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Um Caso de Desmaterialização
parcial do corpo de um médium
Incluindo a
História das aparições do Espírito Katie King
–0–
APÊNDICE
História das aparições de Katie King
Formas de Espíritos
FIM
Notas:
1
Foi traduzida para o francês e o russo. Foi, ainda, traduzida
para o português, sob o título Animismo e Espiritismo, pela
editora FEB.
2
Fotografias obtidas na obscuridade, sem forma materializada
visível.
3
Autor da obra Los Espiritos, em 2 volumes, editada pela
Livraria La Irradiación, calle del Hitu nº 6, Madri
4
Autor de uma importante obra espírita: Região em Litígio,
entre este mundo e o outro, publicado no Brasil pela editora
FEB.
5
Publicado em 1875, em Hartford, Connecticut (América do
Norte), pela American Publishing C., 492 págs.
6
Em carta posterior a Alexander Aksakof, a informante diz que
viu, na abertura central do gabinete, um busto atrás da médium
e uma mão descer e tocar no ombro desta.
7
Nesse momento, a informante viu distintamente a médium e a
aparição, cuja cabeça se mostrou fora do gabinete.
8
Durante todo esse tempo, o olhar da Srta. Hjelt estava a seis
polegadas de distância das pernas da médium.
9
A Srta. Vera Hjelt é fundadora e diretora de uma grande casa
de educação para escultura em madeira, em Helsingfors, e é
autora de diversas obras sobre profissões e artes.
Nessa sessão memorável estavam presentes as seguintes
pessoas, as quais ocupam elevada posição na sociedade e são
muito conceituadas: capitão Toppelius; engenheiro Max Sei-
ling; J. Boldt, jurista e homem de letras; Lönnbom; Hjelt; ge-
neral Galindo; general Toppelius; Sra. Toppelius; Maria Top-
pelius; Sra. Seiling; Sra. Tavaststjerna; Dr. Schoultz; Raphael
Hertzberg, doutor em filosofia e presidente da Sociedade dos
Homens de Letras, em Helsingfors; Charles Toppelius; general
Sederholm.
De quase todas essas pessoas, o professor Alexander Aksa-
kof teve testemunhos por escrito, cada um relatando, pouco
mais ou menos, à exceção de dois ou três que não estavam em
condições de bem perceber o fenômeno, o que já foi dito pela
Srta. Vera Hjelt; deixamos de transcrever seus depoimentos
nestas páginas porque julgamos isso desnecessário.
O que queremos é apenas registrar o fato da desmaterializa-
ção, do qual a obra de Alexander Aksakof dá todos os deta-
lhes. Para deles se certificar, deu-se ao trabalho de ir especial-
mente a Helsingfors, onde fez um inquérito pessoal e onde, a
seu pedido, se realizou, no mesmo lugar e com os mesmos
preparativos, um simulacro da dita sessão, fazendo a Srta.
Hjelt o papel de médium com vestuário idêntico ao da Sra.
d’Espérance, inquérito de que se dá notícia mais adiante. (N.
T.)
10
Iolanda é o nome dado à forma materializada que, então,
aparecia habitualmente.
11
Nome de uma das formas materializadas que apareciam numa
série de sessões dadas pela Sra. d’Espérance, em Gotemburgo,
na casa do Sr. Hedlund, em 1889.
12
Isso se passou numa das minhas sessões. Preparei parafina
derretida em água quente, a fim de obter um molde da mão de
Iolanda.
13
Isto se refere ao incidente seguinte: Numa sessão, quando tudo
estava pronto, a Sra. d’Espérance no gabinete, as cortinas fe-
chadas, cada um no seu lugar, a meia-luz regulada, mas não
estando ainda a porta fechada a chave, aproveitei-me disso pa-
ra sair um momento da câmara, sem fazer o menor ruído. Logo
que voltei, disseram-me que a Sra. d’Espérance havia excla-
mado: “Não se pode ainda começar porque o Sr. Aksakof está
ausente.” Devo acrescentar a declaração de que a médium es-
tava sentada no gabinete com as costas voltadas para mim, por
causa da posição da sua cadeira; só a cortina nos separava, mas
a minha cadeira achava-se colocada ao lado esquerdo do gabi-
nete, um pouco atrás da cadeira da médium, e de modo tal que
não me podia ver, mesmo se, por acaso, houvesse uma fenda
na cortina.
14
Sessão de 28 de junho de 1890, durante a qual uma planta foi
materializada por Iolanda.
15
Uma menina que se materializava nas sessões da Sra.
d’Espérance.
16
Recentemente, a Sra. d’Espérance contou-me que, após as
experiências em Cristiânia (1893), ficou surpreendida por não
se sentir mal; os assistentes se haviam abstido de álcool e fu-
mo.
17
Espírito-guia que se manifestava mediante a escrita.
18
Outro Espírito de menina que se materializava nas sessões da
Sra. d’Espérance.
19
Sabe-se hoje que nem sempre isso acontece. Conhecem-se
casos em que a entidade materializada não apresenta a menor
semelhança com o médium. Há ocasiões em que o ectoplasma
é retirado de dois médiuns, sem que a forma se pareça com
qualquer um deles. Às vezes, é necessário entender “desdo-
bramento do corpo do médium”, como “saída do ectoplasma
do médium”, com elementos íntimos seus; daí sentir ele as
sensações experimentadas pela materialização. Nem isso, con-
tudo, é rígido. Existem casos em que – como tivemos ocasião
de observar – um mesmo corpo materializado, com idênticas
características físicas, serve à manifestação de dois Espíritos
diferentes. Haveria, aí, materialização e incorporação, caso em
que poderia dar-se o fato aludido por Aksakof. Como se vê, a
mecânica das materializações continua a ser uma incógnita.
Aconselhamos a leitura meticulosa da obra de Alfred Erny,
intitulada O Psiquismo Experimental, editado em português
pela editora FEB. (Nota da editora, 1975).
20
Pode-se, entretanto, consultar, para casos análogos produzidos
com os médiuns Jean e Emile Schraps e a Sra. Demmler, a re-
vista Psychische Studien (junho de 1889, pág. 258; outubro de
1892, pág. 433; setembro de 1892, pág. 436).
21
Vide nota da editora, nº 19.
22
The Spiritualist, 1877, II, pág. 287.
23
O mesmo me sucedeu com um lápis que me foi retirado com
força, do lado das costas de Eusápia, durante as experiências
em Milão.
24
Vede as obras Les Etats profonds de l’hypnose, por A. de
Rochas;(*) La force vitale, pelo Dr. Baraduc; Extériorization
animique complète du corps vital psychique, pelo mesmo
autor.
( )
* Vede, ainda, Exteriorização da Sensibilidade, por A. de
Rochas, publicada em português pela editora Edicel. (Nota do
revisor).
25
Veja-se, na obra O Ser Subconsciente, de Gustave Geley, o
capítulo dedicado à faculdade organizadora e desorganizadora
sobre a matéria. (N. E., 1975).
26
Os antigos conheciam essa espécie de transformação. Jâmblico
diz, no seu livro De Mysteriis Egiptorum (cap. V); “Corpus
eorum vel concrescere videtur in altum, vel in amplum, vel per
aerem fenni videtur”.
27
Vide nota da editora, nº 19.
28
Vide nota da editora, nº 25.
29
Conhecem-se, atualmente, casos idênticos, em grande número
(N.E., 1975).
30
Sono sonambúlico profundo.
31
Foi um dos primeiros médiuns americanos.
32
Victorien Sardou, o grande dramaturgo, membro da Academia
Francesa e autor de excelentes peças, entre as quais Tosca e
Georgette; é espírita desde o tempo de Allan Kardec. Publicou,
no 1º volume da Revue Spirite, de Paris, desenhos e descrições
curiosas das habitações em Júpiter; publicou, no Gaulois de 4
de dezembro de 1888, a sua declaração de espírita, que foi in-
serida na obra Roma e o Evangelho,* de Pellicer. Em 1900, foi
um dos presidentes de honra do Congresso Espírita Internacio-
nal, realizado em Paris.
* J. A. Y. Pellicer - Roma e o Evangelho, traduzida em portu-
guês e publicada pela editora FEB. (N. T.)
33
As experiências que Sir William Crookes fez com esse mé-
dium foram, pela primeira vez, em janeiro de 1874, publicadas
no Quarterly Journal of Science, de Londres, e mais tarde
compiladas em um livro, Researches in the Phenomena of Spi-
ritualism, hoje traduzido em várias línguas, tomando, em por-
tuguês, o título Fatos Espíritas. O Sr. Albert de Rochas, na
obra A Levitação, fala do importante fenômeno da ascensão
dos corpos humanos, produzido com o auxílio desse médium e
presenciado também por W. Crookes. (N. T.)
34
William Crookes, célebre químico e físico inglês, nasceu em
1832 e foi nomeado, no primeiro escrutínio, em 1863, membro
da Real Sociedade de Londres. Aos 20 anos escreveu trabalhos
de grande mérito sobre a luz polarizada; pouco tempo depois
descreveu detalhadamente o espectroscópio, publicando seus
estudos sobre os espectros solar e terrestre. Publicou outros
sobre as propriedades ópticas das opalas e deu a conhecer um
microscópio espectral; ocupou-se da intensidade da luz e a Fí-
sica lhe é devedora de um fotômetro de polarização. Astrôno-
mo do Observatório de Radcliffe, em Oxford, seus trabalhos
sobre meteorologia são notáveis e não o são menos os de foto-
grafia celeste. Em 1855, quando apenas contava 23 anos, efe-
tuou trabalhos fotográficos sobre a Lua, então reputados os
melhores, honrando-lhe a Real Sociedade de Londres com um
prêmio em dinheiro, como estímulo para prosseguir seus estu-
dos. Mais tarde, foi nomeado para ir a Oran e Ceilão, em co-
missão, a fim de efetuar ali observações astronômicas. Em
1879 expôs, no Bakerian Lecture, seu trabalho sobre a Ilumi-
nação de linhas de pressão molecular e trajetória das molécu-
las, dando-nos a conhecer, de algum modo, um estado da ma-
téria de tenuidade excessiva e do qual apenas se podia formar
uma idéia.
Escreveu, além disso, sobre medicina, higiene e o curativo
da peste bovina, popularizando o uso do ácido fênico. Publicou
um tratado de análise química que é, hoje, clássico; descobriu
um processo de amalgamação com o sódio, o único atualmente
empregado na Austrália, América do Sul e Califórnia. Desco-
briu o tálio, novo corpo simples, tendo gasto oito anos na in-
vestigação do seu peso atômico. Seus estudos sobre o quarto
estado da matéria, ou estado radiante, e o radiômetro bastariam
para dar-lhe a reputação de sábio, que com tanta justiça lhe
pertence. (N. T.)
35
O Sr. Crookes faz aqui alusão ao fato de o Sr. Volckman ter
numa das sessões agarrado o Espírito, supondo que ele fosse a
médium.
36
Delanne é autor de importantes obras espíritas, dentre as quais
cinco foram traduzidas para o português: “O Espiritismo pe-
rante a Ciência”, “O Fenômeno Espírita”, “A Evolução Aní-
mica”, “A Alma é Imortal” e “A Reencarnação”. (N. T.)
37
Além de outras declarações nesse sentido, publicadas no jornal
L’Italia del Popolo, o Sr. Lombroso dirigiu de Turim, em 26
de fevereiro de 1897, a seguinte carta ao compilador (Oscar
d’Argonnel) de um livro publicado no Rio de Janeiro sob o tí-
tulo Fatos Espíritas: “Respondo a V.Sa. o que tenho respondi-
do a muitos outros: que, sem dúvida, os fenômenos espíritas
são verdadeiros e que é impossível dar-lhes uma interpretação.
A ciência fisiológica é absolutamente impotente para isso; mas
a ciência humana tem limites bastante exíguos. Quem não riria
há poucos anos dos fenômenos que hoje todos verificam: Os
raios Roentgen? Seu devotado – C. Lombroso.” Não obstante
isso, um entusiasta pelas primitivas explicações do Sr. Lom-
broso sobre o Espiritismo faz delas prefácio para um livrinho
publicado em Lisboa, pela Livraria Perrin, sob o título Fan-
tasmas, e diz que a teoria de Allan Kardec fica desse modo
destruída! Se o autor desse livrinho tivesse pedido permissão
ao Sr. Lombroso para aproveitar-se dessas explicações, certa-
mente não a teria obtido mais em 1900, data em que foi publi-
cado o tal livrinho. (N. T.)
38
Nem sempre assim sucede; porém, mesmo que seja semelhante
ao corpo do médium, nada prova que o fantasma não seja um
Espírito independente do médium, pois, com os fluidos tirados
do corpo deste, ele não consegue às vezes formar um corpo
totalmente diferente. (N. T.)
39
Para provar que o fantasma não é um simples desdobramento
do médium, basta dizer que, segundo o trabalho do Sr. Aksa-
kof, a médium Sra. d’Espérance tem sempre consciência de si
própria e pode, mesmo, descrever as suas sensações, o que cer-
tamente não sucederia se a inteligência do médium e a do Es-
pírito fossem uma só. Como elemento de instrução sobre o as-
sunto, deve-se também ter a obra da Sra. d’Espérance – The
Shadow Land (traduzida para o português sob o título No País
das Sombras). (N. T.)