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CAMPUS ARACAJU
DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO
COORDENADORIA DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
MONOGRAFIA
ARACAJU
2017
JOBSON DOS SANTOS MARINHEIRO GONÇALVES
ARACAJU
2017
Dedico este trabalho a meus pais,
meus irmãos, e a minha noiva.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, por todo amor, compreensão, e incentivos que me deram
durante toda a minha vida.
Aos meus colegas Joaquim e Rodrigo pelo apoio dado na realização desse
trabalho.
Eu tenho saudade do que não vivi. Tenho saudade de lugares onde não fui e
de pessoas que não conheci. Tenho saudade de uma época que não vivenciei,
lembranças de um tempo que mesmo sem fazer parte do meu passado,
marcou presença e deixou legado. Esse tempo, onde a palavra valia mais do
que um contrato, onde a decência era reconhecida pelo olhar, onde as pessoas
não tinham vergonha da honestidade, onde a justiça cega não se vendia nem
esmolava, onde rir não era apenas um direito do rei...
RUY BARBOZA
RESUMO
In the present work, some design parameters used in the analysis of overall building
stability in precast reinforced concrete of multiple pavements with semi-rigid beam-
column connection and fixes columns in the foundation are analyzed. The structure
sensibility in relation to global second-order effects was verified, with this effect being
quantified through the safety coefficient γz, and the research covering the reinforced
concrete non-linearity through approximate methods prescribed at NBR 9062/2017. The
connection typology studied shows an anchorage with contributions from the steel bars
through a layer of in situ molded concrete. The connection stiffness is obtained from
the analytical formulation presented by NBR 9062/2017, with the pin effect
contribution from the anchor being neglected in the connection stiffness calculations.
The studied models studied presents the standard modulation verified in a local market
investigation. The numerical analysis are carried out through the structural
implementation at the software SAP2000. In order to verify the influence of the beam-
column connection stiffness on the overall stability, the rotation restriction factor was
varied pretending, in order to observe the sensitivity of the structure to these variations.
Note the importance of consideration of the rigidity of the beam-pillar connection in
precast concrete projects, even for small rigidities, in the global stiffening. Being
verified that the arrangement studied shows a good response regarding the overall
stability, evidenced by means of the values obtained for the safety coefficient γz and for
the limit state design, these values being lower than those prescribed by structural
codes, however, its use is limited to the steel bars moment yield.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 16
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 19
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 19
1.3 METODOLOGIA ............................................................................................ 20
2 ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS....................................................................... 21
2.1 GENERALIDADES ....................................................................................... 21
2.2 HISTÓRICO ................................................................................................... 22
2.3 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAÇÕES........................................................... 26
2.3.1 Classificação Quanto à Rigidez........................................................... 27
2.3.2 Classificação Quanto à Resistência .......................................................... 32
2.4 MÉTODOS PARA DETERMINAR O COMPORTAMENTO EFETIVO
DAS LIGAÇÕES SEMIRRÍGIDAS ........................................................................ 35
2.4.1 Modelo Mecânico ................................................................................... 36
2.4.2 Método Analítico da NBR 9062/2017 ................................................. 38
3 ESTABILIDADE GLOBAL ................................................................................... 41
3.1 PARÂMETRO DE INSTABILIDADE α ....................................................... 43
3.2 COEFICIENTE 𝛾𝑧 ............................................................................................... 45
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................. 47
4.1 GENERALIDADES ....................................................................................... 47
4.2 MODELO ESTRUTURAL ............................................................................ 56
4.3 AÇÕES ........................................................................................................... 59
4.3.1 Ações Permanentes .............................................................................. 60
3.2.2. Ações Variáveis ......................................................................................... 62
4.4 COMBINAÇÕES DE AÇÕES ...................................................................... 65
4.5 CARACTERIZAÇÃO DA LIGAÇÃO ........................................................... 68
4.5.1 Rigidez de Referência (𝛼𝑟, 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎) ............................................. 71
4.6 RESULTADOS .............................................................................................. 74
4.6.1 Influência da Rigidez da Ligação Viga-Pilar na Estabilidade .............. 75
4.6.2 Influência da Rigidez nos Deslocamentos Horizontais ........................ 78
4.6.3 Influência da Quantidade de Armadura de Ligação ............................. 80
4.6.4 Análise dos Modelos de Referência Estudados .................................... 82
5 CONCLUSÕES....................................................................................................... 88
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 90
16
1 INTRODUÇÃO
1
ORDÓNEZ, J A. F. (1974). Prefabricación: teoría y práctica. Barcelona, Editores Técnicos
Associados.
19
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
1.3 METODOLOGIA
2 ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS
2.1 GENERALIDADES
2.2 HISTÓRICO
2.3.1 Classificação Q
Quanto à Rigidez
onde
(EI) : É a rigidez secante da viga considerada na análise;
R : É a rigidez secante ao momento fletor da ligação viga
viga-pilar;
L : É o vão efetivo entre os centros de giro nos apoio
apoioss da viga, definido
conforme a Figura 7.
2
AMERICAN INSTITUTE OF STEEL CONSTRUCTION (1986). Manual of steel construction:
st
load and resistance factor design. 1 ed., Chicago, USA.
3 st
AMERICAN INSTITUTE
STITUTE OF STEEL CONSTRUCTION (1989). Steel construction manual. 9
ed. Chicago, USA.
30
Onde:
𝐾 : valor médio de 𝐼 /𝐿 ;
𝐾 : valor médio de 𝐼 /𝐿 ;
Figura 9 – Zonas de classificação da ligação quanto à rigidez
𝑅
0,53(EI) ⁄L ≤ 𝑅 𝑅 ≥ 17(EI) ⁄L
NBR 9062 < 0,53(EI) ⁄L
⁄L
< 17(EI)
*
𝐾 = 8 para pórticos indeslocáveis e 𝐾 = 25 para pórticos deslocáveis.
FONTE: Aguiar (2010) adaptado pelo Autor
𝐸𝐼 /2𝑑
Bjorhovde, Colson, Brozzetti
𝐸𝐼 /𝑑 (Pórticos deslocáveis)
Bijlaard, Steenhuis
𝐸𝐼 /2,5𝑑 (Pórticos indeslocáveis)
𝐸𝐼 /𝑏 (Pórticos deslocáveis)
Tschemmernegg, Huber
𝐸𝐼 /3𝑏 (Pórticos indeslocáveis)
4
FONTE: GOMES et al (1998) apud Baldissera (2006)
4
GOMES, F. C. T. et al. (1998). Recente developments on classification of joint. In: CONTROL
OF THE SEMI-RÍGID BEHAVIOUR OF CIVIL ENGINEERING STRUCTURAL CONNECTIONS,
COST C1 INTERNATIONAL CONFERENCE, 1998. Cost C1: Proceedings. Liege, Belgium. P.
187-198.
33
Sendo:
Onde:
35
Semirrígidas
Zona II 0,14 ≤ 𝛼 <0,4 0,2 ≤ 𝑀 ⁄𝑀 < 0,5 com Restrição
Baixa
Semirrígidas
Zona III 0,4 ≤ 𝛼 <0,67 0,5 ≤ 𝑀 ⁄𝑀 < 0,75 com Restrição
Média
Semirrígidas
Zona IV 0,67 ≤ 𝛼 <0,86 0,75 ≤ 𝑀 ⁄𝑀 < 0,9 com Restrição
Alta
Perfeitamente
Zona V 0,86 ≤ 𝛼 <1 0,9 ≤ 𝑀 ⁄𝑀 < 1
Rígidas
FONTE: Ferreira et al. (2002)
5
COST C1 (1996). Composite steel-concrete joints in braced frames for building. Brussels, Luxembourg.
38
6
FONTE: El Debs e Marin (2016) apud El Debs et al (2010)
6
EL DEBES, M. K.; MIOTTO, A. M.; EL DEBS, A. L. H. C.(2010). Analysis of a semi-rigid
Connection for precast concrete. Proceedings of the Institution of Civil Enfineers Structures and
Buildings.
39
Onde
k: coeficiente de ajustamento da rigidez;
L : comprimento efetivo de deformação por alongamento da armadura
de continuidade;
d: altura útil da seção resistente na ligação negativa;
E : módulo de elasticidade do aço;
A : armadura de continuidade negativa.
3 ESTABILIDADE GLOBAL
Pilar
Pilares: (EI) = 0,8E I
Onde:
𝐼 : é o momento de inércia da seção bruta de concreto, iincluindo,
ncluindo, quando for o
caso, as mesas colaborantes;
𝐸 : é o módulo de deformação tangente inicial.
com 𝛼 ≤ α1
onde
α = 0,6 se: n ≥ 4
onde
𝐸𝐼 = 𝑞𝐻 ⁄8𝑎 (Eq. 5)
sendo
45
3.2 COEFICIENTE 𝛾
onde
M1,tot,d: é o momento de tombamento referente ao pilar equivalente da
estrutura analisada, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças
horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em
relação à base da estrutura;
ΔMtot,d: é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na
estrutura, na combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos
deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos na
análise de 1ª ordem.
Segundo a NBR 9062/2017 considera-se a estrutura com
deslocabilidade reduzida para a condição γz ≤ 1,10, para a qual
são desprezíveis os efeitos de 2ª ordem. As estruturas pré-
moldadas com ligações semirrígidas são consideradas com
deslocabilidade moderada para o intervalo de 1,10 ≤ γz < 1,30,
permitindo-se neste caso o procedimento aproximado para a
determinação dos esforços globais de 2ª ordem em estruturas
com nós moveis, o qual consiste na avaliação dos esforços finais
(1ª ordem + 2ª ordem) a partir da majoração adicional das ações
horizontais da combinação de ações considerada pelo coeficiente
γz. Para o intervalo 1,10 < γz < 1,20, emprega-se o fator de
majoração reduzido de 0,95 γz, enquanto para o intervalo 1,20 ≤
γz < 1,30, emprega-se o fator de majoração com o valor integral
de γz. Para valores γz ≥ 1,30, deve-se proceder a um cálculo
rigoroso, considerando a não linearidade geométrica e a não
linearidade física.
47
4 ESTUDO DE CASO
4.1 GENERALIDADES
Modelos
Onde
a) 𝐻 corresponde à altura
ra da viga de rolamento da ponte rolante, caso exis
exista,
ta, ou altura total
do edifício;
b) 𝐻 corresponde
onde a altura total do edifício;
c) 𝐻 corresponde ao desnível entre dois pisos consecutivos
consecutivos;
d) 𝐻 corresponde ao desnível entre o último piso e face inferior da laje de cobertura.
cobertura
1ª Hv 𝐺 Isostático
2ª Hv 𝐺 + 𝐺 + 𝐺 Isostático
𝐺 + 𝐺 + 𝐺 + 𝐺 + 𝐺
3ª Hv + ΔHv Hiperestático
+ 𝐺 + 𝑄
4.3 AÇÕES
Pórtico Intermediário
𝐺 =𝐺 +𝐺 ;
𝐺 = (0,14 ∗ 0,2) ∗ 25 = 0,7 kN/m;
𝐺 = (0,05 ∗ 38,73 ∗ 25)⁄6,85 = 7,07 kN/m;
𝐺 = 7,77 kN/m
Pórtico de Extremidade
𝐺 =𝐺 +𝐺 ;
𝐺 = (0,14 ∗ 0,2) ∗ 25 = 0,7 kN/m;
𝐺 = (0,05 ∗ 20,4 ∗ 25)⁄6,85 = 3,72 kN/m;
𝐺 = 4,42 kN/m
Pórtico Intermediário
𝐺 = (0,85 ∗ 38,73)⁄6,85 = 4,81kN/m
Pórtico de Extremidade
𝐺 = (0,85 ∗ 20,4)⁄6,85 = 2,53 kN/m
Pavimento Tipo
Pórtico Intermediário
𝑄 = (3 ∗ 38,73)⁄6,85 = 16,96 kN/m
Pórtico de Extremidade
𝑄 = (3 ∗ 20,40)⁄6,85 = 8,93 kN/m
Cobertura
63
Pórtico Intermediário
𝑄 = (2 ∗ 38,73)⁄6,85 = 11,31 kN/m
Pórtico de Extremidade
𝑄 = (2 ∗ 20,40)⁄6,85 = 5,96 kN/m
Onde:
diretas;
γε representa o coeficiente de ponderação para as ações indiretas
permanentes;
γε representa o coeficiente de ponderação para as ações indiretas
variáveis;
Ψ representa o fator de redução de combinação para as ações
variáveis diretas;
Ψ ε representa o fator de redução de combinação para as ações
variáveis indiretas.
Efeito
Combinação Tipo de ação
Desfavorável Favorável
1
Por exemplo: paredes e fachadas pré-moldadas, gesso acartonado;
2
Por exemplo: paredes de alvenaria e seus revestimentos, contrapisos.
Vento
Pressão dinâmica do vento nas estruturas em
0,6 0,3 0
geral
1
Edificações residenciais, de acesso restrito;
2
Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público.
A seção resistente da vi
viga
ga foi simplificada conforme a Figura 33.
3
Figura 33 - Simplificação da seção resistente da viga
Sendo:
𝐼
𝑟 =
𝑙
Onde
Têm-se:
𝐼 = 1280000 𝑐𝑚
𝐼 = 540000 𝑐𝑚
𝑟 =𝑟 = 2880 𝑐𝑚
𝑟 = 1868,61 𝑐𝑚
A ∗ 20000 ∗ 74,25²
9023045,625 = 0,75
77,5
A = 8,46 cm²
4.6 RESULTADOS
Coeficiente 𝛄𝐳
Fator de Restrição à Rotação Modelo 1A Modelo 1B
0 4,33 -3,12
0,05 1,2087 1,3241
0,15 1,10 1,1404
20,3 1,0601 1,0808
0,45 1,044 1,0578
0,467 1,0426 1,0562
0,6 1,035 1,0456
0,75 1,0294 1,0376
0,84 1,0267 1,0342
1,0 1,0242 1,0293
FONTE: Autor (2017)
1,3
1,25
Modelo 1A
1,2
Modelo 1B
1,15
Limite para desconsiderar o
1,1 Coeficiente Gama z
Limite para considerar o
1,05
Coeficiente Gama z
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
1,35
1,3 Modelo 2A
1,25
Modelo 2B
1,2
1,15
Limite para
1,1 desconsiderar o
Coeficiente Gama z
1,05
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Fator de Restrição à Rotação αr
18
16
Deslocamento no topo (cm)
14
12
Modelo 1A
10
Modelo 1B
8
Limite para 5 Pavimentos
6 Limite para 6 Pavimentos
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
12
Deslocamento no topo (cm)
10
8
Modelo 2A
6 Modelo 2B
Limite para 5 Pavimentos
4 Limite para 6 Pavimentos
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
50
Área de aço (cm²)
40
30
Modelo 1A
20 Modelo 1B
10
0
1 1,02 1,04 1,06 1,08 1,1 1,12 1,14
Coeficiente γz
50
Área de aço (cm²)
40
30
Modelo 2A
20 Modelo 2B
10
0
1 1,02 1,04 1,06 1,08 1,1 1,12 1,14
Coeficiente γz
50
Área de aço (cm²)
40
30
Modelo 2A
20
Modelo 2B
10
0
1 1,02 1,04 1,06 1,08 1,1 1,12 1,14
Coeficiente γz
Modelo 1
Modelo 1A:
Para esse Modelo o momento negativo máximo encontrado na região da
ligação é igual a 306,09 KNm, esse momento é obtido na primeira combinação
de ações (COMB1), com valor inferior ao momento-limite de escoamento da
armadura de ligação, portanto não ocorrerá a plastificação da ligação. O
deslocamento máximo encontrado no topo da estrutura, para o estado-limite de
deformação, apresentou valor igual a 0,37 cm, não excedendo o limite máximo
estabelecido na NBR 9062/2017 que para o presente caso é igual a 1,53 cm.
83
𝛾 = , = 1,0426
,
Modelo 1B:
𝛾 = , = 1,0562
,
Parâmetros
Momento Máximo
Deslocabilidade no topo da
na região da ligação
estrutura (cm)
Quantidade de (kNm)
𝛄𝐳
Pavimentos
Valor Valor Valor
Valor Limite
Calculado Calculado Limite
Modelo 2
Modelo 2A:
Modelo 2B:
Deslocabilidade no
Momento Máximo na região da ligação
topo da estrutura
(KNm)
Quantidade (cm)
de 𝛄𝐳 Ligação viga-pilar Ligação viga-pilar
Pavimentos Valor Valor de Extremidade intermediário
Calculado Limite Valor Valor Valor Valor
Calculado Limite Calculado Limite
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
FERREIRA, M. A., EL DEBS, M. K., ELLIOTT, K. S. Modelo teórico para Projeto de ligações
semi-rígidas em estruturas de concreto pré-moldado. In: Anais do 44º CONGRESSO
BRASILEIRO DO CONCRETO – IBRACON, Belo Horizonte, 2002.