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CURSO COMPACTO

DIRETRIZES GERAIS DE REMEDIAÇÃO DE LIXÕES E OPERAÇÃO DE


ATERROS SANITARIOS

DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU: DO LIXÃO AO ATERRO


RUMO À SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Situação e Arcabouço Conceitual da


Disposição de RSU

Carlos R V Silva Filho


ABRELPE

Rio de Janeiro - março/2010


Introdução – A ABRELPE

• ABRELPE: Associação Nacional, sem fins lucrativos, fundada em 1976 e a


partir de 1996 é Membro Nacional da ISWA – International Solid Waste
Association, representando-a no Brasil.

• Desde 2003 a ABRELPE edita e publica o Panorama dos Resíduos Sólidos


no Brasil.

• O documento tem por objetivo disponibilizar uma visão global e atualizada


sobre o setor de resíduos sólidos no país por meio da divulgação de
informação consolidada, completa e confiável, de forma a facilitar seu
entendimento e, por consequência, a definição e implementação das
soluções necessárias.
Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos:
Conceitos
Conceito de Saneamento

 Lei Federal 11.445/2007- Política Nacional de Saneamento


Básico:

 Conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações


operacionais de
 Abastecimento de água potável;
 Esgotamento sanitário;
 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
 Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

 Coleta, transbordo e transporte dos resíduos domésticos e


da varrição;
 Triagem para fins de reuso ou reciclagem;
 Tratamento, inclusive por compostagem;
 Disposição final dos resíduos domésticos e da varrição;
 Varrição;
 Capina;
 Poda de árvores em vias e logradouros públicos;
 Outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública
urbana.
Titularidade dos Serviços de
Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

 Serviços de Limpeza Urbana = Serviço Público


 Saúde pública, Qualidade de vida, Meio ambiente

 Titularidade dos Municípios:


 Artigo 30, inc. I, CF/88: legislar assuntos de interesse local

 Artigo 30, inc. V, CF/88: organizar e prestar serviços de

interesse local
 Serviços de Limpeza Urbana = Serviços de Interesse Local
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Urbanos
Gestão Integrada de RSU

 É o processo que compreende as ações


relativas à tomada de decisões políticas e
estratégicas, quanto aos aspectos
institucionais, administrativos,
operacionais, financeiros, sociais e
ambientais relacionados aos resíduos
sólidos.
Gestão Integrada de RSU
Elementos Fundamentais

1) Integração de todos os atores afetos aos resíduos sólidos;


2) Integração de todos os elementos da cadeia no fluxo dos
resíduos sólidos;
3) Integração dos aspectos técnicos, ambientais, sociais,
institucionais e políticos para assegurar a sustentabilidade;
e
4) Relação da problemática dos resíduos sólidos com outros
componentes urbanos, tais como drenagem de águas
pluviais, esgotamento sanitário, recursos hídricos,
abastecimento de água, saúde pública etc.
Gestão Integrada de RSU
Diretrizes para aplicação

• A consideração de distintas, porém complementares


atividades, da coleta ao tratamento, considerando as
diferentes escalas da cidade;
• A consideração uma escala de diferentes opções de coleta
e tratamento;
• O envolvimento de todos os atores da área, sejam
governamentais ou não, formais ou informais, lucrativos ou
não, etc.;
• A consideração das interações existentes entre os resíduos
sólidos, drenagem, esgotamento sanitário, etc.
Gestão Integrada de RSU
Gestão, Gerenciamento e Manejo
• Gestão: Administração no sentido lato. Predomina a conotação política,
isto é, a política institucional. O termo gestão está vinculado ao gestor
superior (prefeito) ou se refere ainda a um determinado período
(legislatura).

• Gerenciamento: Trata-se de um conjunto estruturado e interativo de


processos e funções, entre elas: operação, desenvolvimento
organizacional, relações de trabalho, etc. Acrescenta-se aqui a
conotação técnica, á diferença da gestão.

• Manejo: É o conjunto de práticas e procedimentos para operacionalizar


as etapas de segregação, coleta, manipulação, acondicionamento,
transporte, armazenamento, transbordo, triagem e tratamento,
comercialização e disposição final adequada
Gestão Integrada de RSU
Planejamento

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PGIRS

Permite definir ações a curto, médio e longo prazo, a partir do


conhecimento e avaliação das condições econômicas, sociais, da
capacidade administrativa, técnica, financeira, da capacidade e do
estado da infra-estrutura existente, dos aspectos ambientais
predominantes e da análise das alternativas aplicáveis para a
identificação e adoção das estratégias financeiras, institucionais,
administrativas e as opções tecnológicas mais adequadas, a partir
das quais, as administrações municipais poderão tomar decisões
acertadas para o benefício da comunidade.
Gestão Integrada de RSU
Gestão x Gerenciamento
• O Plano de Gestão de Resíduos Sólidos é o instrumento que define
a política do setor, num determinado contexto (estadual, regional,
municipal).
• O Plano de Gerenciamento é o instrumento que define como será
implementada a política do setor.

Ordenação dos Instrumentos para a organização do setor


Plano Grau de detalhamento Atualização

Plano de Gestão Pouco detalhado, define a política do setor De 5 a 10 anos

Plano de Gerenciamento Define a implementação da política e sua organização De 1 a 2 anos

Plano de Manejo Muito detalhado. Define a operacionalização do setor De 3 a 6 meses


Gestão Integrada de RSU
Fases do PGIRS

De modo geral o PGIRS se compõe de três fases distintas:

• Fase 1 – Preparação: descrição do problema inicial e da forma de


elaboração do plano;
• Fase 2 – Diagnóstico: apresentação de dados substanciais
referentes ao contexto local e à gestão dos resíduos;
Prognóstico: exposição da situação futura da geração e
gestão dos resíduos;
• Fase 3 – Identificação das medidas.
Desafios Atuais da Gestão de Resíduos
Sólidos Urbanos
Desafios Atuais da Gestão de RSU

 Aumento do volume de resíduos


• Maior população;

• Maior consumo;

• Maior quantidade de materiais


descartáveis;
• Menor durabilidade.
Desafios Atuais da Gestão de RSU

 Manejo dos diferentes


tipos/classes de resíduos gerados –
Composição do lixo está cada vez
mais complicada
• Novos materiais;
• Novas combinações químicas;
• Ausência de cultura de separação.
Desafios Atuais da Gestão de RSU

 Resíduos jogados/deixados nas vias públicas:


• Elevado índice de descarte de resíduos em locais inadequados;
• Espaço limitado para instalação de lixeiras;
• Dificuldades para colocação de contêineres.
Desafios Atuais da Gestão de RSU

 Restrições de trânsito e circulação


de caminhões
• Dificuldades de acesso;
• Dificuldades de tráfego de
caminhões;
• Emissões de poluentes e
aquecimento global.
Desafios Atuais da Gestão de RSU

 Destinação Final
• Necessidade de adequação;
• Distância dos centros de geração;

• Unidades em fim de vida útil.


Resíduos Sólidos Urbanos:
Situação
Resíduos Sólidos Urbanos - Geração

 Quantidade de RSU gerados no Brasil (t/dia)

Geração de RSU
per capita (kg/hab/dia)

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Resíduos Sólidos Urbanos - Coleta

 Quantidade de RSU coletados no Brasil em 2008 (t/dia)

Coleta de RSU per capita

(Kg/hab/dia)

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Resíduos Sólidos Urbanos - Coleta

 Distribuição dos RSU Coletados por Macrorregião

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Resíduos Sólidos Urbanos - Destinação

 Destinação Final dos RSU Coletados no Brasil – 2008 (t/dia)

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Resíduos Sólidos Urbanos – Síntese Brasil

 Síntese Brasil – 2008 (t/ano): Geração, Coleta e Destinação de RSU

Geração Destinação
52,9 milhões
toneladas/ano

12%
Coleta
46,5 milhões
toneladas/ano

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Resíduos Sólidos Urbanos – Falta de Recursos Públicos

• Uma análise das despesas médias municipais aplicadas


aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos
revela que o gasto mensal dos municípios é
significativamente baixo, principalmente quando comparado
com outros serviços públicos.
• Os municípios aplicam, por ano, aproximadamente 4,5% de
seus orçamentos nos serviços de limpeza urbana;
• Esse percentual equivale a aproximadamente R$0,30 por
habitante por dia para executar todos os serviços de
limpeza urbana (coleta, destinação, varrição, capina,
limpeza de parques, jardins e córregos, etc.)
Destinação de Resíduos Sólidos Urbanos:
Arcabouço Conceitual
Resíduos Sólidos Urbanos – Destinação Região SE

 Destinação Final dos RSU Coletados na região Sudeste – 2008 (t/dia)

Fonte: Panorama ABRELPE 2008


Lixão ou Vazadouro

Forma inadequada de disposição de


resíduos, que se caracteriza pela
simples descarga do lixo sobre o
solo, sem medidas de proteção ao
meio ambiente ou à saúde pública,
expondo a massa de resíduos aos
fenômenos da natureza, com
comprometimento do meio ambiente
e da saúde pública. Sem controle de
efluentes líquidos ou gasosos.
Lixão ou Vazadouro

- nenhum controle quanto aos tipos


de resíduos depositados e quanto
ao local de disposição dos mesmos.
- presença de animais e vetores
- presença de catadores
- riscos de incêndios
- riscos de desabamentos
- poluição ambiental extrema
Aterro Controlado

Local onde os resíduos são


descartados sobre o solo
(sem proteção), porém
contam com alguns controles
para minimizar os impactos –
compactação, cobertura e
disposição ordenada.
Usualmente são cercados e podem apresentar algum tipo de
controle para evitar a poluição, como o monitoramento do lençol
freático. Costumam ser aceitos pelos órgãos ambientais de forma
temporária.
Aterro Sanitário

Técnica de disposição
ordenada de resíduos
confinados no solo, que utiliza
normas e princípios de
engenharia, sem causar danos
ou riscos à saúde pública e ao
meio ambiente. São projetados
e construídos em conformidade
com a legislação vigente, após
estudos de impacto ambiental e
processo de licenciamento.
Aterro Sanitário
Destinação de RSU – Reflexões Finais

O principal dilema nos serviços de destinação final de RSU é:

Qualidade Preço
Destinação de RSU – Reflexões Finais
• Os municípios precisam calcular o custo real da destinação e
contabilizar em seus orçamentos os custos do projeto, licenciamento,
construção, encerramento e monitoramento. Não podem levar em
conta somente os custos de curto prazo com a operação.
• São necessários instrumentos adequados para controlar a
qualidade dos serviços de destinação.
• Quando há escassez de recursos públicos, o primeiro impacto é
sentido na destinação final, que não está à vista, fica em local
afastado e não traz o problema de imediato.
• Os órgãos ambientais têm certas dificuldades para fiscalizar e
monitorar unidades de destinação de propriedade pública.
Destinação de RSU – Reflexões Finais
• Como avançar?
• Estimular soluções regionalizadas – Consórcios Intermunicipais.
• Incentivar o investimento em soluções privadas.
• MDL:
• Solução existente: o modelo funciona e existem inúmeros
operadores e investidores interessados.
• Possibilidade real de obtenção de recursos adicionais, para
melhorar a qualidade dos serviços ou reduzir preços.
• Risco – o que acontece após 2012?
Destinação de RSU – Reflexões Finais

Redução

Reuso

Reciclagem

Recuperação

Disposição no
solo
Destinação de RSU – Reflexões Finais
• Relatório GTRESID – Câmara dos Deputados (15 out 2009)
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final
se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos
estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes
e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isto
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor
tecnologia disponível
Destinação de RSU – Reflexões Finais
• Relatório GTRESID – Câmara dos Deputados (15 out 2009)

“Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que


inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do SISNAMA, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição
final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos
ou riscos à saúde pública e à segurança, e a minimizar os impactos
ambientais adversos.”
“Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de
rejeitos e, quando couber, de resíduos em aterros devidamente licenciados
pelos órgãos ambientais competentes, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança, e a minimizar os impactos ambientais adversos”.
Destinação de RSU – Reflexões Finais
• Relatório GTRESID – Câmara dos Deputados (15 out 2009)
Proibições - Lei de Crimes Ambientais

• Lançamento de resíduos  Nas áreas de disposição:


em corpos hídricos; • Utilização de rejeitos como
• Lançamento de resíduos in alimentação;
natura a céu aberto; • Catação;
• Queima a céu aberto ou em • Criação de animais;
instalações não licenciadas;
• Fixação de habitações;
• Importação de resíduos
• Outras atividades vedadas.
perigosos e rejeitos.
Destinação de RSU – Reflexões Finais

• Gestão de Resíduos Sólidos = Sistema integrado – ações


encadeadas e conectadas.
• Não há solução única e nem medidas isoladas.
• Práticas adequadas = inspiração
• Práticas inadequadas = prevenção
• Ferramentas: planejamento, regulação, sustentabilidade
econômica, financiamento e informação.
• Círculo vicioso > Ciclo virtuoso
Obrigado!

Carlos R V Silva Filho


carlos@abrelpe.org.br

Av. Paulista, 807 – cj. 207


Sao Paulo – SP – Brasil
01311-915

www.abrelpe.org.br

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