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SOLUÇÕES

Biofarmacotécnica II
São preparações líquidas que contém uma ou mais substâncias
químicas dissolvidas (molecularmente dispersas) em um solvente
apropriado ou uma mistura de solventes miscíveis entre si.
(Thompson & Davidow)
Sólido ou líquido
em menor
proporção

SOLUTO

SOLUÇÃO
SOLVENTE (SOLVIDO OU
DISSOLVIDO)
Liquido (maior
proporção)
Tipos
• Espíritos: Soluções hidroalcoólicas de substâncias voláteis, com alto
teor alcoólico. Pode turvar na presença de água.
• Tinturas: Soluções hidroalcoólicas de materiais de origem vegetal ou
substâncias químicas, preparadas por dissolução direta ou por
processo de extração como a percolação ou maceração.
• Águas aromáticas: Soluções aquosas de substâncias aromáticas ou
óleos voláteis.
• Elixir: Soluções orais, hidroalcoólicas e edulcoradas que contém
medicamentos dissolvidos.
• Xaropes: soluções que contém elevado teor de açúcar ou ainda
soluções viscosas para uso oral, edulcoradas.
• Soluções otológicas, oftálmicas, nasais: recebem o nome pela via de
administração que são destinadas.
Características
• É a mais versátil das formas farmacêuticas (pode ser usada por quase
todas as vias de administração).

• A via de administração determina as características da solução


(esterilidade, viscosidade, necessidade de aroma, etc).

• Podem conter adjuvantes para melhor sabor, estabilidade, aplicação,


etc.
Vantagens
• Doses homogêneas.
• Disponibilidade imediata para absorção e distribuição.
• Podem ser utilizadas por qualquer via de administração.
• Podem ser utilizadas por pacientes com dificuldade de deglutição
(crianças e idosos).
• Fácil ajuste de dose.
• Embalagens especiais são disponibilizadas atualmente pelos fornecedores
para proporcionar melhor conservação e ajuste de doses.
Desvantagem
• Menor estabilidade do fármaco quando em solução.
• Fármacos insolúveis nos solventes disponíveis para uso farmacêutico.
• Realça o sabor desagradável de alguns fármacos (necessita técnicas
especiais para mascarar o sabor)
• Mais difíceis de acondicionar, transportar e armazenar.
• Em doses múltiplas (medidas pelo paciente) existe maior risco de
erros que em doses individuais como cápsulas e comprimidos.
Acondicionamento
Considerar ao manipular soluções:

• O fármaco ou substância é solúvel


no solvente desejado?
• Qual o tempo de solubilização?
• O fármaco permanece em solução?
• É estável quimicamente? Por
quanto tempo?
• Necessita conservante?
Solubilidade
• Cada produto tem seu coeficiente de solubilidade, ou seja, pode ser
mais ou menos solúvel dependendo da concentração em
determinada temperatura.
• Quando o soluto se encontra em equilibro com o solvente, dizemos
que a solução é Não Saturada.
• Quando esse equilíbrio não é atingido e a concentração do solução
ultrapassa dizermos que é Sobressaturada.
• O limite entre elas é chamado de Ponto de Saturação.
• Soluções verdadeiras:
• As substâncias dissolvidas atingem alto grau de dispersão (partículas
inferiores a 0,001µm).
• Esse tamanho de partícula representa as condições ideais para a absorção dos
compostos pelo organismo.
• Afetam a solubilidade...
• Temperatura
• Interação solvente-soluto.
• Estado de divisão da substância
• Agitação
• Constante dielétrica
• Solvente
• pH
Expressão da solubilidade
• Em muitos casos as farmacopeias já indicam a solubilidade exata.

• Quando não especificado, a indicação de solubilidade é determinada


entre 15 e 25°C (Prista, 1996).
• Nossa farmacopeia, em sua 5ª edição, determina a solubilidade na
temperatura de 25°C.

• Quando não determinado na literatura, o solvente padrão é a água.

• É definida como o numero de partes de solvente necessários para


dissolver uma parte de soluto.
• Partes refere-se à dissolução de 1g de soluto em numero de mL de solvente.
Tabela de expressão da solubilidade

Quantidade relativa de solvente em volume, para 1 parte


Termos de soluto em massa
Muito solúvel Menos de 1 parte

Facilmente solúvel De 1 a 10 partes

Solúvel De 10 a 30 partes

Ligeiramente solúvel De 30 a 100 partes

Pouco solúvel De 100 a 1.000 partes

Muito pouco solúvel De 1.000 a 10.000 partes

Praticamente insolúvel Mais de 10.000 partes


Expressão da Concentração
• A quantidade de substância dissolvida em qualquer solução pode
indicar-se de várias maneiras:
• Porcentagem (a mais usada em farmácias)
• m/V (massa de soluto por volume de solução – g/mL)
• m/m (massa de soluto por massa de solução – g/g)
• V/V (volume do soluto por volume de solução – mL/mL)
• V/m (volume de soluto por massa de solução – mL/v)
• ppm (m/m ou m/V)
• Molaridade
• Normalidade
• Equivalentes ou Miliequivalentes: Expressa a concentração de íons em uma
solução.
Estudo de Caso
Uma prescrição solicita a
manipulação de 60mL de Ácido
Bórico 10% em água. Ao
verificar a solubilidade do ácido
bórico, você encontrou que 1
parte dissolve em 18 partes de
água. Será possível manipular
essa fórmula?
Soluções ideais
• Ideal = quando as moléculas dos seus constituintes não se atraem por
forças especiais e quando não se manifesta qualquer variação da
energia interna ao se misturar os componentes.
• Só se observa a simples diluição dos constituintes.
• Não se observa desenvolvimento ou absorção de calor, nem contração ou
aumento de volume.
Lembrando
Fisico-Quimica

Lei de Rauolt = Estabelece que numa solução ideal a pressão de vapor de cada
constituinte é proporcional à sua fração molar.

Dalton = a pressão total de vapor da solução será dada pela soma das pressões
parciais dos respectivos constituintes.
Mais um pouco sobre Soluções
Tipos de Soluções
• Soluções simples: Resulta da dissolução total e completa de uma
substância em um solvente.
• Solução de gás em liquido
• Solução de líquido em liquido
• Completamente miscíveis
• Parcialmente miscíveis.
• Solução de sólido em líquido
• Estado físico e grau de solvatação
• Estado de divisão e agitação
• Constante dielétrica do solvente
• pH e solubilidade dos eletrólitos fracos
• Soluções extrativas: Resulta da dissolução parcial de uma droga de
composição heterogênea em um determinado solvente.
• O solvente dissolve apenas alguns constituintes da droga.
• O restante é o ‘resíduo’.
Sacaróleos líquidos
• XAROPES
• São preparações farmacêuticas aquosas, límpidas, que contém açúcar em
concentração próxima a da saturação.
• Cerca de 2/3 partes de açúcar em 1/3 de água.
• Se conservam bem por sua característica hipertônica.
• Confere valor energético e desempenha as funções de edulcorante e
conservante.
• A sacarose é o principal constituinte dos xaropes (indicado pelas
farmacopeias)
• Pode ser utilizada a glucose, que por sua ação redutora evita a oxidação de
alguns fármacos como o iodeto ferroso, porém ela não é normalmente
indicada nas referências oficiais.
Sacaróleos líquidos
• PREPARO DOS XAROPES
• A SACAROSE é um dissacarídeo, obtido geralmente da cana de açúcar, muito solúvel
em água e mais solúvel a quente, hidrolisa na presença de ácidos minerais.
• Se prepara por dissolução do açúcar na água (ou outros solventes).
• Pode ser preparado a frio ou a quente.
• Na preparação à frio, pode-se encontrar certos microrganismos.
• O preparado por aquecimento pode levar à certa hidrólise da sacarose, porém não
aquecer em demasia para não formar açúcar invertido (quando aquecida sofre
hidrólise parcial e forma açúcar invertido, menos solúvel que a sacarose).
• O xarope preparado a quente pode levar à obtenção de um xarope mais amarelo,
que pode ser pela caramelização do açúcar.
• Também é vantagem do modo a quente a esterilização e eliminação do anidrido
carbônico.
Vamos pesquisar??
1) Qual a finalidade de se filtrar soluções?
2) Qual a função do talco e carbonato de magnésio na preparação de
xaropes?
3) Que fatores podem causar alterações nos xaropes?
Respostas
1) As soluções devem apresentar-se perfeitamente límpidas, por isso
terão que ser filtradas. Consiste na separação das partículas sólidas
de um líquido, que fica retido no elemento filtrante (filtro). Os
sólidos retidos constituem o resíduo.
2) São utilizados como clarificantes de determinados xaropes,
principalmente aqueles que se obtém à custa da mistura de tinturas
resinosas ou balsâmicas com açúcar e água. O xarope fica turvo por
causa das precipitação das resinas e substâncias insolúveis em
água. A agitação com talco ou com carbonato de magnésio torna-o
límpido. Lembrar que o uso desses produtos pode adsorver outros
compostos químicos e alcalinizar o xarope.
3) Ambiente: oxigênio e anidrido carbônico;
Xaropes para Diabéticos
• O xarope tradicional é contraindicado para pacientes diabéticos.
• Para estes pacientes, são desenvolvidas alternativas nas quais seja
eliminada a sacarose totalmente ou parcialmente.
• Utiliza-se um edulcorante artificial como a sacarina, aspartame,
sucralose ou outro para substituir o sabor doce.
• Como agente de viscosidade utilizamos agentes espessantes (alginato
de sódio, metilcelulose, goma arábica, etc).
• Como o xarope dietético não é hipertônico, é necessário adicionar
conservantes.
Exemplo xarope diet
Componente Quantidade
GOMA ADRAGANTANA 1,5G
GLICERINA 6G
SACARINA SÓDICA 0,1G
METILPARABENO 0,1G
ÁGUA DESTILADA QSP 100G
Sacaróleos líquidos
• MELITOS
• São preparações farmacêuticas de consistência xaroposa, com grande
quantidade de mel em sua composição dissolvida em um veículo aquoso.
• Possuem densidade cerca de 1,32g/mL (15°C)
Componente Quantidade
MEL 1000G
ÁGUA 1000G
CAULIN 60G

• Preparo: Agitar o caulim com 200g de água; adicionar o mel dissolvido na água restante,
ferver e filtrar ainda quente. Continuar fervendo até obter a densidade de 1,26g/mL
(quente).
Alcoóleos ou Alcoolitos
• Preparações cujo veículo, único ou principal, é o álcool etílico.

• São eles:

• Soluções simples (alcoóleos ácidos, alcoóleos açucarados ou elixir, outras


soluções alcoólicas).

• Tinturas e Alcoolaturas (obtidas por dissolução extrativa de drogas secas ou


frescas)
Gliceróleos
• Preparações cujo veículo principal é a glicerina.
• Pode conter outros dissolventes, com água e álcool.
• GLICÉREOS: água + glicerina.
• GLICÉREO-ALCOÓLEOS: glicerina + água + álcool.

• Observar nas preparações as incompatibilidades com a glicerina (que


pode originar substâncias oxidantes).
• A glicerina também é higroscópica.
• Não aquecer a glicerina em temperaturas superiores à 140°C (forma
acroleína, que é irritante é toxica)
• Glicéreo-alcoóleos devem ter densidade final igual a 1.
Eteróleos
• Preparações cujo veículo principal é o éter sulfúrico.
• Podem ser obtidos por dissolução simples ou extrativas (tinturas
etéreas).

• O éter é controlado pelo Ministério da Justiça.


Enóleos
• Também chamados de vinhos medicinais, são obtidos pela dissolução
de princípios medicamentosos em vinho.
• Em desuso – em alguns países nem é mais considerado oficinal.
Oleóleos ou Óleos Medicinais
• São formas farmacêuticas obtidas por dissolução simples ou extrativa
de princípios medicamentosos em um óleo fixo.
• Azeite
• Óleo de amêndoas
• Óleo de bacalhau São exemplos de óleos preparados por digestão (óleo
• Óleo de gergelim de beladona e o óleo de camomila), utilizando a
• Óleo de soja maceração e proceder a digestão a 70°C.
• Óleo de amendoim
• Óleo de algodão
• Óleo de girassol, etc
• Podem ser utilizadas para uso externo, interno e parenteral (desde
que obedecido os critérios característicos para cada uma).
• São geralmente obtidos à quente (60 – 70°C)
Soluções Otológicas
• São destinadas à instilação no ouvido externo.
• Água, Glicerina ou Polióis podem ser utilizados como
solventes.
• Água e álcool podem ser utilizados como cossolventes.
• Geralmente fornecidas em embalagens com conta gotas
para facilitar a aplicação.
Exemplo Prescrição Solução Otológica
Ingrediente Quantidade Quantidade Usual Uso
Prescrita
Antipirina 5% 5% Antipirético,
Analgésico
Hidrocortisona 0,5% 0,5 a 2,5% Anti-inflamatório
Sulfato de 5mg/mL 5mg/mL Antibiótico
Neomicina
Metabissulfito de 0,1% 0,1% Antioxidante
Sódio
Glicerina 25% Variável Veículo, Umectante
Propilenoglicol 25% Variável Veículo, Umectante
Água purificada asp 30mL Veículo
Thompson & Davidow, 2013
• São soluções destinadas à aplicação no
globo ocular, pálpebras, conjuntiva e
córneas.
• As preparações oftálmicas devem ser:
estéreis, isentas de partículas,
isotônicas, pH compatíveis.
• Local adequado para preparo (RDC
17/2010).
• A mucosa do olho é altamente sensível
– impacto na escola do veículo e
adjuvantes.

Colírios
• A quantidade equivalente à uma solução de NaCl 0,9% é ideal, mais
confortável para o paciente e deve ser usada sempre que for possível.
• Quando for necessário uma solução não isotônica, o olho pode
tolerar uma faixa em equivalentes de NaCl entre 0,6 a 2%. Outros
casos devem ser analisados.
• Pode ser necessário adição de tampão e conservantes.
• A esterilização da solução final pode ser realizada por membrana
(MiliPore ®)
Conservantes e Adjuvantes
Outros Agentes Concentração
máxima
Antioxidantes
Agente Conservante Concentração
máxima Bissulfito de sódio 0,1%

Cloreto de benzalconeo 0,013% Metabissulfito de sódio 0,1%

Cloreto de benzetônio 0,01% Tioureia 0,1%

Clorobutanol 0,5% Ác etilenodiaminotetracético 0,1%

Acetato de fenilmercúrio 0,004% Molhantes/clarificantes

Nitrato de fenilmercúrio 0,004% Polissorbato 80 1%

Timerosal 0,01% Polissorbato 20 1%


Indutores de Viscosidade
Álcool polivinílico 1,4%
Fonte: FDA Advisory Review Panel on OTC
Ophtalmic Drug Products, 1979 Polivinilpirrolidona 1,7%
Extraído de: Thompson & Davidow, 2013 Metilcelulose 2%
Hidroxipropilmetilcelulose 1%
Hidroxietilcelulose 0,8%
Cálculos de Isotonicidade
• ISOTONIA: Igualdade de pressão osmótica
entre duas soluções (dicionário Aurélio).

• Vamos lembrar....
• OSMOSE: Passagem do solvente em solução através de uma
membrana impermeável ao soluto (dicionário Aurélio).

• PRESSÃO OSMÓTICA: É a pressão contrária à osmose. (pressão


externa que deve ser aplicada para evitar a diluição por osmose)
• A Pressão Osmótica osmótica, assim como o abaixamento da pressão
de vapor, o abaixamento de congelamento e a elevação do ponto de
ebulição, é uma “propriedade coligativa”.
• As propriedades coligativas não dependem da massa e sim do
número de partículas do soluto.
• Para soluções farmacêuticas normalmente medimos as alterações
causadas pelas partículas em solução através das alterações no ponto
de congelamento (é difícil medir a pressão osmótica diretamente).
∆Tf = Kfm Ex:
Onde: Para a água, que possui ponto de congelamento
0°C, em uma pressão atmosférica de 1 atm, Kf =
∆Tf = é o abaixamento do ponto de congelamento. 1,86 e o ponto de congelamento para uma
Kf = constante crioscópica molal (mol/1000g de solvente) solução aquosa à 1m será?
∆Tf = 1,86 x 1
m = concentração em mols ∆Tf = 1,86°C
• Para moléculas que se dissociam completamente, utilizamos a
seguinte fórmula
∆Tf = i.Kf.m
Onde: Ex 2:
∆Tf = é o abaixamento do ponto de congelamento. Ao se adicionar 1 molal de cloreto de sódio na
solução do exemplo anterior, teremos
Kf = constante crioscópica molal (mol/1000g de solvente) ∆Tf = 2 x 1,86 x 1
m = concentração molal ∆Tf = - 3,72°C
i = fator de Van´t Hoff

• Essa expressão foi modificada para


∆Tf = LISOc
Onde:
∆Tf = é o abaixamento do ponto de congelamento.
LISO = é o iKf determinado experimentalmente (ver tabela no próximo slide).
c = concentração molar
TIPO IÔNICO VALOR LISO EXEMPLO
MÉDIO
Não eletrólitos: substâncias que não se dissociam em 1,9 Sacarose, dextrose, cânfora, glicerina
soluções aquosas
Eletrólitos fracos: substâncias que se dissociam muito 2,0 Ácidos fracos (ácido bórico, cítrico), Aminas
pouco em solução. básicas como efedrina e codeína)
Eletrólitos bivalentes-bivalente: substâncias que se 2,0 Sulfato de Magnésio, Sulfato de Zinco
dissociam em dois íons, sendo o ânion polivalente
Eletrólitos monovalentes-monovalentes: substâncias que 3,4 Cloreto de sódio, nitrato de prata, cloridrato de
se dissociam em dois íons, o ânion monovalente cocaína, cloridrato de pilocarpina, penicilina V
potássica.
Eletrólitos monovalente-bivalente: substâncias que se 4,3 Sulftato de atropina, carbonato de sódio,
dissociam em três íons, sendo o ânion univalente hidrgenofosfato de sódio, sulfato de fisostigmina.
Eletrólitos bivalente-monovalente: substâncias que se 4,8 Cloreto de cálcio, gluconato de cálcio, cloreto de
dissociam em três íons, sendo o ânion polivalente zino, cloreto de magnésio
Eletrólitos monovalente-trivalente: substâncias que se 5,2 Citrato de sódio, citrato de potássio
dissociam em quatro íons, sendo o ânion polivalente
Eletrólitos trivalente-monovalente: substâncias que se 6,0 Cloreto de alumínio, cloreto férrico
dissociam em quatro íons, sendo o ânion univalente
Tetraboratos 7,6 Borato de sódio, borato de potássio
Método do ponto de congelamento
• Os cientistas mediram os pontos de congelamento do sangue da lágrima.
• Obtiveram valores aproximadamente iguais: -0,52°C
• Portanto, para um fármaco ser considerado isotônico com esses fluidos, deve ter
o mesmo ponto de congelamento.
• Etapas:
1. Determine a concentração percentual do ponto de congelamento.
2. Consulte a tabela de ponto de congelamento do fármaco a 1% em solução
3. Calcule o abaixamento do ponto de congelamento causado pela concentração prescrita.
4. Subtraia esse valor do ponto de congelamento desejado.
5. Escolha o soluto apropriado para ajustar a tonicidade da solução.
6. Utilize a tabela para calcular o abaixamento causado pela solução a 1% desse soluto.
7. Calcule a concentração desse soluto necessária para fornecer a diferença no abaixamento
do ponto de congelamento.
8. Determine a massa necessária do soluto em gramas, para a quantidade desejada de
solução.
Método do ponto de congelamento - Exemplo
Na prescrição sulfato de atropina 2% em água purificada qsp 15mL. Calcule a
quantidade de ácido bórico necessário para formar uma solução isotônica.
1 - Note ou determine a concentração do fármaco na prescrição
2%
2 - Consulte a tabela de ponto de congelamento do fármaco a 1% em solução.
0,07°
3 – Calcule o abaixamento do ponto de congelamento causado pela concentração
prescrita.
Concentração Abaixamento
1% 0,07°
2% X X = 0,14°C

4 – Subtraia esse valor do ponto de congelamento desejado.


0,52° - 0,14° = 0,38°
Método do ponto de congelamento - Exemplo
5 – Escolha o soluto apropriado para ajustar a tonicidade da solução.
Neste caso a prescrição determina a utilização do ácido bórico, um adjuvante
oftalmológico comum, com função tamponante suave e isotonizante.
6 – Utilize a tabela para calcular o abaixamento causado pela solução a 1%
desse soluto.
0,29°
7 – Calcule a concentração desse soluto necessária para fornecer a diferença
no abaixamento do ponto de congelamento.
Concentração Abaixamento
1% 0,29° X = 1,3%
x% 0,38°

8 – Determine a massa necessária do soluto em gramas, para a quantidade


desejada de solução
1,3% x 15mL = 0,195g de ácido bórico
Método do Equivalente em Cloreto de Sódio
• Método desenvolvido como uma proposta mais fácil de calcular.
• Se baseia no abaixamento do ponto de congelamento do cloreto de sódio (soluto
mais utilizado para ajuste de tonicidade).
• Utiliza-se o fator de “equivalente em cloreto de sódio” = que é a massa em
gramas (g) de cloreto de sódio necessária para obter um efeito osmótico similar a
1g de um determinado fármaco (ENaCl1%).
• Etapas:
1. Calcule a quantidade em gramas do fármaco em solução.
2. Consulte na tabela o equivalente em cloreto de sódio para o fármaco (ou seja, a massa em
gramas de cloreto de sódio que equivale a 1g do fármaco).
3. Calcule a massa em gramas de cloreto de sódio que é equivalente a massa em gramas do
fármaco em solução.
4. Calcule a quantidade em gramas de cloreto de sódio para preparar o volume desejado de
solução isotônica do fármaco, se não houver outro soluto presente.
5. Subtraia a massa em gramas de cloreto de sódio de cloreto de sódio que é equivalente à
massa do fármaco, da massa de cloreto de sódio que seria necessário para preparar a
solução isotônica.
6. Adicione essa quantidade de cloreto de sódio à solução.
Método do Equivalente em Cloreto de Sódio - Exemplo
Na prescrição sulfato de atropina 2% em água purificada qsp 15mL. Calcule
a quantidade de cloreto de sódio necessário para formar uma solução
isotônica.
• Etapas:
1 – Calcule a quantidade em gramas do fármaco em solução.
2% x 15g = 0,3g de sulfato de atropina.
2 – Consulte na tabela o equivalente em cloreto de sódio para o fármaco (ou
seja, a massa em gramas de cloreto de sódio que equivale a 1g do fármaco).
0,13 (ou seja, 0,13g de NaCl equivalem a 1g de sulfato de atropina).
3 – Calcule a massa em gramas de cloreto de sódio que é equivalente a
massa em gramas do fármaco em solução.
NaCl Atropina
0,13g 1g X = 0,039g
Xg 0,3g
Método do Equivalente em Cloreto de Sódio - Exemplo
4 – Calcule a quantidade em gramas de cloreto de sódio para preparar o
volume desejado de solução isotônica do fármaco, se não houver outro
soluto presente (0,9%).
0,9% x 15mL = 0,135g
5 – Subtraia a massa em gramas de cloreto de sódio de cloreto de sódio que
é equivalente à massa do fármaco, da massa de cloreto de sódio que seria
necessário para preparar a solução isotônica.
0,135g – 0,039g = 0,096g de NaCl serão adicionados à solução para torna-la
isotônica.
6 – Adicione essa quantidade de cloreto de sódio à solução.
OBS: Se o cloreto de sódio disponível for em solução à 0,9%, calcular a
quantidade necessário dessa solução para se ter 0,096g e complete o volume
com água estéril.
NaCl Volume
X = 10,7mL
0,9g 100mL
0,096g xmL
Suspensões
• São preparações líquidas constituídas de partículas sólidas dispersas
em uma fase líquida na qual são insolúveis.
• É utilizado normalmente para dispersões sólido-líquido.
• Algumas fórmulas consagradas com outros nomes são suspensões (leite de
magnésia, magma de bentonita, loção de hidrocortisona.
• Molhabilidade: termo utilizado quando um líquido desloca o ar da
superfície de um sólido e este, espontaneamente se espalha ao redor
da superfície do sólido (ou seja, o líquido molha o sólido).
• Agentes molhantes: São substâncias adicionadas para auxiliar no
deslocamento do ar ao redor do sólido e substituí-lo pelo liquido.
• Surfactantes: São substâncias adsorvidas nas interfaces, por conter
uma estrutura anfipática.
Suspensões Orais
• São utilizadas quando necessário administrar fármacos em pacientes
que não podem engolir cápsulas ou comprimidos.
• Geralmente as suspensões orais são fornecidas em pós para
reconstituição em casa, com validade limitada. Isso ocorre pela
dificuldade em manter a estabilidade das preparações que contém
água.
• Muitas vezes é intencional manter a molécula ativa na forma insolúvel
em água, para minimizar o sabor desagradável, ou ainda melhorar
biodisponibilidade.
• É importante observar a validade da suspensão após reconstituição.
• Pode ser necessário adicionar algum agente levigante para melhorar a
reconstituição após repouso.
Propriedades Requeridas
• As partículas devem ser muito finas, geralmente 0,5 a 3 micrometros.
• Partículas finas fornecem ótima dissolução e absorção.
• As partículas de tamanho reduzido auxiliam na obtenção de velocidade de
sedimentação adequada.
• Cuidado, pois partículas muito finas têm maior tendência à agregação,
podendo compactar em uma massa não dispersível.
• Pode-se utilizar um tamiz malha 35 a 45 para obter homogeneidade
no tamanho da partícula.
• Molhar adequadamente o pó para garantir uma dispersão adequada,
se necessário utilizar um agente molhante (glicerina, álcool,
propilenoglicol, polietilenoglicol ou surfactantes).
• As partículas devem ser facilmente redispersadas quando o produto é
agitado.
Etapas para preparo de uma Suspensão
• Calcular a quantidade de cada componente da formulação.
• Reduzir o tamanho das partículas sólidas e misture os pós.
• Molhe os pós adicionando o líquido molhante em pequena
quantidade, triturando até obter uma pasta espessa e uniforme.
• Adicione o restante do veículo em porções, com trituração, até
obtenção de uma preparação uniforme.
• Transferir a suspensão para o recipiente final ou de medida, utilizando
o restante do veículo para lavar o gral.
• Completar o volume, envasar.
• Não esquecer de utilizar a etiqueta de identificação de “agite antes de
usar”.
Alguns fornecedores de embalagens
• http://www.apotek.com.br/site/produtos/
• http://www.vepakum.com.br/home
• http://www.gppharma.com.br/
• http://www.reci.com.br/farmaceutica/
• http://www.vedapack.com.br/
• http://www.wheatonbrasil.com.br/
• http://www.westpharma.com/
• http://vipembalagens.com.br/empresa.php
• http://www.lanus.com.br/

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