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1) OBJETIVO GERAL
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), em seu quarto
ano de oferta, mantém seu objetivo geral, qual seja, assegurar a plena alfabetização de
todas as crianças, no máximo até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino
fundamental e, tendo em vista alcançar tal diretriz, oferecer programas de formação
continuada aos alfabetizadores.
Como instituição formadora, envolvida na rede de participantes responsáveis
pela formação continuada de professores que atuam nos anos iniciais e, conforme a
logística do PNAIC, multiplicadora de saberes e de práticas gestoras desses saberes,
nós da UFSCar, UNESP e UNICAMP temos como princípio norteador de nossas
ações teórico-práticas a reflexão sobre os processos que envolvem a aprendizagem da
leitura e da escrita assim como dos fundamentos da matemática.
Considerando que nesta edição, PNAIC em Ação 2016, no âmbito das ações
voltadas à alfabetização e ao letramento, objetiva-se responder aos resultados das
avaliações indicativas de desempenho dos alunos, focalizaremos nossas ações para a
consolidação das competências e das habilidades de Leitura, Escrita e Matemática que
devem ser alcançadas no Ciclo de Alfabetização. Para isso, desenvolveremos a
reflexão sistemática sobre o papel da gestão do conhecimento de modo geral, e da
gestão das ações escolares de modo específico, envolvendo a ação de vários atores e
instâncias.
2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Os conteúdos de Linguagem e Matemática foram determinados com base na
análise dos resultados da ANA, e outras avaliações, e que permitam à criança
apreender e consolidar os direitos de aprendizagem previstos para os três primeiros
anos do ensino fundamental.
Dia 26/10/16
2.1 GESTÃO
Parte da manhã:
a) A gestão como atividade meio necessária ao cumprimento das metas
estabelecidas no PNAIC;
b) Os processos de administração escolar dos processos de gestão;
c) A gestão democrática da educação e a gestão democrática da escola pública
como exercício de autonomia: origens e contextualização;
d) A direção da escola e a gestão democrática: a relação com os professores,
conselhos escolares e demais setores da estrutura do sistema de ensino
nacional,
e) As práticas na gestão do trabalho pedagógico e o Projeto Político-Pedagógico;
f) O PPP em ação: a sala de aula e a vivência da gestão pedagógica democrática
Parte da tarde:
a) A função dos distintos tipos de avaliação (de ensino e aprendizagem, de
sistema, institucional) no processo de gestão democrática.
b) O impacto da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), bem como da
Provinha Brasil nas práticas de gestão.
c) Redimensionamento da função de gestão frente ás ações de priorização dos
resultados das avaliações externas.
Dia 27/10/16
2.1 ALFABETIZAÇÃO / LINGUAGEM
Parte da manhã
2.1.1 Escrita
a) Sistema da Escrita: correspondências fonográficas
- ortografia, - desvios (tipos de erro: segmentação)
- atividade prática (análise dos desvios de escrita de um texto produzido por um
aluno)
b) Dimensões da escrita
c) Produção de textos escritos na escola: a linguagem em funcionamento:
- operações da produção textual em função de uma situação de comunicação:
contextualização; elaboração e tratamento do conteúdo temático; planificação:
organização do texto em partes; textualização (organizadores textuais; progressão
textual: coesão referencial e sequencial) e ajuste necessário na releitura-revisão.
(Material do Pacto 2016, Caderno 5, p. 46-57)
d) análise de texto produzido por aluno de 2º e 3º ano do Ensino Fundamental
Parte da Tarde
2.1.2 Leitura
a) Capacidades de leitura (desde a decodificação ao pensamento cognitivo e
metacognitivo): estratégias de leitura, processamento, compreensão, efeitos de sentido
e representação global do texto
b) Dimensões do texto: Contexto, Texto, Infratexto, Intertexto. (Material: Pro-
letramento)
c) Processamento textual e os sistemas de conhecimentos
d) O processo inferencial: conceito de inferência e geração de inferências
e) Elementos da narrativa: enredo, personagens, tempo, espaço, ambiente, narrador
2.1.3 MATEMÁTICA
Parte da manhã
1. Organização do trabalho de formação dos OE. Trabalho com o moodle.
2. Caracterização do ensino da Matemática no ciclo de alfabetização:
dificuldades e prática docente;
3. Atitudes positivas em relação à Matemática (material PNAIC 2016)
4. A Provinha Brasil de Matemática: Matriz de referência, discussão dos
resultados da escola, como trabalhar as habilidades e competências em sala de
aula, como elaborar tarefas matemáticas contemplando habilidades e
competências;
5. A Avaliação Nacional da Alfabetização - ANA: Matriz de referência,
discussão dos resultados da escola, como trabalhar as habilidades e
competências em sala de aula, como elaborar tarefas matemáticas
contemplando habilidades e competências.
Parte da tarde
3. METODOLOGIA
Visando a uma formação continuada “com” o professor alfabetizador e não
“para” o professor, buscaremos desenvolver um trabalho compartilhado entre
Universidade (Formadores), Orientadores de Estudos (OE’s) e Professores
Alfabetizadores.
As 100 horas de formação serão distribuídas em: 40 presenciais, 20 a distância
e 40 horas de formação em serviço.
Essa distribuição viabilizará a interação sistemática e frequente entre todos,
uma vez que a formação com os Orientadores de Estudos, a distância (20h) e
presencial (40h), será conduzida com a perspectiva de diálogo direto com os
Professores Alfabetizadores e com agentes escolares envolvidos com o projeto de
alfabetização na idade certa das crianças até os 8 anos de idade. As 40 horas de
formação em serviço dos OE’s serão de acompanhamento das ações que os
Professores Alfabetizadores promoverão nas turmas em que lecionam.
De acordo com o cronograma que será apresentado no tópico seguinte, a
formação será iniciada com atividades totalmente a distância, permeada de momentos
de encontros presenciais (dois de formação e um de seminário final) e será concluída
com atividades totalmente a distância.
As atividades a distância serão realizadas no ambiente virtual de
aprendizagem (AVA) Moodle.
Tanto as horas destinadas à formação presencial como as a distância serão
desenvolvidas com a perspectiva de promover a socialização reflexiva de produtos
gerados ao longo do processo de formação iniciado em 2013 com o foco em
Linguagem, continuado em 2014 com a Educação Matemática e, ampliado, em 2015,
compreendendo o currículo em diferentes linguagens no ciclo de alfabetização.
As horas previstas para a formação em serviço serão reconhecidas como
momentos em que os Orientadores de Estudos acompanharão os Professores
Alfabetizadores e outros agentes escolares envolvidos com o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa, tais como: planejamento teórico e metodológico de
aulas, reflexão conjunta do ocorrido nas aulas, análise de protocolos de aula com
resultados de aprendizagens dos alunos do ciclo da alfabetização, discussão
crítica/reflexiva/teórica de resultados obtidos pelos alunos em avaliações internas da
escola e externas (ANA, PROVINHA BRASIL, SARESP e do Munícipio).
Busca-se, com essa proposta, a constituição de uma rede (compartilhada) de
conhecimentos, em que podem ser incluídos relatos (escritos ou em vídeo) de
experiências de professores alfabetizadores, narrativas (escritas ou em vídeo) de
práticas bem sucedidas, sugestão de materiais de apoio à alfabetização na perspectiva
do letramento etc.
Os encontros serão organizados visando-se contemplar três atividades:
• palestras com especialista em diferentes áreas do conhecimento, buscando-
se garantir a amplitude do diálogo em torno das questões relativas à formação nos
anos iniciais de escolarização e às dificuldades advindas da alfabetização incompleta
e do letramento insuficiente;
• exposições teóricas e debates conduzidos pelos formadores a partir dos
cadernos de formação produzidos do PNAIC, com possibilidades de retomadas das
reflexões realizadas nos anos anteriores e/ou a inserção de outros recursos teóricos
que se fizerem necessários;
• debates e atividades práticas elaboradas a partir do eixo teórico específico
do encontro de formação, associado ao contexto de formação dos municípios.
Para que a terceira atividade seja viabilizada, serão criados grupos de trabalho
em ambiente virtual de aprendizagem, para o acompanhamento das atividades
extraclasse. Dessa maneira, os formadores participarão, a distância, do trabalho de
formação nos municípios, e considerarão esse trabalho na organização dos encontros
com os OE’s e Coordenadores.
4. CRONOGRAMA
O cronograma prevê 100 horas de encontros de formação para os Orientadores
de Estudo e para os Gestores.
Essa carga horária total será distribuída da seguinte forma: 40 horas
presenciais, 40 horas em serviço e 20 horas a distância, conforme detalhamento a
seguir.
Os encontros presenciais serão realizados nos dias:
• 3 e 4 de novembro
• 10 e 11 de novembro
• 15 de dezembro: seminário final
Concomitantemente, realizaremos a formação a distância, no período de 26 de
outubro a 15 de dezembro de 2016.
Segue abaixo a proposta de configuração das atividades, organizada pela
sequência cronológica dos eventos.
MATERIAIS
O material de apoio e de referência serão os cadernos de formação do PNAIC
e os relatórios ANA.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos cursos será processual, com a apresentação de alguns
produtos, considerando-se a participação dos OE’s e dos Coordenadores como
gestores de conhecimentos, nas atividades de formação e, também, as demandas
relativas ao acompanhamento a distância, que contemplará a especificidade das
formações nos municípios.
O diferencial das avaliações, em função da temática da gestão de
conhecimentos, deverá ser a relação que se estabeleça entre os produtos elaborados e
o Projeto Político-Pedagógico. Assim, todos os envolvidos deverão refletir sobre o
PPP e apresentar seus planos de intervenção, vivências e experiências procurando
relacionar essa ferramenta de gestão democrática e transparência das práticas
curriculares da escola.
Como itens para uma avaliação do PNAIC são sugeridos:
a) análise dos resultados obtidos nos anos anteriores da ANA;
b) identificação dos pontos recorrentes nos resultados, sejam como êxito
(maior percentual de acertos), seja como erros (maior percentual de equívocos);
c) contextualizar os resultados obtidos procurando realizar uma análise
microssociológica (da escola), mesossociológica (do município) e algo
macrossociológico (do país);
d) identificar ações comuns implementadas e relatadas ao longo dos encontros
com o formadores, OE's e professores alfabetizadores.