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MARABÁ - PA
2018
JULLIANA MAISY PINTO DA SILVA
MARABÁ – PA
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3
2 SOTERRAMENTO ...................................................................................................4
3 RUÍDO .....................................................................................................................18
4 CONCLUSÃO .........................................................................................................31
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2 SOTERRAMENTO
Figura 01: Desabamento de terra devido rompimento de uma barragem de rejeito em Itabira MG.
Fonte: REZENDE, 2014.
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Figura 02: Grandes acidentes na mineração brasileira.
Fonte: SOUZA, 2012.
O que se pode notar com essa figura acima é que as maiores catástrofes que já
ocorreram na mineração brasileira foram devido ao desabamento de estruturas.
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Em minas subterrâneas as principais causas de soterramento são provenientes
de desabamento de tetos de galerias, sendo esses desabamentos causados tanto por
fenômenos naturais, abalos sísmicos ou tremores, como por falhas de engenharia na
hora de dimensionar os suportes de galerias.
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Os efeitos do desabamento no ambiente subterrâneo, reflete-se em:
a) Ferimentos leves;
b) Ferimentos que inabilitam o trabalhador;
c) Ferimentos mortais ou fatais.
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deslizamento de talude começou a evidenciar-se à medida que os trabalhadores
observaram um movimento de aproximadamente 1 milímetro por dia, rotineiramente.
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• Perda de resistência do solo por encharcamento;
• Aumento do peso específico do solo e, portanto, da componente da força
que atua na direção do escorregamento;
• Diminuição da resistência efetiva do solo pelo desenvolvimento de
pressões neutras;
• Introdução de uma força de percolação, no sentido do escorregamento.
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inclusive o soterramento de algum equipamento ou trabalhador que esteja nas
proximidades do equipamento.
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Ainda, o despacho do minério quando ocorrer por silos de carregamento
também pode causar acidentes de soterramento.
Por fim, o desmonte de rocha por explosivos pode ocasionar, quando feito de
forma irregular e irresponsável, o soterramento de equipamentos e pessoas, causando
um enorme prejuízo para a empresa e danos irreversíveis aos trabalhadores.
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ângulo de atrito. Variações paramétricas em função de alterações do nível da água e as
condições geoclimáticas devem ser consideradas.
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Figura 15: Contenção com sacos de areia ou concreto ensacado.
Fonte: Naresi.
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As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) de
profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a
saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência.
O material retirado das escavações deve ser depositado a uma distância mínima
que assegure a segurança dos taludes.
A estabilidade dos taludes deve ser garantida por meio das seguintes medidas
de segurança:
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• Devem ser evitados trabalhos nos pés de taludes sem uma avaliação
prévia pelo responsável técnico, pelos riscos de instabilidade que possam apresentar. A
existência de riscos impede a execução dos trabalhos, até que estes sejam eliminados.
• Deve-se evitar a execução de trabalho manual ou a permanência de
observadores dentro do raio de ação das máquinas em atividade de movimentação de
terra.
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O tráfego próximo às escavações e operações deve ser desviado e, na sua
impossibilidade, a velocidade dos veículos deve ser reduzida. Devem ser construídas,
no mínimo, duas vias de acesso, uma para pedestres e outra para máquinas, veículos e
equipamentos pesados.
Figura 20: Algumas das sinalizações utilizadas para sinalizar perigos em escavações.
Fonte: NASCIMENTO.
No que diz respeito a legislação sobre soterramento, encontra-se que esta não
ocorre de maneira direta a este risco, e sim em relação a riscos potencializadores do
mesmo. Como por exemplo a Norma Regulamentadora da Mineração 04, que diz os
pilares de segurança devem ser dimensionados de acordo com os recursos da Mecânica
das Rochas levando-se em conta as características do maciço rochoso, o campo natural e
induzido de tensões nas rochas, as demais condições da mina atendendo diversos fatores
e dentre eles as probabilidades de ocorrência de fenômenos dinâmicos, tais como,
terremotos, desabamento súbitos ou outros fenômenos sísmicos na proximidade do
pilar. Legisla também a Norma Regulamentadora das Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção Civil (NR-18), que segundo Martins (2012)
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estabelece medidas preventivas para quando se está realizando alguma escavação. A
figura 21 pode exemplificar a NR-18 de maneira mais clara.
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Há ainda a NR-33, que dispõe sobre Segurança e Saúde nos Trabalhos em
Espaços Confinados. No item 33.3 da norma, é tratada a Gestão de segurança e saúde
nos trabalhos em espaços confinados, onde no subitem 33.3.2 são estabelecidas medidas
técnicas de prevenção, tais como as apresentadas no tópico 33.3.2.5: medidas para
eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio,
choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos,
impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde
dos trabalhadores.
3 RUÍDO
Sendo que na realidade, não é o que ocorre durante este processo. Os meios
elásticos podem apresentar diversas frequências e amplitudes de forma concomitante.
Quando esta situação ocorre, e diversos movimentos oscilatórios apresentam
combinação produzindo assim, um movimento resultante, no qual a oscilação não se dê
de forma harmônica, tem-se o que é chamado de ruído (CALIXTO, 2007).
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Em função das suas características, o ruído pode ser classificado segundo a
NR-15, como ruído contínuo, intermitente e ruído de impacto, também conhecido como
impulsivo. O primeiro apresenta uma emissão de energia acústica com duração superior
a 1 segundo e sem intervalos em sua emissão, e pode ser causado por máquinas que
operam em regime contínuo. Já o ruído intermitente, apresenta interrupções em sua
emissão. Pode-se ainda considerar ruídos contínuos ou intermitentes os ruídos que não
são de impacto (OFFSHORE BRASIL, 2009).
Para o ruído de impacto, o Isegnet diz que ele se caracteriza por ser de uma
intensidade muito alta com duração muito pequena menor que um segundo, em
intervalos maiores que um segundo, como exemplo podemos citar um disparo de uma
arma, uma martelada em uma superfície metálica, e a operação de um bate estaca.
Sabendo, então, a definição de ruído e seus tipos, entende-se que nas atividades
mineradoras ele pode provir de diversas áreas. A utilização de equipamentos como
caminhões, perfuratrizes, pás carregadeiras, moinhos, britadores, escavadeiras, dentre
outros, são fontes geradoras. E ainda as atividades como desmonte de rochas com
explosivos. A figura 22 representa de maneira mais didática os tipos de ruídos e como
podemos associá-los às atividades na mineração.
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Quadro 01: Intervalos dos níveis de ruído típicos nas diversas atividades realizadas nas unidades
extrativas.
Ainda segundo Assis (2016), a exposição ao ruído pode atingir pessoas fora do
ambiente de trabalho gerador do problema, como moradores em áreas de tráfego
intenso, e no caso da mineração, as vizinhanças da área de exploração da mina. No
entanto, a maioria dos casos responsáveis por danos ao aparelho auditivo são condições
e ou o ambiente de trabalho ao qual o indivíduo está submetido.
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isolamento e autoimagem pobre, as quais comprometem as relações do indivíduo na
família, no trabalho e na sociedade, prejudicando o desempenho de suas atividades de
vida diária (ARAÚJO, 2012).
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obstáculos, tais como barreiras e edifícios, absorção do solo, velocidade do vento,
edificações, dentre outros. Portanto, para prognosticar os impactos sonoros advindos da
operação do empreendimento é importante analisar que: as residências apresentam
distâncias variáveis em relação das fontes de geração; a mineração será desenvolvida
por fases, assim os impactos sonoros serão sentidos de modo diferenciado ao longo do
tempo de evolução da lavra; e a principal fonte de emissões sonoras será a detonação
para o desmonte da rocha. Estas ocorrerão em horários determinados e com avisos
sonoros preliminares para preparar a população de entorno do acontecimento.
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Figura 24: Mineração na cidade de Paracatu/MG.
Fonte: FURTADO, 2008.
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Figura 25: Beneficiamento de minério.
Fonte: SILVA, 2007.
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído nos locais de trabalho,
podem ser adotadas cinco medidas:
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Figura 27: Dosímetro digital portátil.
Fonte: Revista CIPA (Ed. 412, 2014, p. 30).
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Tabela 01: Medidas de controle propostas para a melhoria das condições de saúde e segurança dos
trabalhadores.
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normas expedidas pelo Conselho Nacional do Trânsito (Contram) e pelo Ministério do
Trabalho respectivamente, com destaque para as normas regulamentadoras NR 15 e NR
17, Resolução CONAMA Nº 252 de 01 de fevereiro de 1999 e, Resoluções CONAMA
Nº 01/93, 02/93 e 08/93.
• NBR 10.151 (ABNT, 2000): Esta Norma fixa as condições exigíveis para
avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de
reclamações. O método de avaliação dessa norma envolve as medições do nível de
pressão sonora equivalente (LAeq), em decibels ponderados em "A", comumente
chamado dB(A). Tendo como base a comparação entre o nível de pressão sonora
corrigido Lc e o nível de critério de avaliação NCA, estabelecido conforme a tabela 02 a
seguir:
Tabela 02: Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dB(A).
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Tabela 03: Valores dB(A) e NC.
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Tabela 04: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente.
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conforto como sendo 65 dB(A) e uma curva de avaliação de ruído (NC) não superior a
60 dB.
De uma forma geral, essas são as principais normas relacionadas à poluição
sonora. Existem outras normas específicas relacionadas a determinadas atividades de
trabalho ou equipamentos industriais que devem ser consultadas e que complementam
as recomendações apresentadas.
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4 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HARGER, M. R. H. C.; BARBOSA-BRANCO; A. Efeitos auditivos decorrentes da
exposição ocupacional ao ruído em trabalhadores de marmorarias no distrito
federal. Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), Brasília,
2004.
REM: R. Esc. Minas, Ouro Preto, 62(4): 503-509, out. dez. 2009.
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SILVA, C. H.; LASCHEFSKI, K. Conflitos ambientais no entorno do Parque Estadual
da Serra do Brigadeiro (PESB): Agricultura Familiar e mineração de bauxita no
Município de Miradouro. Por Extenso: Boletim de Pesquisa do Programa de Pós-
Graduação em Extensão Rural, v.4, p.20, 2012.
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