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O texto começa com SÊNECA:

A razão quer decidir o que é justo, a cólera quer que se ache justo o que ela se decidiu.

No meio de uma concepção de castigo, Sêneca defendia um fim pedagógico da pena. 2000
anos depois, o clamor por castigo continua. Queremos punir cada vez mais e de modo cada vez
mais intenso. Não precisa ir longe. Guarujá, moça linchada e humilhada por 2 horas enquanto
a polícia demorou pra voltar. Problema nem é linchar a pessoa, é linchar alguém inocente.

Prestamos atenção á punição e deixamos a ressocialização de lado. Enquanto a as leis


procuram acolher ideais mais elevados, a prática gera um contraste: várias garantias e direitos
que a lei proclama são ignorados. Os ideais não são cumpridos. Falta vontade, falta recurso,
falta vigilância, falta interesse, falta tempo.

Nos Estados Modernos a privação da liberdade se consolida como sanção penal por excelência.
A alma toma o lugar do corpo como objeto de expiação, conforme Michel Foucault. Mais
modernamente “mal necessário”. Lugar de bandido é na “Cadeia”. Muitas vezes a gente nem
pensa no Objetivo da cadeia. Na Necessidade da cadeia. O que é meio drástico, porque é um
lugar que todo mundo sabe, em praticamente qualquer lugar no mundo, são os lugares mais
próximos do inferno de Dante na terra. No código penal, 3 regimes: fechado, semiaberto e
aberto. As 3 se aplicam à reclusão. Na detenção não tem fechado. De acordo com art. 59, o
juiz define o quantum da pena e o regime inicial. Em caso de reincidência, não pode ter o
aberto.

As normas acerca da execução penal constituem uma mera “carta de intenções”.

As autoridades, em geral, não são tão engajadas. Não raras vezes possuem o mesmo discurso
expresso pelo juiz Luiz Ambra, do Tribunal de Alçada Criminal de SP, por exemplo: tem o
direito de ir para o semi-aberto mas não tem vaga? Criminoso que se dane. Teoria do risco
profissional. Quando o cara adota o crime como profissão, se sujeita a riscos inerentes à
profissão de criminoso, que são: não ser bem sucedido em algum dos crimes, levar tiro e
morrer, ser preso, não receber um tratamento à altura na cadeia, passar por promiscuidade
com outros detentos, ser abusado pelos outros presos, estuprado.

Muitos estão condenados a regimes mais severos do que os previstos em lei. De cada 10
presos por roubo, 7 deveriam cumprir penas próximas ao mínimo e são réus primários
(SP/2004). Apesar de cumprir as exigências, quase 25 mil cumprem pena de roubo em regime
fechado e só 4 mil e 500 estavam em regime semi-aberto, apesar de roubo não ser hediondo e
não exigir condenação direta em regime fechado.
Balanço do Ministério da Justiça (2003): penas alternativas, recomendadas para crimes de
pequena e média gravidade, são aplicadas a apenas 8,7% dos infratores. Em alguns Estados é
menos. SP por exemplo, o número cai para 1,3%. Não tem estudos mostrando quantos presos
poderiam estar fora do cárcere. Estima-se uns 10%.
12 elementos fundamentais do método: participação da comunidade, recuperando ajudando
recuperando, trabalho, religião, assistência jurídica, à saúde, valorização humana, família,
voluntariado, reintegração social, mérito, libertação com cristo.

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