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456, MINISTERIO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS Direcgao-Geral dos Negécios Politico-Econémicos Aviso Por ordem superior se torna piblico que a Itélia ra- tificou, a 29 de Dezembro de 1988, a Convencdo Eu- ropeia para a Prevengio da Tortura e das Penas ou Tratamentos Desumanos ou Degradantes, adoptada pelo Conselho da Europa em 26 de Novembro de 1987. Direcgdo-Geral dos Negécios Politico-Econémicos, 19 de Janeiro de 1989. — O Director de Servicos dos As- suntos Multilaterais, José Tadew da Costa Soares. Aviso Por ordem superior se torna piiblico que a Italia ra~ tificou, a 29 de Dezembro de 1988, 0 Protocolo n.° 8 & Convengao para a Salvaguarda dos Direitos do Ho- mem e das Liberdades Fundamentais, adoptado pelo Conselho da Europa a 19 de Margo de 1985. Direcgdo-Geral dos Negécios Politico-Econémicos, 19 de Janeiro de 1989. — O Director de Servigos dos As- suntos Multilaterais, José Tadew da Costa Soares. Aviso Por ordem superior se faz puiblico que o Sultanato de Oma depositou junto do secretério-geral da Orga- nizagéo Maritima Internacional, a 28 de Novembro de 1988, os instrumentos de aceitacdo € aprovacdo das emendas 4 Convencdo da Organizacao Internacional de Satélites Maritimos e respectivo Acordo de Exploraséo, aprovadas pela Assembleia da Organizagao na sua reu- nido de 14 a 16 de Outubro de 1985. Direcgdo-Geral dos Negécios Politico-Econémicos, 19 de Janeiro de 1989. — O Director de Servicos dos As- suntos Multilaterais, José Tadew da Costa Soares. Aviso Por ordem superior se faz pliblico que, segundo comunicagao do Consetho de Cooperacdo Aduaneira, a Conven¢do sobre o Sistema Harmonizado de Desig- nagao e de Codificagao das Mercadorias entrou em vi- gor para o Brasil a 1 de Janeiro de 1989. ‘eegdo-Geral dos Negécios Politico-Econémicos, 19 de Janeiro de 1989, — O Director de Servigos dos As- suntos Multilaterais, José Tadeu da Costa Soares. MINISTERIO DA EDUCACAO Decreto-Lel n.° 43/89 de 3 de Fevereiro ‘A reforma educativa ndo se pode realizar sem a reor- ganizacdo da administragdo educacional, visando inver- jo de uma gestdo demasiado centralizada ¢ transferindo poderes de deciséo para os planos re- gional ¢ local. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.° 29 — 3-2-1989 No contexto de uma mais ampla desconcentrac&o de fungdes € de poderes assume particular relevancia a es- cola, designadamente a dos 2.° e 3.° ciclos do ensino basico e do ensino secundario, como entidade decisiva na rede de estruturas do sistema educativo. Pretende-se redimensionar 0 perfil e a actuacdo des- sas escolas nos planos cultural, pedagégico, adminis- trativo e financeiro, alargando, simultaneamente, a sua capacidade de didlogo com a’comunidade em que se inserem. Entre os factores de mudanca da administracto edu- cacional inclui-se, como factor preponderante, 0 reforco da autonomia da escola, a qual decorre da Lei de Ba- ses do Sistema Educativo, do Programa do Governo € das propostas € anseios dos préprios estabelecimen- tos de ensino. ‘A autonomia da escola concretiza-se na elaboragao de ‘um projecto educativo préprio, constituido e executado de forma participada, dentro de principios de responsa- bilizagdo dos varios intervenientes na vida escolar e de adequacdo a caracteristicas € recursos da escola € as s0- licitagdes € apoios da comunidade em que se insere. ‘A autonomia da escola exerce-se através de competén- cias préprias em varios dominios, como a gestao de cur- riculos e programas e actividades de complemento curri cular, na orientagdo e acompanhamento de alunos, na gestdo de espacos e tempos de actividades eduucativas, na gestdo e formacao do pessoal docente e nao docente, na gestdo de apoios educativos, de instalagdes e equipamen- tos e, bem assim, na gestdo administrativa e financeira. © presente diploma define um quadro orientador da autonomia da escola genérico e flexivel, evitando uma regulamentagao limitativa. Este quadro orientador foi estabelecido € mantém-se vélido independentemente do modelo de organizagdo e gestdo que vier a ser definido para as escolas basicas e secundérias. No entanto, a distribuigdo e 0 exercicio dos poderes atribuidos pelo presente diploma a escola serdo efectivamente concre- tizados no contexto da definicdo das estruturas de di- recgdo € gestdo das escolas, bem como do seu regula- mento interno. ‘A implementacdo da autonomia da escola exige con- digdes, recursos e apoios de varia ordem. Por isso, transferéncia de competéncias e poderes para a escola deve ser progressiva, iniciando-se pela atribuigéo ime- diata a todas as escolas das areas de exercicio de auto- nomia que nao impliquem risco de rupturas, langando experimentalmente outras areas restritas em algumas ¢s- colas para, em fase posterior, se proceder sua apli- cacao generalizada. Neste contexto, tem vindo a ser tomadas medidas ¢ lancadas experiéncias que consagram formas de actua- ‘so auténoma das escolas basicas ¢ secundarias. Refi- ram-se, a titulo de exemplo, os normativos sobre a fle- xibilidade do calendario escolar, compensacao educativa, férias do pessoal docente, gestdo de instala- ges desportivas, intervengdo na conservacdo e manu- tengo dos edificios escolares, bem como as experién- cias da «escola cultural» e da gestdo financeira que decorre em 100 escolas bisicas e secundarias. © exercicio da autonomia da escola propiciaré a emergéncia de uma saudavel diversidade no quadro do respeito pelos normativos de cardcter geral, os quais assegurardo a unidade do todo nacional e a prossecucdo de objectivos educacionais nucleares. Assim: No desenvolvimento do regime juridico estabelecido pelos artigos 43.° ¢ 45.° da Lei n.° 46/86, de 14 de N.2 29 — 3-2-1989 _DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE Outubro, © nos termos da alinea c) do n.° I do ar tigo 201.° da Constituigao, 0 Governo decreta 0 se guinte: CAPITULO 1 Principios gerais Artigo 1.° Ambito presente diploma estabelece o regime juridico da autonomia da escola e aplica-se as escolas oficiais dos 2.° € 3.° ciclos do ensino basico e as do ensino secun- dario. Artigo 2.° Definigto 1 — Entende-se por autonomia da escola a capaci- dade de elaboragio ¢ realizagdo de um projecto edu- cativo em beneficio dos alunos ¢ com a participacao de todos os intervenientes no proceso educativo. 2 —O projecto educativo traduz-se, designadamente, na formulagdo de prioridades de desenvolvimento pe- dagégico, em planos anuais de actividades educativas € na elaboracao de regulamentos internos para os prin- cipais sectores e servigos escolares. 3 — A autonomia da escola desenvolve-se nos pla- nos cultural, pedagégico ¢ administrativo, dentro dos limites fixados pela lei Artigo 3.° Principios orientadores A escola rege-se pelos seguintes princfpios: 4@) Defesa dos valores nacionais, num contexto de solidariedade com as geragdes passadas e futuras, b) Liberdade de aprender € ensinar, no respeito pela pluralidade de doutrinas ¢ métodos; ©) Democraticidade na organizacao e participagao de todos 5 interessados no proceso educative € na vida da escola; @) Iniciativa propria na regulamentacdo do funcio- namento € actividades da escola; €) Responsabilizagio dos érgdos individuais ou co- lectivos das escolas pelos seus actos ¢ decisdes; A) Insercao da escola no desenvolvimento conjunto de projectos educativos e culturais em resposta as solicitagdes do meio; g) Instrumentalidade dos meios administrativos e fi nanceiros face 2 objectivos educativos e pedagé- Bicos. CAPITULO I Autonomia cultural Artigo 4.° Contes 1 — A autonomia cultural manifesta-se na iniciativa propria ou em colaboragao com entidades locais, de- ignadamente autarquias, colectividades ou associagoes, € exerce-se através das competéncias para organizar ou participar em acgdes de extensao educativa, difuséo cul- tural € animagao sécio-comunitaria. 2 — O exercicio da autonomia cultural rege-se pela rigorosa obediéncia a principios pluralistas, sendo ex- pressamente vedada a sua subordinacao a quaisquer ob- Jectivos de natureza politica ou de propaganda ideolé- ‘ica. Artigo 5.° Da extensto educativa Sao atribuigdes da escola, no ambito da extensdo educativa: @) Promover ¢ apoiar actividades de educacao de adultos; 4) Participar em actividades de aperfeigoamento profissional; ©) Criar condigdes para a valorizagao das artes ¢ dos ofcios ‘tradicionais. Artigo 6.° Da éifusdo cultural Sao atribuigdes da escola, no ambito cultural: a) Promover exposigdes, conferéncias, debates € seminérios; b) Promover realizacdes ¢ iniciativas de apoio aos valores culturais locais, participando na defesa do patriménio local; ©) Incrementar a divulgagdo do artesanato € in- tercdmbio de outras manifestacdes culturais; 4) Promover actividades de animagdo musical e de expresséo artistica. . Artigo 7.° Da animacio sécto-comunitéria Sao atribuigdes da escola, no Ambito da animagao sécio-comunitaria: a) Promover encontros entre geracdes com carac- teristicas diferentes; 6) Apoiar actividades organizadas por grupos de jovens; ¢) Facilitar a integraco de imigrantes; d) Colaborar em iniciativas de solidariedade social. CAPITULO IIT Autonomia pedagégica Artigo 8.° Conteido A autonomia pedagdgica da escola exerce-se através de competéncias préprias nos dominios da organizacdo ¢ funcionamento pedagdgicos, designadamente da ges- tao de curriculos, programas e actividades educativas, da avaliagdo, da orientagdo ¢ acompanhamento dos alunos, da gestio de espagos e tempos escolares e da formagdo ¢ gestéo do pessoal docente. Artigo 9.° Da gestio de curriculos, programas e actividades edueativas Compete a escola: a) Coordenar e gerir a implementacdo dos planos curriculares ¢ programas definidos a nivel na- 458 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE cional, no respeito pelas normas orientadoras estabelecidas © mediante seleccdo de modelos pedagdgicos, métodos de ensino e de avaliacdo, ‘materiais de ensino-aprendizagem ¢ manuais es- colares coerentes com 0 projecto educativo da escola e adequados a variedade dos interesses © capacidades dos alunos; ») Participar, em conjunto com outras escolas, na determinagao de componentes curriculares re- sionais e locais que traduzam a insergdo da es- cola no meio ¢ elaborar um plano integrado de distribuicdo de tais componentes pelas diferen- tes escolas, de acordo com as caracteristicas préoprias de cada uma; ©) Organizar actividades ‘de complemento curri- cular e de ocupacdo de tempos livres, de acordo com os interesses dos alunos e os recursos da escola; 4) Planificar e gerir formas de complemento pe- dagégico ¢ de compensacao educativa, no que respeita & diversificacao de curriculos ¢ progra- mas, bem como a organizagdo de grupos de alunos ¢ individualizagao do ensino; ©) Estabelecer protocolos com entidades exterio- res & escola para a concretizacao de componen- tes curriculares especificas, designadamente as de cardécter vocacional ow profissionalizante; J) Conceber ¢ implementar experiéncias ¢ inova- ces pedagdgicas proprias, sem prejuizo de orientagdes genéricas definidas pelos servigos competentes do Ministério da Educacéo. Artigo 10.° Daa sto Compete a escola: 4@) Estabelecer requisitos minimos de aprendizagem que nao impecam a progressio do aluno ea sua transigo de ano escolar; b) Proceder & aferi¢do dos critétios de avaliagio dos alunos, garantindo a sua coeréncia € equi- dade; ©) Desenvolver métodos especificos de avaliagéo dos alunos, sem prejuizo da aplicagio dos nor- mativos gerais; d) Apreciar ¢ decidir sobre reclamacées de encar- regados de educacdo relativas a0 proceso de avaliagdo dos seus educandos; ©) Organizar € coordenar as provas de avaliacéo final e exames a cargo da escola Artigo 11.° Da orientacio ¢ acompanhamento dos alunos Compete & escola: 4) Promover actividades de informagdo e orienta- sao escolar ¢ vocacional dos alunos; b) Esclarecer os alunos € os encarregados de edu- cacdo quanto as opedes curriculares oferecidas pelas escolas da area ¢ as suas consequéncias quanto ao prosseguimento de estudos ou inser- do na vida activa; ©) Desenvolver mecanismos que permitam detec- tar a tempo dificuldades de base, diferentes mos de aprendizagem ou outras necessidades N.° 29 — 3-2-1989 dos alunos que exijam medidas de compensa- ¢40 ou formas de apoio adequadas nos domi- nios psicoldgico, pedagégico e sécio-educativo: 4) Organizar € gerir modalidades de apoio sécio~ -educativo em resposta a necessidades identifi- cadas que afectam 0 sucesso escolar dos alunos; ¢) Elaborar um regulamento interno que estabe- lega as regras de convivencia na comunidade es- colar, a resolucdo de conffitos, de situagdes per- turbadoras do regular funcionamento das actividades escolares € @ aplicagao de sangdes a infracgdes cometidas; J) Encaminhar alunos com comportamentos que perturbem o funcionamento adequado da escola para servicos de apoio especializados, ouvidos 0s encarregados de educacao; 8) Estabelecer os mecanismos de avaliacéo das infraccdes e de aplicacao das sangdes correspon- dentes, exercendo a acco disciplinar nos ter- mos do regulamento e subordinando-a a crité- rios educativos; A) Estabelecer formas de actuacdo expeditas, ou- vidos 0s encarregados de educagdo, em casos de comportamentos anémalos ou infracgoes dis- nares graves. Artigo 12.° Da gestdo de espacos escolares Compete a escola: 4@) Definir critérios e regras de utilizagdo dos es- pacos ¢ instalagdes escolares; b) Planificar a utilizagio semanal dos espacos, tendo em conta as actividades curriculares, as de compensacdo educativa, de complemento curricular e de ocupacdo de tempos livres, bem. como 0 trabalho de equipas de professores, € as actividades de orientacdo de alunos ¢ de re- lacdo com encarregados ‘de educaca ©) Determinar, em articulagaio com a direcgao re- gional de educagao respectiva ¢ outras escolas da érea, o nimero total de turmas, 0 nimero de alunos por turma/grupo e a hierarquia de prioridades na utilizagdo de espacos; 4) Autorizar, mediante condigdes definidas pela es- cola, a utilizagao de espacos e instalagdes ¢s- colares pela comunidade local. Artigo 13.° Da gestio dos tempos escolares ‘Compete & escola: a) Estebelecer o calendario escolar, dentro dos li mites de flexibilidade fixados a nivel nacional b) Determinar 0 hordrio e regime de funciona mento da escola; ©) Definir critérios para a elaboragdo de horérios de professores € alunos © proceder execugdo dessa tarefa; d) Organizar as cargas hordrias semanais das di: ferentes disciplinas, incluindo as do curriculo nacional, segundo 'agrupamentos flexiveis de tempos lectivos semanais; €) Decidir quanto a necessidade da interrupgao das actividades lectivas para a realizacdo de reu- N.° 29 — 3-2-1989 DIARIO DA REPUBLICA —1 SERIE 459 nides ¢ accdes de formagio, dentro de um cré- dito global estabelecido pelo Ministério da Edu- cago; J) Gerir globalmente o desconto de hordrio sema- nal atribuido a professores para o exercicio de cargos ou de actividades educativas; 8) Estabelecer ¢ organizar os tempos escolares des- tinados a actividades de complemento curri- cular, de complemento pedagogico e de ocupa- 40 dos tempos livres. Artigo 14.° Da formasio ¢ gestio do pessoal docente Compete & escola: @) Participar na formagao € actualizacao dos do- centes; ) Inventariar caréncias respeitantes & formacao dos professores no plano das componentes cien- tifica € pedagdgico-didactica; ©) Elaborar 0 plano de formagio ¢ actualizagao dos docentes; @) Mobilizar os recursos necessirios & formacdo continua, através do intercambio com escolas da sua area ¢ da colaboracao com entidades ou instituigdes competentes; e) Emitit parecer sobre os programas de forma- 0 dos professores a quem sejam atribuidos perfodos especialmente destinados & formasao continua; J) Promover a formagio de equipas de professo- res que possam orientar a implementacdo de inovagdes educativas; g) Participar, gradual e erescentemente, na selec- so ¢ recrutamento do pessoal docente, de acordo com regulamentago a definir e por forma a favorecer a fixagdo local dos respecti- vos docentes; ‘h) Atribuir 0 servigo docente, segundo critérios previamente definidos, respeitantes as diferen- tes reas disciplinares, disciplinas e respectivos niveis de ensino; A) Atribuir os diferentes cargos pedagogicos, se- undo critérios previamente definidos, dando a posse para o seu exercicio; J) Avaliar o desempenho € 0 servico docente nos termos da lei: D Decidir sobre os pedidos de resignagio de cargos; ‘m) Dar parecer sobre pedidos de colocagéo de pes- soal docente em regime especial; rn) Estabelecer 0 periodo de férias do pessoal do- cente. CAPITULO IV Autonomia administrativa escolar Artigo 15.° Conteddo A autonomia administrativa da escola exerce-se atra~ vés de competéncias préprias nos servigos de admissio de alunos, de exames ¢ de equivaléncias ¢ nos domi- nios da gestéo ¢ formacao de pessoal ndo docente, da gestdo dos apoios sécio-educativos e das instalagoes ¢ equipamentos, adoptando procedimentos administra 0s que sejam coerentes com os objectivos pedagdgicos. Artigo 16.° Da admissio dos alunos Compete a escola: 4) Organizar 0 servico de matriculas ) Elaborar, de acordo com as outras escolas da rea pedagdgica, 0 calendario de matriculas, dentro dos limites fixados pelos servigos regio- nais ou centrais do Ministério da Educacao; ©) Definir, em colaboragaio com as outras escolas da area pedagégica, os critérios para a admis- so dos alunos ¢ controlo de excedentes; @ Autorizar a uansferéncia ¢ anulagdo de matri- culas. Artigo 17.° Do servigo de exames Compete a escol @) Proporcionar, sempre que possivel, a realiza- edo de exame’s a candidatos residentes na area em que a escola esta implantada e que o re- queiram; b) Decidir “da accitagao de inscrigdes fora de prazo, com base na justificagao apresentada; © Colaborar com outras escolas préximas e afins na definigao de um esquema de realizagao do servigo de exames, em termos de maior eficién- cia e de economia de recursos e tempo: @) Resolver de modo expedito situagdes especiais que ocorreram durante a realizagao dos exames, desde que ndo contrariem normativos genéricos. Artigo 18.° Das equivaléncias Compete a escol: 4) A concessao de equivaléncias de estudos nacio- nais ou realizados no estrangeiro, desde que ve- tificado 0 preenchimento dos requisitos legais; b) Autorizar transferéncias de alunos para cursos, reas ou componentes vocacionais diferentes dos que frequentam, verificados os respectivos requisitos curriculares ou outros. Artigo 19.° Da gestio € formagto de pessoal no docente Compete a escola: 4) Inventariar as suas necessidades quanto ao ni- mero € qualificac4o do pessoal técnico, técnico- -profissional, administrativo, operdrio auxi- liar; b) Definir critérios de distribuigao de servigo ao pessoal ndo docente; ©) Estabelecer critérios para a selecedo de pessoal a contratar a prazo, incluindo casos de substi- tuigdo temporaria, © proceder a sua contra- we pee gy 460 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N.° 29 — 3-2-1989 ) Gerir 0 pessoal de apoio no que respeita a atri- buigdo de fungdes € hordrios, de acordo com as necessidades da escola e tendo sempre em conta as suas qualificagde: ©) Proceder & classificagao de servico; A) Dar parecer sobre 05 pedidos de colocacdo do pessoal ndo docente em regime espe #) Organizar mapas de férias © conceder licenga para férias; 1) Promover a formagao do pessoal ndo docente, podendo estabelecer protocolos com diferentes entidades e instituicdes para esse efeito, e con- ceder a dispensa total ou parcial de servigo para frequéncia de acydes de formagao. Artigo 20.° De gestto dos apolos séclo-educativos Compete a escola: 4a) Inventariar as caréncias ¢ 0s recursos necessé- tios no dominio do apoio sécio-educativo aos alunos, submetendo 0 respectivo plano de ac- 40 aos servigos competentes; b) Autorizar a formagao de grupos ou a contra- tagdo de servicos de entidades exteriores a s- cola para efeitos de exploracao, organizacao ¢ funcionamento de servigo de bufete, cantina € papelaria; ©) Estabelecer protocolos com as autoridades ow outras entidades que possam prestar apoio sécio-educativo em diferentes dominios, desig- nadamente na solugdo de problemas de trans- portes 4) Mobilizar recursos locais ¢ suscitar a solidarie- dade da comunidade para acgdes de apoio sdcio-educativo: ©) Informar os alunos ¢ 05 encaregados de edu- cago da existéncia de servigos de apoio sécio- -educativo na escola e do seu Ambito ¢ esquema de funcionamento. Artigo 21.° Da gestdo das instalagSes ¢ equipamento Compete & escola: @) Participar na defini¢do da rede escolar, forne- cendo anualmente aos servigos regionais de edu- cagdo os dados necessdrios, nomeadamente al- teragdes de capacidade em relacdo a0 ano anterior: b) Zelar pela conservacdo dos edificios escolares, tendo em conta as plantas do edificio forneci- das a escola: ©) Proceder a obras de beneficiagdo de pequeno médio alcance, reparagdes ¢ trabalhos de em- belezamento, com a eventual participacdo das entidades representativas da comunidades @ Acompanhar a realizado e colaborar na fisca- lizacao de empreitadas; e) Emitir pareceres antes da recepcao proviséria das instalacdes; A) Solicitar 0 equipamento necessario; #) Adquirir o material escolar necessério: +h) Manter funcional 0 equipamento, podendo dis- por do apoio efectivo das unidades méveis de técnicos © operarios especializados ou contra- tar pessoal adequado em regime de tarefi i) Proceder & substituicdo de material irrecupera- vel ou obsoleto; J) Alienar, em condigdes especiais e de acordo com a lei, bens que se tornem desnecessarios; 2) Manter actualizado, em moldes simples e fun- cionais, o inventario da escola; m) Responsabilizar os utentes, a nivel individual e ou colectivo, pela conservacdo de instalagdes e de material utilizado; n) Ceder as suas instalagdes, a titulo gratuito ou ‘oneroso, & comunidade para a realizagdo de ac- tividades culturais, desportivas, civicas, ou de reconhecida necessidade, arrecadando a respec- tiva receita, quando a houver; 0) Contratar servigos de limpeza. CAPITULO V Gestio financeira Artigo 22.° Principios gerais 1 — Na gestio financeira da escola serdo tidos em consideracao os principios da gestdo por objectivos, de- vendo a direcgao da escola apresentar anualmente 0 seu plano de actividades, 0 qual incluird o programa de for- mago do pessoal ¢ 0 relatério de resultados, para apre- ciagdo das direcedes regionais de educagio. 2— A gestao financeira deverd respeitar as regras do ‘orcamento por actividades e orientar-se-d pelos seguin- tes instrumentos de previsio econdmica: @) Plano financeiro anual; 4) Orcamento privativo. 3 — Compete a cada escola a elaboracéo da proposta de orgamento € do relatério de contas de geréncia. 4 — Os saldos apurados no fim de cada exercicio, relativamente as receitas préprias, transitam para 0 exercicio seguinte, devendo, nesse caso, a direcgdo da escola justificar a'razao da nao utilizagao integral das verbas aprovadas € ndo gastas. Artigo 23.° Dotasdes orgamentais 1 — As dotacées para funcionamento das escolas se- 140 distribuidas globalmente nas rubricas «Outras des- esas correntes — Diversas» e «Outras despesas de ca- pital — Diversas». 2. — As escolas que libertem pessoal ou reduzam des- pesas de pessoal sero compensadas com aumento das dotagdes para funcionamento 3—O decreto de execugdo orgamental regulard a forma de concretiza¢ao do disposto nos mimeros an- teriores, designadamente quanto ao processo de credi- tar & ordem das escolas as verbas que hes sejam afec- tadas ¢ ao ritmo de aplicagéo as mesmas do processo de globalizagdo das dotacdes para funcionamento, nos termos do n.° 1 do presente artigo. Artigo 24.° Receitas Para além das verbas previstas no Orgamento do Es- tado, constituem receitas da escola: @) As propinas, emolumentos multas, que para © efeito serdo pagos em numerério, referentes A prdtica de actos administrativos b) As receitas derivadas da prestagdo de servigos € da venda de publicagdes ou de rendimentos de bens préprios; ©) O rendimento proveniente de juros de depési- tos bancarios; ) Outras receitas que the sejam atribufdas por lei doagdes, subsidios, subvengdes, comparticipa- goes, herangas e legados Artigo 25.° Mapas orcamentais ‘A aprovacdo de modelos de mapas relativos a recei- tas ¢ despesas da escola, previstas e aplicadas mediante © orgamento privativo @ que se refere o presente di ploma, serd feita por portaria dos Ministros das Finan- as ¢ da Educagdo, a aprovar no prazo de 90 dias. CAPITULO VI Disposigdes finais Artigo 26.° Avaliagdo do sistema Em conformidade com os principios ¢ exigéncia da autonomia da escola, 0 Ministério da Educasao adop- DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 461 tard as estruturas ¢ mecanismos mais adequados para proceder & avaliagio sistematica da qualidade pedagd- zgica e dos resultados educativos das escolas sujeitas ao regime definido no presente diploma. Artigo 27.° Condigies de transigio 1 — A adaptagao das escolas ao regime de autono- mia definido no presente diploma far-se-4 de modo progressivo e escalonado no tempo, dependendo das condigdes € recursos préprios de cada escola. 2—A concretizagdo da autonomia no estabeleci- mento de ensino basico e secundario deverd ser prepa- rada de modo conveniente, nomeadamente através da formacao adequada dos agentes educativos ¢ adminis- trativos para 0 exercicio pleno da autonomia. Artigo 28.° ‘Norma revogatéria E revogado 0 Decreto-Lei n.° 211-D/86, de 31 de Julho. Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 15 de Dezembro de 1988. — Anfbal Anténio Cavaco Silva — Rui Carlos Alvarez Carp — Roberto Artur da Luz Carneiro — Jorge Hernéni de Almeida Seabra. Promulgado em 19 de Janeiro de 1989. Publique-se. © Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendado em 24 de Janeiro de 1989. © Primeiro- stro, Anibal Anténio Cavaco Silva. 11.* Delegagao da Direcedo-Geral da Contabilidade Publica De harmonia com o disposto na parte final do n,° 2 do artigo 6.° do Decreto-Lei n.° 46/84, de 4 de Feve- reiro, se publica que foram autorizadas as seguintes transferéncias de verbas, nos termos dos n.®* 2 ¢ 3 do ar- tigo 5.° do mesmo diploma: nian — once ome icp crs io 8, esa | see wien | on | | Gabinetes © servigos centtals regionals o Gabinete do Secreto de Estado Adjunto do Minis oO | | abinte | 3.01.0 |11.00/ | consibugaes pare instsides — Previdéncia Soca. | a0 | 3010 [21°00] | Aquuigho de sersgon — Encargoe das tnualasder | is | ta | 3.010 |2h.00] | Aguedo de servgor — Locago de bers [= Bs | ta 1300 |4200/ | franserende =~ Panicures ee ee

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