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CURSO BÁSICO
SAP2000
1.0 INTRODUÇÃO 3
2.0 CRIANDO MODELOS 3
3.0 EDITANDO A VISUALIZAÇÃO DO MODELO 8
4.0 INSERINDO RESTRIÇÕES DE APOIO NAS BARRAS 9
5.0 INSERINDO PERFIS (SEÇÕES TRANSVERSAIS) 10
6.0 INSERINDO APOIOS 16
7.0 INSERINDO CARREGAMENTOS 17
8.0 VERIFICANDO A ESTRUTURA 20
9.0 DIMENSIONANDO A ESTRUTURA 26
10.0 GERANDO TABELAS – INTERFACE SAP-EXCEL 30
11.0 DIMENSIONAMENTO AUTOMÁTICO 31
12.0 SAINDO DO MODO DIMENSIONAMENTO 32
13.0 VERIFICAÇÃO DE ERRO DE INSTABILIDADE 33
1.0 INTRODUÇÃO
O software SAP 2000 ao longo dos últimos anos tem se mostrado como uma ferramenta
poderosa na análise de estruturas. Para todos os usuários é fundamental saber as
principais funcionalidades do software, ou seja, para que serve o SAP2000.
O SAP é um software de análise estrutural que utiliza o método dos elementos finitos para
análise computacional de estruturas, com qualquer geometria, material e sob quaisquer
condições de carregamento.
O mesmo além de fazer a verificação da estrutura também faz o dimensionamento, um
grande diferencial dentre os softwares de análise estrutural.
Esta apostila traz as orientações sobre as ferramentas básicas para manipulação do
programa, para um usuário de nível básico. Todos os exemplos e modelos empregados
serão direcionados para estruturas de aço.
O SAP trabalha com basicamente dois tipos de formas de inserção de modelo: desenhado
no próprio software ou importado de um arquivo cad. Vamos começar vendo como se dá
a criação do modelo através da área gráfica do SAP.
Figura 1
Figura 2
Este comando abrirá a seguinte janela:
Figura 3
A janela “New Model” apresenta várias opções de criação de modelos: pode-se desenhar
um modelo novo, ou usar os modelos pré-definidos já existentes.
Antes de iniciar um novo modelo, escolha as unidades de medidas padrão que serão
utilizadas em todo a análise (elas podem ser alteradas depois). Para isso escolha no menu
suspenso as unidades de sua preferência, figura 4:
Figura 4
Clique na opção “Grid Only”, para inserir um modelo através de coordenadas cartesianas,
e será aberta a janela da figura 5.
Figura 5
Neste menu o usuário tem a opção de trabalhar com coordenadas Cartesianas ou Polares.
A primeira opção “Number of Grid Lines” se refere ao número de linhas que seu grid, terá.
A segunda, “Grid Spacing”, refere-se à distância entre espaçamentos em cada direção
ortogonal. A terceira indica a posição, no espaço, do ponto de origem do Grid, ou seja: X 0,
Y0, Z0.
Após o preenchimento de todos os campos, o SAP mostrará o Grid criado, conforme figura
abaixo
O grid representa o contorno do modelo da estrutura, para inserir barras no mesmo basta
contornar o grid com elementos de barras, “Frames”.
Antes, é necessário conhecer algumas funcionalidades dos “Snaps”. Assim como nos
programas Cad, o SAP possui Snaps para ajudar o usuário na elaboração de desenhos
diretamente na tela. O usuário pode acessar os Snaps através do menu principal clicando
em “Draw/Snap to”, figura 6.
Figura 6
Figura 7
Agora que você já criou o atalho para os Snaps, aproveite e crie também os demais
atalhos que são oferecidos pelo programa.
Para inserir uma nova barra clique em: “Draw/Draw Frame/Cable/Tendon”. Ou clique
diretamente no ícone da barra de atalhos “Draw”:
Figura 8
Usando os Snaps, basta contornar o grid predefinido para inserir as barras desejadas.
No caso de modelos simples, como vimos no item anterior, é fácil a tarefa de determinar
as coordenadas do “Grid”, mas quando se têm um modelo grande, com vários eixos, vários
tipos de geometria, esta tarefa já não é tão simples.
Para usuários que tenham conhecimento em softwares “cad” se torna mais fácil, e rápido,
desenhar o modelo no referido programa e depois importa-lo para o SAP2000.
O SAP possui interface com vários softwares, no caso específico dos “cad”, ele trabalha
com a extensão “dxf”.
Para criar um modelo a partir de um desenho “cad”, após elaborar o mesmo, salve-o com
extensão “dxf”. Abra o SAP e clique em “File/ New Model/ Blank”. O SAP abrirá sua área
gráfica sem qualquer modelo inserido.
Para importar seu modelo “cad”, na barra de ferramentas principal, clique em “File/ Import/
AutoCad .dxf File”, figura 9.
Figura 9
Agora basta que você indique onde seu arquivo foi salvo e o SAP abrirá a janela da figura
10.
Figura 10
Clique em “OK” e você será levado ao menu onde será possível escolher os elementos
do modelo “cad” a serem importados, figura 11.
Figura 11
Com o modelo criado, é possível editar o que deve ou não ser exibido na tela, por exemplo:
nós, barras, elementos de apoio, número das barras, etc. No menu principal clique em
“View/ Set Display Options”; será aberta a janela da figura 12.
Figura 12
Figura 13
5.0 INSERINDO PERFIS (SEÇÕES TRANSVERSAIS)
Agora iremos inserir perfis no modelo, ou seja, determinar as seções transversais de cada
barra.
Para inserir um novo perfil primeiro selecione a barra e clique em “Assing/ Frame/ Frame
Sections/ Define Sections”, figura 14.
Figura 14
O SAP possui uma biblioteca padrão de perfis que é instalada de forma automática junto
com a instalação do programa no mesmo diretório onde o software fica armazenado.
Nesta biblioteca constam os mais importantes perfis usados mundialmente.
Ao clicar nesta opção será apresentada uma janela com opções predefinidas de perfis,
mas o usuário tem a opção de criar um perfil com uma seção transversal genérica.
Figura 15
Figura 16
Ao se escolher uma das normas de perfis será apresentada a janela para escolha do perfil
propriamente dito:
Figura 17
Neste ponto abriremos um parêntese para explicar como é feita a definição do material
empregado no perfil. Clique no sinal de “mais” do menu suspenso conforme indicado na
figura 17; a janela abaixo será aberta.
Figura 18
Clicando em “Add New Material” o usuário será levado ao menu seguinte, onde pode-se
escolher entre um material predefinido do SAP.
Figura 19
O usuário também tem a opção de criar um novo material, para isso, no menu suspenso
correspondente a “Region”, deve escolher a opção “user” e depois clicar em “Modify/Show
Material Properties”, estes comandos abrirão a janela da figura 20.
Figura 20
Obs.: existem várias maneiras de inserir um material no SAP. Considero que o modo mais
prático é inserir o mesmo quando da inserção da primeira barra; por isso a inserção de
material foi explicada neste tópico.
4.2 “Add New Property”
Na janela da função “Frame Properties” ao escolher a opção “Add New Property” o usuário
terá condições de escolher os parâmetros (altura, largura da aba, espessura do flange,
etc.) das seções transversais predefinidas, conforme mostra a figura 21.
Figura 21
O SAP também fornece a opção de o usuário criar, desenhar, uma seção transversal
genérica. Na janela “Add Frame Section Property” no menu suspenso “Frame Section
Property Type”, figura 15, clique em “other”:
Figura 22
No menu acima clique em “Section Designer”; na próxima janela que será aberta clique
na opção “Section Designer”, este procedimento irá abrir a área gráfica a figura 23.
Figura 23
6.0 INSERINDO APOIOS
Este é um dos itens mais importantes na elaboração de uma modelo estrutural. A solução
de uma estrutura passa pelo problema de resolver uma equação diferencial que, dentre
outras, possui como condições de contorno os tipos de restrições a que a estrutura está
submetida, no caso em questão, os apoios.
É necessário que o projetista tem previamente feito uma análise de estaticidade da
estrutura, a fim de definir quais tipos de apoio serão empregados.
Para adicionar apoios na estrutura primeiro selecione o nó onde o apoio deve ser inserido;
no menu principal clique em “Assign/ Joint/ Restraints”, será aberta a janela da figura 24.
Figura 24
Obs.: ainda que o usuário tem escolhido os apoios de forma errada e a estrutura fica
hipostática, o SAP apresenta o erro e os nós com liberdade excessiva. Este assunto será
visto quando falarmos de verificação do modelo.
7.0 INSERINDO CARREGAMENTOS
Primeiro é necessário criar os tipos de carregamentos que serão usados no modelo. Para
isso clique em “Define/ Load Patterns”.
Figura 25
No menu “Assign Joint Forces” o usuário tem a opção de inserir todos os tipos de esforços,
desde forças até momentos fletores e torsores. O usuário também pode optar por usar
como referência, para a direção dos carregamentos, tanto os eixos locais quanto os eixos
globais de cada nó, opção “Coordinate System”.
Figura 27
7.4 Inserindo cargas distribuídas
Figura 28
1ª – Com a opção “Relative Distance from End-I” marcada o usuário pode dividir os trechos
de carregamento de acordo com o tamanho percentual de cada trecho em relação ao
tamanho total da barra. Esta opção é geralmente usada quando não se sabe as distâncias
dos carregamentos em relação a um dos nós limites da barra.
O SAP trabalha com várias normas internacionais para verificação estrutural. Para
escolher uma norma, no menu principal, clique em “Design/ Steel Frame/ View/ Revise
Preferences” (para o caso de estruturas de aço), o menu da figura 29 será aberto.
Figura 29
No menu “Steel Frame Design Preferences” são mostrados vários valores na cor azul,
estes são os coeficientes e fatores usados pela norma em todos os seus itens de
verificação, por exemplo: coeficiente de flambagem, coeficientes para estados limites,
limites de flambagem, etc. Mesmo assim, o usuário tem a opção de alterar estes valores
para valores de sua preferência.
8.2 Criando combinações de carregamento
Figura 30
Figura 31
Para criar uma combinação de carregamento comece escolhendo um nome para a
mesma, “Load Combination Name”; no menu suspenso “Load Case Name” escolha a
carga; insira o coeficiente de ponderação no campo “Scale Factor”; depois clique em “Add”
e a carga será adicionada à combinação.
Após escolher todos os carregamentos que farão parte da combinação clique em “OK” e
a combinação será criada.
Figura 32
No menu acima, selecione a combinação que deseja inserir na verificação, depois clique
em “Add” e a combinação passará para a coluna “Design Load Combinations”. Também
é necessário desmarcar a opção de geração automática de combinações (“Automatically
Generate Code-Based Design Load Combinations”) uma vez que você optou pela criação
manual de combinações. Caso o usuário esqueça de desmarcar esta opção não
acontecerá nenhum erro e ainda assim sua combinação manual será criada, porém, além
de verificar as combinações criadas de forma manual, o SAP também verificará as
automáticas, gastando assim um tempo excedente desnecessário do ponto de vista do
desempenho computacional.
8.3 Verificando a estrutura
Figura 33
Abaixo algumas explicações sobre as opções presentes no menu “Set Load Cases to
Run”:
- Como o próprio nome diz, a principal função deste menu é permitir que o usuário escolha
as cargas que devem ser analisadas na verificação. Isto parece meio estranho, uma vez
que já foram definidos pelos usuários todos os carregamentos da estrutura. Na verdade,
este menu é só uma última opção que é oferecida ao usuário para, caso queira retirar uma
carga da verificação, ainda tenha condições de fazê-lo; tanto é verdade que, como
“default”, todas as cargas vêm com a opção “Run” marcada, na coluna “Action”.
- A opção “Analysis Monitor Options” serve para indicar se o SAP deve abrir, após a
verificação, o relatório das análises computacionais; é recomendado que a opção “Always
Show” fique marcada.
- O carregamento “Modal” refere-se à análise dinâmica de estruturas. No caso de modelos
simples, objeto deste curso, recomendamos que o mesmo não seja analisado, opção “Do
not Run”.
Depois das devidas explicações sobre o menu, agora clique em “Run Now” e o programa
verificará a estrutura.
Figura 34
Figura 35
Neste menu o usuário tem a opção de exibir todos os diagramas de esforços das barras,
para todos os carregamentos e combinações. Como exemplo, vamos escolher a opção
“Moment 3-3” e será exibido o diagrama de momento fletor em torno de um dos eixos
principais da seção.
Figura 36
9.0 DIMENSIONANDO A ESTRUTURA
Após realizado o dimensionamento o SAP exibe, como padrão, através de uma escala de
cores, o grau de utilização de cada barra componente da estrutura, isto é, a razão entre
os esforços atuantes na barra e os esforços resistentes, como exemplo o pórtico plano da
figura 37.
Figura 37
Figura 38
Esta tela mostra o resumo do dimensionamento da barra. Para ver a memória de cálculo
completa clique em “Details”.
Figura 39
Na memória acima são apresentados todos os itens que foram verificados de acordo com
a norma previamente escolhida.
9.2 Visualizando os esforços
Para visualizar os esforços em cada barra, clique na opção “Display/ Show Forces/Stress/
Frame/Cable/Tendons”. Selecione o diagrama de esforço que deseja exibir; depois clique
com o botão direito do mouse sobre a barra para ver de forma detalhada os diagramas de
esforços e outras opções de resultados.
Figura 40
9.3 Visualizando a forma deformada da estrutura
Figura 41
Principais opções:
- “Scaling” = determina o tamanho da representação da deformação que será apresentada
na tela;
- “Options”:
- “Wire Shadow”= mostra juntas as opções deformadas e indeformadas;
Após clicar em “OK” no menu da figura 41, o SAP mostrará a estrutura deformada, aqui o
usuário tem a opção de fazer uma animação com o modelo, clicando na opção “Start
Animation”, conforme mostra a figura 42.
Figura 42
O SAP possui uma interface com o Microsoft Excel, esta interface possibilita ao usuário
gerar planilhas com os dados de saída das verificações de cálculo. Para gerar as tabelas
de resultados de saída clique em “Display/ Show Tables”.
Figura 43
No menu “Choose Tables for Display” o usuário possui várias opções de saída de
resultados, por exemplo: reações de apoio, lista de material, esforços nas barras, memória
de cálculo de dimensionamento, etc. Selecione uma das opções e clique em “ok”, será
gerada a tabela correspondente.
Como exemplo, na figura 43 está selecionada a opção “Table: Steel Design 1 – Summary
Data – AISC360-05-IBC2006”, esta escolha corresponde a tabela da figura 44.
Figura 44
Para exportar a tabela para o Excel, clique em “File/ Export Current Table/ To Excel”.
Como programa de cálculo estrutural esta é uma das principais funções do SAP. O
projetista pode deixar a cargo do programa, como base na norma escolhida pelo o usuário,
escolher os perfis de forma automática a partir de uma lista de perfis previamente definidas
pelo usuário.
O SAP escolhe com base em vários critérios, dentre eles:
- Atendimento à norma escolhida;
- Economicidade;
- Redução de peso global.
Para usar esta opção primeiro o usuário deve criar uma lista de perfis que deseja que
sejam empregados na estrutura. Use os procedimentos descritos no item 4.1 para inserir
todos os perfis que estarão na lista; depois clique em “Assign/ Frame/ Frame Sections/
Define Sections/ Add new Property”. Na janela que será aberta clique em “Auto Select
List”, será aberta a janela da figura 45.
Figura 45
Selecione o perfil na coluna “List of Sections” e clique em “Add”, o perfil será inserido na
lista, coluna “Auto Selections”; depois clique em “OK”.
Agora selecione todas as barras do seu modelo e atribua a elas a lista criada (opção
detalhada no item 4.1).
Com o conteúdo até aqui apresentado, o usuário tem condições de modelar e dimensionar
uma estrutura simples. Durante a elaboração da análise podem acontecer alguns erros,
devido a dados de entrada inseridos incorretamente ou até mesmo devido à falta de dados
de entrada.
Um dos erros mais comuns e aquele que impossibilitará o SAP de fazer uma adequada
verificação da estrutura diz respeito à instabilidade.
Como dissemos no início deste curso, o cálculo de uma estrutura por um programa como
o SAP passa pela solução de uma equação diferencial, que possui algumas condições de
contorno. Estas são exatamente, no caso em questão, as condições de apoio de cada
barra.
No caso de o projetista modelar uma estrutura hipostática, o SAP, na etapa de verificação,
mostrará o nó, ou os nós, que possuem excesso de graus de liberdade, como na figura
46.
Figura 46
Para corrigir este problema o usuário precisa sair do modo de verificação, para isso, no
menu principal, clique em “Analyze/ Model Alive”.
Isto fará com que o SAP volte ao modo de edição do modelo. Agora selecione os nós com
erros e coloque as restrições adequadas para eliminar o problema.