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9LWyULD
'H]HPEUR
2
680È5,2
Apresentação.................................................... 3
Introdução......................................................... 4
Enquadramento Técnico do Negócio............... 5
Projeto.............................................................. 6
Mercado............................................................ 14
Detalhamento dos Investimentos...................... 16
Aspectos Econômicos e Financeiros................ 20
Resultados Operacionais.................................. 26
Incentivos e Fontes de Financiamento............. 30
Fontes de Referência........................................ 32
3
$35(6(17$d2
Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domínio da atividade que
se propõe a iniciar. Neste sentido, tão importante quanto o conhecimento do ambiente
econômico no qual está inserido, sua capacidade gerencial é um fator de fundamental
relevância para o bom desempenho do negócio.
,1752'8d2
As oportunidades para se investir em um bom negócio não acontecem normalmente ao
acaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construídas a partir de informações
levantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, é necessário
que o investidor faça os seus cálculos sobre o quanto ele vai despender – imobilizar – e
sobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que o
cerca, e conseqüentemente do risco do negócio, fazer cálculos sobre os ganhos
esperados da aplicação dos recursos é tarefa indispensável. Esse exercício de
prospecção de um negócio é chamado de projeto.
É bom deixar claro que os números refletem momentos, situações e locais específicos, o
que permite afirmar que, para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso não
invalida o processo de cálculo, e as conclusões daí decorrentes. O perfil de projeto
reflete uma situação e local genéricos. O tamanho, por exemplo, é definido pela área
mínima necessária para viabilizar um empreendimento de piscicultura com as
características técnicas e operacionais aqui definidas.
O presente perfil tem por finalidade, mostrar a viabilidade financeira de uma unidade de
piscicultura, a partir da compra de alevinos de tilápia revertida, considerando-se os
recursos necessários, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeira
parte faz o enquadramento do negócio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida
é feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos de
orientação sobre quais variáveis ou fatores a serem analisados. Já a parte econômica e
financeira, centra atenção nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto é
definida pela TIR, taxa interna de retorno, pelo Pay-Back Time, tempo necessário para a
amortização do investimento e pelo VPL, valor presente líquido do fluxo de caixa
operacional do empreendimento.
(148$'5$0(1727e&1,&2'21(*Ï&,2
7,32'(1(*Ï&,2
6(725'$(&2120,$
Primário.
5$02'($7,9,'$'(
Agrícola.
352'8726$6(5(02)(57$'26
,19(67,0(17235(9,672
,QYHVWLPHQWR7RWDO 5
Investimento Fixo R$ 102.250,00
Capital de Giro R$ 23.271,68
Reserva Técnica R$ 2.510,43
)$785$0(172$18$/(63(5$'2
Ë1',&(6'($9$/,$d2
2352-(72
2%-(7,92
5(48,6,726'2(035((1'('25
O empreendedor necessita ainda possuir um visão global do negócio, que implica tanto
o conhecimento do mercado fornecedor, quanto do mercado final, canais de
distribuição e regras de convivência com o mundo dos negócios. É importante que o
empreendedor defina a sua estratégia de atuação, de tal modo a garantir de um lado o
fornecimento de sua matéria-prima e insumos indispensáveis, e de outro, o bom fluxo
com os canais de comercialização de seus produtos.
&21',&,21$17(6/2&$&,21$,6
TOPOGRAFIA
A topografia é em grande escala, a demarcadora do volume do investimento financeiro,
pois ela determina o volume de terra a ser movimentado na construção das instalações,
por ser esta movimentação de terra, um dos principal item dos investimentos fixos do
empreendimento. A topografia condiciona ainda tipo, forma, superfície e até o número
de viveiros possíveis de serem construídos.
Com o objetivo de se buscar um melhor posicionamento dos custos variáveis, deve-se
observar a distância e a cota, entre o ponto de captação de água, e a localização dos
viveiros, de modo que a captação esteja numa cota mais elevada que o ponto máximo do
nível de água dos viveiros, a fim de que todo o processo de abastecimento de água dos
viveiros seja feito por gravidade.
É extremamente recomendável, na etapa de projeto e construção das instalações civis, a
assistência técnica de um topógrafo, para a demarcação ideal das áreas dos viveiros.
8
SOLO
O tipo de solo mais apropriado para a construção de viveiros é aquele cuja composição
tenha 40% de argila e 60% de areia, além de não possuir afloramento rochoso, ou raízes
de grandes árvores que dificultem o processo de escavação. Terreno muito argiloso é
desaconselhável, pois além de ser mais difícil de ser escavado, também favorece ao
aparecimento de rachaduras quando esvaziado. Terreno muito arenoso não possui boa
retenção de água, favorecendo as infiltrações, e conseqüentemente, demandando um
maior volume de entrada de água.
Considerando-se as grandes diferenças entre os índices de acidez encontrados,
necessário se faz também, um exame de solo para correção desta acidez com calcário, a
fim de ser mantido com um pH em torno de 7,3 .
ÁGUA
A atividade de piscigranja sempre demanda água de qualidade e em abundância. Para os
viveiros que estaremos propondo de 5.000 metros quadrados, e profundidade média de
1,5 metros recomenda-se uma vazão mínima de 60 litros por minuto a cada 1.500
metros cúbicos de volume de água, indicações do livro do IBAMA “Manual de
Piscicultura Tropical”. Portanto, é fundamental fazer um levantamento do potencial
hídrico do local na estação mais seca, para se evitar problemas futuros com escassez.
Após o enchimento dos viveiros, a entrada de água nos mesmos deve atender
exclusivamente a três situações: recuperar as perdas com infiltrações, recompor o
volume evaporado, e/ou melhorar o nível de oxigenação.
O quadro 01 abaixo, apresenta uma série de parâmetros importantes sobre a qualidade
da água para a atividade de engorda de peixes, retirados da publicação Piscicultura,
Coleção Agroindústria do SEBRAE/MT.
4XDGUR
9DORUHVFUtWLFRVGHTXDOLGDGHGDiJXDSDUDDDWLYLGDGHGHDTLFXOWXUD
Parâmetros Águas frias Águas quentes
Amônia – N (mg/L como NH3) 10 a 15 20 a 30
Nitrito – N (mg/L) 0,1 1
Oxigênio dissolvido (mg/l) 6 a 7 3 a 4
Oxigênio dissolvido (mm Hg) 300 300
Supersaturação em gases (mm Hg) 10 a 20 30 a 40
Ácido Sulfidrico – H2S (mg/L) 1 2
Gás Carbônico – CO2 (mg/L) 10 a 20 20 a 40
Cloro residual (mg/L) 2 10
PH 6,5 a 8,5 6,0 a 10,0
É importante mencionar que a escolha da área é tão importante neste negócio, que será
determinante do porte físico do empreendimento, seus custos de instalação e
manutenção, e conseqüentemente, da própria viabilidade técnica e financeira do
negócio.
DETERMINANTES GERAIS
Outros fatores que devem ser levados em consideração para a escolha do local de
instalação de uma piscigranja são: existência de uma infra-estrutura mínima de rede de
energia elétrica, estradas em bom estado de conservação, relativa proximidade dos
mercados consumidores e condições climáticas minimamente favoráveis.
352&(662352'87,92
2)/8;2*5$0$
35(3$5$d2'269,9(,526
(6&2/+$'26$/(9,126(
3292$0(172
$/,0(17$d275$7$0(172
$&203$1+$0(172
'(63(6&$
6(/(d2
3(6$*(0
'(6&5,d2'2352&(662
4XDGUR
(VWUXWXUDTXtPLFDGDDGXEDomRGRVYLYHLURV
3URGXWR 4XDQWLGDGHHPJP
Esterco bovino 300
Esterco suíno ou de aves 150
Superfosfato simples 7,5
Superfosfato triplo 2,5
Sulfato de amônia 13
Uréia 6,5
4XDGUR
5HODomRHVWLPDGDHQWUHPpGLDVGHFRPSULPHQWRSHVRH
LGDGHGHWLOiSLDKtEULGDEHPDOLPHQWDGD
&RPSULPHQWRWRWDOFP 3HVRJ ,GDGH1RUPDOVHPDQDV
6 5 6
8 10 8
10 17 11
12 26 14
13 33 16
15 50 18
16 68 19
17 90 20
18 118 22
20 165 23
22 225 24
24 300 26
25 345 27
27 440 29
28 490 32
30 590 35
33 725 38
35 830 41
38 920 45
60 3.600 75
ª
Fonte? Manual de criação de peixes 2 Edição Fundação Cargill 1985
O povoamento dos viveiros será feito na relação de 01 (um) alevino por metro cúbico de
água. Considerando um viveiro de 5.000 metros quadrados, com uma altura média de
1,5 metro, deveriam ser colocados em cada viveiro 7.500 (sete mil e quinhentos
alevinos) alevinos de tilápia híbrida ou revertida. Todavia, para compensar a perda por
mortalidade e outras causas, estamos sugerindo a colocação de 20% a mais, ou seja,
9.000 alevinos em cada viveiro.
Os peixes para o povoamento dos viveiros deverão ter um peso mínimo de 10 gramas, e
serão adquiridos de estações de piscicultura especializadas. Os alevinos são colocados
nos viveiros com muito cuidado para que não sejam machucados. Deve-se evitar tocar
os alevinos com as mãos, a fim de não retirar a fina camada “melosa” que os protegem.
Outro cuidado importante a se tomar, é com a temperatura da água. O saco plástico que
transporta os alevinos deve ser colocado em contato com a água que irá recebê-los.
Quando a temperatura da água do saco plástico, se igualar à temperatura da água do
viveiro, os filhotes podem então ser soltos aos poucos e devagar. A melhor hora para
soltar os alevinos nos viveiros é pela manhã ou ao entardecer, ou ainda, nos dias
nublados a qualquer hora.
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ALIMENTAÇÃO E TRATAMENTO
A engorda em escala comercial de peixes determina que estes sejam alimentados
artificialmente por intermédio de rações balanceadas, fareladas ou granuladas,
complementadas por outros nutrientes.
Na hipótese de cultivo semi-intensivo, como o aqui proposto, com tecnologia de
alimento à base de ração, para sustentar um povoamento de um peixe por metro cúbico
de água, o alimento deve ser administrado duas vezes por dia, em período fixos, de
preferência no início da manhã, e no final da tarde.
A metodologia mais utilizada para a determinação da quantidade de ração a ser lançada
nos viveiros, é a que guarda uma relação da ração com a biomassa dos viveiros. A
quantidade de ração a ser lançada por dia, deve corresponder a 3% da biomassa
existente no viveiro, isto é, quantidade total de peixes vezes seu peso médio, sempre
dividido em duas partes. O cálculo dessa biomassa deve ser feito de 15 em 15 dias, e
consiste em: primeiro, coletar uma amostra aleatória de peixes com rede ou tarrafa. Em
segundo lugar os peixes são então pesados e medidos para um acompanhamento de seu
crescimento evolutivo, assim como, do cálculo de seu peso médio necessário para a
estimativa da biomassa. Desta forma, a biomassa do viveiro, é igual ao peso médio dos
peixes coletados na amostra, vezes o número de peixes estimados no viveiro.
Semanalmente devem ser feitos testes para apurar os níveis de salinidade, acidez,
temperatura e oxigenação da água, e caso sejam encontrados parâmetros fora dos
aceitáveis, medidas imediatas de correção devem ser tomadas para manter o bom
equilíbrio do ecossistema e assim garantir os índices de eficiência técnica do
empreendimento.
DESPESCA
A despesca é a atividade de retirada dos peixes dos viveiros após determinado período
predeterminado, quando estes atingem o peso e conversão ideal. Há dois tipos de
despesca, a total e a parcial. O objetivo do presente perfil é trabalhar com a hipótese de
realização apenas da despesca total. Todavia, quando o mercado assim o determinar, ou
quando por algum motivo os peixes não apresentarem crescimento uniforme, poderá ser
adotado a despesca parcial.
O primeiro passo para a realização da despesca é a retirada de uma amostra de peixes
para pesagem e medição. Caso se confirme uma média de peso dentro das expectativas,
deve-se iniciar o processo de esvaziamento do viveiro, que tem que ser feito de forma
gradativa. Após o esvaziamento, é passado um rede de malha que pode variar entre 25 e
40 mm entre os nós, para a coleta dos peixes que inicialmente vão para reservatórios
menores com água .
Considerando que a atividade estudada por este perfil é de uma piscigranja, de engorda
de peixes, e considerando os dados do quadro 03 onde a relação tamanho peso/tempo
13
ideal acontece aos oito meses, cada viveiro deverá fazer em média 1,25 despescas por
ano (oito meses para engorda e um para limpeza e nova calagem, ou seja 9 meses de
utilização por despesca) .
SELEÇÃO E PESAGEM
Nesta etapa, e de acordo com os compromissos com o mercado, os peixes são
selecionados entre aqueles que vão para o abate destinado ao consumo direto (mercado
consumidor) e aqueles que seguirão em tonéis com água e oxigênio com destino aos
Pesque-pagues.
14
20(5&$'2
0(5&$'22%-(72
3(563(&7,9$6'20(5&$'2
&/,(17(6327(1&,$,6
)251(&('25(6
±'(7$/+$0(172'26,19(67,0(1726
(63(&,),&$d2'26,19(67,0(1726),;26
O principal item dos investimento fixos é a construção dos viveiros de engorda dos
peixes. Para efeito deste perfil está sendo previsto a construção de quatro viveiros
medindo cada um 125 metros de comprimento, 40 metros de largura e 1,5 metros de
profundidade, ou seja, viveiros de 5.000 metros quadrados de área aberta e 7.500 metros
cúbicos de volume de água, com paredes inclinadas em ângulos de 45 graus, e com as
seguintes características técnicas construtivas:
Barragem ou dique – é um aterro cuja finalidade é a retenção de água.
Crista – é a largura da parte mais alta do dique e deve ter no mínimo 01 metro.
Altura da Crista – igual a altura da água mais 30 centímetros, neste caso 1,8 metros.
Relação Base x Altura – Esta relação a montante deve ser de 3:1 e a jusante 2:1
4XDGUR
,QYHVWLPHQWRVIL[RVQDFRQVWUXomRGHXPYLYHLUR
'LVFULPLQDomRGRLWHP 9DORUHP5
Movimentação de terra 7.500,00
Alvenaria (monges e vertedouro) 500
Gramíneas de proteção 1.500,00
7RWDO 9.500,00
4XDGUR
,QYHVWLPHQWRWRWDOHP&RQVWUXomR&LYLOHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH 9DORU8QLWiULR 9DORU7RWDO
1 Viveiros 6 9.500,00 57.000,00
2 Canal de Abastecimento 1 3.000,00 3.000,00
3 Canal de Desague 1 1.500,00 1.500,00
4 Filtro Biológico 1 2.000,00 2.000,00
5 Depósitos (50 m2) 1 10.000,00 10.000,00
7RWDO 73.500,00
17
4XDGUR
,QYHVWLPHQWRV)L[RVHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH 9DORU8QLWiULR 9DORU7RWDO
1 Terreno ( 1 alqueire) 1 10.000,00 10.000,00
2 Construção Civil 1 73.500,00 73.500,00
3 Balança de Mesa 1 500,00 500,00
4 Balança de Chão (300 Kg) 1 900,00 900,00
5 Equipto.Coleta Análise Água 1 2.500,00 2.500,00
6 Rede de Pesca e Tarrafa 1 1.500,00 1.500,00
7 Barco de aluminio de apoio 1 1.000,00 1.000,00
8 Caixas de Isopor (180 litros) 10 35,00 350,00
9 Veículo Utilitário 1 10.000,00 10.000,00
10 Outros 1 2.000,00 2.000,00
7RWDO 102.250,00
(67,0$7,9$'2&$3,7$/'(75$%$/+2
No processo operacional também são gerados recursos que podem ser assim
considerados. A compra de matéria- prima (ração) deverá será feita a vista para que seu
18
4XDGUR
(VWLPDWLYDGR&DSLWDOGH*LURHP5
3UD]R 3UD]R
&DSLWDOGH &DSLWDOGH
,WHP 'LVFULPLQDomR 0pGLR 0pGLR
*LUR *LUR
GLDV GLDV
$QR $QR
1 Necessidade
1.1 Caixa Mínimo 1 373,65 1 373,65
1.2 Financiamento das Vendas 30 1.908,18 30 7.632,72
1.3 Estoque Ração 10 1.710,17 10 1.710,17
1.6 Produtos em Processo 100 25.442,41 240 61.061,78
Sub- Total 29.434,41 70.778,33
2 Recursos
2.1 Fornecedores
2.1.1 Ração 0 - 0 -
2.2 Desconto de Duplicatas 0 - 0 -
2.3 Outras Despesas 15 173,10 15 173,10
Sub-Total 173,10 173,10
%DVHGHFiOFXORSILQDQFLDPHQWRGHYHQGDHSURGXWRVDFDEDGRV 91.592,67
(67,0$7,9$'$5(6(59$7e&1,&$
O presente perfil propõe que no cálculo dos Investimentos Totais, seja incluída uma
Reserva Técnica, como garantia de qualquer eventualidade de sub-estimativa de
19
48$'52'(,19(67,0(172727$/
O Investimento Total necessário para a implantação deste negócio é estimado pela soma
dos Investimentos em Capital Fixo, Capital de Giro mais a Reserva Técnica conforme
apresentado no quadro 08 abaixo. É importante lembrar, que este investimento é um
quase máximo, porém não representa necessariamente o desembolso pois na hipótese do
empreendedor já possuir alguns destes bens os mesmos não serão obviamente
adquiridos novamente, e devem ser subtraídos dos cálculos aqui apresentados.
4XDGUR
(VWLPDWLYDGR,QYHVWLPHQWR7RWDOHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Investimento Fixo 102.250,00
2 Capital de Giro 29.261,31
3 Reserva Técnica 2.630,23
,QYHVWLPHQWR7RWDO 134.141,53
20
$63(&726(&21Ð0,&26(),1$1&(,526
35(9,62'26&86726
&86726),;26
4XDGUR
'HSUHFLDomRDQXDOHP5
9LGD 'HSUHFLDomR
,WHP 'LVFULPLQDomR ÒWLO 'HSUHFLDomR 9DORU7RWDO $QXDO
1 Terreno ( 1 alqueire) 0 10.000,00 -
2 Construção Civil 25 4 73.500,00 2.940,00
3 Balança de Mesa 5 20 500,00 100,00
4 Balança de Chão (300 Kg) 5 20 900,00 180,00
5 Equipto.Coleta Análise Agua 5 20 2.500,00 500,00
6 Rede de Pesca e Tarrafa 5 20 1.500,00 300,00
7 Barco de aluminio de apoio 10 10 1.000,00 100,00
8 Caixas de Isopor (180 litros) 5 20 350,00 70,00
9 Veículo Utilitário 5 20 10.000,00 2.000,00
10 Outros 5 20 2.000,00 400,00
7RWDO 102.250,00 6.590,00
O quadro 10, a seguir, apresenta de forma discriminada todos os itens que compõem os
Custos Fixos Mensais do empreendimento, a partir das propostas básicas de
funcionamento do negócio.
21
4XDGUR
&XVWRV)L[RV0HQVDLVHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Depreciação 549,17
2 Honorários Contador 270,00
3 Energia Elétrica 100,00
4 Telefone 150,00
5 Manutenção 204,50
6 Retirada Proprietário 500,00
7 Despesas Administrativas 50,00
7RWDO 1.823,67
&867269$5,È9(,6
quando a taxa de conversão média para o período atinge 2,53, isto é, quando se utiliza
em média 2,53 quilos de ração para conseguir um quilo de peixe vivo.
Estes dados foram obtidos a partir da premissa de que após a calagem dos viveiros, toda
a alimentação dada aos peixes seria á base de ração. Caso o empreendedor tenha
facilidade de obter esterco de bovinos, aves, suínos e/ou outros complementos
alimentares vegetais estes coeficientes podem ser alterados, desde que obviamente esse
processo melhore o resultado financeiro do negócio.
4XDGUR
&RHILFLHQWHVWpFQLFRVHSDUkPHWURVGHGHWHUPLQDomRGDGHVSHVFD
%LRPDVVD,QLFLDO
%LRPDVVD0pGLD
%LRPDVVD)LQDO
7RWDOGH3HL[HV
*DQKRGHSHVR
0RUWDOLGDGH
3HVR,QLFLDO
3HVR)LQDO
,QGLFHGH
JUDPDV
JUDPDV
0rV
NJ
NJ
NJ
0 9.000
1 5 15 3,0% 8.730 45 131 88
2 15 30 2,0% 8.555 131 257 194
3 30 70 1,0% 8.470 257 593 425
4 70 175 1,0% 8.385 593 1.467 1.030
5 175 350 0,5% 8.343 1.467 2.920 2.194
6 350 520 0,5% 8.302 2.920 4.317 3.618
7 520 670 0,5% 8.260 4.317 5.534 4.925
8 670 810 0,5% 8.219 5.534 6.657 6.096
9 810 920 0,5% 8.178 6.657 7.523 7.090
10 920 1000 0,0% 8.178 7.523 8.178 7.851
&RQVXPR5DomR
&RQVXPRUDomR
$FXPXODGRNJ
$FXPXODGRNJ
5HODomR*DQKR
7D[DPpGLDGH
GH%LRPDVVD
*DQKRGH
*DQKRGH
%LRPDVVD
FRQYHUVmR
%LRPDVVD
&RQVXPR
0rV
NJ
0
1 79 79 86 86 1,09 0,92
2 174 254 126 212 0,72 1,20
3 382 636 336 548 0,88 1,16
4 927 1.563 875 1.422 0,94 1,10
5 1.974 3.537 1.453 2.875 0,74 1,23
6 3.257 6.794 1.397 4.272 0,43 1,59
7 4.433 11.227 1.217 5.489 0,27 2,05
8 5.486 16.713 1.123 6.612 0,20 2,53
9 6.381 23.094 866 7.478 0,14 3,09
10 7.065 30.160 654 8.133 0,09 3,71
23
Os custos variáveis podem ser assim desagregados. Primeiro item o quadro de pessoal
que atende diretamente os viveiros, fazendo a calagem e a correção do solo antes do
abastecimento de água, e a alimentação diária dos peixes. Segundo item, o material
necessário para a calagem e a correção de acidez de cada viveiro. E finalmente, como
item de grande expressão econômica, a ração, que representa 96% dos custos variáveis
por ano. Considerando os seis viveiros, com abastecimento inicial previsto para dois em
dois meses teremos oito despescas por ano. Os dados referentes aos custos variáveis
base ano encontram-se no quadro 12.
4XDGUR
&XVWRV9DULiYHLVDQRHP5
6DOiULR &XVWR &XVWR
,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH
8QLWiULR 0HQVDO $QXDO
1 Ajudante 1 150 150 1.800
2 Encargos Sociais(%) 0,6 90 1.080
3HVVRDO7RWDO
&XVWR &XVWRS
'LVFULPLQDomR 4WGH
8QLWiULR GHVSHVFD
3RU9LYHLURP R$ R$
1 - Alevinos (1.000 unidades) 9 40 360
2 - Calagem
2.1 - Esterco Bovino (ton) 1,5 100 150
2.2 - Esterco Aves (ton) 0,75 80 60
2.3 - Superfosfato Simples (kg) 37,5 0,33 12
2.4 - Superfosfato Triplo (kg) 12,5 0,5 6
2.5 - Sulfato de Amonia (kg) 65 0,33 21
2.6 - Uréia (kg) 32,5 0,35 11
3 - Correção acidez
3.1 - Calcário dolomítico (ton) 1,5 70 105
4- Alimentação
4.1 - Ração para peixe (kg) 16374 0,47 7.696
7RWDO 8.422
&8672727$/$18$/(81,7È5,2
O custo total anual do empreendimento e o custo unitário por quilo de peixe produzido
está explicitado no quadro 13 pela soma dos custos fixos com os custos variáveis. O
cálculo do custo unitário foi realizado a partir das seguintes premissas. Produção total
de peixes ano igual a produção de peixes por viveiro vezes o número de despescas
feitas por ano, totalizando 65.750 peixes por ano. Considerando o peso médio de 810
gramas por peixe (quadro 11) obtém-se uma produção anual de 53.257 quilos de peixe.
Desta forma, encontra-se o custo unitário por quilo, dividindo-se o custo total anual com
o empreendimento pela produção anual em quilos.
4XDGUR
&XVWRV7RWDLV$QXDLVHP5
,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO
1 Custos Fixos 21.884,00
2 Custos Variáveis 70.257,84
3 Custo Totais anuais 92.141,84
35(9,62'$5(&(,7$
'(7(50,1$d2'$60$5*(16'(9(1'$
4XDGUR
0DUJHQVGH&RPHUFLDOL]DomR
2 Comercialização 0,5%
2.1 Publicidade 0,5%
'(7(50,1$d2'2635(d26%È6,&26'(9(1'$
Para o cálculo dos preços de venda dos produtos foram considerados os seguintes
critérios:
a- Os custos unitários, ou custos médios por quilo;
b- A margem de venda definida no quadro 14 ( mark-up);
c- Preço de venda nos pontos finais de mercado de produtos semelhantes.
Assim, o quadro 15 apresenta os seguintes preços de venda sugeridos.
4XDGUR
3UHoRGH9HQGD6XJHULGRHP5
&XVWR 3UHoRGH
,WHP 'LVFULPLQDomR 8QLWiULR 0DUNXS YHQGD
2SHUDFLRQDO VXJHULGR
1 Peixe (Tilápia) 1,73 0,685 2,53
(67,0$7,9$'$5(&(,7$727$/
4XDGUR
5HFHLWD7RWDO2SHUDFLRQDO$QXDOHP5
4XDQWLGDGH 3UHoR 5HFHLWD
,WHP 'LVFULPLQDomR $QXDO 8QLWiULR $QXDO
1 Peixes (tilápia) em Kg 53.257 2,53 134.514
26
5(68/7$'223(5$&,21$/$18$/
48$'52'(5(68/7$'2
4XDGUR
5HVXOWDGR2SHUDFLRQDO$QXDOHP5
)/8;2'(&$,;$'2(035((1',0(172
Os seguintes critérios foram utilizados para a elaboração do quadro 18, que apresenta o
fluxo de caixa anual do empreendimento:
a- Vida útil para a análise financeira de dez anos;
b- O valor total do investimento inicial, dado pela soma dos investimentos fixos,
investimentos em capital de trabalho e a reserva técnica.
c- Valor residual do investimento fixo ao final de 10 anos, considerando as taxas legais
de depreciação no quadro 09;
d- Resultado líquido anual, capacidade de pagamento, conforme quadro 17;
27
4XDGUR
)OX[RGH&DL[DGR(PSUHHQGLPHQWRHP5
9DORU
,QYHVWLPHQWR 5HVXOWDGR )OX[RGH&DL[D
$QR 5HVLGXDOGR 6DOGR/tTXLGR
7RWDO /tTXLGR 'HVFRQWDGR
,QYHVWLPHQWR
0 134.141,53 (19.478,27) (153.619,80) (153.619,80)
1 - 40.218,41 40.218,41 34.972,53
2 - 40.218,41 40.218,41 30.410,90
3 - 40.218,41 40.218,41 26.444,26
4 - 40.218,41 40.218,41 22.995,01
5 - 40.218,41 40.218,41 19.995,66
6 - 40.218,41 40.218,41 17.387,53
7 - 40.218,41 40.218,41 15.119,59
8 - 40.218,41 40.218,41 13.147,47
9 - 40.218,41 40.218,41 11.432,58
10 - 54.100,00 40.218,41 94.318,41 23.314,07
VPL 61.599,78
TIR 24,15%
Custo de Oportunidade (Anual) 15%
7HPSRGH5HFXSHUDomRGR&DSLWDO 6,09
Ë1',&(6),1$1&(,526'2(035((1',0(172
32172'(1,9(/$0(172
9$/2535(6(17(/Ë48,'2
O VPL, Valor Presente Líquido, foi calculado a partir de uma taxa mínima de
atratividade de 15% ao ano, também chamada de custo de oportunidade do capital,
representando um desejo do empreendedor de obter nesse negócio um retorno de pelo
menos 15% ao ano. A partir da determinação deste percentual, é então calculado o valor
atual (presente ou descontado) de todos os componentes do fluxo líquido de caixa, cujos
valores são então somados para encontrar o Valor Presente Líquido. Para o presente
perfil o VPL está calculado em R$ 61.599,78 , conforme Quadro 19, significando que os
resultados obtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda
permitem uma sobra financeira daquela importância acima do valor dos investimentos
totais.
7$;$,17(51$'(5(72512
É a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto é, a taxa de
remuneração anual do empreendimento. Neste perfil a TIR, Taxa Interna de Retorno é
de 24,15% ao ano,conforme Quadro 19, representando um caso em que o investimento
do empreendedor será remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimento
apresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial, superior a taxa média de
atratividade do mercado. Em síntese o projeto pode ser considerado como
financeiramente viável.
3$<%$&.7,0(287(032'(5(&83(5$d2'(6&217$'2
Ë1',&('(/8&5$7,9,'$'('$69(1'$6
4XDGUR
ËQGLFHV)LQDQFHLURVGR(PSUHHQGLPHQWR
,WHP 'LVFULPLQDomR 5HVXOWDGR
,1&(17,926()217(6'(),1$1&,$0(172
,1&(17,926),6&$,6327(1&,$,6
)217(6'(),1$1&,$0(172327(1&,$,6
%1'(6$8720È7,&2
Agente Operador
Operado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados.
Objetivo
Financiamento a investimentos, inclusive aquisição de máquinas e equipamentos novos
de fabricação nacional, importação de máquinas e equipamentos, e capital de giro
associado ao investimento fixo.
Beneficiários
Empresas privadas, pessoais físicas residentes e domiciliadas no País, entidades da
administração pública direta e indireta, e demais entidades que
contribuam para os objetivos do Sistema BNDES.
31
Itens Financiáveis
Condições Operacionais
Limite Máximo:: Investimentos limitados a R$ 7 milhões, por empresa, por ano.
Participação: Equipamentos nacionais ou importado: até 100%.
Outros itens: - microempresas e empresas de pequeno porte e programas de
desenvolvimento regional: até 90% e demais casos: até 70%. A participação está
limitada a 50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% do
Patrimônio Líquido Ajustado do BANDES, o que for menor.
No caso de Bancos privados não há esta limitação. Neste caso, o financiamento será
analisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco.
Prazo:
O prazo total será determinado em função da capacidade de pagamento do
empreendimento, da empresa ou do grupo econômico.
Taxas de Juros:
Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP.
Média e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP.
IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberação.
Custo de Análise de Projeto: Isento.
Garantias
Reais: Equivalentes, no mínimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados como
garantia deverão ter seguro.
Pessoais: Aval ou fiança de terceiros.
Fundo de Aval
)815(63523(10,3(4
Agente Operador
Somente o Bandes.
Objetivo
Apoio financeiro, assistência técnica e gerencial a micros e pequenas empresas dos
setores industrial, agroindustrial, de comércio e serviços, visando implementar política
de geração de empregos e renda.
Beneficiários
Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional líquida anual,
relativa ao último exercício social, e empresas novas, classificadas com base na previsão
32
b 3HTXHQDV HPSUHVDV: cujas receitas operacionais líquidas sejam acima de 250.000 e
até 750.000 UFIR, e tenham de 20 até 99 empregados, no caso de indústria, e de 10 a
49, no caso de comércio e serviços.
Itens Financiáveis
Investimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total do
investimento fixo financiável: pequenas reformas e instalações físicas; máquinas e
equipamentos novos e usados; móveis e utensílios novos e usados.
Condições Operacionais
Limite Máximo: R$ 25.000,00, por tomador.
Participação: Até 80% do total financiável, condicionado à política de risco do
BANDES.
Prazo: Até 48 meses, incluindo a carência de até 12 meses.
Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP.
Obs.: O BANDES poderá cobrar Custo de Análise de Projeto, conforme Tabela de
Ressarcimento de Custos, com exceção das micro empresas.
IOF: Isento.
Utilização do Crédito
Em uma ou em várias parcelas periódicas, fixadas em função do cronograma físico-
financeiro do empreendimento.
Forma de Pagamento
Amortização mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no período da
carência, trimestralmente.
Garantias
Reais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasião da análise da operação. Os
bens dados em garantia deverão ter seguro.
)217(6'(5()(5Ç1&,$
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO – David Lord Tuch (SENAC/CEATEL)