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FACULDADE PADRÃO
CURSO DE ENFERMAGEM
ALESSANDRA DE FREITAS
GOIÂNIA, 2014
ALESSANDRA DE FREITAS
GOIÂNIA, 2014
ALESSANDRA DE FREITAS
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Professor - Presidente
Ms. Margarida Martins Coelho
_____________________________________________________
Professor - Membro externo
Rúbia Pedrosa Marques Mansur
______________________________________________________
Professor - Membro interno
Esp. Leidiane Maria de Souza Ribeiro
DEDICATÓRIA
A Deus rendemos graças e louvores infinitos por nossas vidas e pela vida de
nossos pais e familiares, pois sabemos que sem a presença e o auxilio dEle nada
seria possível.
Aos nossos pais, que apesar de todas as dificuldades acreditaram em nós e
estiveram sempre ao nosso lado, nos ajudando, passando conosco por lutas e
vitórias sem fracassar em momento algum, e nos amando incondicionalmente.
Aos familiares que nos ajudaram e incentivaram para que sem desistir,
lutasse-mos sempre pelos nossos ideais.
A orientadora Ms. Margarida Martins Coelho pela oportunidade, pelo rico
aprendizado, pela paciência, dedicação e amor com o qual sempre nos tratou.
Aos demais docentes por nos proporcionar uma formação acadêmica que
nos trouxe um grande crescimento pessoal e profissional.
EPÍGRAFE
Platão
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................8
LISTA DE SIGLAS............................................................................................9
RESUMO........................................................................................................10
ABSTRAT........................................................................................................11
1- INTRODUÇÃO.....................................................................................12
2- OBJETIVOS.........................................................................................14
2.1. Objetivo Geral
2.2. Objetivos específicos
3- REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................15
3.1. Meio Ambiente...............................................................................15
3.2. Epidemiologia................................................................................16
3.3. Melanoma......................................................................................17
3.4. Tratamento e Prevenção................................................................20
3.5. Intervenções de Enfermagem........................................................22
4- METODOLOGIA..................................................................................24
5- RESULTADO E DISCUSSÃO..............................................................25
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................30
REFERÊNCIAS..............................................................................................32
LISTA DE FIGURAS / ILUSTRAÇÕES
Figura 1 : .....................................................................................................20
Figura 2 : .....................................................................................................20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MM - Melanoma/Melanomas
O3 - Ozônio
O câncer de pele é uma neoplasia que cresce a cada ano, pela alta incidência da
radiação ultravioleta que se dá através da exposição solar, e que sem a devida
proteção causa rigorosas consequências. A questão norteadora para o
desenvolvimento foi: o fator ambiental interfere no processo saúde-doença na
incidência do Câncer de pele? O estudo teve como objetivo ressaltar a importância
das técnicas de prevenção, controle e tratamento das consequências da radiação
solar, como atenção integral à pessoa com Melanoma nas intervenções do
enfermeiro. A metodologia utilizada foi revisão literária, nas bases de dados do
Instituto Nacional do Câncer, Associação Brasileira do Câncer, Instituto Oncoguia.
Os resultados indicam que a presença do melanoma acomete mais quando não há
uma devida proteção ou quando a mesma não existe. Conclui-se que a prevenção
ainda é um fator primordial no cuidado ao câncer de pele - melanoma, e mesmo
havendo acometimento da pele pela doença ainda assim é possível a prevenção dos
agravos.
Skin cancer is a tumor that grows every year, the high incidence of ultraviolet
radiation that is through sun exposure, and that without proper protection cause
severe consequences. The guiding question for development was: the environmental
factor affects the health-disease process in the incidence of skin cancer? The study
aimed to emphasize the importance of the techniques of prevention, control and
treatment of the consequences of solar radiation, as integral to the person with
melanoma in the nurse care interventions. The methodology used was a literature
review, the databases of the National Cancer Institute, the Brazilian Association of
Cancer Oncoguia Institute. The results indicate that the presence of melanoma
affects more appropriate when there is no protective or when it does not exist. It is
concluded that prevention is still a key factor in the care of skin cancer - melanoma,
and even with the skin is affected by the disease is still possible prevention of
injuries.
2. OBJETIVOS
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.2. Epidemiologia
O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil e
corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país,
segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2011).
Associação Brasileira do Câncer (2014) associa como fatores de risco
para o desenvolvimento de um melanoma, a sensibilidade ao sol, a pele clara,
se expor de forma excessiva ao sol, ter um histórico de câncer de pele, história
familiar de melanoma, a existência de um nevo congênito (pinta escura), lesões
cutâneas crônicas e nevo displásico (lesão escura da pele, com alterações
celulares pré-cancerosas). Além de causar o câncer de pele, a exposição
prolongada da pele ao sol e de forma cumulativa pode causar o
envelhecimento cutâneo, efeito causado pelas radiações ultravioletas.
Os vários tipos de câncer de pele representam juntos cerca de 60% de
todos os tipos de cânceres, em ambos os sexos, apenas 3% das mortes. Cerca
de 75% das mortes por câncer de pele são causadas por Melanoma
(CALDAS,2010).
O autor supra citado infere que a incidência é pequena se comparada
ao carcinoma basocelular e ao carcinoma espinocelular, contudo, vem
aumentando muito nas últimas décadas, estima-se um aumento de 3% a 7% a
cada ano, com a incidência dobrando a cada 10 a 20 anos. Apesar de uma
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incidência menor que a dos outros cânceres de pele é o que causa maior
número de óbitos, sendo que 75% das mortes causadas por câncer de pele se
deve ao Melanoma.
Seguindo esta mesma linha de raciocínio, Inca (2013) reafirma que o
câncer de pele melanoma é menos frequente do que os outros tumores de
pele, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (2.960 casos
novos em homens e 2.930 em mulheres), incidência para o ano de 2014 no
Brasil, sendo que as maiores taxas estimadas em homens e mulheres
encontraram-se na região Sul, onde encontra-se pessoas de pele mais clara.
Nos relatos do Inca (2010), o melanoma é um tumor de pessoas jovens,
50% dos casos ocorrem em pessoas com menos de 55 anos, 30% ocorrendo
em pessoas abaixo de 45 anos.
A incidência do Melanoma tem mostrado contínuo aumento nas últimas
décadas em todo o mundo (MARKOVIC et al., 2007), e de forma mais intensa
do que a maioria das outras neoplasias (LENS; DAWES, 2004). Explicação
plausível para isso é a mudança de hábito quanto à exposição solar, com
elevado número de atividades recreativas ao ar livre, assim como vestuário
mais reduzido (DENNIS, 1999).
Nos últimos anos, houve melhora da sobrevida, provavelmente devido
ao diagnóstico precoce (INCA, 2010).
3.3. Melanoma
O Melanoma cutâneo se origina nos melanócitos, célula responsável
pela produção de melanina, substância que confere pigmentação a pele e é
considerado o câncer de pele mais agressivo (ABC, 2014). Figueiredo (2007)
corrobora neste sentido quando relata em seus estudo que a prevalência em
indivíduos brancos, representando 4% a 6% dos cânceres de pele, sendo mais
comum nas mulheres entre 30 e 79 anos, ele é de extrema gravidade visto que,
apresenta grande possibilidade de metástase.
Na pele os melanócitos produzem, através dos melanossomas, a
melanina que é um pigmento escuro capaz de filtrar a radiação ultravioleta.
Sendo assim, as pessoas que vivem em regiões mais ensolaradas, possuem
uma produção de melanina maior. Cumpre ressaltar, que a quantidade de
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melanócitos não varia muito de acordo com a raça, o que difere é a quantidade
de pigmentos produzidos por cada raça (MARSILLAC; ROCHA, 1980).
Pessoas com pele e cabelos claros dobram o risco de ter um melanoma.
Quando há um histórico familiar (principalmente parentes de 1º e 2º graus),
existe um maior risco genético de desenvolver Melanoma. Deve-se ter cuidado
com queimaduras solares com bolhas, ou desconfortáveis, que duram mais de
48 horas, elas são consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de
um Melanoma (HABIF, 2002; OTTO, 2002).
O Melanoma tem se tornado cada vez mais comum, mas ele é
potencialmente curável com a detecção e o tratamento precoce. Os sinais
iniciais do Melanoma se baseiam no aparecimento de uma lesão pigmentada
com a modificação do seu formato, cor ou superfície. A presença de coceira,
dor e ardência devem aumentar a suspeita, mesmo não possuindo uma relação
direta entre Melanoma e desconforto local. O sangramento e a ulceração, são
sinais da existência de um Melanoma mais avançado. O ABCD é usado na
identificação de um Melanoma sendo: assimetria, bordas irregulares, variação
de cor, e diâmetro superior a 6mm (HABIF, 2002; SCHUCHTER, 2005).
O Melanoma é menos comum do que o câncer de pele de células
escamosas e o basocelular, (não melanoma) porém mais agressivo. Assim
como o basocelular e o câncer de células escamosas, o Melanoma é quase
sempre curável em seus estágios iniciais. Mas é muito provável que se
dissemine para outras regiões do corpo se não for diagnosticado precocemente
(INSTITUTO ONCOGUIA, 2003-2014).
De acordo com Bibliomed (2001) as evidências clínicas, epidemiológicas
e estudos experimentais, têm demonstrado a participação das radiações
ultravioleta A e B no desencadeamento de reações inflamatórias imediatas
(eritema, xerose e prurido) e crônico-degenerativas tardias na pele. Esses
efeitos a longo prazo estão principalmente relacionados aos processos de
envelhecimento cutâneo (elastose solar, rugas e espessamento da pele), às
doenças desencadeadas ou agravadas pelo sol (melanoses e queratoses
solares, fotossensibilidade, lupus, entre outras) e aos cânceres da pele
(principalmente os carcinomas denominados basocelular e espinocelular e os
Melanomas).
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Melonoma Melonoma
Fonte: Dr. Dolival Lobão (Arq. pessoal) Fonte: Dr. José Francisco Rezende (Arq. pessoal)
4. METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado com base em pesquisa literária, com o intuito
de desenvolver uma leitura reflexiva sobre o câncer de pele tendo como um
dos fatores relacionados ao seu desenvolvimento o meio ambiente.
Fornecendo, dessa forma, dados fidedignos de 1980 a 2014 e respeitando em
sua íntegra todo o conteúdo estratificado, sendo assim os critérios de inclusão
se deu através de literaturas que abrangeram o tema em estudo, e os de
exclusão as literaturas que não contemplaram o tema em questão.
Pesquisa literária é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2008).
Para tanto buscou-se informações oriundas de literatura atualizada nas
áreas de oncologia e meio ambiente, pertinentes em meios científicos: artigos
de revistas, dissertações, artigos em meio eletrônico e livros acadêmicos.A
coleta de dados se deu através do Inca, Sociedade Brasileira de Dermatologia,
Revista de Saúde Pública, Anais Brasileiros de Dermatologia, Revista Brasileira
de Cancerologia. A pesquisa literária abrangeu o período de Fevereiro á
Novembro obedecendo aos seguintes critérios:
1º. Busca literária seguida de definição do tema;
2º. Definição dos objetivos;
3º. Elaboração de um plano de trabalho;
4º. Identificação, localização e obtenção das fontes bibliográficas;
5º. Leitura do material e consoante triagem do conteúdo a ser abordado;
6º. Redação do trabalho.
Acredita-se que a Revisão Literária é de suma importância e grande
contribuição para o meio científico, e, ao contrário do que se imagina, não se
trata de simples reproduções de outras ideias. Verdadeiramente, revela novas
apreciações sobre determinado assunto, já que a leitura aprimora os
conhecimentos pré-existentes e induz o redator a acrescentar conclusões
próprias.
25
5. RESULTADO E DISCUSSÃO
que faz a pele parecer mais escura. Câmaras de bronzeamento emitem dois
tipos de raios ultravioletas, chamados UVA e UVB. A exposição a esses raios
pode danificar o DNA das células da pele, o que aumenta o risco de
desenvolver câncer ( MARON, 2014).
O estudo também concluiu que o risco de Melanoma cutâneo aumenta
em 75% quando câmaras de bronzeamento artificial são utilizadas antes da
idade de 30 anos. Há evidências que demonstram o aumento do risco de
Melanoma ocular associado ao uso desses dispositivos (NEWS MED, 2009).
Com relação a exposição solar Martins (2008) relata que o sol não
apenas induz ao câncer de pele, como também parece incrementar uma
proteção contra esse câncer.
Otto (2002) em seu estudo confirma que o surgimento do câncer está
relacionado a uma multicausalidade de fatores conhecidos como
carcinogênicos. Carneiro, Pinto e Paumgartten (1997) já afirmavam em seus
estudos que esses fatores podem ser divididos em intrínsecos (idade,
constituição genética herdada ou predisposição genética) e extrínsecos
(influências externas, decorrentes do meio ambiente físico - radiação solar,
ocupacional - exposição a agentes químicos, hábitos de vida e os hábitos
alimentares principalmente em relação de alimentos ricos em gorduras, nitritos,
alcatrão).
Ackerman, 2008 é enfático em contradizer alguns dos pontos mais
dogmáticos e geralmente aceitos pelos médicos e público em geral, ele relata
que não há ligação entre luz solar e Melanoma; não acredita que as
queimaduras solares necessariamente causem câncer de pele; e também não
acredita que o protetor solar possa proteger a pele contra o câncer de pele,
especialmente o Melanoma.
Contrariando esta linha de pensamento Grant, (2008) relata haver uma
relação entre o câncer de pele tipo não-melanoma (basocelular e espinocelular)
e a exposição indevida a radiação UVB, mas geralmente ela não é a única
causa desses tipos de câncer.
Por outro lado, não podem ser esquecidos os estudos que apontam para
o fato de que a contínua exposição ao sol possa estimular a formação de
marcadores imunológicos de proteção ao câncer de pele, além de promover a
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
ACKERMAN, A.B.; MARTINS, S.; GRANT, W. Uma ligação não tão direta,
quiça oposta: O sol e o câncer de pele. 2008. Disponível em:
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