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RPIF TESTES DE DEGRADAÇÃO FORÇADA PARA

2013 FÁRMACOS E MEDICAMENTOS

05
Francisco C. Alcântara1, Vanessa C. Rescia1, Maria A. Santos1,
Claudete J. Valduga1
¹Universidade Anhanguera de São Paulo – UNIAN-SP, Unidade Maria Cândida,
São Paulo, SP, Brasil.

RESUMO
Estudos de estabilidade dos fármacos e medicamentos compreendem uma etapa extremamente
importante do processo de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Tais estudos são
necessários, primariamente, para garantir a segurança dos medicamentos quanto aos possíveis efeitos
indesejáveis que podem causar aos usuários e, também são uma ferramenta preditiva da etapa de
desenvolvimento farmacotécnico. Por isso, o objetivo deste trabalho foi apresentar um roteiro simples e
resumido para estudos de degradação forçada. São apresentados aqui os testes utilizados pela indústria
farmacêutica, seguindo critérios da ANVISA e órgãos reguladores internacionais, como hidrólise ácida e
básica, oxidação, fotodegradação, efeito da temperatura e temperatura em presença de umidade. Métodos
analíticos adequados permitem identificar e quantificar os produtos de degradação, fornecendo
informações extremamente úteis, sobre a via de degradação dos fármacos e medicamentos em estudo, e
quais alternativas farmacotécnicas, embalagens e logística são as mais adequadas para prolongar sua vida
útil. Um bom delineamento, configurado para atingir uma degradação máxima de 10-20%, pode ter um
impacto econômico muito grande, tanto para as indústrias, quanto para os governos, em termos de saúde
pública, e para o consumidor final.

Palavras-chave: Teste de degradação forçada, fármacos, medicamentos, métodos analíticos.

ABSTRACT
Stability studies of drugs and medicines comprise an extremely important step in the research and
development process of new medicines. Such studies are needed, primarily, to ensure the safety of
medicines for the possible side effects that they may cause to users and are also a predictive tool in
pharmaceutics development stage. Therefore, the aim of this paper is to present a simple and summarized
script for forced degradation studies. Here we present those tests used by the pharmaceutical industry,
according to criteria of ANVISA and international regulatory agencies such as acidic and basic hydrolysis,
oxidation, photodegradation, effect of temperature and temperature in the presence of moisture.
Appropriate analytical methods allow qualifying and quantifying degradation products, providing extremely
useful information on the degradation pathway of drugs and medicines under study, and which
pharmacotechnical alternatives, packaging and logistics are the most appropriate to prolong their life. A
good design, configured to achieve maximum degradation rate of 10-20 %, can have a significant economic
impact, both for industries and for governments, in terms of public health - and for end consumers.

Key-words: Degradation stress test, drugs, medicines, analytical methods.

Endereço para correspondência


Claudete Justina Valduga
Rua Maria Cândida, 1813 – 02071-013, São Paulo, SP, Brasil.
Fone: +55-11-2967-9148
email: Claudete.valduga@aedu.com
Alcântara, et al./Rev. Pesq. Inov. Farm. 5(1), 2013, 38-48.

INTRODUÇÃO A realização do teste de degradação


forçada, assim como o desenvolvimento do
método analítico para a identificação e
No intuito de garantir a segurança da população
quantificação dos produtos de degradação, são de
que faz uso de medicamentos, regulamentos cada
extrema importância para as indústrias
vez mais rígidos têm sido impostos às indústrias
farmacêuticas (Aubry; Tattersall; Ruan, 2009, p.
farmacêuticas pelas agências reguladoras de
139-163). Porque, no momento do registro, pós-
diversos países (Hasija et al., 2013; Brummer,
registro e renovação, o estudo de estresse,
2011). Essas agências reguladoras compõem o ICH
acompanhado de sua análise crítica deverá ser
(International Conference on Harmonisation -
contemplado (Silva et al., 2009; Bajaj; Silgla;
Comitê Internacional de Harmonização de
Skhuja, 2012; Castro; Rau, 2013; Blessy et al.,
Requisitos Técnicos para o Registro de Produtos
2013).
Farmacêuticos para Uso Humano) para normatizar
Os requisitos para os testes de
e regulamentar o registro de fármacos para uso
degradação forçada dependerão das necessidades
humano, protegendo a população de danos
do projeto e do estágio de desenvolvimento do
causados pela presença de impurezas em
fármaco ou do medicamento. Geralmente, são
medicamentos (Singh; Rehman, 2012; Castro;
realizados no início do processo de
Rau, 2013; Blessy et al., 2013; Análise, 2014).
desenvolvimento de medicamentos, onde o
O teste de degradação forçada, ou teste
fármaco é submetido a uma série de condições,
de estresse é definido como ensaio de
tais como hidrólise (ácido-base), fotoestabilidade,
estabilidade para fármacos e medicamentos sob
oxidação por peróxido e temperatura, a fim de
condições extremas, mais ainda do que aquelas
avaliar os subprodutos resultantes e suas
utilizadas para o estudo de estabilidade acelerada
possíveis vias de degradação (Silva et al., 2009;
(Klick et al., 2005; Silva et al., 2009; Brasil, 2012).
Singh; Rehman, 2012; Hotha et al., 2013). Para
Estes testes mostram uma tendência dentro do
isso, é necessário desenvolver um método
planejamento para o desenvolvimento de uma
analítico capaz de detectar a perda do fármaco e
forma farmacêutica (Alsante; Martin; Baertschi,
identificar os produtos de degradação (Hotha et
2003; Singh; Rehman, 2012). Pois, a investigação
al., 2013). O mais adequado é que o
da estabilidade intrínseca do fármaco fornece
monitoramento ocorra através de um único
abordagens de formulação e indica tipos de
método analítico, mas quando não é possível
adjuvantes, aditivos de proteção específicos e de
analisá-los conjuntamente através da mesma
acondicionamento, que, provavelmente,
metodologia analítica, métodos distintos devem
melhorarão a integridade do fármaco e do
ser desenvolvidos (Aubry; Tattersall; Ruan, 2009,
produto (Aulton, 2005; Silva et al., 2009;
p. 139-163; Hicks, 2012).
Brummer, 2011). O teste é utilizado como
Em resumo, os estudos de degradação
indicador de estabilidade e pode ser preditivo da
forçada são realizados para alcançar os seguintes
chance de sucesso dos produtos antes dos
objetivos:
estudos de estabilidade (Alsante; Martin;
1. Estabelecer vias de degradação de fármacos e
Baertschi, 2003; Aubry; Tattersall; Ruan, 2009, p.
medicamentos (Reynolds et al., 2002; Kats, 2005;
139-163; Cione; Tonhi; Silva, 2011, p. 25-36;
Hotha et al., 2013; Blessy et al., 2013).
Hotha et al., 2013; Hossain et al., 2013).
2. Diferenciar os produtos de degradação que
Os estudos de degradação forçada
estão relacionados com o fármaco daqueles que
também são utilizados para facilitar o
são gerados a partir de excipientes e/ou
desenvolvimento de uma metodologia analítica,
adjuvantes numa formulação (Reynolds et al.,
fornecendo condições de obter uma melhor
2002; Kats, 2005; Brummer, 2011; Blessy et al.,
compreensão do ingrediente ativo e a
2013).
estabilidade de produtos durante a fase de
3. Elucidar a estrutura dos produtos de
desenvolvimento (Aubry; Tattersall; Ruan, 2009,
degradação (Reynolds et al., 2002; Blessy et al.,
p. 139-163; Cione; Tonhi; Silva, 2011, p. 25-36).
2013).
Também, podem fornecer informações sobre as
4. Determinar a estabilidade intrínseca de um
possíveis reações de degradação e produtos
fármaco na formulação (Blessy et al., 2013).
formados (Reynolds et al., 2002; Castro; Rao,
5. Elucidar os mecanismos de degradação, tais
2009; Singh; Rehman, 2012; Hotha et al., 2013).
como hidrólise, oxidação, termólise ou fotólise do

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fármaco e do medicamento (Blessy et al., 2013; determinação dos testes de degradação forçada
ICH Q1A(R2), 2003; Reynolds et al., 2002; Singh; nos fármacos. Eles podem ajudar a identificar seus
Bakshi, 2000). prováveis produtos de degradação e o
6. Desenvolver um método analítico adequado procedimento analítico a ser adotado no estudo
para indicar a estabilidade (Cione; Tonhi; Silva, de estabilidade, sendo que a natureza dos testes
2011, p. 25-36). depende do tipo de molécula a ser estudada
7. Compreender as propriedades físico-químicas (Brasil, 2012; Brasil, 2013).
das moléculas do fármaco (Brummer, 2011).
8. Gerar formulações mais estáveis (Blessy et al., Tabela 1. Principais diretrizes do ICH para estudos
2013). de degradação forçada.
9. Produzir um perfil de degradação semelhante Norma Protocolo
ao que seria observado em um estudo formal de
Stability Testing of New Drug
estabilidade, sob as condições preconizadas pelos ICH
Substances and Products (ICH Q1A(R2)
guias do ICH (ICH guidelines. 2014). Q1A(R2)
guideline, 2003)
10. Resolver problemas relacionados à
estabilidade (Brummer, 2011). Photostability Testing of New Drug
O objetivo deste trabalho é fornecer ICH Q1B Substances and Products (ICH Q1B
guideline, 1996)
orientações para o planejamento e execução de
experimentos preditivos de estabilidade para ICH Q1C
Stability Testing for New Dosage Form
fármacos e medicamentos em fase de (ICH Q1C guideline, 1996)
desenvolvimento, utilizando como ferramenta o Bracketing and Matrixing Designs for
teste de degradação forçada. Stability Testing of New Drug
ICH Q
Substances and Products (ICH Q1D
guideline, 2002)
LEGISLAÇÃO VIGENTE SOBRE Validation of Analytical Procedures:
ICH Q2B Methodology (ICH Q2B guideline,
TESTES DE DEGRADAÇÃO 2005)
FORÇADA ICH Impurities in New Drug Substances
Q3A(R2) (ICH Q3B(R2) guideline, 2006)
Estudos de degradação forçada estão descritos ICH Impurities in New Drug Products (ICH
em várias diretrizes internacionais. O ICH publicou Q3B(R2) Q3B(R2) guideline, 2006)
um conjunto de diretrizes que foram discutidas, Fonte: Adaptado de Klick et al., 2005; Hasija et al., 2013.
aprovadas e adotadas pelas autoridades
reguladoras norte-americana, européia e Os efeitos da temperatura, umidade,
japonesa (ICH guidelines, 2014). oxidação, incidência de luz e a susceptibilidade à
Na maioria dos casos, as diretrizes do ICH hidrólise em ampla faixa de pH, devem ser
só se aplicam aos pedidos de comercialização de incluídos; e quando não realizado algum dos
novos produtos, ou seja, eles não se aplicam à testes citados, deve-se apresentar uma
fase de estudos clínicos. No entanto, uma vez que justificativa técnica. A rota de degradação e o
as condições utilizadas para a degradação forçada desenvolvimento e validação dos métodos
são definidas apenas em termos gerais, é possível analíticos podem ser estabelecidos através da
aplicá-las para o desenvolvimento de métodos análise dos produtos de degradação gerados nos
analíticos que indiquem a estabilidade durante a testes, que podem ser feitos em apenas um lote
fase clínica. As mesmas condições de degradação (Brasil, 2012; Brasil, 2013).
podem, então, ser aplicadas ao medicamento, Quando demonstrado que alguns
durante o desenvolvimento e comercialização produtos de degradação não são formados sob as
(Singh; Bakshi, 2000; Kats, 2005). condições de estabilidade acelerada e de longa
As principais diretrizes do ICH aplicáveis a duração, não é necessário avaliá-los. As impurezas
estudos de degradação forçada são mostradas na de síntese, que não são produtos de degradação,
Tabela 1. não necessitam ser descritas no estudo de
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabilidade, desde que se assegure que elas não
(ANVISA) na Resolução - RDC N° 45, de 09 de interfiram na identificação dos produtos de
agosto de 2012, no artigo 36, publicou a degradação (Brasil, 2012).
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O estudo de fotoestabilidade é realizado emissão máxima de energia entre 350 e 370 nm


com o objetivo de demonstrar que a exposição à (Brasil, 2012).
luz não resulta em alterações significantes na Uma proporção significativa da luz
molécula do fármaco. Ele deve ser constituído de ultravioleta deve estar entre as bandas de 320 e
duas partes: degradação forçada e teste 360 nm e entre 360 e 400 nm. Se forem utilizadas
confirmatório, podendo ser realizado apenas com outras condições na realização dos testes, deve-se
um lote do fármaco. Quando não realizado este justificar os motivos. As amostras devem ser
teste deve-se apresentar uma justificativa técnica expostas a, no mínimo, 1,2 milhões de lux horas,
com evidência científica de que o fármaco não integrados a uma energia de ultravioleta próxima
sofre degradação na presença de luz (Brasil, de, no mínimo, 200 watt hora/m2 para estudos de
2012). confirmação (Brasil, 2012).
As amostras submetidas aos estudos de As amostras sólidas devem ser
degradação forçada devem ser acondicionadas acondicionadas em recipientes de vidro ou
em recipientes quimicamente inertes e plástico e cobertos, espalhadas de forma a não
transparentes, deve-se usar uma variedade de ultrapassar a espessura de 3 mm. As amostras
condições de exposição, dependendo da líquidas devem ser expostas em recipientes
fotossensibilidade da substância e da intensidade quimicamente inertes e transparentes (Brasil,
da fonte usada. Deve-se limitar a exposição do 2012).
fármaco e finalizar os estudos antes de De acordo com a RDC 45/2010 havia a
decomposição excessiva. Os níveis de exposição exigência do relatório de estudo de estabilidade
usados devem ser justificados (Brasil, 2012). conter obrigatoriamente as informações sobre a
Se os produtos de degradação não forem quantificação de produtos de degradação e
formados nos estudos confirmatórios, não há método analítico correspondente, ou a
necessidade de avaliação dos mesmos. Se o justificativa técnica para a não realização, porém
fármaco for testado durante a fase de sem um direcionamento de quais testes se
desenvolvimento, as características de deveriam realizar. Havia sido dada uma ênfase
fotoestabilidade devem ser confirmadas em um maior ao teste de degradação por
lote representativo de produção. Se esses fotoestabilidade.
resultados não forem conclusivos, os testes Somente em 20 de Dezembro de 2013 a
devem ser repetidos com até dois lotes adicionais ANVISA publicou a RDC 58 que estabelece
representativos de produção (Brasil, 2012). parâmetros para a verificação de produtos de
A fonte de luz utilizada no teste deve vir degradação em medicamentos, para elaboração
acompanhada da especificação espectral do do perfil de degradação correspondente e para a
fabricante e estar de acordo com o protocolo notificação, identificação e qualificação de
definido. A temperatura deve ser acompanhada produtos de degradação em medicamentos ao
para minimizar sua influência nos resultados dos longo do prazo de validade do medicamento. Este
testes, ou ainda pode-se utilizar uma amostra- teste se aplica aos medicamentos com
controle na ausência de luz, nas mesmas substâncias ativas sintéticas e semi-sintéticas,
condições do teste. Pode ser utilizada uma fonte classificados como novos genéricos e similares.
de luz similar ao padrão de emissão D65/ID65, A ANVISA exige que o estudo de
como uma lâmpada fluorescente artificial degradação forçada deve ser realizado em um
combinando emissão visível e ultravioleta (UV) lote, em escala laboratorial, piloto ou industrial do
(Brasil, 2012). medicamento e que para fins de comparação a
Conforme definido na ISO 10977 (1993), o execução do estudo, deve ser feita também com o
padrão internacional reconhecido para luz do dia medicamento, com a matriz (em alguns artigos é
é D65 e o equivalente ao padrão de luz indireta de referida como placebo) e com o fármaco isolado e
interiores é ID65. Para eliminar radiações de associado. O estudo deverá ser realizado em
fontes de luz emitindo radiação significativa todas as concentrações do medicamento (Brasil,
abaixo de 320 nm deve ser utilizado filtro. A 2013).
amostra pode ainda ser exposta à combinação da A amostra deverá ser submetida às
lâmpada branca fluorescente fria, similar à ISO seguintes condições de degradação forçada:
10977 (1993) e da Lâmpada fluorescente UV, com aquecimento; umidade; solução ácida; solução
espectro distribuído entre 320 e 400 nm, e básica; solução oxidante; exposição fotolítica; e

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íons metálicos. Caso alguma das condições não degradação não exceder o limite adequado
possa ser empregada devido às características observado em estudos de toxicidade.
intrínsecas à amostra, deve-se justificar
tecnicamente à ANVISA (Brasil, 2012; Brasil, Tabela 2. Relação entre dose máxima diária do
2013). fármaco e limites dos produtos de degradação
Preconiza-se também que os estudos de para notificação, identificação e qualificação na
degradação forçada devem promover degradação ANVISA.
superior a 10% (dez por cento) e inferior àquela Dose máxima 2
1 Limites
que levaria à degradação completa da amostra e diária
possa comprometer o teste. Solicita-se que nos Limites de ≤1g 0,1 %
casos em que a degradação for inferior a 10 %, a notificação >1g 0,05 %
empresa deve apresentar justificativa técnica
fundamentada (Brasil, 2013). 1 % ou 5 mg ITD, o
< 1 mg
Justifica-se a exigência do teste, pois os que for menor
resultados servirão de base para o 0,5 % ou 20 mg ITD,
Limites de > 1 mg-10 mg
desenvolvimento e validação da metodologia o que for menor
identificação
analítica dos produtos de degradação formados e 0,2 % ou 2 mg ITD,
para a análise crítica do perfil de degradação do > 10 mg-2 g
o que for menor
medicamento. Na análise crítica do perfil de
>2g 0,1 %
degradação deverá ser contemplada a verificação
da pureza do pico cromatográfico do fármaco no 1,0 % ou 50 mg ITD,
< 10 mg
medicamento e a avaliação dos fatores que o que for menor
podem interferir na estabilidade do medicamento 0,5 % ou 200 mg
(Brasil, 2013). > 10 mg a
Limites de ITD, o que for
100 mg
Os testes e os respectivos resultados dos qualificação menor
ensaios de degradação forçada deverão ser 0,2 % ou 3 mg ITD,
refeitos e reapresentados quando forem > 100 mg – 2 g
o que for menor
solicitadas ao órgão regulador alterações ou
>2g 0,15 %
inclusões na rota de síntese do fármaco; ou 1
mudanças quantitativas e qualitativas de Quantidade máxima do fármaco administrado por dia.
2
Limites dos produtos de degradação são expressos como a
excipiente na composição do medicamento. Na percentagem do fármaco ou como a ingestão total diária
existência de mais de um fabricante do fármaco, (ITD) de um produto de degradação.
os resultados de degradação forçada deverão ser Fonte: Adaptado da RDC 58/2013 da ANVISA (Brasil, 2013).
avaliados para cada fabricante (Brasil, 2013).
A necessidade de notificação, O fabricante do medicamento não será
identificação e qualificação dos produtos de dispensado de identificar os produtos de
degradação no decorrer do estudo de estabilidade degradação. Os limites de aceitação para cada
do medicamento deverá ser avaliada com base produto de degradação individual e o limite total
nas informações contidas na Tabela 2. de produtos de degradação deverão ser incluídos
Para a ANVISA, o produto de degradação nas especificações de liberação do medicamento
poderá ser considerado qualificado quando e do estudo de estabilidade e se superarem o
atender ao menos uma das seguintes condições limite de notificação também (Brasil, 2013).
(Brasil, 2013): A ANVISA poderá solicitar o inicio do
I - o produto de degradação for um metabólito monitoramento de determinados produtos de
significativo encontrado durante estudos em degradação para medicamentos registrados antes
humanos ou animais; desta resolução, caso existam evidências de
II - a quantidade observada e o limite de aceitação toxicidade ou perda de eficácia (Brasil, 2013).
proposto de um produto de degradação Esta Resolução se aplica aos registros de
estiverem adequadamente justificados em medicamentos ou inclusão de nova concentração
literatura científica ou compêndios oficiais; ou ou nova forma farmacêutica, bem como à
III - a quantidade observada e o limite de renovação de registro e às alterações pós-registro
aceitação proposto para um produto de de medicamentos. Os medicamentos já

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registrados devem se adequar na próxima peroxidativa e fotolítica) (Ngwa, 2010; Singh;


renovação de registro (Brasil, 2013). Rehman, 2012). Essas informações são
Sobre os testes de hidrólise (ácido-base), extremamente importantes para o
de oxidação por peróxido e temperatura, a desenvolvimento da formulação mais adequada e
legislação brasileira ainda não é clara e, portanto estável e também quando se troca de fornecedor
esses testes foram abordados de acordo com o do princípio ativo (API) (Ngwa, 2010).
que preconizam os guias do ICH (ICH guidelines, No Brasil, inicialmente, este assunto foi
2014) e Food and Drug Administration (FDA) (FDA explorado de forma muito comercial, vinculando a
Guidance, 1998), em conjunto com a experiência execução dos testes de degradação forçada à
profissional para a realização destes testes. aquisição de equipamentos sofisticados para a
realização dos mesmos. Assim como aconteceu há
alguns anos antes com a validação de métodos
TESTE DE DEGRADAÇÃO analíticos. Isso, de uma forma geral, assustou
muitos profissionais e limitou o investimento das
FORÇADA indústrias farmacêuticas nacionais para o
desenvolvimento desta prática. Embora houvesse
a) Considerações gerais a necessidade de realizar estes testes,
principalmente para registro de novos produtos, a
Existem muitos guias de grande utilidade como saída era contratar empresas terceirizadas para
ponto de partida para a implantação de uma sua realização.
rotina de estudo de degradação forçada. No Quando as indústrias farmacêuticas
entanto, alguns detalhes práticos fogem do lançam mão deste tipo de serviço, elas deixam de
escopo de tais guias, desta forma, este trabalho formar e manter em seu quadro, especialistas
traz informações complementares que podem com qualidade e conhecimento técnico, capazes
ajudar na implementação deste tipo de estudo. de realizar diferentes tipos de estudos científicos.
O ICH, por exemplo, em seu guia Q1A(R2) Por isso, existe uma carência muito grande de
Stability Testing of New Drugs Substances and profissionais que saibam realizar e interpretar
Products, preconiza que: “Os testes de estresse do esses estudos, com rigor analítico e científico
fármaco podem ajudar a identificar os prováveis necessário. Além de ter um grande impacto
produtos de degradação. Que por sua vez, podem econômico para as empresas que dependem da
ajudar a estabelecer as vias de degradação e a terceirização.
estabilidade intrínseca da molécula, e auxiliar na Assim, para cumprir a proposta deste
validação de métodos indicadores de estabilidade. trabalho, a seguir são mostradas algumas
A natureza do teste de estresse dependerá do sugestões para condução de um estudo de
fármaco e da forma farmacêutica do degradação forçada, de forma clara e objetiva, a
medicamento (Ngwa, 2010; Castro; Rau, 2013). fim de dar ao profissional maior segurança ao
Esta informação é suficiente para alertar uma implementar este estudo.
companhia farmacêutica da necessidade de
monitorar o seu produto durante as diversas b) Modelo de implementação
etapas de desenvolvimento e tempo de prateleira
(ICH Q1A(R2), 2003). É preciso compreender que para a realização do
O teste de degradação forçada indica teste de degradação forçada, é necessário
previamente os possíveis produtos de provocar a degradação significativa do fármaco,
degradação, que podem surgir durante os estudos do fármaco na matriz, bem como da matriz, para
de estabilidade acelerada e de longa duração, que desenvolver um método analítico adequado. As
predispõem o tempo de vida útil do condições de estresse impostas às amostras não
medicamento. Porém, o método analítico dever podem ser muito severas, a fim de evitar
ser indicador de estabilidade, ou seja, deve ser degradação extrema e fora da realidade de uma
suficientemente seletivo para detectar o fármaco condição normal de estocagem (Reynolds et al.,
e os produtos de degradação concomitantemente 2002). É desejável promover uma degradação de
(Ngwa, 2010; Hossain et al., 2013). A identificação 10 a 20%, semelhante ao que pode ocorrer
de tais produtos permite identificar as principais durante o estudo de estabilidade e/ou ao longo
vias de degradação (térmica, por hidrólise da vida útil do produto (Baertschi, 2011; Blessy et

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al., 2013). Ao se atingir uma taxa de degradação condições típicas de degradação, como variação
suficiente para realizar o estudo, as condições de da temperatura, umidade; e quando apropriado,
estresse são finalizadas. oxidação, fotólise e suscetibilidade à hidrólise por
O estudo de degradação forçada pode extensa variação dos valores de pH (Silva et al.,
servir como uma alternativa para monitorar o 2009). Na Tabela 3 são mostradas as condições de
produto, bem como para prever suas vias de estresse para fármacos e medicamentos na forma
degradação. Já que, não é viável o sólida ou em solução/suspensão (ICH, 2014;
acompanhamento em tempo real (estabilidade de Ngwa, 2010; Brummer, 2011; Blessy et al., 2013).
longa duração) devido à brevidade dos São descritas as condições gerais de degradação,
cronogramas de desenvolvimento, características sem especificar a solubilidade das amostras.
do processo, excipientes e outros fatores Porém, existem condições experimentais
ambientais (Ngwa, 2010; Brummer, 2011; Blessy adequadas para amostras solúveis e insolúveis em
et al., 2013). água. Na Tabela 4 são mostradas as condições
Usualmente, os experimentos de típicas de estresse para fármaco, medicamento e
degradação forçada são conduzidos com um lote matriz (somente os excipientes) solúveis em água,
do medicamento, comparando-se com o fármaco segundo o que preconiza o guia Q1A(R2) do ICH
isolado e os componentes da matriz, sob (ICH Q1A(R2), 2003; Baertschi, 2011).

Tabela 3. Condições típicas de estresse para fármacos e medicamentos, em seus diferentes estados
físicos/formas de apresentação, baseadas nos protocolos do ICH.
Fármaco Medicamento
Condição Exemplos
Solução/
Sólido Sólido Solução/ suspensão
suspensão
Ácido/Base 0,01 a 0,1 N - X - X

Oxidação 0,3 % de H2O2 - X - X


Fotodegradação 1200 lux/hora X X X X
Temperatura 10 a 70 °C X X X X
10 a 70 °C
Temperatura/umidade X - X -
60 - 90 U.R.
Nota: para eliminar o efeito matriz, utiliza-se a mesma como controle a fim de excluir as impurezas que não são produtos de
degradação; por exemplo, impurezas decorrentes de excipientes.
Fonte: Adaptado de Reynolds et al., 2002; Brummer, 2011.

Tabela 4. Configuração de um estudo de degradação forçada para fármacos, medicamentos e matriz, solúveis
em água, seguindo condições preconizadas pelo ICH.
Volume da
Condição Adicionar Submeter à
solução estoque

Controle 1 mL 1 mL de água Temperatura ambiente protegido da luz


Ácido 1 mL 1 mL de HCl 1N 50 °C/24 horas
Base 1 mL 1 mL de NaOH 1N 50 °C/24 horas
Temperatura 1 mL 1 mL de água 60 °C/24 horas
Oxidação 1 mL 1 mL de H2O2 3% 50 °C/24 horas
Fotodegradação 1 mL 1 mL de água Exposição > 1,2 milhões de lux hora
1 mL de HCl 1N/
Branco ácido/base - 50 °C/24 horas
1 mL de NaOH 1N
Branco peróxido - 1 mL de H2O2 3% 50 °C/24 horas

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Alcântara, et al./Rev. Pesq. Inov. Farm. 5(1), 2013, 38-48.

A Tabela 5 mostra uma configuração de que preconiza o guia do ICH - Q1A(R2), também
condições de estresse para estudos de amostras para o fármaco, o medicamento e a matriz
que sejam insolúveis em água, ainda seguindo o (Baertschi, 2011; ICH Q1A(R2), 2003).

Tabela 5. Configuração de um estudo de degradação forçada para fármacos, medicamentos e matriz,


insolúveis em água, seguindo condições preconizadas pelo ICH.

Quantidade de
Condição Adicionar Submeter à
amostra

Temperatura ambiente
Controle 1 3 - 5 mg -
protegido da luz
*
Ácido 3 - 5 mg 1,5 – 2,5 mL de HCl 1N 50 °C/24 horas
*
Base 3 - 5 mg 1,5 – 2,5 mL de NaOH 1N 50 °C/24 horas

Temperatura 3 - 5 mg - 60 °C/24 hours


*
Oxidação 3 - 5 mg 1,5 – 2,5 mL H2O2 1% 50 °C/24 horas

Fotodegradação 3 - 5 mg - Exposição > 1,2 milhões de lux hora

1,5 – 2,5 mL HCl 1N/


Branco ácido/base - 50 °C/24 horas
1,5 – 2,5 mL 1N NaOH

Branco peróxido - 1,5 – 2,5 mL H2O2 1% 50 °C/24 horas


*Adicionar quantidade suficiente de solvente orgânico, para solubilizar a amostra, evitar a utilização de metanol; usar
preferencialmente acetonitrila.

Decorrido os tempos pelos quais as c) Interpretação dos dados


amostras são submetidas às condições de
estresse descritas nas tabelas anteriores, O método analítico é desenvolvido com o
neutralizam-se as soluções com ácido ou base intuito de detectar o fármaco e todos os possíveis
antes da diluição final, se necessário. produtos de degradação obtidos através das
Posteriormente, as mesmas são diluídas à condições de estresse anteriores. Os
concentração nominal do ensaio com diluente cromatogramas gerados nos múltiplos
adequado à análise, verificando se não há comprimentos de onda fornecem informações
precipitação. As amostras são comumente sobre a degradação do fármaco ao se avaliar a
analisadas por cromatografia líquida, utilizando pureza de pico. Como sugestão, utiliza-se um
detector de arranjo de diodos (DAD/PDA) com limite de 990 para quem trabalha com a
varredura de 200 a 400 nm, pois a maioria dos plataforma Chemstation (ou a critério do
fármacos absorve nesta faixa de comprimento de especialista, de acordo com a plataforma
onda, embora os detectores DAD possam utilizada), tanto para a cromatografia líquida de
trabalhar de 190 a 800 nm. alta eficiência, quanto para eletroforese capilar,
Cabe salientar que as condições equipados com DAD.
experimentais apresentadas nas tabelas Na interpretação dos dados é importante
anteriores servem como sugestão para iniciar os saber o que é produto de degradação do fármaco,
estudos de estresse, com o objetivo de promover componentes da matriz, ou impurezas geradas
uma degradação na faixa de 10-20%. Não pela degradação da mesma. Através do balanço
havendo degradação nestas condições, essas de massas de ativo e produtos gerados é possível
podem ser extrapoladas a fim de se atingir a taxa determinar a taxa de degradação.
desejada, levando-se em conta o bom senso a Se a pureza do pico falhar, devem-se
respeito das características inerentes às amostras verificar os parâmetros de integração antes de
e condições de armazenamento. alterar o método analítico. Porém, se mesmo

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Alcântara, et al./Rev. Pesq. Inov. Farm. 5(1), 2013, 38-48.

assim o valor de pureza não for atingido, o Baertschi SW. Stress testing - A predictive tool:
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alterando-se a rampa do gradiente do solvente Degradation. 2th ed. Informa healthcare, 2011.
orgânico, ajustando o pH da fase móvel ou 13-44 p.
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parâmetros. Um delineamento individual deve ser [Internet]. Agência Nacional de Vigilância
configurado para atingir uma degradação na faixa Sanitária. Poder Executivo, Brasília, DF, Diário
de 10 a 20%, pois acima disso estará fora dos Oficial da União, 01 ago. 2005. Disponível em:
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portanto, fora da realidade. Para atingir esta faixa 01_05_re_comentada.pdf>. Acesso em: 10 dez.
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variar em função da estrutura do fármaco, o tipo Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
de medicamento e as condições de Vigilância Sanitária Resolução - RDC N° 45, de 9 de
armazenamento. A partir dos testes de estresse agosto de 2012. [Internet]. Disponível em:
podem ser gerados produtos de degradação, que <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvis
facilitam o desenvolvimento de um método a/2012/rdc0045_09_08_2012.html>. Acesso em:
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relevantes. Contudo, devido à peculiaridade de
cada fármaco e medicamento, o delineamento do Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de
estudo torna-se uma das grandes dificuldades de Vigilância Sanitária Resolução - RDC N° 58, de 20
sua realização, ao mesmo tempo em que se de dezembro de 2013. [Internet]. Disponível em: <
coloca como desafio necessário aos profissionais, http://sintse.tse.jus.br/documentos/2013/Dez/23
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