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Planeamento e desenvolvimento

de atividades de tempos livres

Formadora: Diva Reis

Duração: 50h

2018
Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Ficha Técnica
Titulo: Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres – UFCD –
3287

Manual Elaborado por: Diva Reis

Enquadramento
Destinatários
Assistentes operacionais em contexto escolar e público em geral.

Objetivo Global
Planear e desenvolver atividades de acompanhamento em tempos livres

Pré – requisitos
9º ano de escolaridade

Conteúdos Temáticos
Atividades de tempos livres – planificação
Dinamização da biblioteca
Acompanhamento de crianças no exterior
Promoção da discussão de diferentes temas
Promoção de técnicas de expressão plástica e execução de exposições
Promoção de jogos
Acompanhamento de crianças à praia
Acompanhamento de crianças nas visitas de estudo ou passeios
Participação na promoção de festas

Requisitos/Condições de Utilização
Este suporte pedagógico foi pensado e constituído como um instrumento de
trabalho, pelo que poderá e deverá ser enriquecido com notas e reflexões do
utilizador, a partir da sua própria prática.
Este suporte pedagógico não dispensa a consulta de normas técnicas aplicáveis,
bem como outros recursos pedagógicos no domínio dos equipamentos proteção
individual….

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Índice
Introdução……………………………………………………………………………………4
Atividades de tempos livres – planificação……………………………………………5
Elaboração de lista de material de acordo com as necessidades…………………...…6
Participação na elaboração de horários de acordo com o funcionamento
escolar…………………………………………………………………………………………8

Dinamização da biblioteca………………………………………………………………14
Leitura………………………………………………………………………………….….…14
Conto de histórias……………………………………………………………………..……15
Dramatização………………………………………………………………………….……16

Acompanhamento de crianças no exterior…………………………………..………18


Supervisão da brincadeira…………………………………………………………………18
Acompanhamento no recreio……………………………………………………...………18
Motivação para atividades pedagógicas de grupo………………………………...……19

Promoção da discussão de diferentes temas……………………………….………20


Atividades de linguagem……………………………………………………………..……20
Ciências do meio físico e social…………………………………………………..………21
Expressão musical…………………………………………………………………….……23

Promoção de técnicas de expressão plástica e execução de exposições…….29


Aplicação das técnicas de animação de atividades pedagógicas …………..…… 29
Expressão plástica…………………………………………………………….……29
Expressão musical…………………………………………………………….……30
Expressão dramática e motora……………………………………………………30
Seleção de materiais de suporte…………………………………………………….……31
Organização de espaços………………………………………………………………..…32
Organização e montagem de exposições de trabalhos efetuados pelas
crianças…………………………………………………………………………………...…33

Promoção de jogos………………………………………………………………….……36

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Jogos interiores…………………………………………………………………………..…36
Jogos exteriores………………………………………………………………….…………37

Acompanhamento de crianças à praia…………………………………..……………41


Viagem…………………………………………………………………………….…………41
Chegada à praia…………………………………………………………………….………41
Incidência solar………………………………………………………………..……………42
Atividades livres………………………………………………………………….…………43
Atividades orientadas………………………………………………………………………43
Idas à água……………………………………………………………………….…………43
Refeições……………………………………………………………………………………43
Regresso……………………………………………………………………………………44

Acompanhamento de crianças nas visitas de estudo ou passeios…………..…45


Viagem…………………………………………………………………………….…………45
Objetivos…………………………………………………………………………….………46
Questões de segurança……………………………………………………………………47
Refeição…………………………………………………………………………..…………48
Regresso……………………………………………………………………………….……48

Participação na promoção de festas……………………………………………..……49


Objetivos………………………………………………………………………….…………49
Atividades a desenvolver………………………………………………….………….……49
Distribuição de tarefas pelas crianças……………………………………………………50

Bibliografia………………………………………………………………………..………..54
Webgrafia…………………………………………………………………………...………55

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INTRODUÇÃO

A atenção dada a crianças e jovens assume um papel social de destaque, ao


nível do desenvolvimento físico, psicoafectivo, cultural e ético, fazendo emergir
novas necessidades e um aumento na procura de serviços pessoais, coletivos e
sociais de proximidade, neste domínio. Estes serviços surgem, assim, associados a
uma premente necessidade de estruturas de apoio à família, que facilitem a
conciliação entre a vida familiar e a vida profissional.
Neste contexto, o sector de apoio à família encontra-se em forte expansão,
quer em número de entidades como em número de profissionais. Importa então,
instruí-los de forma a satisfazerem, tanto as necessidades dos pais, como dos
agentes educativos, e, principalmente, das crianças.
De facto, o trabalho com crianças e jovens exige dos profissionais,
competências técnicas, pessoais e sociais, nomeadamente ao nível do
relacionamento com os outros e da afetividade. É uma atividade de enorme
desgaste físico, psíquico e emocional. Por outro lado, embora, a oferta, a nível de
entidades, seja enorme, o número de profissionais está a sofrer uma grande queda
devido aos cortes orçamentais, quer do estado, quer das empresas.
Neste sentido, é essencial uma formação permanente, por parte dos
profissionais, de forma a aumentar as suas competências e criar condições para
uma inserção profissional mais estável.
Com esta formação, pretende-se que os agentes educativos, não docentes
interiorizem a importância da planificação e da observação das atividades, de forma
a rentabilizar os espaços e materiais de que dispõe para desenvolver o seu trabalho
e a melhorar as suas intervenções.
Salienta-se que este Manual deve ser utilizado sempre como apoio a toda a
formação que é dada nas sessões teórico-práticas, servindo assim como seu
complemento.

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ATIVIDADES DE TEMPOS LIVRES – PLANIFICAÇÃO

O ATL é um Estabelecimento de ensino que acolhe um número igual ou


superior a cinco crianças em simultâneo. Estes centros de atividades de tempos
livres devem proporcionar às crianças experiências que contribuam para o seu
crescimento enquanto pessoa, satisfazendo as suas necessidades de ordem física,
afetiva, intelectual, e social.
São objetivos específicos dos centros de atividades de tempos livres:
a) Proporcionar às crianças experiências que concorram para o seu
crescimento como pessoa, satisfazendo as suas necessidades de ordem física,
intelectual, afetiva e social;
b) Criar um ambiente propício ao desenvolvimento da personalidade de cada
criança, por forma a ser capaz de se situar e expressar num clima de compreensão,
respeito e aceitação de cada um;
c) Favorecer a inter-relação família-escola/comunidade-estabelecimento, em
ordem a uma valorização, aproveitamento e recuperação de todos os recursos do
meio.
Mas de onde vem este nome de "tempos livres"? A noção de tempos livres
surge no final dos anos 50, estando relacionada com o desenvolvimento das
sociedades urbanas, em que, muito mais que nas sociedades rurais tradicionais, se
estabelece a distinção entre o tempo de trabalho definido por outrem e o tempo de
lazer dedicado a atividades livremente escolhidas.
A redução dos horários de trabalho aumentou o tempo que pode ser dedicado
a estas atividades, levando ao aparecimento e diversificação de ofertas e
possibilidades organizadas de escolhas culturais, recreativas, desportivas, em que
se desenvolveram as chamadas "indústrias do lazer".
Qualquer que seja o tipo de atividades a que os adultos se dedicam nos seus
tempos livres ou de lazer é sua característica determinante corresponderem a uma
grande liberdade de escolha, apenas ditada por gostos e interesses pessoais.
Com as crianças a situação de liberdade de escolha é diferente sobretudo
porque as chamadas "atividades de tempos livres" são fundamentalmente
organizadas como resposta às necessidades das famílias. Não são, neste caso, as
crianças em idade pré-escolar ou as que já frequentam o 1.º ciclo (que embora um

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pouco mais velhas, ainda precisam de "ser guardadas") que escolhem ou decidem
frequentar as atividades de tempos livres.
Este tipo de "atividades livres" tal como as que designamos de animação
sócio-educativa, são fundamentalmente uma forma social e institucional de apoio às
famílias.

Elaboração de lista de material de acordo com as necessidades

Compartimentos e espaços necessários


As instalações dos centros de atividades de tempos livres devem
compreender nomeadamente os seguintes compartimentos e espaços, de harmonia
com os requisitos definidos nas normas seguintes: salas de atividades, instalações
sanitárias para as crianças, sala polivalente, área para alimentação, gabinetes e
outros espaços.

Salas de atividades
As salas de atividades destinam-se às atividades pedagógicas e recreativas
dos grupos.
Sempre que possível, deverá existir um espaço destinado a ateliers para
algumas atividades específicas das crianças, uma pequena biblioteca ou sala de
leitura.

Sala polivalente
A sala polivalente destina-se nomeadamente ao convívio, reuniões de pais e
outras, passagem de filmes, teatro, exposições, encontros vários e refeições das
crianças.

Equipamento e material pedagógico


Os diferentes espaços deverão ser equipados, qualitativa e quantitativamente,
com o material necessário ao desenvolvimento das atividades e de acordo com os
interesses das crianças.

O equipamento a ser utilizado pelas crianças deve possuir as seguintes


características:

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a) Ser adequado às diferentes idades;


b) Ser robusto, oferecer segurança, conforto e proporcionar uma correta
postura;
c) Ter formas simples e oferecer boas condições de higiene.

Na escolha dos materiais serão de privilegiar:


• A originalidade – diferentes dos que são habitualmente utilizados em
tempo curricular.
• A versatilidade – possibilidades diversas de utilização e transformação.
• Assim, serão de privilegiar materiais com mais de uma utilização e
facilmente deslocáveis, destacando-se dois tipos-base:
o Materiais de jogo simbólico
o Materiais de psicomotricidade.

Exemplos

Como recursos para a motricidade podem citar-se:


• Bolas (de vários tamanhos e texturas);
• Arcos;
• Carrinhos (para andar e empurrar);
• Blocos grandes - de espuma, ou outro material leve, que permitam
várias construções (casas, castelos, barcos), onde as crianças possam entrar
e sair;
• "Papagaios“, que possam lançar;
• Etc.

Os materiais de jogo simbólico podem incluir:


• Bonecos/bonecas;
• Arca de trapalhadas e adereços (roupas; chapéus; óculos…que as
próprias crianças poderão fabricar);
• Animais em miniatura (domésticos ou selvagens);
• Fantoches (são um recurso importante que as crianças poderão utilizar
livremente);

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• Instrumentos musicais (feitos pelas crianças);


• Materiais de carpintaria;

Não serão de excluir outros materiais também usados no jardim de


infância/escola:
• Lápis
• Papéis
• Tintas
• Colas

Também os livros poderão ser um recurso privilegiado para as crianças


verem, comentarem e lerem.
A utilização criativa de materiais de desperdício pode ser uma solução
económica, que permite uma grande variedade de utilizações e permite às crianças
uma grande liberdade na sua utilização.

Participação na elaboração de horários de acordo com o funcionamento


escolar

O horário terá que ser adaptado à diversidade e especificidade de cada


estabelecimento educativo:
• Número de crianças
• Horários de entrada/saída
• Pessoal disponível
• Instalações
• Necessidades e interesses dos pais.

Exemplos:

Jardim de Infância Público

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Componente educativa
09h00m ----------12h00m
13h00m ----------15h00m

Dando resposta às necessidades das famílias e após auscultação efetuada


no ato da inscrição, as crianças podem contar com atividades de prolongamento de
horário, no seguinte horário:

Componente Sócio Educativa


08h30m----------09h00m (acolhimento)
12h00m----------13h00m (período de almoço)
15h00m----------18h30m (atividades de tempos livres)

Exemplo de planificação

Escola do 1º ciclo

Dias da Semana Horário Atividades

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08.00h às 09.00h Apoio Educativo


09.00h às 11.30h Expressão Plástica
2ª feira
14.30h às 15.00h Apoio Educativo
15.00h às 18.00h Expressão Plástica

08.00h às 09.00h Apoio Educativo


09.00h às 10.00h Biblioteca Municipal
10.00h às 11.30h Passeio Pedestre
3ª feira
14.30h às 15.00h Apoio Educativo
15.00h às 16.00h Biblioteca Municipal
16.00h às 18.00h Passeio Pedestre

08.00h às 09.00h Apoio Educativo


09.00h às 10.00h Pavilhão
10.00h às 11.30h Computadores
4ª feira
14.30h às 15.00h Apoio Educativo
15.00h às 16.00h Pavilhão
16.00h às 18.00h Computadores

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Horário geral de um ATL em período escolar

Horas Ocupação Espaço

7:30h – 8:00h Receção Salão abertura

Receção / Peq.
almoço / Salão receção
8:00 – 9:00h
Acompanhamento ATL
escola

9:00h – 12:30h Escola Escola

Almoço / Recreio / Refeitório /


12:30h –14:00h
Acomp. escola espaço exterior

14:00h –17:30h Escola Escola

17:30h –19:30h Dinamização Ateliers Salas de Ateliers

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Horário geral de um ATL em período de férias escolares

Horas Ocupação Espaço

7:30h – 8:00h Receção Salão abertura

Salão receção
8:00 – 9:00h Receção / Peq. almoço
ATL
Atividades livres (dinamização
auxiliares) Salas nº3 e nº 4
9:00h – 12:30h
Das 10:00h – 12:00h – Atelier Sala nº1
Ludoteca
Refeitório /
12:30h –14:00h Almoço / Recreio
Espaço exterior
Atividades livres (dinamização
auxiliares) Salas nº3 e nº 4
14:00h –16:00h Das 14:00h – 16:00h Ludoteca
Atelier Informática Sala nº 2
Das 14:30h – 15:30h – Atelier Vida
Refeitório /
16:00h –16:30h Lanche/ Recreio
Espaço exterior
Atividades livres (dinamização
Salas nº3 e nº 4
16:30h –19:30h auxiliares)
Sala de artes
Das 17:00h – 19:00h – Atelier Artes

Para equipar este espaço não será necessário material muito sofisticado, mas
tão só que favoreça a polivalência e a intimidade, afastando-se das características
mais estruturadas da sala de jardim-de-infância.
O espaço exterior terá de ser cuidado e, sempre que possível, equipado com
materiais que permitam experiências diversificadas.
No espaço interior, sofás para convívio, um colchão para cambalhotas,
materiais que permitam a recriação de espaços (pequenos biombos, cordas, panos

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coloridos, lençóis) livros, música, jogos sociais e tudo quanto favoreça o convívio e a
informalidade.
A utilização de espaços comunitários tais como: associações recreativas,
bibliotecas, ludotecas, ginásios, academias, piscinas pode constituir uma alternativa
ao espaço, desde que se tenha em conta as características do grupo, a
acessibilidade para as crianças e para os pais bem como os objetivos de fruição
deste tempo.
O bom senso obriga-nos a não sobrecarregar as crianças com atividades
estruturadas para além do tempo aconselhado e legal – 5 horas por dia.

DINAMIZAÇÃO DA BIBLIOTECA

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Leitura

Clube de leitura ou a associação dos amigos da biblioteca


Esta poderá ser uma forma interessante de criar um núcleo de alunos para
dinamizar estas atividades de aprofundamento da leitura na biblioteca. Os alunos
poderão sensibilizar o grupo para a necessidade de conservação e reparação dos
livros.

Os planos de leitura
Esta atividade é constituída por múltiplas ideias de animação e criação em
torno de um conjunto concreto de livros, que durante um determinado período de
tempo vão ser lidos pelos alunos. Trata-se de uma atividade que deve ser negociada
entre professor e alunos.
Estes planos de leitura englobam três momentos: antes, durante e depois
da leitura.
• Contextualização da obra, autor, época.
• Criar na biblioteca um Kit de materiais alusivos à obra e outros livros do
autor ou sobre o mesmo tema, documentação sobre o autor, a época,
cassetes-vídeo, etc.

Depois da leitura deverão criar-se atividades de forma a valorizar a


interpretação de leitura:
• Leitura e debate em grupo.
• Troca de correspondência sobre o que se leu.
• Valorização das conversas em família. O aluno é um potencial leitor
através da conversa sobre leituras feitas.

Projeto do Tipo Leitor


Esta atividade pode permitir ao aluno aprofundar a seu perfil como leitor.
Esse projeto poderá incluir quatro etapas:
• Leitor acidental
• Leitor interessado
• Bom leitor

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• Leitor autêntico

O aluno poderá sentir-se estimulado e tentar progredir nesta espiral, que inclui
objetivos em cada etapa. Pretende-se que o aluno comece por ter prazer na leitura,
se abre a uma diversidade de autores, estabeleça comparações e se identifique com
as leituras feitas.

Conto de histórias

Recriações a partir de leituras


Podem concretizar-se através da expressão plástica, dramática, expressão
oral / escrita. Ou seja, pode-se apenas contar uma história ou partir daí para outro
tipo de atividades como a construção de um projeto de animação articulando o livro,
a imagem e som. A técnica do PowerPoint poderá ser uma sugestão, com possível
instalação no átrio da escola.

O livro em jogo
Sugerem-se atividades que podem inspirar-se nos moldes dos jogos que o
jovem gosta e cujas regras já domina como: jogo da glória, caça ao tesouro, mímica,
trivial pursuite, pictionnary, bingo, etc. Este tipo de atividades poderá partir das
atividades de leitura orientada e envolver uma ou mais turmas; deverão realizar-se
em espaços comuns da escola para participação de todos os alunos.

À volta dos contos


São fornecidos contos aos alunos, com diversas propostas de atividades:
completar a história, dar um final diferente, transformar o enredo em notícia de rádio
ou anúncio publicitário, descobrir outro final para a história, dramatizá-la, fazer uma
banda desenhada.

Dramatização

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O museu dos contos


Consiste em criar um museu com objetos retirados dos contos. Os alunos
terão de trazer objetos que apareçam nos contos, como a flauta de Hamelin, a maçã
da Branca de Neve ou a vassoura da Gata Borralheira. É importante que os objetos
tenham alguma autenticidade para que o projeto seja credível. Uma vez recolhidos
os objetos deve ser feita uma ficha do objeto e do respetivo dono. A entrada no
museu far-se-á mediante o pagamento prévio de uma entrada, que poderá consistir
na entrega de uma poesia, um trava-língua, uma adivinha.

O álbum de cromos
Trata-se de uma boa forma de tornar populares as personagens dos livros.
Consiste em ir formando uma coleção de cromos com diversas personagens de
livros e de contos que existam na biblioteca. Primeiro, selecionam-se os livros que
vão fazer parte do álbum. Os títulos escolhidos devem ser conhecidos dos alunos. O
animador organiza o álbum de acordo com as histórias escolhidas deixando o
espaço para colar os cromos ilustrativos de cada história. Os cromos foram
anteriormente feitos pelo professor ou pelos alunos (se possível com a colaboração
do professor de plástica ou educação visual).

O conto proibido
O professor leva para a aula, durante vários dias, um livro oculto por um papel
de embrulho ou de jornal. Sem fazer referência ao livro, vai despertando a
curiosidade dos alunos. Quando houver curiosidade por parte das crianças, pode ir-
se lendo parágrafos ou excertos da obra. O livro será lido na aula e em seguida
colocado na biblioteca.

A maleta do indiano
Numa maleta velha e usada colocam-se uma série de objetos, uns vulgares,
outros exóticos. Leva-se a mala para a aula e vai-se tirando um objeto, a partir do
qual se começa uma narrativa. Em seguida tira-se outro e continua-se a história.
Termina-se convidando os alunos a retirar um objeto e a prosseguir, até não
restarem mais objetos na maleta. Uma das múltiplas variantes desta atividade é
substituir os objetos por cartas. Cada carta pode consistir numa ilustração, numa

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palavra ou numa frase que remetam para personagens, objetos (mágicos) e


paisagens ou ambientes.

Livros vivos
Consiste em tornar reais - através do recurso ao disfarce - as personagens e
situações do livro. Esta atividade pode ser concretizada de acordo com diferentes
oportunidades: desfile ou baile de Carnaval, o dia do livro, o dia da árvore
(coordenando com livros/ histórias sobre a natureza), numa festa de fim de ano (em
função dos projetos de leitura realizados).
Para isso basta organizar uma festa de mascarados, protagonizada por
personagens dos livros de contos. Uma boa maneira de criar uma atmosfera lúdica
na escola em qualquer época do ano. Uma versão simplificada desta animação é
escolher uma etiqueta de uma personagem (peça de vestuário alusivo à
personagem: chapéu da bruxa ou do anão, capa do capuchinho vermelho, etc.) e
usá-la para contar a história.

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ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS NO EXTERIOR

Supervisão da brincadeira

Os adultos são sempre responsáveis por todas as crianças a seu cargo e


planeiam a sua progressiva independência à medida que elas vão adquirindo
competências.
Os adultos devem vigiar e prestar atenção constante e de perto a cada
criança com idade inferior a 3 anos.
Os adultos devem ser sempre responsáveis pelas crianças entre os 3 e os 5
anos, num meio suficientemente aberto que permita tal responsabilização. As
crianças com idade superior a 5 anos podem, numa base individual, ser julgadas
suficientemente maduras para deixar a sala de aula e fazer um recado dentro do
edifício. Isto só deve acontecer com a autorização e conhecimento específico do
adulto.
Deve haver cuidadosa e aturada supervisão das zonas de jogo ao ar livre, e
ordens que exijam que os adultos que fazem uma visita passem pela secretaria
antes de entrar nas áreas das crianças. Uma constante vigilância por parte do adulto
é necessária com crianças entre os 0 e os 8 anos. Não deve ser dada a
responsabilidade às crianças de se protegerem dos adultos.

Acompanhamento no recreio

O recreio é, por excelência, um local de brincadeiras e divertimento. É


suposto que proporcione também segurança aos mais pequenos.
O pavimento deve estar em boas condições, sem raízes de árvores à
superfície, buracos ou saliências, que possam provocar ferimentos.
Deve existir um espaço considerável entre os diversos equipamentos, para
que as crianças se possam movimentar à vontade, sem chocarem umas com as
outras.
Mas não é só o parque que deve ser seguro. O mesmo deverá acontecer com
a zona que o rodeia e os acessos, assim como com a respetiva vedação. Esta

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

deverá encontrar-se intacta, de modo a impedir que as crianças saiam facilmente do


parque e fiquem expostas aos perigos do exterior (por exemplo, a automóveis).

Motivação para atividades pedagógicas de grupo

A organização do grupo durante este tempo terá que responder a questões,


tais como: Quantas crianças? Com que idades? Que critério utilizar para a formação
dos grupos? Quantos adultos? Com que formação?
Um grupo de crianças que terá uma composição diferente do da sala no
tempo curricular (nem todas as crianças permanecem), São inúmeros os materiais
possíveis, importa que a sua organização seja menos estruturada que no espaço da
sala destinada a tempo curricular.
Em princípio, o número de crianças entregues a um adulto não deve ser mais
elevado do que em tempo curricular, não mais de 25 crianças, mas se houver
condições será, com vantagem, menor.
Será de qualquer modo, imprescindível que, por razões de segurança haja a
possibilidade de recorrer a outro adulto. No caso de situações imprevistas ou
acidentes, é indispensável assegurar que haja alguém, do estabelecimento ou da
comunidade que, nessas eventualidades, possa ficar com as crianças.
Também pode ser necessário juntar no mesmo espaço mais do que um grupo
de crianças com vários adultos, o que exige cuidar do papel e das funções de cada
um dos adultos presentes e como se vão articular para atender o conjunto das
crianças.
Pode ainda acontecer que o grupo reúna crianças de idade pré- -escolar com
crianças do 1.º ciclo. Este tipo de grupo, benéfico para as crianças que contactam
com um leque mais alargado de idades, terá que atender a essa diversidade.
De facto, o tempo de animação socioeducativa é um tempo privilegiado de
alargamento de contactos sociais, mas também de funcionamento em pequeno
grupo, em que as crianças têm oportunidade de escolher com quem querem brincar,
embora certos momentos possam juntar grupos maiores de crianças que desejam
participar na mesma atividade (caso, por exemplo, de atividades motoras ou de
jogos de regras).

PROMOÇÃO DA DISCUSSÃO DE DIFERENTES TEMAS

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Atividades de linguagem

Trava-línguas
O trava-línguas é um conjunto de palavras que forma uma leitura de difícil
articulação em virtude da existência de sons que exigem movimentos seguidos da
língua, que não são usualmente utilizados. Os trava-línguas fazem parte das
manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as
lendas, as adivinhas e os contos.
Os trava-línguas são um bom recurso para trabalhar a leitura oral. É nessa
leitura que melhor se observa o efeito do trava-línguas e, dependendo da atividade,
passa a ser uma brincadeira que agrada sempre.
Um dos trava-línguas mais divulgado é o seguinte:
"O tempo perguntou para o tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo
respondeu pro tempo que não tem tempo de dizer pro tempo que o tempo do tempo
é o tempo que o tempo tem
Outros exemplos de trava-línguas
• Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.
• Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a
aranha arranha a jarra.
• A aranha arranha a rã. A rã não arranha a aranha.
• Sobre aquela serra há uma arara loura. A arara loura falará? Fala,
arara loura!
• Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no
chão.
• A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem
sucessivamente, sem suceder o sucesso…
• Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem.
• A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
• Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.
• O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio
principesco da princesa.
• Num ninho de mafagafos, seis mafagafinhos há. Quem os
desmafagafizar, um bom desmafagafizador será.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

• O bispo de Constantinopla, é um bom desconstantinopolitanizador.


Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.
• Não confunda cafetão de gravata com capitão de fragata.
• O peito do pé do Pedro é preto.
• Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato
• Quico quer caqui. Que caqui que o Quico quer? O Quico quer qualquer
caqui.
• Toco preto, porco fresco, corpo crespo.
• Uma trinca de trancas trancou tancredo.
• Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o
prato, pia o pinto e mia o gato.

Ciências do meio físico e social

O poder de deslumbramento exercido pelas florestas pode desencadear um


conjunto extremamente variado de atividades de investigação e de descoberta do
mundo natural.

Atividades de construção
Atividade 1
Inicie a construção de um mural em papel de cenário, pintando os troncos e
os ramos de várias árvores diferentes. De seguida, convide as crianças a pintarem
folhas e flores utilizando carimbos ou bolas de tecido embebidos em tinta.
Também poderão acrescentar outros seres vivos que vivam nas florestas;
estes seres vivos poderão ser pintados ou construídos a partir de pedaços de papel,
tecido, fios de lã, pedaços de plástico...

Atividade 2
Proponha às crianças a construção de árvores utilizando papel amarrotado,
palhinhas de bebidas e folhas recortadas ou picotadas.

Atividade 3

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Convide as crianças a construírem ninhos de aves utilizando palha, fios de lã,


algodão, ráfia, pequenos ramos secos... Não se esqueçam dos ovos e das aves.

Atividades de Ciências
Atividade 1
Convide as crianças a observarem folhas, ramos, casca das árvores, raízes e
flores, utilizando uma lupa. Não se esqueçam de desenhar e de discutir o que
observarem.

Atividade 2
Faça um jogo de correspondência de imagens no qual as crianças tenham
que corresponder as figuras e os nomes de vários animais com os locais onde vivem
ou os alimentos que consomem.

Atividade 3
Investiguem um formigueiro e os trilhos das formigas. Observem os alimentos
transportados pelas formigas e meçam o comprimento dos trilhos utilizando
diferentes unidades de medida: palmos, pés, passos... Não se esqueçam de discutir
as diferentes observações efetuadas.

Atividade 4
Forneça vários materiais da floresta às crianças: pinhas, folhas, musgos,
penas, pedras, cortiça... Investiguem os materiais que produzem som quando
largados em cima de uma mesa e os que flutuam.

Atividade 5
Grave sons da natureza (grilos, cães, gatos, aves – cuco, rouxinol, melro...) e
convide os alunos a ouvi-los e a identificá-los.

Atividade 6
Realize esta atividade fora da escola, num local onde as crianças possam
deitar-se no chão (eventualmente, sobre retângulos de plástico).

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

As crianças, deitadas de costas para o chão, deverão explorar o ambiente


que as rodeia utilizando os seus olhos, ouvidos, nariz e mãos. Poderão:
a) sentir o chão em que estão deitados;
b) ver o céu, as nuvens, o sol, as aves, as copas das árvores;
c) ouvir os sons produzidos pelo vento e pelos animais;
d) cheirar e tentar identificar os odores que chegam ao local.

Atividade 7
Convide as crianças para uma pescaria no rio que atravessa a floresta. Corte
peixes de cartolina – com diferentes formas, dimensões e cores – e coloque um clip
na boca de cada um.
De seguida, construa uma “cana de pesca” com um pauzinho e um fio de 50
cm de comprimento. Coloque um íman na ponta do fio. Desafie cada uma das
crianças a “pescar” um peixe e a descrever as suas características.

Expressão musical

Atividade 1
1º Momento:
Organização do espaço:
- Os formandos sentam-se em círculo de costas voltadas para o centro.

Materiais:
- Folha branca e marcadores;
- Músicas de diferentes estilos.

Aplicação:
- Quando inicia a música, as formandas começam a desenhar livremente na
sua folha;
- Sempre que a formadora fizer um sinal (previamente estabelecido), as
formandas passam a folha à colega da direita e recebem a folha da colega da
esquerda, continuando o desenho iniciado;
- Esta fase termina quando cada formanda recebe a folha que iniciou.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Objetivos da atividade:
• Desenvolver a fantasia sonora e o comportamento criativo;
• Empregar e ordenar os meios ao seu dispor na realização de uma
tarefa;
• Usar livremente a voz, os instrumentos e o corpo para além das formas
tradicionais;
• Desenvolver um comportamento cooperativo em ações musicais.
Esta atividade chama a atenção para a possibilidade de transformar a música,
o som e o movimento em cores e formas e vice-versa, ou seja, transformar cores e
formas em som e movimento, motivando os alunos a partir de uma imagem.

A aprendizagem musical
• A aprendizagem musical centrada na voz e no canto, interliga-se com o
corpo e com o movimento. A audição, análise e discussão de um
repertório, as práticas instrumentais diversificadas, a pesquisa, a
experimentação e a criação são atividades inerentes à aprendizagem
musical.
• De um modo geral, a aprendizagem da música, em todas as idades, é
feita pela experimentação, é o aprender fazendo.

Como planificar uma atividade musical


Na planificação de atividades musicais, devemos ter em conta:
- o que os alunos vão aprender;
- como vão aprender;
- o repertório que vão estudar;
- as competências adquiridas e outros resultados da aprendizagem

Atividade 2 – uma história com sons


1.º Momento:
Apresentado o título da história, as formandas irão decidir se podem colocar
uma música para acompanhar a história. Se sim, que tipo de música vamos colocar.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

2.º Momento:
As formandas fazem a leitura da história utilizando sons, de forma a tornar a
história mais atrativa, interativa e expressiva, explorando os diferentes sons que a
história pode suscitar

Objetivos da atividade
• Estimular a imaginação e a criatividade;
• Interdisciplinaridade;
• Entender a voz humana e sua utilização como fonte sonora, quer como
meio de expressão livre, quer através da leitura de uma simbologia gráfica
dos sons;
• Leitura expressiva, perceber o ritmo das palavras;
• Desenvolvimento das capacidades de improvisação e composição.

Atividade 3
Temos três garrafas de vidro numeradas, com diferentes quantidades de
água. Uma cheia de água, outra vazia e outra com apenas metade da garrafa com
água.
Vamos tocar com uma colher em cada uma delas e ouvir o som que estas
emitem;

1.º Momento
As formandas estão de costas voltadas para as garrafas e é emitido um som.
De seguida terão que identificar qual a garrafa que tocou, indicando o seu
número.
Num momento seguinte, serão tocadas sequências de dois ou três sons, que
as formandas terão que identificar e memorizar.

2.º Momento:
Utilizando a percussão corporal, cada formanda irá efetuar uma sequência de
sons:
- Mãos: som agudo

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

- Joelhos: som médio


- Pés: som grave

A restante turma terá que:


- dar um passo em frente: som agudo
- dar uma passo atrás: som grave
- permanecer no lugar: som médio

Objetivos da atividade
• Após esta atividade as formandas já associam um som grave a um
som “grosso” e um som agudo a um som “fino”.
• Desenvolverão o sentido da audição e a memória, através da
reprodução e identificação de sequências de sons.

O ritmo
É o movimento que ocorre em intervalos regulares. É também conhecido por
cadência. O ritmo está presente em todas as coisas, como por exemplo: a batida do
coração, os ponteiros do relógio, etc.

É o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenómeno repetitivo. Nas


artes, como na vida, o ritmo está sempre presente. O ritmo musical é um
acontecimento sonoro, que acontece com uma certa regularidade temporal.

Ritmo vs pulsação
• O ritmo são os batimentos ou as palmas que batemos, por exemplo,
por cada sílaba das palavras da letra da música.
• A pulsação são os batimentos certos e regulares que existem na
música.

Atividade 4 - o jogo das ilhas


Aplicação:
• Distribuído pelo chão da sala estão folhas de jornal, as ilhas.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

• O formador vai percutindo vários ritmos e quando pára, as formandas


terão que ir para cima do jornal. Contudo, não há ilhas para todas, por isso,
alguém não vai ter ilha e ficará fora do jogo.
• À medida que vão saindo do jogo, é-lhes dada a vez de percutir um
ritmo para as colegas e é retirada uma folha de jornal.
• O jogo termina quando estiver em jogo apenas duas formandas e uma
folha de jornal.
• Apenas uma será a vencedora.

Objetivos da atividade
• As formandas terão oportunidade de ouvir e percutir ritmos livremente;
• Forma lúdica de trabalhar com os ritmos e aplicável em situações do
quotidiano, como no infantário, na escola, etc.

Atividade 5 - O Ritmo das Lengalengas


Aprender ritmos com prazer

Aplicação:
- A formadora bate com palmas o ritmo da lengalenga:
Rei, Capitão
Soldado, Ladrão
Menina bonita
Do meu coração
-Todas as formandas dizem a lengalenga em conjunto, em voz alta;
- De seguida, dizem a lengalenga, batendo o seu ritmo em simultâneo;
- O próximo passo é bater o ritmo da lengalenga sem dizer nada;
- Após este exercício, formadora e formandas irão bater o ritmo e dizer a
lengalenga de forma alternada. Assim:
Formadora Rei, Capitão
Formandas Soldado, Ladrão
Formadora Menina bonita
Formandas Do meu coração

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Objetivos da atividade
• Realização e compreensão de exercícios rítmicos;
• Os batimentos rítmicos de lengalengas.

PROMOÇÃO DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO PLÁSTICA E EXECUÇÃO


DE EXPOSIÇÕES

Aplicação das técnicas de animação de atividades pedagógicas


Expressão plástica

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Área da Expressão Plástica permite representar coisas que fizeram, viram e


imaginaram. Permite aprender a criar e observar mudanças: encaixar coisas,
separá-las, ordená-las, combiná-las e transformá-las. Permite experimentar
materiais e técnicas, sem interessar os resultados.
Esta área deve ser colocada perto de um ponto de água e o chão deve ser
facilmente lavável. É uma área que necessita de muito espaço de trabalho: mesa
grande, bancadas, espaço para bibes, espaço para expor trabalhos ou corda para
secar trabalhos. Os materiais devem ser introduzidos gradualmente para que as
crianças aprendam a usá-los e a cuidar deles.
Exemplos e objetivos de atividades de expressão plástica

ACTIVIDADES OBJECTIVOS

• Trabalhos com pasta de moldar • Promover a exploração e


• Trabalhos com plasticina descoberta de diferentes, técnicas
• Pintura, recorte e colagens e materiais,
• Desenho • Conduzir à tomada de decisões
• Bordados • Promover a iniciativa e
• Pintura de vidro organizar-se no sentido de
• Cerâmica conseguir desempenhar tarefas
• Técnica de pontilho simples, procurando nos outros a
• Técnica de Stencil colaboração necessária.
• Trabalhos com materiais de • Trabalhar a destreza manual, a
desperdício imaginação e a cooperação,
• Reciclagem de papel • Fomentar o prazer de brincar,
criando.
• Desenvolver a criatividade,
utilizando diferentes materiais de
trabalho, nomeadamente materiais
de desperdício.
• Desenvolver a capacidade de
observação e concentração
• Fomentar o trabalho de grupo.
• Desenvolver o trabalho
assertivo.

Expressão musical

A aprendizagem musical centrada na voz e no canto, interliga-se com o corpo


e com o movimento. A audição, análise e discussão de um repertório, as práticas

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

instrumentais diversificadas, a pesquisa, a experimentação e a criação são


atividades inerentes à aprendizagem musical.
De um modo geral, a aprendizagem da música, em todas as idades, é feita
pela experimentação, é o aprender fazendo.
Exemplos e objetivos de atividades de expressão musical

ACTIVIDADES OBJECTIVOS

• Escutar, identificar e reproduzir • Desenvolver os sentidos de


sons da natureza e da vida corrente; discriminação auditiva;
• Produzir sons: com o corpo, com • Desenvolver a memorização.
objetos da sala, com instrumentos • Explorar sons;
simples: adquiridos ou • Explorar ritmos,
confecionados; • Trabalhar o silêncio;
• Construção de instrumentos • Promover o contacto com
musicais; diferentes instrumentos musicais.
• Jogos rítmicos;
• Canções: pedagógicas e
tradicionais;
• Audição de diversos tipos de
música: regional, moderna, clássica,
infantil, etc.;
• Explorar a sonoridade das
palavras, cantando-as e chamando-
as;
• Rodas e danças;
• Inventar canções;
• Utilizar o gravador;
• Canções do mundo.

Expressão dramática e motora

As atividades de expressão dramática e motora surgem da perceção das


vantagens que advêm da conjugação de dois domínios - a Psicologia e a Expressão
Dramática. As técnicas da Expressão Dramática, em particular o jogo, permitem
abordar as temáticas estudadas pela Psicologia de uma forma leve e com um
sentido prático e (des)dramatizado.
Esta metodologia pretende facilitar o desenvolvimento de competências
pessoais e sociais, optando pela conjugação do corpo de conhecimentos da

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Psicologia e as técnicas de facilitação da expressividade inerentes à expressão


dramática.
Exemplos e objetivos de atividades de expressão dramática e motora

ACTIVIDADES OBJECTIVOS

• Dança • Promover a exploração e descoberta


• Coreografias musicais de diferentes, técnicas e materiais,
• Ginástica • Conduzir à tomada de iniciativas e a
• Teatro organizar-se no sentido de conseguir
• Jogos de interior desempenhar tarefas simples,
• Jogos de exterior procurando nos outros a colaboração
• Jogos Lúdico-Pedagógicos necessária.
• Jogos tradicionais • Trabalhar a destreza manual
• Fomentar o prazer de brincar, criando.
• Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais de trabalho,
nomeadamente materiais de desperdício.
• Desenvolver a capacidade de
observação e concentração
• Fomentar o trabalho de grupo.
• Desenvolver o trabalho assertivo.

Seleção de materiais de suporte

Material para a expressão plástica


a) Papel de diferentes tamanhos, texturas e cores (papel branco de desenho,
papel de jornal, embrulho, seda, prata, papel autocolante, pratos de papel,
bocados de cartão);
b) Material para misturar e pintar (tinta de têmpera, sabão, aguarelas,
cavaletes, frascos para guardar tintas, pires de pintura, trinchas e pincéis
de diferentes tamanhos, esponjas, toalhas de papel, aventais, escovas de
dentes, palhetas);
c) Material para ligar e separar (agrafador e garfos, furador, cola de farinha,
cola instantânea, cola para borracha, fita-cola, fita isoladora, clips, elástico,
cordel, fio, agulhas e linha, tesouras).

Material para a expressão musical:

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

• Leitor de cassetes e DVD’s com gravador.


• Cassetes e CD’s vários.
• Cassetes virgens.
• Microfone.
• Auscultadores.
• Instrumentos musicais: triângulos, sinos, sólidos com areia, maracas,
xilofone de madeira, pandeiretas, tambores, pauzinhos, etc.

Material para a expressão dramática
• Elementos do cenário
• Vestuário e calçado
• Maquilhagem
• Luzes
• Música
• Adereços diversos
• Fantoches e marionetas

Organização de espaços

É importante como o espaço de ATL é organizado. Uma vez que influencia e


condiciona toda a atividade da criança, as suas escolhas, a concretização dos seus
planos, utilização de materiais e a relação com os outros.
Ele deverá ser um espaço onde a criança se possa movimentar, expressar,
criar, construir, explorar, experimentar, brincar, jogar e levar a cabo todos os seus
projetos.
O ATL deverá estar organizado para facilitar a realização das diferentes
atividades. A configuração ideal da sala de atividades seria em “Open Space” daí
estar dividida por áreas de trabalho, como por exemplo:
• Área dos jogos de mesa;
• Área da Expressão Plástica;
• Área dos jogos de tapete;
• Área da Garagem/Construções;

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

• Área da Casinha das Bonecas (funciona também para apoio escolar)


• Área de biblioteca/ Ludoteca.

Organização e montagem de exposições de trabalhos efetuados pelas


crianças

Na sala de atividades deverão existir existem vários espaços de exposição,


que se destinam à afixação dos trabalhos elaborados durante o ano bem como,
instrumentos de pilotagem: quadro de presenças, dos aniversários, do tempo e toda
a informação para a comunidade educativa.

Cartazes
O cartaz é um meio de comunicação de massa, um recurso visual cuja
finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens.
Em sala de aula, pode ter como objetivos, além de informar e motivar,
demonstrar o conhecimento construído pelos alunos em uma unidade de estudo.
Nos outros ambientes da escola, eles veiculam notícias, anunciam campanhas e
eventos.
Na elaboração de um cartaz, deve-se levar em conta alguns elementos, como
o texto, a ilustração, a cor e o layout. Cada cartaz deve conter um único tema, e o
texto não deve ultrapassar vinte palavras. Em geral, ninguém pára ao ver e ler um
cartaz ou uma faixa.
É importante escolher a letra adequada, que pode ser feita à mão, com o uso
de pincéis, utilizando-se letras recortadas de jornais e revistas, feitas com moldes ou
adesivas. O estilo da letra deve ser simples, para que o texto seja facilmente lido. O
tamanho deve ser proporcional a distância da qual o cartaz será lido, evitando-se o
uso de letras pequenas.
Um cartaz bem elaborado deve ser colorido, mas com cores que se
harmonizam, que chamam a atenção na medida certa.
Assim, preferencialmente, deve-se optar pelo uso de letras escuras em fundo
claro, que facilitam a leitura. Cores quentes, como o vermelho, o amarelo e o laranja,
podem ser usadas sem exageros para destacar uma palavra, um dado relevante ou
para o título, por exemplo.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Por fim, a disposição dos elementos que compõem um cartaz deve ser bem
equilibrada, pois a otimização do espaço facilita a comunicação, causando mais
impacto no público e evitando a chamada poluição visual, que é o desequilíbrio entre
esses elementos e o espaço disponível.

Mural didático
Uma sala de aula repleta de textos nas paredes mostra claramente que,
naquele espaço, a leitura e a escrita são valorizadas. Da mesma forma, paredes que
exibem desenhos e trabalhos dos alunos dão mostras de que sua produção é
valorizada, ou melhor, que o aluno é valorizado.
Os murais também desempenham papel importante no processo de
construção do conhecimento e, principalmente, da identidade da escola. Eles
transformam a sala em um ambiente que comunica o que os alunos estão
aprendendo, explicita os valores da escola como instituição, especialmente aqueles
relacionados ao papel da leitura e da escrita na formação dos cidadãos. Ali estão
expostas características fundamentais das práticas e intenções da formação.
Os murais, dentro e fora da sala, podem expor desde uma lista com o nome
dos alunos desenhos e produções escritas por eles; até painel com notícias de
jornal, poemas ou letras de músicas; listas dos títulos dos livros ou das histórias que
já foram lidas; dicas para resolver um problema de matemática; os resultados de
uma pesquisa de ciências e cartazes relacionados a eventos e campanhas na área
da saúde e do meio ambiente.
Existem muitos tipos de mural, elaborados com os mais variados tipos de
materiais e de diversos tamanhos. Você pode confecionar aqueles que são de fácil
execução e baixo custo, aproveitando até mesmo materiais que já existem na
escola, como cortiça, “madeirite”, aglomerado e feltro.
Alguns detalhes devem ser observados antes da execução: a altura máxima
não deve ultrapassar 1,80 m em relação ao piso e a mínima não deve ser menor que
90 cm. Essas medidas facilitam a visualização e a afixação de materiais pelo próprio
aluno. A largura pode estar de acordo com a necessidade da turma e com o espaço
existente.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

PROMOÇÃO DE JOGOS

Os jogos constituem um segmento importante das atividades lúdicas,


essencialmente pelo carácter pedagógico que encerram.

Jogos de interior
Analisemos de seguida alguns exemplos de jogos lúdicos de interior

Jogos de integração; jogos com música; jogos


Jogos sociais
concursos; jogos dinamizadores.
Macro jogos Jogos de pista e rallies; quermesses; jogos de

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

mesa ampliados.
Jogos matemáticos e de dedução lógica; jogos
Jogos culturais
de mesa; quizz.

Os jogos de “quebra-gelo” são usados num primeiro momento quando os


participantes ainda não se conhecem, e procuram facilitar a comunicação e a vida
social entre os mesmos. Estes jogos não admitem participantes passivos, todas as
pessoas têm que participar.
Os jogos sociais encontram-se divididos em quatro grupos, sendo que os três
primeiros têm um carácter competitivo, o que não acontece com os jogos
dinamizadores.
Os macro jogos são jogos que se prolongam no tempo, não afetando
negativamente o ritmo nem o interesse dos participantes. São jogos que necessitam
de locais muito amplos para poderem ser realizados.
Os jogos culturais baseiam-se em conhecimentos adquiridos, na agilidade
mental e inteligência dos participantes, e podem ser simples provas ou ações
realizadas no âmbito de um jogo maior.
São exemplo de ogos de interior:
o Jogos de integração
o Concursos
o Jogos de tabuleiro
o Jogos de dedução lógica
o Jogos matemáticos
o Bridge
o Xadrez
o Dominó
o Damas
o Cartas
o Bilhar
o Bingo
o Puzzles

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Jogos de exterior

Os jogos exteriores são normalmente realizados em equipas e alguns jogos


podem ser praticados sem a utilização de qualquer material
Brincar no exterior não é - contrariamente ao que muitos pais (e mães)
possam julgar -, uma atividade que implique obrigatoriamente a intervenção de uma
bola...
Existem muitos jogos de exterior. Se não se lembrar de nenhum comece por
perguntar às crianças quais os jogos que conhecem (assumindo o risco de encontrar
versões mais ou menos criativas das regras de um mesmo jogo).

Exemplos de jogos de exterior: Jogos Tradicionais


Jogo da Malha
Material: 4 malhas de madeira, ferro ou
pedra (duas para cada equipa); 2 pinos (paus
redondos que se equilibrem na vertical).
Jogadores: 2 equipas de 2 elementos
cada.
Jogo: Num terreno liso e plano, são
colocados os pinos, na mesma direção, com cerca de 15/18 metros de distância
entre eles. Cada equipa encontra-se atrás de um pino. Joga primeiro um elemento
de uma equipa e depois o da outra, tendo como objectivo derrubar ou colocar a
malha o mais perto do pino onde está a outra equipa, lançando-a com uma mão.
Pontuação: 6 pontos por cada derrube, 3 pontos para a malha que fique mais
perto do pino. Quando uma equipa atinge 30 pontos, ganha. Uma partida pode ser
composta por três jogos, uma equipa para vencer terá de ganhar dois.

Jogo dos bilros


Material: 1 bola de trapos ou madeira; 9 bilros
(pinos); 1 bilro maior (o vinte).
Jogadores: Equipas com o mesmo número de
jogadores cada uma.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Jogo: Num terreno liso e plano formam-se três colunas, de três bilros cada,
com os bilros mais pequenos, estando todos separados cerca de 15 centímetros. O
bilro grande coloca-se no prolongamento da coluna central, distando dos outros
cerca de 30 centímetros e estando separado por um risco feito no chão.
As equipas devem encontrar-se a uma distância dos bilros que irá de 6 a 8
metros. Um jogador de cada vez lança a bola de forma a que esta role pelo chão,
tentando derrubar os bilros.
Pontuação: 20 pontos pelo derrube do bilro diferente; 2 pontos pelo derrube
de um bilro pequeno se este não ultrapassar o risco, se o fizer o derrube vale 10
pontos. Ganha a equipa que fizer primeiro 100 pontos. Cada partida pode ser
composta por três jogos, uma equipa para vencer terá de ganhar dois.

Jogo da vara
Material: Varas. O número de varas é de
menos uma em relação ao número de
participantes.
Jogadores: Número variável.
Jogo: Espetam-se as varas no chão, os
participantes alinham, atrás de uma marca, de
costas voltadas para as varas. Após um sinal, dado por alguém que não esteja a
jogar, cada jogador corre para tentar apoderar-se de uma vara. O jogador que não o
conseguir é eliminado, os outros dirigem-se novamente para a marca de partida e o
jogo prossegue com cada vez menos varas até que reste só um jogador, que será o
vencedor.

Jogo da tração com corda em linha


Material: 1 corda e 1 lenço (deverá estar
atado a meio da corda).
Jogadores: 2 equipas com o mesmo
número de jogadores cada uma.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Jogo: Num terreno plano e livre de obstáculos, duas equipas com forças
equivalentes, seguram, uma de cada lado e à mesma distância do lenço, uma corda.
Entre as equipas, antes de começar o jogo, traça-se ao meio uma linha no chão. O
jogo consiste em cada equipa puxar a corda para o seu lado, ganhando aquela que
conseguir arrastar a outra até o primeiro jogador ultrapassar a marca no chão. É
também atribuída a derrota a uma equipa se os seus elementos caírem ou largarem
a corda. Não é permitido enrolar a corda no corpo ou fazer buracos no solo para
fincar os pés.

Jogo da bola à parede


Material: 1 bola de trapos (péla).
Jogadores: Um contra um ou dois contra
dois.
Jogo: Cada jogador bate a bola com a
mão sucessivamente contra a parede, sem
parar e sem a deixar cair no chão. Se jogam
em equipa, bate um jogador e depois outro, alternadamente.
Quando a bola cai no chão, começa, o jogador adversário ou a outra equipa a
jogar. Ganha aquele jogador ou equipa que conseguir bater maior número de vezes
com a péla na parede. Pode lançar-se o mais alto que se quiser.

Jogo da corrida de sacos


Material: Sacos de serapilheira ou
plástico grosso, em número igual ao dos
participantes.
Jogadores: número variável.
Jogo: É marcado um percurso no chão
com uma linha de partida e uma meta. Todos
os concorrentes se colocam atrás da linha de partida. Ao sinal de partida, cada um
entra para dentro do seu saco, segura as abas com as mãos e desloca-se em
direcção à meta. Ganha aquele que chegar primeiro.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Variantes: Equipas de três jogadores, colocando-se dois lado a lado, o


terceiro enfia as pernas nos sacos onde os outros já se encontram metidos (um em
cada saco), abraçando-os.
As restantes regras são iguais às da corrida individual.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS À PRAIA

Viagem

Nas idas à praia ou a visitas de estudos/passeios, o


professor/educador/animador/técnico de ação educativa, pode ocupar a função de
vigilante.

Nº de vigilantes por veículo


• 1, se o veículo transportar menos de 30 crianças;
• 2, se o veículo transportar 30 ou mais crianças;
• 2, se o veículo tiver dois pisos;

Funções do vigilante
• Utilizar colete retro refletor e raquete de sinalização vermelha em
ambas as faces para acompanhar as crianças no atravessamento da via;
• Garantir o cumprimento dos seguintes aspetos: lotação do veículo e
utilização dos sistemas de retenção para crianças/cintos de segurança.
• Manter-se sempre atento durante a viagem, poderão haver crianças
que podem conseguir tirar o cinto e levantarem-se;
• Fazer uma paragem após uma hora de viagem se esta demorar 2
horas ou mais. (lanchar, ir à casa-de-banho…);
• Animar as crianças com canções/músicas.

Chegada à praia

• Manter as crianças sempre juntas.


• Certificar-se onde se situam a farmácia, posto de socorro, mercearia…;
• Escolher um local limpo na areia para estender as mantas;
• Colocar os chapéus-de-sol e montar tendas;
• Colocar as mochilas das crianças à sombra;
• Renovar a aplicação do protetor solar nas crianças;

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

• Certificar-se que todas as crianças têm boné;


• Explicar-lhes novamente o comportamento que estas devem ter na
praia (regras estabelecidas pelo educador/animador/professor/técnico de
ação educativa);
• Se possível, combinem um lugar de fácil acesso, caso uma criança se
perca, saber deslocar-se a esse local;

Incidência solar

Horário de exposição solar


• Horas mais seguras: Início da manhã, até às 11h e final da tarde
depois das 17h00. A sombra é maior que os objetos
• Horas arriscadas: Entre as 11h00 e as 12h00 e entre as 16h00 e as
17h00. A sombra é igual aos objetos
• Horas mais perigosas: Entre as 12h00 e as 16h00. A sombra é menor
que os objetos
• Aplicar protetor solar nas crianças antes de sair do A.T.L A eficácia
inicia-se 30 minutos após a aplicação.
• Informar os pais sobre a importância do protetor adequado ao tipo de
pele da criança (30 +);
• Não esquecer orelhas, pés, canelas e lábios;
• Colocar protetor de 2 em 2 horas;
• Reaplicar após o banho.

Vestuário
• Evitar tecidos porosos (quanto mais transparente menos protege);
• Deve ser confortável;
• Deve ser de algodão e fino;
• Os fatos de banho devem ser logo retirados após a ida à água
• A roupa molhada em contacto com a pele favorece o surgimento de
micoses.

Atividades livres

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

São atividades realizadas pelas crianças de uma forma espontânea e livre.


(ex: brincar com objetos na areia…).

Atividades orientadas

São atividades planificadas pelo educador/animador/professor/ técnico de


ação educativa, ou seja, o adulto tem uma participação direta no desenrolar da
atividade (estabelecer regras, explicar funcionamento…ex: apanhada, jogo do
lenço…);

Idas à água

• Antes de se deslocarem à praia, explicar às crianças o significado da


cor das bandeiras;
• ATENÇÃO: Algumas crianças ficam muito entusiasmadas com a ideia
de irem tomar banho… manter-se atento para evitar fugas de crianças para a
água.
• Cada adulto pode levar duas crianças à água, segurando-as pelas
mãos e mantendo-as sempre à borda da água. Se possível, colocar colete
salva-vidas nas crianças.

Refeições

• As crianças podem comer na praia (dentro das tendas, em cima das


mantas) ou podem deslocar-se a um parque que esteja próximo;
• A alimentação e o seu transporte fica a cargo da instituição;
• A alimentação deve ser transportada em lancheiras térmicas;
• Para evitar as intoxicações alimentares e a desidratação com diarreias
e vómitos não deixar as crianças comer fritos ou sandes com molhos.
• Levar frutas, água, sumo de frutas, iogurtes…;
• As crianças devem beber muita água.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Regresso

• Contar as crianças antes de entrar no autocarro


• Identificar as crianças com crachás ou pulseiras (nome da criança,
nome do estabelecimento de ensino, e dois n.ºs de telemóveis de adultos);
• Os adultos não devem ausentar-se todos ao mesmo tempo;
• Ter em atenção as normas de transporte de crianças, aplicáveis e
veículos de transporte coletivo.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS NAS VISITAS DE ESTUDO OU


PASSEIOS

Viagem

O local a visitar depende dos objetivos que se pretendem atingir. Se a visita


se enquadra num projeto em que intervêm várias disciplinas, a deslocação deve
prever a visita a diferentes locais ou a um local que possibilite leituras diversas.
A data da visita terá de ter em conta a planificação. As marcações deverão
ser feitas com antecedência porque, em muitos casos, é necessária a autorização
das instituições que tutelam o local a visitar. Por outro lado, há que gerir a saída dos
alunos, dado que podem ser programadas outras visitas, podem ser necessários
subsídios e apoios para a sua realização, etc.
O guião ou dossier-guia deverá conter as informações básicas: dia e horário
da partida e da chegada, material necessário, percurso… Contudo, se incluir outros
elementos, poderá constituir um instrumento que oriente e rendibilize a visita de
estudo.
Assim, o tema deve ser enunciado, podendo ser acompanhado por um ou
mais textos. Os objetivos gerais e específicos devem ser registados; em muitos
casos, os professores transcrevem os conteúdos programáticos relacionados com a
visita.
Deverão ser assinaladas as paragens previstas durante o percurso, bem
como os aspetos que merecem ser observados: um rio, um monumento, uma
atividade agrícola, uma produção artística… Estas paragens, que serão sugeridas
pelos professores, tendo como critério o interesse que têm para as suas disciplinas,
poderão ser assinaladas pelos alunos num mapa, que deve constar do dossier
O pedido de autorização dirigido aos Encarregados de Educação deve
fornecer informação sobre o horário, itinerário, custo e material necessário. Mas,
além disso, deve esclarecer os objetivos da visita.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Objetivos

A visita de estudo é mais do que um passeio. Constitui uma situação de


aprendizagem que favorece a aquisição de conhecimentos, proporciona o
desenvolvimento de técnicas de trabalho, facilita a sociabilidade.
A visita de estudo é um dos meios mais utilizados pelos professores para
atingir este objetivo, ao nível das disciplinas que lecionam. Daí que seja uma prática
muito utilizada como complemento para os conhecimentos previstos nos conteúdos
programáticos que assim se tornam mais significativos.
Apesar de preponderarem as visitas de carácter interdisciplinar, podem
justificar-se visitas especializadas. Este tipo de visita visa abordar um aspeto
específico de um tema de uma disciplina, assumindo um carácter "monográfico".
A visita de estudo tem múltiplas potencialidades pedagógicas e formativas; de
entre elas destacam-se as que decorrem da relação de proximidade entre
professores e alunos. Num outro registo, num outro contexto de trabalho, o clima
interpessoal melhora. E, muitas vezes, mais importante que os conhecimentos que
se adquirem, são as descobertas mútuas que se proporcionam.
O que distingue a visita de estudo de um passeio ou excursão é a sua
integração no processo ensino-aprendizagem, bem como a sua planificação e
preparação cuidada.
Na preparação de uma visita, o primeiro momento será a definição dos
objetivos. Se estes forem de carácter fundamentalmente cognitivo, dever-se-á ter em
conta o momento do processo de aprendizagem considerado mais oportuno para a
realizar.
Muitas vezes a visita é utilizada como forma de motivar e sensibilizar os
alunos para a abordagem de um tema, de uma questão. Pode ter como função
concretizar e aplicar conhecimentos já adquiridos, culminando o estudo de um tema.
Na maior parte das vezes tem por função a recolha de dados e informações que
esclareçam e motivem um trabalho em curso.
Para além da aquisição de conhecimentos, as visitas de estudo possibilitam o
desenvolvimento de várias competências e capacidades: a aquisição e aplicação de
técnicas de pesquisa, recolha e tratamento de informação; o desenvolvimento de
capacidades de observação e organização do trabalho, bem como a elaboração de
sínteses e relatórios.

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Planeamento e desenvolvimento de atividades de tempos livres

Por outro lado, propiciam condições para o desenvolvimento do trabalho em


equipa e da comunicabilidade.
Ao planificar a visita, os professores deverão, em conjunto, definir os objetivos
de carácter geral e específico.

Questões de segurança

Quando está muita gente junta há tendência a pensar-se que há outras


pessoas a vigiar as crianças, ora isso muitas vezes não é verdade e os acidentes
acontecem. É preciso nunca deixar as crianças sem vigilância, especialmente as
mais pequenas (até aos 5 anos de idade).
É conveniente explicar aos mais pequenos o que devem fazer caso se
percam. Dizer-lhes para ficarem parados no sítio onde estão é fundamental, pois
diminui o risco de desencontros. É ainda importante combinar um ponto de encontro
para o caso de acontecer algum imprevisto que leve as pessoas a separarem-se.
É importante evitar o uso de certas roupas e acessórios em locais como os
parques infantis, feiras de diversões ou zonas florestais. Fios e porta-chaves ao
pescoço são de evitar. Ao usá-los, as crianças podem ficar facilmente penduradas
pelo pescoço ao brincar no escorrega, no baloiço, no carrossel ou até a correr entre
as árvores.
As crianças devem também transportar com elas elementos que ajudem a
identificá-las com relativa facilidade.
Vestir os elementos de um grupo todos da mesma cor pode ajudar a ter uma
perceção de onde as crianças andam. Ainda mais quando há outras crianças no
local. Pôr só chapéus iguais não é suficiente, até porque com a brincadeira podem
cair facilmente.
Importa ainda colocar no bolso ou na pulseira da criança o contacto da escola
ou dos pais. Escrever o nome na roupa não é bom, uma vez que uma identificação
muito óbvia pode facilitar a que estranhos finjam ser os pais ou amigos do menor.

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Refeições

• A refeição pode ser realizada na instituição acolhedora ou,


alternativamente, num local ao ar livre que apresente condições para o efeito;
• A alimentação deve ser transportada em lancheiras térmicas;
• Para evitar as intoxicações alimentares e a desidratação com diarreias
e vómitos não deixar as crianças comer fritos ou sandes com molhos.
• Levar frutas, água, sumo de frutas, iogurtes…;
• As crianças devem beber muita água.

Regresso

• Contar as crianças antes de entrar no autocarro


• Identificar as crianças com crachás ou pulseiras (nome da criança,
nome do estabelecimento de ensino, e dois n.ºs de telemóveis de adultos);
• Os adultos não devem ausentar-se todos ao mesmo tempo;
• Ter em atenção as normas de transporte de crianças, aplicáveis e
veículos de transporte coletivo.

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PARTICIPAÇÃO NA PROMOÇÃO DE FESTAS

Objetivos

Ao nível da formação integral e global das crianças, os objetivos fundamentais


preconizados pelas atividades a realizar são os que se seguem:
• Desenvolver a capacidade de construção e aceitação de regras
elementares e de convivência;
• Desenvolver a solidariedade, compreensão e respeito pelo outro;
• Desenvolver o sentido de autonomia e responsabilidade;
• Fomentar a cooperação no grupo, e promover o trabalho em equipa;
• Estimular o crescimento saudável e o desenvolvimento de cidadãos
conscientes e atentos ao mundo que os rodeia;
• Estimular a criatividade e a capacidade crítica;
• Adquirir e desenvolver atitudes que contribuam para a sua formação e
desenvolvimento (social, afetivo, cognitivo, psicomotor, linguístico…);
• Usufruir momentos de lazer e divertimento.
Em suma, a promoção de festas visa, de uma maneira geral, a promoção do
sucesso educativo das crianças (não apenas o escolar); a formação pessoal e social
das crianças e o desenvolvimento comunitário (desenvolvimento da cultura local).

Atividades a desenvolver

Exemplo de festas de carácter lúdico a desenvolver:


§ Festas de boas-vindas. Geralmente utilizam danças e jogos de
participação com o objetivo de integrar os recém-chegados.
§ Concursos. Nesta tipologia podemos incluir os concursos de dança, de
disfarces ou outra estrutura formada pelos jogos concurso que não
estejam sujeitos a uma temática.
§ Festas de carnaval e disfarces. A diferença entre este grupo e os
concursos está no facto de que estas festas e eventos não são
competitivos e têm como objetivo criar ou dinamizar o ambiente no
estabelecimento.

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§ Espetáculos de entretenimento, criados e executados pela equipa de


animação e que contam com a participação de outros membros do staff do
estabelecimento.
§ Espetáculos de participação. São eventos onde participam as crianças
juntamente com os educadores/ animadores, adotando os últimos uma
série de funções mais diversificadas, que podem ir desde a coordenação e
direção do espetáculo até à colaboração em cena.
§ Contratações externas. São espetáculos e ações realizados por
pessoas externas ao estabelecimento, que são contratadas em ocasiões
pontuais ou para dias fixos. Podem ser músicos, palhaços, mágicos.

Distribuição de tarefas pelas crianças

O envolvimento das crianças nas atividades comemorativas deve ser


estimulado, de forma a alcançar os seguintes objetivos:
• Promoção da autonomia;
• Estabelecimento de regras de interação grupal;
• Estabelecimento de regras de gestão do tempo e espaço;
• Promoção de uma ponte com a comunidade envolvente.

Desta forma, a distribuição de tarefas (de forma individual ou em grupo)


permite estimular a motivação e fomentar o cumprimento de objetivos, iniciando as
crianças nas regras de trabalhar em projeto.
A sua participação poderá ser enquadrada de acordo com:
• A diversidade de tarefas disponível para uma mesma atividade;
• A concretização da mesma tarefa ao longo do programa anual de
atividades.

Exemplo de planificação anual de festas e outras atividades coletivas

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Setembro – “Regresso à Escola!”


• Adaptação ao novo espaço;
• Exploração dos materiais;
• Criação e organização de áreas;
• Preparação da Festa de S. Francisco.

Outubro – “Chegou o Outono!”


• Participação na Festa de S. Francisco;
• Mapa dos Aniversários;
• Realização de trabalhos alusivos ao Dia das Bruxas;
• Comemoração do Dia das Bruxas.

Novembro – “O tempo arrefece!”


• Ilustração das capas individuais;
• Trabalhos plásticos com castanhas;
• Festa de S. Martinho;
• Dramatização da Lenda de S. Martinho;
• Lançamento do projeto a viver: “Brincar ao ar livre”.

Dezembro – “Viver o Natal!”


• História sobre o Nascimento de Jesus;
• Trabalhos alusivos ao Natal;
• Decorações de Natal na sala e na Instituição;
• Preparação da Festa de Natal;
• Prenda de Natal;
• Elaboração da Carta ao Pai Natal;
• Ida ao Circo.

Janeiro – “Novo ano, aprender mais …”


• Comemoração do Dia dos Reis;
• Pintar novos jogos no exterior;
• Trabalhos alusivos ao Inverno;
• Trabalho sobre as Janeiras;

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• Comemoração do Dia Mundial da Não-Violência e da Paz.

Fevereiro – “Viva o Carnaval!”


• Comemoração do Dia de S. Valentim;
• Decorações de Carnaval na sala e na Instituição;
• Realização de máscaras de Carnaval;
• Desfile de Carnaval.

Março – “Bem-vinda a Primavera!”


• Elaboração da prenda do Dia do Pai;
• Trabalhos sobre a Primavera;
• Comemoração do Dia Mundial da Árvore e do Estudante;
• Observação de seres vivos;
• Realização de jogos tradicionais.

Abril – “A Natureza desperta!”


• Pintura dos muros;
• Decorações e realização da prenda da Páscoa;
• Trabalhos alusivos à Páscoa;
• Comemoração do Dia da Liberdade (25 de Abril).

Maio – “O tempo a crescer…”


• Elaboração da prenda do Dia da Mãe;
• Elaboração de ateliers no exterior;
• Comemoração do Dia da Espiga.

Junho – “Finalmente, o Verão!”


• Comemoração do Dia Mundial da Criança;
• Desfile do Dia do Ambiente;
• Vivência dos Santos Populares;
• Festa de Encerramento.

Julho – “Viver o Verão!”

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• Colónia de férias.

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BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

AA VV., Caderno de actividades: Educação pré-escolar, Ministério de


Educação: Departamento de Educação Básica 2002

AA VV., Orientações curriculares para a educação pré-escolar, Ministério de


Educação: Departamento de Educação Básica, 1997

AA VV., Pensar formação – Formação de pessoal não-docente (animadores


e auxiliares/ assistentes de acção educativa), Ministério de Educação:
Departamento de Educação Básica, 2003

AA VV., Qualidade e projecto na educação pré-escolar, Ministério de


Educação: Departamento de Educação Básica, 1998

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WEBGRAFIA ACONSELHADA

http://atividadeseducativas.org/tag/expressao-plastica/

http://ouniversodesara.blogspot.pt/2009/10/acompanhamento-de-criancas-
em-creche-e.html

http://pt.scribd.com/doc/52660687/15/Expressao-Plastica

http://repositorio.esepf.pt/handle/10000/408

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/

http://www.anje.pt

http://www.ascriancas.com.br/lazer/criancas-necessidade-de-uma-supervisao-
constante/

http://www.colegio-santiago.pt/index.php/edublogue/16-seguranca/504-os-
cuidados-a-ter-com-as-criancas-na-praia

http://www.educacao.te.pt/pais_educadores/index.jsp?p=86&id_art=194

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