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Como escreveu Brandi19, a “ruína será, pois, tudo aquilo que é testemunho da
história humana, mas com aspecto bastante diverso e quase irreconhecível em
relação àquele de que se revestia antes” (BRANDI. 2004, Pg.65). Apresentam-
se descaracterizadas pela perda ou decomposição de matéria, impedindo a
visualização completa de sua forma primitiva, inicial.
A poética destas ruínas urbanas está expressa por este limiar. Entre o ser e o
não ser. Entre a memória e o esquecimento. Dialética existencial que só
terminará quando forem tocados, seja por demolição ou adaptações
arquitetônicas. Mas até lá, continuarão expressando suas poéticas rotas.
Permanecerão como arquivos de memória da cidade, carregados
de lembranças e histórias. Continuarão tocando-me e fazendo parte das
minhas referências, desdobrando-se em “não-postais” e em esculturas, como
destroços simulados. Pagina 48 ótimo