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HISTÓRIA 10º ANO

2º PERÍODO
A IDENTIDADE CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL

PODERES E CRENÇAS – MULTIPLICIDADE E


UNIDADE

A multiplicidade de poderes A unidade na crença


- senhorios - o poder do Bispo de Roma
- reinos - a cristandade ocidental
- impérios face ao Bizâncio
- comunas - a cristandade ocidental
- imprecisão de fronteiras face ao Islão

A MULTIPLICIDADE DE PODERES

Após a unidade politica do mundo romano sucedeu uma Europa dividida e


instável. Senhorios, principados, cidades independentes coexistiam com
unidades mais vastas – os reinos- e até um império.
Nos tempos medievais, o poder político estava fragmentado numa
multiplicidade de poderes, que revestiam as mais variadas formas: Império,
reinos, senhorios e comunas. As fronteiras eram imprecisas e alteravam-se
com frequência.

SENHORIOS
A nível local, o poder sobre as populações era exercido por grandes
senhores eclesiásticos e nobres, nos senhorios. Com efeito, para poderem
dispor de exércitos bem equipados, os reis tinham cedido partes do seu
território -os senhorios – a grandes senhores nobres ou do clero, a fim de
que estes os administrassem e, em contrapartida, mantivessem exércitos
prontos a combater pelo rei.
 Era a terra do senhor (nobre ou membro do alto clero), ou seja, uma
propriedade fundiária de dimensões variáveis, constituída pelo
Castelo do senhor, por terras aráveis, bosques e aglomerados
populacionais.
 Neste território, o senhor exercia um duplo poder:
a) Poder sobre a terra (poder económico), de que era proprietário e
de cuja exploração cobrava rendas e serviços.

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b) Poder sobre os homens, que habitavam o senhorio, tendo o direito


de julgar, aplicar penas, lançar impostos (banalidades – ou seja, a
obrigação de os camponeses utilizarem os equipamentos agrícolas
do senhorio, como o moinho, o forno e o lagar) e taxas e recrutar
homens para o exército. Este conjunto de poderes públicos que o
senhor detinha sobre os homens do senhorio designava-se Ban ou
Bannus.

REINOS
Estado ou nação cujo chefe politico é um rei. Requer duas condições:
 O reconhecimento da superioridade de uma família, à qual compete
exercer a realeza, em regime hereditário. O rei detem sobre todos
uma autoridade suprema para garantir o bem comum.
 A delimitação de um território sobre o qual o rei exerce a sua
autoridade.

IMPÉRIO
Após a queda do Império Romano, o Papa coroou em Roma, Carlos
Magno, rei dos Francos, imperador do Ocidente. Mais tarde, após a morte
de Carlos Magno, surgiu o Sacro Império Romano-Germânico, á frente do
qual estava Otão I, rei da Alemanha.
Porém, o poder imperial teve dificuldades em afirmar-se na Europa
Ocidental, onde os reinos e os senhorios se destacavam como forças
políticas.

COMUNAS
A partir do século XI, beneficiando de um clima de paz, prosperidade
e desenvolvimento económico, as cidades (burgos) reanimam-se.
Assim, as cidades desenvolveram de tal forma, que reivindicaram a
sua autonomia relativamente aos senhorios. Inicialmente, o termo comuna
referia-se à associação dos habitantes de uma cidade e que tinha por
objetivo libertá-la da sujeição dos grandes senhores. A comuna apresentava
ao senhor as suas reivindicações. Se este resistia, lutavam por elas.
Na maior parte das vezes, os privilégios eram obtidos de forma
pacifica, a troco de uma soma de dinheiro que o senhor aceitava receber
como compensação pela perda dos seus direitos.

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As lutas comunais estenderam-se por toda a Europa, e de forma


violenta ou pacifica, os privilégios urbanos foram sendo adquiridos,
recebendo as cidades a sua carta comunal, documento onde estavam
afixadas as garantias e liberdades concedidas pelo senhor á cidade.
O governo da cidade era confiado a um conselho de burgueses, a quem
competia o lançamento e cobrança de taxas e a aplicação da justiça e a
regulamentação de todos os aspetos da vida urbana. Com o tempo, os cargos
foram sendo assumidos pelos mercadores mais ricos, que passaram a
controlar em proveito próprio a vida económica e política da comuna.

A UNIDADE NA CRENÇA

Apesar de politicamente fracionada, a Europa Ocidental assumia-se


como um conjunto unida pela mesma fé.
Assim, o termo Ocidente, referia-se á Cristandade Latina, conjunto
de terras e povos cuja língua era o latim e que obedecia ao bispo de Roma, o
Papa.

O PODER DO BISPO DE ROMA


O papa Gregório VII reformou a igreja cristã e, com isso, consolidou
o poder da Igreja de Roma.
Como máximo representante de Deus, o Papa considerou-se detentor
do poder máximo sobre toda a Cristandade, o que o colocava num plano
superior ao de qualquer monarca ou imperador.
Ora isto, originou vários conflitos entre o Papa, os monarcas e o
imperador.
Porém, no séc XIII, a Igreja tornou-se a instituição mais poderosa e
organizada do Ocidente:
 Tem um centro reconhecido, Roma, e um chefe supremo, o Papa.
 Exerce o seu poder sobre todo o Ocidente e seus habitantes.
 Possui meios humanos (numeroso corpo de clérigos) e materiais
(cobravam várias taxas, como a Dizima – um décimo de todas as
colheitas) e detinham extensas propriedades e riqueza.
 Rege-se por um Código de leis próprias – o Direito Canónico

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A CRISTANDADE OCIDENTAL FACE AO BIZÂNCIO


O Império Bizantino (Império do Oriente) considerava-se o herdeiro
direito do mundo Romano. Detinha uma cultura requintada e considerava-se
superior à dos ocidentais.
Constantinopla, erguida pelo Imperador Constantino, era o centro
religioso e uma cidade riquíssima.
A rivalidade entre os Bispos de Roma e de Constantinopla era
permanente. O patriarca bizantino recusava-se a aceitar a supremacia
romana.
Em 1054, o Papa e o Patriarca de Constantinopla excomungaram-se
mutuamente.

Cisma da Cristandade (divisão)

Oriente Ocidente

Império Bizantino Sacro Império

Igreja de língua grega Igreja latina

Ortodoxa Roma

Esta rutura vai agravar as disparidades em termos políticos e culturais


entre as 2 partes da Cristandade

A CRISTANDADE OCIDENTAL FACE AO ISLÃO


Em 610, Maomet, mercador do deserto da Arábia, acreditou ter sido
mandatado por Deus para conduzir os Árabes à salvação
Assim, dedicou toda a sua vida à gloria de Allah (Deus, em árabe) e á
difusão da sua palavra. Fundou, assim, uma nova religião – o Islão – cujos
princípios fez registar num livro sagrado, o Alcorão (ou Corão).
Os árabes, que até aí tinham vivido em tribos dispersas, tornaram-se
num povo unido sob a bandeira de uma mesma fé. Para a espalharem,
pregaram a Guerra Santa – Jihad – e dispuseram-se a conquistar o mundo.

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Assim, durante cerca de quatro séculos, o Islão foi expandindo-se e


ganhando o seu poder militar e apropriaram-se do comércio mediterrânico.
Desenvolveram uma civilização próspera e requintada.
Porém, em 1095, o Ocidente, face ao apelo do Papa Urbano II,
desencadeou a primeira de uma série de ofensivas militares, conhecidas por
Cruzadas . O objetivo das cruzadas era a libertação dos lugares santos da
Palestina, que se encontravam sob o poder dos muçulmanos.
Desta forma, no séc. XIII, a Europa Ocidental tinha recuperado do
seu abatimento face ao Islão

A EXPANSÃO AGRÁRIA E O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

Entre os séc. XI e XIII, a Europa Ocidental viveu um período de


grande prosperidade económica e crescimento demográfico.
Esta prosperidade começou pelo mundo rural onde se verificou um
conjunto de inovações.
Desde logo, assistiu-se ao aumento da área cultivada: desbravaram-
se bosques, baldios, secaram-se pântanos. Foi a época dos arroteamentos e
a expansão da área cultivada fez renascer antigos povoados e levou á
formação de novas povoações.
Por outro lado, a agricultura beneficiou de uma série de progressos
técnicos, tais como:
 Emprego crescente do ferro nos utensílios agrícolas (ex:
charrua)
 Melhor aproveitamento da força animal (Ex: uso da carga
frontal para bois)
 Afolhamento com rotação trienal das culturas que substituiu a
tradicional divisão da terra em duas partes (pousio)
 Fertilização dos campos (com estrume animal, cinzas e marga) o
que melhorou a qualidade dos solos.

Todos estes aspetos, levaram ao aumento da produtividade agrícola e dos


recursos alimentares.

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CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
Esta abundância de alimento teve, como consequência, o aumento do
nº de pessoas. Á medida que a fome diminuía, diminuía também as epidemias,
porque como a população estava mais bem alimentada, tornava-se mais
resistente á doença.
Assim, entre os séc. XI e XIII, devido ao clima geral de paz e do
aumento dos bens alimentares, a Europa viu a sua população duplicar.

O RENASCIMENTO DAS CIDADES E DINAMIZAÇÃO DAS


TROCAS
O dinamismo do setor agrícola e comercial levou, entre os séc. X e
XIII ao renascimento das cidades, qua aumentaram em nº e em tamanho,
transformando-se em grandes centros económicos. Lá, se estabeleceram
mercadores, banqueiros, artesãos, lojistas, que as enriqueceram e animaram.
Estas classes profissionais deram origem a um novo grupo social – a
burguesia – que permaneceu sempre ligada á cidade e ás suas atividades.

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