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ESTADO DE RONDÔNIA

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DA TURMA RECURSAL DO


JUIZADO ESPECIAL DA CIDADE DE PORTO VELHO

AUTOS N. 0005336-22.2012.8.2.0601
Classe: Agravo em Recurso Extraordinário
Agravante: Estado de Rondônia
Agravada: Lélis Augustinho da Costa

ESTADO DE RONDÔNIA, já qualificado nos autos, por seu


Procurador do Estado que a esta subscreve, inconformado com o despacho que obsta seguimento
ao Recurso Extraordinário em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no
artigo 544 c/c artigo 188, ambos do Código de Processo Civil interpor

AGRAVO NOS PRÓPRIOS AUTOS


PARA SUBIDA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

contra decisão que inadmitiu o RE, fazendo-o nos termos das razões em
anexo, requerendo-se o envio dos autos ao e. Supremo Tribunal Federal, para lá ser processado e
julgado.

Porto Velho, 03 de Abril de 2014.

Lívia Renata de Oliveira Silva


Procuradora do Estado

EXCELENTÍSSIMO MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO


TRIBUNAL FEDERAL,
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COLENDA TURMA JULGADORA,


EMINENTE RELATOR

RAZÕES DO AGRAVO

PROCESSO N°: 0005336-22.2012.8.22.0601


ORIGEM: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA

1) DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO

Conforme intimação por meio de publicação efetuada no Diário da


Justiça Eletrônico nº 062/2014, de 02/04/2014, considerando-se como data da publicação o dia
03/04/2014, primeiro dia útil posterior à publicação, iniciando-se a contagem do prazo
processual em 03/04/2014.

Portanto, o prazo para a interposição do presente Recurso de Agravo


para a Fazenda Pública é de 20 dias, conforme dispõem os artigos 544 c/c 188 do Código de
Processo Civil, vencendo neste dia 22.04.2014.

2) DO CABIMENTO E DA ADEQUAÇÃO DO RECURSO

O presente Agravo é cabível por sua previsão em legislação de


regência, e por outro lado adequado, porquanto interposto contra v. Despacho do Presidente do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, que negou seguimento ao Recurso
Extraordinário, estando o recurso previsto no artigo 544 e seguintes do CPC.

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3) DOS FATOS

O Recorrido afirma que exerce a função de Agente de Polícia


Civil, e recebia, por isso, adicional de insalubridade em grau máximo (40%) com incidência
sobre o salário mínimo, entretanto, com a edição da Lei nº 2.165 de 28 de outubro de 2009,
o referido índice de calculo do adicional de insalubridade sofreu uma redução, sendo pago
com a alíquota máxima de 30 % sobre a base de cálculo fixa de R$ 500,00.
Narra que em 2007, 2008 e 2009 foram realizadas seguidas
perícias que tiveram como conclusão a existência de insalubridade no grau máximo 40 %.
Sustenta que passou a receber o adicional de insalubridade a
partir de 2008, calculando a alíquota 40 % sobre o valor do salário mínimo.
Em decorrência de Lei de outubro de 2009 o valor passou a ser
calculado com a alíquota de 30 % sobre o valor de R$ 500,00, permanecendo esta ultima
formula até a presente data.
Aufere que o referido adicional de insalubridade esta sendo
aplicado de forma totalmente errônea, pois a mudança de forma de pagamento sepultaria
os princípios constitucionais da irredutibilidade de remuneração e do direito adquirido.
O juízo “a quo” julgou parcialmente procedente os pedidos do
Recorrido.
O Estado de Rondônia inconformado com r. sentença proferida
pelo juízo a quo, interpôs Recurso Inominado, contudo, sob forma de decisão monocrática,
o respectivo Relator deu provimento parcial ao Recurso do Estado e negou provimento ao
Recurso Inominado do Recorrido.
Destarte, considerando os dispositivos constitucionais e
legislação federal o Recorrente interpor Agravo Interno, tendo em vista que o Recorrido
não tem direito a nenhum adicional de Insalubridade seja em que base de calculo for.
Em decisão publicada no DJ/RO, a Colenda Turma Recursal,
por unanimidade, negou seguimento ao Agravo.

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O Estado de Rondônia opôs embargos de declaração,


objetivando prequestionar as questões constitucionais não enfrentadas pelo Tribunal a quo.
Contudo, o recurso não foi acolhido.
O Recorrente entende que o v. acórdão viola os dispositivos
constitucionais, precisamente o artigo 5º, II; artigo 22, I; artigo 40, § 4º, III da Constituição
Federal de 1988.
É que nos compete relatar.

4) DO MÉRITO DO AGRAVO

Analisando a decisão que não admitiu o Recurso Extraordinário, temos


que seus fundamentos, data venia, não podem prosperar.

O Excelentíssimo Desembargador Presidente do e. Tribunal de Justiça


do Estado de Rondônia, não admitiu o presente Recurso Extraordinário, sob o fundamento
principal de que as matérias não foram discutidas no Tribunal de origem. Mas com a devida
licença, não procede este argumento, pois as questões foram sim levadas à discussão da Corte
Estadual.

Vejamos. O eminente Presidente do Tribunal afirma que não houve


prequestionamento; entretanto, o Agravante interpôs os Embargos de Declaração com propósito
prequestionatórios.

Ora, o próprio Tribunal de origem, como fundamento do improvimento


dos Embargos de Declaração com propósito prequestionatórios, defendeu não haver omissão no
acórdão embargado.

Decidiu-se no Tribunal de origem, que, ante o expresso debate das teses


e efetiva discussão da matéria no acórdão embargado, não havia o que se esclarecer nos
Embargos Declaratórios.

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Assim, data venia, não é razoável que o mesmo Tribunal de origem


negue seguimento ao Recurso Extraordinário sob o fundamento da ausência de
prequestionamento da matéria.

A jurisprudência, tanto na Corte Estadual, quanto o próprio Supremo


Tribunal Federal, é no sentido de que, para haver o prequestionamento da matéria, necessária a
interposição de Embargos de Declaração, o que foi feito no presente caso.

Importa observar que nos Embargos Declaratórios foram levadas ao


debate os pontos de discussão em torno de dispositivo constitucional, qual seja, nais, um a um,
quais sejam: artigo 37 caput, da CF (Princípio da Legalidade); artigos 5º, todos da Constituição
Federal, relativos ao Princípio da Igualdade e o da Não Discriminação.

Se procurou demonstrar no Recurso Extraordinário, que tal Princípio da


Legalidade, insculpido no artigo 37, caput, da CF, e que os Princípios da Igualdade e o da
Vedação de Tratamento Diferenciado, que permeia os artigos 5º caput; também da CF, foram
contrariado pela respeitável decisão do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Estas questões foram posta à discussão e apreciadas pela e. Corte


Estadual, notadamente em razão da interposição dos Embargos Declaratórios.

Por fim, assinalou o eminente Desembargador Presidente da Corte


Estadual, como fundamento também par ao trancamento do RE, que pretensão do Agravado
esbarra na óbice da sumula nº 279 do STF.

Com a devida licença do entendimento do ilustre Presidente, não


procede este argumento como óbice para o seguimento do RE.

Assim, data vênia, o presente Agravo em Recurso Extraordinário


merecer ser admito, apreciado e provido, pois o principal dever do STF é julgar as disposições da
Constituição Federal de 1988, de forma a se garantir seu efetivo cumprimento e sua devida
aplicação a cada caso concreto.

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Desta feita, verifica-se que no caso em tela não se trata de reexame de


prova, mas sim sobre a contrariedade dos artigos da Constituição Federal de 1988 na r. decisão
do eminente Relator Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Novamente aqui vemos que também não havia razões para se trancar o
Recurso Extraordinário, com a devida licença do ilustre Presidente do Tribunal de Justiça
Estadual.

Por todos esses argumentos, excelentíssimo Presidente, temos que o


presente Recurso Extraordinário, para ser apreciado e julgado no STF.

Conclui-se que os pontos foram discutidos, havendo


prequestionamento, não se mostrando razoável, data vênia, a decisão do Relator que trancou o
RE.

5) DO PEDIDO
Ante a fundamentação supramencionada, o Agravante requer seja dado
PROVIMENTO ao recurso de Agravo nos Autos, ora interposto, para fins de que seja
destrancado o Recurso Extraordinário, para ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, e nesta
Corte Suprema, admitido, apreciado e provido, tudo para fins de se reconhecer a violação ao
artigo 37 caput, da CF (Princípio da Legalidade); artigos 5º, caput; todos da Constituição
Federal, já elencados e discutidos no RE, denegando-se a segurança à Impetrante, aqui
Agravada.

Porto Velho, 06 de fevereiro de 2014.

Lívia Renata de Oliveira Silva


Procuradora do Estado
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