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Aluno: Lucas Almir Sonda Formentin.

Porto-Gonçalves, C.; Quental, P. 2012. Colonialidade do poder e os desafios da integração


regional na América Latina. Revista Latinoamericana Polis 11(31): 295-332. Texto resenhado
referente à aula do dia 18/09/2017.

O texto se propõe a analisar o processo de constituição e formação do território do


continente Latino Americano. Aborda questões do período de colonização do continente, a
subjugação de povos originários, o papel geopolítico que desempenha o continente, questões
de poder e também traça brevemente o projeto IIRSA para integração da Infraestrutura
regional Sul- Americana.

Para quem se depara a tratar de temas como integração dos povos Latino-Americanos, os
motivos das inúmeras mazelas que padece o continente, os entraves à integração, é de
extrema importância resgatar elementos característicos da constituição e formação do
território em questão. Há um leitor desatento, seja por ignorância ou por que lhe convém,
pode pensar que com as proclamações de “independência” os países enfim ganharam
liberdade para decidir livremente os rumos do país. Seja pelo modelo econômico,
especialização tecnológica, inserção do mercado internacional, etc.. que muitas vezes as
decisões são ditadas por agencias internacionais com interesses obscuros, o continente,
infelizmente não se desvencilhou dos desmandos internacionais. E também é importante
definir até que ponto ainda é possível, (ainda mais em contexto de globalização), construir
estratégias conjuntas regionais que realmente possam promover um processo de integração
que preze pela melhoria do bem estar da população.

Muito se diz que devemos apoiar a integração regional, pois pode ser um fator decisivo para
diminuir a dependência estrutural do continente europeu e também do asiático. Para além de
uma primeira boa impressão com o tema, que evidentemente é uma das alternativas para
propiciar opções de modelos de desenvolvimento, devemos questionar quais setores essa
integração está beneficiando, pois o documento traz que é uma integração que visa aumentar
a competitividade econômica no cenário internacional, via ampliação de infraestrutura. Se
baseando que basicamente é produção de commodities e produtos com pouco valor agregado,
além da concentração em poucos conglomerados, essa dita integração pode gerar ainda mais
dependência de poucos atores. Além do que países, como o Brasil atualmente, não
conseguem, seja por incapacidade ou por opção, governar o próprio país, imaginar atuando
em prol do continente, com estratégias que promovam uma redefinição estrutural, é
demasiada utopia.

A “herança” que herdamos não é nada promissora. Para não cair em total desanimo, ainda
vejo que, pela total cegueira ideológica, que incapacidade de responder aos desafios da
realidade, com cada vez mais pessoas no limbo do mercado de trabalho, sem emprego,
desprovido de propriedade, sem esperanças de dias melhores, talvez cada dia que se passa as
pessoas comecem a se dar conta dos motivos da dura vida que estamos sendo submetidos a
viver. O pior não é constatar as dificuldades da vida, mas saber que são justamente feitas para
serem assim, por inúmeras questões.

Discutir o papel da América Latina, em um contexto geopolítico, traz inúmeros desafios. O


grau de maturidade e interesse para promover integração e mudar a correlação de forças
requer muito trabalho, muito tempo e amadurecimento das forças sociais que tem esse
objetivo.

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