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Fazendo Música

01/10/2003

Oi pessoal! É com o maior prazer que estou aqui para contar um pouco, sobre como
colocar em prática esse trabalho; composição, gravação, edição e direito autoral (dentro da
música, é claro).

Não são poucas as pessoas interessadas no assunto, então... vamos começar do


princípio, tá bom?

Antes de qualquer coisa, é bom deixar claro que ser compositor não é exatamente o
que as pessoas por aí costumam divulgar. Tipo; "Ninguém vive de música" ou "Ser
compositor não é ter uma profissão" e por aí afora. Claro que muitos compositores
(principalmente os mais antigos) talvez até por desinteresse, tiveram sérios problemas com
direito autoral (problemas que temos até hoje), mas esquecemos de outros que foram muito
bem sucedidos. Temos um Tom Jobin, que conseguiu se dar muito bem financeiramente,
fazendo obras lindíssimas, Djavan, Roberto Carlos, e outros mais. Portanto, não são apenas
os compositores extremamente populares que conseguem sobreviver de música. Conheço
alguns (extremamente populares), que justamente por falta de informações, estão passando
por fases difíceis.

Existem compositores de todos os tipos, assim como existem todos os tipos de


profissionais atuando em diversas áreas.Compor é uma profissão como qualquer outra, a
diferença é que a gente trabalha com o abstrato. Nossa matéria prima é fornecida por Deus,
o que fazer com ela cabe a cada um.

Como em qualquer profissão, ela exige perseverança, dedicação e interesse. Em


outras palavras: Profissionalismo. Fazer música é uma brincadeira deliciosa, mas fazer dessa
brincadeira seu trabalho, é um empreendimento.Um empreendimento exige contatos.

O fato de conhecer aquela pessoa que é amiga daquela outra, que coincidentemente,
é íntima daquela outra mais que tem o contato que interessa no momento, faz uma grande
diferença. É tão ou mais importante que ter acabado de compor aquela grande música.
Músicas você (que compõe) pode fazer sempre que quiser, contatos interessantes não se
encontra todos os dias.

Mais importante do que os contatos, só mesmo a sua imagem. Amizade, bom humor,
otimismo e solidariedade são chaves capazes de abrir qualquer porta, por mais trancadas
que estejam.Isso você já deve ter lido por aí, mas não custa nada ler mais uma vez, não é?
Da próxima, vamos falar sobre música e letra. Quem começa primeiro? Como começa? Por
onde?

Pense a respeito, um abraço e boa sorte!

Qualquer dúvida a respeito do assunto, escreva pra mim: isoldab@uol.com.br

Venha trocar idéias sobre este artigo em nosso fórum!

Próxima Aula >>


Aula 2 - Perguntas Frequentes I
08/10/2003

Oi pessoal!

Obrigada pelos e-mails. Vou tentar responder todas as dúvidas na medida do possível, só
que vai ter que ser um pouco de cada vez, tudo bem?

As perguntas mais freqüentes foram:

Como conseguir compor?

A gente compõe exatamente como e quando a gente quiser compor. Compor tem que
ser fácil, divertido, legal e principalmente: natural. Não dá pra forçar a barra. Se não for
assim, não vai valer a pena. No tempo certo, surge esse impulso pra quem está afim. O mais
importante é gostar de música, gostar do que se está fazendo.

Entre o que vem primeiro, a música ou a letra, não é nem uma coisa nem outra, é o
assunto. Sem o assunto, ou tema, não existe nem música nem letra. Compor é observar
mais atentamente uma situação e nela achar um bom motivo para se fazer uma canção,
música e letra.

Eu, particularmente e em geral, faço a música junto com a letra, mas já fiz a melodia
pra depois colocar a letra. Tudo isso partindo sempre do assunto, entendeu?

Como mostrar a minha música para alguém gravar?

Com a canção pronta (letra e música) o próximo passo é gravar sua canção num
estúdio, passar para um CD (demonstrativo) e procurar uma editora (para avaliar sua
canção) que tenha o perfil desse trabalho, ou seja, que tenha acesso a cantores que gravem
esse tipo de música. Por exemplo, editoras aliadas a gravadoras que tenham em seu
catálogo artistas nesse perfil.

Você pode deixar o CD demonstrativo para avaliação (guarde com você uma cópia,
claro), combinando que no caso de conseguir uma gravação pra ela, você edita a sua música
lá, entendeu?

Uma editora funciona como um canal de contatos, tanto para enviar sua música como
para receber da gravadora (depois da música gravada) e repassar para o autor. Funciona
também como um registro de sua música, principalmente depois que é assinado o contrato
de edição. Atenção: Só assine esse contrato de edição, depois que a editora conseguir uma
gravação para essa música.

A taxa que a editora ganha em um contrato de edição é de 25% sobre o seu direito
autoral (quando você receber sobre a venda do CD). Antes da música gravada você não
paga nada e a ninguém. Pelo contrário, mas isso nós vamos falar depois.
Você também pode ao invés de levar sua música a uma editora, registrar na Fundação
da Biblioteca Nacional www.bn.br , Lá, para registrar cada obra, você tem que pagar uma
taxa que vai variar dependendo da região em que está.

Se você optar pelo registro, os contatos


com artistas terão que ser feitos por
você mesmo. No caso de ser um autor
iniciante, pode ser que tenha muito
trabalho e dificuldades, além de perder
os contatos interessantes que uma
editora poderia te dar, mas isso
depende de cada um. Na próxima
vamos falar mais sobre gravação, ok?
Como gravar um CD "demo", aonde,
com quem etc.
Aula 3 - Perguntas frequentes II
20/10/2003

Oi pessoal!

E aí? Tudo bem? Obrigada pelos e-mails. Vamos lá às...

Perguntas mais freqüentes:

É confiável, enviar músicas para um festival?

É sempre bom enviar músicas já registradas, uma vez que elas não estão protegidas e
vão estar expostas publicamente. Seria bem mais seguro.

Mas é muito bom participar de qualquer tipo de festival. Endereço de um site


especializado www.festivaisdobrasil.com.br

Que tipo de editoras posso procurar?

Editoras musicais, claro. Aí vão os telefones de algumas no eixo Rio - São Paulo:

São Paulo
BMG - (11) 3613 7300
EMI - (11) 5505 8755
PEER MUSIC - (11) 3825 5533

Rio de Janeiro
BMG - (21) 2483 3000
EMI - (21) 2558 7080
UNIVERSAL - (21) 3389 7669
WARNER - (21) 2512 8800
NOSSA MUSICA - (21) 2266 9303 (www.nossamusica.net)

Como fazer para mostrar minha música para algum intérprete?

Se você não tem contato direto com um intérprete, a sua única entrada é via editora,
como eu já disse. Fazer contato com uma editora é muito interessante. É a partir daí que
você vai participar de forma mais atuante dentro do universo musical, conhecer outros
autores, ganhar mais dicas, etc.

Como faço pra gravar meu CD?

Se você quer gravar um CD "demo" (para mostrar seu trabalho para outros
intérpretes), o mais importante é que consiga passar suas idéias claramente. Não precisa ser
uma gravação "tipo profissional", mas tem que ser feita num estúdio que tenha um som
razoável, com um arranjo adequado, mesmo que seja só voz e violão. É importante que seja
um lugar que você se sinta bem, que seja no meio de amigos, pra poder se sentir à vontade
e render mais. Música não é uma mercadoria. É um sentimento. Você precisa passar um
bom astral para a gravação, para esse astral estar presente quando alguém escutar sua
música. Por isso às vezes, ao invés de dar para um excelente arranjador trabalhar nela, mas
que não seja tão afinado com o seu trabalho, é melhor você mesmo tocar e cantar na
gravação da sua música.

Aula 4 - Perguntas frequentes III


04/11/2003

Olá!

Obrigada pelos e-mails, vocês são muito legais. Acho que o pessoal da área de
composição é sempre o mais sensível e gentil. Valeu!

Bom, vamos às perguntas mais freqüentes:

Não quero cantar minha música por aí porque alguém pode roubar a autoria, e
registrar como sendo de outro.

Olha, não é tão fácil assim o roubo de músicas e se a gente passar o tempo todo com
medo que alguém roube, deixa de divulgar a música por aí. Se ficar difícil registrar (por ter
que passar pra partitura e pagar a taxa de registro), vá a uma editora e edite a música. Não
custa nada. Ao contrário. Vai que a editora gosta da música e envia para algum intérprete
que se interesse em gravar? É uma opção.
Que contatos eu posso fazer fora da editora?

Em todos os lugares. Os bares com música ao vivo, shows com músicos que já
conhecem meio mundo, enfim; qualquer lugar que tenha música, obviamente tem um
profissional de música. Sendo que em editoras, gravadoras, selos, estúdios, é onde o pessoal
tem que ir. Não é?

E se alguém da produção de CDs quiser que eu mude a minha música para ficar
mais comercial?

Aí depende de você. No caso de ser sua primeira música a ser gravada eu acho uma
boa ter um certo "jogo de cintura". Nada como concordar agora para ganhar o jogo e
discordar depois, certo? Excesso de idealismo atrapalha qualquer profissão. O importante é
dar o primeiro passo, depois, principalmente se fizer sucesso, o jogo muda.

Tenho várias músicas. Por onde eu começo para me profissionalizar?

Procurando o pessoal que gosta do que você gosta. Se enturmando. Conhecendo


músicos, autores, etc. Ou em casas de espetáculos, ou como eu já disse, em editoras (onde
os autores vão para editar suas músicas e fazer contatos com quem está gravando no
momento). O que importa é a divulgação do seu trabalho, quanto mais gente conhecer sua
música, melhor.

Não tenha medo que possam roubar, plagiar, etc. Registre ou edite. Se, mesmo
assim, alguém copiar o seu trabalho, como já aconteceu tantas vezes comigo, não dê tanta
importância. É sinal de que o que você faz é digno de cópia e se você é tão bom a ponto de
ser copiado, vai fazer músicas muito melhores cada vez mais. Sua fonte ninguém rouba, o
máximo é "tentar copiar você". E pensa comigo; Isso não é uma forma de elogio?

Aula 5 - Como começar a compor?


04/11/2003

Oi, tudo bem?

Muita gente anda me perguntando como se faz pra começar a compor.

Quem compõe por instinto, assim como eu, sabe que pra compor uma música não
adianta fazer um curso especial, estudar algumas regras e colocar em prática.

Compor é criar do nada uma obra e pra isso, por mais que se explique, depende de
cada um como passar para o instrumento ou para o papel um sentimento. É um ato muito
pessoal. Mas pra quem não compõe instintivamente, vamos lá!

Compor é observar com mais atenção um fato que toca a sensibilidade da gente e a
partir dessa observação, colocar pra fora em forma de música e letra o que a gente quer
dizer sobre esse assunto.

Pode se começar pelo assunto pra depois procurar um som adequado a esse tema.
Tendo o assunto e o som, já se pode trabalhar na letra.
Para se colocar uma letra numa melodia, é preciso seguir a métrica da melodia, como
se fosse um jogo de "palavras cruzadas"; as palavras têm que caber em cada espaço
melódico.

Existem dicionários de rimas e dicionários de sinônimos que estão a venda em


qualquer livraria, acho que são bastante úteis, principalmente, por causa das idéias que a
gente encontra, quando está procurando por alguma palavra. É uma boa.

As rimas são importantes mas não são fundamentais. O melhor é que a música fique
gostosa de ouvir e cantar e fazer exatamente aquilo que se tem vontade de fazer. Não
importa o modismo do momento, o que vão pensar, se parece ou não com outra música, se
alguém vai gostar ou não. A não ser que se faça músicas endereçadas a um intérprete ou
outro. Aí a coisa muda de rumo e a canção funciona mais ou menos como uma música para
um personagem de cinema ou teatro. A gente deve levar em consideração o estilo do
intérprete, o tipo de assunto que ele cantaria, não deixando nunca de se levar em conta a
nossa avaliação pessoal. Um bom compositor consegue fazer uma boa música em qualquer
estilo. Quem cria um rock pode criar uma balada, um blues ou um pop e vice versa.

E nunca se deixa uma música inacabada. Às vezes justamente aquela música que a
gente não achava muito forte, é a que faz um inesperado sucesso. Isso já aconteceu comigo
muitas vezes, mais do que vocês imaginam. Uma canção é uma caixinha de surpresas,
ninguém sabe do que ela é capaz.

Portanto, todas as criações são bem vindas, mesmo que a gente tenha preferência por
uma ou outra.

Da próxima, vamos falar mais de criação, ok?

Aula 6 - Métrica
31/12/2003

Olá, tudo bem?

Dessa vez demorei mais um pouco por conta dos feriados de natal, afinal, ninguém é
de ferro, não é? Espero que tenham tido um excelente natal, cheio de música e inspiração.

Bom, por mais que eu já tenha debatido sobre isso, são muitas as perguntas sobre
métricas. Ok: Métrica é colocar as palavras de acordo com a divisão da melodia. Por
exemplo, na música do Tom Jobim; Eu - sei - que - vou - teamar. Repararam que na última
divisão, as duas palavras não estão separadas? Porque cabiam duas divisões na melodia,
perceberam? Enquanto no início da melodia, por quatro vezes, cabia apenas uma sílaba."eu,
sei, que, vou," em seguida estavam faltando dois toques (daí tudo junto) te amar..."Isso é
métrica". Fazer com que as sílabas ou as palavras caibam dentro da melodia. E de
preferência, digam o que a melodia diz. É mais pra sentir do que pra entender.

Uma outra dúvida: O que fazer, caso a música se pareça com o trabalho de um outro
autor? Se não for plágio, tudo bem. Não tem nenhum problema. É sinal de que a admiração
que a gente tem por determinado autor foi denunciada em nossa criação. Nada de mais.
Contanto que não seja cópia desse trabalho. É, pelo contrário, muito legal. Capaz até de o
próprio artista ouvir, achar a cara dele e gravar. Funciona como "estar dentro do estilo de
fulano", entendeu?

Quanto aos direitos autorais, que faz tempo que me perguntam, se vale a pena ou
não, a resposta é: Depende. Em todas as profissões existem os que se dão bem, que fazem
sucesso e os que não fazem, não é verdade? Quem é que garante que um advogado,
engenheiro, médico, arquiteto, vai ser uma pessoa de bom poder aquisitivo? Ninguém sabe o
que pode acontecer com cada profissional. Existem músicos e compositores, que estão muito
melhores, financeiramente falando, do que diversos profissionais de carreiras tradicionais,
assim como existem médicos, advogados, engenheiros que fazem mais sucesso do que
alguns músicos. Depende do profissional, depende do talento de cada um e principalmente,
depende do amor que esse profissional dedica a sua carreira. No momento de optar por uma
profissão, é muito importante ouvir o coração. Só quando a gente gosta realmente do que
faz, é que se faz bem. E quando faz bem, a chance de se conseguir sucesso é bem grande.
Portanto, repetindo; Compor é apenas uma profissão, como qualquer outra e que oferece
(dentro do mundo da criação) uma série de alternativas: Compor para outros artistas
gravarem, para a gente mesmo gravar, para personagens de teatro ou cinema, etc, etc, etc.

Espero que no próximo ano, a gente possa ouvir no rádio melhores músicas, que os
bons autores tenham mais chances de divulgar suas criações, que os novos talentos
consigam mais abertura nas gravadoras e na mídia e a gente acredite mais na nossa
intuição. Boas inspirações, bom trabalho e ...

Aula 7 - Alternativas de Gravação


12/02/2004

Olá, tudo bem?

Antes de qualquer outra coisa, obrigada pelos e-mails e pelas palavras de carinho que
recebo na minha caixa postal. É muito bom saber que essa coluna tem sido de boa ajuda pra
vocês.

Na intenção de deixar mais claros os nossos objetivos eu volto a insistir; "Compor é


exteriorizar um sentimento". Assim como fazer uma declaração; seja ela de amor ou não. E
para exteriorizar um sentimento, musicalmente falando, não existem regras, apenas sinais.

Essa coluna é dedicada aos tantos novos compositores que buscam uma direção para
divulgar seus trabalhos e assim se profissionalizarem. É uma tarefa difícil, uma batalha e
tanto, mas não é impossível pra quem tem talento e obstinação.

Hoje em dia pela crise que estamos atravessando no mercado musical, devido à
pirataria (de todas as maneiras), está ficando cada vez mais comum, lançar mão de outras
opções para divulgar um trabalho. Uma delas é a gravação independente.

A gravação independente (nem do mundo sabe) nada mais é do que fazer a gente
mesmo, o que outros poderiam fazer e não fazem; escolher o próprio repertório, estúdio e
equipe necessária para a gravação do CD profissional. Com o CD na mão, fica mais fácil se
negociar com um selo (independente ou não), além de outras formas de divulgação,
vendagem, etc.
Uma maneira para gravar esse CD, é através da lei do incentivo (lei Rouanet). Quem
quiser saber como funciona e os procedimentos necessários, entre em: www.cultura.gov.br,
esse é o site oficial do Ministério da Cultura.

Para elaboração de projetos e captação de recursos (se bem que não é difícil fazer
sozinho), existem diversas empresas especializadas, tanto em São Paulo, Rio como em
outras capitais.

Uma outra opção e com relativo baixo custo, é gravar em casa o seu próprio CD. É o
que se chama de Home Studio, usando o computador para esse trabalho.

Quanto custa montar um Home Studio? Daí vai depender do que se espera criar
dentro dele. Pode variar de U$500 a U$100.000 dólares e a qualidade pode ficar bem
próxima a de um estúdio profissional. Mas isso já é um outro assunto que fica para uma
próxima, ok?

Resumindo; são muitas as saídas para quem é realmente do ramo e essas que eu citei
são algumas delas.

Aula 8 - Gravando em seu computador


19/03/2004

Olá pessoal!

Como fazer para se gravar em casa? Segundo o professor Sergio Casanova, daqui de
São Paulo, não é tão complicado como parece. Os equipamentos básicos são:

• Um bom computador - um processador com boa memória RAM (256MB seria ideal)
• Uma placa de áudio - tipo- Sound Blaster live double sourround 5.1, modelo studio
• Duas caixas de som
• Um gravador de CD
• Microfones
• Fone de ouvido
• Cabos e CDR (tipo de CD para ser gravado)
• Softwares (programas) de gravação, mixagem e masterização - que podem ser o
Sonar, Band in a box, Jammer- que a gente encontra facilmente.

Claro que vamos precisar também de cabos que sejam adaptáveis às saídas do
computador. Se pudermos evitar que o computador tenha outros programas instalados,
como jogos, por exemplo, vai facilitar muito.

Esse é o básico para se fazer gravações razoáveis. Para dar uma melhorada, podemos
incluir uma mesa pequena, um mixer de 8 canais já está de bom tamanho. A mesa de som,
ou mixer, como o nome diz, serve exatamente para isso; misturar os sons (os sinais
gravados dos instrumentos e voz).

Para gravação de voz, os melhores microfones são do tipo condenser, pela


sensibilidade e resposta adequada a faixa de freqüência de voz. Para a guitarra é melhor
plugar diretamente o amplificador na mesa.
Pra quem faz gravações com o violão é preciso colocar um captador MIDI, no
instrumento.

Quanto às caixas de som, existem agora no mercado, caixas acústicas com


amplificadores internos, o que resulta em mais qualidade na finalização.

Os fones de ouvido são importantes para a gente se guiar através do que já foi
gravado, quando for gravar um outro instrumento em outro canal, sem deixar vazar o som.
Quando estiver tudo mixado e gravado nos programas de gravação é só passar para o
gravador de CD.

Muito complicado? Nem tanto. Assim como aprender a trabalhar com computador,
com o tempo se pega o jeito. E cá entre nós, é bem mais barato, cômodo e divertido do que
sair por aí procurando um estúdio para gravar um trabalho, que nem sempre fica
exatamente como a gente quer... Sem contar que quanto mais o tempo passa, mais se
aprende, novos equipamentos surgem e a qualidade de som, dependendo do que se faz,
pode resultar praticamente igual a de um estúdio profissional. Hoje em dia, vários Cds -
profissionais - foram gravados exatamente assim.

Acho que deu para entender, não deu? Qualquer dúvida, me escrevam.

Um abraço e boa gravação!


Isolda
isoldab@uol.com.br

Dicas de compras:

• Placas de som Sound Blaster Live


• Gravadores
• Microfones Profissionais
• Fones de Ouvido
• Sonar
• Cabos P2/P10
• Mixers
• Mesas de Som

Aula 9 - Gravando em seu computador II


10/05/2004

Oi Pessoal!

Muita gente escreveu comentando sobre o último texto "Gravando em seu


computador". Na verdade, foram apenas uns toques básicos, até porque eu estou estudando
sobre isso também. O certo seria (pra quem gosta de gravações), fazer um curso específico
de produções em estúdio. Particularmente eu acho que investir na nossa própria carreira é o
melhor investimento que se pode fazer, e pra quem trabalha ou pensa em trabalhar com
música, tudo é muito ágil, rápido, as novidades são diárias. O fato de se estar bem
informado é o mínimo que se espera de um bom profissional.

Hoje em dia, a gente dispõe de diversos programas que podem ser instalados no
micro e através deles, é possível compor, "colar arranjos", etc...
Essas comodidades, apesar de serem fantásticas, geraram um grande problema;
excesso de perfeição. Por exemplo:

Uma resvalada mais forte da guitarra, um andamento em que por um momento a


velocidade acelera pra depois voltar ao normal, etc. Tudo isso faz parte da emoção do
músico, da canção, do toque e isso não existe num software pronto. Em outras palavras; a
perfeição beira a pasteurização e não é nada disso que queremos, certo?

Pra que seu resultado seja mais emocional e menos "máquina", não é tão fácil como
parece. Exige uma atenção especial em cada detalhe; precisamos de nossa criatividade
investida em cada item colocado e depois de tudo acertado, mixar e editar da maneira mais
próxima ao que seria uma gravação tradicional. Essa é o tipo da coisa que a gente aprende
muito mais na prática do que na teoria. Só mesmo com o dia a dia, a gente vai chegar a
conclusões que por mais que se teorize, não se pode avaliar. O mais importante é isso;
Humanizar, emocionalizar, sem perder a qualidade, é claro. Muitas vezes, uma gravação
perfeita não tem o brilho de outra que apesar de diversas falhas, conseguiu passar a
mensagem que seu autor planejou. Pense nisso.

Porém, mais do que isso, não se pode esquecer que; não é o suficiente apenas
compor, levar a um estúdio, gravar e depois divulgar esse trabalho. Quanto mais informação
se puder adquirir a respeito do assunto em questão, melhor será pra entender e exigir a
qualidade necessária para a profissionalização, portanto; Vamos ao trabalho, ok?

Aula 10 - Sobre direitos autorais, edição e gravação


10/05/2004

Oi, tudo bem?

Atendendo a sugestões, por e-mail, vamos falar mais um pouco sobre edição e
direitos autorais.

Editar uma música vale como registro, porém, hoje em dia é um pouco mais do que
isso.

Editar sempre foi uma medida comum na vida do compositor, mesmo sabendo que
uma edição era por tempo indeterminado. Nesses tempos, uma editora empenhava-se em
gravar suas músicas editadas, com cantores que representassem grandes vendas, o que
significava um bom negócio para o autor e para a editora.

A partir de 1998, a nova lei determinou que não seria mais permitido um contrato de
edição por tempo indeterminado, que o prazo máximo de edição seria de 5 anos. As editoras
então, passaram a trabalhar com outro tipo de contrato; o contrato de cessão de direitos.
Cessão de direitos significa ceder sua obra, vender, trocar por dinheiro.

Nos dias de hoje, a maioria das editoras trabalha com contratos de cessão de direitos,
onde, trocando de papel, são elas que cedem 75% para o autor, já que se tornam donas da
música. Assim sendo, o compositor continua com seu direito moral, isto é; seu nome
continua constando na obra, mas sua música deixou de ser sua. Em troca dessa negociação,
a editora pode oferecer adiantamentos sobre a gravação daquela música (isso, se o autor
conseguir uma gravação, porque a editora deixou de ser uma ponte entre o autor e o cantor)
e cobrar aquele adiantamento (em gravações) com juros e correções monetárias.

Em outras palavras, o papel da editora atualmente é o de uma representante do autor


(ela recebe da gravadora e repassa 75% para o autor) e uma financiadora com totais
garantias de crédito (a música se torna dela, pra sempre). Será que é um bom negócio?

Basicamente, são duas as fontes de renda de um compositor:

1 - Direitos autorais sobre vendas de CDs (que é a gravadora que paga, ou


diretamente para o compositor ou para a editora que repassa para o compositor).

2 - Direitos de execução - O ECAD paga ao autor cada vez que sua musica é tocada.
Como o ECAD é um único órgão que arrecada esses direitos e se torna impossível pagar a
todos os compositores, existem diversas sociedades associadas ao ECAD que repassam ao
autor. O compositor (ou autor) pode escolher entre várias: Sadembra, Sicam, Ubc,
Socimpro, Amar, etc. Todas elas recebem do ECAD, e pagam diretamente ao autor.

Nos dias de hoje, com esses infindáveis problemas de pirataria e praticamente


nenhum apoio por parte de editoras e gravadoras, a tendência é o compositor ficar cada dia
mais independente, assim como é na Europa e nos Estados Unidos, e apostar no próprio
trabalho sem precisar mais contar com sociedades que nada mais são, que representantes
de trabalhos que já deram certo.

Nem preciso dizer, que para quem está começando, são muitas as dúvidas que devem
enfrentar, principalmente em relação aos seus direitos autorais. Mas para isso, o código de
direito autoral, pode ser encontrado em qualquer livraria ou em sites da Internet, como por
exemplo o www.direitoautoral.com.br da Dra. Eliane Y. Abrão especializada no assunto.

Aula 11 - Versionar

Como funcionam as versões?

Versionar uma música, não é traduzir literalmente os versos de uma canção


estrangeira. Na verdade, versionar é contar da nossa maneira, no nosso idioma, o assunto
da canção original. Às vezes nem isso. É muito comum a gente ouvir versões baseadas
apenas nas melodias, usando palavras e até assuntos que nada têm a ver com o tema da
música versionada. Tudo vai depender da situação, do intérprete, do seu público e
principalmente da sua sonoridade.

Para que uma versão possa ser gravada (oficialmente) é preciso conseguir a
autorização do autor original da música. Nem sempre isso é possível. Muitos autores alegam
desde a falta de identificação com o intérprete (que gravaria a música) até a não aprovação
da nova letra (caso esteja em desacordo com a idéia original ). Mas uma boa parte, não só
aprova como vê na versão de sua obra uma maneira de divulgação do seu trabalho naquele
país, dependendo é claro, do intérprete que vai gravar.

Conseguida essa autorização, o versionista pode optar por receber uma porcentagem
de 16, 66% (taxa padrão mundial) sobre os direitos autorais ou negociar diretamente com a
gravadora (do intérprete que vai gravar a versão), um cachê (pagamento fechado) pelo seu
trabalho.É claro que depois de ter recebido esse cachê, o autor da versão não recebe mais
nada por isso, enquanto o autor que optou pela porcentagem, continua recebendo os seus
direitos autorais, apesar de ser uma porcentagem mínima.

Esse tipo de negociação já foi motivo de arrependimento por parte de versionistas que
optaram pelo cachê diretamente com a gravadora e não esperavam o sucesso repentino de
uma canção no meio de um CD, o que fatalmente aconteceu. Portanto é sempre bom pensar
mais de uma vez em casos desse tipo.

Em se tratando de paródias é ainda mais difícil se conseguir uma autorização, e o


autor da paródia não recebe nada pelo seu trabalho. Muito pelo contrário. Se ela for
apresentada, em qualquer público sem a expressa autorização do autor original, o autor da
paródia corre o risco de ser processado por apropriação indébita. A lei do direito autoral,
sempre protege o autor original.

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