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+ IMPOSTOS
• definição do artigo 16, CTN: é o tributo cuja obrigação tem
por fato gerador uma situação independentemente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte
• o fato gerador dos impostos é uma atividade ou situação do
contribuinte, e não uma atividade estatal
• regra: vedação de vinculação da receita de imposto, sob
pena de inconstitucionalidade (artigo 167, IV, CF)
• a Constituição prevê: no artigo 153, sete impostos para a
União (além da competência residual do artigo 154, CF);
três impostos para os Estados e Distrito Federal; e três
impostos para Municípios e Distrito Federal. A União (só ela)
tem a chamada competência residual do artigo 154, CF
• o CTN traz uma classificação econômica dos impostos:
sobre o comércio exterior (II e IE); sobre o patrimônio e a
propriedade (ITR, IPTU, ITBI, IR); sobre a produção e a
circulação (IPI, ICMS, ISS, IOF)
• os elementos do fato gerador dos impostos precisam ser
“definidos” em lei complementar nacional, por força do
artigo 146, III, a, CF (norma geral de direito tributário)
+ TAXAS
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• definição dos artigos 145, II, CF e 77, CTN. É o Estado quem
pratica o fato gerador
• duas hipóteses para ensejar a instituição de uma taxa:
1. exercício regular do poder de polícia: “polícia”, aqui, não tem o
sentido de segurança pública, mas sim de fiscalização. A
propósito, artigo 78, CTN
2. prestação de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição. O artigo 79 do CTN
define o que seja serviço específico e divisível.
• a competência para instituir taxas dependerá da
competência administrativa para prestar o serviço público
ou exercer o poder de polícia (ver artigo 80, CTN). Todas as
entidades da Federação (União, Estados, DF e Municípios)
poderão instituir taxas, no âmbito de suas atribuições.
• as taxas não poderão ter base de cálculo própria dos
impostos, de acordo com o artigo 145, §2°, da Constituição
Federal. O valor da taxa deve apresentar uma
correspondência com o custo da atuação estatal. As taxas
não são criadas para aumentar a arrecadação tributária,
mas sim como uma contraprestação pela fiscalização
exercida ou o serviço público prestado. Daí porque ser
inconstitucional uma taxa cuja base de cálculo seja o “valor
venal do imóvel”, afinal de contas esse critério escolhido
jamais trará uma ligação com o custo da atuação estatal
• Exemplos: Leis nº 9.765/98, nº 9.781/99, nº 9.960/00
+ CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
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• só a União possui competência para criar esse tributo
• depende de lei complementar (art. 15, parágrafo único, do
CTN), e o valor arrecadado deverá ser posteriormente
devolvido (traço peculiar)
• possui destinação vinculada a uma finalidade constitucional:
1. despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; ou
2. para fins de investimento público de caráter urgente e
de relevante interesse nacional
• cuidado: a Constituição não recepcionou o inciso III, do
artigo 15, do CTN, que trata de uma hipótese não
contemplada no artigo 148, da CF: conjuntura que exija a
absorção temporária do poder aquisitivo (caso do “confisco”
da poupança pretendida por Collor)
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importação). Se não estiver elencada em tais incisos,
somente uma lei complementar poderá instituí-las (“outras
fontes”)
• Exemplos: cota patronal, cota dos empregados, pro-
labore, SAT (arrecadados pelo INSS); e CSLL, PIS e COFINS
(arrecadados pela Receita Federal)
• Além da União, os Estados, Distrito Federal e
Municípios podem instituir contribuições de custeio de seus
próprios sistemas de previdência. Neste caso, apenas os
servidores municipais podem ser obrigados aos
recolhimentos, pois somente eles são os beneficiários (ver
artigo 149, §1°, CF).