1/2 O2
78
7.5.1 Ar para combustão:
C 12,01 kg/kmol
H2 02,16 kg/kmol 22,43 Nm3 / kmol
S 32,06 kg/kmol
O2 32,00 kg/kmol 22,39 Nm3 / kmol
A combustão será “Completa” quando toda a massa de C, H2 e S reagir com o ar formando CO2,
H2O e SO2. Será “Incompleta” quando ocorrer a presença de CO.
C + O2 CO2
12,01 + 32 44,01 kg
00,00 + 28,39 22,26 Nm3
H2 + 1/2 O2 H2O
2,016 + 16 18,016 kg
22,43 + 11,195 22,4 Nm3
S + O2 SO2
32,06 + 32 64,06 kg
0 + 22,39 21,89 Nm3
79
Considerando ser resultante das reações que:
De acordo com as mesmas reações, o volume teórico de gases para cada quilo de combustível
será: V. t de gás = 1.8535 C + 0,693 S + 0,8 N + 0,79 Vt ar + (9H + w) 1,74
Nesta expressão, além dos gases da própria combustão, CO2, SO2, e H2O, aparecem o
nitrogênio do combustível com volume especifico (0,8 Nm3 / kg ), o nitrogênio do ar (0,79 Vt
ar) e o vapor de água com volume especifico (1,24 Nm3 / kg).
80
7.5.3 Procedimentos práticos para determinação dos volumes de ar e gás
81
7.5.4 CONSUMO DE COMBUSTÍVEL, VAZÃO DE AR, VAZÃO DE GÁS – Exemplo Numérico
Considerando
Estes dados nos permitem concluir que a pressão absoluta do gerador é de 10, 6 + 0,9= 11,5 ata
Solução:
O consumo de combustível será calculado fazendo o calor requerido para produzir 1600 kg / h
de vapor (Qr) igual ao calor produzido (Qp) pela queima de uma massa de combustível (mc).
Sendo: Qr= mv x (Iv – Ia) ÷ η → 1600 x (664,5-20) ÷ 0,66 =15,62 x 105 Kcal / h, e
m
Qp= mc x PCI + mar x Cpar x Tar ou mc (PCI + mar x Cpar x tar), e fazendo Qr = Qp ⇒
c
mc=15,62 x 105 ÷ (10.200 +15 x 0,13 x 20) =152,5 kg / h
1) Utilizando o diagrama
Volume teórico de ar: 8876 x 0,85 + 26,443 x 0,15 + 0 - 3,332) x 152,5 =1247,2 Nm3/h
Vazão de ar requerida: 1247,2 x 1,2 = 1.496,74 Nm3 / h
O volume teórico de gás não poderá ser avaliado por este caminho, visto não ter sido informado
a concentração de nitrogênio e de água na composição do combustível.
82
8 GASES DE COMBUSTÃO
8.1 CONCEITO
O lançamento direto desta emissão gasosa na atmosfera é regulamentada por lei; não sendo
possível fazê-lo, se não for assegurado o grau de opacidade 2 da ESCALA RINGELMAN.
É tolerada a emissão de fumaça no padrão 3, da escala de Ringelman por um período máximo
de 6 minutos, em qualquer período de uma hora, correspondente às operações iniciais de uma
queima ou limpeza das fornalhas.
A escala Ringelman é constituída de seis padrões com variações uniformes de tonalidade entre o
branco e o preto. Os padrões são apresentados por meio de quadros retangulares, com redes de
linhas de espessura e espaçamentos definidos, sobre um fundo branco.
Os padrões da Escala de Ringelman são numerados de 0 a 5 e assim definidos:
- Inteiramente branco
- Inteiramente preto.
83
8.3 LAVADOR DE GÁS
Caso o lançamento da emissão gasosa não possa ser direto na atmosfera, deve-se dirigi-lo a um
lavador de gás.
Descritivo
Os gases ao entrar no lavador passam primeiro na região dos bicos pulverizadores de água,
onde as partículas poluentes impactam contra partículas de água com diâmetros da ordem de
20/50 micra. A seguir, a mistura de gás “lavado” e poluentes “molhados” passa por uma seção de
inversão de fluxo a alta velocidade. As partículas “molhadas” se precipitam na lâmina de água,
na parte inferior do lavador.
A fim de eliminar as gotas de água remanescentes no fluxo de gás, bem como partículas
poluentes ainda existentes, o gás passa por uma “chicana”.
Esta chicana deverá ser retirada e limpa periodicamente.
Dados Referenciais
Legenda:
1 – Tubo de admissão 2 – Estrutura 3 – Moto bomba 4 – Reservatório
84
9 TIRAGEM
Uma vez processada a limpeza é necessário remover os gases gerados, conduzindo-os até à
atmosfera. Isto exige uma força ascensional gerada por um ventilador, ou por um diferencial de
pressão ( tiragem ) causada pela diferença de temperatura entre a temperatura do gás e a
temperatura do ar atmosférico local. A tiragem será: “Forçada”, quando se utiliza ventiladores
para produzir a depressão necessária e “Natural”, quando não se recorre à força exterior. É a
que se obtém através das chaminés.
A tiragem de chaminé, que se denomina tiragem estática, é devida à depressão causada pela
ascensão da coluna dos gases quentes. Consideremos a figura ao lado,
Onde:
H altura da chaminé, acima da zona de combustão, em metros;
P pressão atmosférica, em mm de mercúrio;
S seção interna da chaminé, em metros;
t temperatura do ar exterior, em oC;
t1 temperatura dos gases da combustão, em ºC;
peso específico do ar, na temperatura “t” e pressão “P”, em kg / m3;
δδδδ δδδδ δδδδ
Pode-se admitir que os pesos específicos dos gases da combustão e do ar, nas mesmas
condições de pressão e temperatura, sejam iguais. Com efeito, se o CO2 é mais denso que o ar,
há compensação pela presença de hidrocarbonetos e vapor de água, menos densos que o ar.
Designando-se por “p” e “p1” respectivamente, os pesos das colunas de ar e dos gases da
combustão, por “Z” o fator de compressibilidade dos gases da combustão, a força motriz “f “ que
produz o movimento ascensional da coluna de gases será: f = p − p1 = H x S x ( δ − δ1 ),
Z × (t1 − t )
A depressão (tiragem) causada será: ho = H × δ1 × mmca de água
1+ Z × t
85
Conclui-se que a tiragem:
ho
vo = 2 × g× m/s (4)
δ1
ho
Qo = S × v o = S 2× g× m3 /s (5)
δ1
Direção e velocidade do vento: quando o vento sopra inclinado de baixo para cima,
aumenta a tiragem e, quando de cima para baixo, diminuem, podendo anulá-la no caso
de grande velocidade.
86
10 ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO
A água de alimentação do gerador de vapor originada da concessionária local ou obtida por meio de
poços artesianos, deve ser tratada de modo a inibir a possibilidade de formação de incrustações
decorrentes de impurezas normalmente encontradas nas águas (sólidos dissolvidos, sólidos em
suspensão, óleo e gases ), e que irão afetar seriamente a transmissão de calor entre os gases de
combustão e à água.
Exemplo numérico
Se 1 litro de água contiver 90mg de CaO e 43mg de MgO a dureza total será 15o dHG, pois:
Alcalinidade
Exprime a presença de íons dos sais de carbonato, bicarbonato, hidróxidos, fosfatos, silicatos; sendo
os carbonatos, os bicarbonatos e os hidróxidos os mais relevantes. A alcalinidade é detectada pelos
indicadores de dimetil orange (AM) e de fenolftaleína (AF).
Cloretos
Estes sais, por serem altamente solúveis, permitem estabelecer a percentagem de descarga da
água da caldeira, aconselhando-se não exceder a faixa de 10 a 12 vezes a concentração dos
cloretos da água da caldeira em relação aos da água de alimentação.
87
10.2 TRATAMENTO DE ÁGUA PARA CALDEIRAS
A qualidade da água de alimentação dos geradores de vapor pode ser assegurada, por
tratamentos externos (leito misto) ou interno (por adição de solução no tanque de água de
condensado). É recomendado o seguinte padrão para qualidade de água.
Condição geral limpa, incolor
Condutividade a 25 oC < 50 µs / cm
PH at 25 oC >9
Oxigênio < 0.02 mg / kg
Total Fe < 0.02 mg / kg
Total Cu < 0.003 mg / kg
Si 02 < 0.03 mg / kg
Consumo de KMn 04 < 5.0 mg / kg
Óleo < 0.5 mg / kg
Etapas:
1 – Operação
2 – Retrolavagem
3 –Regeneração catiônica
4 – Regeneração aniônica
5 – Enxágüe
6 – Drenagem
7 – Mistura
8 – Refil
9 - Enxágüe
88
11 DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR
11.1 INTRODUÇÃO.
Na concepção do sistema de vapor o projetista deve ser hábil quanto à definição do fluxograma
processual, observando:
Pontos de consumo de vapor – devem estar dentro das possibilidades, o mais próximo possível
da Casa de Caldeiras, a fim de minimizar-se os custos de instalação, obtendo-se trajetos mais
curtos da tubulação de vapor e condensado, assim como as perdas de calor para o exterior
pelas paredes dos tubos.
As distâncias às vezes podem ser de tal ordem que as perdas de carga se tornam elevadas
forçando aumentar a Pressão Máxima de Trabalho Permissível da caldeira o que onera o custo.
É importante relevar a necessidade de instalação de sistemas de condensado na rede
distribuidora de vapor que obviamente numa rede extensa se torna mais complexo e
dispendioso.
Redes de drenagem – Duas redes devem ser previstas. Uma trabalhará sob pressão da caldeira
(rede fechada) e outra que estará à pressão atmosférica (rede aberta). Estas redes devem ser
independentes para se evitar problemas de retorno, desaguando em um tanque coletor, externo
à Casa de Caldeira (vide desenho da Casa de Caldeira).
89
11.2.1 Fluxograma
90
11.3 REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR
Exemplo numérico
Considerando:
vazão 470 kg / h
comprimento da rede 150 m
pressão manométrica no inicio do trecho 7,0 kgf / cm2
pressão manométrica no fim do trecho 6,5 kgf / cm2
calcular o diâmetro.
Solução
Verificação
4 × 0,2448 × 470
v: = 14,76 m / s → ok
π × 3600 × 0,0525 2
91
11.4 CONDENSADO FORMADO NO AQUECIMENTO DA TUBULAÇÃO.
dn = 4 × Q × v e × ( i i − i r ) / ( π × v × c l × 3600 )
dn : diâmetro nominal m
Q : vazão de condensado kg / h
ve: volume específico do vapor m3 / kg
ii : entalpia do condensado na pressão inicial kcal / kg
if : entalpia do condensado na pressão final kcal / kg
v : velocidade de escoamento m/s
cℓ : calor latente do vapor na pressão do retorno (final) kcal / kg
Exemplo numérico
Considerando: vazão de condensado 3000 kg / h
pressão inicial 11 kgf / cm2
pressão final 0,35 kgf / cm2
velocidade 10 m / s
Calcular: o diâmetro da rede de condensado.
Solução
Pela tabela de vapor: ii = 663,9 kcal / kg (na pressão absoluta de 11,0 kgf / cm2)
if = 628,2 kcal / kg (na pressão absoluta de 0,35 kgf / cm2)
ve = 4,614 m3 / kg ( a 0,35 kgf / cm2)
cℓ = 556 kcal / kg ( a 0,35 kgf / cm2)
93
11.6.1 DIAGRAMA DE MONTAGEM
A
← Fechar 0,80 0,51 0,77 0,54
abrir → 0,75 0,46 0,72 0,47
Globo
B
← Fechar 0,80 0,52 0,80 0,54
abrir → 0,90 0,65 0,89 0,68
95
12.2 Dimensionamento das válvulas de segurança / alívio (segundo W. BURGER)
Solução -
Orifício (A) da válvula de alívio: 405 ÷ 50 x 71 = 0,11 pol2 ⇒ orifício,”D”, válvula 1” x 2”
CV da válvula redutora
96
13 ISOLAMENTOS TÉRMICOS
Montagem dos Isolamentos Térmicos
Observações
1 - Material mais usado para tubulação quente
2 - Material especificado nas normas PNB-141 e PEB-221 da ABNT, e C-345 da ASTM
3 - Material de emprego tradicional antes do aparecimento do hidrossilicato de cálcio
4 - Material especificado na norma C-320 da ASTM
5 - Material de custo elevado, podendo ser mais econômico devido à menor condutividade
térmica
6 - Material flexível e capaz de absorver grandes dilatações dos tubos
7 - Material não recomendado quando existem cargas externas na tubulação
8 - Material de custo elevado e de alta condutividade térmica. Indicado para T> 650°C
9 - Material macio, flexível e leve
10 - Material muito usado para tubulações de baixas temperaturas
11 - Para uso em baixas temperaturas
12 - Material moldado ou granulado e aglutinado
13 - Material de boa resistência a choques e vibrações
14 - Empregado como segunda camada para recobrimento.
97
Espessura do isolamento térmico
2π K × L × ( Ts − Ta )
Qt = , onde:
r k
2,3log e +
ri re ( h + 0,9hr )
Qt = quantidade de calor trocada na unidade de tempo em BTU / hora
L = comprimento do tubo em pés
Ts = temperatura do tubo em oF
Ta = temperatura ambiente em oF
re = raio externo do isolamento em pés
ri = raio interno do isolamento em pés
h = coeficiente de convecção em BTU / pe2 x hora x oF
hr = coeficiente de radiação em BTU / pe2 x hora x oF
K = coeficiente de condutividade térmica na temperatura em BTU / pé x hora x oF
o
Coeficiente K em BTU / pé x hora x F
Temperaturas da tubulação 40o C 100o C 200o C 300o C
Lã de vidro 0,47 0,50 0,57 0,69
Lã de rocha 0,32 0,37 0,50 0,64
98
13.2 ESPESSURA DO ISOLAMENTO
∆t: maior diferença de temperatura que possa haver entre o fluido que entra e o fluido da
tubulação.
- localização da tubulação
- temperatura ambiente
- umidade do ar
- velocidade do vento.
Em função destes fatores locais os dados fornecidos pelos fabricantes sobre coeficientes de
transmissão de calor, devem ser utilizados com cautela.
Na maioria dos casos, utilizam-se espessuras já consagradas pelo uso, conforme tabela:
99
CAPÍTULO IV
RESFRIAMENTO DE ÁGUA
TORRES DE ARREFECIMENTO
100
1 INTRODUÇÃO
1 – Escada 7 – Entrada de ar
2 – Apoio do ventilador 8 – Corrimão
3 – Motor do ventilador 9 – Enchimento
4 – Eixo de acionamento 10 – Canal secundário
5 – Ventilador axial 11 – Eliminador de gotas
6 – Redutor 12 – Canal principal
13 – Entrada de água
101
2 PRINCIPAIS COMPONENTES CONSTRUTIVOS DAS TORRES
102
2.2 VENTILADORES PARA TORRE
São ventiladores axiais constituídos pelas pás de alumínio extrudado, e pelo cubo de aço. O
cubo acha-se ligado diretamente ao eixo vertical do redutor.
O cilindro de descarga do ventilador é de altura elevada, a fim de garantir menor potência. Este
aumento de altura reduz consideravelmente a possibilidade de recirculação de ar quente.
Um dos principais cuidados que se deve ter com este tipo ventilador é referente às vibrações,
que poderão ocorrer no caso de:
Neste caso o ventilador é do tipo centrifugo de dupla aspiração, com flange circular nas
conexões de entrada, permitindo sua ligação, com os filtros de ar. O acoplamento com o motor
elétrico pode ser feito através de conjunto polia / correia ou por redutores engrenados.
103
2.3 ENCHIMENTO
As partes colocados dentro da torre a fim de efetuarem a troca de massa e calor entre a água
circulante e o ar passado pela torre.
Tubo ou calha para levar água do tubo ou calha de distribuição central aos bocais de descarga
das torres com enchimento.
104
3 TERMINOLOGIA
Água Adicionada (Make up) - Água adicionada à água de circulação a fim de repor a água
perdida no sistema devido à evaporação, arraste e vazamento.
Altura Manométrica Total - (Total Pumping Head) - Altura manométrica da bomba, necessária para elevar
a água até o nível do sistema de distribuição.
Altura Manométrica da Torre - (Tower Pumping Head) - Aquela parcela da “Altura Manométrica
Total” referente à distância entre a borda de água fria da torre e o centro de flange de conexão
do sistema de distribuição de água quente. Expressa em metros de coluna de água.
Bacia de Coleta de Água Fria (Cold Water Basin) - Dispositivo debaixo da torre com finalidade
de coletar a água fria da torre e direcionar esta água para a linha ou caixa de sucção.
Bacia de Distribuição - (Distribution Basin) - Bacia rasa e elevada, situada acima do enchimento
a fim de distribuir água dentro da torre.
Bacia de Redistribuição (Redistribution Basin) - Uma bacia elevada usada para redistribuir água
dentro da torre.
Borda da Bacia (Basin Curb) - Parte superior da parede lateral da bacia de coleta de água fria, geralmente
é a referência para indicação das cotas da torre.
Caixa de Sucção (Sump) - A parte mais baixa da bacia de coleta de água fria, usualmente o
ponto de conexão de sucção.
Carga Térmica - (Heat Load) - Calor removido da água circulante da torre. É igual ao produto da
vazão de água pelo resfriamento.
Célula (Cell) - Menor subdivisão de uma torre a qual poderá funcionar como unidade
independente com respeito aos fluxos de ar e água; as células estão ligadas umas às outras ou
por paredes de fechamento ou por paredes divisórias. Cada célula poderá possuir um ou mais
ventiladores e cilindros e um ou mais sistemas de distribuição.
Cilindro de Descarga - (Discharge Stack) - Extensão direcionada para cima, fechada por
paredes laterais acima do nível dos eliminadores a fim de direcionar o ar de saída dos
ventiladores em direção vertical; em torres de indução.
105
Cilindro do Ventilador - (Fan Stack) - Estrutura envolvendo a descarga do ventilador em torres
de tiragem induzida com o formato de cilindro ou cilindro modificado.
Conexão de Entrada - (Inlet Connection) - Flange ao qual se ligará o tubo de alimentação de água quente.
Temperatura de Bulbo Úmido de Entrada - (Entering Wet Bulb Temperature) - Média das
temperaturas de bulbo úmido do ar de entrada; incluem parcela devido ao efeito de recirculação.
Torre de Resfriamento de Água de Tiragem Mecânica - (Mechanical Draft Water-Cooling Tower) – Torre
na qual a movimentação do ar se dá através de um ou mais ventiladores ou qualquer outro equipamento
mecânico. Existem genericamente dois tipos:
Tiragem Forçada -Na qual um ou mais ventiladores são colocados na zona de entrada do ar.
Tiragem Induzida - Na qual um ou mais ventiladores são colocados na zona de saída do ar.
106
4 TIPOS DE TORRE.
107
• TORRE DE RESFRIAMENTO COM TIRAGEM MECÂNICA INDUZIDA.
108
5 RECIRCULAÇÃO E INTERFERÊNCIA
5.1 Recirculação
A recirculação pode ser entendida como uma contaminação do ar de entrada devido à mistura do ar
de exaustão saturado da torre com o ar atmosférico, aumentando a temperatura de bulbo úmido de
entrada na torre.
Torre
Torre Torre
Recirculação Interferência
A orientação de uma torre em relação à direção dos ventos prevalecentes poderá amenizar o
efeito de recirculação, com isso melhora a performance da torre.
109
Tabela 1 - Fator F1
Correção do Bulbo Úmido devido à Aproximação (A), e ao Resfriamento (R) em oF
R 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
A
5 0.29 0.47 0.64 0.80 0.97 1.14 1.30 1.47 1.63 1.80
6 0.31 0.49 0.68 0.85 1.03 1.20 1.37 1.56 1.73 1.91
7 0.33 0.51 0.71 0.89 1.08 1.25 1.44 1.63 1.83 2.01
8 0.35 0.53 0.74 0.93 1.12 1.30 1.50 1.70 1.91 2.10
9 0.37 0.55 0.76 0.97 1.16 1.35 1.56 1.77 1.97 2.18
10 0.39 0.57 0.78 1.00 1.20 1.40 1.62 1.83 2.04 2.25
11 0.41 0.59 0.81 1.04 1.24 1.45 1.66 1.88 2.09 2.31
12 0.43 0.61 0.84 1.07 1.27 1.49 1.70 1.92 2.13 2.36
13 0.45 0.63 0.86 1.10 1.30 1.52 1.74 1.96 2.17 2.40
14 0.46 0.65 0.88 1.13 1.33 1.55 1.77 1.99 2.21 2.44
15 0.47 0.67 0.90 1.15 1.36 1.57 1.80 2.02 2.25 2.47
16 0.49 0.69 0.93 1.18 1.39 1.61 1.83 2.06 2.29 2.52
17 0.51 0.70 0.95 1.20 1.42 1.64 1.86 2.10 2.33 2.57
18 0.52 0.72 0.97 1.22 1.44 1.66 1.89 2.13 2.37 2.61
19 0.53 0.74 0.99 1.24 1.46 1.68 1.92 2.16 2.40 2.64
20 0.54 0.75 1.00 1.26 1.48 1.70 1.95 2.19 2.43 2.67
21 0.55 0.77 1.02 1.28 1.50 1.73 1.98 2.22 2.46 2.70
22 0.56 0.79 1.04 1.30 1.52 1.76 2.00 2.25 2.49 2.73
23 0.57 0.80 1.05 1.31 1.54 1.78 2.02 2.27 2.52 2.76
24 0.58 0.81 1.06 1.32 1.56 1.80 2.04 2.29 2.54 2.79
25 0.58 0.82 1.07 1.33 1.57 1.82 2.06 2.31 2.56 2.81
Tabela 2 - Fator F2
Correção do Bulbo Úmido devido ao Efeito de Recirculação
110
5.2 Interferência
Torres menores de 80m de comprimento deverão ser alinhadas com a direção dos ventos
prevalecentes no verão. Torres maiores de 80m de comprimento deverão ser alinhadas
perpendicularmente à direção dos ventos prevalecentes. Existindo já uma torre de resfriamento e
colocando-se uma segunda nas adjacências da existente deve-se, a fim de evitar o fenômeno de
interferência, observar:
Caso 1: em que a torre existente situa-se perpendicularmente à direção dos ventos
prevalecentes no verão, a interferência da torre velha sobre a nova é minimizada se a colocação
da torre nova for paralela à existente e a distância “d” entre ambas for maior que a média dos
comprimentos de ambas as torres.
Caso 2: em que a torre existente situa-se paralelamente à direção dos ventos prevalecentes no verão, a
interferência da torre velha sobre a nova é minimizada se a colocação de torre nova for paralela à existente
e a distância “d” entre ambas for maior que a média dos comprimentos de ambas as torres.
Caso 3: em que a torre existente situa-se a 45º em relação à direção dos ventos. A influência da torre velha sobre
a nova é minimizada se a colocação da torre nova for paralela à existente, e a distância entre ambas projetadas
perpendicularmente à direção dos ventos prevalecentes, for maior que a média dos comprimentos de ambas as
torres. As paredes frontais de ambas as torres devem ser paralelas, a fim de se conseguir a condição acima
mencionada.
111
6 IMPLANTAÇÃO
Na implantação destes sistemas, vários parâmetros deverão ser considerados afim de que a
performance da torre escolhida como se verá depois, corresponda às necessidades do usuário.
Na definição destes parâmetros há de se considerar os trocadores que operam em circuito
aberto e os que operam em circuito fechado. Nos circuitos abertos, aconselha-se a circulação de
água, com a qualidade:
pH 7- 9
dureza como CaCO3 260 mg / l
sólidos em suspensão 50 mg / l
sílica 200 mg / l
cloretos 400 mg / l
sulfatos 600 mg / l
tamanho das partículas 0, 2 mm (máx.)
pH 7- 8
sílica 40 mg / l
cloretos 50 mg / l
sulfatos 150 mg / l
salinidade 400 mg / l
sólidos em suspensão 50 mg / l
tamanho das partículas 0,2mm (máx.)
Para determinação do balanço térmico e dos cálculos hidráulicos requeridos, os seguintes dados
deverão ser levantados:
O processo de resfriamento deve ser definido com base no fluxograma ( ver Item 7).
112
7 FLUXOGRAMA
113
8 PARAMETROS DIMENSIONAIS
v 1 × t q1 + v 2 × t q2 + v n × t qn
tm = , onde: v1...vn -vazão de água em m3 / h
v1 + v 2 + v n
tq1 ... tqn-temperatura da água quente em ºC
G ar - vazão mássica do ar em kg / h
m × c págua × t q − t f
Gar = m - vazão mássica de água em kg / h
i 2 − i1
Cp - calor específico de água em kcal / kg x ºC
tq - temperatura da água quente em ºC
tf - temperatura da água fria em ºC
i2 - entalpia do ar na saída da torre (saturado) em kcal / kg
i1 - entalpia do ar na entrada da torre em kcal / kg
V - vazão de make-up em m3 /h
Esta expressão é aplicada apenas à parcela correspondente às perdas por evaporação. Devem ser
adicionadas às parcelas correspondentes às perdas por arraste e de blow-down. Ver exemplo
página115.
114
9 DIMENSIONAMENTO TÉRMICO – Exemplo Numérico
- Temperatura média
tm: (45 x 40 +150 x 55) ÷ (45 +150) = 51,53 ºC
- Carga térmica
Q: (45 + 150) x 103 x 0,987 x (51,53-35) = 3.181,44 x 103 kcal / h
3
Nota: o fator multiplicativo “10 x 0,987” que corresponde ao peso específico da água, está
introduzido para corresponder a vazão volumétrica à vazão mássica de água.
115
TABELA 3 – VAZÃO DE BLOW- DOWN
Fonte original: “Drew Principles of Industrial Water Tratment” - pág. 255 – Edição 1977
Nota: 1) oC x 1,8 + 32 = oF
116
10 DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR
Considerando os referenciais:
vazão de água fria 195000 m3 / h
temperatura de água fria 35ºC
temperatura de água quente 51,53ºC
calor especifico da água 0,85 kcal / kg x oC
temperatura de bulbo úmido do ar ( na entrada da torre) 32ºC (89,6ºF)
temperatura de bulbo úmido (ar saturado na saída da torre) 51,53ºC (124,7ºF)
Solução:
Cálculo das entalpias do ar ( ver Item 16.1.1 , tabelas 4 e 5 páginas 127,128, 129 e 130)
na entrada: i1 : 0,24 x 89,6 + 0,03078 x 1100,3 = 55,36 Btu / lb → (30,75 kcal / kg)
na saída: i2 : 0,24 x 124,7 + 0,09200 x 1115,6 = 132,55 Btu / lb → (73,63 kcal / kg)
117
10.2.2 Torres com tiragem induzida
Calcular a altura “h“ do tanque coletor, de modo a assegurar no ponto “2” uma vazão de 195 m3 /
h a 5 mca, conforme visto no fluxograma (Item 7).
Solução:
Aplicando Bernoulli
v 12 v2
P1 / ρ g + + Z1 = P2 / ρ g + 2 + Z 2 + J ,
2g 2g
tem-se:
v1 = 0
h = Z1 - Z2
Q = 195 m3 / h = 0,05417 m3 / s
J = 0 (suposto não ter perda de carga)
P1 = atmosférica ( “zero” manométrica)
P2 / ρ g = 5,0 mca (manométrica)
patm P v2
+ h= 2 + ∴ h = P2 / ρ g + v 2 / 2g ,
ρg ρg 2g
22
para: v = 2,0 m / s ⇒ h = 5 + = 5,2 m
2 × 9,81
118
12 Tanque de Equalização
Como a pressão mínima no sistema ocorrerá quando o gás ocupar um volume correspondente a
dois terços do volume do tanque, podemos concluir que o volume do gás inerte necessário para
garantir a pressão máxima será:
Solução:
- Massa de água
- Variação volumétrica
119
13 SELEÇÃO DE TORRE
A escolha de uma torre de arrefecimento far-se-á com base nos informes constantes na Folha de
Dados (Item 13.1 ) e nas curvas de seleção.
Normalmente estas curvas são lançadas em dois hemisférios.
A Curva 1 define a temperatura da água resfriada. O eixo das ordenadas é graduado em graus
Celsius, determinando a temperatura de bulbo úmido local.
A Curva 2 define o diferencial de temperatura requerida entre a água quente e a água resfriada.
A Curva 3 define o modelo a ser selecionado segundo o código especificado pelo fornecedor.
O eixo das abscissas graduado em m3 / h determina a vazão da água a ser resfriada.
- Segundo: a partir da temperatura marcada e segundo a direção do eixo das abscissas, traçar reta
até a interseção com a curva 1 ( ponto 1 ).
- Terceiro: a partir do ponto1 segundo a direção do eixo das ordenadas, traçar uma reta até a
intercessão com a curva 2 ( ponto 2 ).
- Quarto: marcar a vazão de água a ser resfriada. Por este ponto traçar uma reta segundo a
direção do eixo das ordenadas.
- Quinto: traçar uma reta a partir do ponto 2 segundo a direção do eixo das abscissas. A
intercessão no ponto 3, determinará o modelo da torre (curva 3).
120
13.1 FOLHA DE DADOS TORRE DE ARREFECIMENTO
121
14 OPERAÇÃO DA TORRE
Limpeza geral
Proceder à completa limpeza da torre especialmente na bacia inferior de captação de água.
Inspeção
Fazer inspeção conforme abaixo:
• verificar se os redutores estão cheios de óleo de lubrificação até a marca de nível do visor;
• verificar se todos os parafusos de fixação no suporte, motor, redutor e ventilador estão
devidamente apertados;
• verificar cuidadosamente o aperto dos parafusos das pás dos ventiladores nos cubos,
usando ferramentas com indicação de torque aplicado;
• verificar a ligação dos cubos com o eixo do redutor;
• proceder à inspeção geral do tubo de alimentação de água quente;
• inspecionar a ligação de força dos motores, o isolamento e a lubrificação dos mesmos,
segundo as instruções do fabricante;
• verificar a possível existência de água de condensação no óleo do redutor, drenar, se
necessário, pela marca feita no visor;
• movimentar manual e cuidadosamente o ventilador, observando o sentido de rotação
indicado a fim de possibilitar uma prévia lubrificação das engrenagens superiores do redutor.
Antes de colocar todo o sistema em operação, fazer a água circular através da torre,
continuamente, por alguns dias. Iniciar a operação lentamente, célula por célula. Aconselha-se, a
fim de proteger as bombas, que a água inicial de circulação seja eliminada. Esta circulação de
água permitirá uma limpeza final em todas as bacias e no enchimento, removendo os pequenos
detritos restantes. Em seguida após a paralisação da operação, drenar o sistema, inspecionar e
limpar, caso necessário, a bacia coletora e a tomada de água das bombas.
14.2 OPERAÇÃO
122
15 TESTES EM TORRES
Os testes nas torres de resfriamento servem para confrontar os dados de projeto com a
performance efetiva da torre.
Como na prática as variáveis mais importantes de projetos, a temperatura de água quente, a
temperatura de água fria, a temperatura de bulbo úmido e a vazão de água não coincidem
exatamente com os dados do projeto, efetua-se os testes em condições diferentes das de
projeto. Resulta portanto a necessidade de interpretar os resultados das medições para
finalmente se determinar a capacidade efetiva da torre testada. O teste de aceitação será
desenvolvido com base na norma ATP105 do Cooling Tower Institute, e executado em prazo não
superior a doze meses após a montagem da torre.
• o sistema de distribuição deverá estar limpo e isento de materiais estranhos que possam
obstruir ou impedir a vazão normal da água;
• o equipamento mecânico deverá estar em bom funcionamento, com os ventiladores
ajustados, tanto na rotação adequada como no consumo especificado;
• os eliminadores de gotas deverão estar limpos e isentos de algas e outros depósitos que
possam impedir a vazão normal do ar;
• o enchimento deverá estar isento de materiais estranhos tais como óleo, material
betuminoso, incrustações ou algas;
• o nível da água na bacia coletora de água fria deverá estar na altura normal e deverá ser
mantido substancialmente constante durante o teste.
• a temperatura de bulbo úmido deverá situar-se numa faixa entre 3ºF acima e 7ºF abaixo da
temperatura de bulbo úmido de projeto;
• a carga térmica deverá situar-se numa faixa de 20% acima e abaixo da especificada. Caso
uma ou mais células estejam desligadas, esta limitação aplica-se somente às células em
operação;
• a faixa de resfriamento deverá situar-se 20% acima ou abaixo da especificada;
• a vazão de água em circulação deverá situar-se numa faixa de 10% acima e/ou abaixo da
especificada. No caso de uma torre multicelular é permissível desligar-se uma ou mais
células caso não se consiga obter a vazão desejada. Em hipótese alguma a vazão total
deverá situar-se abaixo de 75% da vazão especificada para torre inteira;
• a água em circulação não poderá conter mais de 5000 ppm de sólidos totais dissolvidos
determinados por evaporação, e não mais de 10 ppm de óleo, material betuminoso, ou
substâncias graxas, salvo haja um acordo especificado entre o fabricante e o comprador;
• a velocidade média dos ventos não deverá ultrapassar 16 km / h, leituras instantâneas de 1
minuto não deverão exceder 24 km / h.
123
15.1.3 Constância das condições de teste
Durante o teste a variação das condições estabilizadas, deverão ser mantidas dentro dos
seguintes limites.
• deverá ser efetuada por um dos recursos descritos: placa de orifício, medidor Venturi,
medidor volumétrico ou vertedouro.
• deverão ser efetuadas com termômetro de resistência ou de mercúrio, com graduação de 2oF.
124
Medição da temperatura de bulbo úmido:
Nota: Adota-se como leitura num determinado instante, a média de 3 leituras consecutivas com
intervalos de 10 seg. A média aritmética de 6 medidas (cada com 3 leituras) será a
temperatura de entrada na torre e será o valor empregado para a avaliação dos testes.
Qualidade da água:
• Durante o teste deve-se separar uma amostra de água. Caso haja dúvida quanto à
contaminação da água, deve-se enviar esta a um laboratório.
• O ciclo de concentração considerado no projeto não poderá ser alterado durante os testes.
125
16 CURVAS
É uma curva que representa no gráfico de coordenadas KaV/L e L/G o serviço térmico das
condições de projeto. Representa para as condições de temperatura de água quente, água fria e
bulbo úmido, o necessário KaV/L em função de várias relações L/G.
Intuitivamente sabe-se que se efetuarmos o mesmo serviço térmico de resfriamento, com uma
vazão de ar maior, necessitaremos menor “capacidade” de torre; ou seja a um L/G menor
correspondem KaV/L menores, e a um L/G maior correspondem KaV/L maiores. Do acima
exposto concluímos que se trata de uma curva ascendente para a direita.
KaV tq dt
Determinação da Curva de Projeto - segundo a equação de Merkel.
L
= ∫ tf H − h
Nesta equação tem-se
tq : temperatura da água quente
tf : temperatura da água fria
H : entalpia da mistura ar – vapor de água na temperatura
h ; entalpia da mistura ar- vapor de água na temperatura de
equilíbrio do bulbo úmido
a : área do filme de ar envolvendo a gotícula de água
G : vazão mássica de ar seco
K : coeficiente de condutância global de transferência de massa
entre o ar saturado na temperatura do fluxo de água, a água e o ar.
L : vazão mássica de água
V : volume ativo de resfriamento por unidade de área
KaV tq dt t −t 1 1 1 1
Resolvendo esta integral, teremos: =∫ = q f + + + onde,
L tf
H−h 4 ∆h1 ∆h 2 ∆h3 ∆h 4
126
16.1.1 Traçado da Curva de Projeto - Exemplo numérico
Considerando-se : tq = 116,0 oF, tf = 86, 0 oF, tbu = 76,0 oF, as temperaturas intermediarias
de 10, 40, 60 e 90% de (tq-tf) e L/G = 0,80, calcular o respectivo KaV/L
Temperatura oF H h H-h
tbu = 76,0 39,57
tf = 86,0
Hbu + 0,1 L/G ( tq –tf )
tf + 0,1(tq - tf ) = 89,0 54,56 12,59
39,57 + 0,1 x 0,8 (116 – 86) = 41,97
Hbu + 0,4 L/G ( tq –tf )
tf + 0,4(tq - tf) = 98,0 68,23 19,06
39,57 + 0,4 x 0,8 (116 – 86) = 49,17
Hbu + 0,6 L / G ( tq –tf )
tq - 0,4(tq - tf ) = 104,0 79,32 25,35
39,57 + 0,6 x 0,8 (116 – 86) = 53,97
Hbu + 0,9 L/G ( tq –tf )
tq - 0,1(tq - tf ) = 113,0 99,71 38,54
39,57 + 0,9 x 0,8 (116 – 86) = 61,17
tq = 116,0
Cálculo do H
O valor H, da entalpia do ar úmido é determinado pela expressão:
Analogamente para L/G = 1,00 → KaV / L=1,647. Para L/G=1,20 → KaV / L=1,868.
127
TABELA 4
Propriedades termodinâmicas do ar saturado na pressão atmosférica de 101.325 kPa
Fonte original: Stoecker páginas 418 e 419.
Volume
o Pressão de Umidade Entalpia
t, C específico,
vapor, kPa absoluta, kg / kg kJ / kg
m3 / kg
-40 0.01283 0.000079 0.6597 -40,041
-35 0.02233 0.000138 0.6740 -34,868
-30 0.03798 0.000234 0.6884 -29,600
-25 0.06324 0.000390 0.7028 -24,187
-20 0.10318 0.000637 0.7173 -18,546
-18 0.12482 0.000771 0.7231 -16,203
-16 0.15056 0.000930 0.7290 -13,795
-14 0.18107 0.001119 0.7349 -11,314
-12 0.21716 0.001342 0.7409 -8,745
-10 0.25971 0.001606 0.7469 -6,073
-8 0.30975 0.001916 0.7529 -3,285
-6 0.36848 0.002280 0.7591 -0,369
-4 0.43716 0.002707 0.7653 2,724
-2 0.51735 0.003206 0.7716 5,991
-0 0.61072 0.003788 0.7781 9,470
1 0.6566 0.00407 0.7813 11.200
2 0.7055 0.00438 0.7845 12.978
3 0.7575 0.00471 0.7878 14.807
4 0.8130 0.00505 0.7911 16.692
5 0.8719 0.00542 0.7944 18.634
6 0.9347 0.00582 0.7978 20.639
7 1.0013 0.00624 0.8012 22.708
8 1.0722 0.00668 0.8046 24.848
9 1.1474 0.00716 0.8081 27.059
10 1.2272 0.00766 0.8116 29.348
11 1.3119 0.00820 0.8152 31.716
12 1.4017 0.00876 0.8188 34.172
13 1.4969 0.00937 0.8225 36.719
14 1.5977 0.01001 0.8262 39.362
15 1.7044 0.01069 0.8300 42.105
16 1.8173 0.01141 0.8338 44.955
17 1.9367 0.01218 0.8377 47.918
18 2.0630 0.01299 0.8417 50.998
19 2.1964 0.01384 0.8457 54.205
20 2.3373 0.1475 0.8498 57.544
21 2.4861 0.01572 0.8540 61.021
22 2.6431 0.01674 0.8583 64.646
23 2.8086 0.01781 0.8626 68.425
24 2.9832 0.01896 0.8671 72.366
25 3.1671 0.02016 0.8716 76.481
26 3.3609 0.02144 0.8763 80.777
27 3.5649 0.02279 0.8811 85.263
28 3.7797 0.02422 0.8860 89.952
29 4.0055 0.02572 0.8910 94.851
128
(Tabela 4 continuação )
Volume
Pressão de Umidade Entalpia
t, oC específico,
vapor, kPa absoluta, kg/kg kJ / kg
m3 / kg
30 4.2431 0.02732 0.8961 99.977
31 4.4928 0.02900 0.9014 105.337
32 4.7552 0.03078 0.9068 110.946
33 5.0308 0.03266 0.9124 116.819
34 5.3201 0.03464 0.9182 122.968
35 5.6237 0.03674 0.9241 129.411
36 5.9423 0.03895 0.9302 136.161
37 6.2764 0.04129 0.9365 143.239
38 6.6265 0.04376 0.9430 150.660
39 6.9935 0,04636 0.9497 158.445
40 7.3778 0.04911 0.9567 166.615
40 7.3778 0.04911 0.9567 166.615
41 7.7803 0.05202 0.9639 175.192
42 8.2016 0.05509 0.9713 184.200
43 8.6424 0.05833 0.9790 193.662
44 9.1036 0.06176 0.9891 203.610
45 9.5856 0.06537 0.9954 214.067
46 10.0896 0.06920 1.0040 225.068
47 10.6161 0.07324 1.0130 236.643
48 11.1659 0.07751 1.0224 248.828
49 11.7402 0.08202 1.0322 261.667
50 12.3397 0.08680 1.0424 275.198
52 13.6176 0.09720 1.0641 304.512
54 15.0072 0.10887 1.0879 337.182
56 16.5163 012198 1.1141 373.679
58 18.1531 0.13674 1.1429 414.572
60 19.9263 0.15341 1.1749 460.536
62 21.8447 0.17228 1.2105 512.391
64 23.9184 0.19375 1.2504 571.144
66 26.1565 0.21825 1.2953 638.003
68 28.5701 0.24638 1.3462 714.531
70 31.1693 0.27884 1.4043 802.643
75 38.5562 0.38587 1.5925 1092.010
80 47.3670 0.55201 1.8792 1539.414
85 57.8096 0.83634 2.3633 2302.878
90 70.1140 1.41604 3.3412 3856.547
129
TABELA 5
Propriedades da água saturada / líquido – vapor (Fonte -Shapiro pág. 617)
130
16.2 CURVA CARACTERÍSTICA
É a curva que representa no gráfico de coordenadas KaV / L e L / G o serviço térmico que a torre
pode fornecer, ou seja, sua capacidade. Sabe-se que se numa torre passa muito ar pela mesma,
ou com L / G baixos, esta torre deverá possuir um KaV / L alto. Analogamente vale o raciocínio
oposto. Assim conclui-se que esta curva será descendente para a direita.
KaV / L
L/G
São famílias de curvas representadas num gráfico de coordenadas de temperaturas de bulbo úmido e
de temperaturas de água fria. Neste gráfico colocam-se uma família de curvas para determinadas
faixas de aproximação e normalmente para 90% e 110% de vazão de projeto.
131
16.4 AVALIAÇÃO DO RESULTADO DO TESTE (condição de aceitação ).
Conceituação
Neste caso a avaliação nada mais é que um processo de interpolação, a fim de permitir
uma comparação entre a capacidade efetiva e a capacidade prevista nas curvas de
performance. As soluções de duas equações e a construção de dois gráficos nos levam a
encontrar a capacidade da torre.
Esta equação serve para predizer a vazão de água que a torre poderia resfriar, dentro das
temperaturas de teste se os ventiladores fossem ajustados para a potência especificada (de
projeto). É baseada nas seguintes hipóteses:
Ambas hipóteses não são totalmente válidas, porém como as condições operacionais de teste
limitam faixas de desvios pequenas em relação aos dados de projeto, pode-se assumi-las como
verdadeiras.
132
Exemplo Numérico
Lançar os valores de projeto ( Pr ) e os de teste ( Te ) no quadro abaixo:
133
Solução
1
Etapa 1 - Vazão de teste ajustada 13.100 × (230/218 ) 3 = 13.336 gpm
Etapa 2 - Temperatura de água fria para a temperatura de bulbo úmido do teste (71,4 ºF)
Resfriamento ºF 12.600 gpm 14.000 gpm 15.400 gpm
20 79,90 80,87 81,82
25 80,96 82,05 83,12
30 81,90 83,10 84,20
35 82,74 83,93 85,10
40 83,50 84,70 85,92
134
16.4.2 Avaliação através de Curva Característica
1/ 3
vazão de teste potênci a de projeto
1. L / G de teste = L / G de projeto × ×
vazão de projeto potência de teste
135
Solução
13
13.100 230
L G teste = 0,992 × × = 0,945
14.000 218
- Determinação da KaV / L do teste
Temperatura oF H h H-h
tbu = 71,40 35,32
tf = 82,70
tf + 0,1 (Tq -Tf) = 85,85 50,53 35,32 + 0,1 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 38,296 12,234
tf + 0,4 (Tq -Tf) = 95,30 63,79 35,32 + 0,4 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 47,227 16,563
tq – 0,4 (Tq -Tf) =101,60 74,67 35,32 + 0,6 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 53,180 21,490
tq – 0,1 (Tq -Tf) =111,05 94,72 35,32 + 0,9 x 0,945 (114,2 – 82,7) = 62,110 32,610
tq = 114,20
- Determinação do L / G pré-ditado
Colocando-se o ponto de teste no gráfico e, por este, traçando uma curva paralela à
característica na interseção, teremos o ponto previsto ( L/G = 1,013 ), onde a torre realmente
trabalharia, se as condições fossem as de projeto.
1,013
% capacidade = × 100 = 102,1
0,992
136
CAPÍTULO V
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
PROJETO
DIMENSIONAMENTOS
137
1 TUBULAÇÕES INDUTRIAIS
NÃO METÁLICOS
Materiais plásticos - Cloreto de polivinil (PVC)
- Polietileno
- Acrílicos
- Acetato de celulose
- Epóxi
Nível de tensões do material - O material deve ter resistência mecânica compatível com a
ordem de grandeza dos esforços presentes: pressão do fluido, pesos, ação do vento, reações de
dilatações térmicas, sobrecargas, esforços da montagem, etc.
138
3 TUBOS DE AÇO
Especificações ASTM para tubos de Aço Carbono: A-53 / A-106 para tubo preto, A-120 para tubo
preto ou galvanizado e A-312 para tubo Inoxidável.
Norma ANSI B.36.10 (Aço Carbono e Aço Liga) e ANSI B.36.19 para aços inoxidáveis.
Até 12” o diâmetro nominal não corresponde a nenhuma dimensão física do tubo; a partir de 14”
o diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos.
Aços liga são todos os outros aços que contêm outros elementos, além dos que compõem os
aços-carbono, destacando-se a classe para altas temperaturas (Mo e Mo+Cr), e para baixas
temperaturas (Ni).
Aços inoxidáveis são os que contêm pelo menos 12% de Cr que lhes conferem a propriedade de
não se enferrujarem em exposição prolongada em uma atmosfera normal, podendo ser
AUSTENÍTICOS (não magnéticos) e FERRITICOS ( m a g n é t i c o s ) .
Ø nominal ≤ 1 ½” Schedule 80
Ø nominal entre 2” e 12” inclusive Schedule 40
Ø nominal ≥ 14” 9,52 mm
139
3.5 TUBOS DE AÇO – DIMENSÕES NORMALIZADAS
140
(continuação)
Diâmetro Peso aprox.
Seção transversal
nominal Área de (kg / m
Designação Espessura de Área de
(pol) Diâmetro secção Superfície
de espessura parede secção
- interno de externa Tubo Conteúdo de Momento Momento
livre Raio de
Diâmetro (mm) metal (m2/m) vazio água de inércia resistente
(v. Nota 2) (v. Nota 3) (cm2) giração
externo (cm2) (v Nota 5) (v. Nota 6) (cm4) (cm3)
(mm)
10 6,35 393,7 1.217,5 79,8 62,57 121,7 15.983 786,72 14,15
Std, 30 9,52 387,3 1.178,1 118,8 93,12 117,8 23.392 1.152,2 14,05
16
XS, 40 12,7 381,0 1.140,1 157,1 123,2 114,0 30.468 1.499,7 13,92
- 1,277
60 16,6 373,1 1.093,0 203,9 159,9 109,3 38.834 1.911,1 13,79
406
80 21,4 363,6 1.038,1 258,7 203,0 103,8 48.158 2.370,0 13,64
100 26,2 354,0 984,6 312,9 245,3 98,46 56.815 2.796,1 13,46
10 1.551,7 89,9
6,35 444,5 70,52 155,2 22.851 999,79 15,95
Std, 20 1.507,8 133,9
9,52 438,1 105,0 150,8 33.589 1.468,5 15,82
XS 1.464,6 177,4
18 12,7 431,8 139,0 146,5 43.829 1.917,6 15,72
40 1.443,3 198,7
- 14,3 428,6 1,436 155,9 144,3 48.782 2.133,9 15,67
60 1.379.4 261,9
457 19,0 419,1 205,6 137,9 63.059 2.758.4 15,49
80 1.317,5 323,9
23,8 409,6 254,1 131,7 76.337 3.340,3 15,34
100 1.247,2 394,8
29,4 398,5 309,4 124,7 90.738 3.969,7 15,16
10 6,35 495,3 1.926,6 100,1 78,46 192,7 31.509 1.240,7 17,73
Std, 20 9,52 488,8 1.877,5 149,2 116,9 187,7 46.368 1.825,8 17,63
20 XS, 30 12,7 482,6 1.829,1 197,4 154,9 182,9 60.645 2.388,0 17,53
- 40 15,1 477,9 1.793,6 233,5 1,597 182,9 179,4 70.926 2.792.9 17,42
508 60 20,6 466,7 1.711,1 315,5 247,6 171,1 93.943 3.699,2 17,25
80 26,2 455,6 1.630,4 396,1 310,8 163,0 115.379 4.543,3 17,07
100 32,5 442,9 1.540,7 485,8 381,1 154,1 138.188 5.441,5 16,84
10
6,35 596,9 2.800,2 120,3 94,35 280,0 54.776 1.796,3 21,34
Std, 20
9,52 590,5 2.742,1 179,5 140,8 274,2 80.873 2.482,8 21,21
XS
24 12,7 584,2 2.677.6 238,1 186,7 267,8 106.139 2.653,5 21,11
40
- 17,4 574,7 2.593,7 324,5 1,914 254,7 259,4 142.351 4.674,4 20,96
60
610 24,6 560,4 2.464,6 451,6 354,3 246,5 193.547 6.359,3 20,70
80
30,9 547,7 2.355,0 562,6 440,9 235,5 236.002 7.752,5 20,50
100
38,9 531,8 2.219,5 697,5 546,7 221,9 285.118 9.358,7 20,22
30 10 7,92 746,1 4.374,4 187,7 147,2 437,4 133.609 3.507,5 26,67
- 20 12,7 736,6 4.264,8 298,7 2,393 234,4 426,5 209.779 5.507,0 26,49
762 30 15,9 730,2 4.187,3 371,6 291,8 418,7 258.895 6.801,8 26,39
Notas:
1 - A norma ANSI B.36.19 só abrange tubos até o diâmetro nominal de12”.
2 - As designações “Std”, “XS” e “XXS” correspondem às espessuras denominadas “normal”, “extra forte”, e “duplo extra forte”
da norma ANSI B.36.10. As designações 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 160 são os “números de série” (Schedule
Number) dessa mesma norma. As designações 5S, 10S, 20S, 40S e 80S são da norma ANSI B.36.19.
3 - As espessuras em mm indicadas na tabela são os valores nominais; as espessuras mínimas correspondentes
dependerão das tolerâncias de fabricação, que variam com o processo de fabricação do tubo. Para tubos sem costura a
tolerância usual é + 12,5% do valor nominal.
4 - Nesta tabela estão omitidos alguns diâmetros e espessuras não usuais na prática. Para a tabela completa, contendo todos
os diâmetros e espessuras, consulte as normas ANSI B.36.10 e B.36.19.
5 - Os pesos indicados nesta tabela correspondem aos tubos de aço carbono ou de aços de baixa liga. Os tubos de aços
inoxidáveis ferríticos pesam cerca de 5% menos, e os de inoxidáveis austeníticos cerca de 2% mais.
6 - Esses mesmos números representam também a vazão em I/seg. para a velocidade de 1 m/seg.
141
3.6 CLASSIFICAÇÃO DAS CONEXÕES DE TUBULAÇÃO
tampões
FECHAMENTO DE REDES bujões
flange cego
142
3.7 MEIOS DE LIGAÇÃO ENTRE TUBOS
LIGAÇÕES ROSCADAS
LIGAÇÕES SOLDADAS
LIGAÇÕES FLANGEADAS
143
3.8 CONEXÕES PARA SOLDA DE TOPO
CONEXÕES ROSCADAS
144
3.9 CURVA EM GOMOS
A espessura mínima (T) de uma curva em gomos deve ser tal que a pressão máxima (Pm) seja igual
ou maior que a pressão admissível (Sh) da tubulação (vide tabela).
Sh ×E (T − C) (T − C)
o Pm = ×
Se “ α ” < 22,5 (com uma única solda), R2 (T − C) + 0,643 Tgα R2 (T − C)
Sh ×E (T − C) (T − C)
Se “ α ” > 22,5o (com uma única solda), Pm = ×
R2 (T − C) +1,250 Tgα R2 (T − C)
S h × E (T − C) R1 − R 2
Se “ α ” < 22,5o (com mais de uma solda), Pm = ×
R2 R1 − 0,5R 2
Lembrar que “ α ” = 90o / 2 x n, onde: n= número de soldas,
T – C (pol) A
A - 53 Gr A 1.125 1.125 1.125 1.125 1.125 1.040 1.019 1.012 752 654 555 457 316 176 112 70
A - 106 Gr A 1.125 1.125 1.125 1.125 1.125 1.040 1.019 1.012 752 654 555 457 316 176 112 70
API - 5L Gr A 1.125 1.125 1.125 1.125 1.125 1.040 1.019 1.012 752 654 555 457 316 176 112 70
A - 135 Gr A 1.125 1.125 1.125 1.125 1.125 1.040 1.019 1.012 752 654 555 457 316 176 112 70
Aço Carbono (sem costura ou com costura)
A - 53 Gr A 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
A - 106 Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
API - 5L Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
A - 135 Gr B 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 333 Gr 6 1.406 1.406 1.406 1.406 1.329 1.216 1.195 1.160 914 759 611 457 316 176 112 70
API 5L x 42 1.406 1.406 1.406
API 5L x 42 1.476 1.476 1.476
API 5L x 42 1.547 1.547 1.547
A – 134 (285 C) 1.174 1.153 1.125 1.083 1.026 935 921 914 787 675 569 457
A – 134 (283 B) 963 914 872
A – 120 844 801
A – 671 – CA 55 1.286 1.286 1.244 1.209 1.139 1.040 1.019 1.012 850 717 590 457 316 176 112 70
A – 672 – A 55,C 55 1.286 1.286 1.244 1.209 1.139 1.040 1.019 1.012 850 717 590 457 316 176 112 70
A – 671 – CB 60,CC 60 1.406 1.371 1.329 1.286 1.216 1.111 1.090 1.083 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 672 B 60, C 60 1.406 1.371 1.329 1.286 1.216 1.111 1.090 1.08 914 759 611 457 316 176 112 70
A – 671 – CB 70, CC 70 1.638 1.624 1.582 1.525 1.441 1.314 1.294 1.286 1.040 844 654 457 316 176 112 70
A – 672 – B 70, C 70 1.638 1.624 1.582 1.525 1.441 1.314 1.294 1.286 1.040 844 654 457 316 176 112 70
o
Temperatura do metal C 38 93 149 204 260 316 343 371 399 427 454 482 510 538 566 593
145
3.10 DERIVAÇÕES SOLDADAS
Boca de Lobo
TIPOS DE BOCA-DE-LOBO
146
3.10.1.1 Tabela referencial para reforço
147
3.10.1.2 Coeficientes “R” e “C” do nomograma
ASTM A-335 Gr P1 4
50 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
100 0,959 0,959 0,965 0,958 0,959 0,975 0,975 0,975 0,998 0,988 0,899 0,967 0,995 0,991
150 0,913 0916 0,931 0,917 0,920 0,946 0,943 0,946 0,986 0,905 0,818 0,840 0,954 0,926
200 0,874 0,875 0,899 0,877 0,879 0,922 0,917 0,922 0,972 0,848 0,751 0,718 0,935 0,782
250 0,834 0,834 0,865 0,835 0,840 0,896 0,888 0,895 0,949 0,816 0,694 0,639 0,920 0,716
300 0,793 0,794 0,829 0,794 0,799 0,889 0,861 0,869 0,925 0,799 0,647 0,592 0,913 0,665
350 0,752 0,750 0,795 0,754 0,759 0,844 0,836 0,846 0,897 0,791 0,607 0,559 0,909 0,623
400 0,675 0,654 0,761 0,713 0,718 0,821 0,807 0,821 0,866 0,784 0,567 0,533 0,901 0,582
450 0,725 0,671 0,677 0,778 0,766 0,778 0,802 0,764 0,532 0,882
500 0,599 0,588 0,605 0,630 0,630 0,630 0,692 0,743 0,503 0,822
550 0,343 0,343 0,387 0,364 0,343 0,371 0,495 0,711 0,473 0,705
600 0,163 0,163 0,195 0,134 0,210 0,240 0,609 0,387 0530
148
3.10.2 Critério para seleção de ramais.
DN 15 20 25 32 40 50 65 80 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 800 900 1000 1050
1050 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
1000 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5
900 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5
800 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 5
700 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
650 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
600 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
550 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
500 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
450 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 6 7 5
400 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 6 7 5
350 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 6 7 6
300 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 6 4 5
250 3 3 3 3 3 3 6 6 6 6 4 1
200 3 3 3 3 3 3 6 6 6 4 1
150 3 3 3 3 3 3 6 6 4 1
100 3 3 3 3 3 3 4 4 1
80 3 3 3 3 3 4 4 1
65 3 3 3 3 4 4 1
8/9 8/9 8/9 8/9 8/9 2
50
8/9 8/9 2
25
8/9
20
15 2
1- tê biselado (forjado)
2- tê roscado ou de encaixe
3- meia luva roscada ou de encaixe
4- tê de redução biselado (forjado)
5- tê biselado (soldado)
6- boca de lobo
7- tê de redução biselado (soldado)
8- tê de redução ou tê + redução roscada
9- tê de redução ou tê + redução de encaixe
149
3.11 TIPOS DE FLANGES PARA TUBOS
Nota: para porcas e parafusos ver Item 7.4 páginas 209 e 210
150
3.11.2 ACABAMENTO DA FACE DE JUNÇÃO
Os flanges são fabricados com ressalto ( ou face lisa) e podem ser requisitados com seis
acabamentos:
1) RANHURA STANDARD
Espiral contínua com passo de 0,8 mm e raio de 1,6mm na ponta da ferramenta para os flanges
até 12” de diâmetro nominal. Acima de 12” com passo de 2,4mm e raio de 3,2 mm.
2) RANHURA ESPIRAL
4) LISO
5) RANHURA CONCÊNTRICA
151
3.11.3 Especificação para flanges
material do flange
tipo de flange
diâmetro nominal (do tubo)
tipo de face
acabamento da face de junção
O diâmetro nominal do tubo associado à classe de pressão nominal define todas as dimensões
dos diversos tipos de flanges.
A norma dimensional para diâmetros < 24” de uso mais generalizado no Brasil é a ANSI B.16.5.
Para diâmetros maiores, a norma é AWWA.
152
Pressão admissível x Temperatura
Temperatura ºC
Aperto Final – Visa compensar os efeitos de dilatação devido aos gradientes térmicos (valor
ajustado na montagem).
153
3.12 JUNTAS PARA FLANGE
3.13 FIGURA 8
“FIGURA 8”
154
3.14 JUNTAS DE EXPANSÃO
Considerar:
1 Flange de chapa ASTM A 36 3 Fole AISI 316 L 5 Isolamento fibra cerâmica
2 Tubo terminal ASTM A 36 4 Luva interna AISI 316 L
155
3.15 VÁLVULAS
3.15.1 Conceituação
Cada tipo de válvula é construído para classe de pressões determinadas em função dos limites
de pressão de trabalho para uso em vapor saturado, segundo a norma ANSI.
Para uso em água, óleo, gás ou ar comprimido, o limite de pressão é uma e meia a duas vezes o
limite estabelecido para uso em vapor saturado, com temperatura até 40oC, sem choque.
Exemplo:
156
3.15.2 Recomendações para seleção de válvulas
VÁLVULA DE BLOQUEIO
Fluidos a que se
Perda de carga
ou com sólidos
fechamento de
Faixa de
sedimentação
corrosivos ou
Fluidos muito
Destina-se a
Fluidos com
muito tóxico
freqüente?
estanque?
operação
comando
de fogo?
ocupado
causada
remoto?
Permite
Espaço
destina
Tipo de
Custo
Tem
Válvula
Press
Temperatura Diâmetro
ão
Perda de carga
ou com sólidos
fechamento de
Faixa de
sedimentação
corrosivos ou
Fluidos muito
Destina-se a
Fluidos com
muito tóxico
freqüente?
estanque?
operação
comando
de fogo?
ocupado
causada
remoto?
Permite
Espaço
destina
Tipo de
Custo
Tem
Válvula
Pressão Temperatura Diâmetro
materiais
δ ∆Ρ perda em N/m2,
Fórmula dimensional: ∆Ρ = ζ v 2 , v velocidade em m/s
2 ζ fator de perda, conforme tabela abaixo
δ peso específico em Kg/m3, na condição de escoamento
h/d 0,125 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Gaveta
ζ 97,8 35 10 4,6 2,06 0,98 0,44 0,17 0,06 0
157
3.15.4 Válvula de Segurança / Alívio
1 ½” 1 ½” 1 ½” 2 ½”
BITOLA 1” x 2” x x x 2”x 3” x 3” x 4” 4” x 6” 6” x 8” 6” x 10” 8”x 10”
2” 2 ½” 3” 4”
Orifício
D E F G H H J J K L L M N P Q R R T
2
Área em pol
0,110 0,196 0,307 0,503 0,785 1,287 1,838 2,853 3,60 4,34 6,38 11,05 16,0 26,0
2
Área em cm
0,71 1,76 1,98 3,24 5,06 8,30 11,0 18,41 23,23 28,00 41,16 71,29 103,23 167,74
158
3.15.4.1 Dimensionamento de válvulas instaladas em linhas (conforme W. Burger )
A = Vl x G / ( P − d x 16,32 ), onde:
A: área requerida em pol2;
Vl : de vazão em galões americanos por minutos;
P: pressão ajuste em psi g;
d: contra-pressão em psi g. Nota: 1 litro = 0,26 galão
G: gravidade específica
Para este caso deve ser seguido o procedimento indicado no Item C.3 da Norma API-RP520 que
estabelece ser a área do orifício “A” definida pela expressão: A = F1 × A 3 / P1 ; onde:
A: área do orifício em pol2
A3: área exposta da superfície do vaso em pe2
P1: pressão do alívio (pressão de ajuste + sobre-pressão + 14,7) em psia
F1: valor mínimo recomendado pela API-RP 520 = 0,01.
EXEMPLO NUMÉRICO
Orifício: 0,01× 502,264 ÷ 638 + 63,8 + 14,7 =0,190 pol2 (orifício “E”, válvula 1”x 2”).
159
TABELA 1 CONSTANTE C’ PARA VAPORES E GASES
Referência: dimensionamento e seleção para válvula e segurança e alívio W.BURGER (pág. 11)
GÁS ou VAPOR K C’ M
Acetaldeido 1,14 323 44,05
Ácido Acético 1,15 324 60,05
Acetileno 1,26 334 26,04
Ar 1,40 347 28,97
Amônia 1,31 339 17,03
Argônio 1,67 369 39,94
Benzeno 1,12 321 78,11
Butadieno 1,12 321 54,09
N-Butano 1,09 317 58,12
Isso-Butano 1,11 320 58,12
Dióxido de Carbono 1,29 337 44,01
Dissulfeto de Carbono 1,21 330 76,13
Monóxido de Carbono 1,40 347 28,00
Cloro 1,36 343 70,91
Etano 1,19 326 30,07
Etileno 1,24 332 28,05
Álcool Etílico 1,13 322 46,07
Cloreto Etílico 1,19 328 64,50
Freon II 1,14 323 137,37
Freon 12 1,14 323 120,92
Freon 114 1,09 317 170,93
Hélio 1,66 368 4,00
N-Heptano 1,05 313 100,00
N-Hexano 1,06 314 86,17
Hidrogênio 1,41 348 2,02
Cloreto de Hidrogênio 1,41 348 36,47
Sulfeto de Hidrogênio 1,32 340 34,08
Metano 1,31 339 16,04
Álcool Metílico 1,20 329 32,04
Butano Metílico 1,08 316 72,15
Cloreto Metílico 1,20 329 50,48
Gás Natural 1,27 335 19,00*
Nitrogênio 1,40 347 28,02
N-Octano 1,05 313 114,22
Oxigênio 1,40 347 32,00
N-Pentano 1,07 315 72,15
Fenol 1,30 338 94,00
Propano 1,13 322 44,09
Propileno 1,15 324 42,08
Dióxido Sulfuroso 1,29 337 64,06
Stireno 1,07 315 104,14
Tolueno 1,09 317 92,13
160
3.15.5 Válvulas de Controle
Funcionamento
2 – igual percentagem
3 – abertura rápida
4 – linear
161
3.15.5.1 Dimensionamento válvulas de controle (conforme Masoneilan)
Para o dimensionamento das válvulas de controle deverá ser definido coeficiente de válvula ou
coeficiente de vazão de válvula (CV). Este coeficiente é definido como a vazão em m3/s que cria
uma perda de carga de 1 bar atravessando a válvula totalmente aberta.
Se
2
∆Ρ < C f × ∆Ρ → (
CV= 1,16 × q × G f ÷ ∆Ρ )
2
se ∆Ρ > C f × ∆Ρ → CV= (1,16 q ÷ C f ) x G f ÷ ∆Ρ
Ρv
∆Ρ = Ρ1 - 0,96 − 0,28 ×Ρ onde:
Ρc V
2 Q G× T
se ∆Ρ < 0,5 × C f × Ρ1 → CV= ×
295 ∆Ρ (Ρ1 + Ρ2 )
2 Q× G× T
se ∆Ρ ≥ 0,5 × C f × Ρ1 → CV= , onde:
257 × C f × Ρ1
162
TABELA 2 FATOR DE FLUXO CRÍTICO NA ABERTURA TOTAL
TAMANHO Cfr
TIPO DE
DO FLUXO Cf KC d / D > 1,5 XT
VÁLVULA
OBTURADOR
→
Para abrir 0,85 0,58 0,81 0,61
A
Para fechar 0,90 0,65 0,86 0,68
Série ←
2000 →
Para abrir 0,80 0,52 0,80 0,54
B
Para fechar 0,90 0,65 0,90 0,68
←
→
Para abrir 0,68 0,35 0,65 0,39
A
Para fechar 0,85 0,60 0,80 0,61
Válvula ←
Camflex →
Para abrir 0,70 0,39 0,70 0,41
B
Para fechar 0,88 0,62 0,87 0,65
←
Sede dupla 0,90 0,70 0,86 0,68
A
Série em V 0,98 0,80 0,94 0,81
1000 Sede dupla 0,80 0,31 0,80 0,54
B
em V 0,95 0,73 0,94 0,76
←
0,80 0,51 0,77 0,54
A Para Fechar
0,75 0,46 0,72 0,47
Para abrir
→
Globo
←
0,80 0,52 0,80 0,54
B Para Fechar
0,90 0,65 0,89 0,68
Para abrir
→
163
TABELA 3 CONSTANTES TERMODINÂMICAS CRÍTICAS E DENSIDADE
Temperatura
Pressão Crítica Densidade
Crítica
Elemento ou Composto Pc Ib / ft3
Tc
60 oF
o o
psi a bar a F C
164
3.15.5.2 Dimensionamento de válvula controladora de pressão - Exemplo numérico
Considerando:
fluido Oxigênio
vazão 96.000 Nm3 / h
pressão de entrada 18,35 bar absoluto
pressão de saída 16,07 bar absoluto
∆Ρ( P1 - P2) 2,28 bar
temperatura 40 oC = 313 oK
gravidade específica 1,105
obturador tipo “A” - série 1000
Calcular o CV da válvula
Solução:
verificação do fluxo: 0,5x C2f x P1= 0,5x0,92x18,35=7,43. Como ∆Ρ=2,28<7,43, o fluxo é subcrítico.
Cálculo do CV: 96.000
×
313 × 1,105
= 683
295 2,28 × (18,35 + 16,07 )
Duas válvulas, uma com diâmetro de 10” e CV de 581, outra com diâmetro de 4”e CV de 195,
podem substituir a válvula de 12” com CV de 683?
K 1 : 0,5 1 − = 0,186
1111
→ K 1 : 0,5 1 − → = 0,28
16 8
2 2
10 2 4
2
K 2 : 1,0 1 − → = 0,371 K 2 : 1,0 1 − → = 0,563
16 8
1 1
- −
0,557 × 5,812 2 0,844 × 12 ,19 2 2
FP : + 1 → = 0,989 Fp : + 1 → = 0 ,936
890 890
Cvi : CV x Fp = 581 x 0,989 = 574,9 Cvi : CV x Fp = 195 x 0,936 = 182,5
165
3.15.5.4 Válvulas especiais - tipo Selo D’água
166
Tabela Dimensional para Selo d’Água tipo “V”
Diâmetro
Diâmetro Espessura
Nominal do R
Externo “e” L A B E d1 d2
Tubo (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (pol) (pol)
(mm) (mm)
Principal
Nota: Este padrão contém apenas as informações básicas para o projeto do selo.
167
3.15.5.5 Válvula especiais para Polpas Abrasivas
168
4 PURGADORES
Descrição funcional
O volume de liquido acumulado força um movimento ascendente da bóia; atingido o nível de
descarga, a saída é liberada, e o volume de liquido condensado lançado ao exterior.
Descrição funcional
Aplicação
Notas:
169
4.2 PURGADORES TERMOSTÁTICOS ( OPERAM POR DIFERENÇA DE TEMPERATURA)
Descrição funcional
Aplicação: são utilizados para eliminar ar e outros gases incondensáveis das linhas
de vapor de grande diâmetro.
É empregado em baixas pressões (Até 3,5 MPa) principalmente quando existe grande volume de
ar a eliminar. Não servem para trabalhar com vapor superaquecido.
A descarga de condensado é intermitente, demorada, e a perda de vapor é relativamente
grande.
170
4.2.3 Purgadores termodinâmico
Descrição funcional
Nota: não deve ser usado quando a contrapressão do condensado for maior que 50% da
pressão do vapor.
171
4.3.2 Características dos purgadores
Pressão
Capacidade Permite Resistência Necessidade
máxima do Eliminação Perda de
Tipo máxima descarga a golpes de de
vapor do ar vapor
2
(kg/h) continua? aríete manutenção
(kgf/cm )
Bóia 35 50.000 Sim Pode ser Não Pouca Regular
Panela invertida 180 15.000 Não Sim Sim Pouca Bastante
Expansão
50 4.000 Pode ser Sim Sim Bastante Regular
metálica
Quase
Termodinâmico 100 3.000 não sim Sim regular
nenhuma
- - B–A 3
A – purgador de bóia
B – purgador de panela invertida
C – purgador termostático
D – purgador termodinâmico
172
5 SUPORTES DE TUBULAÇÃO
APLICAÇÕES:
• grandes deslocamentos ≥ 150 mm
• quando à carga suportada for muito grande
• quando à colocação de um suporte de
carga variável resultar em variação de carga
superior a 12%
173
Suportes de Mola (conceituação)
Os suportes de molas de carga variável são definidos por um número que se chama “constante da
mola”. A constante da mola, medida em kg/cm é a relação de proporcionalidade (lei de Hooke) entre a
deformação da mola e a carga suportada.
Consideremos, por exemplo, uma mola de alarme de aço de 1/2" ø, enrolada em um diâmetro de
10,3cm, e tendo um comprimento, quando livre de 40,7cm. Essa mola quando totalmente comprimida
tem um comprimento de 22,1cm (comprimento sólido), e para essa compressão é necessário uma
força de 466kg. A constante da mola será então: 466 : 22,1 = 21,1 kg/cm. Esse valor é igual ao
incremento de força necessário para comprimir a mola de 1cm.
Supondo que a parcela do peso da tubulação suportada por essa mola seja 185kg, a compressão da
mola a frio será: 185 : 21,1 = 8,8 cm. O comprimento da mola a frio, quando montada, será portanto:
40,7 – 8,8 = 31,9cm. Essa mola deverá então ser pré-comprimida, antes da montagem, até o
comprimento de 31,9cm. Esse comprimento deverá ser mantido por meio de calços que só serão
removidos depois do suporte de molas estar instalado na tubulação.
Suponhamos agora que devido ao aquecimento do sistema a tubulação em questão suba 1,5cm.
Essa subida vai aliviar a mola de uma força igual a: 1,5 x 21,1 = 31,6kg. Teremos assim para o
esforço da mola a quente: 185 – 31,6 = 153,4kg que será o valor do peso suportado pela mola na
nova posição. Vemos que com a tubulação quente a mola não estará mais sustentando todo peso do
tubo; a diferença de 31,6kg estará sendo transmitida para os suportes vizinhos. No caso presente
essa diferença representa 17% do peso.
Como o peso e o movimento vertical do tubo são sempre conhecidos previamente, o que se faz na
prática é pré-comprimir a mola, a frio, um pouco mais do que o necessário para dar metade do
movimento vertical. No caso presente, a pré-compressão a frio seria, por exemplo, de 9,4cm que
corresponderia a um esforço de: 9,4 x 21,1 = 198kg. Desta forma, a mola a frio ficará suspendendo
um pouco a linha, isto é, suportando uma carga maior do que o peso da tubulação e, portanto,
aliviando os suportes vizinhos. Depois de aquecido o sistema, o esforço da mola passará a ser então:
198 – 31,6 = 166,4kg. A diferença 185 – 166,4 continuará a ser transmitida para os suportes vizinhos,
porém essa diferença será agora apenas de 10% do peso.
174
5.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LIMITAÇÃO DOS MOVIMENTOS
175
6 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES
6.1 Diâmetro
4 × Q 100 Q vazão em m3 / s
Fluido liquido dn = × onde v velocidade em m/s
π × v 2,54 dn diâmetro nominal em polegadas
Fluido gasoso
No caso de fluidos gasosos a vazão deverá ser corrigida à condição do escoamento, aplicando:
P pressão absoluta em kgf / cm2
P x V / T = Pn x Vn / Tn , onde: Pn pressão normal em kgf / cm2
V vazão na pressão em m3 / s
Vn vazão normal em Nm3 / s
T temperatura de escoamento em K
Tn temperatura normal em K
ar comprimido 15 a 20 m / s
acido sulfúrico 1,0 a 1,2 m / s
acetileno 20 a 25 m / s
cloro líquido 1,5 a 2,0 m / s
cloro gasoso 15 a 20 m / s
cloreto de cálcio 1,5 m/s
cloreto de sódio 1,5 a 2,0 m / s
oxigênio gasoso 15 a 20 m /s
hidrogênio gasoso 20 m/s
soda cáustica ( concentração de 0 a 30%) 2,0 m/s
soda cáustica ( concentração de 30 a 50%) 1,5 m/s
soda cáustica ( concentração de 50 a 75%) 1,2 m/s
176
6.1.2 Diâmetro Tubulação de Líquidos - Exemplo numérico
Considerando:
Calcular o diâmetro
4 × 0,0083 100
dn = × = 2,86" Diâmetro comercial adotado 2 ½” com di = 59,2 mm
π × 2,0 2,54
4 × 0,0083
Correção da velocidade: → v = 3,03 m / s
π × 0,05922
Considerando:
fluido Oxigênio
pressão do escoamento 7,00 kgf / cm2
temperatura de escoamento 30 ºC
vazão 10.000 Nm3 / h
temperatura normal 20 ºC
pressão barométrica local 1,00 kgf / cm2
pressão normal 1,03 kgf / cm2
velocidade 15,0 m / s
Calcular o diâmetro
Solução:
1,03 × 10.000 (7,00 + 1,00 ) × V
Correção da vazão = → 1326,4 m3 / h
273 + 20 273 + 30
Cálculo do diâmetro:
4 × 1326,4 100
dn : × = 6,96" Diâmetro comercial adotado 6” com di = 154,2 mm
π ×15 × 3600 2,54
4 × 1326,4
Correção da velocidade: → v = 19,78 m/s
π × 0,15422 × 3600
177
6.2 ESPESSURA DE PAREDE ( conforme norma ANSI /ASME B.31)
C= sobre-espessura.
C=1,2 mm como valor mínimo para a sobre espessura de corrosão
C=2,0 mm em serviços de média corrosão
Ø nominal ≤ 1 ½” Schedule 80
Ø nominal entre 2” e 12” inclusive Schedule 40
Ø nominal ≥ 14” 9,52 mm
Considerando:
diâmetro nominal do tubo 8”
diâmetro externo do tubo 21,9 cm
material ASTM A 106 Gr. A
tensão admissível 1125 kgf / cm2
pressão interna de projeto 56 kgf / cm2
coeficiente “E” 1,0
coeficiente “Y” 0,4
sobre-espessura “C” 0,15 cm
Verificação
Considerando a tolerância de fabricação de 12,5% a espessura “ t “ mínima será 0,68 x 1,125 cm
ou 7,65mm. Como “t” < D / 6, a espessura calculada pode ser assumida.
178
6.3 PERDA DE CARGA
Número de Reynolds
v velocidade de escoamento em m / s
di diâmetro interno em metros
Re = v × di / γ , onde:
γ viscosidade cinemática em m2 / s
Re número de Reynolds
Rugosidade Relativa
179
6.3.2 Seqüência do cálculo para sistemas gasosos
Pressão Residual
Pi 2 − Pr 2 L v2
(
= f × × δgas + H δgas − δar ) δar peso específico do ar na condição local em kgf/ m3
Pi di 2g H desnível em m.
Pi pressão absoluta inicial em kgf / m2
Pr pressão absoluta residual em kgf / m2
L comprimento da tubulação em m
di diâmetro interno em m
v velocidade de escoamento em m/s
f fator de fricção
No caso de fluido gasoso, devemos considerar o fato do mesmo ser compressível e ter
suas propriedades termodinâmicas variáveis em função da pressão e da temperatura.
Se ∆Ρ > 0,5 kgf / cm2 o trecho deve ser reconsiderado em módulos de 0,5 kgf/cm2. Este
procedimento tem por objetivo a manutenção das propriedades de gás no trecho.
Sobre a viscosidade
180
6.3.3 Perda de carga em redes de líquido - Exemplo numérico
Considerando:
comprimento da tubulação 50m
comprimento da tubulação 50m
viscosidade dinâmica 1,007 x 10 –6 m2 / s
rugosidade equivalente 0,36mm
diâmetro interno 0,3334m
conexões 2 tee de passagem
válvula 01 válvula gaveta aberta
velocidade de escoamento 2,43 m / s
peso específico do fluido 1000 kgf / m3
Rugosidade Relativa
E: 0,36 / 333,4 = 0,0010
Fator de Fricção
0,0010 2,51
1/ f = −2 LOG + ⇒ f = 0,02
3,7 8,05 × 10 5 × f
Perda de Carga
50 + 17 2,43 2
∆Ρ : 0,02 × × × 1000 = 1209,6 kgf /m2 ou 1,2096 mca
0,3334 2 × 9,81
Nota - O fator de fricção poderá também ser obtido através do Ábaco de Moody, indicado na
página 59 procedendo conforme citado nas notas do exemplo 12.3 página 58.
181
6.3.4 Exemplo numérico ( perda de carga em redes de gases ).
Considerando:
fluido oxigênio
vazão 100.000 nm3 / h
pressão de projeto 18,0 kgf / cm2 manométrico
temperatura de escoamento 40 ºc
viscosidade dinâmica do oxigênio 2,16 x 10 –6 x m2 / s
fator de compressibilidade 1,05
peso especifico do oxigênio 1,429 kg / nm3
comprimento do trecho entre a e b 400m
diâmetro interno da rede 381mm
desnível geométrico entre a e b 40m
aceleração da gravidade 9,81 m / s2
material da tubulação ASTM A 106 GR B
pressão barométrica local 1,036 kgf /cm2
rugosidade equivalente 0,40mm
peso específico do ar 1,243 kg / m3
temperatura de bulbo seco do ar 20 ºc
velocidade de escoamento 15,1 m / s
singularidade no trecho trecho retilíneo
Solução:
0,0010 2,51
Fator de Fricção 1 / f = −2log + ⇒ f = 0,0198
3,7 6,23 × 10 7 f
Pressão Residual
2
190300 2 − Ρ r 400 15,12
= 0,0198 × × × 23,40 + 40 (23,40 − 1,243 ) ∴Pr = 187001,8 kgf / m 2
190300 0,381 2 × 9,81
Perda de Carga
187001,2 kgf / m2 = 18, 70 kgf / cm2 ou (18,70-1,036) =17,664 kgf / cm2 manométrico
182
7 A TUBULAÇÃO CONSIDERADA COMO ELEMENTO ESTRUTURAL
sobrecargas diversas
movimentos de pontos extremos
atrito nos suportes
Outras cargas
ações dinâmicas externas do movimento do fluido (veja reações hidráulicas)
vibrações
reações de juntas de expansão
tensões decorrentes da montagem
desnivelamento de suportes, de vasos ou equipamentos.
183
7.1 VÃO ENTRE SUPORTES
A tensão máxima de flexão no ponto de maior momento fletor, deverá ser inferior à tensão
admissível.
LR
É usual considerar: S v ≤ , sendo LR = limite de resistência do material.
10
Para o aço carbono até a temperatura de 30oC: Sv = 350 kgf / cm2.
4
6000 × q × L
quando só existirem cargas distribuídas Fm = resultando: L = 4 Fm × E × I , onde
E ×I 6000 × q
Fm flecha máxima em mm
E módulo de elasticidade do material na temperatura considerada em kgf / cm2
I momento de inércia da seção transversal do tubo em cm4
184
7.1.3 Vão entre os suportes,conforme norma ASME B.31 - Exemplo numérico
10 × 10,5
a tensão Sv será: [120,4 × 10,5 + 2(53 + 100 ) ] = 323 kgf / cm2
490
Como Sv < 350 kgf/cm2 o valor do vão está razoável, apesar do carregamento adicional.
Pde
Para a tensão combinada devemos ter, Sv + Sl < Sh , onde: SI = kgf / cm2,
4t
48 × 27,3
logo: SI = = 352 kgf / cm2 S v + SI = 323 + 352 = 675 < 868 kgf / cm2
4 × 0,93
Verificação: como Sv + Sl < Sh , o vão adotado é satisfatório.
3
24.000 × 10,5 53 + 100 120,4 × 10,5
Cálculo da flecha Fm = + = 7,42 mm
1,86 × 10 6 × 6692,9 3 4
Verificação: como 7,47 < 10mm, a flecha está satisfatória e o vão adotado aceito.
185
8 REAÇÕES HIDRÁULICAS (força do fluido sobre curvas)
A força resultante (F) exercida pelo fluido sobre uma curva é a soma vetorial das forças devido
às pressões ( P x S) e as decorrentes das velocidades ( γ × V ).
F = P1 × S1 + P2 × S 2 + γ × V1 + γ × V2
Na seção 2
Chamando de J1,2 a perda de carga de 1 a 2, e escrevendo a equação da conservação da
energia, temos:
2
P v P
h2 + 2 + 2 = h1 + 1 − J1,2 ,
γ 2g γ
P2 P1 2 P2 P1
h2 + = − J1 ou = − J1,2 − h2 ,
γ γ γ γ
22,90 × 0,85 × 10 3
P2 = 24,7 − 0,60 − 1,20 = 22,90 mco ou = 1,94 kgf / cm2
10 4
186
8.2 FORÇA DECORRENTE DA VELOCIDADE
0,203 0,203
v1 = v 2 = = = 1,01 m / s
π×d 2
3,14 × 0,508 2
4 4
0,203 ( m3 / s )
µ v 1 = µ v 2 = 850 (kgf / m3) × × 1,01 ( m / s1 ) = 17,6 kgf
9,81 ( m/s 2 )
F1
F
F1 = P1 S1 + µ v1
θ F2 = P2S 2 + µ v2
F2
4272,6
tg θ = = 1,08 → θ = 47 o16'
3947,6
187
9 DILATAÇÃO TÉRMICA
Conceituação
Supondo um tubo reto fixado nos dois extremos, se ele sofrer um aumento de temperatura, como
ele não pode dilatar, exercerá um empuxo sobre os pontos de fixação, equivalente à força de
compressão capaz de comprimir um tubo de igual comprimento.
Considerando:
Calcular:
Tensão interna S : 2 x 106 x 0,001083 = 2166 kg / cm2
Nota: observar que a tensão interna e o empuxo são independentes do comprimento do tubo.
188
9.3 LIRAS DE EXPANSÃO
DIAGRAMA DIMENSIONAL
189
10 FLEXIBILIDADE DAS TUBULAÇÕES
A flexibilidade de uma tubulação é definida pela sua capacidade de absorver as dilatações térmicas
por meio de simples deformações nos seus diversos trechos. Esta tubulação será flexível, quando as
tensões resultantes das dilatações térmicas forem menores que os valores máximos admissíveis.
Ec × D × ∆ y 29 × 10 6 × 10,75 × 0,56
Ky = = = 211
48 (ΣL 3x + ΣL 3z ) 48 × 17207
190
Cálculo das tensões máximas
Comparando os resultados acima com o valor da tensão admissível Sh, vemos que a tensão S3x
está superior a Sh. Isto significa que o lado L3 está sendo submetido a um esforço acima do
admissível, e que portanto a configuração não tem flexibilidade suficiente. Na prática, não há
necessidade de se calcular todas as tensões máximas; bastará calcular, para cada lado, a maior
tensão, que será a correspondente ao maior dos dois valores de K relativos ao lado em questão,
por exemplo para o lado L1 bastaria calcular S1z, porque se sabe antecipadamente que Kz > Ky.
Modifiquemos agora a configuração como mostrado a seguir. O comprimento total da
configuração inicial valia 63’; com a modificação feita o comprimento total passou para 73’, com
um acréscimo de 16%. Deve-se evitar quando se modifica uma configuração para melhorar a
flexibilidade, a necessidade de novos suportes.
Comprimento Dilatação
Lado Direção Sentido L3
L (em pés) ∆=eL
L1 x + 15 3375 0,84
L2 z + 5 125 0,28
L3 y + 10 1000 0,56
L4 z - 25 15625 1,04
L5 x + 18 5832 1,008
191
ΣL3x = 3375 + 5832 = 9207 ΣL3y = 1000 ΣL3z = 125 + 15625 = 15750
29×106 ×10,75×1,84
Kx = = 716;
48×10750
Cálculo das tensões máximas (apenas para a maior tensão de cada lado)
Temos agora todas as tensões máximas inferiores ao valor da tensão admissível, de onde se
conclui que a configuração tem flexibilidade suficiente.
192
10.2 REAÇÕES NOS APOIOS - Exemplo Numérico
Os momentos de reação são calculados, em função das tensões máximas desenvolvidas no
primeiro e último lado. Vamos considerar o exemplo numérico 11, e a figura abaixo.
No ponto “A” teremos as três forças Rax, Ray e Raz, e os dois momentos M1z e M3z, o primeiro agindo no
plano xy e o segundo no plano xz. Os sentidos de todas as forças e momentos serão determinados
imaginando-se a posição deformada do sistema e os esforços que estão sendo feitos sobre os
pontos de fixação.
Para o cálculo da constante C considerar:
momento de inércia I = 161 pol 4
módulo de elasticidade a 100ºF: Eh = 21,5 x 106 psi
módulo de elasticidade na temperatura ambiente Ec = 29 x 106 psi,
I E 161 21,5 × 10 6
ficará: C = × h = × = 1,85
6 × D Ec 6x10,75 29 × 10 6
Os momentos no lado L1 serão:
M1Y = C x S1z = 1,85 x 10.680 = 19.758 pol.lb M1z = C x S1y = 1,85 x 2.175 =4.023 Pol.lb
As reações correspondentes serão:
2×M 2×M
Ray = = 1z = 2 x 4.023 = 536 lb Raz = 1y
=
2 × 19.758 = 2.634 lb
L 15 L 15
1 1
A reação Raz, na direção do próprio lado L1, será calculada pela tensão máxima S2x, do lado
adjacente L2. Essa tensão corresponde ao momento M 2 y , no plano zx, teremos então:
2×M
2y 2 × 6.623
M2y = C x S2x = 1,85 x 3.580 = 6.623 pol.lb Rax = = =2.649 lb
L2 5
193
11 TANCAGEM
Nota: usar chapas A-516 Gr. 70 com 9,53 e 12,5 mm de espessura, tensão admissível
6
(Sh) de 1230 kgf/cm2 (17555 lb / pol2), módulo de elasticidade 2,1 x 10 kgf/cm2.
194
Solução:
espessura (e ) h
e < 4,76 mm 15
4,76 < e < 7,93 mm 25
7,93 < e < 12,7 mm 35
e > 12,7 mm 50
195
Peso do tanque
3,510 x 7,853 x 74,48 + 2 x 2,8322 x 98,00 3624,5 kgf
acessórios + Base ( 10%) 362 kgf ( ver peso da base)
peso total 3986,5 kgf Adotado 4.000
Cálculo do apoio
peso do tanque ( w) 4000 kgf
espessura da chapa (adotado) 9,53mm
Re : Raio externo da saia 1350 mm
Rm : Raio médio da saia 987,5 mm
Ri : Raio interno da saia 625 mm
momento atuante: 10 x 247 2470 kgf x cm
4000 2470
τ= + = 6,80 kgf / cm2 << Sh
2 × π × 98,75 × 0,95 π × (98,75 ) × 0,95
2
- Flambagem
- Dimensões da Base
Saia
altura : 870 mm
diâmetro : 1250 mm
perímetro : π x 1,250 x 0,870 = 3,416 mm
chapa : 870 x 3416mm, # 9,53mm, com 74,48 kg / m2
peso : 0,87 x 3,416 x 74,48 = 221,24 kgf
Anel
diâmetro externo: 1350 mm
diâmetro interno : 625 mm
chapa : 1350 x1350mm # 9,53mm, com 74,48 kgf / m2
peso : ( π x 1,3542 / 4 - π x 0,6252 / 4 ) x 74,48 = 84,38 kgf
196
11.2 Nível de fluido em vaso horizontal - Exemplo Numérico
Considerando:
dimensões do tanque:
diâmetro 2.500mm x altura 3563mm
volume do cilindro (seco) 10 m3
volume do tampo (seco) 2,5 m3
volume do tanque (seco) 15 m3
Solução:
- dimensões construtivas
comprimento do costado
V = π × r 2 × L ( cilindro ) L = 10 / π x 1,252 → L = 2,037 m
- altura do tampo ( b )
2
V = ( 4 / 3 ) π x a x b ( ovóide ) b = 5 x 3 / (4 x π x 1,252) → b = 0,763m
2 π - π r2
α - X ⇒ X = α x r2 / 2
Considerando:
eixo maior AB =2500 mm
eixo menor CD =1526 mm
Calcular:
raio maior FD
raio menor C1 A
Exemplo numérico:
Raio menor 1
= AM / cos α 1
α 1 = 90 – 58,6 = 31,4º
1464 − 487
/ cos 31,4º = 572mm
2
Seqüência:
1 – calcular AD
(
2 – calcular AB − CD / 2 )
3 – determinar o ponto “E” tal que AE = AD − ( AB − CD) / 2
198
CAPÍTULO VI
TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS
MONTAGEM
199
1 GERAL
2 NORMAS A CONSULTAR
P-NB-309 Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de Qualidade;
MSS SP-55 Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and
Other Piping Components.
Diligenciadora: firma contratada pelo cliente para gerenciar compras e inspecionar materiais na
fábrica do fornecedor.
Fábrica: oficina ou fábrica do fornecedor.
Fornecedor: fabricante e/ou fornecedor de materiais ou serviço de mão de obra.
Inspetora: firma contratada pelo cliente com intuito de exercer fiscalização e inspeção
na obra.
5 TERMOS TÉCNICOS
Almoxarifado do cliente: local de guarda de materiais sob a responsabilidade do cliente.
201
6 FLUXOGRAMA DE MONTAGEM
202
7 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO
7.1 TUBOS
Certificação de material
Certificação dimensional
diâmetro;
circularidade em ambas as extremidades;
chanfro;
extremidades roscadas;
estado da superfície;
empenamento;
estado do revestimento;
perpendicularidade do plano de boca.
203
7.1.1 ROSCAS
Verificar a conformidade conforme o padrão. No caso da rosca NPT Norma ANSI B 2.11.
204
7.2 CONEXÕES:
Certificação de material
deve ser informado o teor de carbono, manganês, silício, molibidênIo e cromo;
deve ser adotado um código de cores para distinguir cada tipo de material, sendo a faixa
identificadora pintada ao longo do comprimento de cada tubo;
deve ser informado o “P Number” do material (lembrar que o “P Number” da Norma ANSI
B 31 refere à soldabilidade do material).
Verificar os certificados de qualidade do material, inclusive o laudo radiográfico, quando exigido
de todas as conexões, em confronto com as especificações ASTM ou ANSI aplicáveis.
Certificação dimensional
As seguintes características devem estar conforme as especificações indicadas no projeto
(verificadas por amostragem segundo Norma ABNT 309):
diâmetro nas extremidades;
circularidade;
distância centro-face;
chanfro encaixe para solda, ou rosca (tipo e passo);
espessura;
angularidade das curvas 450 e 900;
estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão e trincas;
estado geral da galvanização ou revestimento quanto à falhas ou falta de aderência.
Verificar se todas as conexões estão identificadas com seguintes dados: tipo, especificação e
grau do material, diâmetro, classe de pressão ou espessura.
7.3 FLANGES
A aceitação dos flanges passa pela certificação de material e dimensional.
Certificação de Materiais
verificar se todos os flanges têm identificação estampada informando: tipo de flange, tipo
de face, especificação do material, grau, diâmetro nominal, classe de pressão, espessura
e placa (TAG) do instrumento (para flanges de orifício);
verificar os certificados de qualidade de material de todos os flanges, em confronto com a
especificação ASTM aplicável;
verificar se todos os flanges estão embalados e acondicionados.
Certificação dimensional
verificar diâmetro interno;
verificar espessura do pescoço;
verificar altura e diâmetro externo do ressalto;
verificar profundidade, tipo e passo da ranhura;
verificar espessura da aba;
verificar chanfro ou encaixe para solda ou rosca (tipo e passo);
verificar rebaixo para junta de anel.
Os flanges a serem submetidos à inspeção devem ser agrupados em lotes com o mesmo
diâmetro nominal e a mesma pressão. O tamanho do lote (quantidade de flanges) deve ser
definido pelo inspetor.
Identificação do Código da Amostra
Para se inspecionar um lote de flanges, seguir o roteiro:
Aceitação e Rejeição
a) se o número de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou menor do que o
número de “Ac” (aceitação), o lote deve ser aceito;
b) se o número de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou maior do que o
número de “Re” (rejeição), o lote deve ser rejeitado.
Tabela 1 Tabela 2
Tamanho do Código de Tamanho
Código de Aceitação Rejeição
da
lote Amostras Amostras Ac Re
Amostra
2a8 A *A *2 0 1
9 a 15 B B 3 0 1
16 a 25 C C 5 0 1
26 a 50 D D 8 1 2
51 a 90 E E 13 1 2
91 a 150 F F 20 2 3
151 a 280 G G 32 3 4
521 a 500 H H 50 5 6
501 a 1200 J J 80 7 8
Código da amostra Tamanho da amostra
206
Tabela 3 – Tolerâncias Dimensionais de Flanges
207
Tabela 4 – Tolerâncias Dimensionais de Flanges
208
7.4 PARAFUSOS E PORCAS
Certificação de material.
parafuso: material ASTM A 307 limitado a 250 oC e pressão < 20 kgf/ cm2
estojo: material ASTM A 193 Gr B7 limitado a 480 oC
estojo: material ASTM A 193 Gr B5 limitado a 590 oC
estojo: material ASTM A 193 Gr B6 para temperatura > 590 oC
estojo: material ASTM A 320 Gr L7 para temperatura < 0oC
Certificação dimensional.
Verificar, por amostragem (Norma ABNT 309), em cada lote, se as seguintes características
estão de acordo com as referências da Norma ANSI B 18.2.1:
209
Diâmetro Dimensões (mm) de acordo com ANSI B 18.2.1
nominal
A B C D E F G
(pol.)
1/2 8,3 19,0 25,8 8,7 22,2 25,6 12,3
5/8 10,7 23,8 33,7 10,7 26,9 31,2 15,5
3/4 12,7 28,6 40,4 12,1 31,8 36,3 18,6
7/8 15,0 33,3 47,1 14,7 36,5 42,2 21,8
1 16,6 38,1 53,9 17,1 41,3 47,2 25,0
1 1/8 19,0 42,9 60,6 19,0 46,0 53,2 28,2
1 1/4 21,4 47,6 67,4 21,4 50,8 58,6 30,9
1 3/8 23,0 52,4 74,1 23,0 55,6 64,2 34,1
1 1/2 25,4 57,1 80,8 25,4 60,3 69,6 37,3
1 5/8 65,1 75,1 40,5
1 3/4 29,4 69,8 80,6 43,6
1 7/8 74,6 86,1 46,8
2 34,1 79,4 91,6 50,0
2 1/4 38,1 88,9 102,6 55,9
2 1/2 42,1 98,4 113,6 62,3
2 3/4 46,0 107,9 124,6 68,6
3 50,8 117,5 135,6 75,0
3 1/4 127,0 146,6 80,9
3 1/2 136,5 157,6 87,3
210
7.5 FILTROS
Verificar se todos os filtros estão identificados por plaqueta de acordo com a codificação do
projeto.
Verificar, por amostragem (Norma ABNT 301), se as seguintes características estão de acordo
com as normas adotadas pelo projeto:
Verificar, por amostragem (Norma ABNT 301), as seguintes características de acordo com as
especificações adotadas pelo projeto:
211
7.7 JUNTAS DE VEDAÇÃO
Verificar se as juntas de vedação estão identificadas, com material, tipo, material do enchimento,
diâmetros, classe de pressão e padrão dimensional de fabricação.
Verificar em todas as juntas de vedação tipo anel o estado da superfície, quanto à corrosão,
amassamentos, avarias mecânicas e trincas.
Verificar, por amostragem (Norma ABNT 309), se as seguintes características da junta estão de
acordo com as normas adotadas pelo projeto:
espessuras;
diâmetro interno e externo;
passo (juntas espiraladas ou corrugadas);
espaçadores das juntas metálicas (diâmetro externo e espessura);
todas as dimensões das juntas de vedação tipo anel e a dureza nas emendas (se houver).
Verificar se todas as juntas de expansão estão identificadas por plaqueta de acordo com a
codificação do projeto.
212
7.9 VÁLVULAS
A aceitação das válvulas (manuais) passa pelas inspeções Tipo “A” e Tipo “B” .
213
Procedimentos para Inspeção de Recebimento Tipo “A”
Documentação:
verificar se os desenhos e documentos enviados pelo fabricante e que servirão de base
para a inspeção, estão aprovados pelo cliente;
verificar e relacionar os testes e inspeções aprovados para o equipamento, conforme o
“Plano detalhado de Inspeções e Testes”;
fazer a análise dos relatórios e certificados enviados pelo fabricante, conforme descrito
neste procedimento.
Inspeção de quantidade
Verificar se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
Marcas de Identificação
Verificar se as marcações estão de acordo com o especificado.
Relatório dimensional
Verificar se as dimensões principais das válvulas constantes no relatório dimensional estão
conforme os desenhos e documentos aprovados.
Análise química e ensaios mecânicos
Verificar se os certificados de análise química e ensaios mecânicos dos materiais e das válvulas
estão conforme o especificado.
Relatório de testes
Verificar os relatórios dos testes se os mesmos foram realizados conforme ensaios citados na
inspeção Tipo “B”.
Relatório de pintura
Verificar o relatório de pintura, conforme especificado pelo cliente.
Inspeção de quantidade
Verificar, individualmente, se todas as válvulas constantes na lista de materiais foram fornecidas.
Marcas de Identificação
Verificar se as marcações na válvula estão de acordo com o especificado. O seguinte deve estar
indicado:
Defeitos de Fundição
Verificar a existência de trincas, inclusão de areia, rebarbas de fundição ou defeitos semelhantes
nas peças fundidas. Não é permitido puncionamento, para sanar porosidades do corpo.
Acabamento
Verificar se existe defeitos de usinagem ou mau acabamento das peças de vedação, peças
rosqueadas, buchas e faceamento dos flanges. Verificar se houve reparo de fabricação e, em
caso afirmativo, verificar a profundidade, a extensão e a qualidade dos materiais empregados,
na execução dos mesmos. O fabricante não deve pintar as válvulas que tenham sofrido reparos
por solda.
214
7.9.1 Inspeção dimensional
Paralelismo Esquadro
verificar a concentricidade do disco (ou cone) de vedação nas válvulas tipo globo ou
angular. Nestas, o disco deve ser concêntrico em relação à sede e, quando totalmente
fechadas, o disco deve assentar perfeitamente na sede;
verificar se nas válvulas tipo gaveta o centro da cunha coincide com o centro da sede e
se a área de passagem do fluxo fica totalmente livre, quando a válvula está totalmente
aberta. Neste tipo de válvula, nenhuma parte do diâmetro de cunha deve ficar contida no
diâmetro de passagem da sede, quando esta se encontrar totalmente aberta.
215
7.9.3 Inspeção de Reparos
Todos os reparos por solda devem ser examinados por líquidos penetrantes, partículas
magnéticas ou raios-X.
Defeitos de fundição observados visualmente ou detectados por ensaios não destrutivos ou
vazamentos ocorridos durante o teste hidrostático, podem ser reparados por solda, desde que
atendidos os requisitos aplicáveis para cada tipo de material.
A classificação dos reparos é feita da seguinte forma (conforme Norma ABNT P-NB-230):
216
7.9.8 Teste Hidrostático
‘
Condição: o fluido utilizado para o teste hidrostático deve ser água limpa, isenta de óleo e à
temperatura ambiente.
Teste do corpo e da tampa “Castelo”: o teste deve ser feito com a válvula totalmente aberta,
com a pressão conforme tabela 1 (P-NB-230).
Após a pressão atingir o valor indicado na tabela 1, manter por um tempo suficiente para se fazer
a inspeção de toda a superfície do corpo e da tampa castelo. O tempo mínimo de permanência
da válvula sob a pressão de teste deverá ser de 5 minutos para válvulas com Φ < 8” e de 10
minutos para Φ > 10”.
7.9.9 Teste de vedação : o teste deve ser feito com a válvula totalmente fechada e com uma
das extremidades livre, para que se possa fazer a inspeção. O teste deve ser feito com ar ou gás
inerte e com a pressão de 5 kgf/cm2 (conforme norma ABNT P-NB-230). Deve ser observado o
lado correto em que se aplicará a pressão. Para válvulas com duas superfícies de vedação,
ambas devem ser ensaiadas separadamente. As superfícies de assentamento devem estar
limpas e isentas de óleo. Após atingir o valor indicado, manter a pressão por um tempo suficiente
para se fazer a inspeção de toda a superfície de vedação. É tolerado o vazamento conforme
tabela 2.
7.9.10 Teste de faiscamento: fazer o teste de faiscamento nas válvulas com revestimento
interno de elastômeros (ebonite, vidro, teflon, epóxi, borracha), a fim de detectar trincas, bolhas,
arranhões ou descontinuidade. Qualquer falha detectada deve ser reparada e após o reparo,
executar novamente o teste.
217
8 PRÉ-MONTAGEM
as dimensões das conexões deverão ser verificadas antes do corte dos tubos de modo
que eventuais ajustes possam ser feitos;
as dimensões e os pesos das peças (spools) devem ser função da capacidade dos
equipamentos de transporte e, de elevação de carga;
na armazenagem e manuseio de tubos e peças, cuidar para que não haja entrada de
terra nos tubos, e lesão nos revestimentos;
218
8.3 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL – ÁGUA POTÁVEL (AP) - QUADRO 1
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
ESPESSURA CLASSE R
ACABAMENTO GALVANIZADO
TUBO MATERIAL NBR 5590 GR A ou B
Á
L Esfera DIMENSIONAL NBR 10284 ABNT EB 141 / II
V
U VEDAÇÃO PTFE
L
A DIMENSIONAL -
S Borboleta
-
VEDAÇÃO
TIPO PORTINHOLA
Retenção DIMENSIONAL ABNT EB 141 / IV
TAMPA PARAFUSADA
ACABAMENTO GALVANIZADO
ESPESSURA 1,6 mm
Legenda:
CPPU Castelo parafusado c/ porca de união, HARE Haste ascendente c/ rosca externa, HARI Haste ascendente c/ rosca interna
219
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL – ÁGUA INDUSTRIAL (AI) - Quadro 2
DIÂMETRO NOMINAL - mm
ITEM CARACTERÍSTICA
15 a 50 65 a 250 300 a 600 650 a 1200 > 1200
ASTM A 234
MATERIAL NBR 6590 NBR 5590 (2) ASTM A 134 (2)
WPB
TAMPA PARAFUSADA
ACABAMENTO GALVANIZADO
ESPESSURA 1,6 mm
220
8.4 DESENHOS DE TUBULAÇÃO - FIGURA 1
221
Figura 2
222
Figura 3
223
Figura 4
224
9 PREPARAÇÃO E MARCAÇÃO DOS TUBOS
Preparação dos tubos: fazer sem desperdício, dando atenção à dimensão, material e
espessura dos tubos e as sobras devem ser identificadas.
Exemplo de marcação
( sem escala )
225
10 CORTE, CHANFRO E DOBRAMENTO DOS TUBOS
Corte dos tubos: em geral os cortes são efetuados, mecanicamente ou por maçarico, sofrendo
um acabamento por esmeril. No caso de corte por maçarico deve ser assegurada a remoção
completa das carepas de solda da face dos chanfros e proximidades até que se perceba a
exposição normal da superfície metálica do tubo.
Folgas: Ligações sobreposta (fig. 1), penetrante (fig. 2), Flanges de encaixe (Fig. 5), sobreposto
(fig. 6).
Figura 1 Figura 2
226
11 MONTAGEM
O estado das superfícies das peças (spools), dos tubos e acessórios vindos da pré-montagem,
devem ser inspecionados quanto a avarias no transporte.
Os alinhamentos devem estar conforme ANSI B 31.3 figura 327.3.2 (ver página 223).
Os desalinhamentos iguais ou inferiores a 1,5mm, a ajustagem deve ser a frio não havendo
necessidade de usinar ou esmerilhar a superfície interna para proporcionar a concordância.
A ajustagem até 2,0mm dos desalinhamentos pode ser feita por dois métodos. O primeiro
consiste em esmerilhar ou usinar a superfície interna de uma das extremidades ou de ambas,
com uma inclinação de no mínimo 1 para 4, tomando-se cuidado para que a espessura final não
seja inferior a 87,5% da espessura nominal do tubo ou acessório. Caso este recurso não possa
ser aplicado, é aceitável um segundo método, que consiste no martelamento a quente tanto
para aço-carbono como para aço-liga, sem necessidade de tratamento térmico desde que:
a temperatura de aquecimento para os aços carbono, fique entre 620 a 680 oC.
a temperatura de aquecimento para os aços liga com teor de Cr 5 ≤6% fique entre 620
e 720 oC e para aços liga acima de 1,25 % Cr até 5% Cr fique entre 680 e 720 oC, com o
martelamento feito sobre uma chapa intermediaria.
O desenvolvimento das chapas para as curvas em gomos deve atender à Norma ANSI B 31.3,
Item 306.3. As soldas de fabricação das curvas de gomo devem ser examinadas por radiografia
ou ultra-som, em toda sua extensão.
Na fabricação das bocas de lobo, o anel de reforço caso previsto, só deve ser montado após
conclusão e exame da solda executada entre os tubos de ligação, conforme “ANSI B 31.3 Figura
327.4.4D”.
O comprimento da derivação deve ser no máximo 150mm medidos a partir da geratriz superior
do tubo principal. A penetração do passe de raiz da solda entre os tubos, deverá ser
inspecionada visualmente. Após a conclusão da solda entre os tubos, deverá ser realizado novo
exame com líquido penetrante e só então montado o anel de reforço.
Não deve ser usado o aquecimento localizado em materiais especificados segundo ANSI B 31.3
com “P-number” P3, P4, P5, P6, P10A e P10B,. Se isto for absolutamente necessário após o
aquecimento, esta área deve ser submetida a um tratamento térmico.
A espessura do “cachorro” não deve ultrapassar o maior dos valores; a metade da espessura do
tubo ou 5mm. Devem ser dispostos inclinados em relação à direção longitudinal dos tubos de
pelo menos 300.
Devem ser de material similar ao do tubo (mesmo “P-number”). Caso isto não seja possível,
deve ser feito um revestimento, na região de contato com o tubo, com metal depositado e de
composição química compatível com o material do tubo. A espessura do revestimento deve ser
igual ou maior que a altura do cordão usado no ponteamento.
A quantidade de “cachorros” por junta soldada deve ser:
227
11.2 FLANGES
Os flanges disponibilizados para montagem, devem ter suas faces protegidas contra choques
mecânicos e corrosão. Após a remoção desta proteção, devem ser examinadas criteriosamente
e só então liberados para montagem.
Salvo indicação em contrário, os flanges deverão ser montados no tubo, de maneira que os
planos vertical e horizontal que contém a linha de centro da tubulação dividam igualmente a
distância entre os furos dos parafusos do flange.
Quando usados flanges sobrepostos, devem ser soldados interna e externamente na tubulação,
de maneira que a extremidade do tubo fique afastada da face do flange de uma distância igual à
parede do tubo mais 3mm. A solda interna deve ser executada de maneira que a face do flange
não exija re-usinagem. No caso de uso de flanges de encaixe, a folga entre o extremo do tubo e
a face do encaixe deve ser de 1,5mm.
A solda interna dos tubos com os flanges de orifício deve ter o seu reforço interno esmerilhado
rente com o tubo.
Flanges de aço acoplados com flanges de ferro fundido, devem ser montados com cuidado para
evitar que se danifique o flange de ferro fundido.
Não é permitido o acoplamento de flange de ressalto com flange de face lisa. Caso haja esta
necessidade, o ressalto deve ser removido por usinagem, e usada junta de face.
Os furos dos parafusos devem estar alinhados, independente de qualquer esforço e sem que
tenha sido inserido entre os flanges qualquer material que não seja a junta especificada; os
parafusos devem passar pelos furos livremente, após a linha estar totalmente soldada.
Os flanges devem ser apertados pelos parafusos de maneira uniforme e dentro dos limites
especificados. O aperto deve ser feito gradativamente e numa seqüência em que sejam
apertados parafusos diametralmente opostos. Não é permitido o uso de extensões nas chaves
para aperto dos parafusos dos flanges. No aperto, as porcas devem ficar completamente
roscadas no corpo do parafuso ou estojo. Quando se tratar de estojo, as porcas devem ficar a
igual distância das extremidades. Em nenhuma hipótese será permitido o ponteamento com
solda das porcas nos parafusos ou peças.
A tensão de aperto do flange, deve ser processada por igual pelos parafusos diametralmente
opostos (ver figura), utilizando-se torquímetro ou medindo-se a extensão da rosca do parafuso.
Os parafusos e as porcas devem ser grafitados quando do aperto.
228
11.3 JUNTAS DE VEDAÇÃO
As juntas de vedação definitivas das ligações flangeadas, devem estar de acordo com as
especificações de material do projeto de tubulação. No caso de juntas cortadas de lençóis, a
identificação do material do lençol deve ser transferida para cada junta cortada.
As juntas não metálicas devem estar limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer
deformações visíveis.
Caso o diâmetro externo das juntas de vedação não esteja de acordo com a ANSI B 16.5, Apêndice
E, Figuras 3, 5 e 7, providenciar um anel de papelão com o diâmetro externo correto dentro dos quais
se encaixará a junta de vedação. Montar o conjunto assim formado na ligação flangeada.
As juntas de expansão devem ser montadas de modo que não sejam submetidas a qualquer
esforço para o qual não foram projetadas.
A abertura de roscas em tubos galvanizados ou com outros revestimentos externos, deverá ser
acompanhada de recomposição similar desses revestimentos após a abertura da rosca.
Nos tubos galvanizados aplicar a trincha, em duas demãos, tinta de fundo epóxi-pó de zinco amida
curada de dois componentes, de modo a obter espessura seca de 35 mícrons por demão como
mínimo. A aplicação da 1ª demão deve ser feita imediatamente após a abertura da rosca e execução
da ligação roscada. O tempo de secagem para a aplicação da 2ª demão varia de 18 a 24 horas.
Antes da aplicação do vedante, deve ser verificada a limpeza da rosca, que deve estar livre de
rebarbas, limalhas e outros resíduos. Não é permitido usar qualquer material não especificado
nas juntas roscadas, tais como: barbantes, estopas, zarcão, etc.
O aperto das roscas deve ser feito com ferramentas adequadas, não se permitindo o uso de
extensões.
As soldas de selagem das ligações roscadas só podem ser executadas quando indicadas no
projeto; e não poderão terminar na região da rosca. Neste caso não será permitida a aplicação
de vedantes. Não é permitida a solda de selagem em tubos galvanizados.
Durante a montagem devem ser previstos suportes provisórios, de modo que a linha não sofra
tensões exageradas, nem que esforços elevados não previstos no projeto, sejam transmitidos
aos equipamentos, mesmo que por pouco tempo.
O material dos apoios, na parte soldada com o tubo, deve ter o mesmo “P-number“ do tubo.
Os berços fixados por solda descontínua, devem ser soldados após a conclusão da pintura, nas
partes que serão encobertas pelo suporte. Os espaços entre os cordões de solda devem ser
calafetados para impedir a penetração de água.
As ancoragens só devem ser feitas após a conclusão dos trabalhos de montagem, alinhamento,
nivelamento, e imediatamente antes do teste hidrostático. Somente podem ser executadas nos
locais previstos pelo projeto, devendo ser retiradas as soldas provisórias usadas na montagem
dos suportes deslizantes
229
12 INSPEÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL DEMSOLDAS
12.1 CONCEITUAÇÃO
O controle da preparação das juntas e da qualidade da solda, deverá seguir as instruções
estabelecidas nas classes A1, A2 e A3 da Norma DIN 8563 que determinam:
Caberá ao montador:
Nota: os critérios de execução e aceitação das juntas soldadas, acima descritas, serão feitos
baseando-se na Norma API 1104 ou ANSI B 31.3 última edição.
230
12.2 INSPEÇÃO DE SOLDAS
Serão inspecionados:
as condições do chanfro;
a preparação das máquinas e eletrodos;
o alinhamento de tubo com tubo e folga;
o término do passe da raiz;
o termino da solda;
a marcação das identificações do soldador e do inspetor interno.
Especial atenção deva ser dada à existência dos seguintes defeitos da solda:
mordedura;
porosidade;
fissura;
altura do cordão;
falta de cordão;
respingo.
Todos os preparativos e trabalhos da soldagem, bem como os parâmetros principais devem ser
anotados em ficha apropriada, (ver páginas 234/235) registrando: No da máquina de solda, tipo e
referência do eletrodo, corrente elétrica, polaridade, nome e número do soldador, posição da
solda, espessura da parede e folga da raiz.
Serão inspecionadas somente as soldas de topo. As soldas de encaixe e de filete não serão
inspecionadas.
A inspeção será executada de acordo com a Norma ANSI B31.3 “SPOT EXAMINATION”.
Os pontos para radiografia serão definidos por amostragem aleatória e indicados no isométrico.
Serão examinados 10% das juntas soldadas.
Deverá aparecer como imagem radiográfica:
231
12.2.3 DEFEITOS
Classe A2- Inaceitável qualquer inclusão cuja dimensão seja maior que:
4 mm para e < 10 mm
6 mm para espessura de 10 a 19 mm,
(0,5 x espessura) para espessura de 20 a 60 mm, 30 mm para espessura > 60 mm.
No caso de mais de uma inclusão, a soma de suas dimensões, numa extensão de solda de (12 x
espessura); deverá ser menor que a espessura, exceto se a separação entre duas inclusões for
maior que quatro vezes a maior delas.
Classe A3 - Inaceitável qualquer inclusão cuja maior dimensão seja maior que:
5 mm para espessura < 10 mm.
7 mm para espessura de 10 a 19 mm,
(0,7 espessura ) para espessura de 20 a 60 mm,
50 mm para espessura > 60 mm.
No caso de mais de uma inclusão, a soma de suas dimensões, numa extensão de solda de (12 x
espessura); deverá ser menor que (1,5 x espessura), exceto se a separação entre duas
inclusões for maior que três vezes a maior delas.
233
12.4 ESPECIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM ( EPS )
Nome da Companhia:......................................................................
EPS Nº.:............... Data:....../........../........ RQP correspondente(s):
Processo de soldagem: (Manual, semi-automático) Tipo:....................
234
ESPECIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM ( Continuação )
DETALHES DA JUNTA:
Material Gás
Aços não ligados e de baixa liga AGAMIX SK 20
Aços de alta liga AGAMIX SK 02
Solda MIG - MAG
Alumínio e suas ligas Argônio S
Cobre e suas ligas Argônio S
Titânio Argônio SR
Material Gás
Aços não ligados e de baixa liga Argônio S
Aços inoxidáveis austeníticos Argônio S
Proteção de raiz Aços de alta liga não austeníticos Argônio S
Alumínio e suas ligas Argônio S
Cobre e suas ligas Argônio S
Titânio Argônio SR
235
13 LIMPEZA
O local para execução dos serviços de limpeza deverá ser limpo, ventilado, com boa iluminação,
protegido contra intempérie e entrada de estranhos.
Deverá possuir tomadas de energia elétrica, vapor, nitrogênio, ar comprimido, água potável,
bancadas apropriadas para limpeza dos tubos, tanques com dimensões suficientes para a
completa imersão dos tubos e dos “spools”, instalações para higiene do pessoal e lava olhos
para eventual emergência.
Deverão estar disponíveis: equipamentos de segurança, ferramental, acessórios, plástico
transparente com espessura mínima de 0,3mm, adesivo transparente e cordão de algodão.
Recebimento (etapa 1): consiste em receber os tubos em barras ou “spools”, vindos do “pipe
shop” com todos os detalhes de fabricação já realizados.
Inspeção e seleção (etapa 2): verificação da conformidade dos “spools” com os desenhos de
fabricação, e seleção do processo de limpeza adequado.
Limpeza inicial (etapa 3): efetuada por meio de processo químico ou simplesmente lavagem por
meio de jato de água. Neste caso a limpeza será executada do ponto mais alto para o mais
baixo, a fim de que o fluxo de água carregue todos os corpos estranhos existentes no interior
das tubulações.
Acessórios: - inspeção visual para se constatar, se há ou não necessidade limpeza. Caso haja,
desmontá-los totalmente e limpar os componentes com estopa embebida em
tricloroetileno, para remoção de óleo ou graxa.
a) Limpeza mecânica
Os tubos retos, curvas, derivações, reduções e peças, com diâmetros de 100 a 400 mm, deverão
ser limpos por jateamento abrasivo (com areia), o suficiente para que a superfície interna e
externa atinja o metal quase branco, padrão SA 2 ½.
Excluí-se aqueles componentes de aço inoxidável e metais não ferrosos.
Para tubulações com diâmetro < 100 mm, a limpeza deverá ser feita manual ou mecanicamente
com escovas metálicas, de aço inoxidável austenítico ou de bronze.
b) Desengraxamento
c) Decapagem
d) Neutralização
e) Imersão em Água
f) Sopro do vapor
Soprar os componentes com jato de vapor para que carepas remanescentes nas paredes dos
mesmos se soltem.
237
g) Fosfatização
A limpeza com solvente clorado deverá ser realizada em todos os componentes das tubulações,
mesmos aqueles que tenham sido recebidos limpos e selados do fabricante. A limpeza com
solvente clorado deverá ser realizada com 1,1/1 tricloroetano (metil clorofórmio).
238
Procedimento para limpeza de tubos e conexões com solvente clorado.
239
Selagem
A selagem dos tubos, peças e acessórios deve ser efetuada imediatamente após a limpeza,
porém só depois da autorização do inspetor credenciado ao cliente responsável pela limpeza. As
peças grandes terão suas extremidades vedadas por “caps” plásticos.
As peças pequenas e acessórios serão condicionadas em sacos de polietileno novos e limpos,
isentos de graxas e óleo.
Após a montagem dos spools e acessórios e antes da montagem das válvulas, filtros e
instrumentos, a tubulação deve ser soprada de modo a retirar as partículas de solda e qualquer
impureza depositada no interior da tubulação durante a montagem dos spools.
O sopro deve ser feito com nitrogênio puro, a velocidade de 30 m / s, de forma intermitente e
acompanhados por martelamento em toda extensão da tubulação, principalmente nas juntas
soldadas.
Observação
No caso da fonte de nitrogênio ser uma tubulação existente, deve ser instalado um filtro de 80
micrômetros na tubulação de injeção de nitrogênio. No caso da fonte ser um caminhão tanque ou
garrafas, deve ser instalada na tubulação de injeção uma válvula controladora de pressão. Em
qualquer dos casos, a tubulação de injeção de nitrogênio deve estar devidamente limpa, sendo
necessário, portanto, que esta tenha sido desengraxada, decapada e lavada conforme
estabelecido nas seções: Desengraxamento, Decapagem e Limpeza com Solvente Clorado.
Antes do início dessa limpeza, que tem por objetivo eliminar quaisquer sujeiras que porventura
tenham penetrado no interior dos tubos na montagem, deve ser assegurado a abertura total das
válvulas e a ausência das placas de orifício, purgadores e filtros, de modo a evitar
estrangulamentos que impeçam o escoamento normal das sujeiras. Precauções devem ser
tomadas para que as pressões do fluxo de limpeza sejam superiores às pressões de serviço da
linha.
Observações
Para as redes de água, esta circulação levará o tempo necessário para ser obtido na saída,
água completamente limpa, garantida pela verificação de um filtro ou de tela de 60 mesh
colocada na saída da linha.
Para as redes de ar comprimido e nitrogênio, esta circulação será feita por meio de sopro de ar
comprimido seco, o tempo necessário para que não sejam detectadas impurezas no filtro ou na tela
de 60 mesh colocada na saída da linha.
240
14 TESTES
14.1 CONSIDERAÇÕES
O teste de pressão deve ser executado preferencialmente por sistemas de tubulações, ao invés
de tubulações individuais. A quebra de continuidade, através da instalação de raquetes para o
teste hidrostático, deve ser minimizada, juntando-se as tubulações e equipamentos passíveis de
se submeterem à mesma pressão de teste. Os equipamentos já testados e que não causem
dificuldades ao teste, podem ser re-testados simultaneamente com o sistema de tubulações
conectados aos mesmos. Os que ainda não foram testados, devem ser perfeitamente
isolados do sistema em teste.
A pressão de teste não deve exceder em nenhum ponto a pressão de teste permitida para tais
equipamentos.
Antes do teste, devem ser removidos todos os dispositivos que causem restrição ao fluxo, discos
de ruptura, válvulas de segurança e de alívio. Estes devem ser substituídos por peças
provisórias.
Filtros provisórios devem ser instalados na entrada dos vasos, compressores, bombas e outros
equipamentos que possam ser prejudicados por detritos e devem ficar no sistema durante o
teste de pressão, limpeza, pré-operação e início da operação. Fica dispensada a instalação
desses filtros quando já constar do projeto à instalação de filtros permanentes.
Todas as válvulas devem ser sujeitas ao teste de pressão, inclusive as de bloqueio situadas nos
limites do sistema, que devem ser raqueteadas no flange a jusante do sistema.
As juntas de expansão, devem ser isoladas ou substituídas por carretel temporário. Quando
submetidas ao teste, devem ser protegidas por tirantes e suportes temporários.
Todos os suportes, pendurais, guias, batentes, devem ser ligados ao sistema de tubulações antes do teste
de pressão. Os suportes de mola devem ser travados durante o teste.
Deve ser instalado no mínimo um manômetro no ponto do sistema de maior elevação. Os
manômetros devem ser adequados à pressão de teste, de tal forma que, a leitura da pressão
esteja entre 1/3 e 2/3 da escala, e que as divisões sejam no máximo de 5% da pressão de teste,
com mostrador de diâmetro mínimo de 75 mm.
Todas as ligações devem ser deixadas expostas, sem isolamento, revestimento ou pintura, para
exame durante o teste. As tubulações enterradas adequadamente suportadas, devem ficar com
as ligações expostas, exceto as ligações enclausuradas em concreto que já tiverem sido
testadas previamente.
14.2 CONDICIONANTES:
Nos pontos altos do sistema de tubulações e nos equipamentos, as válvulas de respiro devem
estar completamente abertas, para que o ar seja expulso, quando se encher os mesmos com
líquido de teste. Não é permitido o martelamento das tubulações durante o teste de pressão.
O re-aterro de ruas, abertos para passagem de tubulações, somente poderá ser iniciado após o
teste de pressão e revestimento da tubulação.
241
14.3 TEMPERATURA DE TESTE
15 ACEITAÇÃO
A estanqueidade do sistema será verificada pela expressão: E = Pf x Tf x 100 / Pi x Ti , onde:
Pf = pressão absoluta final ( kgf/cm2)
Pi = pressão absoluta inicial ( kgf/cm2)
Tf = temperatura final do fluido de teste (K)
Ti = temperatura inicial do fluido de teste ( K )
Após o teste, remoção dos bloqueios e reinstalação dos acessórios removidos, a tubulação deve
ser identificada como “Testada”.
242
CAPÍTULO VII
VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
243
1 TOXIDADE
Toxidade é uma propriedade inerente a toda matéria. Manifesta-se num ambiente fisiológico vivo,
produzindo uma alteração indesejável do mesmo, que, se suficientemente intensa, é chamada
de dano. O dano é produzido em resposta a alguma dose de uma substância. A dose é a
quantidade da substância experimentada num dado intervalo de tempo. A toxidade pode ser
entendida como o efeito de duas reações opostas: (1) substâncias tóxicas agindo sobre o
organismo, e (2) o organismo agindo sobre as substancias tóxicas. O “efeito liquido” é uma
redução no potencial tóxico.
3 RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA
O entendimento quantitativo da relação entre a “Dose” de um agente tóxico que penetrou no
organismo e o tipo e o grau de “Resposta” requer que a magnitude da dose seja expressa em
termos da taxa de dosagem efetiva no local crítico dentro do organismo, onde foi iniciada a
resposta do tecido. Exemplificando, no caso de uma poeira inalada, não é suficiente conhecer a
concentração da poeira no ar do ambiente de trabalho e a taxa volumétrica da respiração. O
produto dessas duas grandezas fornece, unicamente, a quantidade total de poeira que penetra
no sistema respiratório, quando levamos em conta o tempo de exposição. Esse valor assim
obtido não é suficiente para explicar, de um modo quantitativo, que o sistema respiratório tem
propriedades seletivas na retenção das poeiras inaladas de diferentes tamanhos, e que possui
diferentes eficiências de limpeza para as várias poeiras nele depositadas. Objetivando
estabelecer, quantitativamente, uma relação dose-resposta no local crítico, deve-se estimar:
a) quanto da poeira é inicialmente depositado no sistema respiratório, e em que porções do
mesmo; b) com que rapidez e em que grau as poeiras depositadas são removidas pelos
mecanismos de limpeza do trato respiratório e dos pulmões; c) qual a fração da poeira retida que
atinge o local critico dentro dos pulmões, ou outras partes do organismo, para causar o dano.
Somente através dessa estimativa quantitativa é possível traduzir a concentração da poeira no ar
do ambiente de trabalho a taxa volumétrica de respiração e o tempo de exposição, numa medida
útil da dose efetiva.
244
5 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA
Legislação Federal Lei Número 6938 de 31/08/1981 - dispõem sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente.
Licença Provisória LP
Licença de Instalação LI
Licença de Operação LO
Poluentes do Ar: aerossóis e todo componente ainda que natural ( teor de umidade ), que
venha impedir sua utilização direta e imediata.
245
TLV–TWA - Fixa a concentração tolerável ao organismo para uma jornada de trabalho de 8
horas por dia e 5 dias por semana. (o termo TWA significa “Time Weighted Average”)
TLV–CEILING - Fixa o valor máximo que não deverá ser alcançado em qualquer tempo da
jornada de trabalho.
Nota: a concentração é expressa em PPM, partes do poluente por milhão de partes de ar.
246
6 VENTILADORES
Exemplo numérico
Considerando Q = 1200 l/s
H = 80 mmca
n = 750 rpm
247
6.1 VENTILADORES CENTRIFUGOS DE SIMPLES ASPIRAÇÃO
ARRANJOS CONSTRUTIVOS
Para transmissão por correia em V Para transmissão por correia em V Para transmissão por correia em V
ou por acoplamento direto. Rotor ou por acoplamento direto. Rotor ou por acoplamento direto. Um
em balanço dois mancais na base. em balanço mancal principal mancal em cada lado apoiado na
apoiado na carcaça do ventilador carcaça do ventilador.
ARRANJOS CONSTRUTIVOS
248
6.2 DESIGNAÇÃO DA DESCARGA DE VENTILADOR CENTRIFUGO
249
6.3 ACESSÓRIOS DOS VENTILADORES CENTRÍFUGOS
Atentar para as peças de transição que irão garantir as velocidades na descarga / entrada do
ventilador e nos dutos.
250
6.4 CONSIDERAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO DO VEMNTILADOR
Exemplo numérico:
Considerando um ventilador tipo “Simples Aspiração”, com vazão de 3,5 m3 / s e pressão total de
80 mm H2O, calcular a potencia e a velocidade de saída.
vazão mássica em kg / h
temperatura do gás em oC
peso específico do gás em kg / m3
composição do gás informar
pressão barométrica em mmca
3
pressão estática no duto de entrada em mmca
área do duto de entrada em m2
pressão estática no duto de saída em mmca
área do duto de saída em m2
comprimento da transição de entrada em m
comprimento da transição de saída em m
rotação em rpm
drenagem da carcaça;
base única;
suporte independente para os mancais.
251
6.6 FOLHA DE DADOS – VENTILADORES CENTRIFUGOS
252
6.7 VENTILADORES TIPO BOOSTER
6.7.1 UTILIZAÇÃO
6.7.2 INSTALAÇÃO
Conforme mostrado no fluxograma
6.7.3 RECOMENDAÇÕES
Estes ventiladores devem possuir selos mecânicos de anel de carbono com injeção de
nitrogênio, mancais anterior e posterior, com resfriamento a óleo, transmissor de vibração, junta
de expansão na sucção e descarga e damper de regulagem na sucção.
6.7.4 MATERIAIS
253
6.8 TESTES DE ESTANQUEIDADE
Objetivo
Orientar e documentar teste pneumático, conforme API Standard 673 SE – 2002, 4.3.4.3.1,
complementada pela norma Petrobras N-1593, onde aplicado.
Campo de aplicação
Ventiladores que exijam a estanqueidade, ou nos casos de solicitação contratual.
“A carcaça deve ser pressurizada (com ou sem fechamento da passagem do selo) com a
máxima pressão de trabalho utilizada (MAWP) e mantida pelo menos durante 30 minutos, sujeita
a teste com bolha de sabão para checagem de vazamento.”
Condição de conformidade
Condições operacionais
As figuras 1 e 2 são esquemáticas, podendo os equipamentos estarem em qualquer arranjo ou posição
construtiva.
B
IV
A
C
VI
II
III
Figura 1 Figura 2
254
1. Tamponar os bocais de entrada, saída e selo do ventilador (“A”, ”B”, e “C” figuras 1 e 2),
com chapa metálica e vedar com massa de vedação, na qualidade e na quantidade
necessária para não apresentar vazamentos.
2. Aplicar a pressão máxima de trabalho (MAWP), através do uso de compressor, com ar
ambiente, na temperatura ambiente, na tampa que apresentar maior facilidade para
adaptação dos tubetes de entrada do compressor e saída para o manômetro (figura 3).
Tamponamento
Tubete
Analisador de
pressão
Figura 3
OBSERVAÇÕES:
A verificação da pressão aplicada deve ser feita através de manômetro devidamente calibrado e
aferido, podendo ser utilizado o de coluna de água, devido à baixa pressão absoluta utilizada em
ventiladores.
Observar visualmente a formação de bolhas na junção da tampa frontal com a lateral frontal “I”,
na solda de união da espiral com a lateral traseira “II”, no(s) dreno(s) “III”, na porta(s) de visita
“IV”, no(s) bi-partido(s) “V” e na solda de união da espiral com a lateral frontal “VI”, pelo período
mínimo de 30 minutos figuras 1 e 2 .
A solução formadora de bolhas deverá seguir a norma ASME Secção V, quando adquirida como
solução comercial, ou obtida da proporção 1 x 1 x 4,5 em volume de detergente ou sabão
líquido, glicerina e água.
Pontos detectados com vazamento deverão ser corrigidos e a inexistência da formação de
bolhas pelo período de 30 minutos consecutivos caracterizará a aprovação neste teste
pneumático.
Nota: Para ventiladores axiais, somente a porta de visita e as soldas intermediárias do tubo
externo serão observados.
255
7 TRATAMENTO DE AR
São meios porosos construídos com material fibroso na forma de tecido, ou por compactação,
formando placas ou painéis, atuando por conseqüência da impactação direta, inercial das
partículas ou ainda pelo movimento browniano.
Aplicações recomendadas (NB-10) Filtro Grosso (G) Filtro Fino (F) Filtro Absoluto (A)
CONFORMIDADE
FATORES DE SELEÇÃO
256
7.2 EQUIPAMENTOS PARA COLETA E SEPARAÇAO DE CONTAMINANTES GASOSOS
Lavadores de gás
Quando um gás, em solução gasosa, entra em contato intimo com um liquido no qual ele seja
solúvel, ocorrerá transferência de massa do gás para o líquido proporcional à solubilidade do gás
no líquido e ao diferencial da concentração. Nos casos onde o gás reage com uma substancia
química dissolvida no liquido ocorrerá a chamada “absorção química” aumentando a eficiência da
separação.
Após a dissolução, submete-se este fluido a um tratamento químico de acordo com o gás nele
dissolvido afim de se obter um sal que será filtrado para remoção e destinação final do lodo.
O processo acima referenciado é obtido nas “Torres de enchimento”. Nelas o intimo contato
“gás/liquido” é conseguido através da passagem usualmente em contra concorrente dos fluidos
através de um enchimento cujo material e forma deverá favorecer a maior área superficial de
contato.
Existem substancias que por afinidade química ou por força de atração superficial (de Van der
Waals) são capazes de atrair e manter presa moléculas de gases. É o que se chama de
adsorção. Não ocorre nenhuma reação química. Os materiais chamados de “adsorvedores”, são:
a alumina ativada, o carvão ativado; a bauxita; e a sílica gel.
257
O quadro abaixo referencia a possibilidade de o carvão ativado adsorver vários gases.
Forma construtiva
Os equipamentos de filtragem com carvão ativado constam de colunas no interior das quais são
colocadas camadas de carvão ativado com 15 a 90 cm de espessura. O gás carreando o
poluente, atravessa as camadas de adsorção numa velocidade de 10m/min (para o caso de
odores) e 20 m/min (para solventes e outras substancias).
Antes de penetrar no filtro de carvão ativado, o fluido deve sofrer um tratamento preliminar para
retenção de partículas suspensas, redução da umidade relativa abaixo de 50% e a temperatura
abaixo de 50º C. Com o uso, o carvão ativado vai ficando saturado, tornando-se necessário
regenera-lo, o que se consegue submetendo-a à passagem de uma corrente de vapor de água.
Deverá haver no mínimo dois leitos de carvão ativado, de modo que um fique operando
enquanto o outro estará em regeneração.
Algumas aplicações
Torre de lavagem → Industria de vidro.
Para o polimento ácido do vidro é utilizada uma mistura de acido sulfúrico (H2SO4), água (H2O),
acido fluorídrico (HF) e ácido flúor silício (H2SiF6), provocando a oxidação da camada superficial
do vidro e formando fluoreto de silício (Si F4) que se evapora na presença do acido fluorídrico a
55º C.
258
8 TIRAGEM NATURAL
Considerando nula a transmissão de calor pelas fachadas e cobertura deste galpão, sendo de
25º C a temperatura de bulbo seco do ar externo, de 20º o gradiente térmico entre o ar externo
frio e o interno quente, e de 23m a distância vertical ”H” entre a entrada de ar frio e saída de ar
quente, pede-se determinar:
1) a carga térmica;
2) a renovação por hora (de ar interno);
3) a velocidade do fluxo de ar aquecido;
4) a área de entrada do ar frio (AE);
5) a área de saída do ar quente (AS);
6) as dimensões do lanternin.
Dimensões do lanternin 20 x 4 m
Admitido uma entrada de ar em cada lateral do galpão vem: Ae de cada lado = 480 ÷ 2 = 240m2
260
9 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA
Conceituação Introdutória
Como ventilação geral diluidora entendemos aquela que determinará uma movimentação do
fluxo de ar interior a um ambiente, visando o conforto térmico de seus ocupantes ou a
manutenção das condições de integridade da propriedade e seus inclusos. Neste contexto é
importante determinar a vazão deste fluxo de ar, que irá promover o conforto térmico a diluição
ou a retenção de poluentes.
A ventilação geral diluidora, pode contemplar três sistemas operacionais, conforme o
posicionamento do moto ventilador em relação ao ambiente .
261
9.1 VAZÃO DE AR PARA CONTROLE TÉRMICO
Solução:
6 6 3
Vazão = Q x 387 x 10 / Pmol x TLV ⇒ 0,045 x 387 x 10 / 58,4 x 150 = 1 988cfm ou 56,2 m /min
3
Exemplo 4 - Determinar o fluxo de ar necessário para assegurar o TLV de 0,002g/m em
unidade industrial onde ocorre a manipulação de chumbo com a taxa de sublimação de 0,3 g/h.
3
Solução: Vazão Q / TLV = 0,3 / 0,0002 = 1 500 m / h
262
9.3 TEMPO DE SATURAÇÃO
Solução:
O tempo de saturação será calculado pela expressão: t =( V / Q ) x ln q − Q × Co onde :
q − Q × C
V: volume da sala m3
q: vazão de contaminante m3 /h
Q: vazão de ar m3 /h
Co: concentração inicial ppm
C: concentração após o tempo t ppm
Solução
2 4 × 2 × 9,81
Velocidade de pressurização ∆P = V x δ / 2 x g ∴V= → 8,20 m / s
1,1644
3
Vazão de ar requerida = 8,2 x 0,06 x 60 = 29,52 m /min
29,52 × 60
Número de renovações por hora = = 36 por hora
53
263
9.4 DIMENSIONAMENTO DE DUTO S DE SISTEMAS “GERAL DILUIDOR”
Conceituação
Dimensionar uma rede de distribuição significa determinar um diâmetro capaz de escoar um fluxo
assegurando no ponto de uso, uma velocidade e uma pressão pré-determinadas.
L V2 2
∆Ρ = f × × × δ onde ∆P Kgf / m
d 2g
L m
d m
V m/s
2
g m /s
3
δ Kgf / m
O coeficiente de atrito “f” é função da rugosidade relativa “E /di” e do número de Reynolds “Re”.
Na expressão “E /d” podemos assumir o valor de “E” (rugosidade absoluta) correspondente a
0,00015 m (para chapas de aço galvanizado).
A viscosidade dinâmica µ e o peso específico do ar atmosférico “ δ ” determinantes do número
v × di
de Reynolds Re = × δ estão indicados na tabela abaixo .
µ
O coeficiente “f” pode ser obtido pelo ábaco de “Moody” (página 59) ou calculado pela equação
ε 2,51
de Colebrook. 1/ f = -2log ( + ).
di × 3,7 Re f
264
Exemplo 7 - Dimensionar um duto de ar com 25 metros de comprimento, fabricado com chapa
de aço galvanizada (ε = 0,00015 m), capaz de escoar 1,1 m3/s de ar a 30 ºC a 7,0 m/ s.
Solução:
V × di 7 × 0,447 × 1,1644
Reynolds: ×δ → = 195882
µ 0,000018648
L v2 25 72
perda de carga: f × × × δ → 0,0185 × × × 1,1644 = 3,0 kgf / m2 (3,0 mmca )
di 2g 0,447 2 × 9,81
265
Como corresponder o diâmetro calculado para o duto a uma seção retangular (ou quadrangular)
hidraulicamente equivalente?
Esta equivalência será obtida pela equação d = 1,265 8 (ab)5 /(a + b)2 , ou pelo uso do diagrama
abaixo, onde com base no “d” calculado, fixamos uma das dimensões (“a” por exemplo) e temos
a outra.
266
9.4.1 Comprimentos equivalentes e coeficientes “N” de perda de carga.
267
10 VENTILAÇÃO LOCAL EXAUSTORA – DESPOEIRAMENTO
10.1 INTRODUÇÃO
Estes sistemas se enquadram nos processos de exaustão de gases onde o fluxo gasoso
provoca um carregamento de massas de ar frio. Abordaremos os critérios de dimensionamento
pelo método do balanceamento estático.
268
10.1.3 Diretrizes básicas
10.1.4 Dimensionamento
O dimensionamento do sistema deverá ter por meta garantir que o diferencial das pressões em
qualquer união, não ultrapasse 5% da maior pressão. Se tal limite for ultrapassado deve-se
ajustar a vazão ou alterar o valor do diâmetro. O método de balanceamento estático inicia-se
pelo calculo do ramal que apresentar maior perda de carga. Para esse ramal dimensiona-se o
captor e o sistema de dutos até o ponto da primeira junção. Passamos em seguida ao
dimensionamento do outro ramal, o que chega a essa junção. Da mesma forma, dimensionamos
o captor e os sistemas de dutos até a junção e, portanto determinamos a pressão estática que
deverá ocorrer nesse ponto. Uma vez que o ponto da junção onde estamos calculando a pressão
estática é único (isto é, pertence tanto ao primeiro ramal quanto ao segundo), a pressão estática
nesse ponto deverá ser a mesma. A igualdade das perdas de carga até o ponto de junção de
dois ramais pode ser encarada, em termos práticos, como a seguir:
a) quando houver uma diferença entre as pressões estáticas, calculada em cada ramal, de 20%
ou mais, deve-se recalcular um dos ramais fazendo-se as modificações necessárias para reduzir
essa diferença;
b) quando houver uma diferença entre as pressões estáticas entre 5 e 20% pode-se atingir o
balançeamento aumentando a vazão do raio de menor perda; a nova vazão, ou vazão corrigida,
pode ser calculada por:
269
Os cálculos devem ser ordenados de forma a caracterizar o trecho dimensionado e as condições
de equilíbrio. Os captores, as uniões, os ramais e os dutos principais deverão ser identificados.
Os captores pelas letras A1, A2, as uniões do trecho pelas letras U1,U2, os ramais de exaustão
pelas letras A1U1, A2U1, os trechos do duto exaustor pelas letras U1U2.
10.1.5 Observações
5) Para dimensionamento dos dutos, considerar chapa ASTM-A 36, com rugosidade
equivalente de 0,15 a 0,30 mm, espessura 1/8” (3,15mm), peso 25,20 kg/m2.
270
7) Considerar as expressões:
δN × P × TN
δ gas = , onde:
Z × PN × T
δ gas peso específico do ar na temp. e pressão do escoamento em kg/ m3
δ N peso específico do ar nas condições normais em kg / Nm3 .
P pressão de escoamento no trecho em kgf / cm2
PN pressão normal em K
TN temperatura normal em K
Z fator de compressibilidade
Número de Reynolds
v velocidade de escoamento em m / s
Re = v × di / γ , ou di diâmetro interno em metros
, onde:
Re = v x di x δ / µ µ viscosidade dinâmica em kgf / m x s
γ viscosidade cinemática em m2 / s
Re Número de Reynolds
Eq rugosidade equivalente mm
E = E q / di , onde: di diâmetro interno mm
E rugosidade relativa
1/ f = −2 log {(E q/ ) (
di × 3,7 + 2,51 / R e × f )}
271
Os cálculos dimensionais são repetitivos, sujeitos às freqüentes correções no sentido de se
garantir as equalizações de pressões. Tal procedimento sugere seja usado uma planilha excel
com 17 colunas preenchidas da forma como abaixo indicadas.
Perda de carga
Perda de carga
Perda de carga
Coeficiente de
Perda na coifa
Pressão básica
Comprimento
nas conexões
Área em cm2
Ø em metros
de conexões
Velocidade
velocidade
Perda total
Pressão de
(1+N) VP
conexões
linear do
no duto
na rede
m/min.
Trecho
Trecho
perda
Principal
Duto
Ramal
272
EXEMPLO 8
Balancear estaticamente os ramais A1U1 e A2U1, calcular o trecho U1U2, e determinar a pressão
na entrada do filtro manga de um sistema de despoeiramento, previsto para operar nas
condições que se seguem:
Passo 3 Determinar os valores de “K” : curva 90º Ø 102 mm = 2,048 ( tabela pág. 275)
lançar na coluna 9 2,048
calcular ∆Ρ curva 90º 2,048 x 152 x 0,93 / 2 x 9,81 = 21,84 mmca
lançar na coluna 10 21,84 mmca
Passo 4 corrigir Peso Especifico 1,2041 x 1,0 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m3
calcular Reynolds 15 x 0,102 x 1,14 / 1,8178 x 10-5 = 9,59 x 104
calcular Rugosidade Relativa 0,30 / 102 = 0,0029
calcular Fator de Fricção (por Colebrook) f = 0,036
6,8 15 2
calcular ∆P no duto 0,036 x × × 0,93 = 25,59 mmca
0,102 2 × 9,81
lançar na coluna 11 25,59 mmca
calcular (21,84 + 25,59) = 47,43 mmca
lançar na coluna 12 47,43 mmca
Passo 5 calcular a pressão de velocidade 152 / 16,34 = 13,76 (página 270 Item 10.1.5)
lançar na coluna 13 13,76
calcular (1+N) x VP (1+ 1,37) x 13,76 = 32,61
lançar na coluna 15 32,61
Passo 3 determinar os valores de “K” :curva 90º Ø118 mm = 1,316 , C 45º (8mm) = 0,658
calcular ∆Ρ curva 90º (1,316 x 152 x 0,93 / 2 x 9,81) x 3 = 42,10 mmca
∆Ρ curva 45º 0,658 x152 x 0,93 / 2 x 9,81 = 7,01 mmca
lançar na coluna 9 1,316 e 0,658
calcular 42,10 + 7,01 = 49,11mmca
lançar na coluna 10 49,11 mmca
Passo 4 corrigir peso especifico 1,2041 x 1,0 x 293 / 1 x 1,03 x 298 = 1,14 kg/m3
calcular Reynolds 15 x 0,118 x 1,14 / 1,8178 x 10-5 = 1,11 x 105
calcular Rugosidade relativa 0,30 / 118 = 0,0025
calcular fator de fricção (por Colebrook) f = 0,026
4,8 15 2
calcular ∆P no duto 0,026 x × × 0,93 = 11,27 mmca
0,118 2 × 9,81
lançar na coluna 11 11,27 mmca
calcular 49,11 + 11,27 = 60,38mmca
lançar na coluna 12 60,38 mmca
Conclusão: a pressão no ponto U1 pelo circuito A2U1 é de 80,88mmca. Como a diferença entre
os ramais é de 1,04 % ( < 2%), considera-se a junção equilibrada.
274
Cálculo da rede U1U2
3
Passo 1 lançar na coluna 5 7,45 + 9,95 = 17,4 m / min
3
lançar na coluna 6 900 m / min
lançar na coluna 7 50 m
lançar na coluna 8 1 curva 90º e 1 junção 45º
Passo 3 determinar os valores de “K” curva 90º Ø156 mm = 3,368, junção 45º = 2,218
calcular ∆Ρ curva 90º 3,368 x 152 x 0,93 / 2 x 9,81 = 35,92 mmca
∆Ρ junção 45º 2,218 x 152 x 0,93 / 2 x 9,81 = 23,65 mmca
Passo 4 corrigir Peso Especifico 1,2041 x 1,0 x 293/ 1 x 1,03 x 298 = 1,14kg/m3
calcular Reynolds 15 x 0,156 x 1,14 / 1,8178 x 10-5 = 1,46 x 105
calcular Rugosidade relativa 0,30 / 156 = 0,0019
calcular fator de fricção (por Colebrook) f = 0,025
50 15 2
calcular ∆Ρ no duto 0,025 x × × 0,93 = 85,45 mmca
0,156 2 × 9,81
lançar na coluna 11 85,45 mmca
calcular 59,57 + 85,45 = 145,02 mmca
lançar na coluna 12 145,02 mmca
lançar na coluna 16 145,02 mmca
275
11 CONJUNTO FILTRO MANGA - MOTO VENTILADOR - DUTO DE DESCARGA
Os filtros manga agregam uma bateria de “Mangas” em seu interior de modo tal que o fluxo de ar
poluído é forçado a escoar através destas mangas, no sentido de fora para dentro. Este
procedimento retém o particulado poluente no exterior do filtro.
276
11.1 ESPECIFICAÇÃO DE UM FILTRO MANGA
número de compartimentos 06
compartimentos on-line 05
número de mangas / compartimento. 452
3
vazão 272 550 m / h
temperatura dos gases 30 ºC
composição dos gases Ar + Material Particulado
material particulado Minério, Sínter e Finos
2
área filtrante total 4.240 m
2
área filtrante útil 3.634 m
3 2
taxa de filtragem 1,25 m / m .min
perda de carga (operação) 150 mmca
pressão de projeto 650 mmca
tipo jato pulsante
remoção das mangas pelo topo
quantidade 2.260
material feltro agulhado e chamuscado
características do material lavável e reutilizável
diâmetro 150mm
comprimento 4000 mm
Dimensões
comprimento 13.620 mm
largura 11.000 mm
altura 10.000 mm
Sistema de limpeza
277
11.2 MATERIAIS DOS COMPONENTES CONSTRUTIVOS DO FILTRO MANGA
tamanho 12”C
3
capacidade da válvula 8 m / h com 30% de enchimento
aplicação descarga do filtro de mangas
material transportado minério, sinter e finos
temperatura de operação 180 ºC
altura total 480 mm
bocal de entrada 01 com dimensões de 326 x 326 mm
bocal de saída 01 com dimensões de 326 x 326 mm
rotação 22 rpm
278
11.3 FILTROMANGA - FLUXOGRAMA
279
11.3 FILTRO MANGA – INSTALAÇÃO
280
12 CICLONES
Quadro dimensional
2 3
Tipo A: Q = 300 x d pe / min
Tipo B: Q = 800 x d pe3 / min
2
Dimensão d h L1 S dd L2 L3
Tipo A 1 0,5 0,2 0,5 0,5 1,5 2,5
Tipo B 1 0,75 0,375 0,875 0,75 1,5 2,5
12 × L 1 × h
Perda de carga (∆P) = pol H 2 O ,
K × d 2d × 3 L 2 /d × 3 L 3 /d
Exemplo
Dimensionar um ciclone de baixa eficiência para 10000cfm, com entrada de guias retas.
Solução
Cálculo do diâmetro: d = 10000 / 800 = 3,53 pés = 1,017m
Cálculo do ∆P:
12 × 1,250 × 2,500
∆P = 2
= 4,0 pol H2 O ou 102 mmca
1× 2,500 × 3 5,002/3,53 × 3 8,338/3,53
281
CONVERSORES DE UNIDADES
PRESSÃO POTÊNCIA
kgf/cm2 (kilograma-força por cm2) x 0,9806 = bar Cv(cavalo-vapor) x 0,736 = kW
kgf / cm2 x 0,09806 = N/mm2 ou MPa kW (kilowatt) x 1,341 = hp
kgf / cm2 x 14,2 = psi hp (cv americano) x 0,746 = kW
kPa ( kilopascal ) x 0,01 = bar hp x 1,014 = cv
N/m2 ( Newton por m2 ) x 1 = Pa (pascal)
N/mm2 ( Newton por mm2 ) x 1 = MPa TORQUE
N/mm2 ou MPa ( megapascal ) x 10,2 = kgf/cm2 kgf m (kilograma-força metro) x 9,81 = Nm (Newton metro)
N/mm2 ou MPa x 145 = psi lbf ft (libra-força pé) x 1,36 = Nm
N/mm2 ou MPa x 10 = bar
bar x 1,0198 = kgf/cm2 VELOCIDADE
bar x 0,1 = MPa ou N/mm2 m/s x 199,8 = ft / min
bar x 10,20 = mCA TEMPERATURA
bar x 33,46 = ftWC [ OC (grau Celsius) x 1,8 ] + 32 = oF
bar x 14,5 = psi [ oF (grau Fahrenheit) - 32 ] x 0,555 = oC
ftWC (pé de coluna de água x 0,030 = bar K (kelvin) - 273,2 = oC
ftWC x 0,434 = psi CALOR
mCA ( metro de coluna de água ) x 0,098 = bar kcal / kg x 1,799 = BTU / lb
mCA x 3,28 = ftWC kJ / kg x 4,187 = kcal / kg
psi ou lbf / sq.in ( libra-força por pol.2) x 0,069 = bar
psi x 0,0689 = kgf/cm2 VOLUME
psi x 0,00689 = N/mm2 ou MPa m3 (metro cúbico) x 1.000 = ℓ
mmHg (mm de coluna de mercúrio ou torr) x 1,33 = mbar (milibar) dm3 (decímetro cúbico) x 1 = ℓ
InHg ( pol. de coluna de mercúrio ) x 33,86 = mbar ℓ ( litro ) x 0,26 = gal
atm ( atmosfera ) x 1,013 = bar gal (galão americano) x 3,78 = ℓ
atm x 1,033 = kgf/cm2 gal x 128 = oz.fl (onça fluida)
atm x 760 = mmHg lgal (galão imperial) X 1,2 = gal
atm x 29,92 = inHg ft3 (pé cúbico) x 28,32 = ℓ
ft3 x 1.728 = in3 ou cu.in
(polegada cúbica)
COMPRIMENTO
m (metro) x 3,282 = ft (pé)
cm ( centímetro) x 0,394 = in (polegada)
VAZÃO in x 2,54 = cm
ℓ / min ( litro por minuto ) x 0,264 = gpm ft x 12 = in
gpm ( galão por minuto ) x 3,785 = ℓ / min
m3/h ( metro cúbico por hora ) x 4,4 = gpm FÓRMULAS ÚTEIS
gpm x 0,227 = m3/h
ft3 / min ou cfm x 28,32 = ℓ / min Potência = Vazão (ℓ / min) x Pressão diferencial (bar)
m3 / kg x 3,467 = ft3 / lb Hidráulica 600
(kW)
VISCOSIDADE
Eficiência = Potência hidráulica (kW) x 100
Global (%) Potência consumida (kW)
cSt ( centistokes ) x densidade = cP (centipoises)
Poise x 100 = cP
Torque = Potência (kW) x 9.555
mPas ( milipascal Segundo ) x 1 = cP
(Nm) rpm
m2/s ( metro quadrado por segundo ) x 1.000.000 = cSt
SSU ( second Saybolt Universal x 0,216 = cSt (* )
SSF ( second Saybolt Furol ) x 2,16 = cSt
Segundo Redwood 1 ( standard ) x 0,237 cSt
o
E (grau Engler) x 7,45 cSt
Segundo copo Ford 4 x 3,76 cSt PREFIXOS MÉTRICOS
Stormer x 2,81 cSt ( * )
( * ) válido para viscosidade maiores que 260 SSU M (mega ) = 1.000.000
k (kilo) = 1.000
h (hecto) = 100
MASSA da (deca) = 10
kg (kilograma) x 2,2 lb (libra) d ( deci) = 1/10
lb x 0,454 kg c (centi) = 1/100
oz (onça) x 28,35 g (grama) m (mili) = 1/1.000
lb x 16 oz µ (micro) = 1/1.000.000
282
BIBLIOGRAFIA
Ar Comprimido
Instalações Hidráulicas – Capítulo 10
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Bombeamento
Bombas e Instalações de Bombeamento
Macintyre, Archibal Joseph, 1980
Ed. Guanabara
Geradores de Vapor
Instalações Hidráulicas – Capítulo 9
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Resfriamento de Água
Instalações Hidráulicas – Capítulo 6
Archibald Joseph Macintyre, 1982
Editora Guanabara
Tubulações Industriais
Silva Teles, Pedro Carlos
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1982
Tabelas e Gráficos
Silva Teles – Editora Interciência,1991
Technische Strömungslehre
VOGEL-BUCHVERLAG
WÜRZBURG, 1984
283
INDÍCE
CA P ÍT ULO I – AR COMPRIMIDO 1
1 CONCEITUAÇÃO INTRODUTÓRIA 2
2 COMPRESSORES 4
3 UMIDADE DO AR - CONDENSADO 9
4 SECADORES DE AR 11
5 RESERVATÓRIOS DE AR 14
7 PROJETO 19
8 PARÂMETROS DIMENSIONAIS 28
9 DIMENSIONAMENTO DE REDES 31
CAPÍTULO II - BOMBEAMENTO 34
1 INTRODUÇÃO
ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2 CASA DE BOMBAS 36
3 FLUXOGRAMA DE ENGENHARIA 38
4 TIPOS DE BOMBA 39
6 CURVAS CARACTERÍSTICAS 45
7 SELEÇAO DE BOMBAS 47
8 ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS 49
9 GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS 51
10 CAVITAÇÃO 53
11 COMPONENTES DA REDE 54
12 PERDA DE CARGA 56
284
13 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO - MOTO-BOMBAS CENTRÍFUGAS 58
14 ABACO DE MOODY 59
1 INTRODUÇÃO 67
2 REQUISITOS 69
4 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 69
8 GASES DE COMBUSTÃO 83
9 TIRAGEM 85
10 ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO 87
13 ISOLAMENTOS TÉRMICOS 97
1 INTRODUÇÃO 101
6 IMPLANTAÇÃO 112
7 FLUXOGRAMA 113
285
10 DIMENSIONAMENTO DO VENTILADOR 117
16 CURVAS 126
4 PURGADORES 169
11 TANCAGEM 194
1 GERAL 200
4 DEFINIÇÕES 201
286
7 INSPEÇÕES DE RECEBIMENTO 203
8 PRÉ-MONTAGEM 218
11 MONTAGEM 227
13 LIMPEZA 236
14 TESTES 241
1 TOXIDADE 244
6 VENTILADORES 247
7 TRATAMENTO DE AR 256
12 CICLONES 281
287