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Maior desastre da mineração

mundial? Barragens de
mineradora se rompem e
causa destruição em MG
Por Celulose Onlinenovembro 6, 2015
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Maior desastre da mineração mundial? Barragens de mineradora se rompem e
causa destruição em MG

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06/11/2015 – O acidente ocorreu na


tarde de ontem (5) e provocou destruição no distrito de Bento Rodrigues,
localizado entre Mariana e Ouro Preto, no interior de Minas Gerais. A lama se
espalhou, arrastando carros e casas, e inundou o vilarejo – somente a parte alta
escapou.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Mariana (MG), a lama
avançou sobre uma comunidade com cerca de 560 habitantes e 170 casas.
Barragem
O rejeito consiste nas sobras do processo de mineração e beneficiamento do
minério. Dada às pequenas concentrações de minério na rocha bruta, a
exploração de uma jazida tende a gerar uma grande quantidade de rejeito, e
sua disposição costuma onerar bastante o projeto. A natureza do rejeito pode
variar bastante conforme o minério e o tipo de lavra, mas é bastante comum
tratar-se de grandes depósitos de lama.
Barragens de rejeito, como a que rompeu em Minas Gerais, são construídas
justamente para a contenção e sedimentação desta lama. Por causa da
plasticidade e contínua descarga da lama, essas estruturas de contenção
exigem constante monitoramento. Como encarecem consideravelmente a
operação da lavra, as barragens de rejeito nem sempre merecem a atenção e o
investimento necessários da mineradora, em particular das pequenas e médias.

Em nota, a empresa informou que


“não é possível, neste momento, confirmar as causas e extensão do ocorrido,
bem como a existência de vítimas”. Diz o texto: “Por questão de segurança, a
Samarco reitera a importância de que não haja deslocamentos de pessoas para
o local do ocorrido, exceto as equipes envolvidas no atendimento de
emergência”.
Prefeitura de Mariana (MG) confirma segunda morte
A Prefeitura de Mariana, em Minas Gerais, confirmou no início da manhã desta
sexta-feira (6) a segunda morte causada pelo rompimento de duas barragens
da mineradora.
“As duas pessoas saíram com vida do local e foram internadas, uma no
município de Santa Bárbara e outra aqui mesmo em Mariana, mas não
resistiram. Várias outras pessoas foram internadas, mas ainda não temos como
levantar esse número exato”, explicou o chefe do departamento de
comunicação da Prefeitura de Mariana, Douglas Couto.

Segundo o Corpo de Bombeiros, um


dos mortos é o funcionário da mineradora Claudio Fiuza, de 41 anos, que teve
um mau súbito na hora do incidente. O Corpo de Bombeiros busca outras
vítimas soterradas no local, ainda há muitos desaparecidos.
Cerca de 500 pessoas que ficaram ilhadas após o rompimento Elas passaram
por um processo de “descontaminação por ferro” com uso de água e sabão e
foram encaminhadas para hospitais.
“Infelizmente ainda não temos ideia do real tamanho dessa tragédia”, avaliou o
prefeito de Mariana, Duarte Júnior. “O local mais atingido é Bento Rodrigues,
mas já sabemos que locais a 70 km de distância daqui também foram atingidos
pela lama.” O prefeito também decretou estado de emergência na cidade.
Nota da Empresa
A Samarco informa que houve um rompimento de sua barragem de rejeitos,
denominada Fundão, localizada na unidade de Germano, nos municípios de
Ouro Preto e Mariana (MG). A organização está mobilizando todos os esforços
para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio
ambiente. As autoridades foram devidamente informadas e as equipes
responsáveis já estão no local prestando assistência. Não é possível, neste
momento, confirmar as causas e extensão do ocorrido, bem como a existência
de vítimas. Por questão de segurança, a Samarco reitera a importância de que
não haja deslocamentos de pessoas para o local do ocorrido, exceto as equipes
envolvidas no atendimento de emergência.

O diretor-presidente da Samarco, Ricardo


Vescovi, em comunicado divulgado no perfil da empresa no Facebook por volta
das 23h desta quinta, afirmou que o rompimento ocorreu em duas barragens –
e não em uma, como informava nota divulgada pela mineradora no fim da
tarde. Segundo Vescovi, romperam-se as barragens de Fundão e Santarém, na
unidade industrial de Germano, localizada entre os municípios de Mariana e
Ouro Preto – a cerca de 100 km de Belo Horizonte.
O diretor-presidente da empresa diz que o rompimento foi identificado na tarde
desta quinta e, imediatamente, foi acionado o plano de ação emergencial de
barragens para priorizar o atendimento das pessoas que trabalham no local ou
que vivem próximo às barragens.
Ministério Público
Representantes do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério
Público Estadual de Minas Gerais estão em Bento Rodrigues e será instaurado
um inquérito civil para apurar as causas do rompimento da barragem, afirmou o
promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
Segundo o promotor, a partir desta sexta-feira, o MP pretende levantar e
identificar as causas do acidente e propor uma ação contra os responsáveis. Ele
afirmou que nenhuma barragem se rompe por acaso, mas ressaltou que é
prematuro dizer qual é a causa.
Samarco é a 10ª maior exportadora do País
Fundada em 1977, a mineradora Samarco é atualmente uma controlada pelas
gigantes do setor Vale (50%) e a anglo-australiana BHP Billiton (50%).
Fabricante de pelotas – pequenas bolinhas de minério de ferro usadas na
produção de aço – a empresa é a 10ª maior exportadora do País. Com
operações em Minas Gerais e no Espírito Santo, a Samarco tem capacidade
para produzir 30,5 milhões de toneladas anuais de pelotas, que são destinadas
a clientes em mais de 20 países.
Na unidade de Germano, em Minas Gerais, onde ocorreu o rompimento da
barragem ontem (5), a Samarco opera três concentradores. Os equipamentos
são usados para beneficiar o minério de ferro extraído das minas da companhia
na região. O sistema de produção da empresa se completa com quatro usinas
de pelotização (que transformam o minério nas pelotas) instaladas em Ubu, no
município de Anchieta, no Espírito Santo.
As operações nos dois estados que são interligadas por três minerodutos com
400 quilômetros de extensão cada, além de um terminal marítimo próprio em
Ubu e dois escritórios internacionais, em Amsterdã (Holanda) e Hong Kong
(China) e um nacional, em Vitória (ES). Ao todo a Samarco estima gerar cerca
de 2,9 mil empregos diretos e 3,5 mil empregos indiretos.
Recentemente a Samarco concluiu um processo importante de expansão, com
investimentos de R$ 6,4 bilhões em sua quarta punidade de pelotização. Até o
ano passado, antes da expansão, a empresa tinha uma capacidade de produção
de 22 milhões de toneladas de pelotas. Apesar de não descartar novas
ampliações no médio prazo, por ter capacidade ociosa de transporte de
minério, a companhia ainda não anunciou nenhum novo projeto. Diante do
cenário de queda dos preços internacionais do minério de ferro, o foco tem sido
consolidar sua posição atual.
Apesar de ser a segunda maior empresa global no segmento de pelotas, a
Samarco também perdeu o grau de investimento da agência de classificação de
risco Standard & Poor’s, na esteira do rebaixamento da nota soberana do Brasil.
A mineradora, entretanto, manteve o selo de bom pagador concedido pela Fitch
e a Moody’s, outras duas maiores agências globais de análise de risco.
Ações da BHP, sócia na Samarco, caem 2,5% em Sydney após acidente
em MG
As ações da anglo-australiana BHP Billiton, a maior mineradora do mundo em
valor de mercado, fecharam em baixa de 2,5% na Bolsa de Sydney nesta sexta-
feira, após duas barragens de rejeitos da Samarco romperem na tarde de ontem
em Mariana, no Estado de Minas Gerais. A BHP tem participação de 50% na
Samarco, com o restante controlado pela Vale. Há relatos de que o acidente
teria causado a morte de ao menos 17 pessoas.
Durante o pregão no mercado australiano, os papéis da BHP chegaram a recuar
5,4%, em meio a temores de que o acidente mantenha a mina da Samarco na
região fechada por algum tempo, segundo analistas.
O executivo-chefe da BHP, Andrew Mackenzie, disse hoje que a empresa vai se
concentrar nos esforços de resgate no local do acidente quando o dia
amanhecer no Brasil. “Ainda não sabemos a extensão total da situação”,
afirmou Mackenzie, descrevendo o acidente como “circunstâncias trágicas,
muito trágicas”. Com informações da Dow Jones Newswires

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