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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PESQUISA
Av. José de Sá Maniçoba, s/n – Centro – Petrolina - PE
CEP 56.304-205 - Petrolina – PE Tel/Fax: (87) 2101-6797 E-mail: pibiti.prppg@univasf.edu.br

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVASF


PROGRAMA DE INICIAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E INOVAÇÃO
(PIBITI)
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE VOLUNTÁRIOS EM DESENVOLVIMENTO
TECNOLÓGICO E INOVAÇÃO (PIVITI)

RELATÓRIO FINAL DO SUBPROJETO DE PESQUISA


PIBITI-BOLSISTA ( X ) PIBITI-VOLUNTÁRIO ( )
(OS QUADROS A SEGUIR AUMENTAM DE TAMANHO AUTOMATICAMENTE AO DIGITAR)
1. INFORMAÇÕES GERAIS
1.1. TÍTULO DO PROJETO: Método não-invasivo para medição da função
endotelial de vasos sanguíneos usando ultrassom.

1.2. NOME DO (A) ORIENTADOR (A): Rodrigo Pereira Ramos

1.3. TÍTULO DO SUPROJETO: Desenvolvimento de sistema de processamento de


sinais baseado em dsPIC para utilização com ultrassom.

1.4. NOME DO (A) DISCENTE: Thiago Rodrigues de Lima Souza


( X ) Bolsista ( ) Voluntário (a)

1.5. COLEGIADO DO (A) ORIENTADOR (A)/CAMPUS: Engenharia Elétrica /


Juazeiro-BA

1.6. PERÍODO DE VIGÊNCIA : 2013 - 2014

1.6. INDICAR A ÁREA DE CONHECIMENTO A QUE O PROJETO E


SUBPROJETO ESTÃO VINCULADOS:
( ) Ciências Exatas e da Terra ( ) Ciências Biológicas
(X) Engenharias (X) Ciências da Saúde
( ) Ciências Agrárias ( ) Ciências Sociais Aplicadas
( ) Ciências Humanas ( ) Lingüística, Letras e Artes

RELATÓRIO FINAL DE SUPROJETO DE PESQUISA


(Máximo de 15 laudas)

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Formulário de Relatório Final de Atividades PIBITI/PIVITI-CNPq_UNIVASF

2. RESUMO (Máximo de 250 palavras, Palavras-Chave: mínimo de 3):

A detecção precoce de doenças vasculares e disfunção vascular pode ser


importante para minimização da mortalidade devido a estas enfermidades. O
presente projeto será desenvolvido com o intuito de estudar e implementar um
sistema para medição do diâmetro de veias e artérias em humanos, com a
finalidade de auxílio ao diagnóstico e ajuda na definição de práticas de exercício
físicos. O sistema será baseado em sinais acústicos de ultrassom e terá como
principal característica sua portabilidade.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (Referencial teórico relevante e que motivou a


execução do projeto):

Doenças cardiovasculares têm-se mostrado como sendo a principal causa de


mortalidade mundial, apesar de todos os múltiplos esforços dos profissionais
ligados à saúde em diminuir os fatores de risco que facilitam seu desenvolvimento
[1]. Dentre os fatores de risco, algumas doenças podem ser correlacionadas à pré-
disposição às doenças cardiovasculares, como hipertensão, altos níveis de gordura
no sangue e diabetes melito [2].

A arterosclerose, inflamação das paredes arteriais, é apontada como maior


causadora dos fatores de risco, tendo como característica a alteração da função
endotelial [1]. O endotélio vascular é a camada mais interna do vaso, sendo
responsável essencialmente pela dinâmica vascular, através do controle das
dimensões dos vasos, dentre outras funções. Estima-se que a disfunção endotelial
seja a fase inicial da arterosclerose, e estas mudanças nas funções e estruturas
arteriais precedem o diagnóstico de doenças vasculares [3].

Uma das principais características indicativas de disfunção arterial é a perda de


elasticidade das veias. A função endotelial é avaliada, em geral, pela dilatação do
vaso ou incremento do fluxo sanguíneo, quando se aplica estímulos farmacológicos
e/ou mecânicos [1]. Dentre estes estímulos, a aplicação de exercícios físicos tem
sido usada como maneira de retardar doenças cardiovasculares por promover a
restauração da função endotelial [3]. A atuação endotelial é estimulada pelo
aumento do fluxo sanguíneo devido à prática do exercício.

Existem diversas técnicas para avaliação da motricidade dos vasos sanguíneos,


dentre as quais podem ser citadas a medição da pressão arterial, medição da
velocidade do fluxo sanguíneo e medição do diâmetro vascular [1]. O processo de
movimento das paredes arteriais, diretamente relacionado ao diâmetro do vaso,
pode ser detectado através dos parâmetros de distensão e complacência das
paredes [4], que podem ser estimados através das várias medidas citadas
anteriormente.
Uma técnica bastante antiga e largamente utilizada para medição de fluxo
sanguíneo é a pletismografia por oclusão venosa (PVO), que utiliza equipamento
contendo um sensor extensômetro elétrico (strain gage) e que permite estimar o
fluxo sanguíneo em um determinado segmento da veia a partir do aumento do

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volume desse segmento [1,5]. O processo baseia-se na interrupção e posterior
desobstrução da drenagem sanguínea do braço de um paciente em repouso, e cuja
medida da variação do volume é usada para estimar o fluxo sanguíneo
correspondente [6]. Apesar de ser uma técnica bem estabelecida e usualmente
empregado, alguns autores têm-na considerado uma técnica ultrapassada.

Atualmente, a medição por ultrassom é uma técnica que vem sendo bastante
empregada na definição de parâmetros relacionados à dinâmica vascular [1, 4, 5, 7,
8]. Ultrassom é uma onda acústica caracterizada por parâmetros como pressão,
velocidade da partícula (ou meio), deslocamento da partícula, densidade e
temperatura [9]. A frequência da onda acústica de ultrassom é mais alta que 20
kHz, que é o limite de um som audível por humanos.

Diversos métodos de medição por ultrassom podem ser empregados, quer seja
para definição do diâmetro do vaso, através dos sistemas pulso-eco, modo-A,
modo-B ou Doppler, quer seja para velocidade do fluxo sanguíneo, através do
sistema de ultrassom Dopler. Em qualquer dos casos, a informação sobre distensão
pode ser estimada a partir dos dados coletados. Para que estas medições sejam
possíveis, é necessário que se tenha resolução espacial pelo sistema ultrassônico,
que é determinada primariamente pelo comprimento da onda acústica [9]. Quanto
maior a frequência, menor o comprimento de onda e, portanto, menores os
segmentos de tecido que podem ser analisados.

O principal elemento de um sistema ultrassônico consiste no transdutor,


responsável pela conversão das ondas acústicas em energia elétrica e vice-versa,
tendo como principal componente um dispositivo piezoelétrico. A escolha do
formado do transdutor influencia diretamente no desempenho dos sistemas de
ultrassom.

A grande vantagem do uso de ultrassom para medição da função endotelial


consiste na maneira não invasiva em que se é aplicado o procedimento. Em [7,8],
os autores definem protocolos para implementação do exame, usando
equipamentos de ultrassom por imagem.

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4. OBJETIVOS DO SUBPROJETO (Exposição clara e sucinta do resultado
proposto, expresso sob a forma de metas explícitas, precisas e verificáveis
vinculadas ao projeto de pesquisa):

Este projeto tem como objetivo a implementação de um sistema eletrônico de


ultrassom para medição de variações mecânicas de vasos sanguíneos, tendo como
principal apelo o apoio ao diagnóstico preventivo de doenças cardiovasculares,
além de servir de auxílio à prática de exercícios físicos. A ideia principal é utilizar as
informações fisiológicas de distensão e complacência para estimar o diâmetro da
parede de um segmento de vaso e inferir sobre a saúde do vaso estudado.

Têm-se como objetivos específicos a conclusão das seguintes tarefas:


• Definição da técnica de ultrassom utilizada e da frequência da forma de onda
acústica que mais se adequam ao problema proposto.
• Definição do tipo de transdutor a ser utilizado, com escolha de formato e
configuração mais adequados às medições.
• Definição do processamento dos sinais envolvidos, assim como dos diversos
elementos que o compõem, que sejam mais adequados ao objetivo final.
• Desenvolvimento de um protótipo que realize o objetivo geral posposto,
levando em consideração todos os itens definidos anteriormente.

5. METODOLOGIA (Atividades e metodologia desenvolvidas vinculadas ao objetivo


proposto ao subprojeto: Descrição de procedimentos, técnicas das medições,
observações e processamento dos dados utilizados):

Levantamento bibliográfico – Indicador: memorial descritivo.


1. Estudo aprofundado sobre a dinâmica dos vasos sanguíneos em humanos e
levantamento das principais características correlacionadas ao diâmetro
vascular.
2. Estudo aprofundado dos sistemas acústicos de ultrassom e seu
relacionamento com tecidos humanos e vasos sanguíneos, assim como dos
diversos transdutores e suas configurações, levando em consideração a
segurança do paciente.
3. Estudo aprofundado das técnicas mais comumente utilizadas no
processamento de sinais acústicos de ultrassom.
4. Baseando-se nos estudos realizados, definir a(s) melhor(es) técnica de
ultrassom a ser(em) utilizada(s) na definição do diâmetro vascular, além da
frequência acústica, da configuração de transdutor e do tipo de
processamento do sinal que mais se adequam a este problema, para
posterior implementação. Será definido, ainda, o local do corpo e
consequentemente a veia ou artéria mais adequada à aplicação da técnica.
Serão observados e obedecidos todos os critérios para segurança do
paciente, conforme indicação de protocolos de procedimentos seguidos
mundialmente quando se opera sinais ultrassônicos em humanos.
Desenvolvimento do hardware para geração do sinal de ultrassom – Indicador:
funcionamento correto verificado por simulação.
5. Baseando-se no levantamento bibliográfico, desenvolver o hardware
utilizando um programa de simulação computacional e verificar o correto
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funcionamento do sistema.
6. Implementação do hardware para geração e detecção do sinal de ultrassom
– Indicador: funcionamento conforme o esperado.
7. De acordo com as simulações realizadas, implementar um protótipo para
geração e detecção do sinal de ultrassom, na frequência definida
anteriormente, utilizando o transdutor escolhido na etapas anteriores.
8. Realização de testes eletrônicos para verificar o funcionamento do protótipo
e ajustes, se necessário. Nesta etapa, serão usados phantoms com
características similares aos encontrados em vasos reais.
9. Realização de testes em voluntários, para obtenção de sinais reais e
posterior utilização nas etapas de processamento. Serão utilizados
protocolos de procedimentos, como por exemplo o protocolo definido em [7].
10. Desenvolvimento do sistema de processamento dos sinais – Indicador:
funcionamento correto verificado por simulação.
11. Implementação de algoritmos computacionais responsáveis pela adequação
dos sinais obtidos à solução proposta, para mensuração dos parâmetros
medidos.
12. Implementação de algoritmos computacionais responsáveis pela estimação,
a partir dos parâmetros medidos, do diâmetro do vaso em estudo.
13. Em ambos os casos, os algoritmos serão desenvolvidos em plataforma
largamente utilizada (como por exemplo, Matlab).
14. Levantamento bibliográfico – Indicador: memorial descritivo.
Estudo aprofundado a respeito dos controladores de sinais digitais da família dsPIC
e definição da melhor escolha do dispositivo a ser utilizado, levando em
consideração velocidade de processamento, facilidade de utilização e custo.
15. Implementação, em hardware, dos algoritmos para processamento dos sinais
– Indicador: funcionamento correto do sistema.
16. Implementação, em dispositivo dsPIC, dos algoritmos de adequação dos
sinais e de estimação do diâmetro do vaso definidos anteriormente.
17. Realização de testes e verificação de necessidade de ajustes.
18. Desenvolvimento do protótipo completo – Indicador: funcionamento
adequado do sistema.
19. União dos elementos de hardware definidos anteriormente, de forma a se
obter um equipamento portátil.
20. Realização de testes em phantoms, verificação de falhas e realização de
ajustes necessários.
21. Realização de testes em voluntários, verificação de falhas e realização de
ajustes necessários.
22. Comparação dos resultados com os obtidos a partir de equipamentos
comercialmente disponíveis e posterior validação do equipamento
desenvolvido.
23. Elaboração de relatório técnico com resultados do projeto.
24. Registro de patente do sistema.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO (Descrição dos resultados obtidos com a


execução do subprojeto, procurando justificá-los de acordo com o estado da arte):
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Inicialmente foi feito o estudo sobre as características e funções básicas do


endotélio vascular. Nesta etapa reuniram-se as informações iniciais que daria foco
ao estudo. Tais informações foram: Como se comportava o endotélio vascular;
variáveis que influenciariam no estudo do mesmo e entendimento da mecânica
vascular. A partir dessas variáveis e conhecimento da mecânica, uma lista com os
métodos de análise mais viáveis para continuidade do estudo foi feito.

Então, sendo endotélio a interface entre o sangue e a musculatura lisa vascular,


considera-se o principal agente na modulação da resposta vascular e do controle da
mecânica vascular [1]. Nesse ponto inicial, observou-se que o endotélio controla a
mecânica através de substâncias vasoativas ou alterações no fluxo sanguíneo,
relaxando ou contraindo o vaso afim de atingir o equilíbrio no vaso[1]. A partir desse
processo de controle podemos tirar algumas características correlacionadas a
mecânica vascular.

Algumas características influenciam diretamente na mecânica vascular: diâmetro


vascular, pressão arterial e velocidade de fluxo sanguíneo. A partir delas foi
possível fazer a escolha da técnica de análise do sinal em interação com o vaso.
Pulso-eco e espelhamento de onda são dois métodos convencionais usados para
análise por ultrassom. As duas técnicas possuem vantagens e desvantagens, mas a
emissão de um pulso curto de ultrassom pelo transdutor, guardando o tempo gasto
entre a emissão do pulso e a recepção do eco, transformando-o em distância
percorrida, na representação do eco na tela mostrou-se mais acessível.

Em uma próxima etapa, foi feita a escolha do vaso sanguíneo de acordo com a
frequência a ser usada, concluiu-se que uma frequência mais alta tem menor poder
de penetração, mas melhor definição, sendo usada para vasos distais dos
membros. Nesse caso decidiu-se pela artéria braquial e a frequência da onda
incidente de 10Mhz, afim de apresentar menor interferência no sinal aplicado e
recebido.

Outro ponto importante foi à escolha do transdutor do ultrassom. Tal escolha está
diretamente ligada à frequência de uso no sinal a ser aplicado.
Baseando-se na literatura foi feito o estudo mais aprofundado sobre transdutores de
ultrassom, suas características e possibilidades de uso, foi decidido usar o
transdutor linear. Devido ao seu alto custo no mercado e conhecida a frequência de
incidência, concentramos nosso estudo sobre o elemento ativo do transdutor do
ultrassom, o material piezoeléctrico.
O dispositivo escolhido foram dois sensores piezoeléctricos com o objetivo de
enviar e receber o sinal ultrassônico.
Devido a grande dificuldade de encontrar no mercado um sensor com a frequência
de ressonância em 10Mhz, fez-se o uso de sensores similares em 2Mhz.

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Figura 1 – Sensor piezoeléctrico


Inicialmente foi escolhido elaborar um circuito que geraria tal frequência. O circuito
ficaria encarregado de gerar o sinal que através do material piezoeléctrico realizaria
a interação entre o vaso e o dispositivo microcontrolador, que então receberia e
faria o processamento do sinal. O oscilador colpitts foi escolhido devido sua
estabilidade e simplicidade de projeto.

Depois de projetado o circuito foram feitas simulações em software.

Figura 2- Simulação Oscilador Colpitts


No ambiente virtual o circuito projetado se comportou de forma satisfatória, gerando
um sinal senoidal de 10MHz.
Após as simulações em software, confeccionou-se a placa com o circuito e foram
feitos os devidos testes em laboratório.

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Figura 3- Placa do Oscilador

O resultado foi que apesar da escolha do oscilador colpitts por sua estabilidade, a
frequência desejada não é tão simples de tratar com os componentes disponíveis
em laboratório. Observamos também que a resposta em frequência estava fora da
faixa desejada acima de 10! !"#, logo o sinal obtido não foi satisfatório. Foi
observada na saída uma onda que se aproximava de um sinal senoidal, mas
apresentava algumas deformações.

Figura 4 – Sinal de saída do oscilador

Figura 5 – Diagrama de Bode do oscilador

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Foi a partir daí que se decidiu usar o mesmo microcontrolador que receberia e
interpretaria o sinal, para geração da onda.

O dispositivo microcontrolador para geração do sinal do ultrassom, recepção e


interpretação dos dados recebidos foi o dsPIC33FJ128GP802. A geração do sinal
se deu por meio do PWM (Pulse-width modulation) que por possuir uma limitação na
quantidade de bits para a frequência desejada [10], aliou-se outro recurso do dsPIC,
o PLL (Phase-Locked Loop), que de forma direta está para a frequência como o
amplificador operacional está para tensão. Então depois de programado o
dispositivo e feita a construção do circuito impresso do mesmo, conseguimos obter
na saída uma onda quadrada de 10Mhz, e que posteriormente foi ajustada para
2Mhz.

Figura 6 – Placa com dsPIC


Antes de ligar o sinal de saída do dsPIC no sensor piezoeléctrico precisou-se de um
hardware auxiliar para receber a onda quadrada e transformar a mesma em um
sinal senoidal, pois era desejado usar Discrete Fourier Transform (DFT) porque a
análise de Fourier é uma família de técnicas matemáticas, e todas elas baseadas
na decomposição de sinais em senóides, onde a DFT é o utilizado em sinais
digitais.
Primeiro foi construído um filtro passa baixa butterworth RC de 4° ordem, como está
representado na figura 7.

Figura 7 – filtro passa baixa butterworth RC de 4° ordem

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O filtro a cada saída RC muda a resposta do sinal, até que em C4 o sinal quadrado
é convertido em um sinal senoidal.

A função transferência está abaixo, fazendo R=R1=R2=R3=R3 e


C=C1=C2=C3=C4:

1
! ! =
1 + !"#

A partir dela encontramos a frequência de corte, os valores de R e C e traçamos o


diagrama de bode que mostra a resposta em frequência do circuito:

Frequência de corte:
! = 1/2!"#

Figura 8 – Diagrama de Bode do Filtro Passa Baixa

Em laboratório o resultado não foi satisfatório. A saída se apresentou com muito


ruído por causa da alta frequência e dos passa baixas em cascata, sendo
necessária a elaboração de outro filtro para aplicação no sensor piezoeléctrico.

O segundo filtro estudado foi um passa faixa RLC, mostrado na figura 9.

Figura 9 – Filtro Passa Faixa RLC

Função Transferência:

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!
!
! ! = !  
! ! 1
! +! +
! !"

Frequência de corte:

! = 1/2! !"

Tanto a simulação em software como os testes em laboratório apresentaram


resultados satisfatórios e similares. Conseguimos obter na saída do filtro um sinal
senoidal de 2Mhz como desejado.

Saída do filtro RLC

Figura 10 – Sinal de saída do filtro RLC

Foi necessário buscar outro hardware auxiliar, pois a tensão de saída do filtro RLC
é em torno de 4V, mas precisaríamos de uma tensão entre 18V e 22V para não ter
uma interferência significante nos sensores piezoeléctricos. Amplificadores
operacionais foram descartados, pois não suportam a banda de 2Mhz. Transistores
sendo elementos não lineares apresentaria muito ruído ao sinal impossibilitando seu
uso.
Um das tentativas foi usar um CI amplificador (INA 217), que possui uma faixa de
frequência maior do que os amplificadores operacionais comuns. Apesar de
suportar frequências superiores, não obtivemos os resultados esperados com o CI,
e o mesmo comportava-se bem até chegar a frequências próximas a 1Mhz. Acima
desse valor o INA saia de seu ponto de funcionamento, como mostrado na figura
12.

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Figura 11 – Circuito com o INA e Filtro RLC

Figura 12 – Resposta do INA a 1MHz.


Até então não foi achada uma solução para amplificar a saída do filtro RLC. É
provável que um INA diferente consiga trabalhar na faixa de frequência desejada.

Os primeiros testes com os sensores piezoeléctricos se deu através de 2 etapas. A


primeira etapa construiu-se um dispositivo para simular o sistema circulatório. Foi
usada uma bomba lavadora de para-brisa de um carro simulando o coração e
manguetes de látex para simular o vaso. Foi feito o estudo de um liquido com a
viscosidade do sangue, 1/3 Glicerina, 1/3 Água e 1/3 Álcool 92,8°INPM* [11]. O
sistema está exposto na figura 13.

Figura 13 – Sistema circulatório, simulação.

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O objetivo no primeiro momento é verificar a resposta entre o sinal aplicado a um
lado do manguete por um sensor e o sinal recebido no outro sensor localizado em
paralelo a extremidade do manguete. Como dito anteriormente, sem amplificação o
nível de interferência equivale ao do sinal dificultando a visualização da resposta no
segundo sensor.

Mesmo com o problema acima, conseguimos obter algum nível de resposta no


sensor receptor, o que nos dá confiança que estamos no caminho certo.

7. DIFICULDADES ENCONTRADAS (Indicar as possíveis limitações da pesquisa):


As principais dificuldades que limitarão o projeto foram a disponibilidade de matérias
e componentes na região. Tendo que por diversas vezes buscar tais elementos fora
da região.

8. CONCLUSÃO (Principais contribuições e aplicabilidade, possibilidades de


estudos futuros):

Apesar do projeto de ter um foco especifico em algumas áreas necessitou a busca


de conhecimento em outros campos, o que nos deu a oportunidade de expandir, e
adquirir um raio de atuação muito maior.
É valido mencionar que o projeto ainda está em uma etapa de desenvolvimento e
ainda há muito que estudar e ser feito.

9. LITERATURA CITADA (Autor (es), título da obra, páginas, volume, número e


ano):

[1] Macedo, AR. Método não-invasivo para a caracterização da mecânica vascular


na pletismografia por oclusão venosa e avaliação paramétrica do comportamento
vascular pós-hiperemia reativa. Tese de doutorado em Ciências em Engenharia
Biomédica, UFRJ, Rio de Janeiro.

[2] Luk, T-H et al. Effect of exercise training on vascular endothelial function in
patients with stable coronary artery disease: a randomized controlled trial. European
Journal of Preventive Cardiology, vol. 19, no. 4, pp. 830-839, 2011.

[3] Magnussen, CG et al. Evaluating the use of a portable ultrasound machine to


quantify intima-media thickness and flow-mediated dilation: agreement between
measurements from two ultrasound machines. Ultrasound in Medicine and Biology,
vol. 32, no. 9, pp. 1323-1329, 2006.

[4] Tortoli, P et al. A simplified approach for real-time detection of arterial wall
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velocity and distension. IEEE Transactions on Ultrasonics, Ferroelectrics, and
Frequency Control, vol. 48, no. 4, pp. 1005-1012, 2001.

[5] Alam, TA, Seifalian, AM e Baker, D. A review of methods currently used for
assessment of in vivo endothelial function. European Journal of Vascular and
Endovascular Surgery, vol. 29, pp. 269-276, 2005.

[6] Wilkinson, IB e Webb, DJ. Venous occlusion plethysmography in cardiovascular


research: methodology and clinical applications. British Journal of Clinical
Pharmacology, vol. 53, pp. 631-646, 2001.

[7] Correti, MC et al. Guidelines for the ultrasound assessment of endothelial-


dependent flow-mediated vasodilation of the brachial artery. Journal of the American
College of Cardiology, vol. 39, no. 2, pp. 257-265, 2002.

[8] Harris, RA et al. Ultrasound assessment of flow-mediated dilation. Hypertension,


vol. 55, pp. 1075-1085, 2011.

[9] Shung, KK. Diagnostic ultrasound: imaging and blood flow measurements. CRC
Press, 2006.
[10] Souza, Vitor Amadeu. Programação em C para dsPIC.

[11] Cherniauskas, Rodrigo. Fluido de trabalho para a simulação experimental de


fluxo sanguíneo em aneurisma de aorta abdominal. São Paulo: USP. Disponivel em:
<https://uspdigital.usp.br> Acesso em: 03 ago. 2014

10. PRODUÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA E/OU INOVADORA E OUTRAS


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS (Divulgação dos resultados em congressos de
pesquisa e/ou Tecnológico e Inovação e/ou redação de artigos científicos e outras
publicações. Além de possíveis intercâmbios interinstitucionais e/ou com empresas
com participação efetiva do discente PIBITI/PIVITI-CNPq-UNIVASF):

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11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO SUBPROJETO (Indicar criteriosamente as
principais etapas desenvolvidas com a execução do subprojeto):
1º Ano:_______ 2º Ano:_______
Indicar as
Etapas Ag
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
o
Pesquisa sobre a X
função endotelial
Discussão das X X
opçõesde análise do
endotélio.
Estudo sobre sensor X X
do ultrassom.
Oscilador Colpitts X X

Simulação e X X
implementação
usando
microprocessador
Estudo e aplicação X X X
de filtros
Amplificação do X X X X
sinal
Aplicação dos X X X
sensores
piezoeléctricos
Sistema circuilatório X X

(Caso o projeto contenha mais etapas, inclua as linhas necessárias)

Local, data e assinatura do (a) docente responsável pela execução do


Subprojeto e do (a) discente Bolsista/Voluntário (a) do Programa de Iniciação
Científica UNIVASF.

Juazeiro, 05 de Agosto de 2014

ASS.:___________________________ ASS.:___________________________
Docente Discente

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