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USINABILIDADE DOS

MATERIAIS
Processos de Fabricação II

Janaina Fracaro de Souza


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DESGASTES DA FERRAMENTA
• Desgaste de Flanco ou Largura do desgaste na
superfície principal de folga (VB): é o
desenvolvimento de uma zona de desgaste da
ferramenta devido à ação abrasiva existente entre a
ferramenta e a superfície nascente gerada na peça
pela usinagem.
DESGASTES DA FERRAMENTA
• Desgaste de Cratera ou Desgaste na superfície de
saída da ferramenta (KT) : a principal causa do
desgaste de cratera é a difusão, uma vez que ocorrem
elevadas temperaturas na interface cavaco/sup. de
saída, assim sendo o desgaste aumenta com o aumento
das condições de corte (Vc).
MEDIDAS DE DESGASTES
DESGASTES DA FERRAMENTA
• Entalhes: originam-se principalmente nas
extremidades da aresta de corte, o que pode
desencadear a deterioração prematura da aresta da
ferramenta.

• A morfologia do entalhe depende em grande parte da


precisão de posicionamento da aresta de corte. Pode
ocorrer tanto na superfície principal de folga como na
superfície secundária de folga da ferramenta.
DESGASTES DA FERRAMENTA
• O entalhe ocorre principalmente na usinagem de
materiais resistentes a altas temperaturas (ligas de
níquel, titânio, cobalto e aço inoxidável), devido à
abrasão, difusão e “attrition”, influenciada pelas
interações com a atmosfera (oxidação).
Mecanismo de abrasão na
ferramenta de corte

Desgaste por oxidação da aresta de


corte da ferramenta

Mecanismo de difusão ocorrido na


superfície de saída da ferramenta 8
EXEMPLOS DE QUEBRA
EXEMPLOS DE LASCAMENTO
AVARIAS DA FERRAMENTA
Deformação Plástica:

• É uma avaria da ferramenta em função de elevadas


pressões e temperaturas, gerando deformação
plástica da aresta de corte, que toma uma forma bem
típica.
EXEMPLOS DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
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Resumo
Mecanismos de desgaste
• A velocidade de corte é de extrema importância no desgaste da ferramenta.
Em velocidades baixas, o desgaste é severo devido ao cisalhamento de
aresta postiça de corte e da aderência.
• Porém, em velocidades altas, a intensificação do desgaste se deve
principalmente a fatores como a temperatura de corte, a abrasão mecânica,
a difusão e a oxidação.

Diagrama esquemático dos mecanismos de desgaste em diferentes temperaturas de


corte
Avarias e Desgastes de Ferramentas de Corte
Resumo
Índice de Usinabilidade
• Usinabilidade pode ser definida como uma
grandeza tecnológica que expressa, por
meio de um valor numérico comparativo, um
conjunto de propriedades de usinagem, de
um material em relação a outro tomado
como padrão.
• Em outras palavras, pode-se entender
usinabilidade como o grau de dificuldade de
se usinar um determinado material

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Propriedades de usinagem de um material
(aquelas que expressam seu efeito sobre
grandezas mensuráveis inerentes ao processo
de usinagem):
• Vida da ferramenta;
• Acabamento superficial da peça;
• Esforços de corte;
• Temperatura de corte;
• Produtividade;
• Características do cavaco.
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Cuidado com o termo usinabilidade
• Um material que tenha uma boa
usinabilidade, quando se leva em conta
uma propriedade de usinagem, como por
exemplo a vida da ferramenta e não
possuir boa usinabilidade quando se leva
em conta outra propriedade, como por
exemplo a rugosidade da peça usinada.

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A Usinabilidade depende:
• Estado metalúrgico da peça;
• Dureza;
• Propriedades mecânicas do material;
• Composição química;
• Operações anteriores efetuadas sobre
o material (sejam a frio ou a quente) e
de eventual encruamento.

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A usinabilidade não depende somente das
condições intrínsecas do material, mas também:

• Condições de usinagem;
• Características da ferramenta;
• Condições de refrigeração;
• Rigidez do sistema máquina-dispositivo de
fixação-peça-ferramenta;
• Tipos de trabalhos executados pela ferramenta
(operação empregada, corte contínuo ou
intermitente, condições de entrada e saída da
ferramenta).

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Assim, por exemplo.
• um material pode ter um valor de
usinabilidade baixo em certas
condições de usinagem e um valor
maior em outras condições de
usinagem

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9.1 Ensaios de Usinabilidade:
• Ensaio de longa duração, onde o material
ensaiado e o material tomado como
padrão são usinados até o fim da vida da
ferramenta, ou até um determinado valor
de desgaste da ferramenta (VB ou KT), em
diversas velocidades de cortes diferentes.

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Este ensaio permite a obtenção
da velocidade de corte para uma
vida determinada da ferramenta
(20 minutos – vc20 ou
60 minutos – vc60)

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O índice de usinabilidade (I.U.) é então dado pela
relação entre a vc20 (ou vc60) do material ensaiado e
aquela correspondente ao material tomado como
padrão, ao qual se dá o índice 100%

• I.U. = vc20 (mat. Ensaiado)


vc20 (padrão)

• O material padrão mais utilizado quando se


trata de ensaios de aços é o aço AISI B 1112

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Outros ensaios, chamados de curta duração:
• Usando além do critério de vida da ferramenta, outros
critérios tais como a força de usinagem, o acabamento
superficial, etc..
• São chamados de curta duração, porque são utilizadas
condições forçadas de usinagem e/ou materiais de
ferramentas pouco resistentes ao desgaste, a fim de que
a vida da ferramenta termine rapidamente e o ensaio
possa ser realizado em curto espaço de tempo.

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Vantagens dos ensaios de curta duração:

• Quando o critério é a força de usinagem ou a


rugosidade da peça, o ensaio é de curta
duração, pois com somente algumas
passadas da ferramenta na peça, pode-se
obter os valores desejados, não se
necessitando que o desgaste cresça até o
fim da vida da ferramenta.

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9.2 A Usinabilidade e as Propriedades do
Material
• É comum se pensar que a usinabilidade é uma
propriedade ligada à dureza do material da
peça e à sua resistência mecânica.
• Assim, segundo esse raciocínio, um material
mole é de boa usinabilidade e um material duro
de baixa usinabilidade.
• Porém, esse raciocínio é falso.

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Embora a dureza e a resistência mecânica sejam
fatores importantes de influência na
usinabilidade do material
• Outros fatores também são bastante
importantes, como a quantidade de
inclusões e de aditivos para melhorar a
usinabilidade, a quantidade de partículas
duras, a micro-estrutura, a tendência ao
empastamento do cavaco do material na
superfície de saída da ferramenta, etc..

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•Por exemplo, pode-se ter um aço inoxidável
tipo AISI 303 (que possui sulfetos de manganês
para melhorar sua usinabilidade) com dureza
idêntica ao tipo AISI 316.
Porém, a usinabilidade do primeiro é muito
maior do o segundo.

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Como as propriedades dos
materiais podem influenciar
na usinabilidade?

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Dureza e Resistência
Mecânica
• Valores baixos de dureza e resistência mecânica
normalmente favorecem a usinabilidade.
• Quando porém se tem materiais muito dúcteis a
baixa dureza pode causar problemas, pois facilita
a formação de aresta postiça de corte.
• Nestes casos, é bom que a dureza seja
aumentada através de trabalho a frio.

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Ductilidade
• Baixos valores de ductilidade são
geralmente benéficos a usinabilidade.
• A formação de cavacos curtos é facilitada e
se tem menor perda de energia com o atrito
cavaco-superfície de saída da ferramenta.
• Porem, em geral, consegue-se baixa
ductilidade com alta dureza e vice-versa.

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Condutividade Térmica
• Uma alta condutividade térmica do material
da peça significa que o calor gerado pelo
processo é rapidamente retirado da região
de corte e, assim. a ferramenta não é
excessivamente aquecida e, portanto, não se
desgasta tão rapidamente.
• Então, uma alta condutividade térmica
favorece a usinabilidade do material.

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Condutividade térmica
• Porém, esta propriedade não pode ser
facilmente alterada dentro de um
determinado grupo de materiais, isto é,
todos os aços sem liga tem
condutividade térmica similares, o
mesmo acontecendo entre os aços
ligados, aços inoxidáveis, alumínios,
ferros fundidos, etc.

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•Dentre os tipos de materiais mais
usinados, os que tem maior
condutividade térmica são os
alumínios, seguidos pelos aços sem
liga, vindo depois os aços ligados e
os aços inoxidáveis.

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Taxa de Encruamento
• Os Aços inoxidáveis austeníticos são materiais
que possuem alta taxa de encruamento, requer muita
energia para a formação do cavaco ( baixa
usinabilidade).
• Com isso, o corte acarretará um aumento de dureza
numa fina camada da superfície usinada.
• Também devido à alta de encruamento, a formação da
aresta postiça de corte fica facilitada.
• Os aços carbonos são materiais que possuem baixas
taxas de encruamento (alta usinabilidade).

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Como usinar com eficiência materiais
com alta taxa de encruamento?
• Usar ferramenta com aresta de afiada e
ângulo de saída bem positivo, a fim de que a
deformação causada no cavaco seja pequena.
• Nestes materiais, um encruamento anterior à
usinagem, através de trabalho a frio, pode ser
vantajoso, pois diminui a ductilidade do
material e, reduz a possibilidade de formação
de aresta postiça de corte.

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9.3- fatores Metalúgicos que Afetam a
Usinabilidade das Ligas de Alumínio

• O alumínio em geral pode ser facilmente


usinado.
• A energia consumida por unidade de volume
do metal é muito baixa.
• Apenas o magnésio e sua ligas podem ser
usinadas com a mesma taxa de energia
consumida e o desgaste da ferramenta
raramente é um problema.

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Exceção feita
• As ligas de alumínio-silício, onde as
partículas de silício presentes são
altamente abrasivas e desgastam
rapidamente a ferramenta de metal duro.

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As temperaturas de usinagem são
geralmente baixas e altas velocidades de
corte podem ser usadas.
• Com relação porém aos critérios de
usinabilidade baseados na rugosidade da
peça e na característica do cavaco, não se
pode dizer que o alumínio tenha uma boa
usinabilidade, pois, o cavaco formado é
longo e o acabamento superficial
insatisfatório.

42
solução
• Porém, bons acabamentos superficiais
podem ser obtidos se a velocidade de corte
for suficientemente alta e a geometria da
ferramenta for adequada.

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Usinagem do alumínio
• A usinagem do alumínio pode ser
afetada pelos elementos de liga,
impurezas, processos de fundição e
tratamentos aplicados ao metal.
• As propriedades mecânicas e térmicas
do alumínio são fatores decisivos na
usinagem de sua ligas.

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Propriedade Alumínio Aço
física
Módulo de 70.000 210.000
elasticidade
(MPa)
O alumínio apresenta um módulo de elasticidade de 1/3 do módulo
de elasticidade do aço.
Isto significa que, sob a mesma força de corte, o
alumínio se deforma três vezes mais que o aço.

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Baixo módulo de elasticidade
• Este fato tem conseqüências negativas na
obtenção de boas superfícies usinadas e
pode gerar deformações indesejadas da
peça.
• Devido a isto também, não se deve utilizar
esforços exagerados na fixação da peça.

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Embora algumas ligas de alumínio apresentem
um limite de resistência equivalente ao aço de
baixo carbono, em temperatura ambiente, em
temperaturas elevadas essa resistência é
bastante reduzida

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•Este fato favorece a usinagem destas ligas, já
que a elevação da temperatura é inerente ao
processo de usinagem e, as ligas de alumínio,
por possuírem alta condutividade térmica,
atraem para a peça boa parte do calor gerado.

• Assim, as forças de corte necessárias para


a usinagem das ligas de alumínio são bem
baixas, quando comparadas com as forças
relativas aos aços.

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•A alta condutividade térmica do alumínio
favorece a usinabilidade mas é necessário
que a dureza da liga seja maior que 80 HB
para reduzir a tendência à formação da
aresta postiça de corte.
O coeficiente de dilatação térmica do
alumínio, por ser maior que o aço e do latão,
pode gerar dificuldades de obtenção de
tolerâncias apertadas.

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•Para se evitar a aparição da aresta postiça de
corte e garantir um cisalhamento perfeito do
cavaco, as ferramentas para corte de alumínio
possuem aresta afiada
( sem raio na aresta) com ângulos bastante
positivo.

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A figura 9.1 mostra a geometria típica de
uma pastilha de torneamento para
usinagem de ligas de alumínio

Ferramenta com aresta afiada e ângulos positivos

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FERRAMENTAS DE METAL DURO
UTILIZADAS NA USINAGEM DO ALUMÍNIO
• O material de ferramenta típico para
usinagem de ligas de alumínio (com exceção das
ligas de alumínio-silício) é o metal duro classe K
sem cobertura.
• A classe K é recomendada pois as temperaturas
de corte são baixas e, por isso,
a formação do desgaste de cratera via processo
difuso não é um problema.

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• Por outro lado, metais duros a base de
carboneto de titânio (classe P) são
inadequados para a usinagem de
alumínio, devido à grande afinidade
físico-química entre o alumínio e o
titânio.

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08/06/2017
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Seleção: Metal Duro
Principais fatores que afetam a escolha da pastilha:

Material da peça Operação

Condição de usinagem
• A ferramenta é sem cobertura pois não se
necessita grande resistência ao desgaste e,
por outro lado, requer-se uma aresta bastante
afiada, o que não é fácil de ser obtido com
espessas camadas de cobertura sobre a
ferramenta.
• Além disso, como já foi observado, coberturas
com titânio não poderiam ser utilizadas.

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A tabela 9.1 mostra alguns elementos
utilizados na formação de ligas de
alumínio e sua respectivas influências na
usinabilidade da liga

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Tabela 9.1 – Elementos de Liga e suas Influências na
Usinabilidade do Alumínio

Elementos de Liga Influência na Usinabilidade

Sn, Be e Pb Atuam como lubrificantes e como fragilizadores do cavaco.

Fe, Mn, Cr e Ni Combinam entre si ou com o alumínio e/ou para formarem


partículas duras, que favorecem a quebra do cavaco e que, em
grande quantidade, tem efeito abrasivo sobre a ferramenta.
Mg Em teores pequenos (cerca de 0,3%) aumenta a dureza do cavaco
e diminui o coeficiente de atrito entre cavaco e ferramenta.
Si Aumenta a abrasividade da peça – a vida da ferramenta diminui
com o aumento do tamanho da fase primária do silício.
Cu Forma o intermetálico CuAl, que fragiliza o cavaco

Zn Não exerce influência na usinabilidade.

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Ferramenta de diamante
• As ligas eutéticas e hiper-eutéticas de alumínio-
silício geram altas taxas de desgaste de flanco.
• Ferramentas de diamante policristalino tem sido
usadas com sucesso sem um desgaste
excessivo, que geralmente acontece quando elas
são usinadas com ferramentas de metal duro.

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Ferramenta de diamante
• A usinagem de ligas de alumínio com
ferramenta de diamante é realizada com
alta velocidade de corte (100 a
3000m/min), com valores limitados pela
máquina-ferramenta e não pelo desgaste.
• Além disso, o acabamento obtido é no
torneamento é com rugosidade
equivalente a retífica.

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Diamante
Diamante Policristalino

- Material sintético obtido em


condições de extrema pressão
e temperatura;
- Propriedades semelhante ao
encontrado no diamante
natural, porém mais
homogênio;
- São usados na usinagem de
materiais não ferrosos e
sintéticos;
- Ocorre grafitização para uma
determinada condição de
corte.
9.4 – Fatores Metalúrgicos que afetam
a Usinabilidade dos Aços

• Primeiro fator metalúrgico – a dureza.


• Aços de baixo carbono com baixa dureza e alta
ductilidade tem tendência à formação da aresta
postiça de corte, com conseqüente redução da
vida da ferramenta e deterioração do
acabamento superficial.

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Cont. – Fatores Metalúrgicos que afetam
a Usinabilidade dos Aços
• Uma maior percentagem de carbono melhora
a usinabilidade devido ao aumento da dureza
e diminuição da ductilidade.
• Em termos da influência da dureza do aço na
usinabilidade, pode-se dizer que 200 HB é o
valor médio.
• A medida que se diminui a dureza abaixo esse
valor, a tendência à formação d aresta postiça
de corte aumenta.

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Cont. – Fatores Metalúrgicos que afetam
a Usinabilidade dos Aços
• Quando se aumenta a dureza acima deste
valor, o desgaste da ferramenta via abrasão
e difusão passa a ser um fator que afeta
negativamente a usibilidade do material.
• Uma boa medida para promover o aumento
da dureza e diminuição da ductilidade de
aços de baixo carbono (dureza menor que
200 HB) é promover seu encruamento via
trabalho a frio.

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A figura 9.2 mostra a comparação em
termos de vida da ferramenta para um
aço ABNT 1016 (baixo carbono) em
diversas operações de usinagem

65
A vida da ferramenta aumentou em todos os casos após a
trefilação a frio das barras deste aço, operação que causou o
acréscimo de dureza das peças de cerca de 125 HB para 180 HB

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Um segundo fator metalúrgico que
afeta a usinabilidade dos aços é a
microestrutura

• A figura 9.3 mostra alguns exemplos de


como a variação da microestrutura, via
mudança de fase ocasionada por tratamento
térmico, afeta a usinabilidade.

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Pode-se ver na figura 9.3 A que a estrutura
martensítica é muito dura e resistente e gera uma vida
muito baixa da ferramenta de metal duro.

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• Como foi visto no capítulo 5, aços com
estruturas abrasivas somente podem ser
usinadas com eficiência via processos
abrasivos ou utilizando-se de materiais para
ferramentas ultra-resistentes, como o
cerâmico e o nitreto cúbico de boro.

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Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)
Material relativamente jovem, introduzido nos anos 50 e mais
largamente nos anos 80, devido a exigência de alta estabilidade e
potência da máquina-ferramenta.

Característica:
- São mais estáveis que o diamante, especialmente contra a oxidação;
- Dureza maior que a do diamante;
- Alta resistência à quente;
- Excelente resistência ao desgaste;
- Relativamente quebradiço;
- Alto custo;
- Excelente qualidade superficial da peça usinada;
- Envolve elevada força de corte devido a necessidade de geometria de
corte negativa, alta fricção durante a usinagem e resistência oferecida
pelo material da peça.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)
Aplicação:
- Usinagem de aços duros;
- Usinagem de desbaste e de acabamento;
- Cortes severos e interrompidos;
- Peças fundidas e forjadas;
- Peças de ferro fundido coquilhado;
- Usinagem de aços forjados
- Componentes com superfície endurecida;
- Ligas de alta resistência a quente(heat resistant alloys);
- Materiais duros (98HRC). Se o componente for macio (soft),
maior será o desgaste da ferramenta.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)
Fabricação
- Os cristais de boro cúbico são ligados por cerâmica ou ligante metálico,
através de altas pressões e temperatura.

- As partículas orientadas a esmo, conferem uma densa estrutura


policristalina similar a do diamante sintético.
- As propriedades do CBN podem ser alteradas através do tamanho do
grão, teor e tipo de ligante.

Ligante
- CBN fabricados com ligantes de cerâmica possui melhor estabilidade
química e resistência ao desgaste;
- CBN sobre substrato de metal duro, oferecem melhor resistência ao
choque.
Nitreto de Boro Cúbico Cristalino (CBN)

• Recomendações
- Alta velocidade de corte e baixa taxa de
avanço (low feed rates);
- Usinagem a seco para evitar choque
térmico.
Nomes comerciais
- Amborite;
- Sumiboron;
- Borazon.
Já a figura 9.3.B mostra que, quando se passa de uma liga
com 10% de ferrita e 90% de perlita para uma liga com 35%
de ferrita e 65% de perlita, a vida da ferramenta cresce
substancialmente, apesar da dureza da peça ter decrescido
somente de 6%

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• Isto acontece devido ao fato de que,
quando se diminui o teor de perlita,
diminui-se também o teor de cementita.

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Terceiro fator metalúrgico:
a presença de inclusões

• Macro-inclusões (diâmetro > 150 mm).


• Muito duras e abrasivas – aços de baixa
qualidade – muitas vezes responsáveis pela
quebra súbita da ferramenta de usinagem

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As micro-inclusões estão sempre presentes nos
aços. O efeito delas na usinabilidade dos aços
pode ser dividido em:

• Inclusões indesejáveis – são partículas duras


e abrasivas como carbonetos e óxidos de
alumínio.

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• Inclusões que não causam muito dano à
usinabilidade – são os óxidos de manganês
e de ferro.
• A deformabilidade deles é maior que a do
grupo anterior e elas conseguem fazer parte
do fluxo do cavaco.

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• Inclusões desejáveis em velocidades de corte
altas – são os silicatos (Si).
• A razão para isso é que os silicatos em altas
temperaturas perdem muito a sua dureza.

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Último fator metalúrgico :
a presença de elementos de liga
• Alguns elementos de liga tem efeito positivo na
usinabilidade, como o chumbo, o enxofre e o
fósforo, que geralmente estão presentes em
aços de usinabilidade melhorada.
• Por outro lado, elementos formadores de
carbonetos, como o vanádio, o molibdênio, o
nióbio e o tungstênio, tem efeito negativo na
usinabilidade.

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Efeito do carbono
• O carbono em teores de 0,3 a 0,6% tende a melhorar a
usinabilidade.
• Com teores menores que estes, o material fica muito
dúctil e com dureza muito baixa, causando à formação
da aresta postiça de corte e a dificuldade da quebra do
cavaco.
• Com teores maiores que 0,6% de carbono, o material
se torna muito duro e abrasivo, desgastando muito
rapidamente a ferramenta.

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Aços de Usinabilidade Melhorada
( ou de Usinagem Fácil)
• A) Tipos com inclusões não Metálicas.
• Essas inclusões são de sulfeto de manganês e de
ferro (principalmente o primeiro), os quais são
insolúveis no aço (aço ressulfurado).
• As inclusões de MnS atuam como lubrificante,
impedindo que o cavaco adira à ferramenta e destrua
a sua aresta cortante, além de melhorar a qualidade
superficial da peça.
• A velocidade de corte pode ser até duplicada em
relação à utilizada em aços não ressulfurados.

82
A tabela 9.2 mostra a composição química de
alguns aços Ressulfurados.

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B) Tipos com Introdução de Chumbo
• A maioria dos aços da série 10XX e 11XX
pode ser encontrada com adição de chumbo,
em teores de 0,15 a 0,35%.
• Com a introdução de chumbo, a produção de
peças de responsabilidade como bombas
(aço SAE 41L50), pistões (aço SAE 11L26),
aparelho domésticos (aço SAE 86L20),
aumentou em até 100%.
• O “L” no meio dos números significa que o
aço contém chumbo ou “lead” em inglês.

84
9.4.2 – Aços Inoxidáveis
• Aços Inoxidáveis são ligas ferrosas que
possuem um mínimo de de 12% de cromo
com finalidade de resistir a corrosão.
• Os aços inoxidáveis são divididos em 3
classes, de acordo com sua estrutura:
• Ferríticos, martensíticos (série 400) e
• Austeníticos (série 300).

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Características de usinagem que
variam para cada tipo de aço
• Os aços austeníticos formam cavacos longos
que tem tendência a empastar sobre a
superfície de saída da ferramenta (tem alta
taxa de encruamento e grande zona
plástica), podendo resultar na formação da
aresta postiça de corte.

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Características de usinagem que
variam para cada tipo de aço
• Os aço inoxidáveis martensíticos com altos
teores de carbono são difíceis de usinar
devido à alta dureza, que exige um maior
esforço de corte devido à presença de
partículas duras e abrasivas de carboneto
de cromo.

87
• Pode-se considerar os aços austeníticos
como aqueles que apresentam a maior
dificuldade para serem usinados, devido
aos fatores citados acima.
• Outras características que dificultam a
usinagem destes aços são:

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• Baixa condutividade térmica que dificulta a
extração do calor da região de corte, o que
facilita o desgaste da ferramenta;
• Alto coeficiente de atrito, que tem como
conseqüência, o aumento do esforço e do
calor gerado;
• Alto coeficiente de dilatação térmica, o que
torna difícil a manutenção de tolerâncias
apertadas.

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Procedimentos para combater o
encruamento do material no processo de
usinagem:
• Adicionar elementos de liga que formam
inclusões frágeis, reduzindo a ductilidade e
promovendo a quebra do cavaco. O sulfeto de
manganês (MnS) é freqüentemente utilizada
para melhorar a usinabilidade destes aços.
• O aço ABNT 303, por exemplo, é um aço com
usinabilidade melhorada por conter alto teor de
sulfeto de manganês.

90
Cont. Procedimentos para combater o
encruamento do material no processo de
usinagem:
• Um outro procedimento é empregar o aço
austenítico levemente encruado por
trefilação ou por algum outro processo de
deformação a frio anterior à usinagem.

91
A figura 9.4 mostra um diagrama com
indicações gerais sobre as velocidades de
corte e os avanços para o torneamento de
aços inoxidáveis com inserto de metal duro

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Região A – alta taxa de desgaste de cratera, devido ao processo
difusivo causado pela alta temperatura gerada (alta velocidade de
corte).
Região B – deformação plástica da ferramenta (alto avanço)
Região C – empastamento do cavaco ( Vel. devcorte baixa)
Região D – alguma def. plástica da ferramenta.
Região E – algum desgaste de cratera.

93
9.5 – Fatores Metalúrgicos que Afetam
a Usinabilidade dos Ferros Fundidos

• Ferros Fundidos são ligas de ferro-carbono com


percentagem de carbono entre 2 e 4%, contendo
ainda outros elementos de liga como o silício, o
manganês, o fósforo e o enxofre, além do níquel,
cromo, molibdênio e cobre.
• Suas principais propriedades são a boa rigidez,
resistência à compressão e baixo ponto de fusão, o
que possibilita a utilização da fundição como
processo de fabricação.

94
• O carbono está presente nestas ligas como
carboneto (cementita) e como carbono livre
(grafite).
• O teor de cada uma destas formas depende
parcialmente da quantidade de outros
elementos de liga.
• Um ferro fundido com alto teor de silício
apresentará muito carbono livre e quase
nenhuma cementita ( o silício é um poderoso
grafitizante)

95
Tipos de Ferros Fundidos:
• Ferro Fundido Cinzento -alto silício, entre 1 a 3%,
grafita em forma de lamelas.
• Ferro Fundido Branco – baixo silício, muita
cementita e pouca grafita, é duro e frágil.
• Ferro Fundido Maleável – tratamento térmico
transforma o ferro fundido branco em maléavel,
dúctil e resistente. Grafite em forma de nódulos.
• Ferro Fundido Nodular – inoculação. Grafite
esferoidal. A resistência mecânica, a tenacidade e a
ductilidade aumentam consideravelmente.

96
A figura 9.5 mostra uma comparação entre estes tipos
de ferros fundidos com respeito à usinabilidade

Cinzento

Maleável

Branco
Nodular
97
• O ferro fundido branco (cheio de carbonetos
duros e abrasivos) tem uma usinabilidade da
ordem de 10 vezes menor que o cinzento.
• O ferro fundido cinzento forma cavacos de
ruptura, enquanto os maleáveis e nodulares
formam cavacos longos.

98
• Na usinagem de ferros fundidos cinzentos
não se utiliza fluído de corte líquidos, pois
este poderia carregar os minúsculos
cavacos formados consigo e fazê-los
penetrar nas partes de atrito da máquina-
ferramenta, danificando-a.

99
• Com isso, se torna difícil a obtenção de
tolerâncias apertadas, devido ao fato de
que a peça se aquece bastante e, com
isso, se dilata muito. A opção para
operações de usinagem em acabamento
de ferros fundidos cinzentos é a utilização
de ar comprimido como fluido refrigerante.

100
• Além da influência do silício na usinabilidade via
formação de ferro fundido cinzento, outros
elementos de liga também influem na usinabilidade
dos ferros fundidos. A influência destes pode ser
dividida em 2 tipos:
1. Os formadores de carbonetos (cromo, cobalto,
manganês, molibdênio e vanàdio) que prejudicam
a usinabilidade.

101
Continuação:
2. Os grafitizantes (silício, níquel, alumínio e
cobre) que auxiliam a usinabilidade.
• O enxofre de manganês também é utilizado
nos ferros fundidos para melhorar a
usinabilidade

102
• Para concluir, em termos gerais pode ser
dito que quanto maior a dureza e a
resistência de um tipo de ferro fundido pior é
sua usinabilidade.

• THE END

103

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