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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA

VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARAUÁ/SE, DISTRITO JUDICIÁRIO DE


RIACHÃO DO DANTAS/SE.

Processo de Origem Nº 201689000505

BRUNO CAÍQUE MENEZES FONTES, brasileiro, solteiro, advogado,


inscrita na OAB/SE sob o nº 9608, portador do RG n° 3386112-9 e inscrita no CPF de
nº 05442709590, com endereço profissional situado na Rua Laudelino Freire, nº15A,
centro, Lagarto/SE, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

em face do ESTADO DE SERGIPE, pessoa jurídica de direito público


interno, CNPJ 13.128.798-/0001-01, que deve ser citada através de sua Procuradoria
Especializada situada na Praça Olímpio Campos, nº 14, Centro, Aracaju/SE, CEP
49010-040, com fulcro no art. 534 c/c art. 515, V, do Código de Processo Civil,
face os fatos e os fundamentos que se seguem:

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Endereço: Rua Laudelino Freire, 15-A, Centro, CEP: 49400-000, Lagarto/SE
TEL: 79 99974-6031/79 99879-1550/79 99862-3515
PRELIMINARMENTE: DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

O requerente não possui condições de arcar com as custas inerentes


ao presente feito sem que tal fato lhe onere demasiadamente, comprometendo
desta feita a sua subsistência.

O Autor é advogado e não possui renda compatível com as custas


judiciais concernentes ao presente feito, mormente quando a mesmo atuou no
procedimento que ensejou o título executivo ora executado como advogado dativo,
não possuindo, portanto, honorários pactuados, senão aquele arbitrado pelo
magistrado. Logo, tornar-se-ia oneroso o pagamento das custas inerentes ao
presente feito, sendo o pleito de benefício da justiça gratuita o viés escorreito a dar
satisfatividade ao pleito em destaque.

A esse respeito versa a doutrina pátria, a exemplo dos escólios do


Professor Nelson Nery Junior que assim assevera:

“A CF 5° LXXIV, que garante assistência jurídica e integral


aos necessitados que comprovarem essa situação, não revogou a
LAJ 4°. Basta a simples alegação do interessado para que o juiz
possa conceder-lhe o benefício da assistência judiciária. Essa
alegação constitui presunção juris tantum de que o interessado é
necessitado. Havendo dúvida fundada quanto à veracidade da
alegação, pode ser exigida do interessado prova da condição por
ele declarada. Persistindo dúvida quanto à condição de
necessitado, deve decidir-se a seu favor, em homenagem aos
princípios constitucionais do acesso à Justiça (CF 5° XXXV) e da
assistência jurídica integral (CF 5° LXXIV)”. (Código de Processo
Civil Comentado. São Paulo: RT, 2006).

Pondo termo a qualquer dúvida sobre o assunto calha a fiveleta as


disposições da Suprema Corte de Justiça:

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“A garantia do art. 5º, LXXIV, assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos, não
revogou a de assistência judiciária gratuita da Lei 1.060, de 1950,
aos necessitados, certo que, para obtenção desta, basta a
declaração, feita pelo próprio interessado, de que a sua situação
econômica não permite vir a Juízo sem prejuízo da sua manutenção
ou de sua família. Essa norma infraconstitucional põe-se, ademais,
dentro no espírito da Constituição, que deseja que seja facilitado o
acesso de todos à Justiça.” (RE 205.746, Rel. Min. Carlos Velloso,
DJ 28/02/97)”

Neste toar, à luz das disposições constantes no art. 4º da Lei


1.060/1950 e da imposição constitucional constante do art. 5°, inciso LXXIV, além
dos artigos 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil requer a exequente
a concessão do benefício da justiça gratuita.

II– DA APLICAÇÃO DO ART. 515, V, CPC/15, POR ANALOGIA, AOS


HONORÁRIOS ARBITRADOS AO ADVOGADO DATIVO NO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA QUE IMPUSER À FAZENDA PÚBLICA O DEVER DE PAGAR QUANTIA
CERTA.

Quando um título executivo judicial impuser à Fazenda Pública o dever


de pagar quantia certa, o procedimento adotado cumprimento de sentença reger-se-
á pelo disposto no art. 534 e seguintes do CPC/15. Os títulos executivos judiciais
estão discriminados no art. 515,V, do mesmo diploma legal, vejamos:

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á


de acordo com os artigos previstos neste Título:

I – as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a

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exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer
ou de entregar coisa;

II – a decisão homologatória de autocomposição judicial;

III – a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de


qualquer natureza;

IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação


ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular
ou universal;

V – o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos


ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;

VI – a sentença penal condenatória transitada em

julgado; VII – a sentença arbitral;

VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal


de Justiça;

IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do


exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

O inc. V inova ao transformar, de extrajudicial (art. 585, VI, do CPC1973)


em judicial (art. 515, V, do CPC/2015), o crédito de qualquer auxiliar da justiça, seja
servidor público ou não, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
aprovados por decisão judicial, seja sentença, seja decisão interlocutória.

O advogado, ao aceitar o munus da defensoria dativa, nada mais é do


que um auxiliar da justiça, devendo o cumprimento de sentença contra a Fazenda
Pública seguir os moldes do art. 534 c/c art. 515, V, ambos do novo CPC.

III-DA PRETENSÃO EXECUTIVA

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Como é de conhecimento de todos os Magistrados que atuam no
interior do Estado de Sergipe, a Defensoria Pública estadual hodiernamente não
dispõe de estrutura suficiente para atender a demanda no patrocínio da defesa dos
juridicamente necessitados.

Diante desse problema, a profissional que esta subscreve, advogou na


defesa de um cidadão hipossuficiente do prisma econômico, por indicação de
Douto Magistrado, obtendo em seu favor a correta condenação do Estado nos
honorários advocatícios. Nesse sentido dispõe a lei 8.906/94:

“Art. 21.. (...)

§ 1° O advogado, quando indicado para patrocinar causa de


juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da
Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos
honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo
Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado”.

A pretensão em esteio visa à satisfação de direito de crédito


proveniente da condenação do Estado por via judicial de lavra do eminente
magistrado que condenou o ente federativo executado ao pagamento da quantia
de R$ 900,00 (novecentos reais) consignada na decisão do processo
201689000505.

Não se perca de vista que o crédito executado teve azo na atividade


desenvolvida pela exequente junto ao procedimento acima declinado, posto que ao
aceitar o munus de atuar como defensora dativa teve como contrapartida
remuneração na importância perseguida.

Como se trata de crédito de natureza alimentícia, à luz do que versa


o § 1° - A do art. 100 da Constituição Republicana, bem como, obrigação de
pequeno valor (ver § 3° do art. 100 da CRF) requer-se preferência em seu
pagamento consoante entendimento encampado na Súmula 655 do Egrégio
Supremo Tribunal Federal e Súmula 144 do Superior Tribunal de Justiça.
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IV-VIA ADMINISTRATIVA

A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 5º,


XXXV, assegura a todos o direito de ver sua matéria apreciada pelo poder Judiciário.

Além do mais, pacífica é a jurisprudência, tanto desde Tribunal quanto


de cortes superiores, de ser desnecessário o esgotamento da via administrativa
antes de se ajuizar a presente ação.

Nestes termos, decisões do E. Tribunal de Justiça do Estado de Minas


Gerais:

1) A lei não exige que o advogado dativo esgote a via administrativa


para cobrar judicialmente os honorários a que se refere o art. 272
da Constituição Estadual, além do fato da resistência oposta
judicialmente pelo réu justificar o interesse de agir da parte autora.

2) O exaurimento da via administrativa, com a certificação do valor


dos honorários arbitrados à repartição fazendária, não constitui
condição da execução de título regularmente formado, nem é válida
a jurisdição condicionada, estabelecida por norma
infraconstitucional, em detrimento da garantia prevista no art. 5º,
XXXV, da Constituição Federal.

Dessa forma, é desnecessário o esgotamento da via administrativa


antes de se ajuizar a presente ação.

V-DO SEQUESTRO DE VALORES


Outrossim, requer, caso o Requerido não efetue o pagamento dos
valores ora perseguidos, que seja determinado o sequestro do valor das contas
públicas pertencentes ao Estado de Sergipe, no valor desta ação, na forma do art.
100, § 3º da CF, cumulado com o que dispõe a Emenda Constitucional nº 37, de 12
de junho de 2002, por seu art. 3º, que acrescenta os arts. 84 a 88 ao ADCT, e por
preencher as condições dos novos arts. 86 e 87 do ADCT.

VI-CONCLUSÃO
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A LUME DO EXPOSTO, passa a requerer de Vossa Excelência
providências da seguinte ordem:

a) A citação da Fazenda Pública, no endereço alhures apresentado para que, se


entender prudente, apresente os Embargos no prazo de Lei, sob pena de não o
fazendo ser expedida REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR para pronto
pagamento no valor R$ 900,00 (novecentos reais) consignada na decisão do
processo 201689000505, conforme determina o art. 1º da Lei Complementar nº
66/2001 e o §3º do art.100 da CRF.

b) Que sejam deferidos os benefícios da Assistência Judiciária gratuita.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em


Direito, notadamente o título executivo e demais documentos.

Dá à causa o valor de R$ 900,00 (novecentos reais)

Nestes termos pede deferimento.

Lagarto/SE, 17 de janeiro de 2018.

BRUNO CAÍQUE MENEZES FONTES


OAB/SE 9608

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