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MANUAL
PRO´XTUDO
MÉTODOS DE ESTUDO
2
INDÍCE
INTRODUÇÃO
ENQUADRAMENTO ....................................................................................................... 9
UNIDADE 1 - MOTIVAÇÃO
UNIDADE 2 - PLANIFICAÇÃO
3
SESSÃO 8 - TEXTO CRIATIVO / TEXTO INFORMATIVO .................................................. 61
UNIDADE 4 - AVALIAÇÃO
GLOSSÁRIO ................................................................................................................. 86
AVALIAÇÃO DO RECURSO............................................................................................ 88
CONCLUINDO .............................................................................................................. 92
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 94
4
“ O conhecimento não é
‖
recebido passivamente,
quer pelos sentidos,
quer pela comunicação,
mas é activamente
construído pelo
sujeito.
5
adquiridos para o efeito, a família e outros responsáveis e interessados na
matéria.
6
INTRODUÇÃO
7
Todo o processo de aprendizagem pressupõe a existência de estratégias e
competências, que assentem em processos controláveis e envolvam skill &
will, ou seja, a aplicação de recursos cognitivos e motivacionais à tarefa
específica de aprendizagem. (Rosário, Trigo e Guimarães, 2003). As várias
competências surgem agrupadas em quatro grandes categorias: a motivação, a
planificação dos hábitos de estudo, o processamento da informação escrita e a
preparação para os momentos de avaliação.
8
ENQUADRAMENTO
9
Da vasta experiência proveniente da actividade de Estudo Acompanhado, foi
emergindo este projecto que, incidindo sobre as principais dificuldades
enunciadas pelos jovens no seu estudo pessoal, procura ajudar a colmatar uma
lacuna ao nível de estratégias / competências eficazes de estudo.
Assim sendo, aferimos que os hábitos de estudo podem e devem ser definidos
como um processo contínuo, associado directamente ao desenvolvimento do
jovem no qual o mesmo deve tornar-se consciente de como aprende e das
dificuldades que tem, funcionando o portfólio individual como um importante
recurso de apoio a memória futura.
10
FASES DO CICLO DE APRENDIZAGEM AUTO-REGULADA
Controlo Volitivo
Focalização da atenção
Auto-instrução
Imagens mentais
Auto-monitorização
Fase Prévia
Auto-reflexão
Estabelecimento de objectivos
11
NOTAS PRÉVIAS
AOS TÉCNICOS
13
SOBRE AS COMPETÊNCIAS DE AUTO-REGULAÇÃO
14
SOBRE O PÚBLICO-ALVO
Naturalmente que o enfoque deve ser dado aos jovens que apresentam
maiores dificuldades ao nível do estudo e/ou que estejam em risco de
insucesso / abandono escolar.
15
SOBRE A ESTRUTURAÇÃO DO PROJECTO
Objectivo geral:
Objectivos Específicos:
16
Pertinência desta ferramenta:
17
Metodologia:
18
à execução das provas de avaliação. Estas incluem o estabelecimento e
adesão a horários equilibrados de estudo e descanso, a implementação de
estratégias de controlo de ansiedade, a auto-monitorização dos tempos
atribuídos ao estudo ou à resposta a uma pergunta do teste, e a técnicas de
adequada expressão escrita.
19
questões como o ambiente familiar, de estudo ou o planeamento do mesmo. O
ideal seria que, cada vez mais, quer os técnicos, quer os professores, quer as
famílias pudessem trabalhar em conjunto utilizando uma comunicação
triangular e horizontal e no qual todos evidenciassem um papel activo.
20
ORGANIZAÇÃO DO PRÓ´XTUDO
UNIDADE 1
(3 sessões)
MOTIVAÇÃO
UNIDADE 2
(2 sessões)
PLANIFICAÇÃO
UNIDADE 3
(3 sessões)
PROCESSAMENTO DE
INFORMAÇÃO ESCRITA
UNIDADE 4
(2 sessões)
AVALIAÇÃO
DO
O QUE MUDOU? PROGRAMA
21
UNIDADE
MOTIVAÇÃO
SESSÃO 1
Conhece-te a ti próprio
SESSÃO 2
SESSÃO 3
22
SESSÃO
1 CONHECE-TE A TI PRÓPRIO
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
23
Interesse pelo estudo
ACTIVIDADE
EU…
ACTIVIDADE Pessoal e emocional: características
pessoais e de personalidade,
2 autonomia, responsabilidade,
tomada de decisões, segurança e
confiança em si próprio, sentimentos
de bem-estar e de auto-satisfação.
24
SESSÃO
QUE OBJECTIVOS TENHO?
2
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
25
Vamos estudar com…
ACTIVIDADE
Qual o problema?
Quais as alternativas possíveis para a sua resolução?
Que decisões tomar?
Como avaliar os resultados?
Será que conseguimos ou não, atingir os nossos objectivos?
Outra questão que o técnico poderá colocar aos jovens é: Será que podemos
influenciar o nosso percurso escolar?
O que é? Para que serve? Como e quando usar? É um factor importante para o
estudo?
26
ACTIVIDADE
Constrói um objectivo
4
CRAva
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
Se os jovens conhecerem
melhor a forma como
aprendem, podem ser mais
autónomos na busca e
selecção de estratégias de
estudo.
Sou inteligente à minha
As actividades propostas
ACTIVIDADE
maneira. Eu sou…
podem ajudar os técnicos e
os jovens na identificação do 5
estilo preferencial de
aprendizagem de cada jovem.
O técnico distribui o inquérito, a que os jovens
respondem individualmente. No fim recebem a ficha de
autocorrecção. De acordo com os tipos de inteligência
revelados como predominantes, cada jovem pede ao
técnico a ficha com as características e as actividades
de estudo autónomas mais adequadas a si próprio.
28
MATERIAL DE APOIO À PRÁTICA
/ACTIVIDADES
29
SESSÃO
1 CONHECE-TE A TI PRÓPRIO
Podemos definir Motivação como uma força interior que impele o indivíduo a
realizar determinada tarefa, visando atingir um fim específico.
Sem motivação nada se faz. Com motivação, tudo é mais fácil e mais rápido. A
motivação, a autoconfiança e a persistência fazem subir o rendimento.
Caso desejes cultivar uma atitude psicológica favorável à aprendizagem,
deves procurar:
1 – Descobrir motivos de interesse no trabalho escolar.
2 – Pensar no meu futuro.
Para isso, não deves estudar apenas pelo prazer dos prémios ou pelo receio
de castigos imediatos.
3 – Ser auto-confiante.
Para isso, deves valorizar as tuas capacidades e não as tuas limitações.
4 – Enfrentar as dificuldades sentidas com ―espírito vencedor‖.
Para isso, deves acreditar no SUCESSO.
5 – Seguir um curso de acordo com os teus interesses e aptidões.
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DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS A MÉDIO E LONGO PRAZO
Alcançar
Adquirir prestígio
autonomia
Ascender Obter
económica e reconhecimento
socialmente dos outros
Motivos para
estudar
Ser melhor
que o colega
Evitar
represálias
Evitar conflitos
Não ser
discriminado
pelos colegas
Se não traçares metas que orientem o teu percurso escolar isso acaba por
prejudicar o teu desempenho. É preciso estar motivado, ser ambicioso e
rigoroso contigo próprio e definir objectivos a curto, médio e longo prazo, que te
permitam atingir as metas desejadas.
31
INTERESSE PELO ESTUDO
1
Nem todos os jovens mostram o mesmo interesse em relação ao estudo. Uns
acham importante estudar, gostam de o fazer e mostram interesse em saber
cada vez mais. Outros há, que não gostam de estudar nem sentem qualquer
interesse pelos estudos.
O que leva os jovens, nesta matéria, a terem interesses tão diferentes?
o Estudar é aborrecido.
o Quando têm que estudar sentem-se cansados.
o Pensam que não têm capacidade.
o Não têm ajuda em casa.
o Não têm objectivos em relação à sua vida futura.
o Na escola ninguém lhes dá atenção.
o Outras razões? Quais? ________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
32
Eu
2
Quem sou?
Devemos sentir-nos contentes com as nossas qualidades e não devemos ter vergonha das
características que não gostamos, quando elas não podem ser evitadas.
Se alguma característica menos positiva se pode corrigir, há que tentá-lo. Luta para modificá-la.
33
SESSÃO QUE OBJECTIVOS TENHO?
2
PLANIFICAÇÃO DE UM OBJECTIVO
34
Vamos estudar com a Carolina… 3
Eram 14 horas, quando a Carolina chegou da escola para almoçar.
Enquanto comia, pensava no teste de História que teria no dia seguinte. Ainda
não tinha estudado nada, mas tinha a tarde toda pela frente, e chegava! Mas
também tinha os TPC de Ciências, de Inglês, e isto para não falar da ficha de
Matemática, disciplina a que já tinha negativa garantida.
Bem, o melhor era comer e pensar nisso depois, não fosse a comida saber-lhe
mal.
Carolina adoraria ficar a tarde toda a ver aquela série, mas ela acabou e já
eram 16 horas. Tinha de estudar. Não sem antes ir buscar as suas bolachas
preferidas, é claro.
Assim que desligou o telefone, a mãe da Carolina pediu-lhe para ir à loja do Sr.
Gervásio. Logo agora que ela queria começar a estudar História!
Eram 21 horas e meia da noite quando Carolina acabou de jantar. A tarde não
lhe rendera e poucas horas lhe restavam para estudar. Voltou ao seu quarto e
ligou a televisão para ir vendo a telenovela. Começou a ler os
apontamentos…Que apontamentos?! Faltavam-lhe sumários, não sabia a que
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aulas pertenciam as fichas de trabalho, enfim, não sabia por onde lhes pegar!
Foi buscar o livro de História. A Paula tinha-lhe dito que saíam os capítulos 5, 6
e 7. Parecia muito, mas tirando as figuras, os esquemas e os textos de apoio,
era bem menos. No entanto, ao abrir o livro, encontrou um bilhete do João.
Aquilo sim, era história para a Carolina!
As horas voaram, por isso resolveu decorar as sínteses dos capítulos, devia
chegar…
Se fosses a
Carolina, como
resolverias estes
problemas?
36
Constrói um objectivo
4
Definir o
objectivo
Estabelecer
um plano
Monitorizar o
cumprimento
do plano
Avaliar
37
SESSÃO COMO É QUE EU APRENDO?
3
38
SOU INTELIGENTE À MINHA MANEIRA
EU SOU…
5
Queres descobrir como o teu cérebro funciona e como aprendes melhor?
Responde às perguntas que se seguem, assinalando SIM ou NÃO
S N
1. Quando pensas, os teus pensamentos são expressos em palavras?
8. Gostas de pensar sobra as causas dos teus problemas e de tentar resolvê-los sozinho?
9. Consegues lembrar-te bem dos pormenores do que vês (formas, cores, posições, etc)?
11. Quando há um conflito, consegues tentar ver o ponto de vista do outro e compreendê-lo?
15. Gostas de pensar sozinho sobre o que aprendes ou sobre o que acontece à tua volta?
19. Gostas de trabalhar com números, como por exemplo, fazer contas e cálculos?
39
AUTOCORRECÇÃO Inteligência Linguística
Pensas melhor quando podes trocar ideias Gostas de ter o teu espaço próprio.
com outras pessoas. Gostas de conviver. Preferes estudar sozinho. Assim pensas
Fazes amigos com facilidade. melhor e fazes a tua reflexão pessoal.
Aprecias ter tempo para fazer as coisas
Lê as sugestões que se seguem. sozinho.
Provavelmente vais apreciá-las e elas
poderão ajudar-te a estudar melhor. As sugestões seguintes podem agradar-te
Experimenta-as e pratica-as. e talvez possam ajudar-te no estudo.
Experimenta-as.
Estuda em grupo
Pede a um familiar ou amigo que te Procura encontrar relações entre o
ajude a fazer revisões, discutindo a que aprendes de novo e os teus
matéria contigo ou fazendo-te interesses pessoais ou as coisas
perguntas sobre ela. que já sabes.
Sempre que possível, faz trabalhos Estabelece metas pessoais para o
a par ou em grupo. teu estudo, de acordo com o teu
Podes utilizar o correio electrónico próprio ritmo.
para estabeleceres No fim de estudar, reflecte sozinho
correspondência com os outros sobre o que aprendeste. Podes até
jovens e discutires os assuntos que escrever um ―diário de estudo‖.
estás a estudar. À noite, antes de dormir, faz uma
revisão rápida do que estudaste e
uma reflexão, também rápida,
sobre os resultados obtidos.
41
UNIDADE
PLANIFICAÇÃO
SESSÃO 4
SESSÃO 5
42
SESSÃO
COMO VENCER A
4 PROCRASTINAÇÃO!
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
É natural e até saudável que o jovem ocupe parte do teu tempo com música,
desporto ou convívio. Mas também é importante consagrar uma boa parcela de
tempo aos estudos.
Para lidar com a procrastinação, podem ser utilizadas algumas estratégias tais
como: melhorar a gestão do tempo, aumentar a atenção e a concentração na
tarefa, dividir os objectivos a longo prazo nuns mais proximais, redução da
ansiedade, …
43
ORGANIZAÇÃO DO HORÁRIO DE ESTUDO
Uma grande parte dos jovens não realiza um estudo regular, limitando-se por
vezes a fazer os trabalhos de casa e a estudar apenas na véspera dos testes.
O horário deve prever revisões diárias da matéria dada nesse dia. Se isso
acontecer, a matéria está ainda presente na memória, pelo que o esforço a
desenvolver e o tempo a utilizar serão bastante inferiores ao que terá de
disponibilizar se as revisões apenas forem feitas alguns dias depois, ou na
véspera do teste.
A PLANIFICAÇÃO
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ACTIVIDADE
Planificação
Anual
6
ACTIVIDADE
Planificação Semanal
7
45
SESSÃO
UM DIA SÓ TEM 24 HORAS!
5
OBJECTIVOS ENQUADRAMENTO
46
A MINHA SESSÃO DE ESTUDO…
ACTIVIDADE
Para uma maior motivação dos jovens o técnico pode dirigir a actividade,
colocando-lhes questões do tipo:
Após o debate, o técnico distribui a ficha, cuja aplicação será analisada em função
das conclusões do debate anterior.
AUTO-AVALIAÇÃO DA MINHA
ACTIVIDADE
SESSÃO DE ESTUDO
9
47
MATERIAL DE APOIO À PRÁTICA
/ACTIVIDADES
48
SESSÃO COMO VENCER A PROCRASTINAÇÃO!
4
É natural e até saudável que ocupes parte do teu tempo com a música, o
desporto ou o convívio. Mas também é importante consagrar uma boa parcela
de tempo aos estudos.
1 – Fixo.
3 – Bem iluminado.
2 – Todo o material que te vai ser necessário para estudar sem ter que fazer
interrupções.
O tempo de estudo
49
A vantagem da elaboração de um horário de estudo é que materializa a
necessidade do estudo diário e pode motivar-te para a sua realização. Assim,
os teus dias serão mais equilibrados, evitando sobrecarga de trabalho nuns e
demasiado ―alívio‖ noutros.
A PLANIFICAÇÃO
50
PLANIFICAÇÃO ANUAL
6
Ano Lectivo 20_ / 20_
Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
Mês
Dia
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
51
O MEU HORÁRIO DE ESTUDO SEMANAL 7
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO
8.30
9.30
10.30
11.30
12.30
13.30
14.30
15.30
16.30
17.30
18.30
19.30
20.30
21.30
52
SESSÃO UM DIA SÓ TEM 24 HORAS!
5
53
2. Quando acabares de estudar, precisas de fazer a avaliação do teu
trabalho.
Atenção:
Se conseguiste cumprir os teus objectivos, estás de parabéns. Vai fazer uma coisa de que gostas
como recompensa.
Se não conseguiste atingir os teus objectivos, precisas de rever o teu plano de estudo e analisar
o que falhou.
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A MINHA SESSÃO DE ESTUDO 8
DATA: __________________
55
AUTO-AVALIAÇÃO DA MINHA SESSÃO DE
ESTUDO
Quando terminares o teu estudo diário, vê se conseguiste atingir os teus
9
objectivos.
Se responderes ―não‖ a tudo, reflecte um pouco e tenta ver o que falhou, para
poderes encontrar forma de estudar mais eficaz.
5. Percebi a matéria?
6. As actividades que eu
escolhi ajudaram-me a
aprender?
56
UNIDADE
LEITURA / ESCRITA
SESSÃO 6
SESSÃO 7
SESSÃO 8
57
SESSÃO
VAMOS CONHECER UM LIVRO
6
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
Uma das áreas em que muitos jovens Dar a conhecer as três fases
sentem grande incapacidade é a da de leitura:
leitura. O facto de lhes ser difícil
Pré-leitura
interpretar textos escritos acarreta
Leitura compreensiva
dificuldades acrescidas em várias
Pós-leitura
disciplinas.
58
COMO LER E COMPREENDER
ACTIVIDADE
MELHOR UM TEXTO
10
59
SESSÃO
11
12
Esta ficha ajuda a operacionalizar o esquema que vem referido nas fases
de escrita de um texto, através da sugestão de questões orientadas,
relativas a cada uma dessas fases. O jovem será então colocado perante
uma situação concreta, que lhe permitirá compreender melhor o processo
para que mais tarde o possa aplicar autonomamente. É de salientar que
este tipo de actividade facilita o trabalho aos jovens que aprendem de uma
forma visual e através de esquematizações.
60
SESSÃO
TEXTO CRIATIVO /
8 TEXTO INFORMATIVO
OBJECTIVOS
61
MAPA DE IDEIAS
ACTIVIDADE
TEXTO CRIATIVO / INFORMATIVO
14
Texto criativo
Pode ser utilizado como uma forma de registar ideias que vão surgindo ou
como meio de organizar ideias obtidas previamente. No centro coloca-se a
ideia principal. A partir daí surgem diversas ideias, que correspondem a
diferentes ramos. Cada uma dessas ideias vai gerar outras, relacionadas
com as anteriores e que, por isso mesmo, a elas dizem respeito. Assim, o
―mapa de ideias‖ vai crescendo sucessivamente e, a partir dele, produzir-se-
á um conjunto de ideias organizadas e interligadas.
Para redigir o seu texto, o jovem pode optar por eliminar algum dos
ramos/ideias e aprofundar outros, com ideias secundárias. No caso
presente, do texto criativo, terá que respeitar a existência dos seus
elementos (personagens, local, etc).
Texto informativo
O técnico pode utilizar, com esta ficha, uma forma de tratamento idêntico à
referida na actividade anterior.
62
MATERIAL DE APOIO À PRÁTICA
/ACTIVIDADES
63
SESSÃO VAMOS CONHECER UM LIVRO
6
Podes trabalhar com um colega ou com um familiar. Pede-lhe que ouça a tua
leitura. Quando terminares, pergunta-lhe o que ele achou (o texto percebe-se
bem? Foi lido de uma forma natural ou “aos soluços”?). Lê-o de novo.
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COMO LER E COMPREENDER MELHOR UM TEXTO
Antes da leitura
Exemplos de questões
Pesquisa ou leitura rápida
TEXTOS NARRATIVOS
Lê os títulos e os subtítulos.
Lê a introdução e as conclusões. Quem são as personagens
Observa os mapas, as gravuras e os gráficos. principais?
Quando e onde se passa a acção?
Auto-questionamento
Transforma o título numa questão. TEXTOS EXPOSITIVOS
Tenta fazer perguntas sobre o texto. Porque é que o professor quer que
eu leia este texto?
O que preciso de ficar a saber?
Qual será o tema do texto? O que é
que eu sei sobre esse tema.
Durante a leitura
Exemplos de questões
Lê todo o texto, com cuidado, para poderes
responder a todas as perguntas que fizeste. TEXTOS NARRATIVOS
Faz novas perguntas e encontra as respostas.
O que acontece a cada personagem
Presta atenção às palavras mais destacadas. nos vários momentos da história?
Procura compreender todos os gráficos, figuras, etc… Porque é que isso acontece?
Tenta identificar as ideias principais. O que vai acontecer a seguir?
Depois da leitura
1. Auto-avaliação
Vê se compreendes bem o texto. Responde às perguntas que fizeste ou a
perguntas que constem no livro.
Conversa com um colega ou familiar sobre o texto.
2. Memorização
Lê os esquemas, as notas, os resumos.
Repete oralmente a matéria ou grava-a.
Escreve o que queres fixar.
Faz revisões frequentes.
65
SESSÃO QUEM CONTA UM CONTO…
7
Recolha de ideias /
ANTES informações
Brainstorming
Mapa de ideias
Leitura
Elaboração de um plano
(estruturação de ideias)
DURANTE
Desenvolvimento
Introdução e
conclusão
Rascunho
Redacção
Autocorrecção
DEPOIS
Avaliar
Reescrever
PRODUTO ESCRITO
FINAL
66
O CAMINHO PARA ESCREVER UM TEXTO
Introdução
Conclusão
6 Preciso de melhorar?
SIM NÃO
67
SESSÃO TEXTO CRIATIVO / TEXTO INFORMATIVO
8
68
TEXTO CRIATIVO – DESCRITIVO
4. Ordenar as observações:
Da impressão de conjunto para os pormenores;
Dos pormenores para o aspecto global;
Do plano mais próximo para o mais distante.
69
TEXTO INFORMATIVO – EXPOSITIVO/ARGUMENTATIVO
Apresenta uma tese. Fornece os dados e as observações que podem ser úteis
para convencer o leitor da sua validade.
70
MAPA DE IDEIAS
Texto criativo
14
Inventa uma história ou pensa numa que já conheças.
Personagens
Oponentes
Principal
Secundárias
Titulo
Tempo
Adjuvante
s
Espaço
71
MAPA DE IDEIAS
Texto informativo
TEMA
72
CONECTORES
Assim Em conclusão
Com efeito
Por exemplo Finalmente
Uma vez que
É de realçar Por todas estas
Ainda mais
Ressalta-se razões
Decerto
Importa salientar Definitivamente
Sem dúvida
É importante Consequentemente
Com certeza
frisar Em consequência
Efectivamente
Em síntese
Deste modo
Enfim
Na verdade
Ora
AVALIAÇÃO
SESSÃO 9
SESSÃO 10
O que mudou?
74
SESSÃO
QUAL DESTAS AFIRMAÇÕES
9
ESTÁ CORRECTA?
OBJECTIVOS
ENQUADRAMENTO
Muitos jovens queixam-se de que estudam, sabem a matéria mas os testes não
lhes correm bem. Outros dizem que não sabem como se devem preparar.
Outros, ainda, não se sentem motivados para estudar ou não acreditam nas
suas capacidades.
A preparação para os testes passa por três fases, que por sua vez pressupõem
três condições básicas.
FASES
Atitudes positivas
Informação suficiente
Autocontrolo
75
ACTIVIDADE
COMO ME SINTO FACE AOS TESTES
15
AUTO-AVALIAÇÃO DO TESTE
ACTIVIDADE
16
76
SESSÃO
O QUE MUDOU?
10
OBJECTIVOS
O que mudou?
77
MATERIAL DE APOIO À PRÁTICA
/ACTIVIDADES
78
SESSÃO QUAL DESTAS AFIRMAÇÕES ESTÁ CORRECTA?
3 – Treinar-me para dar respostas (Devo imaginar perguntas e resolver testes antigos).
4 – Encarar as provas de avaliação com auto-confiança.
5 – Pensar antes de responder.
6 – Captar sempre o sentido exacto da pergunta.
7 – Responder de forma clara.
8 – Evitar falar sobre a matéria que não domino bem, nas minhas respostas.
RECOLHER INFORMAÇÃO
Estipular quanto tem que estudar (para poder ler a matéria x vezes)
79
VÉSPERA DO TESTE
Rever a matéria
Fazer exercícios
Imaginar questões
NO DIA DO TESTE
DEPOIS DO TESTE:
REACÇÃO AO TESTE
Se as notas forem:
- ALTAS
reforçam a minha motivação e auto-confiança
indicam que estou no bom caminho
- BAIXAS
não as devo encarar como castigo ou punição
são para mim um “cartão amarelo”, um sério aviso de que necessito de
“mudar de caminho” e de alterar as minhas estratégias face aos testes:
80
Para conquistar uma boa memória e combater o esquecimento, deves
procurar:
2 – Descobrir e fixar a ideia principal das várias informações que desejas reter.
3 – Nunca perder de vista o todo (Tens que dividir a matéria em partes, para poder
estudar melhor).
81
ALGUNS VERBOS DE ARRANQUE DAS PERGUNTAS
Comparar Escrever as diferenças, as semelhanças, as proximidades ou
as distâncias entre as ideias ou os factos.
82
COMO ME SINTO FACE AOS TESTES
15
Sempre Muitas Ás Nunca
vezes vezes
1. Vale a pena estudar. Quanto mais
estudo, melhor me correm os testes.
2. Os testes correm-me bem.
3. Não fico nervoso na véspera e no
dia do teste.
4. Quando estou num teste, não estou
sempre a pensar que não vou
acertar em nada.
5. Quando estou num teste, começo a
pensar que os colegas sabem mais
que eu.
6. Fico com dores de barriga ou de
cabeça antes dos testes.
7. Parece-me que sei tão bem a
matéria, mas quando chego ao teste
não consigo lembrar-me de nada.
8. Durante os testes, distraio-me com
pensamentos que não têm nada a
ver com o teste.
9. Durante os testes, costumo estar
muito assustado com a
possibilidade de ter negativa e de
ser castigado por isso.
10. Quando começo a ler um teste,
parece-me que as perguntas são
muito difíceis e que não vou
conseguir fazer nada.
11. Durante os testes, fico tão nervoso
que não consigo pensar.
12. Sinto-me nervoso na véspera do
teste.
13. Sinto-me nervoso durante o teste.
83
AUTO-AVALIAÇÃO DA REALIZAÇÃO DO TESTE
Disciplina _________________________ Data _______________
16
Escreve o número da pergunta do teste nas colunas respectivas. Lê
atentamente a pergunta e a resposta e tenta identificar as causas desse
insucesso ou sucesso (total ou parcial).
Se o teste não te correu assim tão bem, espero que te tenhas apercebido
das tuas dificuldades no teste e das suas causas, procura encontrar formas
de melhorar o teu estudo e de resolver melhor os próximos testes. 84
SESSÃO O QUE MUDOU?
10
85
GLOSSÁRIO
86
O glossário, a construir pelos jovens durante o processo, pretende ser um meio
de adaptação da linguagem utilizada no manual e pouco usada pelos jovens no
seu dia a dia escolar.
Tem como objectivo descrever o significado de alguns termos utilizados no
documento, assim como, estimular a pesquisa de outras palavras e conceitos
alargando o seu conhecimento geral.
Palavra Descrição
Aprendizagem É o processo pelo qual as competências, habilidades,
conhecimentos, comportamentos ou valores são adquiridas
ou modificadas, em resultado de estudo, experiência,
formação, raciocínio e observação (recolha na Wikipédia)
Auto-eficácia Sentimento de auto-estima ou valor próprio, o sentimento de
adequação, eficácia e competência para enfrentar os
problemas, obter êxito e controlar a própria vida
Auto-estima È o sentimento, negativo ou positivo, que a pessoa tem de si
próprio.
Autonomia Faculdade de se governar por suas próprias leis, dirigir-se
por sua própria vontade
Auto-regulador Aquele que se regula a si próprio, que se disciplina
Capacitação Qualidade que permite satisfazer determinado fim; Acto ou
efeito de capacitar(-se), tornar-se capaz, tornar-se habilitado;
aptidão.
CRAva Para se conseguir resultados no mínimo cada objectivo/meta
(Modelo) tem que ser bastante Concreto(objectivo)-Realista
(realizável)-Avaliável ( que se pode medir, reconhecer o seu
valor). O modelo(CRAva) está organizado mediante recurso
a estes 3 factores: Concreto, Realista, Avaliável
Estratégia Arte que permite preparar o plano para se atingir
determinado objectivo.
Motivação Palavra popularmente usada para explicar porque as
pessoas agem de uma determinada maneira. factor que
determina o comportamento.
Pertinência Qualidade lógica de ligação entre um elemento de prova e
aquilo que se pretende provar
Portfólio É uma colecção organizada e devidamente planeada de
trabalhos produzidos por um individuo ao longo de um
período de tempo. O portfólio é uma construção continua,
progressiva e dinâmica, para que o seu conteúdo possa ser
melhorado, alterado ou aumentado.
87
AVALIAÇÃO DO RECURSO
88
motivação para o estudo, o clima da/na escola, a sua performance académica,
etc. Este levantamento permitiu avaliar e comparar a evolução dos alunos após
final da aplicação do recurso.
89
18 anos, frequentando 7 jovens o 2º Ciclo e 9 jovens o 3º Ciclo. Os jovens
envolvidos eram alunos das Escolas EB23 Manuel Da Maia e Secundária
Josefa de Óbidos.
Mais uma vez com este grupo se fez a comparação dos dados e informações
obtidas através da análise dos questionários e, também, da auto-
avaliação/perfil de cada jovem no início e no fim da aplicação do recurso,
podendo afirmar mais uma vez que o saldo se continuou a manifestar bastante
positivo uma vez que, dos 16 jovens envolvidos, todos transitaram de ano.
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nenhum jovem manifestou sentimentos negativos após a realização das 10
sessões de intervenção.
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CONCLUINDO
Com tudo que se relata através desta síntese explicativa, podemos concluir
que o PRO'XTUDO veio proporcionar benefícios positivos à maioria dos jovens
que participaram, uma mais-valia para a escola e para o ambiente escolar.
Poderá contribuir, também, para uma melhor integração e adaptação social das
crianças e jovens alvo da intervenção.
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Para finalizar, sugere-se que, para o próximo ano lectivo ou numa próxima
aplicação do PRO'XTUDO se possa introduzir, no âmbito das suas sessões,
um maior número de actividades lúdicas, a realizar no exterior, que possibilitem
a aquisição de novos modelos comportamentais e, como contributo para
reforçar e melhorar os conteúdos abordados.
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BIBLIOGRAFIA
Abrantes, Paulo (2002). Finalidades e natureza das novas áreas curriculares. In
Novas Áreas Curriculares. Lisboa: Ministério da Educação. DEB.
Carita, A., Silva, A., Monteiro, A., Diniz, T. (1997). Como ensinar a estudar.
Lisboa: Editorial Presença.
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Zimmerman, B.J. (2002). Becoming a self-regulated learner: an overview.
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http://www.soaresbasto.pt/start/sites/default/files/Crit%C3%A9rios%20Gerais%
20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%202010_%2011.pdf
Critérios de Avaliação
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