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Poder Judiciário do Estado de Sergipe

Rosário do Catete

Nº Processo 201774200692 - Número Único: 0000634-73.2017.8.25.0019


Autor: DEMOCRATAS DIRETORIO MUNICIPAL DO ROSARIO DO CATETE
Réu: CAMARA MUNICIPAL DE ROSARIO DO CATETE E OUTROS

Movimento: Decisão >> Não-Concessão >> Antecipação de tutela

Trata-se de Ação Declaratória proposta por Democratas DiretórioMunicipal do Rosário do


Catete em face do Município de Rosário do Catete/SE, requerendo em sede de tutela provisória a
anulação da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rosário do Catete/SE para o biênio
2017/2018.

Relatao autor que, no dia 01 de janeiro de 2017, a Câmara Municipal de Rosário do


Catete/SE, composta por 09 (nove) vereadores, elegeu a sua atual Mesa Diretora, composta por 04
(quatro) membros pertencentes ao mesmo partido político, o Partido Social Cristão – PSC.

Informa que na ata da eleição da atual Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rosário do
Catete/SE depreende-se que a referida Mesa foi composta em total desobediência ao princípio da
proporcionalidade partidária, o qual deve ser observado na composição das Mesas das Câmaras
Municipais.

Requer, assim, a anulação da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rosário do


Catete/SE para o biênio 2017/2018 e determinar uma nova eleição e ordenar a nomeação de uma Mesa
Provisória presidida pelo vereador mais votado da Casa, por analogia do art. 10, § 3º, do Regimento
Interno da Câmara Municipal de Rosário do Catete/SE.

Instado a se manifestarem, os requeridos rebateram os argumentos lançados na Inicial.

Decido.

No tocante aos seus requisitos essenciais, cuidou o legislador de destacar dois, quais sejam, a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Neste compasso,
necessária é a leitura do art. 300 do NCPC:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Depreende-se da norma acima que a probabilidade do direito é a plausibilidade da existência


desse mesmo direito, ou seja, é a conhecida "fumaça do bom direito".

Como adverte Fredie Didier Jr.1, “o magistrado precisa avaliar se há elementos que
evidenciem a probabilidade de ter acontecido o que foi narrado e quais as chances de êxito do
demandante”. Já o perigo de dano é “o perigo que a demora no oferecimento da prestação jurisdicional
representa para a efetividade da jurisdição e a eficaz realização do direito”2 . Em outras palavras, é
aquele risco concreto, atual, grave, irreparável ou de difícil reparação, que comumente se rotula de
"perigo da demora".

Feitas essas considerações, no caso em espeque, diante de uma análise superficial sobre
presentes autos, tem-se que não se mostram presentes os requisitos necessários para a concessão da
medida em favor do requerente.

Em que pese vislumbrar a presença do requisito da verossimilhança das alegações fundadas


em prova inequívoca diante da documentação juntada, não identifiquei o periculum in mora.

É de se observar que a eleição da Mesa Direto da Câmara Municipal ocorreu em 01 de janeiro


de 2017, ou seja, há quase um ano da data que a presente ação foi proposta. Assim, é incabível pensar na
urgência em anular uma eleição por possíveldano a bem juridicamente protegido se tal perigo não ocorreu
até o momento. Ademais, não há nos autos demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um
dano jurídico ao direito da parte caso a tutela jurisdicional não for concedida.

Isso posto, diante do não preenchimento dos requisitos previstos no art. 300do CPC,
INDEFIRO a antecipação de tutela requerida.

Intimem-se as partes da presente decisão.

Dando prosseguimento ao feito, citem-se os requeridos para respondeem a ação no prazo legal nos termos do
art. 335, inciso III, c/c art. 183 do CPC.

Se com o oferecimento da defesa houver arguição das matérias previstas no art. 337 do CPC
ou outro fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, intime-se parte autora, por seu
advogado, para manifestar-se no prazo de 15 (quinze) dias nos termos dos arts. 350 e 351 do CPC. Após,
volvam conclusos.
Documento assinado eletronicamente por CLAUDIA DO ESPIRITO SANTO, Juiz(a)
de Rosário do Catete, em 19/12/2017, às 17:14, conforme art. 1º, III, "b", da Lei
11.419/2006.

A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico


www.tjse.jus.br/portal/servicos/judiciais/autenticacao-de-documentos, mediante
preenchimento do número de consulta pública 2017002216586-43.

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