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Histórias de Sucesso
EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS
ORGANIZADO POR MARA REGINA VEIT

Histórias
de Sucesso
EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS

BELO HORIZONTE - 2003


Copyright © 2003, SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por
qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

Este trabalho é resultado de uma parceria entre o SEBRAE/NA, SEBRAE/MG, SEBRAE/RJ, PUC-Rio, IBMEC-RJ

Coordenação Geral
Mara Regina Veit
Coordenação e Concepção do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso

Supervisão
Cezar Kirszenblatt
Daniela Almeida Teixeira
Renata Barbosa de Araújo

Apoio
Carlos Magno Almeida Santos
Dennis de Castro Barros
Izabela Andrade Lima
Ludmila Pereira de Araújo
Murilo de Aquino Terra
Rosana Carla de Figueiredo
Sandro Servino
Sílvia Penna Chaves Lobato
Túlio César Cruz Portugal

Produção Editorial do Livro


Núcleo de Comunicação do Sebrae/MG

Produção Gráfica do Livro


Perfil Publicidade

Desenvolvimento do Site
Daniela Almeida Teixeira
bhs.com.br

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas


SEBRAE
Armando Monteiro Neto, Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
Silvano Gianni, Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto, Diretor Administrativo-Financeiro
Luiz Carlos Barboza, Diretor Técnico

SEBRAE-MG
Luiz Carlos Dias Oliveira, Presidente do Conselho Deliberativo
Stalin Amorim Duarte, Diretor Superintendente
Luiz Márcio Haddad Pereira Santos, Diretor de Desenvolvimento e Administração
Sebastião Costa da Silva, Diretor de Comercialização e Articulação Regional

SEBRAE-RJ
Paulo Alcântara Gomes, Presidente do Conselho Deliberativo
Paulo Maurício Castelo Branco, Diretor Superintendente
Evandro Peçanha Alves, Diretor Técnico
Celina Vargas do Amaral Peixoto, Diretora Técnica
O projeto
O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso foi criado para que histórias emocionantes de
empreendedores, que fizeram a diferença em sua comunidade, em suas empresas, em suas
instituições, possam ser conhecidas, disseminadas e potencializadas na construção de novos
horizontes empresariais.

O método
O livro Histórias de Sucesso foi concebido com o intuito de utilizar o método de estudo de
caso para estruturar as experiências do Sebrae, e também contribuir para a gestão do
conhecimento nas organizações, estimulando a produtividade e capacidade de inovação, de
modo a gerar empresas mais inteligentes e competitivas.

A Internet
A concepção do Projeto Estudo de Casos para o Portal Sebrae www.sebrae.com.br pretende
divulgar e ampliar o conhecimento das ações do Sebrae e facilitar para as instituições e
profissionais que atuam na rede de ensino, bem como instrutores, consultores e instituições
parceiras que integram a Rede Sebrae, um conteúdo didaticamente estruturado sobre
pequenas empresas, para ser utilizado nos cursos de graduação, pós-graduação, programas de
treinamento e consultoria realizado com alunos, empreendedores e empresários em todo o
País.

O Site dos Casos de Sucesso do Sebrae, foi concebido tendo como referência os modelos
utilizados por Babson College e Harvard Business School , com o diferencial de apresentar
vídeos, fotografias, artigos de jornal e fórum de discussão aos clientes cadastrados no site,
complementando o conteúdo didático de cada estudo de caso. O site também contempla um
manual de orientação para professores e alunos que indica como utilizar e aplicar um estudo
de caso em sala de aula para fins didáticos, além de possuir o espaço favoritos pessoais onde
os clientes poderão salvar, dentro do site do Sebrae, os casos de sucesso de seu maior
interesse

A Gestão do Conhecimento
A partir das 80 experiências empreendedoras de todo o país, contempladas na primeira etapa
do projeto – 2002/2003, serão inseridos em 2004 outros casos de estudo, estruturados na
mesma metodologia, compondo um significativo banco de dados sobre pequenas empresas.

Esta obra tem sido construída com participação e dedicação de vários profissionais, técnicos
do Sebrae, consultores e professores da academia de diversas instituições, com o objetivo de
oportunizar aos leitores estudar histórias reais e transferir este conteúdo para a gestão do
conhecimento de seus atuais e futuros empreendimentos.

Mara Regina Veit


Gerente de Atendimento e Tecnologia do Sebrae/MG, Coordenadora do Sebrae da Prioridade
Potencializar e Difundir as Experiências de Sucesso 2002/2003, Concepção do Projeto Desenvolvendo
Estudo de Casos e Organizadora do Livro Histórias de Sucesso – Experiências Empreendedoras.
Pedagoga, Pós-graduada:Treinamento Empresarial/PUCRS, Administração/ UFRGS, MBA/ Marketing-
FGV/Ohio, Mestranda Administração/FUMEC-MG, autora do livro Consultoria Interna - Use a rede de
inteligência que existe em sua empresa. Ed. Casa Qualidade - 1998.
PINGO D’ÁGUA –
O SERTÃO VIROU SERRA
CEARÁ

INTRODUÇÃO

O Nordeste teve muita chuva em 2002, com boa safra. Assim


mesmo, o agricultor deve estar sempre preparado para o clima de seca,
uma característica normal no sertão nordestino. Nesta época, água
evapora dos reservatórios, dificultando o abastecimento humano,
crescendo a necessidade e a dependência dos carros-pipas.
A população do Vale da Forquilha, em Quixeramobim, a 250
quilômetros de Fortaleza, pequenos produtores, distribuídos em
povoados, tradicionalmente viviam da agricultura de subsistência,
dependendo das variações climáticas. Sem renda, a população do Vale
imigrava para grandes centros, sem esperanças de mudanças, como
"retirantes". Havia a necessidade de mudar o quadro e buscar
alternativas de fixar o homem no campo.
"Em 1998, a seca apertou, o povoado vivia das verbas de
emergência e os pedidos de carro-pipa eram intensos, a pobreza
imperava. Quebramos o paradigma de que no sertão não
poderemos plantar frutos e, com investimentos de R$ 200 mil,
fizemos a água brotar com abundância na área, com boa
qualidade para consumo humano. O Projeto Pingo D’Água tem
poço que puxa até 92 mil litros de água por hora, com 12 metros
de profundidade", explicou Carlos Simão, Secretário Municipal de
Desenvolvimento e Recursos Hídricos e coordenador do projeto.
Localizado no Nordeste do Brasil, o Ceará tem, na diversidade dos
ecossistemas, na riqueza de suas belezas naturais e no potencial
empreendedor de seu povo, alguns de seus traços mais marcantes que
o tornaram um estado diferenciado.

Francisca Wilma Ferreira de Almeida, Articuladora regional do Sebrae Ceará, elaborou o estudo
de caso sob a orientação de José Carlos de Assis Dornelas, baseado no curso Desenvolvendo Casos
de Sucesso, realizado pelo Sebrae, Ibmec-RJ e PUC-RJ.

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


COLHEITA DE PIMENTÕES DOS FRUTICULTORES DO VALE DO FORQUILHA

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003

COLHEITA DE TOMATES DOS IRRIGANTES DO VALE DO FORQUILHA


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 3

UM POUCO DE HISTÓRIA

O cupando uma área de 146.348,30 km2, o Estado tinha, no ano


2000, uma população de 7.430.661 habitantes, a maioria dos quais
localizados na zona urbana (71,50%), com uma parcela habitando a
zona rural (28,50%). (Fonte IPLANCE – Instituto de Planejamento do
Ceará – 2000)

"Meu amor que será de mim?


Quixeramobim
O que será de mim
Meu amor que será"
(Música Quixeramobim – Fagner e Fausto Nilo)

Encravada no centro geográfico do Ceará, cidade com grande


histórico de participação política no destino do país, assim como a
Confederação do Equador, estava Quixeramobim. A cidade possuía
uma população de aproximadamente 59.235 habitantes, sendo 51,82%
na zona urbana e 48,18% na zona rural, segundo censo IBGE (2000).
Sua população sempre esteve em busca de alternativas para seu
desenvolvimento econômico, social, político e cultural. A cidade
nasceu no Ciclo do Gado e sua colonização deveu-se ao português
Antônio Dias Ferreira.
No final da década de 90, a economia de Quixeramobim
encontrava-se estagnada, após os áureos tempos do binômio algodão
/leite dos anos 70 pelo qual passou todo o Estado. A renda per capita
de seus habitantes decaiu, favorecida por longos períodos de estiagem,
que assolaram principalmente o sertão.
A participação de cada setor da atividade econômica no contexto
da economia de Quixeramobim, no ano de 1998, se dava como segue:

Coordenação Técnica do Projeto: Ênio Giuliano Girão e Francisca Wilma Ferreira de


Almeida.

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 4

DADOS ESTRUTURA SETORIAL DO


PIB DO MUNICÍPIO QUIXERAMOBIM – 1998
SETOR PERCENTUAL

Agropecuário 17,34
Indústria 15,32
Serviços 67,34
Fonte: Ceará em números – IPLANCE – 2000 – www.iplance.ce.gov.br.
A cidade destacou-se por ser centro geográfico do Ceará, terra-
mãe de Antônio Conselheiro, líder da Revolução de Canudos no sertão
baiano. A grande atração da cidade sempre foi o Memorial de Antônio
Conselheiro, mas o cenário ainda era o mesmo quando se retratou a
epopéia que virou o filme "A Guerra de Canudos" no século passado,
estrelado pelo ator global José Wilker: uma secura só!
Normalmente, em Quixeramobim, chove dois meses no começo
do ano, época em que o sertanejo chama de inverno.
"Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d’água perdi meu gado
Morreu de sede, meu alazão"
(Música Asa Branca – Luiz Gonzaga)
No século passado, no polígono da seca, ocorreram baixos índices
pluviométricos e chuvas irre g u l a res, ocasionando as secas nos
seguintes anos, como pode ser observado na tabela:
PERÍODOS DE SECA - QUIXERAMOBIM
INÍCIO (ANO) FINAL (ANO)

1900 1907
1915 1916
1919 1920
1927 1933
1942 1943
1951 1958
1970 1971
1979 1983
1990 1993
1998 2001
Fonte: Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Recursos Hídricos de Quixeramobim - ano 2001.
HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003
PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 5

No semi-árido brasileiro, o abastecimento de água para a população


tem sido realizado por barragens, açudes, cacimbas em riachos temporários
(secos durante mais de 10 meses no ano), cisternas, poços amazonas
e poços tubulares profundos.
Em Quixeramobim, a precipitação média anual era de
aproximadamente 700 milímetros por ano e a evaporação média ficava
a p roximada me nt e em 2.5 00 milímetros p or a no. (Fonte :
FUNCEME/IPLANCE – ano de 2000). Significa dizer que, neste período,
houve um déficit de água armazenada em açudes e barragens, onde
grande parte da água armazenada é evaporada.
O Vale do Forquilha era habitado por pequenos produtores,
vítimas da seca e, constantemente, submissos a uma assistência
paternalista que não lhes deixava autonomia.
O Vale, apesar de suas belezas e recursos naturais, possuía
grandes dificuldades. "Uma grande prisão", segundo o Sr. Antônio
Martins de França.
Em 1987, sob a liderança de Seu Antônio, uniram-se e criaram uma
Associação Comunitária de São Bento, com uma determinação: "Neste
Vale, ninguém passará mais fome, nem será humilhado". A Associação
recebeu, em 1989, a visita do antropólogo francês, Remy Riand, do
Prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta, do hidrogeólogo Gerhard
Otto Schrader, da Universidade Estadual do Ceará e outras entidades
que deram apoio e dinâmica às aspirações do movimento.
Surgiu, assim, o convênio de cooperação entre as universidades
francesas e a Prefeitura de Quixeramobim que desenvolveu o projeto
de parceria para o desenvolvimento do Vale do Forquilha, mais tarde
chamado Pingo D’Água. A Prefeitura de Quixeramobim teve
importante papel de mobilização dos 50 líderes das comunidades do
Vale, apoiando com sua equipe técnica, promovendo a vinda do
cooperante francês, o engenheiro agrônomo Julien Burte, por meio da
parceria firmada entre a UECE – Universidade Estadual do Ceará e a
Université François Rabelais – UFR e a École National d’Ingénieurs des
Techniques de I’ Horticulture et du Paysage – INH.

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 6

O PINGO DA CIDADANIA

V ozes da Seca
Luiz Gonzaga/Zé Dantas

"Seu dotô os nordestinos


Têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista
Nessa seca do sertão
Mas dotô uma esmola
A um home qui é são
Ou lhe mata de vergonha
Ou vicia o cidadão"

A reunião com produtores e entidades parceiras soltou as amarras


e provocou um desbloqueio. Com a perda do medo de falar e pelo
nascimento de idéias inovadoras compartilhadas pelos associados e
entidades envolvidas, nos anos seguintes, outros encontros foram
acontecendo, surgindo a idéia da prospecção da água e da fruticultura
irrigada. O ano de 1998 marcava o início do Projeto Pingo D’Água que
trouxe água, renda e trabalho aos agricultores do Vale do Forquilha.
Para combater a seca, o Projeto Pingo D’Água mostrou como foi
possível, com cooperação, tecnologia, gestão participativa, crédito, e
articulação com uma rede de parceiros, vencer um problema secular
como a falta d’água no sertão nordestino. Uma nova técnica de
perfuração de poços mudou a vida do sertanejo em Quixeramobim.
O engenheiro francês, Julien Burte, ficou impressionado com a
quantidade de água encontrada no subsolo, pois, desde que chegou a
Quixeramobim, ouviu dizer que no solo da caatinga havia pouca água.

"Com certeza existe muita água subterrânea, pelo menos nos vales,
riachos e rios secos. A água encontrada nem sempre é boa, mas em
80% dos casos serve para beber e para irrigação", enfatizou.

Por meio das fotos aéreas, foram marcados os lugares dos poços.
Com a tecnologia do poço tubular, chegou-se a mais de dez metros em

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 7

apenas uma semana, e a vazão do poço variava entre 25 a 92 mil litros


por hora. Quando a água era salobra ou em pequena quantidade, os
agricultores abandonavam os trabalhos e dedicavam-se a tentar em
outros lugares.
A explicação para a abundância da água no subsolo dos rios secos
era a seguinte: na época das chuvas, boa parte da água escorre para as
calhas dos rios, onde o subsolo é formado por camadas de argila e are i a
grossa, os conhecidos “aluviões”, que são permeáveis e, por isso, a água
escoa ao subsolo formando grandes lagos que são conhecidos dos
sertanejos como cacimbas, que costumam cavar nos leitos dos rios secos.
O problema era que o método utilizado pelos sertanejos, muitas
vezes, não descobria o veio principal, daí a vazão pequena dos poços.
Fora dos aluviões, a dificuldade era maior. O pessoal passava meses a
fio, batendo na rocha e, no final, ficavam frustrados.

“O SERTÃO VAI VIRAR MAR E O MAR VAI VIRAR SERTÃO”


(Antônio Conselheiro)

T alvez soubesse o Conselheiro que, no sertão, produtos


hortifrutigranjeiros como o mamão, a banana, o melão, o maracujá, o
pimentão e o tomate brotariam em solo árido e seco, com adoção de
uma inédita tecnologia de prospecção de água subterrânea – de baixo
custo e fácil acesso – por meio da perfuração manual de poços
tubulares artesianos rasos em terrenos de aluviões.
Corajosos, 27 pequenos produtores, distribuídos em 17 povoados,
c o n t rolaram hortas domésticas, melhoraram a dieta da família e
garantiram renda e subsistência, tirando da terra o seu sustento.
Cenários diferentes explicaram bem o processo de mudança
radical por que passou a comunidade de Vale do Forquilha. Em 1998,
o convênio de cooperação técnica entre Prefeitura de Quixeramobim,
Universidade Estadual do Ceará e universidades francesas foi assinado
quando a comunidade ainda usava os carros-pipa.
Em 2002, quando o Projeto Pingo D’Água se transformou em uma

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


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política pública para todo o Estado, com a projeção de perfurarem-se


até 5 mil poços similares – Programa Poços do Sertão –, implementado
pelo governo do Estado, a comunidade comeu o pão que o diabo
amassou.
A fruticultura irrigada de Forquilha foi desenvolvida, como
conseqüência da ação desenvolvida com o advento dos poços do
p rojeto Pingo D’Água, uma parceria institucional que reuniu a
Universidade Estadual do Ceará, a Escola Nacional de Engenharia em
Horticultura da França, o Banco do Nordeste, a SEAGRI - Secretaria de
Agricultura Irrigada do Ceará, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às
M i c ro e Pequenas Empresas) e os governos do Ceará e de
Quixeramobim.
A mão-de-obra na perfuração dos poços foi dos próprios
agricultores, orientados inicialmente pelo cooperante francês, Julien
Burte, por meio do programa de cooperação técnica francesa que
permitiu que os jovens optassem entre servir ao exército ou trabalhar
em países em desenvolvimento, sendo depois tocados pelos técnicos
da Prefeitura de Quixeramobim que acompanharam os agricultores.
O equipamento completo para cavar os poços era de fabricação
caseira, simples, mas de aço, ao contrário das outras máquinas (tipo
perfuratriz), mais estruturado tecnologicamente. Cada equipamento
cavava centenas de poços, apenas com um pouco de manutenção.
Eram formados por válvulas, brocas, trados e sondas desenvolvidas
especialmente para perfurar os leitos de rios secos. As sondas eram
mais sofisticadas, porque eram as peças principais que puxavam a água.
A prefeitura disponibilizava para as comunidades o equipamento
de perfuração juntamente com o acompanhamento técnico, em que a
população beneficiada entrava com a participação da mão-de-obra na
perfuração dos poços, aquisição dos tubos PVC e telas que somavam
aproximadamente R$ 200,00.
Além da utilização da tecnologia, os parceiros, como a prefeitura
e as universidades francesas, garantiam o acompanhamento técnico. A
SEAGRI e o Sebrae cuidaram da capacitação dos produtores e os
orientaram sobre o gerenciamento. A produção era escoada para as
indústrias de Quixeramobim, além dos mercados de abastecimento e
merenda escolar.

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PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 9

"Tudo em vorta é só beleza


Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pio"
(Música Assum Preto – Luiz Gonzaga)

No Vale da Forquilha tudo ficou diferente, como um oásis no meio


da caatinga, apesar da chamada "indústria da seca" que persistia no
Nordeste – como nos casos da distribuição política da água por meio
de carros-pipa e o l o b b y das empresas de perfuração de poços
profundos. Nestes oásis, os sertanejos plantaram milho, feijão, mamão,
melão, maracujá, tomate e pimentão. Tudo irrigado, graças à água dos
poços tubulares rasos, uma tecnologia utilizada para perfurar poços no
litoral nordestino, testada com sucesso na caatinga.

OS PROJETOS DE FINANCIAMENTOS

“D ê serviço a nosso povo


Encha os rio e barrages
Dê comida a preço bom
Não esqueça a açudage
Livre assim nóis da esmola
Que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juros
Sem gastar nossa corage"
(Vozes da Seca – Luiz Gonzaga)

Os pequenos pro d u t o res foram também beneficiados com


empréstimos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF), linha de crédito – Banco do Nordeste, recebendo
o apoio logístico da Prefeitura Municipal de Quixeramobim, que
HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003
PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 10

contratou cinco técnicos para o programa, um engenheiro-agrônomo


para a infra-estrutura do programa e assistência direta aos agricultores.
O financiamento atendeu às necessidades de insumo (sementes
importadas, custos com energia, mão-de-obra). Cada produtor possuía
em média 1,5 hectare de terra, e o plantio se dava por rotação de
culturas, ou seja, na mesma área, tiram a safra de melão e depois
replantam tomate e pimentão.
O investimento na execução do projeto foi basicamente em
pessoal técnico, com gastos de R$ 10 mil mensais e cerca de R$ 20 mil
em equipamentos. Cada poço saiu pelo preço final de R$ 200,00 para
o pequeno produtor.
O Sebrae/CE apoiou o projeto com ações, como: cursos
tecnológicos e gerenciais, consultoria tecnológica voltada para
microaspersão e fertirrigação, missões técnicas a Petrolina, a ampliação
para área de assentamentos rurais até a implantação de uma OSCIP –
Organização de Sociedade Civil de Interesse Público.
As comunidades desenvolveram projetos auto-sustentados de
irrigação – por meio do uso de gotejamento e microaspersão – daí a
origem do nome Pingo D’Água com renda média de R$ 700,00 por
hectare para cada família.
O governo do Estado, por meio da SEAGRI – Secretaria de
Agricultura Irrigada e Agropolo Sertão Central, deu apoio pelo
Programa Caminhos de Israel que beneficiou produtores que
trabalhavam com agricultura irrigada com média de 10 hectares.
Os sertanejos descrentes nem acreditaram no que viram, com os
"olhos que a terra há de comer", que, com aquelas gotinhas, foi possível
terem irrigado as áreas de plantio ainda tirando bons frutos. O
fruticultor Helano Nogueira tirou várias safras de melão, vendeu tudo,
economizou bom dinheiro para sustentar a família e tocar os negócios.

"Antes era só fome e miséria, não prestava para nada", enfatizou.

"Estes projetos geraram ocupação e renda no campo, evitaram o


êxodo rural e geramos emprego e renda nas épocas de seca", frisou
Carlos Simão.

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 11

ÁGUA GARANTIDA

A novidade que correu no sertão atraiu atravessadores que


vieram comprar os frutos de caminhão na comunidade.
Para os produtores que resistiam ao cultivo de frutos, a mudança
trouxe facilidades, melhoria de renda. Alguns nem conheciam o que
era melão. Para o Seu João Alves, que mudou de vida depois do
plantio irrigado por aspersão, várias safras de melão, maracujá, a
fruticultura era novidade:

"Não conhecia melão, só de "vista"...antes nós só plantávamos para


comer... nunca ganhei tanto dinheiro na vida".

A primeira safra de Seu João lhe rendeu um lucro líquido de R$


1.700,00.
Helano Nogueira furou um poço tubular, sendo um dos pioneiros
a plantar frutos. Uma parte da água subia o morro para abastecer sua
casa. A fartura era tanta que dava para irrigar o pomar doméstico e a
horticultura de sua genitora. Seus pais ficaram admirados com a
novidade. O poço do Helano tinha vazão acima de 28 mil litros, tendo
ele triplicado sua área de produção, incrementando novas culturas.

"Hoje longe muitas léguas


Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortá pro meu sertão"
(Música Asa Branca – Luiz Gonzaga)

Deusimar Cândido, Presidente da Associação dos Produtores de


Forquilha, ficou animado. Ele afirmou que a água estava garantida por
pelo menos dois anos, já que as chuvas caíram durante o inverno, e os
aluviões dos riachos estavam recuperados. Ele conseguiu vender sua
produção para o comércio local e para Fortaleza.
Deusimar foi um dos produtores que, tendo abandonado sua terra,
morou em São Paulo e voltou, após 14 anos, a sua terra natal. Retornou
ao Vale do Forquilha, em 2000, para plantar frutas e mudar de vida,

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 12

após a chegada do projeto Pingo D’Água.

"Sempre sonhei em voltar, quando surgiu o projeto, foi a luz. Eu vi


que aquilo ia dar certo. Além de garantir a família, minha horta
já empregou duas pessoas. Aqui não tem gente chegando, mas
também não tem ninguém saindo", afirmou.

O presidente gerou dois empregos em sua horta de mamão, batata


doce e tomate, tendo um lucro de R$ 1 mil por semana.

"Com certeza, o lucro é bom, colhemos, plantamos e vendemos.


Antes era só feijão e o milho, e se chovesse", disse Deusimar.

Em casa, Erivanda, sua esposa, comemorou a facilidade de

"ter a água prontinha, aqui, vinda da torneira, na nossa


mão"...destacou.

"Quando o verde dos teus óio


Se espaiá na prantação
Eu te asseguro, num chore não, viu?
Que eu vortarei, viu, meu coração"

ÁGUA E VIDA

O s referidos poços, na sua grande maioria, possibilitaram a


implantação de projetos de abastecimento de água com ligações
domiciliares, financiados pelo Projeto São José, por meio de convênio
entre o Banco Mundial, Governo do Estado do Ceará e as Associações
Comunitárias das referidas localidades.
Em Quixeramobim, o programa já perfurou 300 poços manuais,
realizou 27 projetos de agricultura irrigada, e mais 18 foram
implantados até o final de 2002 em sete comunidades com 500 famílias
HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003
PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 13

que ganharam abastecimento de água com ligações domiciliares a


partir do excedente de captação dos poços rasos. Gerou 150 empregos
diretos.
A alegria percebia-se nas palavras de Seu Joaquim Nobre – o "Quinô":

"A primeira coisa que fiz foi encanar água para dentro de casa,
tomei banho de chuvisco, a mulher lavou roupa em casa, joguei os
canecos fora e dispensei o jumento, só dava torneira".

O sucesso do Projeto Pingo D’Água fez com que o governo do


Ceará incorporasse a tecnologia no projeto Poços do Sertão, quando,
até junho de 2002, foram implantados 2.771 poços rasos em 87
municípios. A estimativa era então que, em todo o Estado, fossem
implantados 5.000 poços rasos similares ao de Quixeramobim, até 2003.

"O projeto se transformou em política pública, e a comunidade de


Forquilha em um laboratório vivo, pois o projeto piloto já recebeu
a visita de mais de cinco mil pessoas de todo país, entre técnicos,
agrônomos e geólogos, que foram multiplicadores do pro j e t o .
Pagamos um preço caro pelo pioneirismo, pois eles passaram pela
experimentação", afirmou Carlos Simão.

O equipamento de perfuração, aperfeiçoado durante esses anos,


custou R$ 2,5 mil, enquanto um sistema de abastecimento tradicional
(perfuratrizes de tecnologia de ponta) girava em torno de R$ 50 mil
a R$ 80 mil, variando de acordo com o número de casas que foram
atendidas.

"Estamos abertos para disseminar esta tecnologia e capacitar os


novos beneficiados", disse Simão.

Essa experiência vivenciada pelos agricultores de Quixeramobim


poderia ser implantada em outras regiões do nordeste, sendo
necessário escolher bem o local do poço. Ele deve ser perfurado em
solos de aluvião, onde as oportunidades de encontrar água são sempre
maiores.

HISTÓRIAS DE SUCESSO - EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2003


PINGO D’ÁGUA – O SERTÃO VIROU SERRA - CE 14

"Onde não possui energia, o custo da irrigação sobe um pouco,


porque o poço passa a ser tocado com óleo diesel, mas vale a pena
investir, diante dos benefícios proporcionados pela água", disse
Raimundo José Rodrigues, técnico em agropecuária que
acompanhou o projeto desde o início.

Para o ano de 2004, previu-se implantar 1.000 poços no município,


beneficiando mais 1.000 famílias, retirando-as definitivamente da rota
dos carros-pipa. Gerar 3.000 empregos diretos, conforme tabelas em
anexo.
A inadimplência continuou a ser o grande entrave. Dos 140 que
foram cadastrados para obter crédito bancário, apenas 18 foram
liberados.

"Foram três gerações prejudicadas, o avô fez o empréstimo, não


teve condições de pagar, o filho e o neto que assumiram o núcleo
familiar herdaram a dívida, e o banco não autorizou", reclamou
Deusimar Cândido.

O prefeito Cirilo Pimenta foi um entusiasta do Programa Pingo


D’Água:

"Nós nem acreditávamos, tendo em vista os sucessivos fracassos que


tínhamos em cavar poços com máquinas com mais de 60m com
vazão apenas de 2.000 l/h e, hoje, o que acontece com esses poços
é um milagre, é uma coisa inédita e que pode mudar
completamente o perfil do Nordeste!", frisou.

CONCLUSÃO

O sertanejo é antes de tudo um forte, conforme um ditado


popular. Para sobreviver no seu "torrão", ele transforma as
adversidades em força, apesar das intempéries e só quer deixar sua
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terra, no último pau-de-arara. 1

Como um resistente combatendo a seca, o Projeto Pingo D’Água


completou quarenta e oito meses, cheio de vitalidade e esperança, mas
tendo de buscar caminhos para superar suas próprias limitações. O
projeto recuperou a auto-estima e a independência econômica dos
participantes, ajudou a fixar o homem no campo, desapareceram os
carros-pipa, pelo menos nas comunidades do Vale do Forquilha.
O maior desafio, no horizonte do Programa Pingo D’Água, era
criar as condições para fazer aquilo que foi planejado.
Os parceiros, especialmente o governo municipal e do Estado e a s
entidades de classe, poderiam negociar e barganhar com as
instituições bancárias melhores condições no acesso ao crédito,
assegurando um ambiente mais favorável ao crescimento dos novos
pequenos negócios de fruticultura.
Apesar de todos os desafios, não houve dúvida de que o Programa
Pingo D’Água trouxe impactos positivos para o segmento de pequenos
produtores, em face dos resultados alcançados em curto espaço de
tempo.
A mais importante conquista foi a busca de alternativas de
convivência no semi-árido, por meio de água subterrânea e agricultura
irrigada, quebrando paradigmas, disponibilizando para a população
tecnologias de fácil aplicabilidade. Esse ambiente não podia ser
desperdiçado, tendo em vista que serviu de exemplo para todo o
estado do Ceará e vários estados do Nordeste.
A experiência do Pingo D’Água foi reconhecida e premiada como
projeto inovador: Honra ao Mérito da Fruticultura pelo Instituto
FRUTAL do Ceará, pela Fundação Banco do Brasil e Fundação FORD,
certificado de Tecnologia Social e finalista do Programa de Gestão
Pública e Cidadania, pela Fundação Getúlio Vargas, ficou entre os
cinqüenta primeiros dos 756 inscritos de todo o Brasil. Até o Brasil
reconheceu!
Como se observou, os desafios são permanentes. Para o Programa
Pingo D’Água aproveitar a água do subsolo em renda e trabalho para
as comunidades carentes do Ceará e preservar o potencial empreendedor
de seu povo, foi uma aposta no futuro.

1
Transporte de retirantes da seca, comum no Nordeste.

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PONTOS PARA DISCUSSÃO

• Como se articularia e se manteria uma rede de parceiros capazes de


dar sustentabilidade e continuidade aos projetos implantados e a
inclusão de novos agricultores? Seria necessária a busca de novos
parceiros?

• Alguns aspectos precisariam ser encarados com urgência. Como se


resolveria a ampliação do programa? Resolvendo o problema do
acesso ao crédito? Como se melhoraria a relação com os bancos?

• Que alternativas poderiam ser adotadas para fortalecer a agricultura


familiar e a busca de maiores incentivos à política agrícola?

• Que estratégias de divulgação ou incentivo poderiam ser utilizadas


para sensibilizar os representantes municipais e os municípios em
situação semelhante ou já capacitados para a participação no programa?

Diretoria Executiva do Sebrae Ceará (2002): Alci Porto Gurgel Júnior, Francisco Régis
Cavalcante Dias e José Ribamar Félix Beleza.

Agradecimentos:
Carlos Antônio Chaves Simão - Secretário de Desenvolvimento Econômico e Recursos Hídricos
de Quixeramobim; Enio Giuliano - Técnico Sebrae/CE e Raimundo José Rodrigues - Técnico
em Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Recursos Hídricos de
Quixeramobim.

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ANEXOS

ANEXO 1: EVOLUÇÃO – PROJETO PINGO D’ÁGUA


ELEMENTOS ANTES (1998) (2002) 2004

Famílias no Vale 1068 1.200 2.000


antes do Projeto
Projetos de 0 27 140
fruticultura
Poços tubulares 0 332 1.000
rasos perfurados
Renda por produtor 1/2 salário mínimo R$ 700,00 -
Empregos gerados 1 por produtor 3 por produtor 3.000
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Recursos Hídricos de Quixeramobim – 2002

ANEXO 2: DADOS DO PROJETO POÇOS DO SERTÃO NO CEARÁ


Técnicos treinados no Estado 138
Municípios participantes de capacitação 100
Poços perfurados até junho/2002 2.771
Municípios que perfuraram poços 87
Vazão média(L) 11.000 l/h
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Recursos Hídricos de Quixeramobim – 2002

ANEXO 3: EVOLUÇÃO – PROJETO PINGO D’ÁGUA

400
332
300
200 134
75
100 30 15 27
11
2
0
1999 2000 2001 2002
Poços Perfurados
Projetos Fruticultores

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ANEXO 4: RELAÇÃO DE ENTIDADES PARCEIRAS


Sebrae/CE – Participa do projeto Pingo D’Água dentro da capacitação tecnológica
e gerencial, além de proporcionar a ampliação do projeto para produtores de
assentamentos no ano de 2001.
Secretaria de Agricultura Irrigada do Estado do Ceará – SEAGRI – Apoio na
implantação da infra-estrutura, assistência técnica, capacitação e na
comercialização.
Centro Vocacional Tecnológico – CVT
Serviços Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR – Cursos de capacitação
para os técnicos e agricultores nas áreas de irrigação, gestão da empresa rural,
qualidade rural, beneficiamento de fruto etc.
Prefeitura Municipal de Quixeramobim – Secretaria de Desenvolvimento
Econômico do Município – Promove e coordena o Projeto Pingo D’Água.
Governo Francês – Disponibiliza a vinda de técnicos franceses por meio do
programa de cooperação internacional.
Université Estadual do Ceará – UECE – Viabilizou o convênio com a
Universidade François Rabelais (UFR – Tours – França), para promover assessoria
de técnicos franceses.
École National d’Ingénieurs des Techniques de I’Horticulture et du Paysage
– I.N.H – Proporciona o apoio técnico nas pesquisas, no município e na análise
de amostras de solos e água no laboratório do I.N.H. Apoio técnico e científico
na perfuração de poços manuais.
Associações locais – Mobilizam os pequenos produtores rurais para participarem
dos projetos de agricultura irrigada.
Secretaria de Infra-Estrutura do Estado do Ceará – SEINFRA – Coordena a
implantação.

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