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CONTABILIDADE

FINANCEIRA E
GERENCIAL

Profa. Ms. Valquiria Pinheiro


de Souza

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CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL
O lucro das empresas é um importante
instrumento não só de sobrevivência das
empresas, mas também de medição do
sucesso que tiveram em atender a
necessidade de bens e serviços da
sociedade.

Os resultados demonstrados no balanço


econômico podem parecer brilhantes e
promissores e, contudo, os verdadeiros
objetivos da empresa talvez não tenham sido
atingidos.
LUCRO CONTÁBIL x LUCRO ECONÔMICO;

CUSTO DE OPORTUNIDADE;

GOODWILL;
O que é lucro ?

De acordo Iudícibus, 1979 “o lucro é o que


pode distribuir durante um período, mantendo
a potencialidade do patrimônio líquido inicial
intacta.”

Para Catelli, 1990 “O lucro é o resultado (


econômico) é aquele que expressa a variação
do patrimônio da empresa entre dois
momentos do tempo”.
O que é lucro?

Segundo Guerreiro, 1991 em termos


contábeis, “... Lucro é o resíduo derivado do
confronto entre a receita realizada e o custo
consumido”.
Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um
indivíduo ou uma pessoa nos negócios.

Segundo os princípios da Economia Aziendal , o lucro


pode ser originário do funcionamento (lucro operacional) e
do crédito (lucro da gestão econômica).

De acordo com a estrutura das Demonstrações Contábeis


de Resultados utilizados no Brasil, o lucro é desdobrado
nas seguintes categorias:
Lucro Bruto: diferença positiva de Receitas menos Custo;

Lucro Operacional: diferença positiva do lucro bruto e das


despesas operacionais;

Lucro não operacional: resultado positivo das receitas e


despesas não operacionais;

Lucro não operacional: resultado positivo das receitas e


despesas não operacionais;

Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o


lucro operacional e o não operacional;
Lucro a ser distribuído: lucro líquido menos a quantia
destinada a Reservas de Lucros ou compensada com os
Prejuízos Acumulados;

Lucro Real: Base de Cálculo do Imposto de Renda das


pessoas jurídicas. (Contabilmente, seria o Lucro Líquido
menos as adições e exclusões de despesas feitas para fins
de apuração do tributo citado).

Lucro Inflacionário: parcela do Lucro Real, composta do


saldo credor da correção monetária de balanços ajustado
pelas variações monetárias e cambiais, e que podia ser
diferido, ou seja, devido em exercícios futuros).
Lucro de Exploração: parte do Lucro Real formado pelas
Receitas oriundas de incentivos fiscais do Imposto de
Renda (isenção ou redução).

Lucro Presumido: outra base de cálculo do imposto de


renda, basicamente sobre Receitas, e com escrituração
simplificada no Livro Caixa.
Crédito

O termo crédito designa, segundo as Normas


Internacionais de Contabilidade, o rendimento que surge
no decurso das atividades ordinárias de uma entidade e
que pode ser referido por uma variedade de nomes
diferentes incluindo vendas, honorários, juros,
dividendos e royalties.

Corresponde, portanto, ao influxo bruto de benefícios


econômicos durante o período proveniente do curso das
atividades ordinárias de uma entidade, quando esses
influxos resultarem em aumentos de capital próprio, que
não sejam aumentos relacionados às contribuições de
participantes no capital próprio.
AZIENDA

Azienda, em contabilidade, é o patrimônio sofrendo


constantes ações, de natureza econômica, do elemento
humano.
Aziendalismo é uma teoria científica italiana que define
como objeto de estudo da contabilidade a azienda.
No Brasil, a azienda era considerada objeto de estudo da
Economia Aziendal, ramo contábil da Economia e que não
se desenvolveu.
A palavra significa, em italiano, fazenda. Talvez seja este o
primeiro jargão e o conceito que o estudante da área
contábil aprende: Contabilidade é a ciência que estuda o
patrimônio à disposição das aziendas.
PESQUISA DE MERCADO
Para Edson Hendriksen (1999, p.199) algumas
das críticas ao lucro contábil em sua forma
tradicional:

1. O conceito de lucro contábil ainda não se


encontra claramente formulado.

2. Não há base teórica permanente para o


cálculo e a apresentação do lucro
contábil.
Para Edson Hendriksen (1999, p.199) algumas das
críticas ao lucro contábil em sua forma tradicional:

3. As práticas contábeis geralmente aceitas


permitem variações na mensuração do lucro do
exercício de empresas diferentes.

4. As variações do nível de preços têm modificado o


significado do lucro medido em termos monetários
históricos.
Para Edson Hendriksen (1999, p.199) algumas das
críticas ao lucro contábil em sua forma tradicional:

5. Outras informações podem ser mais úteis para


investidores e acionistas, no que diz respeito à
tomada de decisões de investimento.
GUERREIRO (1991, p.6) define o lucro contábil
como “o resíduo derivado do confronto entre a
receita realizada e o custo consumido”, não
contempla incrementos de valores dos ativos
tangíveis em relação a seus registros, nem dos
ativos intangíveis, sendo que o Goodwill, só é
registrado quando adquirido e, no balanço
consolidado da compradora.
•Hendriksen & Van Breda

Considerando a depreciação contábil:


•Hendriksen & Van Breda

LUCRO = RECEITAS – DESPESAS –


DEPRECIAÇÃO
•Hendriksen & Van Breda

Considerando a depreciação econômica:


PESQUISA DE MERCADO
• Hendriksen: resultado apurado segundo
conceitos de mensuração não atrelados ao
custo original como base de valor e, sim, em
valores de realização ou fluxo de benefícios
futuros, decorrente da abordagem das
atividades para mensuração do lucro.

• Solomons: diferença entre a receita total e o


custo econômico total.
• Guerreiro: quantia máxima que a firma
pode distribuir como dividendos e ainda
continuar tão bem ao final do período
como estava no começo.
O Lucro econômico é gerado pelo aumento do
Patrimônio Líquido, ou seja:

LE = PLf - PLi

(perspectiva contábil)
LE = LUCRO CONTÁBIL – PL x r

LE  lucro econômico
PL  Patrimônio líquido
r  remuneração do capital próprio
• Guerreiro: “Lucro econômico é a quantia máxima
que a firma pode distribuir como dividendos e ainda
continuar tão bem ao final do período como estava
no começo”, consideram-se os períodos, logo:

LE = LCf – PLi x r

(tomada de decisão)
• Voltando ao caso da confecção:
LCf = $ 2.400,00
PLi = $20.000,00
r = 10 %

LE = 2.400,00 – (20.000,00 x 0,10) = 400,00


PERSPECTIVA CONTÁBIL TOMADA DE DECISÃO
Lembrando Hendriksen & Van Breda:
PESQUISA DE MERCADO
Custos Explícitos e Implícitos

• Custos explícitos: pagamentos explícitos realizados


pela firma para adquirir ou contratar recursos.

Ex: salários, energia elétrica, água, aluguel, etc.

• Custos implícitos: custo de oportunidade pela


utilização dos recursos de propriedade da própria
firma. (difícil estimativa)

Ex: capital, salários, etc.


GUERREIRO (1991, p.9) relata que as diferenças fundamentais
entre o lucro econômico e o contábil (apurado de acordo com os
princípios de contabilidade geralmente aceitos) são:
Não Garante o Sucesso (Continuidade) do Negócio

Não Mensura o Risco do Negócio e o Custo do Capital


Investido.

- Não Remuneração do Capital

Coloca em Risco a Continuidade da Empresa

- Empresas Podem Ser Inviáveis

Mesmo Apresentando Lucros.


Incorpora dois princípios básicos:

- objetivo de maximização da riqueza do


acionista;

- valor da empresa depende de expectativas


dos lucros futuros em excederem (ou não) o
custo de capital.
PESQUISA DE MERCADO
• Padoveze: o custo de oportunidade dos acionistas é
o lucro mínimo que eles deveriam receber para
justificar seu investimento.

• Horngreen: é o sacrifício mensurável da rejeição de


uma alternativa; é o lucro máximo que poderia ter
sido obtido se o bem, serviço ou capacidade
produtiva tivessem sido aplicados a outro uso
opcional.
• Dopuch, Birnberg & Demski: o custo
de oportunidade de um ativo em uma
alternativa específica é o benefício
líquido que poderia ser recebido se o
ativo fosse utilizado em seu melhor
uso alternativo.
• Martins (1987) chamou atenção para a
pouca utilização do conceito de custo
de oportunidade na contabilidade:
"Esse é um conceito costumeiramente
chamado de "econômico" e "não-
contábil", o que em si só explica, mas
não justifica, o seu não muito uso em
contabilidade geral ou de custos".
Exemplos:

Uma fábrica poderia ter como custo de


oportunidade o valor do aluguel que poderia
obter se alugasse o seu terreno a terceiros
em vez de ocupá-lo para a fabricação.
Exemplos:

Os salários que os donos da empresa


poderiam receber se trabalhassem para
outros patrões em lugar de se dedicarem à
própria empresa.
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 50.000,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS 46.000,00

(=) LUCRO OPERACIONAL 4.000,00

(-) IMPOSTOS (40%) 1.600,00

(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 2.400,00


DEPOIS DOS IMPOSTOS
REMUNERAÇÃO DO REMUNERAÇÃO DO
MERCADO FINANCEIRO NEGÓCIO

R$ 2.000,00 R$ 2.400,00

CRIAÇÃO DE VALOR PARA O


INVESTIDOR 
R$ 400,00
Apesar do resultado de R$ 2.400,00 apurado
no final do exercício, o investidor perceberá
como vantagem ou “lucro” os R$ 400,00, pois
os R$ 2.000,00 representam o retorno
considerado “normal” do capital, obtido em
outro uso alternativo.
PESQUISA DE MERCADO
O conceito de goodwill ainda é motivo de discussão pela
sua subjetividade e dificuldade de mensuração.

Segundo Hendriksen (1999) goodwill é um ativo


intangível, assim como contas a receber, despesas
antecipadas, aplicações financeiras e outras. No entanto
estas contas são facilmente identificadas, ao contrário do
goodwill.

Segundo Pinho (1997), o goodwill é definido como sendo


“fundo de comércio; bens intangíveis, tais como o bom
relacionamento com os clientes, moral elevado dos
empregados, bom conceito nos meios empresariais, boa
localização”.
Entretanto, o conceito de goodwill vai além do bom
relacionamento comercial.

O goodwill pode ser definido como um lucro anormal,


além do esperado, sendo que a dificuldade reside na
mensuração do valor atual dos benefícios futuros
esperados.

Corroborando com Martins (1973), este conceito


aproxima-se do conceito econômico de ativo, no
entanto o lucro contábil toma por base o custo como
base de valor, que pela legislação atual não é corrigido
pela variação do poder aquisitivo da moeda.

No entanto é uma forma de calcular o Valor de uma


empresa, com seus ativos intangíveis.
EVA ®
• Goodwill ou Fundo de Comércio
• Origem: Lei Fiscal Francesa – século XIX
expressando um conjunto de bens
intangíveis:
Tradição da empresa;
Relacionamento com clientes;
Outros.
53
EVA®

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Reconhecimento
EVA®
O SFAC nº 6, define ativos como benefícios econômicos
futuros prováveis, obtidos ou controlados por cada
entidade em consequência de transações ou eventos
passados.

De modo que, sendo possível a mensuração do valor


econômico da empresa, ou seja, o valor que excede o seu
valor patrimonial, este deveria ser reconhecido como um
ativo, uma vez que este ativo será relevante na formação
de benefícios econômicos futuros.

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Reconhecimento
EVA ®
Entretanto na contabilidade tradicional não é reconhecido
como ativo a capacidade de inovação ou mesmo uma boa
gestão administrativa. Segundo Hendriksen (1999, p.390)
o goodwill pode ser reconhecido a qualquer momento,
reavaliando o patrimônio líquido a valor de mercado.

Contudo, Hendriksen conclui que qual seria o benefício


deste reconhecimento para a empresa, uma vez que os
fatores que formam o goodwill são exógenos. No entanto,
se for possível mensurar o valor dos benefícios futuros
prováveis por que não reconhecer. 56
Reconhecimento
EVA®
Hendriksen afirma que ao vender uma empresa não há
criação do goodwill, este apenas vem à tona.
Corroborando com esta afirmação observa-se que
quando uma empresa abre o capital, o valor da ação
negociado no mercado de capitais excede o valor
patrimonial, uma vez que o investidor tem a perspectiva
que o retorno dos fluxos de caixa futuros excederão o
valor investido.

A perspectiva positiva do investidor demonstra confiança


nos benefícios futuros que serão gerados pelos ativos da
empresa. Segundo Hoog (2007, p.55), o termo "Goodwill",
tem o mesmo sentido de aviamento dado pelo código
civil de 2002 e do fundo de comércio, lei 6404/76.
57
Mensuração
EVA®
Uma das características do goodwill é a inseparabilidade,
ou seja, não é possível separar o goodwill da empresa, ou
mesmo identificá-lo em uma máquina, ou em um imóvel,
pois assim já deixaria de sê-lo.

O goodwill é gerado pela sinergia dos ativos. Outra


característica que cabe bem ao goodwill é quanto à
incerteza na geração dos benefícios futuros prováveis, e
uma última característica é a impossibilidade do uso
alternativo.

58
Mensuração
EVA ®
Hendriksen apresenta três enfoques para mensuração do
goodwill:

a) Mensuração das atitudes favoráveis em relação à


empresa; Este enfoque diz respeito à valoração do
comportamento intangível da empresa, ou seja, está
relacionado com a boa administração, o bom
relacionamento com os clientes, fornecedores,
funcionários e comunidade , bem como a vantagens
negociais, localização favorável ao negócio. Pode-se
verificar que estes atributos não estão relacionados a
um ativo em particular, mas à empresa como um todo.
59
Mensuração
EVA ®
Hendriksen apresenta três enfoques para mensuração do
goodwill:

b) Valor presente da diferença positiva entre o lucro futuro


esperado e o retorno considerado normal sobre o
investimento total, não incluindo o goodwill. Este
enfoque diz respeito ao valor presente dos
superlucros. O goodwill neste caso é mensurado pelo
valor presente das expectativas de lucros futuros em
excesso.

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Mensuração
EVA ®
Hendriksen apresenta três enfoques para mensuração do
goodwill:

c) E por meio da diferença entre o valor total da empresa


e as avaliações de seus ativos líquidos tangíveis e
intangíveis individuais. Neste enfoque todos os ativos,
tangíveis e intangíveis são identificados e avaliados
individualmente. Após a identificação de todos os
ativos, se mesmo assim sobrar algum valor residual
este será o goodwill, que não é alocado a nenhum ativo
específico, mas que abarca a empresa como um todo.

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REFERÊNCIAS
ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; KAPLAN, Robert S.; YOUNG, S. Mark.Contabilidade Gerencial. Tradução de
André Olímpio Mosselman Du Chenoy Castro.Revisão Técnica de Rubens Fama. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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Paulo:Pearson Prentice Hall, 2006.
CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial Básica. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial, Teoria e Prática. 4.ed. São Paulo:Atlas, 2008.
GUERREIRO, Reinado. Mensuração do resultado econômico. São Paulo: Caderno de Estudos FIPECAFI, 1991
HENDRIKSEN, S.Eldon; BREDA,F.Michael. Teoria da contabilidade. 5. ed. Ed. Atlas, São Paulo,1999.
Henrique Baptista Machado. 9.ed.Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000.
HORNGREN, Charles T; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de Custos.Tradução de José Luiz Paravato.
Revisão Técnica de Luiz

HOOG, Wilson Alberto Zappa Hoog. Fundo de comercio. Ed. Juruá, 2007.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARTINS, E. Uma contribuição à avaliação do ativo intangível. Tese de doutorado. 1973.


OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, organização & métodos: uma abordagem gerencial. 3. ed. São Paulo:
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PADOVEZE, Clóvis Luís. Aspectos Metodológicos do Ensino da Disciplina Contabilidade Gerencial. 1992. Dissertação
(Mestrado em Ciências Contábeis) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1992.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil.5ª.Ed.São
Paulo:Atlas,2007.
PINHO, O. Moraes. Dicionário de termos de negócios. 2. ed. Ed. Atlas, São Paulo,1999
SCHMIDT, Paulo;SANTOS, José Luiz ;MARTINS, Marco Antonio. Avaliação de Empresas :Foco na Análise de
Desempenho para o Usuário Interno.1. ed. São Paulo: Atlas,2006.
WARREN, C. S.; REEVE, J. M.; FESS, P. E. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
Responsável pelo Conteúdo:
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Revisão Textual:
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