Observações gerais: Tudo OK. Peguei o relatório da Thamires Araujo.
Sobre a sala: Nenhum problema. Tudo correu tranquilamente.
Alunos inscritos: 49C + 1F
Alunos presentes: 34C + 1F
A ARTE DA SEDUÇÃO
Professor: Heni Ozi Cukier
Monitora: Jéssica Linhares. Sala: Vermelha
Storytelling: como contar a história perfeita – 29/5/2017
Saber como contar histórias é uma ferramenta de poder e uma forma de
entrar na cabeça de outra pessoa e plantar sementes, de convencer inconscientemente. Assim, a utilização de metáforas e de analogias é importante e pode dar a uma verdade pessoal a aparência de uma verdade universal. Na vida contemporânea, em meio ao caos das muitas informações que recebemos o tempo todo, a história é formadora de sentido: não é à toa que há tantas parábolas e pequenas histórias em textos bíblicos. Neste sentido, o poder de sedução de uma história é menos temporário que o de outras técnicas, pois permite que as pessoas olhem para determinadas situações através de outros pontos de vista. As nossas más decisões não são más graças aos fatos, mas pela ausência de uma história que dê sentido àqueles fatos: as pessoas não são racionais e ninguém sabe exatamente o que quer. Assim, usar o ímpeto de desejos universais é uma boa estratégia, porque, em um mundo artificial, todos são um pouco carentes de atenção e contar uma história é uma das formas de suprir a carência de outra pessoa. Há, basicamente, seis tipos de histórias que podem ser contadas: aquela que explica quem o falante é (que deve ser contada dependendo da imagem que se quer passar de si. Histórias de autorreveleção, com exposição de falhas, por exemplo, costumam abrir caminho para a empatia), a que explica porque ele está naquele lugar, histórias de visão (que não se tratam apenas de meros relatos, mas que levam os ouvintes a sentirem emoções diversas), histórias de ensinamentos, histórias de valores (em que se usa de muitos exemplos e que, se contadas da maneira correta, podem gerar engajamentos) e as histórias que visam mostrar que o falante pensa de forma semelhante a seus ouvintes (que servem para construir aliados, criar conexões). Ao contar uma história, no entanto, deve-se tomar cuidado com a vaidade (usar mais “nós” e menos “eu”, conectando os ouvintes), com excessiva autoridade, com a insinceridade e com a ostentação. Na sociedade em que vivemos, constantemente permeada por transformações, vemos um myth gap, que pode ser preenchido pela religião, pela ciência ou pelo entretenimento: esta inadequação é muito utilizada por publicitários. Os mitos são, hoje, relacionados a mentiras, mas, na verdade, codificam valores, pois apresentam uma explicação a fatos que a racionalidade não alcança. Há algo de ritualístico no mito, que precisa possuir uma referência universal (usando-se do mais básico e fundamental conceito, um mito consegue alcançar mais gente).
Sugestão de Leitura: KAHNEMAN, Daniel. Rápido e Devagar – Duas Formas de Pensar. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2012.
Observação: Este relatório foi preparado pelo monitor do curso, um estudante
universitário, com base em suas anotações da aula. É apenas uma versão do conteúdo apresentado, destinada a apoiar o aluno em seus estudos. Não substitui a presença no curso, nem outras pesquisas sobre o tema, podendo conter eventuais incorreções – caso identifique alguma, por favor, aponte-a.