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Lisboa: O círculo alternativo das


galerias de arte
Eis o retrato de uma Lisboa que se afirma como alternativa a
Londres ou Berlim para a abertura de novas galerias. O preço
do imobiliário é um atractivo, a ArcoLisboa, uma rampa.
Quem vende, quem compra, por que preço, onde? Já há
respostas para um percurso que, mesmo com barreiras,
promete não parar por aqui.

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Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt | Bruno Simão - Fotografia12 de maio de 2017 às 11:00

"Cada vez que cá venho, gosto mais disto." Francisco Fino não esconde o
sorriso na hora de mostrar a sua nova galeria. Na Capitão Leitão, em
Marvila. Na mesma rua já estão as galerias Baginski e Múrias Centeno. A
procura arrancou há mais de um ano. "Comecei no centro de Lisboa. Para o
programa e ideia de galeria que queria desenvolver, não conseguia
encontrar um espaço", conta. Tentou depois a sorte numa zona que pouco
conhecia. "Comecei literalmente a bater de porta em porta." E achou.
Pagou 200 mil euros por um espaço com cerca de 500 metros quadrados,
que vai inaugurar a 15 de Maio. "Nos últimos meses, já me ofereceram três
ou quatro vezes mais do que aquilo que paguei pelo espaço. É evidente que
não vou vender", assegura.

Este é apenas um dos casos a evidenciar uma nova dinâmica em Lisboa: a


afirmação da cidade a nível cultural e, mais concretamente, nas artes
plásticas. Desde o final de 2014, é possível contar a abertura de pelo menos
duas dezenas de galerias de arte contemporânea. No número contam-se as
duas que abrem portas na antevisão da ArcoLisboa, feira de arte que
decorre de 17 a 21 de Maio na Cordoaria Nacional: a portuguesa Francisco
Fino e a espanhola Maisterravalbuena, que escolheu Alvalade para a
estreia no país.

Madragoa, Mute, Pedro Alfacinha, Barbado, Bessa Artes, Acervo, The


Switch, Gabinete ou Foco são apenas alguns dos exemplos de galerias que
abriram ao longo dos últimos dois anos e meio na capital. O balanço
integra as associações culturais e espaços temporários ou expositivos sem
fins lucrativos como a Zaratan, o Hangar ou A Ilha. A que acrescem duas
apostas municipais, a Galeria Avenida da Índia e as Carpintarias de São
Lázaro - a última inaugurada em Fevereiro.

Desde o final de 2014, abriram mais de 20 galerias de arte


contemporânea em Lisboa. Duas fazem-no em antevisão à
ArcoLisboa. Na lista está a espanhola Maisterravalbuena.

"Acho que a concorrência é positiva. Quantos mais espaços existirem,


melhor. Não só vão atrair curadores como coleccionadores. Qualquer coisa
está a mexer, evidentemente", perspectiva Francisco Fino. Para a existência
de mais de meia centena de galerias em Lisboa, bem como para os planos
de instalação de novas, muito conta o preço do imobiliário.

Numa altura em que há pequenos projectos a fechar em Londres, Nova


Iorque ou Berlim - mais reconhecidas artisticamente que Lisboa - a capital
lusa tem uma oportunidade para se afirmar. "Conheço coleccionadores que
decidiram fazer a sua primeira residência em Lisboa. Suecos ou franceses,
por exemplo. Já ouvi dizer que é possível que abram outras galerias
internacionais muito, muito em breve", acrescenta.

Centralidade em descoberta
Depois de anos de abandono e degradação do património, Marvila é uma
das áreas mais promissoras para se apresentar como uma nova centralidade
cultural. A freguesia lisboeta está a transformar-se num destino para a
"instalação de ateliês de arquitectura, restaurantes, ginásios e actividades
culturais e artísticas", explica Fernando Vasco Costa, responsável pela área
de desenvolvimento da consultora imobiliária JLL.

À boleia da vizinhança do novo "hub" empreendedor no Beato e de um


projecto residencial em Braço de Prata, o preço do metro quadrado para
venda em Marvila tem vindo a subir. Contudo, esta área é ainda a mais
barata da capital: 1.398 euros. Menos de metade que os valores por metro
quadrado pedidos nas freguesias da Misericórdia (3.444 euros) e de Santa
Maria Maior (3.272 euros), correspondentes às zonas da Baixa, Chiado,
Bairro Alto ou Alfama, mostram os dados da Confidencial Imobiliário. São
zonas com maior tradição no campo da arte, onde continuam a surgir
novos projectos. No Chiado, por exemplo, foi inaugurado esta semana um
novo hotel dedicado à arte contemporânea: o Le Consulat conta com suites
decoradas em parceria com as principais galerias de arte lusas.
Fancisco Fino
Francisco Fino torna real um sonho que o acompanha desde os tempos
em que estudou nos Estados Unidos da América. O plano inicial era abrir
uma galeria em Nova Iorque. Ideia que se mostrou "financeiramente
inviável", diz. No regresso a Portugal, começou a explorar se havia espaço
para uma nova galeria, desenvolvendo projectos independentes. Com
eles, outra das metas passava por "dar mais abertura e facilidade em
convidar artistas estrangeiros para virem mostrar em Portugal e criar uma
relação com eles". Na exposição que inaugurará o espaço em Marvila,
contam-se mais de uma dezena de artistas. Entre eles, Adrien Missika,
Karlos Gil, Tris Vonna-Michell, Gabriel Abrantes ou Vasco Araújo. As peças
podem variar entre os mil e os 100 mil euros. "Tenho presente a linha de
coleccionadores em que quero apostar. Estou a apostar totalmente na
internacionalização da galeria e dos artistas", conta. Neste momento, há
um equilíbrio entre os compradores portugueses e estrangeiros. Para
Francisco Fino, "a arte não tem de ser um bem de luxo inacessível. Isso é
um bicho que se criou." Por isso, o empresário espera criar pontes com o
público em geral para que a galeria "não seja apenas um ponto de venda".

Mesmo com estas diferenças de preços, ainda assim, há quem decida não
apostar já na zona mais barata. "Estive a minutos de assinar um contrato de
um espaço em Marvila. Vivendo na Parede, quis facilitar a minha vida,
pensando que a galeria pode existir fora do circuito habitual", conta Mikael
Larsson.

"Não acho que uma galeria tenha de ter uma montra na Baixa ou numa
avenida principal. Os projectos mais interessantes que surgem
internacionalmente de jovens galerias, para mim, surgem de uma forma
relaxada. Não há investimentos por aí além", remata.

Este sueco com raízes portuguesas optou por abrir a Hawaii-Lisbon na


Parede, já no concelho de Cascais, numa antiga garagem. Investiu cinco
mil euros e acredita que, se tivesse avançado em Marvila, esse valor
poderia ter sido quatro vezes maior. "Este espaço tem 15 metros
quadrados. O stand na ArcoLisboa vai ser maior", brinca.

Mikael Larsson trabalha a partir de casa. O acervo é noutro espaço.


Quando precisa, leva as peças para a galeria. "É o que é. Não tenho grande
preocupação. Estamos a promover jovens que, mais tarde ou mais cedo,
vão lá chegar." O foco da Hawaii-Lisbon está nos artistas e clientes
internacionais. "Se calhar, com este dinamismo de aberturas, vai criar-se
um novo mercado. Internamente, o coleccionismo ainda é uma coisa muito
camuflada. Parece que não há orgulho", lamenta.

O galerista - "bem, é uma forma muito romântica de dizer a coisa, somos


negociadores de arte" - não deixa, todavia, a presença na cidade de Lisboa
cair. Para 2019, Mikael está a estudar um novo espaço. "Ando a ver numa
área que não foi totalmente dominada por lojas de design e cappuccinos
caros", diz. Madragoa, bem perto da galeria com o mesmo nome fundada
por Matteo Consonni e Gonçalo Jesus.

Feira, ponto de contacto


Os clientes estrangeiros são já a maior fatia. "Tenho-me aguentado também
este tempo todo com alguns clientes portugueses que vivem cá, mas não
trabalham no país", explica Cristina Guerra. É nas feiras que esta galerista,
há 16 anos por conta própria, tem apostado. "É lá que conhecemos os
clientes", garante. No dia da conversa com o Negócios, Cristina Guerra
tinha de decidir se participaria numa mostra em Düsseldorf. A equipa
alertava-a para os custos envolvidos. Dentro da sua cabeça, ela já tinha
decidido que ia.

"Agora faço cinco feiras por ano. Nos bons tempos fiz nove. Depois vai
aparecendo mais um ou outro projecto como este de Düsseldorf." A
empresária está consciente dos custos envolvidos, agravados pela posição
periférica de Portugal.

"Por 60 metros quadrados em Art Basel, tanto na Suíça como em Miami, o


que gasto em hotéis, transportes e outras coisas, anda à volta de 100 mil
euros. A média dos artistas portugueses, sem contar com os de topo, anda à
volta dos 12 mil euros. Se metade é para o artista e metade para o galerista,
para pagar 100 mil euros tenho de fazer mais de 200 mil, sem descontos",
explica. Por isso, aconselha: "Uma galeria que não tem capacidade
económica para ir a uma feira aqui ao lado, como em Madrid, tendo sido
seleccionada, o melhor é fechar a porta."
Mikael Larsson
"Fiz alguma prática, tímida, como artista. Não vás ao Google." O pedido
deste sueco não foi cumprido, claro. Apesar da origem, a infância teve
lugar em Portugal, terra da mãe. Estudou cenografia para televisão e
cinema, mas foi nas galerias de arte que acabaria a fazer carreira. "Para
conseguires entrar neste universo, é preciso trabalhar em galerias como
assistente técnico." Em Londres, passou pela Whitechapel Gallery e
lançou um projecto para fazer a ponte com o mercado português, o The
Mews Project Space. "Para ajudar a promover artistas portugueses em
Inglaterra", lembra. A terceira gravidez da mulher ditou uma mudança de
vida. Nova Iorque ainda esteve no horizonte, mas Lisboa ganhou. A
Hawaii-Lisbon abriu em Outubro de 2016 numa antiga garagem na
Parede, com 15 metros quadrados, onde se podem encontrar peças dos
3.500 aos 12 mil euros. Entre os artistas representados, contam-se Daniel
van Straalen, Margarida Gouveia ou Alice Ronchi.

Na ArcoLisboa, vão estar 27 galerias portuguesas entre as 58


representadas na Cordoaria Nacional. Ao todo, mais de 13 países. Nesta
segunda edição, diz o director Carlos Urroz, "o ponto de partida é mais
positivo, com a cidade a responder melhor" após a experiência do ano
passado.

Focada no mercado português, a mostra organizada pela IFEMA - Feria de


Madrid representa um investimento de um milhão de euros. Depois dos
13 mil visitantes em 2016, e tendo em conta o espaço, há pouca margem
para crescer em tamanho. Resta outra opção: a "qualidade dos
conteúdos". Dependendo das características do stand, um galerista pode
ter de pagar entre os oito e os 12 mil euros. Na secção Opening - dedicada
a novas galerias, com menos de sete anos de existência - o valor é
inferior.

"São três mil euros por 20 metros quadrados. É muito caro para uma
secção de Opening. Muitas vezes não compensa. Para nós, jovens galerias,
é importante cobrir os custos numa primeira fase", contextualiza Mikael
Larsson, que integra a secção com a Hawaii-Lisbon. Mas há sempre a
esperança de se fechar negócio. Até porque nesta ArcoLisboa estão
previstos mais de 120 convidados, entre coleccionadores, directores de
instituições, curadores e profissionais do mundo da arte.

Das paixões e colecções

"Comprar, guardar e revender daqui a dez anos não é algo que nos
interessa. Isso pode destruir a carreira de um artista e também o percurso
que a galeria faz com ele", começa por explicar Mikael Larsson sobre as
compras feitas por investimento.

Para um negociador de arte, não é só uma questão de dinheiro. A


prioridade é o trabalho para tornar o artista mais conhecido, criar nome.
"Um galerista só pode sê-lo se gostar de arte. Gosto de trabalhar com os
artistas. É esse diálogo que nos faz crescer", remata Cristina Guerra.

A experiência só está completa se, do outro lado da cadeia, estiverem


também compradores. Todos são unânimes ao falar de uma nova geração
de coleccionadores a aparecer em Portugal. "Especialmente gente que
vem de consultoras, na casa dos 30 e 40 anos. Um compra, os outros vão
atrás", conta Francisco Fino.

Desde que abriu a Hawaii-Lisbon, Mikael Larsson só vendeu a


estrangeiros. Holandeses, alemães, ingleses ou italianos. São de uma nova
geração, até aos 40 anos, e compram a título pessoal. "Em Portugal, não
existe essa camada de jovens consumidores. E os coleccionadores que
existem ainda são um bocadinho conservadores", traça.

Pela galeria de Cristina Guerra, no bairro da Estrela, já passaram médicos


e advogados. Depois banqueiros e promotores imobiliários. "Hoje em dia,
voltaram os médicos, mais jovens. Banqueiros é que não estou a ver
nenhum. Estou à espera que apareçam", brinca.

Por saber que os coleccionadores nunca se ficam por uma só galeria,


Cristina Guerra tem como hábito levá-los aos espaços de outros colegas
em Lisboa. "É-me intrínseco. Somos todos concorrentes, mas não temos
de nos agredir uns aos outros. E espero que me façam o mesmo."
Cristina Guerra
É uma das veteranas do negócio em Portugal. O pai era coleccionador. Ela
quis estudar vulcanismo, mas acabou por aceitar um convite para
trabalhar numa galeria. "É parecido. Tenho de investigar, encontrar o
ponto de sensibilidade das pessoas", compara. Cristina Guerra não gosta
do termo "indústrias criativas" e defende um papel diferente para a arte:
"O artista é processo." Quando lançou a sua galeria, há 16 anos, a
internacionalização era a prioridade. "Essa era a minha guerra, a minha
batalha. A única forma de internacionalizar os artistas portugueses era
combiná-los com os internacionais. Só assim conseguia bater-me, nas
feiras, com as grandes galerias e conseguir captar a atenção dos
compradores", recorda. No catálogo tem nomes como Julião Sarmento,
Matt Mullican, Lawrence Weiner ou Erwin Wurm. As peças podem variar
entre os 3.500 e os 500 mil euros. Por ano, Cristina Guerra diz registar um
volume de vendas entre os 1,5 e os dois milhões de euros.

O negócio desenvolve-se pela rede de contactos, num país onde a


realidade das colecções de arte empresariais ainda é envergonhada. A
sociedade de advogados PLMJ é uma das excepções. A colecção da sua
fundação, que vive apenas das dotações feitas pela empresa, conta já com
15 anos e mais de 1.200 obras.

Luís Sáragga Leal, presidente do conselho de administração de PLMJ,


comprou os seus primeiros quadros pessoais a prestações. "Ainda os
mantenho." Para a empresa onde trabalha levou a paixão pela arte. O
escritório era novo e precisava de decoração. Ao início, o ritmo de
compras foi intenso, depois abrandou. As primeiras obras foram
escolhidas pelos colaboradores numa votação.

"Na altura, por muito optimistas que fossem as minhas previsões, não
tinha a certeza da dimensão e da importância que a fundação e a colecção
viriam a ter", revê. Depois de assumir as primeiras escolhas, o sócio da
PLMJ optou por recorrer à ajuda de curadores. A colecção abarca obras
dos anos 1980 até à actualidade, com pintura, desenho, escultura,
fotografia e vídeo.

"Não é comum em Portugal, mas é frequente noutros países. Assumimos


que fazia parte da nossa política de responsabilidade social,
proporcionando melhores condições de trabalho aos nossos
colaboradores e contribuindo para a divulgação de artistas portugueses.
Aí podemos fazer a diferença, apoiando os jovens, que precisam de
visibilidade. São os que nos dão maior desafio. Comprar artistas
consagrados é só uma questão de dinheiro", sintetiza.

Dedicando "dezenas de milhares de euros" a esta causa, a PLMJ lançou


um repto a outras empresas da Avenida da Liberdade, Avenida Fontes
Pereira de Melo e Avenida da República para que encomendassem obras
de arte e as doassem à cidade, tal como a sua sociedade fez, ao
encomendar uma escultura de Rui Chafes para a principal via de Lisboa.
Luís Sáragga Leal deixa a lamentação: "Se calhar, não lançámos o repto
suficientemente alto para que tenha sido ouvido."

A escala da arte
Quando se estuda este mercado, uma das perguntas que surge é: qual o
seu valor em Portugal? A questão fica sem resposta. Os dados do Instituto
Nacional de Estatística (INE) não permitem perceber a escala do comércio
de arte feito pelas galerias. O Ministério da Cultura, apesar dos contactos
do Negócios, não respondeu à questão.

É também ao Governo que os galeristas apontam a necessidade de


resolver um dos problemas em mãos: o regime de IVA. "Os artistas pagam
6% de IVA. Nós temos 23% sobre o lucro, o que dá uma média de 15%.
Deveria baixar, e ser igual ao do livro. É uma luta que quero ter", diz
Cristina Guerra. E uma das metas para uma associação nacional de
galeristas que está a ser preparada.

"Não temos um museu onde se possa ver arte portuguesa


contemporânea. O público não tem referências. Os políticos também
deviam ser um bocadinho cultos e rodear-se de pessoas que tenham
interesse por estas coisas. É tudo um bocadinho por pressão, porque é
preciso, porque o turismo já não é só sol e praia e é preciso ter umas
coisas à volta. Nada é consistente. Tudo o que nos rodeia económica e
financeiramente é tão desastrado", queixa-se a galerista.

O mercado de compra e venda de arte vale cerca de 41 mil


milhões de euros a nível global. Em Portugal, não há dados.
Com um número diminuto de coleccionadores, o foco está
em captar compradores estrangeiros.
No seu ensaio "O Valor da Arte", o investigador José Carlos Pereira lembra
que, independentemente da cor política, nenhum governo atribuiu mais
de 1% do PIB ao orçamento para a cultura. "As artes plásticas e,
particularmente a arte contemporânea, não foram ainda alvo de um
plano concertado de promoção e divulgação internacional, embora o
programa PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central
do Estado) estipulasse o objectivo da internacionalização da cultura
portuguesa", escreve o ainda professor da Faculdade de Belas-Artes da
Universidade de Lisboa.

Resta então consultar os dados mundiais para ter uma ideia da


importância do negócio de compra e venda de arte. O último relatório da
The European Fine Art Fair (TEFAF), relativo a 2016, mostra que o
mercado da arte registou vendas totais de 45 mil milhões de dólares
[cerca de 41 mil milhões de euros].

Face ao ano anterior, o indicador sobe 1,7% e leva a uma definição do


sector como "estável e resiliente, assistindo a um crescimento positivo".
Há outra tendência a definir-se: o peso dos leilões está a diminuir, com os
compradores a virarem-se para os galeristas e para as vendas privadas,
feitas através de negociadores de arte.

Os compradores estão a privilegiar o "apoio, transparência e discrição"


fornecidos por galeristas e negociadores privados, que representam já
62,5% ou 27,9 mil milhões de dólares em vendas. Face a 2015, a sua
subida no volume de vendas é de 20%. Metade destes profissionais
trabalham na Europa e encontram nas feiras de arte o ponto privilegiado
para angariar novos clientes, mostra o relatório da TEFAF.

O mercado online também tem vindo a reforçar posição, com vendas a


atingir os 3.750 milhões de dólares ou 8,5% do total no ano passado.

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