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DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

Psicopatologia Geral I
2º Semestre de 2014

ROTEIRO DOS TEXTOS DISCUTIDOS NA DISCIPLINA

 AUTISMO E DOENÇAS INVASIVAS DE DESENVOLVIMENTO- GADIA ET AL ROTTA.


 DIAGNOSTICANDO O TRANSTORNO AUTISTA. ASPECTOS FUNDAMENTAIS E
CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS.

ROTEIRO 1I:

DSM -V: O que é o Autismo?

Autismo é um distúrbio de desenvolvimento complexo, definido de um ponto de vista comportamental,


com graus variados de severidade (baixo e alto funcionamento). Esse grupo de transtornos compartilha
sintomas centrais no comprometimento em três áreas específicas do desenvolvimento, a saber: (a)
déficits de habilidades sociais, (b) déficits de habilidades comunicativas (verbais e não-verbais) e (c)
presença de comportamentos, interesses e/ou atividades restritos, repetitivos e estereotipados. O autismo
é decorrente de disfunções do sistema nervoso central (SNC), que levam a uma desordem no padrão do
desenvolvimento da criança.

CRITÉRIOS PARA O AUTISMO NO DSM-V


AUTISMO - QUADRO CLÍNICO
 Início: antes dos 30 meses de idade;
 Indicadores podem ocorrer antes dos 6 primeiros meses:
 Crianças que choram demais ou vistas como muito quietas;
 Crianças que têm pouco contato visual;
 Não prestam atenção aos eventos familiares;
 A falta ou o atraso em responder ao nome, aversão ao toque, dificuldade em estabelecer ou
manter contato visual bem como em compartilhar interesses e estados emocionais com outros
(atenção partilhada).
Autismo é mais frequente no sexo masculino. O autismo é quatro vezes mais prevalecente em
meninos do que em meninas em indivíduos com níveis normais de inteligência. Essa prevalência,
porém, tende a diminuir significativamente quando se compara meninos e meninas autistas com
níveis intelectuais mais comprometidos (retardo mental profundo), chegando a 1,3 casos de meninos
para cada 1 caso de menina investigada. Isso sugere que, apesar de casos de autismo serem mais
raros em meninas, estes tendem a ser acompanhados por maior comprometimento cognitivo e
funcional.
• Distúrbios na interação social são observados desde o início da vida;
• Contato olho a olho quando existe (olhar de canto de olho ou muito brevemente);
• Resistência ao toque ou abraço (tende a diminuir com o tempo);
• Não se aninham;
• Quando bebês: falta de iniciativa, de curiosidade ou comportamento exploratório.
• Incapacidade de atribuir aos outros sentimentos e pontos de vista diferentes;
• Empatia é falha;
• A maioria das crianças autistas não tem amigos.
• Indiferença em dividir atividades e interesses com outras pessoas.
 LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO
• Quando começam a usar a linguagem os pais percebem que a criança é diferente de outras
crianças da mesma idade;
• Dificuldades na capacidade de comunicação de crianças autistas são evidentes e muitas vezes
passam desapercebidas pelos pais;
• Ecolalia: uma repetição em eco da fala. Essas repetições podem ocorrer pouco tempo ou
imediatamente após a afirmativa modelo, ou ainda, após um tempo significativamente maior de
sua produção, sendo denominadas como ecolalia "imediata" e "tardia", respectivamente.
• Inversão pronominal: Substituição do uso da primeira pessoa do singular pela terceira.
• Bebês autistas não demonstram emoções pela expressão facial;
• Não há procura por objetos ou pessoas de interesse;
• Demonstram sérios problemas na compreensão e utilização da mímica, gestualidade e fala.
• Jogos de faz de conta ou imitação facial são inexistentes;
• Os autistas que desenvolveram linguagem apresentam dificuldades marcantes em iniciar ou
sustentar diálogos e, muitas vezes, apesar de se utilizarem da fala, não visam comunicação.
 REPERTÓRIO RESTRITO DE ATIVIDADES E INTERESSES
• Os interesses da criança autista costumam ser anormais, principalmente, em seu foco e
intensidade. Ex: horários de trens/aviões, mapas ou fatos históricos, etc., os quais dominam suas
vidas.
• Apresentam uma insistência na ‘mesmice’, que se apresenta pelo seu comportamento inflexível e
suas rotinas e rituais não funcionais;
• Mudanças no ambiente que a criança costuma frequentar podem causar episódios de agitação
psicomotora e agressividade;
• As rotinas e rituais costumam se agravar na adolescência, chegando até a caracterizar um
diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo.
• Vinculação bizarra a objetos (pedras, fios, rodas de carrinho);
• Preferência por objetos que brilham e rodam (tampas de panela);
• Movimentos corporais estereotipados (principalmente entre os mais jovens e com funcionamento
global mais baixo). Ex: balançar, bater palmas repetitivamente, andar em círculos ou repetir
determinadas palavras, frases ou canções.
• Adultos: com nível mais alto de funcionamento social, continuam apresentando problemas na
interação social e comunicação, juntamente com interesses e atividades acentuadamente
restritos;
 A condição que mais comumente coexiste com o autismo é o RETARDO MENTAL, presente
em níveis de severidade variados em aproximadamente 60 a 75% das crianças com autismo.

 PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS
 Hiperatividade
 Dificuldade de prestar e/ou manter atenção,
 Atenção hiperseletiva (i.e., tendência a prestar mais atenção nas partes/ detalhes do que no
todo) e impulsividade.
 Comportamentos agressivos, autodestrutivos, perturbadores e destrutivos. Especialmente em
crianças mais novas.
 Baixa tolerância à frustração, acompanhada por “acessos de raiva” e “escândalos” – jogar-se
no chão, gritar, chorar, bater.

 PROBLEMAS SENSORIAIS
 Hiper ou hiposensibilidade a estímulos sonoros, visuais, táteis, olfativos e gustativos.
 Alto limiar para a dor física e um medo exagerado de estímulos ordinariamente considerados
inofensivos.
 É comum se observar crianças autistas cobrindo os ouvidos e chorando ao ouvir sons triviais,
como sons de uma descarga de banheiro ou de pessoas falando alto, ou, ao contrário, não
emitindo qualquer resposta observável a estímulos sonoros em alto volume, como alguém
batendo em uma panela ao seu lado.
 É também comum se observar crianças autistas fascinadas por certos estímulos visuais, como
luzes piscando e reflexos de espelho bem como tendo certas aversões ou preferências por gostos,
cheiros e texturas específicas – como se recusar a tocar certas texturas, ou ficar fascinado com
certas texturas tocando, lambendo ou mesmo comendo indiscriminadamente coisas que
apresentem tal textura, mesmo que não sejam comestíveis.
 PROBLEMAS MÉDICOS
 Problemas gastrointestinais (episódios recorrentes de diarréia e/ou constipação, além de refluxo,
alergias ou intolerâncias alimentares).
 Problemas severos de alimentação e de sono. Quanto à alimentação, é comum, por exemplo,
casos de dieta hiperseletiva, que, muitas vezes, levam a problemas de saúde como desnutrição,
nutritivas e não comestíveis, que frequentemente pode levar a intoxicações, como a intoxicação
por chumbo.
 Em relação ao sono, observa-se dificuldade para adormecer bem como para se manter
adormecido durante todo o ciclo de sono.

 CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS DURANTE O PROCESSO DIAGNÓSTICO

 A forma mais adequada de se estabelecer o diagnóstico é de modo interdisciplinar, incluindo


pelo menos um neuropediatra e um psicólogo com especialização.

Déficits sociais, além de serem a marca central do autismo, o Transtorno é caracterizado por prejuízos
contínuos na compreensão e na resposta a interações sociais, comunicação e padrões de comportamentos
restrito, estereotipados.
Tratamento: Os objetivos incluem aumentar o comportamento socialmente aceitável, diminuir sintomas
comportamentamentais bizarros e melhorar a comunicação verbal e não verbal, etc.

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