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A Estrutura do Comportamento (Maurice Merleau-Ponty)

Para compreender as relações entre a consciência e a natureza, torna-se preciso


entender a natureza como uma multiplicidade de acontecimentos exteriores
ligados por relações de causalidade. Na França, a filosofia do século XX faz da
natureza uma unidade objetiva e justaposta, diante da consciência e da ciência,
que tratam o organismo e a consciência como duas ordens de realidades em
relação recíproca como causas e efeitos. Inicialmente o comportamento está em
oposição aos dados da ‘consciência ingênua’. A luz é vista em nós e envolve um
movimento vibratório. A luz fenomênica é uma aparência qualitativa, mas a luz
real é apenas um movimento vibratório.

Da teoria clássica do reflexo retiram-se algumas concepções, tais como a


decomposição da excitação e a reação em multiplicidade de processos parciais:
resposta correlaciona órgãos receptores e músculos efetores. O reflexo
(fenômeno longitudinal) é uma operação de um agente definido sobre um
receptor que provoca uma resposta definida. Percebo porque meu corpo
respondeu a isso por reflexos adaptados. O comportamento parece intencional,
por ser regrado por trajetos nervosos que obtém a satisfação. A cada parte do
estímulo corresponde uma parte da reação. Seqüências elementares que
deveriam constituir todos os reflexos. O comportamento é a causa principal de
todos os estímulos, ele é um efeito do meio. Os movimentos do organismo são
condicionados por influências externas. As propriedades do objeto e as intenções
do sujeito se misturam e constituem algo novo. Entre os estímulos e as reações, o
comportamento é mediatizado pelas relações fisiológicas e psíquicas. Os
comportamentos têm suas raízes e efeitos no meio geográfico. O meio geográfico
pertence também ao universo físico e seus efeitos também pertencem a ele.
Coloca-se o corpo humano no meio de um mundo físico que seria a ‘causa’ de
suas reações. O organismo se oferece ao exterior encontrando em torno de si
agentes químicos e físicos. O organismo age, com seus receptores e centros
nervosos, segundo os movimentos dos órgãos, escolhe os estímulos aos quais será
sensível no mundo físico. Existem apenas efeitos no mundo dos reflexos. Na
ordem dos reflexos observam-se as conexões da superfície sensível aos músculos
efetores.

A definição de ordem é tal que o que acontece em cada ponto é determinado


pelo que acontece em todos os outros. Cada efeito local depende da função que
desempenha no conjunto, de seu valor e significado em relação à estrutura que o
sistema tende a realizar. Assim, quantidade, ordem e significado estão presentes
em todo o universo das formas, ou seja, os caracteres dominantes na matéria,
vida e espírito. Matéria, vida e espírito participam de modo desigual na natureza
da forma. A teoria da forma procura solucionar os problemas entre alma e o
corpo. Os sistemas físicos apresentam autonomia às influencias externas. A
autonomia que os organismos possuem é relativa às condições físicas e a que o
comportamento simbólico tem em relação à sua infra-estrutura fisiológica. O
conhecimento perceptivo e os processos nervosos têm a mesma forma psíquica e
são homogêneos às estruturas físicas. Matéria, vida e espírito são três ordens de
significados.

A forma de um sistema físico é o conjunto de forças em estado de equilíbrio ou


mudança constante. Cada vetor é determinado em grandeza e direção por todos
os outros. A circulação interior é o sistema como realidade física. A mudança
local é uma forma através de uma redistribuição de forças que assegura a
constância de sua relação. A forma física é um indivíduo, uma unidade interior
inscrita num fragmento de espaço e resistente a deformação das influências
externas.

A estrutura geral do comportamento se expressa pelas constantes das condutas,


dos patamares sensíveis e motores. Um comportamento privilegiado permite a
ação mais simples e mais adaptada. As estruturas inorgânicas se exprimem por
leis, mas as estruturas orgânicas se exprimem por normas (ação transitiva que
caracteriza o indivíduo) nas relações dialéticas entre indivíduo orgânico e meio. A
dialética do organismo e do meio pode ser interrompida por comportamentos
catastróficos, casos patológicos e fenômenos de laboratório.

Fonte: http://resenhasexcertos.blogspot.com/2008/11/estrutura-do-comportamento-
maurice.html

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