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1. Conceito
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Op. cit. p. 403.
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questões de fato e direito, ainda que julgadas anteriormente, mormente em
matéria processual penal, onde o mais comum é não haver preclusão; pode
também examinar questões ainda não analisadas pelo juiz, que estejam
compreendidas na abrangência da impugnação. Por isso, o coerente é que as
apelações não estejam restringidas por fundamentação vinculada. O juízo ad
quem reúne de regra as funções rescisória e rescindente, de modo que no
julgamento da apelação haverá substituição da sentença por outra, exceto nos
casos de reconhecimento de nulidade, em que há cassação da decisão recorrida.
2. Classificação
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As decisões do juiz singular que não se enquadrem nos incisos I e II do
art. 593, do CPP não admitem apelação. Se não for cabível recurso em sentido
estrito (art. 581), serão, em regra, irrecorríveis (Ada Grinover).
3.2. Decisões proferidas pelo júri (artigo 593, inciso III, §§ 1.º a 3.º,
do Código de Processo Penal)
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Com relação ao sursis, nos termos do art. 157 da Lei de Execução Penal, o juiz ou tribunal deverá
se pronunciar-se, motivadamente, sobre ele na sentença que aplicar pena privativa de liberdade.
Caso o juiz não faça nenhum pronunciamento na sentença condenatória acerca da não concessão do
sursis, a sentença é nula (RT 597/425). Nesse caso, o Tribunal deve declarar a nulidade da sentença,
mas não pode conceder o benefício, sob pena de supressão de instância (RT 597/425).
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Trata-se de decisão eivada de error in procedendo, ou seja, vício de
procedimento. A hipótese autoriza a cassação da decisão dos jurados desde que
o vício de formalidade tenha ocorrido após a decisão interlocutória mista não
terminativa que julga admissível a acusação. Se o vício de formalidade ocorrer
antes ou na própria decisão de pronúncia, o recurso cabível será o recurso em
sentido estrito (CPP, art. 581, inciso IV), e, tratando-se de vício que possa ser
sanado, se não for argüida no tempo e no modo devidos, ocorrerá a preclusão
temporal (CPP, art. 572).
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Ocorrerá a primeira ocasião prevista na lei quando houver dissonância
entre o que resolveram os jurados e o que constou da sentença – assim, por
exemplo, se os jurados admitiram a prática de homicídio qualificado por motivo
fútil e o juiz condenou por homicídio simples.
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individualização da pena, em face dos elementos de prova existentes e que
servem para a aplicação da pena ou medida de segurança – assim, a fixação de
pena-base elevada, sem justa valoração de aspectos favoráveis ao condenado:
seus bons antecedentes, a sua conduta social irrepreensível ou a sua ótima
personalidade (CP, art. 59).
O apelo, neste inciso, será contra a decisão dos jurados, por ser ela
manifestamente contrária à prova dos autos. Ou seja, trata-se, ainda, de error in
judicando, porém, o órgão jurisdicional ad quem, se der provimento ao recurso,
não poderá rejulgar a matéria, pois, neste caso, haveria ofensa ao princípio da
soberania dos veredictos.
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Sentença jurados que tenham tomado parte do primeiro, por força da aplicação
analógica do disposto no art. 607, § 3º, do CPP c/c Súmula 206, do STF3.
Observe-se que, conforme o art. 593, § 3º, não será admitida segunda
apelação pelo mesmo motivo, entendendo-se por mesmo motivo a mesma
hipótese de cabimento, ou seja, o mesmo fundamento legal: decisão
manifestamente contrária à prova dos autos. Haverá o impedimento de nova
apelação ainda que a causa tenha sido alterada.
Ada Grinover vai além, pois segundo seu entendimento, pouco importa,
também, se o primeiro recurso foi formulado pela parte contrária: se o réu
recorre da condenação e invoca o art. 593, III, d, vindo o tribunal a determinar
novo julgamento, que culmina com a absolvição do acusado, não poderá agora o
promotor apelar porque teria havido manifesta divergência com a prova.
Hipóteses de cabimento:
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É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento
anterior do mesmo processo.
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sentença do procedimento sumaríssimo;
5. Reformatio in Pejus
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do contrário o réu estaria sendo prejudicado indiretamente pelo seu recurso. Este
é o entendimento pacífico do STF (RTJ 88/1018 e 95/1081).
6. Reformatio in Mellius
7. Processamento da Apelação
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Interposta a apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de
oito dias cada um para oferecer razões (exceto nos processos de contravenção
em que o prazo será de três dias).
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Apelação Prazo em comum se r
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1. processo 5 dias 2 dias*² 8 dias 1) sent. conden.: susp. o
lançamento do nome do réu
conta-se da do rol dos culpados
intimação da 2) sent. conden.: sendo réu
sentença primário e bons
petição de interposição A) O Juiz não recebe – poderá o apelante antecedentes, não será
(não é necessária apresentar recurso em sentido estrito necessário seu
apresentação das recolhimento à prisão
B) Se o Juiz recebe, mas julga deserta
razões) 3) sent. absolutória: réu
(réu apela e foge) – pode-se apresentar
recurso em sentido estrito colocado em liberdade, não
há efeito suspensivo
*¹ sentença: ver elenco contido no 593 CPP, observando que poderá haver pertinência C) extensivo: previsto no art. 580
da interposição de apelação de decisão interlocutória, não alcançada pelo art. 581 CPP CPP – concurso de agentes;
(RESE). Ex.: homologação de laudo de insanidade mental. recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos
*² nos processos envolvendo contravenção penal = 3 dias; prazo não fatal, pois o que não sejam de caráter
recurso poderá ser processado sem razões, que serão apresentadas já perante o pessoal, aproveitará aos outros
Tribunal (faculdade cabível somente para defesa).
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Apelação em sede de
procedimento alcançado
pela Lei 9.099/95
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