Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
GESTÃO DA QUALIDADE
OS MESTRES DA QUALIDADE
2013
Apresentamos o essencial da vida e da obra das seis personalidades que, em
nossa opinião, marcaram o movimento.
Juran e Deming foram os dois pioneiros do movimento da qualidade. Os
nipônicos os consideram os inspiradores do milagre industrial japonês iniciado
na década de 50. Os norte-americanos só os descobriram nos anos 80. As
suas ideias foram a base de uma revolução da qualidade que restabeleceu a
confiança na indústria americana. Mas seria injusto associar o movimento
apenas a estes dois gurus.
Do lado norte-americano, Philip Crosby deu uma preciosa ajuda com a sua
teoria do zero defeito e Armand Feigenbaum foi o grande impulsionador do
conceito de controle total da qualidade. Do lado japonês, Kaoru Ishikawa e
Genichi Taguchi são dois nomes sonantes. Ishikawa foi o pioneiro. Deu um
cunho japonês aos ensinamentos de Deming e Juran e sistematizou o uso das
sete famosas ferramentas do controle estatístico da qualidade. Foi também o
grande inspirador dos círculos de qualidade. Taguchi deu um forte impulso à
promoção do design industrial, que marcou a segunda fase do movimento da
qualidade no Japão após a primeira fase baseada no controle estatístico. Fora
da lista ficam outros gurus respeitáveis como Massaaki Imai (criador da filosofia
Kaisen, que significa melhoria contínua); James Harrington (cujos passos para
a melhoria contínua ficaram célebres); Richard Schonberger (que fez a
transição de técnicas japonesas como o just-in-time para o mundo ocidental); e,
por fim, Blanton Godfrey (o atual presidente do Juran Institute).
Apresentamos, a seguir, um resumo da obra daqueles que a "Sociedade
Latino-americana para a Qualidade" (SLC) elegeu como os seis gurus da
qualidade.
A vingança dos pais da qualidade: “santos de casa não fazem milagres”. As
carreiras de Juran e Deming, os pioneiros da qualidade, ilustram a veracidade
deste provérbio popular. Após a Segunda Guerra Mundial, ambos alertaram os
empresários norte-americanos para a importância do conceito. Poucos foram,
no entanto, os que levaram a sério. Mas a história deu-lhes razão. A
mensagem seria ouvida no longínquo Japão, onde a aplicação das suas idéias
deram origem a um autêntico milagre industrial. Ironicamente, Juran e Deming
são tidos como os inspiradores desse milagre, que tantas dores de cabeça
causaram aos norte-americanos. Nesse país, a dupla de gurus só seria
redescoberta nos anos 80. Foi nessa altura que o movimento da qualidade
despertou e que Juran e Deming criaram uma legião de fiéis.
Frutos dessa revolução nasceram o prêmio da qualidade Malcolm Baldrige
Award e várias instituições de promoção da qualidade, como a American
Society for Quality Control (ASQC).
Muitos defendem que a atual supremacia industrial americana em áreas
estratégicas como os automóveis e a eletrônica (onde os japoneses foram reis
e senhores durante décadas) são o sinal mais visível desse esforço iniciado na
década de 80.
CROSBY, PHILIP
DEMING, EDWARDS
FEIGENBAUM, ARMAND
Biografia: Armand Vallin Feigebaum nasceu em 1922. Aos 24 anos era tido
como o perito em qualidade da General Electric (GE), em Nova Iorque. Em
1951 conclui o doutoramento em Ciências pelo Massachusetts Institute of
Technology (MIT). Nesse ano lançou o best-seller Total Quality Control, a obra
que lhe conferiu notoriedade mundial. Em 1958 foi nomeado diretor mundial de
produção da GE e vice-presidente da American Society for Quality Control
(ASQC). Três anos depois foi eleito presidente desta instituição. Em 1968
fundou a General Systems, da qual é presidente. Em 1986 passou a membro
honorário da ASQC, um justo prêmio para os seus 35 anos de atividade
profissional ligada à qualidade.
O essencial da obra: Feigenbaum é o pai do conceito de controle da qualidade
total (total quality control). De acordo com a sua abordagem, a qualidade é um
instrumento estratégico que deve preocupar todos os trabalhadores. Mais do
que uma técnica de eliminação de defeitos nas operações industriais, a
qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com a excelência. É
voltada para o exterior da empresa — baseado na orientação para o cliente —
e não para o seu interior — redução de defeitos.
Feigenbaum é reconhecido como pioneiro no estudo dos custos da qualidade.
Bibliografia: Total Quality Control (McGraw-Hill, 1983).
ISHIKAWA, KAORU
JURAN, JOSEPH
TAGUCHI, GENICHI