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andre.lyma@bol.com.br
Resumo: Os métodos de contagem em épocas remotas dependiam das pedrinhas. Nesse tempo vivia um
povo que sentiu a necessidade de fazer cálculos, isso surgiu conforme evolução da humanidade. Na época
não havia os algarismos indo-arábicos, nem os instrumentos de cálculos. Os povos criaram técnicas de
cálculos que originou o ábaco, mais antigo contador numérico. Ele recebeu distintos nomes, no Japão,
Soroban. O país divulgou a máquina, que sofreu modificações e críticas dos que duvidavam da
funcionalidade do aparelho. Kato contribuiu na difusão do mesmo no Brasil, que foi adaptado aos
deficientes visuais, Moraes deixou o soroban acessível aos não videntes. O artigo surgiu das reflexões de
um curso em AEE na UNEB, em EaD e apresenta a história do soroban. Deixamos as vantagens obtidas
pelos não videntes na matemática para outro momento. Em fim, o artigo visa apresentar a história do
Soroban.
Uma tribo tinha que saber quantos eram seus membros e quantos eram seus
inimigos e tornava-se necessário a um homem saber se seu rebanho de
carneiros estava diminuindo. É provável que a maneira mais antiga de contar
se baseasse em algum método de registro simples, empregando o princípio da
correspondência biunívoca. Para uma contagem de carneiros, por exemplo,
podia-se dobrar um dedo para cada animal. (EVES, 2008, p.26).
Conforme Peixoto (2010), a mão humana foi uma das primeiras formas que o
homem pré-histórico utilizou para contar. Para Duarte (2001), a base decimal do sistema
de numeração originou-se a partir da frequente utilização dos dedos da mão, isso
acontecia através de uma correspondência envolvendo os dedos da mão e cada elemento
distinto a ser contado. Mas sabemos que a maioria das mãos humanas são formadas por
dez dedos, sendo assim, ficava impossibilitado fazer uma contagem em um conjunto
com mais de dez elementos. Nesse contexto, o homem foi obrigado a inventar
alternativas de contagem, sobre o que apresentamos acima:
Ainda hoje podemos comprovar o que foi dito acima, fazendo visitas a museus
em diversas partes do mundo, eles dispõem de coleções dessas tábuas. Hoje, sabemos
que o Soroban pode ser construído com vários materiais de baixo custo.
3. O Soroban no Japão
Os pesquisadores nos relatam que o soroban chegou ao Japão há mais de 380 anos,
precisamente em 1622, importado da China. O uso do soroban no Japão foi bastante
frequente, mas sabemos que esse instrumento já era conhecido há muito mais tempo por
diversos povos que não relataremos nesse trabalho.
Conforme Fernandes (2006), o Japão foi o país que mais contribuiu para a
evolução e divulgação do Soroban em outros países e, principalmente no Brasil. Ainda
nos apontamentos da mesma autora, o professor Fukutaro Kato, foi o principal
responsável pela divulgação do Soroban em nosso país, aquele espalhou as técnicas e
estratégias de funcionamento desse instrumento de cálculo.
O Soroban Chinês chegou no Japão através de Kambei Moori, sua constituição
inicial era de: sete contas elípticas separadas por longa barra horizontal, onde, duas
contas se localizava na parte superior e as restantes na parte inferior. Esse modelo
sofreu diversas modificações no decorrer do tempo, primeiro no formato das contas, que
passou de elípticas para ter arestas. Uma segunda transformação foi a eliminação de
uma das contas da parte superior. A última transformação foi no período entre 1935 e
1940, nessa eliminou-se uma conta que ficava na parte inferior de cada haste.
De acordo com Kato (1961), o modelo final do Soroban citado anteriormente,
prevalece até os nossos dias, ele difere apenas em tamanhos, modelos, estilos e
materiais utilizados na sua fabricação.
Na educação Japonesa, o Soroban às vezes era aceito como matéria obrigatória,
em outras situações se restringia a uma matéria optativa. Para alguns, esse instrumento
era duvidoso, por isso, eles preferiam fazer os cálculos através do papel e lápis. Um
exemplo negativo para o Soroban foi após o término da Segunda Guerra Mundial,
naquele contexto aproveita-se para enfatizar as vantagens das calculadoras eletrônicas.
Mas o Japão não desistia de mostrar para o mundo que o Soroban era bem mais
eficiente que as calculadoras eletrônicas daquela época, e nessas tentativas aquele país
passou a organizar campeonatos com o intuito de mostrar a relevância do Soroban para
o desenvolvimento mental. E a decisão final foi em 1946, onde o Soroban teve como
operador o senhor Kiyoshi Matsuzaki, e a máquina de calcular teve como operador o
norte-americano tenente William Wood. Em fim, foi graças a esse campeonato que os
americanos passaram a aceitar o Soroban, pois esse foi vitorioso.
O instrumento foi aprimorado para ser utilizado por alunos cegos; neste caso,
ele é adaptado, mas possui a mesma estrutura e funcionamento do Soroban
moderno usado por videntes. A diferença principal é que ele possui um
dispositivo para fixar as contas em determinada posição, pois a leitura dos
valores é feita pelo tato e as contas não podem deslizar livremente como no
Soroban convencional. (PEIXOTO, 2010, p.22).
Moraes recebeu apoio de dois japoneses que residiam no Brasil, um deles foi Iuta e
o outro Myiata. A meta era resolver o problema da mobilidade das contas, isso ocorreu
em 1949, quando o professor introduziu uma borracha compressora, impedindo que as
contas se movimentassem facilmente sem aplicação de uma pequena força.
A subtração pode ser apresentada de maneira que o aluno entenda seu significado,
isto é, retirar, comparar e completar. O professor pode levar para a sala de aula uma
sacola contendo balas, ele explica para a turma a quantidade de balas disponíveis,
pedindo que os alunos registrem no soroban esse valor, em seguida o educador
distribuirá metade das balas para as meninas pedindo que todos registrem a quantidade
retirada, posteriormente, com a mediação daquele e o devido conhecimento por parte
dos estudantes das práticas operacionais do soroban, o professor pedirá que seja
efetuado a operação no soroban para saber quantas balas restaram.
Na adição devemos conscientizar para o fato de que ela representa a ideia de juntar.
Para uma melhor compreensão, a expressão dezena deverá ser substituída por “um
grupo de dez”. Veja a seguinte situação:
Uma situação proveitosa é quando o aluno coloca mais uma conta na ordem
onde cada conta vale 10 e retira uma conta da ordem onde cada conta vale 1, isto é, das
unidades. Isso é mais significativo do que o aluno entender o “vai um”. O professor
ainda pode questionar o estudante sobre os seguintes tópicos:
9. Considerações Finais