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18/12/2017 Qual é a vontade de Deus e como a conhecemos?

– John Piper

Qual é a vontade de Deus e como a conhecemos? – John Piper

Qual é a vontade de Deus e como a conhecemos?

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:1-2

O propósito de Romanos 12:1-2 é que tudo na vida deveria se tornar uma “adoração espiritual”. O versículo 1: “Apresenteis
o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. O propósito de toda a vida
humana aos olhos de Deus é que Cristo seja tão precioso quanto ele é. A adoração significa usar nossas mentes, corações e
corpos para expressar o valor de Deus e tudo o que ele representa para nós em Jesus. Há uma forma de viver – uma forma
de amar – que realiza isso. Existe uma forma de executar seu trabalho que expressa o verdadeiro valor de Deus. Se você
não pode encontrá-la, talvez, signifique que você precisa mudar de emprego. Ou pode ser que o versículo 2 não esteja se
cumprindo na extensão que deveria.

O versículo 2 é a resposta de Paulo sobre como tornamos tudo em nossa vida uma adoração. Precisamos ser
transformados. Não apenas nosso comportamento externo, mas a forma que sentimos e pensamos – nossas mentes. O
versículo 2: “Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.

Tornar-se o que você é

Aqueles que creem em Cristo Jesus já são novas criaturas compradas com sangue. “E, assim, se alguém está em Cristo, é
nova criatura” (2 Coríntios 5:17). Porém, agora, precisamos nos tornar o que nós somos. “Lançai fora o velho fermento,
para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento” (1 Coríntios 5:7).

“E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”
(Colossenses 3:10). Você foi criado novo em Cristo; e agora você é renovado dia a dia. É nisso que focamos na última
semana.

Agora, focamos na última parte do versículo 2, o propósito da mente renovada: “E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, [agora, surge o propósito] para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”. Desse modo, este artigo terá como foco o sentido da expressão “vontade de Deus”
e como podemos conhecê-la.

As duas vontades de Deus

Há dois sentidos claros e muito diferentes para a expressão “vontade de Deus” na Bíblia. Precisamos conhecê-los e definir
qual deles é usado em Romanos 12:2. De fato, saber a diferença entre esses dois sentidos da “vontade de Deus” é crucial
para entendermos um dos maiores e mais perplexos fatos em toda a Bíblia, que Deus é soberano sobre todas as coisas.
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Significa que Deus desaprova algumas coisas que ele ordena que aconteçam. Isto é, ele proíbe algumas das coisas em que
ele é a causa. E ele ordena algumas das coisas em que causa obstáculo. Ou, para expressar isso de um modo paradoxal:
Deus deseja que alguns eventos ocorram em um sentido que ele não deseja em outro sentido.

1. A vontade de decreto ou vontade soberana de Deus

Vamos examinar as passagens da Escritura que nos fazem pensar dessa forma. Primeiro, considere as que descrevem “a
vontade de Deus” como seu controle soberano sobre tudo o que acontece. Uma das mais explícitas é o modo como Jesus
falou da vontade de Deus no Getsê mani quando orou . Ele disse em Mateus 26,39: “Meu Pai, se possível, afasta de mim
este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”. A quê a vontade de Deus se refere nesse versículo?
Ela se refere ao plano soberano de Deus que ocorrerá nas próximas horas. Você relembra como Atos 4:27- 28 declara isto;
“Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio
Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram”. Portanto, a
“vontade de Deus” era que Jesus morresse. Esse foi o seu plano, seu decreto. Não havia como mudá-lo e Jesus se curvou e
disse: “Aqui está o meu pedido, mas faça o que for melhor”. Essa é a vontade soberana de Deus.

E não deixe de entender um conceito bastante crucial aqui que inclui os pecados do homem. Herodes, Pilatos, os soldados,
os líderes judeus – todos eles pecaram ao cumprirem a vontade de Deus, que seu Filho fosse crucificado (Isaías 53:10).
Desse modo, entenda esse aspecto com muita clareza: Deus deseja que aconteçam algumas coisas que ele odeia.

Aqui há um exemplo de Pedro. Em 1 Pedro 3:17, ele escreve: “Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por
praticardes o que é bom do que praticando o mal”. Em outras palavras, talvez seja a vontade de Deus que cristãos sofram
por fazer o bem. Ele tem em mente a perseguição. Mas a perseguição de cristãos que não merecem isso é pecado. Por
conseguinte, Deus, às vezes, deseja que eventos aconteçam e que incluam o pecado. “É melhor sofrer por fazer o bem, se
isso tiver que ser a vontade de Deus”.

Paulo apresenta uma declaração sintética e abrangente dessa verdade em Efésios 1:11: “Nele, digo, no qual fomos também
feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade”. A
vontade de Deus é o governo soberano dele em tudo o que acontece. E há muitas outras passagens na Bíblia ensina ndo
que a providência de Deus sobre o universo se estende aos detalhes mais simples da natureza e decisões humanas.
Nenhum pardal cairá por terra sem o consentimento de vosso Pai (Mateus 10:29). “A sorte se lança no regaço, mas do
Senhor procede toda decisão” (Provérbios 16:33). “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios
vem do Senhor” (Provérbios 16:1). “Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o
seu querer, inclina-o” (Provérbios 21:1).

Este é o primeiro sentido da vontade de Deus: o controle soberano de Deus sobre todas as coisas. Chamaremos isso de
“vontade soberana” ou “vontade de decreto” de Deus. Ela não pode ser quebrada. Ela sempre acontece. “Todos os
moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo sua vontade, ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: ‘O que fazes?'” (Daniel 4:35).

2. A vontade de preceito de Deus

Agora, o outro sentido da “vontade de Deus” na Bíblia é que podemos nos referir à “vontade de preceito”. Sua vontade é o
que ele nos manda fazer. Essa é a vontade de Deus que podemos desobedecer e podemos falhar em cumprir. A vontade de
decreto de Deus, nós a cumpriremos ainda que creiamos nela ou não. Já a vontade de preceito, podemos falhar em cumpri-
la. Por exemplo, Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Nem todos cumprem a vontade de seu Pai. Ele declara assim. “Nem
todos entrarão no reino dos céus”. Por quê? Porque nem todos fazem a vontade de Deus.

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Paulo afirma em 1 Tessalonicenses 4:3: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da
prostituição”. Aqui, temos um exemplo muito específico sobre o que Deus preceitua para nós: santidade, santificação,
pureza sexual. Essa é sua vontade de preceito. Mas, ó, muitos não a obedecem.

Então, Paulo declara em 1 Tessalonicenses 5:18: “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus
para convosco”. Novamente, há um aspecto específico de sua vontade de preceito: em tudo, dai graças. No entanto, muitos
não cumprem essa vontade de Deus.

Mais um exemplo: “Ora, o mundo passa, bem como a sua ganância; aquele, porém, que faz a vontade de Deus, permanece
eternamente” (1 João 2:17). Nem todos permanecem para sempre. Alguns permanecem, outros não. A diferença? Alguns
fazem a vontade de Deus, outros não. A vontade de Deus, nesse sentido, nem sempre acontece.

Assim, concluo dessas passagens e de muitas outras da Bíblia, que há duas formas de falar a respeito da vontade de Deus.
Ambas são verdadeiras e importantes para se compreender e crer. Uma, podemos chamar vontade de decreto de Deus (ou
sua vontade soberana) e a outra, podemos chamar vontade de preceito de Deus. Sua vontade de decreto sempre acontece
independente se cremos nela ou não. Sua vontade de preceito pode ser quebrada.

A preciosidade dessas verdades

Antes de relacionarmos as duas formas da vontade de Deus à passagem de Romanos 12:2, permita-me comentar como são
preciosas essas duas verdades. Ambas correspondem a uma profunda necessidade que todos temos quando somos
profundamente machucados ou vivenciamos grande perda. Por um lado, precisamos ter a segurança de que Deus está no
controle e, portanto, é capaz de fazer com que todo sofrimento e perda cooperem para o meu bem e o bem de todos os
que o amam. Por outro lado, necessitamos saber que Deus é solidário conosco e não tem prazer no pecado ou sofrimento
em si mesmo ou do que advém deles mesmos. Essas duas necessidades correspondem à vontade de decreto de Deus e à
sua vontade de preceito.

Por exemplo, se você foi severamente violentado quando criança e alguém lhe pergunta: “Você considera que isso
foi a vontade de Deus?” Você, agora, tem uma maneira de formular um sentido bíblico para es sa experiência e apresentar
uma resposta que não contradiz a Bíblia. Você pode dizer: “Não, isso não foi a vontade de Deus, porquanto ele preceitua
que os seres humanos não sejam violentos, mas que amem uns aos outros. A violência quebrou seu mandamento e, por
conseguinte, moveu seu coração com ira e tristeza (Marcos 3:5). Mas, em outro sentido, sim, foi a vontade de Deus (sua
vontade soberana), porque há centenas de modos como ele poderia ter impedido esse acontecimento. Todavia, por razões
que não entendemos plenamente ainda, ele não o fez”.

E correspondendo a essas duas vontades, há duas coisas de que o cristão precisa nessa situação: uma é um Deus que é
forte, soberano o bastante para transformar isso para o bem; e a outra é um Deus que é capaz de ser solidário com você.
Por um lado, Cristo é um soberano grande Rei e nada acontece além de sua vontade (Mateus 28:18). Por outro lado, Cristo
é um Sumo Sacerdote e se solidariza com sua fraqueza e sofrimento (Hebreus 4:15). O Espírito Santo nos conquista e vence
nossos pecados quando ele deseja (João 1:13; Romanos 9:15 -16), e permite a si mesmo ficar entristecido, ser apagado e
sentir ira quando ele o quiser (Efésios 4:30; 1 Tessalonicenses 5:19). Sua vontade soberana é invencível e sua vontade de
preceito pode ser deploravelmente quebrada.

Precisamos de ambas verdades – dessas duas compreensões da vontade de Deus – não apenas para conferir sentido à
Bíblia, mas para nos apegarmos firmemente a Deus quando estivermos sofrendo.

Qual das duas vontades é referida em Romanos 12:2?

Agora, qual dessas verdades é referida em Romanos 12:2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
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renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”? A resposta é
que Paulo se refere à vontade de preceito de Deus. Digo isso por, pelo menos, duas razões. Uma é que Deus não tem a
intenção de que saibamos sua vontade soberana antecipadamente. “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso

adultos, para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas
também o mal”. (Veja outra paráfrase em
Filipenses 1:9-11). Esse é o propósito do versículo: não se referir à secreta vontade de Deus que ele planeja realizar, mas ao
discernimento da vontade revelada de Deus que deveríamos cumprir.

Três estágios do conhecimento e do cumprimento da vontade revelada de Deus

Há três estágios do conhecimento e cumprimento da vontade revelada de Deus, isto é, sua vontade de preceito; e toda ela
requer a renovação da mente com o Espírito Santo concedendo o discernimento de que falamos anteriormente.

Primeiro estágio

Primeiro, a vontade de preceito de Deus é revelada com autoridade definitiva e decisiva somente na Bíblia. E precisamos da
mente renovada para compreender e aceitar o que Deus preceitua na Escritura. Sem a mente renovada, distorceremos as
Escrituras para evitar obedecer a seus mandamentos radicais de abnegação, amor, pureza e suprema satisfação em Cristo
somente. A vontade de preceito autoritária de Deus é encontrada apenas na Bíblia. Paulo afirma que as Escrituras são
inspiradas e tornam o cristão “perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:17). Não apenas para
algumas boas obras. “Toda boa obra”. Ó, quanta energia, tempo e devoção os cristãos deveriam dedicar meditando na
Palavra de Deus escrita.

Segundo estágio

O segundo estágio da vontade de preceito de Deus é nossa aplicação da verdade bíblica às novas situações que talvez sejam
tratadas explicitamente na Bíblia. A Bíblia não fala com qual pessoa se casar, ou qual carro dirigir, ou se deve possuir uma
casa, ou onde deve desfrutar suas férias, qual plano de telefone celular você deve comprar, qual a melhor marca de suco de
laranja que deve consumir. Ou mil outras escolhas que você deve fazer.

É necessário que tenhamos uma mente renovada; que seja tão moldada e tão dirigida pela vontade revelada de Deus na
Bíblia que percebamos e avaliemos todos os fatores relevantes com a mente de Cristo, e discirnamos o que Deus nos
chama a realizar. É muito diferente de tentar constantemente ouvir a voz de Deus dizendo faça isso ou faça aquilo. As
pessoas que tentam conduzir suas vidas ouvindo vozes não estão em harmonia com Romanos 12:2.

Há uma diferença imensa entre orar e trabalhar para uma mente renovada que discerne como aplicar a Palavra de Deus,
por um lado, e o hábito de pedir a Deus para lhe dar uma nova revelação sobre o que fazer, por outro lado. Adivinhação
não requer transformação. O propósito de Deus é uma nova mente, uma nova forma de pensar e julgar, não apenas nova
informação. Seu propósito é que sejamos transformados, santificados, libertos pela verdade de sua Palavra revelada (João
8:32; 17:17). Assim, o segundo estágio da vontade de preceito de Deus é o discernimento da aplicação das Escrituras às
novas situações da vida por meio de uma mente renovada.

Terceiro estágio

Finalmente, o terceiro estágio da vontade de preceito de Deus se refere à vasta maioria de nós, que não reflete antes de
agir. Arrisco-me a dizer que em 95% do seu comportamento você não premedita. Isto é, a maioria de seus pensamentos,
atitudes e ações são espontâneas. São apenas extravasamento do que está no interior. Jesus disse: “Porque a boca fala do
que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau, do mau tesouro tira coisas
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más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo” (Mateus 12:34-36).

Por que chamo isso de parte da vontade de preceito de Deus? Por uma razão. Porque Deus preceitua coisas como: não se
ire. Não seja orgulhoso. Não cobice. Não fique ansioso. Não seja ciumento. Não seja invejoso. E nenhuma des sas ações são
premeditadas. Ira, orgulho, cobiça, ansiedade, ciúme, inveja – elas todas

surgem no coração sem a reflexão ou intenção. E somos culpados por causa delas. Elas quebram o mandamento de Deus.

Portanto, não está claro que há uma grande tarefa na vida cristã? Ser transformado pela renovação de sua mente.
Precisamos de novos corações e novas mentes. Faça com que a árvore seja boa e o fruto será bom (Mateus 12:33). Esse é o
grande desafio. É o que Deus o desafia a fazer. Você não pode fazer isso com suas próprias forças. Você precisa de Cristo,
que morreu por seus pecados. E você precisa do Espírito Santo para conduzi-lo à verdade que exalta a Cristo .

Entregue-se a isso. Mergulhe na Palavra de Deus; sature sua mente com ela. E ore para que o Espírito de Cristo faça você
tão novo que o extravasamento seja bom, agradável e perfeito – a vontade de Deus.

John Piper

John Piper exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis. Estudou teologia no Fuller
Theological Seminary e obteve seu doutorado pela Universidade de Munique. É o fundador e presidente do ministério
Desiring God. Autor de mais de 30 livros, vários deles publicados em português pela Editora Fiel. É casado com Noël Piper
com quem tem 4 filhos.

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